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Apostila Completa, Notas de estudo de Engenharia de Áudio

APOSTILA PROFESSOR MATEMÁTICA GOVERNO DE RONDÔNIA

Tipologia: Notas de estudo

2018

Compartilhado em 24/02/2018

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odalicio-arnaldo-11 🇧🇷

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Baixe Apostila Completa e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Áudio, somente na Docsity! Professor Classe “C” 1 RONDÔNIA Professor Classe “C”, ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA: Compreensão e interpretação de textos. .......................................................................................................................................................... 01 Denotação e conotação. .................................................................................................................................................................................. 15 Ortografia: emprego das letras ......................................................................................................................................................................... 09 Acentuação gráfica. ......................................................................................................................................................................................... 10 Classes de palavras e suas flexões. Processo de formação de palavras. Verbos: conjugação, emprego dos tempos, modos e vozes verbais. .................................................................................................................................................................................................. 15 Concordâncias nominal e verbal. ..................................................................................................................................................................... 33 Regências nominal e verbal. ............................................................................................................................................................................ 34 Emprego do acento indicativo da crase. .......................................................................................................................................................... 12 Colocação dos pronomes átonos. .................................................................................................................................................................... 15 Emprego dos sinais de pontuação. .................................................................................................................................................................. 11 Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, polissemia e figuras de linguagem. ...................................................................... 13 Funções sintáticas de termos e de orações. Processos sintáticos: subordinação e coordenação. ................................................................ 30 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE RONDÔNIA: A formação do estado de Rondônia. Povoamento da Bacia Amazônica: período colonial. Capitania de Mato Grosso. Principais ciclos econômicos. Projetos de colonização. Ferrovia Madeira-Mamoré (1ª fase e 2ª fase). Ciclo da borracha (1ª fase e 2ª fase). Tratados e limites. Antecedentes da criação do estado. Primeiros núcleos urbanos. Criação dos municípios. Evolução político administrativa. Desenvolvimento econômico. Transportes rodoviário, ferroviário, marítimo e aéreo. População. Movimentos migratórios. Processo de urbanização. Questão indígena. Desenvolvimento sustentável. Relevo. Vegetação. Desmatamento. Hidrografia. Aspectos econômicos. Meso e micro regiões. Problemas ecológicos. ........................................................................................................................................... 01/32 INFORMÁTICA BÁSICA Ambiente operacional Windows (2008/XP/VISTA/WIN7). Fundamentos do Windows, operações com janelas, ícones, botões, menus, barras de título, barra de menus, barras de ferramentas, área de trabalho, barra de status, barra de formatação e barra de rolagem, trabalho com pastas e arquivos, localização de arquivos e pastas, movimentação e cópia de arquivos, pastas, criação e exclusão de arquivos e pastas, compartilhamentos e áreas de transferência; Configurações básicas do Windows: resolução da tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo plano e protetor de tela; ............................................................................................................................. 01 Windows Explorer. Ambiente Intranet, Internet e Extranet. Conceitos básicos e utilização de tecnologias, ferramentas e aplicativos associados. Principais navegadores. Ferramentas de busca e pesquisa. ...................................................................................................... 29 Processador de textos. MS Word 2003/2007/2010 . Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e salvar documentos. Digitação. Edição de textos. Estilos. Formatação. Tabelas e tabulações. Cabeçalho e rodapé. Configuração de página. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos e ferramentas. Ajuda. ........................................................................................... 18 Planilha Eletrônica MS Excel 2003/2007/2010 . Conceitos básicos. Criação de documentos. Abrir e Salvar documentos. Estilos. Formatação. Fórmulas e funções. Gráficos. Corretor ortográfico. Impressão. Ícones. Atalhos de teclado. Uso dos recursos. Ajuda. .......... 11 Correio eletrônico - Conceitos básicos. Formatos de mensagens. Transmissão e recepção de mensagens. Catálogo de endereços. Arquivos anexados. Uso dos recursos. Ícones. Atalhos de teclado. ............................................................................................................... 29 Professor Classe “C” 2 CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS História da Educação. ...................................................................................................................................................................................... 01 Filosofia da Educação. ..................................................................................................................................................................................... 46 Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. ....................................................................................................................................... 57 Sociologia da Educação: a democratização da escola, educação e sociedade. ............................................................................................. 68 Função social da escola. .................................................................................................................................................................................. 80 Interdisciplinaridade no Ensino Fundamental: teorias e práticas. .................................................................................................................... 83 Tendências do pensamento pedagógico. ........................................................................................................................................................ 84 Avaliação da aprendizagem escolar. ............................................................................................................................................................... 86 Educação Inclusiva: Fundamentos, Políticas e Práticas Escolares. ................................................................................................................ 89 Bullying. ............................................................................................................................................................................................................. 97 Teoria das Inteligências Múltiplas. ................................................................................................................................................................. 102 Legislação da Educação Básica. ................................................................................................................................................................... 166 Políticas Públicas da Educação Básica. Financiamento e Gestão da Educação. ......................................................................................... 111 O Projeto Político Pedagógico da Escola. ..................................................................................................................................................... 112 Rotina e gestão em sala de aula. Questões das relações do grupo. ............................................................................................................ 190 Lei nº 8069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. ........................................................................................................................... 114 Relação família x escola. ............................................................................................................................................................................... 136 Ação pedagógica. .......................................................................................................................................................................................... 141 Objetivos do ensino fundamental. .................................................................................................................................................................. 141 Brincar e aprender. ........................................................................................................................................................................................ 146 Aprendendo a aprender. ................................................................................................................................................................................ 157 Identificação da população a ser atendida, a atividade econômica, o estilo de vida, a cultura e as tradições. ............................................ 161 Organização da educação brasileira. ............................................................................................................................................................. 166 Legislação educacional: LDB Lei nº 9394/96. ................................................................................................................................................ 166 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana - Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, tendo em vista a Lei nº 9.131, publicada em 25 de novembro de 1995, e com fundamentação no Parecer CNE/CP 3/2004, de 10 de março de 2004. .............................................................................................. 76 Interação social. Resolução de problemas. ................................................................................................................................................... 161 Organização do currículo. .............................................................................................................................................................................. 190 Erro e aprendizagem. A construção do conhecimento. ................................................................................................................................. 215 Resolução nº 04, de 13/07/2010. .................................................................................................................................................................... 217 APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica- se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer. Denotação e Conotação Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido. Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra- em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen- tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce- to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa- da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex- tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte: 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos umas três vezes ou mais; 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre- ensão; 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor- respondente; 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las; 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís- simos na interpretação do texto. Ex.: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Ex.: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei- as estão coordenadas entre si; 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo Cunegundes ELEMENTOS CONSTITUTIVOS TEXTO NARRATIVO  As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for- ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar dos fatos. Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou heroína, personagem principal da história. O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota- gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal contracena em primeiro plano. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 2 As personagens secundárias, que são chamadas também de compar- sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra- ção. O narrador que está a contar a história também é uma personagem, pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor- tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações perante os acontecimentos.  Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po- demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o desenlace ou desfecho. Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- resses entre as personagens. O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten- são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.  Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- cionados ao principal.  Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve- zes, principalmente nos textos literários, essas informações são extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos narrativo.  Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num determinado tempo, que consiste na identificação do momento, dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa- to que aconteceu depois. O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu espírito.  Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri- zado por : - visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon- tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa. - visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra- tiva que é feito em 1a pessoa. - visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per- sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra- dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.  Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita em 1a pessoa ou 3a pessoa. Formas de apresentação da fala das personagens Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há três maneiras de comunicar as falas das personagens.  Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra- vés do diálogo. Exemplo: “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna- val a cidade é do povo e de ninguém mais”. No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi: dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas os verbos de locução podem ser omitidos.  Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. Exemplo: “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa- dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me- nos sombrios por vir”.  Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração. Exemplo: “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como eles? Só sendo doido mesmo”. (José Lins do Rego) TEXTO DESCRITIVO Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac- terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc. As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem unificada. Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari- ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a pouco. Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc- nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:  Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje- tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên- cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti- vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.  Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen- to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so- cial e econômico .  Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as partes mais típicas desse todo. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 3  Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e típicos.  Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.  Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. TEXTO DISSERTATIVO Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza, coerência e objetividade. A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- do o contexto. Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :  Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- jetiva da definição do ponto de vista do autor.  Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo- cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- sencadeia a conclusão.  Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese e opinião. - Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é a obra ou ação que realmente se praticou. - Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so- bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. - Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a respeito de algo. O TEXTO ARGUMENTATIVO Baseado em Adilson Citelli A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte- rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do tipo de texto solicitado. Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi- va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém. Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se- quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas. Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti- vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for- mação textual. Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados. Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica- ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua- são). Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos dão tornem esta produção altamente evocativa. A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu- mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife- rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las, bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo, daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico uma relação interdiscursiva e intertextual. As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en- tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa- zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da oposição, tudo isto em forma de piada. Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação... Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição. TIPOLOGIA TEXTUAL A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 6 seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - deta- lhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os argumentos usados na validade da tese. A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus respectivos comentários. Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresentam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama argumen- tativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor da infor- mação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, concessivas e condicionais. Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito. Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias men- cionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, cenas e opiniões como positivas ou negativas. A Reportagem É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma figura- chave para o conhecimento deste tópico. A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a publica- ção e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a aten- ção dos leitores. A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, realizada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador. A Entrevista Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente mediante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade, uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu- dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações sobre as declarações do entrevistado. Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessariamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a conversa- ção possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas deri- vados. Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez de quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo de propostas e de réplicas. TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ciências em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-se tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais. Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos, as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem sintática canônica (sujeito-verbo-predicado). Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semântica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido das palavras. O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábulos a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é, evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem medi- ante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao termo polissêmico nesse contexto. A Definição Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci- ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir através de um processo de sinonímia. Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence, "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal. Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente antes de terminar o inverno. Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem- plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs- tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi- ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen- te antes de terminar o inverno". As definições contêm, também, informações complementares relacionadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc. Essas informações complementares contêm frequentemente abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário: Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc. O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias básicas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipografias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologias, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco mediante barras paralelas e /ou números. Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer continuar em exercício; adiar o término de. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 7 A Nota de Enciclopédia Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela ampli- tude desta expansão. A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituem- se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítu- los. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia, população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc. Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra- dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas varie- dades: terrestres e aquáticos. Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lingua- gem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que responde às exigências de concisão e de precisão. As características inerentes aos objetos apresentados aparecem através de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam qualidades próprias daquilo a que se referem. O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de ligação - ser, estar, parecer, etc. O Relato de Experimentos Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos que descrevem experimentos. O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é neces- sário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para constatar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que circunstâncias obtém-se um melhor crescimento. A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas categorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo observado. Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que começam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal): Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a planta crescerá mais rápido. Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade. Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos ...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente essen- cial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apresenta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma das etapas do processo. O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser- vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa, do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos. A Monografia Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um determinado tema é recolhida em diferentes fontes. Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos qualificados ou de especialistas no tema. As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coerente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por exem- plo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os aspectos positivos da gestão governamental de um determinado persona- gem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos, teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que esta valorização fique explícita. Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que, conjugan- do seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará as primei- ras antecipações sobre a informação que espera encontrar e formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas que regem a apresentação da bibliografia. O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de cons- truções de discurso direto ou de discurso indireto. Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modificações, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da economia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida - declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos sinais que distinguem frequentemente o discurso direto. Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por outro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos subordi- nadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações, pronomes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais auxiliares, etc. Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría - nutrem-se do liberalismo’ Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu pensamento nutriam -se do liberalismo' Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi (dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do emissor. Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o autor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classifi- cação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os dados apresentados e o princípio de classificação adotado. Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipótese, sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência estabe- lecida entre os fatos e a conclusão. Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos. Os conectores lógicos oracionais e extra-oracionais são marcas linguísticas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem entre os dados e para avaliar sua coerência. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 8 A Biografia É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia. Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresentar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens cuja ação foi qualificada como relevante na história. Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conectivi- dade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial (Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições tempo- rais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realidade), etc. A veracidade que exigem os textos de informação científica manifesta-se nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apresen- tados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a importância que a eles atribui. Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não autorizadas" de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma característica que parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de revelar a personagem através de uma profusa acumulação de aspectos negativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios altamente reprovados pela opinião pública. TEXTOS INSTRUCIONAIS Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais diversas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culinárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções, etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendida. A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencionais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, estão amplamente difundidos os modelos de regulamentos de co-propriedade; então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e deveres das partes envolvidas. Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucio- nais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de alimen- tos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de abordagem e de produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as instru- ções. As Receitas e as Instruções Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato, fabricar um móvel, consertar um objeto, etc. Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimen- to, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.), a outra, desenvolve as instruções. As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitual- mente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acompa- nhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos). As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres, com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo (misturar a farinha com o açúcar). Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (sepa- re cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com fre- quência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo: Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui pode intervir outro membro da equipe. TEXTOS EPISTOLARES Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por escrito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeçalho. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de uma empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos desig- nados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora). Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo das características contidas no texto. Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organização espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabelece o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, opta- se por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo formal. A Carta As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e argu- mentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa, expressiva e apelativa). Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto é, aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimen- tos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário comprometido afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a dimensão expressiva da mensagem. Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor conheci- do, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transparecer marcas da oraljdade: frases inconclusas, nas quais as reticências habilitam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las; perguntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas. Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enunciati- vas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificati- vos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 11 novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e palavras importadas do idioma inglês, como: km – quilômetro, kg – quilograma Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros. Trema Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso, o “ü” lê-se “i”) QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S” Ex. Chá Mês nós Gás Sapé cipó Dará Café avós Pará Vocês compôs vatapá pontapés só Aliás português robô dá-lo vê-lo avó recuperá-los Conhecê-los pô-los guardá-la Fé compô-los réis (moeda) Véu dói méis céu mói pastéis Chapéus anzóis ninguém parabéns Jerusalém Resumindo: Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí- lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras. 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:  L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.  N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.  R – câncer, caráter, néctar, repórter.  X – tórax, látex, ônix, fênix.  PS – fórceps, Quéops, bíceps.  Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.  ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.  I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.  ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.  UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.  US – ânus, bônus, vírus, Vênus. Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen- tes (semivogal+vogal): Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio. 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân- temo, público, pároco, proparoxítona. QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS 4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:  Formarem sílabas sozinhos ou com “S” Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta. IMPORTANTE Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. 5. Trema Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) 6. Acento Diferencial O acento diferencial permanece nas palavras: pôde (passado), pode (presente) pôr (verbo), por (preposição) Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou plural: SINGULAR PLURAL Ele tem Eles têm Ele vem Eles vêm Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as pausas da linguagem oral. PONTO O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla- rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado de simples. Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris- to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). PONTO DE INTERROGAÇÃO É usado para indicar pergunta direta. Onde está seu irmão? Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. A mim ?! Que ideia! PONTO DE EXCLAMAÇÃO É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! Ó jovens! Lutemos! VÍRGULA A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau- sa na fala. Emprega-se a vírgula: • Nas datas e nos endereços: São Paulo, 17 de setembro de 1989. Largo do Paissandu, 128. • No vocativo e no aposto: Meninos, prestem atenção! Termópilas, o meu amigo, é escritor. • Nos termos independentes entre si: O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões. • Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgula: Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa- droeira. • Após alguns adjuntos adverbiais: No dia seguinte, viajamos para o litoral. • Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego da vírgula: Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 12 • Após a primeira parte de um provérbio. O que os olhos não vêem, o coração não sente. • Em alguns casos de termos oclusos: Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate. RETICÊNCIAS • São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Não me disseste que era teu pai que ... • Para realçar uma palavra ou expressão. Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome... • Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também... PONTO E VÍRGULA • Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém alguma simetria entre si. "Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe- cido, guardando consigo a ponta farpada. " • Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu interior. Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho. DOIS PONTOS • Enunciar a fala dos personagens: Ele retrucou: Não vês por onde pisas? • Para indicar uma citação alheia: Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar- que". • Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri- or: Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. • Enumeração após os apostos: Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido. TRAVESSÃO Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar palavras ou frases – "Quais são os símbolos da pátria? – Que pátria? – Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). – "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra vez. – a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma coisa". (M. Palmério). • Usa-se para separar orações do tipo: – Avante!- Gritou o general. – A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam uma cadeia de frase: • A estrada de ferro Santos – Jundiaí. • A ponte Rio – Niterói. • A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. ASPAS São usadas para: • Indicar citações textuais de outra autoria. "A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) • Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares: Há quem goste de “jazz-band”. Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. • Para enfatizar palavras ou expressões: Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite. • Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. "Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro. • Em casos de ironia: A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão. PARÊNTESES Empregamos os parênteses: • Nas indicações bibliográficas. "Sede assim qualquer coisa. serena, isenta, fiel". (Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). • Nas indicações cênicas dos textos teatrais: "Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos fora das órbitas. Amália se volta)". (G. Figueiredo) • Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória: "E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de fome." (C. Lispector) • Para isolar orações intercaladas: "Estou certo que eu (se lhe ponho Minha mão na testa alçada) Sou eu para ela." (M. Bandeira) COLCHETES [ ] Os colchetes são muito empregados na linguagem científica. ASTERISCO O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação). BARRA A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas. EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DA CRASE Crase é a fusão da preposição A com outro A. Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem. EMPREGO DA CRASE • em locuções adverbiais: à vezes, às pressas, à toa... • em locuções prepositivas: em frente à, à procura de... • em locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que... • pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a, as Fui ontem àquele restaurante. Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão: Refiro-me àquilo e não a isto. A CRASE É FACULTATIVA • diante de pronomes possessivos femininos: Entreguei o livro a(à) sua secretária . • diante de substantivos próprios femininos: Dei o livro à(a) Sônia. CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE • Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo A: Viajaremos à Colômbia. (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia) • Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília, Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve- neza, etc. Viajaremos a Curitiba. (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba). • Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o modifique. Ela se referiu à saudosa Lisboa. Vou à Curitiba dos meus sonhos. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 13 • Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida: Às 8 e 15 o despertador soou. • Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo- da” ou "maneira": Aos domingos, trajava-se à inglesa. Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo. • Antes da palavra casa, se estiver determinada: Referia-se à Casa Gebara. • Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar. Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa). • Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo. Voltou à terra onde nascera. Chegamos à terra dos nossos ancestrais. Mas: Os marinheiros vieram a terra. O comandante desceu a terra. • Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente: Vou até a (á ) chácara. Cheguei até a(à) muralha • A QUE - À QUE Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino ocorrerá crase: Houve um palpite anterior ao que você deu. Houve uma sugestão anterior à que você deu. Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não ocorrerá crase. Não gostei do filme a que você se referia. Não gostei da peça a que você se referia. O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do de: Meu palpite é igual ao de todos Minha opinião é igual à de todos. NÃO OCORRE CRASE • antes de nomes masculinos: Andei a pé. Andamos a cavalo. • antes de verbos: Ela começa a chorar. Cheguei a escrever um poema. • em expressões formadas por palavras repetidas: Estamos cara a cara. • antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona: Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. Escrevi a Vossa Excelência. Dirigiu-se gentilmente à senhora. • quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: Não falo a pessoas estranhas. Jamais vamos a festas. SEMÂNTICA: SINONÍMIA, ANTONÍMIA, HOMONÍMIA, PARONÍMIA, POLISSEMIA E FIGURAS DE LINGUAGEM Semântica Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Semântica (do grego σημαντικός, sēmantiká, plural neutro de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é o estudo do significado. Incide sobre a relação entre significantes, tais como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a sua denotação. A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal, e semiótica. A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo é expresso (por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica cogniti- va, fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes. Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em considera- ção: Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto. Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos: As homônimas podem ser:  Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indica- tivo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);  Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);  Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cu- ra (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio);  Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais pa- lavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalhei- ro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar (diferenci- ar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.  Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de a- presentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na em- presa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.  Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e ori- gem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo) Conotação e Denotação:  Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do ori- ginal, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.  Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. Exem- plos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas. Sinônimo Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachorro. O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evitem repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se tornem enfadonhos. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 16 d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo, pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão, portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje- tivos trabalhar - trabalho correr - corrida alto - altura belo - beleza FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa: florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio, tempo, sol. d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de- colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol. COLETIVOS Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo de seres da mesma espécie. Veja alguns coletivos que merecem destaque: alavão - de ovelhas leiteiras alcateia - de lobos álbum - de fotografias, de selos antologia - de trechos literários escolhidos armada - de navios de guerra armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc) arquipélago - de ilhas assembleia - de parlamentares, de membros de associações atilho - de espigas de milho atlas - de cartas geográficas, de mapas banca - de examinadores bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios bando - de aves, de pessoal em geral cabido - de cônegos cacho - de uvas, de bananas cáfila - de camelos cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves cancioneiro - de poemas, de canções caravana - de viajantes cardume - de peixes clero - de sacerdotes colmeia - de abelhas concílio - de bispos conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa congregação - de professores, de religiosos congresso - de parlamentares, de cientistas conselho - de ministros consistório - de cardeais sob a presidência do papa constelação - de estrelas corja - de vadios elenco - de artistas enxame - de abelhas enxoval - de roupas esquadra - de navios de guerra esquadrilha - de aviões falange - de soldados, de anjos farândola - de maltrapilhos fato - de cabras fauna - de animais de uma região feixe - de lenha, de raios luminosos flora - de vegetais de uma região frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus girândola - de fogos de artifício horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros junta - de bois, médicos, de examinadores júri - de jurados legião - de anjos, de soldados, de demônios malta - de desordeiros manada - de bois, de elefantes matilha - de cães de caça ninhada - de pintos nuvem - de gafanhotos, de fumaça panapaná - de borboletas pelotão - de soldados penca - de bananas, de chaves pinacoteca - de pinturas plantel - de animais de raça, de atletas quadrilha - de ladrões, de bandidos ramalhete - de flores réstia - de alhos, de cebolas récua - de animais de carga romanceiro - de poesias populares resma - de papel revoada - de pássaros súcia - de pessoas desonestas vara - de porcos vocabulário - de palavras FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e grau. Gênero Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini- no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. Podemos classificar os substantivos em: a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino: aluno/aluna homem/mulher menino /menina carneiro/ovelha Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo: padrinho/madrinha bode/cabra cavaleiro/amazona pai/mãe b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em: 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve- mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê- mea 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti- go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a estudante, este dentista. 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar- tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn- juge, a pessoa, a criatura. Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim: uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino. AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero: São masculinos São femininos o anátema o telefonema o teorema o trema o edema o eclipse o lança-perfume o fibroma o estratagema o proclama o grama (unidade de peso) o dó (pena, compaixão) o ágape o caudal o champanha o alvará o formicida o guaraná o plasma o clã a abusão a aluvião a análise a cal a cataplasma a dinamite a comichão a aguardente a derme a omoplata a usucapião a bacanal a líbido a sentinela a hélice APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 17 Mudança de Gênero com mudança de sentido Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. Veja alguns exemplos: o cabeça (o chefe, o líder) o capital (dinheiro, bens) o rádio (aparelho receptor) o moral (ânimo) o lotação (veículo) o lente (o professor) a cabeça (parte do corpo) a capital (cidade principal) a rádio (estação transmissora) a moral (parte da Filosofia, conclusão) a lotação (capacidade) a lente (vidro de aumento) Plural dos Nomes Simples 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa, casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães. 2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em: a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração, corações; grandalhão, grandalhões. b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião, guardiães. c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão, cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos. Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães; ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. 3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns. 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí- fens (ou hífenes). Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones. 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani- mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules. 6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil, fósseis; réptil, répteis. Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar- ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis. 7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni- cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases. São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, os ônix. 8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs- tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri- mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi- tos. Substantivos só usados no plural afazeres arredores cãs confins férias núpcias olheiras viveres anais belas-artes condolências exéquias fezes óculos pêsames copas, espadas, ouros e paus (naipes) Plural dos Nomes Compostos 1. Somente o último elemento varia: a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara- boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão- mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda- comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem- pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela- melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques) 2. Somente o primeiro elemento é flexionado: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite; pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem- rabo, burros-sem-rabo; b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos- correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada; banana-maçã, bananas-maçã. A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos- correios, homens-rãs, navios-escolas, etc. 3. Ambos os elementos são flexionados: a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves- flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas- compromissos. b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor- perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida, caras-pálidas. São invariáveis: a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi- sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não- molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem- desocupa-o-copo; c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o perde-ganha, os perde-ganha. Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda- marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa- dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate. Adjetivos Compostos Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona. Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino- americanos; cívico-militar, cívico-militares. 1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos amarelo-ouro, paredes azul-piscina. 2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur- dos-mudos > surdas-mudas. 3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho. Graus do substantivo Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais podem ser: sintéticos ou analíticos. Analítico Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama- nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande. Sintético Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados. Principais sufixos aumentativos AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO, ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão, povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu- ça. Principais Sufixos Diminutivos ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO, ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo, homúncula, apícula, velhusco. Observações: • Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui- rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 18 • É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe- tivo: Joãozinho, amorzinho, etc. • Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for- mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz, ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc. • Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di- minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon- zinho, pequenito. Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu- gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais diferentes para designar o sexo: bode - cabra burro - besta carneiro - ovelha cão - cadela cavalheiro - dama compadre - comadre frade - freira frei – soror genro - nora padre - madre padrasto - madrasta padrinho - madrinha pai - mãe veado - cerva zangão - abelha etc. ADJETIVOS FLEXÃO DOS ADJETIVOS Gênero Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne- ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu- lher simples; aluno feliz - aluna feliz. b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou- tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se- melhante a dos substantivos. Número a) Adjetivo simples Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples: pessoa honesta pessoas honestas regra fácil regras fáceis homem feliz homens felizes Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in- variáveis: blusa vinho blusas vinho camisa rosa camisas rosa b) Adjetivos compostos Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele- mento varia, tanto em gênero quanto em número: acordos sócio-político-econômico acordos sócio-político-econômicos causa sócio-político-econômica causas sócio-político-econômicas acordo luso-franco-brasileiro acordo luso-franco-brasileiros lente côncavo-convexa lentes côncavo-convexas camisa verde-clara camisas verde-claras sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros Observações: 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: camisa verde-abacate camisas verde-abacate sapato marrom-café sapatos marrom-café blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro 2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: blusa azul-marinho blusas azul-marinho camisa azul-celeste camisas azul-celeste 3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos variam: menino surdo-mudo meninos surdos-mudos menina surda-muda meninas surdas-mudas Graus do Adjetivo As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex- pressas em dois graus: - o comparativo - o superlativo Comparativo Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo: - Comparativo de igualdade: O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente. - Comparativo de superioridade: O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico. - Comparativo de inferioridade: A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro. Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável. Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi- dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: - Superlativo absoluto Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser: Esta cidade é poluidíssima. Esta cidade é muito poluída. - Superlativo relativo Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a outros seres: Este rio é o mais poluído de todos. Este rio é o menos poluído de todos. Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico: - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade - muito trabalhador, excessivamente frágil, etc. - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti- quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc. Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara- tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais: NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO ABSOLUTO RELATIVO bom melhor ótimo melhor mau pior péssimo pior grande maior máximo maior pequeno menor mínimo menor Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos: acre - acérrimo agradável - agradabilíssimo amargo - amaríssimo amigo - amicíssimo áspero - aspérrimo audaz - audacíssimo benévolo - benevolentíssimo célebre - celebérrimo cruel - crudelíssimo eficaz - eficacíssimo fiel - fidelíssimo frio - frigidíssimo incrível - incredibilíssimo íntegro - integérrimo livre - libérrimo magro - macérrimo manso - mansuetíssimo negro - nigérrimo (negríssimo) pessoal - personalíssimo possível - possibilíssimo próspero - prospérrimo público - publicíssimo sábio - sapientíssimo salubre - salubérrimo simples – simplicíssimo ágil - agílimo agudo - acutíssimo amável - amabilíssimo antigo - antiquíssimo atroz - atrocíssimo benéfico - beneficentíssimo capaz - capacíssimo cristão - cristianíssimo doce - dulcíssimo feroz - ferocíssimo frágil - fragilíssimo humilde - humílimo (humildíssimo) inimigo - inimicíssimo jovem - juveníssimo magnífico - magnificentíssimo maléfico - maleficentíssimo miúdo - minutíssimo nobre - nobilíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo) preguiçoso - pigérrimo provável - probabilíssimo pudico - pudicíssimo sagrado - sacratíssimo sensível - sensibilíssimo tenro - tenerissimo APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 21 2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa: Como eu achasse muito breve, explicou-se. 3. Com o imperativo afirmativo: Companheiros, escutai-me. 4. Com o infinitivo impessoal: A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um destino na mesa. 5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM: E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo. 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética. A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio franco. Próclise Na linguagem culta, a próclise é recomendada: 1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos, interrogativos e conjunções. As crianças que me serviram durante anos eram bichos. Tudo me parecia que ia ser comida de avião. Quem lhe ensinou esses modos? Quem os ouvia, não os amou. Que lhes importa a eles a recompensa? Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez. 2. Nas orações optativas (que exprimem desejo): Papai do céu o abençoe. A terra lhes seja leve. 3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Em se animando, começa a contagiar-nos. Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. 4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja pausa entre eles. Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra. Mesóclise Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam precedidos de palavras que reclamem a próclise. Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. Dir-se-ia vir do oco da terra. Mas: Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Jamais se diria vir do oco da terra. Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível: Lembrarei-me (!?) Diria-se (!?) O Pronome Átono nas Locuções Verbais 1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Podemos contar-lhe o ocorrido. Podemos-lhe contar o ocorrido. Não lhes podemos contar o ocorrido. O menino foi-se descontraindo. O menino foi descontraindo-se. O menino não se foi descontraindo. 2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. "Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des- cartes ." Tenho-me levantado cedo. Não me tenho levantado cedo. O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua- gem escrita. PRONOMES POSSESSIVOS Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu- indo-lhes a posse de alguma coisa. Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o livro pertence a 1ª pessoa (eu) Eis as formas dos pronomes possessivos: 1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. 2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. 3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. 1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. 2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. 3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa (seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de você). Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui- dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro- nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância. Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as suas mãos). Não me respeitava a adolescência. A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos. Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir: 1. Cálculo aproximado, estimativa: Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história O nosso homem não se deu por vencido. Chama-se Falcão o meu homem 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum Eu cá tenho minhas dúvidas Cornélio teve suas horas amargas 4. Afetividade, cortesia Como vai, meu menino? Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren- tes de família. É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida- de. Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando não sabia o que dizer. PRONOMES DEMONSTRATIVOS São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da coisa designada em relação à pessoa gramatical. Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o livro está longe de ambas as pessoas. Os pronomes demonstrativos são estes: ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa AQUELE (e variações), próprio (e variações) MESMO (e variações), próprio (e variações) SEMELHANTE (e variação), tal (e variação) Emprego dos Demonstrativos 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que fala). Este documento que tenho nas mãos não é meu. Isto que carregamos pesa 5 kg. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 22 b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente: Este coração não pode me trair. Esta alma não traz pecados. Tudo se fez por este país.. c) Para indicar o momento em que falamos: Neste instante estou tranquilo. Deste minuto em diante vou modificar-me. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do momento em que falamos: Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. Um dia destes estive em Porto Alegre. e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no qual se inclui o momento em que falamos: Nesta semana não choveu. Neste mês a inflação foi maior. Este ano será bom para nós. Este século terminará breve. f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Este assunto já foi discutido ontem. Tudo isto que estou dizendo já é velho. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos. 2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com quem se fala): Esse documento que tens na mão é teu? Isso que carregas pesa 5 kg. b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Esse teu coração me traiu. Essa alma traz inúmeros pecados. Quantos vivem nesse pais? c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese- jamos distância: O povo já não confia nesses políticos. Não quero mais pensar nisso. d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa: Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. O que você quer dizer com isso? e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que falamos: Um dia desses estive em Porto Alegre. Comi naquele restaurante dia desses. f) Para indicar aquilo que já mencionamos: Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio. Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan- te. 3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á 3ª. Aquele documento que lá está é teu? Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. Naquele instante estava preocupado. Daquele instante em diante modifiquei-me. Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele século, para exprimir que o tempo já decorreu. 4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas, usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou variações) para a primeira: Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso e aquela tranquila. 5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE, pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural: Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose? Com um frio destes não se pode sair de casa. Nunca vi uma coisa daquelas. 6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter reforçativo: Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos. Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas. 7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO, ISSO ou AQUELE (e variações). Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os homens superiores. 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE, ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Tal era a situação do país. Não disse tal. Tal não pôde comparecer. Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu- des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL ou OUTRO TAL: Suas manias eram tais quais as minhas. A mãe era tal quais as filhas. Os filhos são tais qual o pai. Tal pai, tal filho. É pronome substantivo em frases como: Não encontrarei tal (= tal coisa). Não creio em tal (= tal coisa) PRONOMES RELATIVOS Veja este exemplo: Armando comprou a casa QUE lhe convinha. A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo casa é um pronome relativo. PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re- feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente. No exemplo dado, o antecedente é casa. Outros exemplos de pronomes relativos: Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos. O lugar onde paramos era deserto. Traga tudo quanto lhe pertence. Leve tantos ingressos quantos quiser. Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso? Eis o quadro dos pronomes relativos: VARIÁVEIS INVARIÁVEIS Masculino Feminino o qual os quais a qual as quais quem cujo cujos cuja cujas que quanto quantos quanta quantas onde Observações: 1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. O médico de quem falo é meu conterrâneo. 2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem sempre um substantivo sem artigo. Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar? 3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quantos precisar. Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou. 4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a EM QUE. A casa onde (= em que) moro foi de meu avô. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 23 PRONOMES INDEFINIDOS Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO, SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO Exemplos: Algo o incomoda? Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. Não faças a outrem o que não queres que te façam. Quem avisa amigo é. Encontrei quem me pode ajudar. Ele gosta de quem o elogia. 2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA CERTAS. Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem várias profissões. Certo dia apareceu em casa um repórter famoso. PRONOMES INTERROGATIVOS Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. Exemplos: Que há? Que dia é hoje? Reagir contra quê? Por que motivo não veio? Quem foi? Qual será? Quantos vêm? Quantas irmãs tens? VERBO CONCEITO “As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando- as no tempo. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re- ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Assim fiz. Morreram.” (Clarice Lispector) Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir: a) Estado: Não sou alegre nem sou triste. Sou poeta. b) Mudança de estado: Meu avô foi buscar ouro. Mas o ouro virou terra. c) Fenômeno: Chove. O céu dorme. VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-se no tempo. FLEXÕES O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle- xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: • a ação de cantar. • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). • o número gramatical (plural). • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no passado (indicativo). • que o sujeito pratica a ação (voz ativa). Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz. 1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais: 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme- cemos. 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela adormece. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles adormecem. 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato. A cachorra Baleia corria na frente. b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato. Talvez a cachorra Baleia corra na frente . c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um pedido Corra na frente, Baleia. 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo, em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são: a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala: Fecho os olhos, agito a cabeça. b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele em que se fala: Fechei os olhos, agitei a cabeça. c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala: Fecharei os olhos, agitarei a cabeça. O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o presente. Veja o esquema dos tempos simples em português: Presente (falo) INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) Imperfeito (falava) Mais- que-perfeito (falara) Futuro do presente (falarei) do pretérito (falaria) Presente (fale) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse) Futuro (falar) Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema dos tempos simples. Infinitivo impessoal (falar) Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando) Particípio (falado) 5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: a) agente do fato expresso. O carroceiro disse um palavrão. (sujeito agente) O verbo está na voz ativa. b) paciente do fato expresso: Um palavrão foi dito pelo carroceiro. (sujeito paciente) O verbo está na voz passiva. c) agente e paciente do fato expresso: O carroceiro machucou-se. (sujeito agente e paciente) O verbo está na voz reflexiva. 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical. Falo - Estudam. Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está fora do radical. Falamos - Estudarei. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 26 FAZER Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer PERDER Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam PODER Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem Gerúndio podendo Particípio podido O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo negativo PROVER Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê- reis, proveram Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove- riam Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem Gerúndio provendo Particípio provido QUERER Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé- reis, quiseram Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, quisessem Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem REQUERER Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, requereram Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, requerereis, requereram Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis, requererão Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere- ríeis, requereriam Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem, Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requerem Gerúndio requerendo Particípio requerido O verbo REQUERER não se conjuga como querer. REAVER Presente do indicativo reavemos, reaveis Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve- ram Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou- vésseis, reouvessem Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen- ta a letra v SABER Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soubessem Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem VALER Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham TRAZER Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe- rem Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem Gerúndio trazendo Particípio trazido VER Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Particípio visto ABOLIR Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, aboliram Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do subjuntivo não há Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, abolissem Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Imperativo afirmativo abole, aboli Imperativo negativo não há Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Infinitivo impessoal abolir Gerúndio abolindo Particípio abolido O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. AGREDIR Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 27 COBRIR Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Particípio coberto Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir FALIR Presente do indicativo falimos, falis Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Presente do subjuntivo não há Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo fali (vós) Imperativo negativo não há Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Gerúndio falindo Particípio falido FERIR Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. MENTIR Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. FUGIR Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam IR Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem Gerúndio indo Particípio ido OUVIR Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam Particípio ouvido PEDIR Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir POLIR Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam REMIR Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam RIR Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Gerúndio rindo Particípio rido Conjuga-se como rir: sorrir VIR Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Gerúndio vindo Particípio vindo Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir SUMIR Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir ADVÉRBIO Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad- vérbio, exprimindo uma circunstância. Os advérbios dividem-se em: 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures, nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan- te, através, defronte, aonde, etc. 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve, brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc. 3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc. 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema- siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc. 5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc. 6) NEGAÇÃO: não. 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto, provavelmente, etc. Há Muitas Locuções Adverbiais 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra- da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc. 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite, às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc. 3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge- ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis- tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc. 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui- na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc. 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc. 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma, etc. 7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc. Advérbios Interrogativos Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como? APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 28 Palavras Denotativas Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te- rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc. 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc. 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc. 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc. 4) DE DESIGNAÇÃO - eis. 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. 6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc. Você lá sabe o que está dizendo, homem... Mas que olhos lindos! Veja só que maravilha! NUMERAL Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. O numeral classifica-se em: - cardinal - quando indica quantidade. - ordinal - quando indica ordem. - multiplicativo - quando indica multiplicação. - fracionário - quando indica fracionamento. Exemplos: Silvia comprou dois livros. Antônio marcou o primeiro gol. Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. O galinheiro ocupava um quarto da quintal. QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS Algarismos Numerais Roma- nos Arábi- cos Cardinais Ordinais Multiplica- tivos Fracionários I 1 um primeiro simples - II 2 dois segundo duplo dobro meio III 3 três terceiro tríplice terço IV 4 quatro quarto quádruplo quarto V 5 cinco quinto quíntuplo quinto VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo IX 9 nove nono nônuplo nono X 10 dez décimo décuplo décimo XI 11 onze décimo primeiro onze avos XII 12 doze décimo segundo doze avos XIII 13 treze décimo terceiro treze avos XIV 14 quatorze décimo quarto quatorze avos XV 15 quinze décimo quinto quinze avos XVI 16 dezesseis décimo sexto dezesseis avos XVII 17 dezessete décimo sétimo dezessete avos XVIII 18 dezoito décimo oitavo dezoito avos XIX 19 dezenove décimo nono dezenove avos XX 20 vinte vigésimo vinte avos XXX 30 trinta trigésimo trinta avos XL 40 quarenta quadragé- simo quarenta avos L 50 cinquenta quinquagé- simo cinquenta avos LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos LXX 70 setenta septuagési- mo setenta avos LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos XC 90 noventa nonagésimo noventa avos C 100 cem centésimo centésimo CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo CD 400 quatrocen- tos quadringen- tésimo quadringen- tésimo D 500 quinhen- tos quingenté- simo quingenté- simo DC 600 seiscentos sexcentési- mo sexcentési- mo DCC 700 setecen- tos septingenté- simo septingenté- simo DCCC 800 oitocentos octingenté- simo octingenté- simo CM 900 novecen- tos nongentési- mo nongentési- mo M 1000 mil milésimo milésimo Emprego do Numeral Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc. empregam-se de 1 a 10 os ordinais. João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro) Luis X (décimo) ano I (primeiro) Pio lX (nono) século lV (quarto) De 11 em diante, empregam-se os cardinais: Leão Xlll (treze) ano Xl (onze) Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis) Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte) Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal. XX Salão do Automóvel (vigésimo) VI Festival da Canção (sexto) lV Bienal do Livro (quarta) XVI capítulo da telenovela (décimo sexto) Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao emprego do ordinal. Hoje é primeiro de setembro Não é aconselhável iniciar período com algarismos 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi- nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas. ARTIGO Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná- los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número. Dividem-se em • definidos: O, A, OS, AS • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral. Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde- terminado). lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 31 ORAÇÃO Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. A fanfarra desfilou na avenida. As festas juninas estão chegando. PERÍODO Período é a frase estruturada em oração ou orações. O período pode ser: • simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta). Fui à livraria ontem. • composto - quando constituído por mais de uma oração. Fui à livraria ontem e comprei um livro. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO São dois os termos essenciais da oração: SUJEITO Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) O sujeito pode ser : - simples: quando tem um só núcleo As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; núcleo: rosas) - composto: quando tem mais de um núcleo O burro e o cavalo saíram em disparada. (suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo) - oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) - indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal Come-se bem naquele restaurante. - Inexistente: quando a oração não tem sujeito Choveu ontem. Há plantas venenosas. PREDICADO Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. O predicado classifica-se em: 1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo do sujeito. Nosso colega está doente. Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER, PERMANECER, etc. Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Nosso colega está doente. A moça permaneceu sentada. 2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou transitivo. O avião sobrevoou a praia. Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. O sabiá voou alto. Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. • Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio de proposição. Minha equipe venceu a partida. • Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com auxílio de preposição. Ele precisa de um esparadrapo. • Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de com- plemento com auxilio de preposição. Damos uma simples colaboração a vocês. 3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais predicativo do sujeito. Os rapazes voltaram vitoriosos. • Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal, ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito. Ele morreu rico. • Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal, ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto direto ou indireto. Elegemos o nosso candidato vereador. TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO Chama-se termos integrantes da oração os que completam a significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à compreensão do enunciado. 1. OBJETO DIRETO Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE. 2. OBJETO INDIRETO Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo indireto. As crianças precisam de CARINHO. 3. COMPLEMENTO NOMINAL Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio. Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo) O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo) Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE (advérbio). 4. AGENTE DA PASSIVA Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na voz passiva. A mãe é amada PELO FILHO. O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO. Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo alguma circunstância. São termos acessórios da oração: 1. ADJUNTO ADNOMINAL Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os substantivos. Pode ser expresso: • pelos adjetivos: água fresca, • pelos artigos: o mundo, as ruas • pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas • pelos numerais : três garotos; sexto ano • pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos 2. ADJUNTO ADVERBIAL Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Cheguei cedo. José reside em São Paulo. 3. APOSTO Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. Dr. João, cirurgião-dentista, Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. 4. VOCATIVO Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou interpelar alguém ou alguma coisa. Tem compaixão de nós, ó Cristo. Professor, o sinal tocou. Rapazes, a prova é na próxima semana. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 32 PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta. Fui ao cinema. O pássaro voou. PERÍODO COMPOSTO No período composto há mais de uma oração. (Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens folgam.) Período composto por coordenação Apresenta orações independentes. (Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) Período composto por subordinação Apresenta orações dependentes. (É bom) (que você estude.) Período composto por coordenação e subordinação Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este período é também conhecido como misto. (Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.) ORAÇÃO COORDENADA Oração coordenada é aquela que é independente. As orações coordenadas podem ser: - Sindética: Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção coordenativa. Viajo amanhã, mas volto logo. - Assindética: Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou ponto e vírgula. Chegou, olhou, partiu. A oração coordenada sindética pode ser: 1. ADITIVA: Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas, também: Ele falava E EU FICAVA OUVINDO. Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. 2. ADVERSATIVA: Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). A espada vence MAS NÃO CONVENCE. O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO. Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. 3. ALTERNATIVAS: Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra (ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc). Mudou o natal OU MUDEI EU? “OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!” (C. Meireles) 4. CONCLUSIVAS: Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, etc). Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO. Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ. 5. EXPLICATIVAS: Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.) Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR. Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS. ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE É aquela que vem entre os termos de uma outra oração. O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido. A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos: CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc. ORAÇÃO PRINCIPAL Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida por um conectivo. ELES DISSERAM que voltarão logo. ELE AFIRMOU que não virá. PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma) ORAÇÃO SUBORDINADA Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal nem sempre é a primeira do período. Quando ele voltar, eu saio de férias. Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função de um substantivo. Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas substantivas classificam-se em: 1) SUBJETIVA (sujeito) Convém que você estude mais. Importa que saibas isso bem. . É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária. 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto) Desejo QUE VENHAM TODOS. Pergunto QUEM ESTÁ AI. 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto) Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS. Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE. Daremos o prêmio A QUEM O MERECER. 4) COMPLETIVA NOMINAL Complemento nominal. Ser grato A QUEM TE ENSINA. Sou favorável A QUE O PRENDAM. 5) PREDICATIVA (predicativo) Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA) Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE. Não sou QUEM VOCÊ PENSA. 6) APOSITIVAS (servem de aposto) Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE) Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME. 7) AGENTE DA PASSIVA O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR) A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de um adjetivo. Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas: APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 33 1) EXPLICATIVAS: Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma informação. Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria. 2) RESTRITIVAS: Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo indispensáveis ao sentido da frase: Pedra QUE ROLA não cria limo. As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem. Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de um advérbio. As orações subordinadas adverbiais classificam-se em: 1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão: Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. O tambor soa PORQUE É OCO. 2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma comparação. O som é menos veloz QUE A LUZ. Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA. 3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado. CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. 4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: SE O CONHECESSES, não o condenarias. Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? 5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro: Fiz tudo COMO ME DISSERAM. Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. 6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! Tenho medo disso QUE ME PÉLO! 7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. 8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo. 9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal: ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. 10) MODAIS: exprimem modo, maneira: Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE. ORAÇÕES REDUZIDAS Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio. Exemplos: • Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. • Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. • FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM, conseguirás. • É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS ATENTOS. • AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO, entristeceu-se. • É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES MAIS. • SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure- me. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões. Principais Casos de Concordância Nominal 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em gênero e número com o substantivo. As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão normalmente para o plural. Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio. 3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai para o masculino plural. Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios. 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais próximo: Trouxe livros e revista especializada. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi- mo. Dedico esta música à querida tia e sobrinhos. 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o sujeito. Meus amigos estão atrapalhados. 7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica- tivo no gênero da pessoa a quem se refere. Sua excelência, o Governador, foi compreensivo. 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo vão para o singular ou para o plural. Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros). 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier precedido de artigo e o segundo não vão para o plural. Já estudei o primeiro e segundo livros. 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural. Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro. 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a que se referem. Ela mesma veio até aqui. Eles chegaram sós. Eles próprios escreveram. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere. Muito obrigado. (masculino singular) Muito obrigada. (feminino singular). 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica invariável quando é advérbio. Quero meio quilo de café. Minha mãe está meio exausta. É meio-dia e meia. (hora) 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan- tivo a que se referem. Trouxe anexas as fotografias que você me pediu. A expressão em anexo é invariável. Trouxe em anexo estas fotos. 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu- em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis. Vocês falaram alto demais. O combustível custava barato. Você leu confuso. Ela jura falso. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 36 Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala- vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento estatal ciência e tecnologia. (A) à ... sobre o ... do ... para (B) a ... ao ... do ... para (C) à ... do ... sobre o ... a (D) à ... ao ... sobre o ... à (E) a ... do ... sobre o ... à 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois eles devem estar aptos comercializar seus produtos. (A) ao ... a ... à (B) àquele ... à ... à (C) àquele...à ... a (D) ao ... à ... à (E) àquele ... a ... a 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a norma culta. (A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso trarão grandes benefícios às pesquisas. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando com o meio ambiente. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol- vendo projetos na área médica. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre- sentadas pelos economistas. (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no litoral ou aproveitam férias ali. 11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: (A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às chuvas. (B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- mações. (C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à cultura. (D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da culpa. (E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. 12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- res. (Texto adaptado) Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (A) seus ... lhes ... los ... lhes (B) delas ... a elas ... lhes ... deles (C) seus ... nas ... los ... deles (D) delas ... a elas ... lhes ... seu (E) seus ... lhes ... eles ... neles 13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo com o padrão culto. (A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto direto e indireto em: (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. (B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada. (E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo. (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. (D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex- celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se programar e participar do referido evento. Atenciosamente, ZZZ Assistente de Gabinete. De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por (A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos (B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se respeitam as regras de pontuação. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou, que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade Policial, confessou sua participação no referido furto. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia. (E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen- te, apenas a: (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral. (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo. (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames. Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. O livro de registro do processo que você procurava era o que estava sobre o balcão. 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem a (A) processo e livro. (B) livro do processo. (C) processos e processo. (D) livro de registro. (E) registro e processo. 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período acima: I. há, no período, duas orações; II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal; III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, II e IV. (E) I, III e IV. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 37 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura pelo Juiz; III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen- te ao da palavra mas; IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór- dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar. Está correto o contido apenas em (A) II e IV. (B) III e IV. (C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV. 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. Ao transformar os dois períodos simples num único período compos- to, a alternativa correta é: (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. (E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci- dos galhos da velha árvore. Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar. (A) Quem podou? e Quando podou? (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? (C) Que jardineiro? e Podou o quê? (D) Que vizinho? e Que galhos? (E) Quando podou? e Podou o quê? 24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua- ção em: (A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. 25. Felizmente, ninguém se machucou. Lentamente, o navio foi se afastando da costa. Considere: I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de modo; III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do fato; IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos. Está correto o contido apenas em (A) I, II e III. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V. 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro..., indicando concessão, é: (A) para poder trabalhar fora. (B) como havia programado. (C) assim que recebeu o prêmio. (D) porque conseguiu um desconto. (E) apesar do preço muito elevado. 27. É importante que todos participem da reunião. O segmento que todos participem da reunião, em relação a É importante, é uma oração subordinada (A) adjetiva com valor restritivo. (B) substantiva com a função de sujeito. (C) substantiva com a função de objeto direto. (D) adverbial com valor condicional. (E) substantiva com a função de predicativo. 28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe- lecida pelo termo como é de (A) comparatividade. (B) adição. (C) conformidade. (D) explicação. (E) consequência. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di- versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos possíveis franqueados. A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e relaciona corretamente as ideias do texto, é: (A) digo ... portanto ... mas (B) como ... pois ... mas (C) ou seja ... embora ... pois (D) ou seja ... mas ... portanto (E) isto é ... mas ... como 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados. A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí- rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi- da, sem alterar o sentido da frase, é: (A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ... (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ... (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ... (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores... (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ... RESPOSTAS 01. D 11. B 21. B 02. A 12. A 22. A 03. C 13. C 23. C 04. E 14. E 24. E 05. A 15. C 25. D 06. B 16. A 26. E 07. D 17. B 27. B 08. E 18. E 28. C 09. C 19. D 29. D 10. D 20. A 30. B ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Língua Portuguesa A Opção Certa Para a Sua Realização 38 ___________________________________ ___________________________________ 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_______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 3 caripunas que habitavam em vários lugares do alto Madeira. Os pamas- aruaques, e como os sanabó, viviam em áreas esparsas entre os rios Madeira e Mamoré, em constante migração, devido a ação combativa da nação Caripuna, que vivia principalmente nas margens dos afluentes dos rios Jaci-Paraná, Mutum-Paraná e na margem direita do rio Madeira. Os tupis-caritianas habitavam nas margens do rio Candeias subafluente do rio Madeira. Os gaviões, do grupo gê, habitavam nas margens do médio rio Ji- Paraná. Interiorizaram-se na selva em decorrência da exploração daquele rio por garimpeiros e seringueiros. No rio Machadinho, afluente do Ji-Paraná, viviam os bocas- negras, que falavam o tupi; igualmente os rama-rama, que também viviam no rio Anari e rio Candeias. Os bocas-negras eram também chamados de bocas- pretas e viviam ainda no rio Jamari e afluentes. Outros grupos tupi, localizados no rio Leitão, afluente do Ji-Paraná, eram os miacats e os paranauates. No igarapé Cacaual, hoje conhecido como Pirarara, afluente do Ji-Paraná, viviam tribos dos ipoteuates, do grupo tupi e do mesmo grupo os iabutifede, ocupando desde a embocadura daquele curso d'água até as proximidades do Riozinho. Na foz do igarapé Cacaual, entre os afluentes Branco e Colorado, habitavam os wayoró, de fala isolada. Esses grupos foram extintos há muitos anos. Os paranawat, também Tupi, localizavam-se nos vales dos igarapés Muqui, Leitão e do Riozinho, todos afluentes do Ji-Paraná. No rio Tamuripa, também afluente do Ji-Paraná, ficavam os taquatép, tupi igualmente aos urumi do rio Tarumã, afluente da margem direita do Ji- Paraná. Quanto aos urupas, eram do grupo xapacura e se estendiam pela bacia do rio que leva seu nome. No vale do rio Mamoré eram encontrados os índios da nação Sanabó, considerada muito valente e, no vale de seu afluente, o rio Pacaás-nova, encontrava-se a nação Pacaás-nova do grupo xapacura ou tapacura, txapakura, e que dominavam até o rio Jaru, onde recebiam esse nome. Segundo Denise Maldi Meireles, in Guardiães da Fronteira, os xapacu- ras teriam vindo do rio Baures e, através do Mamoré, foram fixar-se do lado direito do Mamoré, com início pelos idos do século XVII . Os mojos sabaquereono foram uma grande nação conquistada pelos Incas . Seu território viera ser chamado por Manco Inca pelo nome de Moxoalpa e chamada pelos espanhóis de Moxos, dividia-se em vários grupos espalhados pelos afluentes do Mamoré. Naquele rio ficava a nação Mojo Sabaquereono dividida em três grandes aldeias. Os mojos falavam a língua aruake e toda a população mojo somava 40.000 indivíduos, espalhados em 72 aldeias e viviam principalmente da agricultura do milho, mandioca, cana-de-açúcar e algodão. O jesuíta Augustin Zapata localizou ao longo da margem esquerda do rio Mamoré aproximadamente 12.000 índios distribuídos em sete aldeias, que naqueles tempos de 1693 eram conhecidos pelo nome de cajubaba, tendo sido aldeados na Missão de Exaltación, no baixo Mamoré. Eram agricultores e hábeis canoeiros. Falavam língua isolada. Os cajubabas organizavam-se em sociedade estratificada em grupa- mentos sociais, viviam em aldeia arruada, com praça e um templo, vestiam- se com tipóias e nas festividades usavam lustrosas mantas e enfeites de prata. Eram agricultores. Na margem direita do Mamoré, vivia um povo destemido que somava aproximadamente 4.000 almas. Eram os canichana, valentes guerreiros, inimigos dos cajubaba, eram pescadores e caçadores, andavam nus e somente adotaram a tipóia depois de aldeados. Na bacia do rio Mamoré, tanto do lado português quanto do lado espa- nhol, viviam ainda outros povos de cultura e quantidade iguais aos aqui mencionados; na embocadura do rio Guaporé, no delta formado com o Mamoré, viviam os moré, guerreiros valentes e numerosos , dos quais pouco se tem informações. No vale do rio Guaporé, entre o Rio Branco e o Mequéns, habitavam os índios palmela, do grupo caraíba. No rio Guaporé, nos campos de Pau Cerne, viviam os guarayo, borá , os momos e os pauserna. O campo era muito rico daquela madeira, a qual deu origem ao nome dos pauserna. Juntamente aos guarayo, formavam uma única sociedade descendente dos guaranis do Paraguai. Na foz do rio Corumbiara, ficavam os cabixiana; no rio Mequéns, os guarategaja; ao longo do rio Branco, ficavam os macurap, aruá e os arica- pu; no rio Cabixi, sararé e galera e os cabixi. No rio Cautário, a nação que lhe emprestou o nome, os cautários, do- minavam todos os tributários daquele afluente do Guaporé; eram valentes e agressivos. No vale do rio Corumbiara, habitavam os ferozes índios da nação Pale- té e Guaraju, todos tupis e os guari, de línguas isoladas , extintos há muito tempo. Nas cabeceiras dos rios formadores do Machado, em Vilhena, habita- vam os parecis do grupo aruaque. Os nhambiquaras se estendiam também pela região do atual município até o rio Comemoração. No rio Pimenta Bueno viviam os tupis quepiquiriuates. Todos estes grupos indígenas identificados até 1930, sendo que nume- rosas tribos ainda ficaram por ser contatadas nas regiões mais distanciadas da calha dos rios. A ocupação da Amazônia no contexto do antigo regime O Norte é a mais vasta região do País, com 3,9 milhões de Km2. Seu efetivo populacional, segundo o Censo de 2000 realizado pelo IBGE, atingiu 12.919,9 milhares de pessoas, o qual correspondeu a 7,8% da população total residente no País. Apesar de ser reconhecidamente uma das mais importantes regiões para o ecossistema mundial, de deter, em escala nacional, abundantes recursos minerais, madeireiros e agropecuário, e de esforços passados direcionados mais ou menos intensamente para a sua ocupação demográ- fica e econômica, o início deste século deparou-se com uma região ainda muito esparsamente povoada (3,3 kab/km2) e desigualmente desenvolvida, já com graves problemas sociais. No que tange ao processo recente de sua ocupação, pode-se dizer que ele esteve ligado, inicialmente, isto é, nos anos 60 e 70, à ação do Governo Federal e às políticas de desenvolvimento econômico por ele capitaneadas. Foi a partir da expansão de formas de acumulação e de investimentos públicos que se procedeu a ocupação das fronteiras amazônicas, numa expansão que privilegiou determinados espaços, alguns dos quais constitu- ídos a partir de condições econômicas historicamente preexistentes, e outros nos quais tais condições foram praticamente criadas. O fato é que, segundo Oliveira (1996), é possível identificar pelo menos quatro grandes eixos ou pólos da ocupação amazônica recente, surgidos ou como frutos da expansão da fronteira ou de ações específicas patroci- nadas pelo setor público. Este é o caso típico da Zona Franca de Manaus, onde se gerou um grande pólo moderno de crescimento industrial, idealiza- do, inclusive, com o objetivo de irradiar o desenvolvimento a vastas porções interiorizadas da Amazônia Ocidental. Uma segunda expansão se dá através do pólo de Carajás, abrangendo o triângulo São Luís, Marabá-Belém, é muito ligado à disponibilidade de recursos naturais – minero-ferríferos principalmente – e já desde aquela época inserido num contexto de globalização, com exportações direciona- das aos mercados internacionais. Esse pólo deve gerar hoje um valor de produção bastante superior ao da Zona Franca de Manaus, embora a favor desta deva dizer-se que parece ter hoje uma maior capacidade de internali- zar sua produção em nível do próprio País. Um outro pólo a considerar é de natureza agropecuária. Prolonga-se desde o Centro-Oeste até uma parte da região amazônica e está vinculado aos esquemas de acumulação prevalecentes em Estados tais como Minas Gerais e São Paulo, no Sudeste. De fato, é facilmente perceptível que a Região Centro-Oeste (Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso) tem hoje uma forte integração com a economia do Sudeste e com um sistema de transporte orientado precipuamente para o escoamento de sua produção para aquela região ou através dela. Na região Norte, este eixo penetra pelo Sul do Pará e Sul do Maranhão e por áreas de Rondônia, Acre e mesmo Amazonas. A construção do moderno porto de Itacoatiara, no Rio Madeira, para exportação de soja, tem a ver com a viabilização econômica desse eixo. Finalmente, o que se poderia denominar de um pólo estritamente ama- zônico ficou, de certa forma, mais isolado e economicamente comprometi- do. Quis o Governo Federal criar, à época, através da colonização, um sistema orientado no sentido de assentar migrantes com “know how” agrí- cola, com pequenos capitais, oriundos principalmente de estados sulinos. Rondônia e o Acre foram os Estados onde tais ações teriam sido melhor sucedidas nos âmbitos da agricultura e da pecuária, respectivamente. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 4 A partir dos anos 80, quando se instala a crise financeira do Estado brasileiro e as políticas públicas passam a perder espaço, força e rigidez, a ocupação da região Norte passa a se reger, fundamentalmente, pela lógica do mercado. Abre-se um vácuo no processo de desenvolvimento regional. Nessa lógica já não está mais tão presente a implementação daquelas políticas públicas anteriormente voltadas para o processo de integração da Região, para o desenvolvimento social e econômico das populações e para a ocupação orientada dos seus vastos espaços. Isto atinge os governos estaduais que se vêm forçados a buscar parcerias e a procurar integração entre si no sentido de tocar algumas obras de infra-estrutura e efetivar outras ações de desenvolvimento, por vezes na esteira de programas e projetos pretéritos parcialmente recuperados. O Acre é um caso típico na sua busca de uma maior integração com os países da pan-amazonia his- pânica, inclusive apoiado no interesse de Estados do Sudeste de buscar uma saída para o Pacífico com o objetivo de escoar sua produção de soja destinada a mercados agrícolas asiáticos. Isso se daria a partir da constru- ção de certos eixos rodoviários, algo até agora frustrado. O Estado do Amazonas já viabilizou, em parceria com Roraima, a cons- trução de uma moderna rodovia de integração com a Venezuela e com o Caribe, prevendo-se que a partir dela, breve, se poderá atingir por asfalto a Guiana Inglesa. No Amapá, há planos do Governo estadual de construir uma moderna rodovia para ligar Macapá tanto a Manaus, a leste, como à antiga Guiana Francesa, ao norte. Mais recentemente, à esteira de preocupações de natureza geopolítica e de segurança nacional, estão sendo desenvolvidos esforços que, em última análise, estariam voltados para a ocupação do vasto vazio demográ- fico que ainda é a Amazônia Ocidental brasileira e, consequentemente, para a própria preservação da soberania nacional nesse vastíssimo espaço. De um lado, menciona-se o interesse do Governo brasileiro, via projeto Calha Norte, de responsabilidade das Forças Armadas, voltado, não so- mente para o fortalecimento militar ao longo da fronteira, como também para desenvolver ações de natureza social que possam beneficiar e conse- quentemente, ao que se supõe, atrair população brasileira para rechear o lado de cá da fronteira. De outro, cumpre mencionar que já se encontram em fase preliminar de discussão no Congresso Nacional projetos sobre a criação de novos Esta- dos e Territórios Federais na Amazônia. Um desses projetos contempla a criação do Estado do Tapajós, a ser desmembrado do estado do Pará e localizado na fronteira deste com o Estado do Amazonas, tendo por capital a cidade de Santarém, na confluência dos rios Amazonas e Tapajós. Por sua vez, segundo outra proposta, também deverão ser criados três novos Territórios Federais – Rio Negro, Solimões e Juruá – a serem desmembra- dos do Estado do Amazonas e situados na atual área limítrofe ocidental de nosso País com o Peru, a Colômbia e a Bolívia. Finalmente, menciona-se a proposta de criação do Estado do Araguaia, a ser desmembrado do Estado do Mato Grasso, já fora da Região Norte, mas inserido na chamada Ama- zônia Legal. Sem dúvida, essas tendências de ocupação, em grande parte dirigidas e/ou estimuladas pelo Governo Federal e Governos estaduais, determinam ou pelo menos vocacionam o crescimento populacional da Região, talvez menos em termos de intensidade e mais em termos de sua orientação e distribuição no vasto espaço regional. No que tange especificamente ao crescimento populacional amazônico, pode-se dizer que, em termos de dinâmica demográfica, a Região Norte já se acha na fase descensional das taxas de fecundidade e de mortalidade. É bem verdade que a população rural encontra-se defasada em relação à população urbana no que respeita à evolução da fecundidade, tendo apre- sentado, no período 1990/95, níveis ainda bastante elevados (5,6 filhos por mulher), comparativamente aos que nas mesmas datas já prevaleciam no meio urbano amazônico (3,6 filhos por mulher) e nos quadros urbanos e rurais de todas as demais regiões brasileiras . Com respeito a mortalidade, há uma certa similitude entre os quadros de domicílio quanto aos níveis gerais da esperança de vida ao nascer (aproximadamente 66,0 anos, no período 1990/95). Pode-se até presumir que a ampla dispersão da popula- ção rural e o crescente processo de urbanização venham a contribuir, em futuro breve, para distinguir com clareza cada vez maior os respectivos conjuntos de causas de morte prevalecentes nos meios urbano e rural. Entretanto, no estágio atual, a mortalidade da região Norte encontra-se em uma situação transacional, com forte presença das doenças infecciosas e parasitárias relacionadas com a pobreza que afeta grandes segmentos da população e com a precariedade da oferta de serviços essenciais, ao lado de uma ampla mortalidade associada a causas próprias da vida urbana, inclusive a violência. O MERCANTILISMO E AS POLÍTICAS DE COLONIZAÇÃO DOS VA- LES DO MADEIRA E DO GUAPORÉ Para se compreender o processo e modelo de ocupação de um deter- minado lugar, é importante o resgate histórico. A história de Rondônia, como da Amazônia é a própria história do Brasil. Resgatar o processo de expansão de Portugal além Tordesilhas, significa ir na trilha da construção do espaço territorial do oeste brasileiro. A primeira fase de povoamento desta região à qual pertence Rondônia, está diretamente ligada ao período de expansão do colonizador português e ocorreu entre os séculos XVII e XVIII, correspondendo à procura do Ouro; tendo a vila de Santíssima Trindade no Vale do Guaporé hoje em terras do Mato Grosso, como referencial geográfico e passagem obrigatória das correntes colonizadoras procedentes de sudeste, de São Paulo pelos bandeirantes e de norte, Belém as missões. Deste período, um marco histórico que resistiu ao tempo, e que perten- ce atualmente à Rondônia, corresponde às ruínas do Real Forte Príncipe da Beira (Tratado de Madrid, 1750) construído em 1776. A segunda fase é marcada pela instalação da linha telegráfica entre 1907-1915, no lado leste do estado e pelo trabalho extrativo, com a conse- quente instalação da EFMM, um empreendimento arrojado para o período e que cumpriu sua função até 1972 e que tinha por finalidade o escoamento da borracha. Em decorrência desta economia, surgem no eixo da ferrovia inúmeras vilas, que imediatamente após o declínio da borracha entram em decadên- cia. Sendo que os principais núcleos Porto velho e Guajará Mirim, em seus extremos resistem, ao de declínio da borracha. Guajará por sua vez, adqui- re um papel de pólo no eixo da Vale do Guaporé e Porto Velho recebe novo incremento da economia extrativista da cassiterita, sem coroar o papel de centro administrativo do território. A segunda Grande Guerra Mundial, provoca novo surto de "progresso" na área do Alto Madeira, com a revalorização da borracha, ocasionando novo deslocamento da população de outras regiões do Brasil para a Ama- zônia, principalmente procedentes do Nordeste (os soldados da borracha). O vale do Madeira cresceu em importância econômica e estratégica, sendo elevado à categoria de Território Federal do Guaporé em 1943, juntamente com outras áreas brasileiras a exemplo do Território de Iguaçu, do Acre, de Roraima e do Amapá, durante o governo de Getúlio Vargas. A desvalorização da borracha no mercado mundial, provocou o êxodo da população e o consequente marasmo da economia da região, sendo que a atividade mineral funcionou como uma alternativa para os seringalistas capitalizados. A terceira .fase, que pode ser denominada de "Ciclo da Mineração e passagem para Agropecuária". A extração de minério de Cassiterita (esta- nho) em Rondônia na década de 50, determinou novos rumos e tendências no desenvolvimento sócio-econômico exigindo implementação de infra- estrutura necessária à produção, exportação e comercialização deste minério, como a construção de vias de transportes para ligar as áreas produtivas às áreas dos parques industriais do eixo São Paulo-Rio-Minas Gerais. A construção da atual Rodovia BR 364 que liga Rondônia a estes cen- tros através de Mato Grosso, contribui para o deslocamento do corredor de exportação e importação, entre Porto Velho-Manaus-Belém, deixando portanto de ser as cidades do norte e nordeste os p01os de atração eco- nômica. A construção da rodovia, revelou a existência de terras de "alto teor de fertilidade" propícias para a agricultura, coincidindo com: a campanha de integração da Amazônia e da liberação de mão-de-obra agrícola das lavou- ras de sudeste que se mecanizavam; a pressão social dos centros (metró- poles) urbanos; A quarta fase, inicia-se a partir da instalação do INCRM1970, conver- gindo para Rondônia o maior fluxo migratório que já se teve conhecimento no Brasil. O INCRA desenvolveu e implantou a política de "assentamento", via projetos de colonização integrados, tendo os principais neste período os de Ouro-Preto, Sidney Girão, Gi-Paraná, Padre Adolfo Rohl e Paulo Assis Ribeiro, seguidos dos novos modelos de Assentamento Dirigidos (Burareiro e Marechal Dutra). APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 5 O desconhecimento e a falta de um zoneamento adequado das poten- cialidades natural levou à algumas criticas em relação a falta de sustentabi- lidade de tais projetos de assentamento que não contribuíram para a efetiva produtividade agrícola. Estes fatores reforçaram em grande parte o "relati- vo" fracasso de muitos destes projetos, o que levou o governo no final da década de 70 para meados dos anos 80, a repensar os modelos de assen- tamentos, criando os projetos de Ação Conjunta (Urupá e Machadinho). A Colonização Oficial faz dos anos 70, o marco básico para as grandes transformações pelas quais passaram este Estado, conforme BECKER ,199¢" Ainda na década de oitenta, diante da não sustentabilidade dos projetos e um crescente processo migratório interno, o governo busca alternativa através da elaboração de um novo programa, o PLAFLORO. Trata-se de um projeto que veio substituir os programas de governo inicia- dos durante o POLONOROESTE. O PLANAFLORO, propôs à longo prazo adequar o planejamento go- vernamental a uma nova ordem, que levaria em conta a vertente ecológico- ambiental e humana. Inicialmente, o projeto propôs dividir o Estado em 6 (seis) zonas de usos diferenciados; centrados na exploração dos recursos florestais e potencial ecológico e tendências das as aptidões, principalmente visando disciplinar os usos no eixo da BR 364, densamente ocupada, e altamente degradada, cujos problemas vão além dos pertinentes à questão ambiental, principalmente os de ordem social, decorrentes do crescimento urbano, que se deu de forma descontrolada, cujas cidades atualmente são problemáti- cas do ponto de vista do saneamento e demais serviços públicos. As zonas de usos diferenciados propostas são: Zona 1, intensificação da exploração agropecuária; Zona 2, propõe o ordenamento das atividades de pequenos produtores rurais, através de atividades consorciadas (coletivas); Zona 3, são atividades predominantemente ribeirinhas, com o aprovei- tamento das várzeas a produtos agroflorestais e pesca; Zona 4, que atualmente foi sugeridas modificações seus objetivos inici- ais, onde poderiam ser desenvolvidas atividades extrativistas de exploração de castanhas, óleos essenciais, etc...; Zona 5, indicava o manejo florestal (basicamente a extração de madei- ra-de-lei; Zona 6, propõe a preservação permanente de ecossistemas frágeis. Esta proposta em escala de 1:1.000.000 (milionésimo), não ofereceu suporte para o planejamento; para superação o governo está desenvolven- do um mapeamento na escala de l :250.000, que funcionará como suporte para posteriores zoneamentos, das mais diversas áreas de interesse. O Vale do Guaporé-Mamoré é uma vasta planície dissimétrica de forma tabular, formada por terrenos sedimentares recentes, cuja altitude média fica entre 100 a 200 metros. Estende-se desde o sopé das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos no Estado de Rondônia, até atingir os primeiros contrafortes dos Andes, na República da Bolívia; na direção Sudeste se prolonga pelo Estado de Mato Grosso. A porção pertencente ao Estado é restrita, fica limitada na direção Leste - Oeste entre a Chapada dos Parecis e rios Guaporé e Mamoré, ambos linhas de limite entre o Brasil e a Bolívia; na direção Norte - Sul, entre a Encosta Setentrional e rio Cabixi, nos limites com o Estado de Mato Grosso. Esta região é constituída por terrenos alagadiços, associados a platôs mais elevados. É drenada pelas águas dos rios Guaporé, Mamoré e pelos baixos cursos de seus afluentes. As enchentes dos rios inundam dezenas de quilômetros das áreas mais baixas, formando lagos temporários e am- plos meandros divagantes de escoamento bastante complexo. BANDEIRANTES PELO RIO GUAPORÉ Com relação ao afluente do Mamoré ou rio Guaporé, somente em 1718, o bandeirante Antônio Pires cortou o chapadão do reino dos Parecis, devendo, por isso, ser considerado o primeiro descobridor do noroeste do Estado de Mato Grosso, segundo Roquete Pinto, que registra a descoberta da floresta situada para os lados do Poente, ocorrida em 1736, pois nesse ano "um certo Luiz Rodolfo Villa fez partir, de Cuiabá, uma comitiva para explorar a campanha dos Pareci. A tropa cortou rumo para o Poente e no fim de algum caminhar deu em matos virgens de arvoredo muito elevado e foi apelidando de "Mato Grosso", para onde também os Pareci viviam às cabeceiras dos rios que acreditavam correr para o Norte". O GRÃO-PARÁ Por aquela época, havia sido ocupada a embocadura do rio Amazonas, pela expedição militar de Francisco Caldeira Castelo Branco (1616) que, após haver tomado parte na expulsão dos franceses no Maranhão, recebeu a incumbência de evitar a penetração de estrangeiros. Ali Castelo Branco fundou o Forte do Presépio de Santa Maria de Belém do Grão-Pará e, com base naquela fortificação, deu início à penetração e construção de fortes e fortins na bacia do Amazonas. Índios, porém, resistiram ao aParecimento de homens de outras terras. Isso resultou na estratégica fundação de arraiais catequéticos e aldeamentos, visando à pacificação dos gentios, após o que se fazia a ocupação militar. Em 1722, no dia 11 de novembro, partiu do Pará uma bandeira com- posta de 128 pessoas armadas com flechas, os índios, e armas de fogo, chefiada pelo sargento-mor Melo Palheta, paraense, filho de português, com o intuito de assegurar os domínios de Portugal na região e limites do Madeira-Mamoré-Guaporé. Andava a bandeira de Francisco de Melo Palheta incumbida oficial- mente de apossar-se do rio Madeira e verificar a verdadeira situação dos povoados castelhanos mais próximos. Partiu de Belém a 11 de novembro de 1722, e a 2 de fevereiro seguinte embocou pelo Madeira, sulcado durante 17 dias, até o local onde formou o arraial de Santa Cruz de Iriumar, confiado à direção espiritual do padre João de São Paio. Palheta percorrera todo o trecho encachoeirado do Madeira com muitas lutas e fora até os domínios espanhóis, no rio Mamoré. Abandonou a foz do rio Guaporé, onde chegara a 1° de agosto de 1723, e foi até os aldeamen- tos índios mantidos pelos castelhanos, de onde procurou informar-se sobre as regiões mais avançadas daquele rio. Depois de mostrar aos espanhóis as pretensões dos portugueses so- bre os limites de seus domínios pelo rio Guaporé, regressou a Belém no dia 12 de setembro de 1723. A 10 de junho, preparadas mais seis canoas apropriadas ás cachoei- ras, prosseguiram rio acima, com 118 pessoas, em que se incluíam 88 índios de flechas e 30 armas de fogo. A 1º de agosto alcançou a confluência do Itenés (Guaporé) com o Ma- moré, pelo qual subiu até a povoação de Santa Cruz de Cajuava, onde lhe foi proporcionada amistosa hospedagem, que não o impediu de intimar os missionários, às vésperas de outra banda se encontravam os domínios de Portugal. Vejamos uma narração da viagem de Mello Palheta: A Bandeira de Francisco de Mello Palheta ao Madeira e o documento da narração da viagem... Chegamos ao rio Iamari com 10 dias de viagem, e continuando para cima aos 22 do mês chegamos a cachoeira chamada Maguari, e na passagem dela se alagou Damasco Botelho em uma galeota, na qual perdeu o Cabo a sua capa, o que deu por bem empregado por ser em serviço de Sua Majestade, que Deus guarde. Daqui fomos à cachoeira chamada Iaguerites, aonde chegamos véspe- ra de São João e nela vimos sem encarecimento uma figura do Inferno; porque tendo eu visto grandes cachoeiras, como são as horríveis e cele- bradas do rio dos Tapajós e do rio Tocantins, a Itaboca e as mais que se seguem pelo rio de Araguaia e por ele até a cachoeira do Padre Raposo chamada Otimbora, pois nenhuma iguala nem tem paridade a esta do rio da Madeira na sua grandeza e despenhadeiros de pedras e rochedos tão altos que nos pareceu impossível a passagem, como na realidade, pois para a passarmos foi necessário fazer-se caminho cortando uma ponta de terra onde fizemos faxinas, sendo o Cabo o primeiro no trabalho e dar-nos exemplo, e fizemos uma boa grade de madeira por onde se puxaram as galeotas, no dito dia ainda se puxaram quatro supostos que com muita fadiga e já acabamos tarde, e no outro dia que foi o do nascimento de São João, se puxaram as mais e se carregaram outra vez com farinhas e muni- ções, que as fomos comboiar mais de meia légua de caminho por terra. Daqui continuamos nossa jornada passando cachoeiras umas atrás das outras e chegamos à quinta cachoeira, a que chamam Mamiu, que gastamos três dias em passar nela as galeotas à corda, não havendo exceção de pessoa neste grande trabalho, e com tal perseguição de pragas de Piuns, que cada mordedura é uma sangria, e ficamos em uma ponta aonde foi julgada que humanamente se não podia passar; e passa- mos as galeotas a outra banda do rio para haver de melhor passar, e o Cabo mandou puxar a sua galeota por cima das lajes e as duas mais pequenas que servem de espia, e foi esperar pelas mais canoas à ilha APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 8 Em relação ao padrão de sexo a população de Rondônia é predomi- nantemente do sexo masculino, em consequência das características de migração rural-rural ocorrida durante a década de 70, onde os migrantes correspondiam aos trabalhadores rurais de sexo masculino. Posteriormente, após o crescimento urbano, iniciou-se um processo de migração cidade-cidade, onde a presença da mulher passou a ser significa- tiva, em função do emprego especializado urbano. A SOCIEDADE COLONIAL GUAPOREANA, ASPECTOS DO COTIDI- ANO, A ESCRAVIDÃO E A RESISTÊNCIA ESCRAVA; No princípio eram os índios, as florestas, os rios. E todo este chão le- vava o nome do rio da fronteira com a Bolívia, o Guaporé. No final do século 19, começou-se a passar, literalmente, uma borracha no passado. A engenhoca mais festejada do mundo, o carro, precisava cada vez mais calçar suas rodas, e os seringais, fartos por aqui, tornavam o mundo mais veloz. Tanto que, em 1907, empresas americanas e inglesas decidem formar um consórcio e construir uma ferrovia na selva, a Madeira-Mamoré, para, como se diz hoje, maximizar os lucros e otimizar os resultados. Surgem na mata os primeiros canteiros de obras, logo transformados em povoados. Milhares de operários são recrutados para pôr o trem nos 360 quilômetros de trilhos entre Porto Velho e Guajará-Mirim e facilitar a exportação do produto. A locomotiva, no entanto, foi um desastre, descarrilou de cara. Os ope- rários não resistiam à malária e aos pântanos da região. Milhões de dólares e milhares de vidas findaram enterrados sob os dormentes. Há até um cemitério só de ingleses. Concluída aos trancos e barrancos em 1912, a ferrovia logo se mostrou deficitária: o tráfego nunca chegou a 10% da capacidade da linha e hoje funciona apenas um trecho de sete quilômetros para passeio de turistas. Em 1956, Guaporé vira outra página, passa a se chamar Rondônia, em homenagem ao sertanista brasileiro Cândido Mariano da Silva Rondon, que desbravou a região, trocou a matança de índios pela sua aculturação e garantiu a ligação da fronteira oeste com o resto do país. Para que o Esta- do não perdesse de vez o trem da história. A principal atividade econômica era a mineração, que a partir dos mea- dos do Século XVIII, tornou-se efetiva em Lavras e Faisqueiras. As técnicas de exploração eram rudimentares, utilizando-se de mão-de-obra compulsó- ria (escrava), silvícola e africana. A produção era inconstante, ocasionando uma constante movimentação de massas populacionais, em busca da abundância do metal precioso. A produção aurífera entrou em decadência, a partir de 1780, não ha- vendo acompanhamento de outras atividades, nem mesmo substituição ou adaptação ou reformulação das forças produtivas. Com o esgotamento das lavras, a região não atraiu novos investimentos, sendo esquecidas pelos Capitães-Generais, que preferiram a região de Cuiabá, transformada em capital em 1835. A agropecuária chegou a região Guaporeana como atividade comple- mentar da mineração, não conseguindo sequer a atender a demanda local, os produtos eram: o milho, a mandioca, o feijão e as hortaliças. Na pecuá- ria, o gado bovino e o muar eram os mais utilizados. No período colonial, a sociedade Guaporeana era de cunho mercanti- lista e escravocrata, marcadamente patriarcal e tripolar. No topo da pirâmi- de estava uma elite branca, encabeçada pelos governantes e auxiliares diretos, proprietários de lavras, sesmarias e grandes comerciantes. Os grupos médios eram formados por pequenos e médios comerciantes, proprietários de pequenas lavras e pequenos planteis de escravos. Logo abaixo, os homens pobres, livres e autônomos do comércio ou de lavras. Na parte baixa da pirâmide, estavam os escravos negros e índios. A conquista do sertão ocidental do Brasil, onde situa-se o estado de Rondônia, ocorreu no século XVII, em consequência do bandeirismo origi- nado do norte e do sudeste. Essas bandeiras, eram formadas por militares portugueses, paulistas e basicamente por indígenas, atraídos pelas imagi- nárias riquezas. Os caminhos fluviais e terrestres uniam o norte ao sul da colônia. O nativo que ali vivia era considerado inferior ante os chegantes. A gente primitiva do chapadão e das baixadas do lado oriental do rio Guapo- ré, nas margens do rio Madeira e seus afluentes, tornou-se peça valiosa nos mercados de escravos do litoral. Depois vieram os mineradores, fasci- nados pelo ouro. Atrás do nativo e do ouro os devastadores vieram de remotas direções. Para conter a ocupação dos espanhóis no alto rio Ama- zonas os portugueses organizaram, no Grão-Pará uma bandeira fluvial com a finalidade de estabelecer os limites territoriais da Coroa portuguesa na Amazônia, iniciar relações amistosas com a população indígena ribeirinha e escolher lugares estratégicos para construir fortificações. E nessa expedi- ção identificaram a foz do rio Madeira (chamado assim em razão da madei- ra que encontraram, porém os naturais o chamam de Cayari ). Os colonos portugueses, nascidos na obscuridade e na pobreza, quan- do "vieram fazer a América" trazendo os ressentimentos de uma organiza- ção feudal onde os trabalhos da terra eram executados por servos, aspira- vam enriquecer explorando os bens do Novo Mundo. A escassez e o alto custo do negro fez aumentar a procura do índio para a demanda da mão- de-obra. O indígena deveria tornar-se vassalo do rei, crer no evangelho pregado pelos sacerdotes e adquirir os costumes dos colonizadores aten- dendo ao apelo da realidade portuguesa de dilatação da fé e do império. Missionários A atividade dos jesuítas no rio Madeira começou em 1669, com a che- gada e instalação de um estabelecimento missionário pioneiro na ilha de Tupinambarana, evitando que os indígenas comercializassem com os holandeses estacionados no rio Negro. Os índios se opunham a ocupação efetiva do rio Madeira. O maior dos obstáculos que os jesuítas passaram a enfrentar para ampliar suas atividades no baixo e médio Madeira era a resistência indígena. Os Mura eram os mais agressivos. Abandonaram o Peru descendo pelo rio Madeira até às margens e lagos dos rios Solimões e Amazonas. O rio Madeira rendia aos missionários coletas de especiarias o que contribuiu para outras bandeiras fluviais entrarem no rio Mamoré, conside- rado extensão do rio Madeira, chegando a missão de São Miguel, no rio Guaporé. O rio Guaporé era considerado pelos portugueses o limite natural entre as possessões de Portugal e da Espanha. A margem direita do rio Guaporé em toda a sua extensão era território português e os nativos que nela habitavam, eram vassalos do rei de Portugal. Ouro Em 1718 Pascoal Moreira Cabral descobre ouro na barra do rio Coxipó- Mirim, afluente do rio Cuiabá, surgindo então, os aldeamentos, os primeiros povoadores da terra cuiabana: Forquilha e Aldeia Velha. A repercussão da riqueza aurífera fez aumentar a migração. O arraial de mineradores foi elevado à condição de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá em 01 de janeiro de 1727. Ressalte-se porém, que as migrações dos povos indígenas, anteriores às façanhas dos sertanistas já haviam alcançado e povoado as margens do rio Guaporé. Quando diminuiu o ouro cuiabano, grandes contingentes de minerado- res deslocaram-se para a porção oriental das minas do Cuiabá, indo depa- rar-se com as terras onde se localiza o Estado de Goiás. Outros contingen- tes, buscaram as terras situadas na porção ocidental do atual Estado do Mato Grosso, começando a ocupação do Vale do rio Guaporé. Esse povo- amento era vital para a Coroa portuguesa, tornando-se escudo contra a expansão Castelhana. A decisão do rei de Portugal, através do Conselho Ultramarino era de fazer que se criassem as capitanias de Goiás e de Mato Grosso. Fazia-se necessário no distrito de Cuiabá um governador distinto e inteligente, uma vez que de São Paulo a Mato Grosso gastava-se sete meses de trabalho- síssima navegação. E era necessário uma fiscalização mais acirrada sobre o ouro. Assim, em 09 de maio de 1748 a capitania de Mato Grosso é des- membrada de São Paulo, sendo nomeado D. Antônio Rolim de Moura Tavares para primeiro governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso. Por ordem de Portugal a sede de capitania deveria ser fixada no vale do rio Guaporé. Rolim de Moura era português e primo do rei de Por- tugal D. João V. Assim, o espaço geográfico Madeira-Guaporé passou a ter com a perda de seu anonimato, expressão política e histórica ao adquirir referencia e identidade. Deixou de ser rumo para tornar-se região. A região Guaporeense, centrada em Mato Grosso, nasceu e se desen- volveu devido à sua produção mineral destinada à exportação, estimulada pela política mercantilista colonial. Vila Bela, por fim, transmudou-se com involução gradativa. Passou a ser reduto de gente desesperançada, doen- APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 9 tes, ociosos e fugitivos, foi abandonada à sua própria sorte. Entregue aos seus habitantes. A região oriental do rio Guaporé e a região Alto Madeira permaneceram sob a jurisdição da capitania de Mato Grosso, sediada em Cuiabá. A súbita pobreza à margem oriental do rio Guaporé, revelou que a exploração extrativa mineral não melhorou a vida de sua população. Problemas de Fronteira As disposições políticas que vedavam a livre navegação pelo rio Ama- zonas a navios estrangeiros contrariavam os interesses imperialistas dos Estados Unidos, Inglaterra e França. A Bolívia passou a fazer parte desse coro devido às dificuldades de transporte do interior do país, começou a reivindicar junto ao governo brasileiro, a partir de 1840, uma saída para o oceano Atlântico setentrional, através dos rios Madeira e Amazonas. A afluência de seringueiros bolivianos estava ampliando o território Ma- deira Guaporé. A invasão boliviana, no entanto, estava sendo em cima de terras reconhecidamente brasileiras. Ressentindo o isolamento das regiões ocidentais do país e a falta de comunicação durante a Guerra do Paraguai, levou o exército nacional construir linhas telegráficas sendo designado para função de ajudante de uma comissão o capitão Cândido Mariano da Silva Rondon. O povoado de Santo Antônio do rio Madeira foi onde Rondon assentou o Distrito telegráfico. De Guaporé a Rondônia Ao abrir o ciclo de conferências no Museu Nacional do Rio de Janeiro sobre as realizações da Comissão de Rondon, o antropólogo Roquette Pinto propôs que se denominasse Rondônia o território compreendido entre os rios Juruena e Madeira. Após estudos do Conselho de Segurança Nacional sobre a proposta de criação e administração dos territórios federais pelo Ministério da justiça foi aprovado o projeto e os três nomes sugeridos para denominar o território que seria criado foram: Mamoré, Guaporé e Rondônia. O último teve maior aceitação. Como Rondon não aceitasse, o território desmembrado do Amazonas e Mato Grosso em 13/09/1943 foi denominado de Guaporé. Tendo quatro municípios Porto Velho, Alto Madeira (ex. Santo Antônio) Guajará-Mirim e Lábrea. O primeiro governador do território federal do Guaporé foi o Major Aluí- zio Pinheiro Ferreira. Com o governo de Getúlio Vargas aplica-se as cam- panhas da marcha para o Oeste e da re-divisão territorial do Brasil, abrindo- se com uma propaganda intensa os caminhos de promessa de propriedade da terra através da sedentarização. O nome do Território do Guaporé, foi mudado para Rondônia no dia 17 de Fevereiro de 1956. O potencial econômico e o crescimento demográfico atingido pelo território deu-lhe as condições de ser elevado a categoria de estado (22/12/1981) que foi instalado em 04/01/1982, tendo como primeiro governador do Estado o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira. O vale do Guaporé abrigou no período colonial uma sociedade mercan- tilista e escravocrata. A população Guaporeana, predominantemente mas- culina, apresentava índice elevado de criminalidade e violência. O cotidiano foi marcado por doenças e epidemias, o que Rolim de Moura chamou de "O terror da América". O vale foi um verdadeiro inferno para os escravos que construíram uma história de lutas e resistência à escravidão, que deixou marcas na colonização desta região. NAVEGAÇÃO NO RIO MADEIRA E A ABERTURA DO RIO AMAZÔ- NIA À NAVEGAÇÃO INTERNACIONAL. A Bacia do Rio Madeira é a mais importante do Estado de Rondônia, formada pelo rio Madeira e seus noventa afluentes, estendendo-se além, muito além de seus limites, em terras dos Estados do Amazonas, Acre, Mato Grosso e República da Bolívia, ocupando uma área de 1.244.500 Km2 O rio Madeira é formado pela junção dos rios Beni 91.125 Km) e Lívia). É o mais importante afluente da margem direita do rio Amazonas, tem um curso de 3.240 km, percorre o Estado de Rondônia no sentido sudoeste – norte e trecho do Estrado do Amazonas, desaguando a oeste da ilha Tupi- nambarana, no rio Amazonas. O rio Madeira conforme as características de seus cursos, é um rio no- vo, ainda em formação, classificado com misto, isto é, rio de planalto e planície. Em seu alto curso é rio de planalto, atravessa a Encosta Setentri- onal do Planalto Brasileiro formando numerosas corredeiras e cachoeiras em consequência do afloramento de rochas cristalinas, das quais desta- cam-se as cachoeiras de Santo Antônio, Teotônio, Morrinho, Jirau, Caldei- rão do Inferno, Misericórdia e Ribeirão. Após percorrer esse trecho de planalto cristalino, penetra na planície Amazônica a 7 Km acima da cidade de Porto Velho, passando a ser o rio de planície francamente navegável até a sua foz na margem direita do rio Amazonas. Sua largura varia de 440 a 9.900 metros 9na foz) e profundidade chega a mais de 13 metros, permitindo a navegação de navios de grande calado, inclusive oceânicos, até Porto Velho, no período de sua enchente. Neste período suas águas inundam as florestas adjacentes alagando dezenas de quilômetros de ambas as margens. Rio Amazonas O Amazonas é cortado pela linha do Equador e o maior estado brasilei- ro em área, com mais de 1,5 milhão de km2. A floresta Amazônica, que ocupa 92% da superfície estadual, possui a maior biodiversidade do plane- ta. Os pontos mais elevados do Brasil estão no Amazonas, na fronteira com a Venezuela: o pico da Neblina, com 3.014 m de altitude, e o 31 de Março, com 2.992 m. A região abriga, além do rio Amazonas, com extensão de 6.868 km, os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo: Mariuá e Anavilhanas. Tem ainda outros atrativos para os visitantes, como o Teatro Amazonas, belo marco arquitetônico do século 19, e o internacionalmente conhecido Festi- val Folclórico de Parintins, na cidade do mesmo nome. A maior parte da população vive à beira-rio, sendo os barcos o principal meio de transporte, para a comercialização de produtos e para a condução de passageiros. A única via de acesso rodoviário ao Amazonas é a BR-174, inaugurada em 1998. Dados da Secretaria de Saúde dão conta de que estão em Manaus cerca de 90% dos médicos que trabalham no estado. A economia do estado sofreu os efeitos da abertura brasileira às impor- tações, o que provocou desemprego na Zona Franca de Manaus, no final da década de 90. O extrativismo - de madeira, borracha, castanha-do-pará - é outra atividade econômica que contribui na subsistência da população do Amazonas, além da agricultura e da pecuária. Mas o segmento que mais se expande é o ecoturismo, responsável pela instalação de hotéis de selva e de empresas de pesca esportiva e de cruzeiros fluviais. O desmatamento provocado pela exploração da madeira, sem reposi- ção das espécies, vem preocupando autoridades e ambientalistas. Há legislação específica sobre exploração sustentada, desobedecida pela maioria das madeireiras. Fatos Históricos Quase toda a Amazônia, até meados do século XVIII, pertencia à Es- panha, período em que ficou conhecida apenas por missionários e aventu- reiros. Em 1750, pelo Tratado de Madri, a Espanha cedeu a Portugal a imensa área, considerada, à época, de pouca importância econômica. Em 1757, foi transformada na capitania de São José do Rio Negro. Em 1850, o governo imperial criou a província do Amazonas, com capital em Manaus, antiga Barra do Rio Negro. O Rio Amazonas foi aberto à navega- ção internacional em 1866, quando a borracha começou a ter importância para a economia local. Entre 1890 e 1910, o estado chegou a produzir mais de 40% da extra- ção mundial de borracha. A economia cresceu rapidamente, atraindo o interesse de grandes companhias estrangeiras e de milhares de migrantes. A capital, Manaus, transformou-se em uma metrópole de estilo europeu, tendo sido a segunda cidade do país a instalar iluminação elétrica. A borra- cha amazônica perdeu mercado nas décadas de 10 e 20, em virtude da concorrência asiática. Com o fim do ciclo da borracha, a economia do estado entrou em de- clínio. No fim dos anos 50, a construção da rodovia Belém-Brasília foi o primeiro sinal de retomada da economia. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), instituída em 1967, acabou impulsionando a economia através da produção e comércio de eletroeletrônicos em grande escala. Esse tipo de atividade trouxe o desenvolvimento da hotelaria e do turismo, responsáveis pela criação de milhares de empregos. A instalação da Zona Franca, pela oferta de empregos, atrai as populações rurais, provocando expressivo aumento da população urbana. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 10 A EXPLORAÇÃO E COLONIZAÇÃO DO OESTE DA AMAZÔNIA, O PROCESSO DE OCUPAÇÃO E EXPROPRIAÇÃO INDÍGENA NA ÁREA DO BENI; O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, estabelece a posse cas- telhana no oeste Brasileiro, que não foi efetivada por diversos motivos, mais principalmente pela decepção aurífera na região. Seguindo o curso norte, o navegador Vicente Yanez Pinzon, em 1499, batiza a embocadura do Amazonas, com o nome da Santa Maria Del Mar Dulce. Em 1528, conquistadores alemães tentaram, sem sucesso, criar uma feitoria na costa da Venezuela, sob a chefia de Ambrósio de Alfinger. Em 1541, Gonzalo Pizzarro e Francisco Orellana partindo de Quito, desceram o Rio Amazonas até sua foz. Em busca de ouro e drogas do sertão não obtiveram êxito, restando da viagem, o magnífico relato do frei Gaspar de Carvajal, sobre as guerreiras Amazonas. Em 1560, Pedro de Ursula e Lope de Aguirre, repetiram a expedição novamente sem sucesso. A presença estrangeira no oeste Brasileiro, despertou o temor portu- guês, que no início do século XVII, estabeleceu em 1616, o Forte Presépio, construído por Francisco Caldeira de Castelo Branco, dando origem a Vila de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, marcando oficialmente a presença lusitana na Amazônia. Em 1637, o Capitão Pedro Teixeira, comanda uma expedição que demarca os limites de Portugal na região Amazônica. O Bandeirante Antonio Raposo Tavares, realiza uma expedição percor- rendo os Rios Guaporé-Mamoré e Madeira, entre os anos de 1647 - 1650, em busca de ouro, indígenas e drogas do sertão. Em 1669, é fundada na Ilha Tupinambarana, a primeira missão jesuíta no Vale do Madeira, que servirá de base para outras missões Inacianas na região. A bandeira de Pascoal Moreira Cabral descobre metal precioso nos rios Cuiabá e Coxipó, em 1718. Em seguida, a coroa portuguesa orienta a Fundação do Arraial do Senhor Bom Jesus de Cuiabá (1719). Em 1722, é descoberto ouro, na região do Sutil, pela bandeira de Miguel de Subtil. O Sargento-Mor Francisco Mello Palheta, partindo de Belém do Pará, navega os rios Guaporé-Mamoré e Madeira, tendo contato com as missões espanholas de Mojos e Chiquitos, e percebendo a necessidade de ocupar a região do Alto Madeira. Em 1723, o jesuíta João San Payo, funda a Missão Jesuítica de Santo Antonio das Corredeiras do Rio Madeira que enfrentou diversos problemas (ataques, mosquitos, malária e falta de gêneros) mudando constantemente, fixando-se definitivamente em Santo Antonio de Borba em 1728. Em 1730, os irmãos Fernando e Artur Paes Barros descobrem ouro no rio Guaporé, essa bandeira prossegue, descobrindo metal precioso no rio Ourinhos (1736) e Corumbiara (1737). Em 1748, a coroa Lusitana, cria a Capitania do Mato Grosso e Cuiabá, desmembrada da Capitania de São Paulo então Governado pelo Capitão General Dom Rodrigo César de Menezes. Em 1759, é fundado o povoado de nossa senhora da Boa Viagem do Salto Grande, pelo Juiz de Fora - Teotônio da Silva Gusmão. Ocupação indígena Desde cedo, a tradição jurídica luso-brasileira determinou que fossem respeitadas as terras de ocupação indígena nas concessões de sesmarias ou propriedades a particulares. Além das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, consideram-se terras indígenas no Brasil as áreas reservadas pela União, em qualquer parte do território nacional, para posse e ocupação dos índios, e as de domínio da comunidade indígena ou do índio, havidas nos termos da legislação civil. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens públicos de domínio da União Federal. São inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. Enquadradas como bens públicos de uso espe- cial, essas terras destinam-se à posse permanente dos índios, cabendo- lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. A Constituição Federal de 1988 reconheceu aos índios os direitos ori- ginários sobre as terras que eles tradicionalmente ocupam. Quer dizer, os direitos indígenas sobre essas terras são considerados primários e congêni- tos, pois são anteriores à própria criação do Estado brasileiro. São direitos legítimos por si, que não se confundem com direitos adquiridos. Em consonância com esse reconhecimento, são considerados nulos e extintos os atos que tenham por objeto a ocupação, posse ou domínio sobre as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Se os direitos dos índios são originários, todos os atos posteriores ou secundários, conferindo a terceiros esse direito, são nulos. A nulidade dos atos que tenham por objeto a apropriação das terras indígenas não gera direito a indenizações ou ações contra a União, salvo quanto às benfeitorias derivadas da ocupa- ção de boa Conflitos Fundiários e Violência em Terras Indígenas Os interesses econômicos nacionais e estrangeiros são os maiores inimigos das Sociedades Indígenas. Sujeitos a todo tipo de exploração, os índios brasileiros e suas terras são o alvo preferido de garimpeiros, madei- reiros e fazendeiros que cobiçam essas terras e as riquezas naturais nelas existentes, indiferentes aos males e prejuízos causados aos índios e o meio ambiente. Um exemplo são os garimpeiros que exploram ouro, diamante e cassiterita em terras indígenas e que, além de agir com violência e transmi- tir todo o tipo de doenças contagiosas aos índios, provocam danos poluindo os rios com mercúrio e outros produtos químicos. Depois da devastação nas araucárias e as florestas da Mata Atlântica do sul da Bahia e Espírito Santo, a exploração da madeira deslocou-se para a Amazônia, apesar dos inúmeros avisos de cientistas brasileiros e estran- geiros sobre a fragilidade ecológica da região em decorrência dessa práti- ca. E o desflorestamento caminha rápido nos Estados do Pará e Rondônia. Nas áreas do índios Xikrin, Tembé e Parakanã, no Pará, as madeireiras procuram convencer os índios a arrendar lotes de suas terras para a explo- ração. Em troca propõem um pagamento que não chega a 10% do valor das madeiras no mercado mas que, mesmo assim, parece alto e suficiente aos índios. Mesmo pouco, se comparado às percentagens de garimpos, o dinheiro leva os índios a aceitar a presença de brancos e a exploração de suas terras e riquezas. Em Rondônia, os maiores problemas devem-se aos projetos de coloni- zação de terras. Ali paraenses, gaúchos, mineiros, goianos e capixabas são alocados em áreas que, cada vez mais, apertam o cerco sobre os povos indígenas da região. Os latifundiários que compram a terra beneficiada, formam grandes propriedades, fato que os índios são obrigados a aceitar, a exemplo dos Nambiquara, que vivem hoje em áreas espaçadas umas das outras, cortadas por fazendas e estradas. Da mesma forma os posseiros, sem terras onde trabalhar, invadem terras indígenas, sobretudo aquelas ainda não demarcadas, gerando conflitos e impactos que afetam profunda- mente as Sociedades Indígenas. Procedimento de Demarcação de Terras Indígenas Nesse contexto, a terra é fundamental. As terras indígenas do Brasil ocupam 929.209 km², correspondentes a 10,87% do território nacional. Das 561 áreas indígenas reconhecidas pela FUNAI, 315 se encontram demar- cadas, homologadas e registradas. Existem, ainda, 54 terras delimitadas, 23 identificadas e 169 a identificar. Para garantir o direito dos índios sobre as terras por eles ocupadas, foi promulgado o Decreto 1.775/96, que assegura maior transparência e segu- rança jurídica ao processo demarcatório. As demarcações, que se encon- travam paralisadas, recomeçaram em 1995, tornando-se mais expressivas em 1997. Mas isso não é tudo. Além de demarcar, o Governo Federal quer dar maior segurança aos povos indígenas, muitos deles vivendo em áreas de difícil acesso, próximas às fronteiras e cobiçadas por fazendeiros, ga- rimpeiros, madeireiros e posseiros. Nesse sentido a FUNAI já está reto- mando a Operação Yanomami, em Roraima, para retirar garimpeiros das terras indígenas localizadas naquele Estado. No presente, o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas está definido pelo Decreto 1.775/96. Segundo o disposto neste decreto, a demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios será fundamentada em estudo antropológico de identificação, complemen- tado por outros de natureza etno-histórica, sociológica, cartográfica, fundiá- ria e ambiental. Tais estudos têm por finalidade reconhecer os quatro componentes das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios definidos pela Constituição, a saber: as terras por eles habitadas em caráter perma- nente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar, e as necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costu- mes e tradições. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 13 alguns seringais ativos e prosseguindo o extrativismo da castanha e de algumas outras essências para atender o mercado europeu. Parte dos ex- soldados da borracha deixaram os seringais e fixaram-se na Colônia Agrí- cola IATA, em Guajará-Mirim, criada em 1945, e na Colônia Agrícola do Candeias, em Porto Velho, criada em 1948. Tanto assim que os primeiros dados demográficos disponíveis registram no final da década de 40 uma população de 36.935 habitantes em Rondônia, sendo 13.816 na área urbana e 23.119 na área rural, tendo a cidade de Porto Velho cerca de 60% da população total da época. Além disso, o traçado telegráfico estabelecido por Rondon deu início, a partir de 1943, aos primeiros passos para a cons- trução da BR-29, posteriormente denominada BR-364. A questão acreana Desde o fim do Século XIX, era frequente a presença de brasileiros na região do Acre Boliviano, na sua totalidade seringueiros em penetração desenfreada ao látex dos rios Acre, Purus e Iaco. O Governo brasileiro reconhecia a posse da região aos bolivianos que com o apoio formal norte- americano, já estavam dispostos a iniciar um confronto com o Brasil. O interesse norte-americano estava vinculado as práticas imperialistas do Bolivian Sindicate, que desejava o controle da produção da borracha na região do Acre Boliviano. A reação contra a dominação imperialista norte-americana não tardou. No Acre o caudilho Plácido de Castro e o capitão Galvez, marcharam contra as tropas bolivianas aquarteladas, na região e proclamaram em 1901 a República Independente do Acre. Para evitar maiores conflitos, o governo brasileiro inicia as negociações com o Bolivian Sindicate, em Nova York, onde foi assinada a carta de renúncia do truste pela região do Acre, restan- do apenas, as negociações com o governo boliviano, que já preparava uma grande expedição, que teria o comando do General Pando, então presiden- te da Bolívia. A CONSTRUÇÃO ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ. A construção da Ferrovia Madeira Mamoré marcou um importante pon- to nas relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia. Constitui-se também num elemento definidor da ação Imperialista de potências estrangeiras na região amazônica. A Madeira Mamoré representa um dos marcos da mo- dernidade capitalista liberal nos confins da selva do Madeira. A construção da EFMM objetivava atender as necessidades de trans- porte de mercadorias e cargas pelo trecho encachoeirado do Madeira e Mamoré. Deveria facilitar o escoamento da produção de borracha e das exportações bolivianas. A construção da ferrovia atende também ao que foi previsto pelo Tratado de Petrópolis e constituiu-se em um dos elementos decisivos para o impulso do recente processo de migração para a região desencadeada a partir do século XX. Ao longo da ferrovia surgiram diversos núcleos de povoamento e dois munícipios; Porto Velho e Guaiará-Mirim. 'Trabalharam em suas obras mais de 20.000 operários de diversas na- cionalidades. Calcula-se que 6.500 trabalhadores tenham morrido vitimas das doenças tropicais. A obra custou o equivalente a vinte e oito toneladas de ouro pelo câmbio de 1912. A construção da ferrovia deu a Companhia Madeira Mamoré o direito de exploração das terras que lhe eram adjacen- tes. Com a crise da borracha e a retração da economia amazônica EFMM entrou em decadência. Foi nacionalizada em 1931 e desativada pelo 5° BEC por ordem do Ministério do Interior, em 10 de julho de 1972. Alguns pequenos trechos, no entanto, foram reativados no início da década de 80 para fins turisticos em Porto Velho e Guajará-Mirim durante o governo do Coronel Jorge Teixeira. 1861: Quentin Quevedo a serviço do governo boliviano faz estudos so- bre a viabilização. de transportes nos trechos encachoeirados do Madeira e do Mamoré, a Bolívia precisava criar condições satisfatórias para a expor- tação através do Atlântico, das mercadorias produzidas no Altiplano e nas áreas da Planicie Amazônica. O governo do Amazonas envia João Marfins da Silva Coutinho para efetuar estudos semelhantes na região. Ambos os relatórios apresentam conclusões semelhantes apontando-se para a ne- cessidade de construção de uma ferrovia na região encachoeirada. A Guerra do Paraguai leva o Estado Brasileiro a enviar um destaca- mento militar para as selvas do Madeira fixando-se na primeira cachoeira, no povoado de Santo Antônio, garantindo a manutenção e viabilização da rota fluvial do Madeira que possibilitou a comunicação com o Mato Grosso durante o conflito contra Solano Lopes. 1867-1868 o governo de Dom Pedro 11 envia para o vale do Madeira os engenheiros alemães Franzc joscph Keller que realizam estudos para a viabilização de transportes no trecho encachoeirado do Madeira. 1869: George Earl Church obtém concessão do governo boliviano para explorar os transportes entre o Madeira e o Mamoré. Seus planos são modificados para a construção de uma ferrovia pelos vales do Madeira e Mamoré. 1870-1873: Church obtém do governo brasileiro a permissão para construir uma ferrovia no vale do alto Madeira. É criada a Madeira-Mamoré Railway Cornpany Ltd. Chegam a Santo Antônio 25 engenheiros da emprei- teira inglesa Publics Works, contratada por Church para as obras da EFMM. Após ataques indígenas, surtos de febre malária e fome, os engenheiros e os trabalhadores da Publics Works abandonam Santo Antônio e conside- ram impossível a construção da ferrovia 1877-1881: Church contrata os serviços da empreiteira norte- americana p & T Collins para a construção da EFMM. Partem da Filadélfia navios, equipamentos, materiais ferroviários, provisões e trabalhadores para Santo Antônio do Madeira. O navio Metrópolis naufraga perdendo 700 Ton. de carga e 80 trabalhadores destinados a ferrovia ( 29 de janeiro de 1878). Ao se inaugurado o primeiro trecho da ferrovia, a locomotiva capota. Crises, atrasos nos pagamentos, doenças tropicais, ataques indígenas e dificuldades ambientais derrotam a P & T Collins que declara falência em 1881. 1882-1884: As expedições Morsing e Júlio Pinkas atuam no vale do al- to Madeira. 1903: Em 10 de outubro, é assinado o Tratado de Petrópolis e o Brasil se compromete junto a Bolívia na construção da EFMM. i905: O Ministério da Indústria e Comércio realiza licitação para a cons- trução da EFMM. O engenheiro carioca Joaquim Catramby vence e repassa os direitos a Percival Farquhar que cria a Madeira Mamoré Railway Com- pany, com sede no Maine/EUA 1907-1912: Construção da EFMM pela empreiteira May, Jekyll and Randolph/Fundação' de Porto Velho/Oswaldo Cruz visita Porto Velho durante uma epidemia de malária e febre amarela/Construção do Hospital da Candelária/O vapor Satélite chega a Santo Antônio do Madeira com uma carga humana de degredados ligados aos movimentos da Revolta da Armada no Rio de Janeiro. 1908: Criado o município e a Comarca de Santo Antônio do Madeira. 1914: Criado o município de Porto Velho. 1915: Instalação do município de Portão Velho tendo como primeiro superintendente o Major Guapindaia. 1919: Porto Velho é elevado a categoria de cidade. 1930: Getúlio Vargas assume o poder e o tenente Aluizio Ferreira, de- legado do chefe do governo provisório do Amazonas, assume a direção da linha telegráfica de Santo Antônio. Aluizio Ferreira intervém na Madeira Mamoré. 1931: O governo de Getúlio Vargas decreta intervenção federal sobre a EFMM e nomeia Aluizio Ferreira como seu diretor. 1966: O 5° BEC instala-se em Porto Velho e procede à extinção da EFMM em 10 de julho de 1972. A força de trabalho na construção da E.F.M.M Para que fosse construída uma ferrovia em plena selva, eram necessá- rios trabalhadores. Na Amazônia do auge do ciclo da borracha todo o insuficiente volume de mão de obra estava alocado na produção do látex, a expansão das zonas de produção era abastecidas pela exploração do silvícola e pelo aliciamento de mão de obra em outras regiões do Brasil, principalmente do nordeste que na Amazônia, preso ao endividamento se via impossibilitado de escolher outra ocupação. Esses fatores dificultavam o recrutamento local de um contingente de trabalhadores que fosse suficiente para a construção da ferrovia e também impossibilitava um fluxo constante de trabalhadores durante toda a fase da construção, para repor as baixas ocasionadas por ataques de indígenas, feras, acidentes de trabalho e, principalmente, pelas doenças epidêmicas da região, previsíveis em face das tentativas anteriores de construção da ferrovia. Para reunir esse contingente trabalhadores foram recrutados em diver- sas regiões do pais, notadamente do Nordeste que foram enviados para os Vales do Madeira e Guaporé, além desses houve também a contratação de mão de obra. Esses trabalhadores nacionais e estrangeiros além de atua- APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 14 rem na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, foram utilizados em diversas outras circunstâncias nos seringais, na construção da linha telegráfica Mato Grosso/Amazonas e na demarcação territorial do atual estado de Rondônia. O grupo de Farquhar tentou, inicialmente, a "importação" (assim era chamado o processo de captação de mão de obra) de trabalhadores espa- nhóis que haviam servido à construção das estradas de ferro que Cuba. onde algumas concessões pertenciam a este empresário. Contudo a divul- gação dos perigos e da insalubridade da região da Madeira-Mamoré teria afugentado esses primeiros trabalhadores. Então um certo capitão Walter Dudley propôs a ideia de aliciar nativos das colônias inglesas da América Central. A vantagem da atração desse tipo de mão de obra estava em que muitos já haviam adquirido experiência na construção de ferrovias e do canal do Panamá, em sua região de ori- gem. Em segundo lugar, as perspectivas de absorção da força de trabalho nessas colônias eram poucas em face de problemas econômicos ali exis- tentes. Durante a primeira fase da construção da ferrovia, ainda no século XIX, já se registram a presença dos barbadianos entre os quase mil trabalhado- res que embarcaram ramo às selvas de Santo Antônio do Rio Madeira. A presença maciça desses grupos negros caribenhos só se tomou uma força de expressivo destaque nos trabalhos da ferrovia a partir do século XX. Esses operários já haviam sido utilizados com extremo sucesso em outra empreitada de grandes dimensões, a construção do Canal do Panamá. Sua experiência em um ambiente tropical hostil, como as selvas pana- menhas, aliadas a seu vigor físico e ritmo altamente disciplinado fizeram deles elementos chave do empreendimento. Além desses, várias outras nacionalidades se fizeram representar no contingente de trabalhadores da ferrovia como: italianos, norte-americanos, ingleses, gregos, hindus, espanhóis, portugueses, recriando na Amazônia o mito bíblico de uma nova babel do imperialismo. Contudo, parecem ter predominado esse conjunto de operários caribenhos. Procedentes de diversas nacionalidades centro-americanas, Barbados, Tfinidad, Jamaica, Santa Lúcia, Martinica, São Vicente, Guianas. Granadas e outras ilhas das Antilhas, esses negros, de formação protestante e idioma inglês eram, de forma geral denominados "barbadianos". Em meio à euforia da borracha contingentes de operários construíram um dos maiores marcos da modernidade da Amazônia. A legendária Madei- ra-Mamoré, que interligava os trechos encachoeirados do Madeira ao Mamoré, deveria ser um símbolo. Como representação máxima da tecnologia e da civilização, ela deveria estabelecer e viabilizar as práticas do capitalismo nos ermos do extremo sertão oeste, em pleno mundo encharcado da Amazônia. Palco de um espetáculo audacioso e ao mesmo tempo trágico, os trilhos da E.F.M.M. repousaram sobre as vidas de milhares de operários, que em suas obras vieram trabalhar. O TERRITÓRIO FEDERAL DO GUAPORÉ E A CRIAÇÃO DO ESTA- DO DE RONDÔNIA Em 1943, com o desmembramento de áreas de Mato Grosso e do Amazonas, foi criado o Território Federal de Guaporé, que, em 1956, pas- sou a se chamar Território Federal de Rondônia. Em 1981, foi transformado em estado, com o mesmo nome. A elevação da região à Território Federal está intimamente ligada a atuação de Aluízio Ferreira no plano político interno e a eclosão da 2ª Guerra Mundial, no plano externo. No plano interno, o Capitão Aluízio Ferreira controlava as ações gover- namentais na região tornando-se porta-voz das aspirações dos guaporea- nos. Além disso, sua proximidade com o Presidente Getúlio Vargas, permi- tia a captação de recursos para a E.F.M.M. e consequentemente para a região. No plano externo, a ocupação japonesa nas colônias inglesas, da Ma- lásia e Singapura, reabriam a necessidade de comercialização da Borracha Amazônica para os mercados europeus e norte-americanos. Para garantir o abastecimento, o Brasil e os E.U.A assinam em 1941, o Tratado de Wa- shington, que sofreu um aditamento em 1942, transformando a Amazônia em “Zona de Guerra”. Para implementar a produção, foram criados diversos orgãos:  RUBER DEVELOPMENT COMPANHY RDC - Controlado de su- primento dos seringais, transporte de passageiros e exportação da borra- cha.  CETA-SEMTA - Mobilizadoras de trabalhadores nordestinos (Arigós) para a Amazônia, chamados de Soldados da Borracha.\  FUNDAÇÃO SESP - Controladora da malária e outras doenças da região.  BANCO DE CRÉDITO DA BORRACHA - Financiador e Compra- dor de toda a borracha dos seringalistas.  SAVA - Abastecedora de gêneros alimentícios na Amazônia A explosão da Borracha na Amazônia Guaporeana deu novo impulso à região, transformando a cenário econômico regional e criando vida na E.F.M.M., que novamente trabalhava a pleno vapor. Aproveitando-se desse momento, o presidente Getúlio Vargas, incrementou medidas intervencio- nistas e nacionalistas, criando em 13 de setembro de 1943, o Território Federal do Guaporé, contando com 04 municípios: Lábrea e Porto Velho, desmembrados do Amazonas e Santo Antonio e Guajará-Mirim, desmem- brados do Mato Grosso. O Governo do Território Federal do Guaporé, foi entregue ao Major Alu- ízio Ferreira, que foi empossado no dia 24 de Janeiro de 1944, na oportuni- dade implantou politicamente o Território Federal do Guaporé. Para capital do Território Federal do Guaporé foi escolhida a cidade de Porto Velho. Em 1944, ocorreram alterações na divisão política do território, o muni- cípio de Lábrea retorna ao Estado do Amazonas e o município de Santo Antonio vira distrito de Porto Velho. No Território, os grupos políticos estavam divididos em duas facções de direita, os cutubas que apoiaram Aluízio Ferreira e os peles-curta, que faziam oposições à Aluízio Ferreira, eram capitaneados por Joaquim Vicen- te Rondon (ex aliado de Aluízio) e Renato Medeiros. Em 1956, o Território Federal do Guaporé sofreu mudanças de desig- nação passando a se chamar Território Federal de Rondônia, em homena- gem prestada, pelo presidente J.K ao sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon. A criação do estado de Rondônia O processo político para emancipação do Território Federal de Rondô- nia, ganhou força na presidência do Gal. Ernesto Geisel, que nomeou como governador o Coronel Humberto da Silva Guedes (1975-1979), que teve como missão preparar o território para emancipação. Dessa forma, podemos enumerar os fatores que possibilitaram a emancipação política de Rondônia: a) O interesse do governo militar em ampliar a bancada governista na Câmara e no Senado; b) A abertura efetiva da Br-364: c) A migração ao longo da Br-364, consolidando o aumento populacio- nal; d) A eclosão dos garimpos de ouro e cassiterita na região, ampliando as receitas da região; e) As obras de modernização iniciadas pelo Cel. Jorge Teixeira de Oli- veira, tais como: Implantação da Telefonia, Ampliação da rede elétrica e de água, Estruturação administrativa do Estado, Fortalecimento da arrecada- ção, Melhorias na segurança pública, Criação de municípios; f) Desenvolvimento da vocação agropecuária; g) Melhorias no ensino público e privado; Em 1979, o Colégio Eleitoral escolhe os Gal. João Batista de Figueire- do para presidente do Brasil, no mesmo ano o presidente exonera o Cel. Humberto da Silva Guedes e nomeia o Cel. Jorge Teixeira de Oliveira, governador do Território Federal de Rondônia. O novo governador tinha a certeza de que seria o último governador do Território e no discurso de posse enumera seus projetos no governo: Asfalto para a Br-364, Criação de novos municípios, Reativação de trecho turístico da E.F.M.M, Início da construção da Usina Hidrelétrica de Samuel, Criação da Universidade Federal e Controle do comando político regional. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 15 Em 22 de dezembro de 1981, Rondônia é elevado à categoria de Esta- do e em 04 de janeiro de 1982 é empossado o Cel. Jorge Teixeira como governador do 23º estado do Brasil. Em 1985, com a vitória de Tancredo Neves para a presidência do Bra- sil, o Cel. Jorge Teixeira é exonerado, sendo escolhido o Profº Ângelo Angelim como Governador do Estado, que governou até 1986. Nesse ano, foram realizadas eleições diretas para Governador, Senador e Deputados. Nessa eleição, Jerônimo Santana (PMDB), torna-se o 1º governador eleito do Estado de Rondônia, que marcou seu governo com atitudes polêmicas e conflitantes, destacando-se a tentativa de trocar a capital do Estado para Ji-Paraná e o conflito com o Acre pela posse de Extrema e Nova Califórnia. Em 1990, foi eleito Oswaldo Piana, que entrou na disputa do 2º turno, na vaga de Olavo Pires (assassinado). Os seus principais atos foram: Construção do Linhão, Implantação da área de livre comércio de Guajará- Mirim e Pavimentação da Br-425 (Abunã-G.Mirim). No final de seu governo enfrenta a greve da Polícia Militar, que culminou com a presença de tropas do Exército nas ruas de Porto Velho. Em 1994, foi eleito Valdir Raupp, com expressiva votação no interior do Estado, seus principais atos foram: Construção do Porto Graneleiro, Solu- ção para a questão da Ponta do Abunã, Federalização da Ceron e Constru- ção de Quadras esportivas nas escolas Estaduais. Em 1998, assumiu José Bianco, que marcou seu governo pela demis- são de servidores e pela crise na Saúde. Mas, é preciso ressaltar as tenta- tivas de ecoturismo e industrialização no Estado. Veja, a seguir, na íntegra, a Lei Federal que cria o Estado de Rondônia: LEI COMPLEMENTAR Nº 41, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1981 Cria o Estado de Rondônia, e dá outras providências. CAPÍTULO I Da Criação do Estado de Rondônia Art. 1º - Fica criado o Estado de Rondônia, mediante a elevação do Território Federal do mesmo nome a essa condição, mantidos os seus atuais limites e confrontações. Art. 2º - A Cidade de Porto Velho - será a Capital do novo Estado. CAPÍTULO II Dos Poderes Públicos SEÇÃO I Da Assembleia Constituinte e do Poder Legislativo Art. 3º - Os Deputados à Assembleia Constituinte do Estado de Rondô- nia serão eleitos a 15 de novembro de 1982, devendo proceder-se à res- pectiva instalação no dia 31 de janeiro de 1983, sob a direção do Presiden- te do Tribunal Regional Eleitoral, até a eleição da Mesa. Parágrafo único - O número de Deputados à Assembleia Constituinte será fixado de acordo com o que estabelece a Constituição federal para a composição das Assembleias Legislativas. Art. 4º - Nas eleições previstas no artigo anterior serão eleitos, além dos Deputados à Assembleia Constituinte, os Deputados federais, os Senadores, os Prefeitos e os Vereadores às Câmaras Municipais. § 1º - O mandato dos Deputados à Assembleia Legislativa do Estado extinguir-se-á, concomitantemente, com os dos Deputados às demais Assembleias Legislativas, eleitos a 15 de novembro de 1982. § 2º - Os dois Senadores menos votados dos três eleitos terão manda- to de quatro anos. SEÇãO II Do Poder Executivo Art. 5º - Para o período que se encerrará com o do mandato dos Go- vernadores dos demais Estados, eleitos a 15 de novembro de 1982, o Presidente da República nomeará o Governador do Estado de Rondônia, no prazo de 90 (noventa) dias da vigência desta Lei e na forma do disposto no art. 4º da Lei Complementar nº 20, de 1º de julho de 1974. § 1º - O Governador do Estado de Rondônia tomará posse, perante o Ministro de Estado da Justiça, no prazo de 30 (trinta) dias após sua nomea- ção. § 2º - A partir da posse e até a promulgação da Constituição, o Gover- nador poderá expedir decretos-leis sobre todas as matérias de competência legislativa estadual. SEÇÃO III Do Poder Judiciário Art. 6º - O Poder Judiciário do Estado de Rondônia será exercido pelo Tribunal de Justiça ora criado, por seus Juízes de Direito e Tribunais do Júri, com a colaboração dos órgãos auxiliares instituídos em lei. Art. 7º - O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia compor-se-á, ini- cialmente, de sete Desembargadores nomeados pelo Governador. Art. 8º - O Tribunal de Justiça instalar-se-á até o décimo dia útil seguin- te ao da posse de seus quatro primeiros Desembargadores. Art. 9º - Incumbe ao Desembargador mais idoso, dentre os quatro pri- meiros nomeados pelo Governador, adotar as providências para a execu- ção do disposto no artigo anterior, bem como presidir o Tribunal de Justiça, até a eleição e posse do Presidente e do Vice-Presidente. Parágrafo único - A eleição e a posse, previstas neste artigo, realizar- se-ão no quinto dia útil seguinte àquele em que se completar a composição do Tribunal, exigida a presença da maioria dos Desembargadores. Art. 10 - A eleição do Presidente e do Vice-Presidente do Tribunal de Justiça processar-se-á por escrutínio secreto, considerando-se eleitos os que alcançarem maioria dos votos dos Desembargadores presentes. § 1º - Em caso de empate, considerar-se-á eleito o mais idoso. § 2º - Os mandatos do Presidente e do Vice-Presidente terão a duração de 2 (dois) anos. Art. 11 - A fim de possibilitar o quorum mínimo de quatro Desembarga- dores, necessário para a instalação e o funcionamento do Tribunal de Justiça, poderá o Governador, a seu critério, no primeiro provimento, no- mear: I - Desembargadores pertencentes à Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dentre os que, até 60 (sessenta) dias da data desta Lei, lhe manifestem, por escrito, aceitar a nomeação; Il - Juízes de Direito integrantes da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, com jurisdição no então Território Federal de Rondônia; III - um membro do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territó- rios; IV - Juízes de Direito que integrem a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; V - advogado de notório conhecimento e idoneidade moral, com 10 (dez) anos, pelo menos, de prática forense. § 1º - A faculdade conferida ao Governador por este artigo será exerci- da até 90 (noventa) dias da data desta Lei, devendo as outras três vagas de Desembargador ser preenchidas por indicação do Tribunal de Justiça, obedecido o disposto no inciso III do art. 144 da Constituição federal. § 2º - Não havendo sido preenchido o cargo de Desembargador, reser- vado a membro do Ministério Público ou a advogado, na forma dos incisos III e V, o Tribunal de Justiça, até o décimo quinto dia útil seguinte ao de sua instalação, votará lista tríplice mista, observados os requisitos do inciso IV do art. 144 da Constituição federal. Art. 12 - O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia providenciará a instalação e o funcionamento do Tribunal Regional Eleitoral. Art. 13 - O Tribunal de Justiça, até o décimo quinto dia útil seguinte ao da posse do Presidente e do Vice-Presidente, escolherá, mediante eleição pelo voto secreto, os dois Desembargadores, os dois Juízes de Direito e os seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, dentre os quais o Presidente da República nomeará dois que, com aqueles e o Juiz Fede- ral, comporão o Tribunal Regional Eleitoral. Parágrafo único - Os Desembargadores e Juízes de Direito serão em- bossados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, em sessão do Tribunal Regional Eleitoral, que se realizará no primeiro dia útil subsequente ao da eleição, e, em seguida, sob a presidência do Desembargador mais idoso, juntamente com os demais membros já nomeados do Tribunal Regional Eleitoral, elegerão o Presidente e o Vice-Presidente, observado disposto no § 1º do art. 10 desta Lei. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 18 Irmãos na faixa de fronteira Rondônia com o Estado do Amazonas. Essa serra é divisora de águas entre as baixas dos rios Ituxi e Abunã e Madeira. A Encosta Setentrional é limitada ao Norte pela Planície Amazônica; a Noroeste e Nordeste pela linha de fronteira entre o Estado do Amazonas e o Estado de Rondônia; ao Leste, Sudeste e Sul pelas chapadas dos Pare- cis e Pacaás Novos e ao Oeste a linha de fronteira entre Rondônia e o Estado do Acre e entre Rondônia e a República da Bolívia. CHAPADAS DOS PARECIS E PACAÁS NOVOS Estas chapadas são pertencentes ao sistema de planaltos Mato- grossense do Maciço Central Brasileiro com altitudes entre 300 a 1000 metros acimado nível do mar, constituindo-se na superfície cimeira do Estado, cujo ponto culminante é o Pico do Tracuá com 1.126 metros de altura, na Chapada dos Pacaás Novos, no Município de Campo Novo de Rondônia. As chapadas são originárias de uma antiga área de deposição soergui- da e entulhada pela erosão por intenso processo de movimentos diastrófi- cos de caráter epirogenético, originando falhamento e diaclasamento do relevo tais como: superfícies cimeira entalhada de rochas correspondentes as partes mais clivadas; restos de antigas superfícies deformadas por desdobramentos de grandes rios de curvatura bastante dissecadas e delimentadas por falhas; e patamares escalonados de erosão originados de antigas glaciais (galerias). A constituição geológica dessa área é correspondente a terrenos sedi- mentares de arenito vermelho e amarelo contendo cimento feldespático com concentração siliciosas predominando as pederneiras. Este material sedimentar encobre derrame de rochas eruptivas basálti- cas sobre a qual se encontra assentado. As chapadas recebem os nomes locais de: serras de São Francisco (divisora de águas entre os rios Candeias e Jamari); serras Novas, das Queimadas, do Repouso, da Pedra Branca e Uacampânico (divisoras de águas entre os rios Jarú e Machadinho e entre o Jamari e Machadinho); serras da Vitória, Sete de Setembro, Mirante e Trincheira (divisoras de águas entre os rios Ricardo Franco e Pimenta Bueno), estas citadas serras, situam-se na região central do Estado. Serras Gabriel Antunes e João Antunes (divisoras de águas entre os rios Corumbiara e Cabixi), localizam- se na região sul do Estado; serras da Divisa e Pagã (divisoras de águas entre os rios Ji-Paraná e o Preto); serras Aurora, Providência e Sargento Paixão (divisoras de águas entre os rios Roosevelt e Ji-Paraná), localizam- se na região central até a Oeste no vale do rio Mamoré, próxima a cidade de Guajará-Mirim, (divisora de águas entre os rios Pacaás Novos e Mutum Paraná). VALE DOS GUAPORÉ-MAMORÉ É constituído por uma vasta planície dissimétrica de forma tabular for- mada de sedimentos recentes, com altitudes entre 100 a 200 metros acima do nível do mar, apresentando terrenos alagadiços associados a platôs mais elevados. Estendendo-se desde o sopé das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos a leste, até atingir os primeiros contrafortes da cordilheira dos Andes ao oeste, na República da Bolívia. Na direção sul/sudeste, prolonga-se pelo Estado de Mato Grosso e é uma constituição natural do Planalto Mato-grossense, e na direção norte até alcançar a Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro. A sua porção pertencente a Rondônia é situada entre as chapadas dos Parecis e Pacaás Novos a leste e às margens direitas dos rios Guaporé e Mamoré e pelos baixos cursos de seus afluentes, em cujos períodos de enchente inundam dezenas de quilômetros das áreas mais baixas forman- do lagos temporários e amplos divagantes de escoamento complexo. ILHAS No rio Madeira, destacam-se as ilhas Santana, 7 de Setembro, 15 de Novembro, Confluência, Misericórdia, Periquitos e Assunção. No rio Guaporé, a Comprida (a ilha mais extensa do Estado). No rio Mamoré, a ilha de Guajará-Mirim, também denominada Ilha Sua- rez pelos bolivianos (motivo de litígio de fronteira entre o Brasil e Bolívia). CACHOEIRAS Espetaculares cachoeiras com imenso potencial hidráulico, são encon- tradas nos rios d Estado, destacando-se o Alto Paraíso de deslumbrante beleza no rio Iquê; Teotônio, Ribeirão, Caldeirão do Inferno e Santo Antônio no rio Madeira; Samuel no rio Jamari; Angustura, 2 de Novembro, 1º de Março, São Carlos e Nazaré no rio Ji-Paraná; Fortaleza e Tambaqui no rio Abunã. CAVERNAS No Estado de Rondônia, encontram-se várias cavernas destacando-se pelo seu tamanho, aliás, a maior até agora encontrada, situada na ponta oriental da serra dos Pacaás Novos, que marca a garganta dos urupás. Tem vinte metros de interior por sessenta, e duzentos metros de abóbada em arco, no centro tem um logo de águas cristalinas cercado de fetos, arbustos, palmeiras e outras árvores de grande porte. O teto se comunica com o exterior através de uma perfeita clarabóia. Merecem destaques as cavernas de origem calcária no município de Pimenta Bueno, por sua rara beleza e as dos Três Esses na margem do rio Abunã e as dos Vale do rio Caio Espíndola, sub-afluente do rio Guaporé por conterem desenhos geométricos e inscrições não decifradas na primeira e desenhos em alto-relevo de leões, elefantes, girafas, e outros animais com habitat na África e na Ásia. BIOGEOGRAFIA VEGETAÇÃO A área limitada pelo Estado de Rondônia, tem quase 80% coberta por densa floresta tipo amazônica (perinófila e subcaducifólia), que galga a encosta do planalto acompanhando os cursos dos rios em forma de mata de galeria. Associado a essas florestas, aparecem as formações de cerra- dos (savana), campos sujos e campos limpos. A constituição e distribuição das formações vegetais estão condiciona- das ao clima e fatores edáficos, principalmente à drenagem e a disponibili- dade de nutrientes. MATA DE IGAPÓ Predominam nas planícies das margens dos rios, lagos e lagoas, inun- dadas praticamente o ano inteiro. A vegetação que a constitui são as espé- cies de árvores, arbustos adaptados as condições ambientas, as lianas, as trepadeiras, as aquáticas e as palmáceas. MATAS DE VÁRZEA Ocorrem nos baixos terraços (platôs) inundáveis nos períodos de en- chentes dos rios, são formadas por palmáceas, umbaubeiras, seringueiras, samuameiras e outras árvores de médio e grande porte, lianas e trepadei- ras. MATAS DE TERRA FIRME Situam-se nos altiplanos não inundáveis e constituem uma formação vegetal densa, um complexo de árvores gigantes, tanto na altura como no diâmetro, associadas a palmeiras e bambusais enlaçados de cipoais que as galgam em direção as suas copas. São ricas em madeiras de lei como a massaranduba, cedro, mogno, cumaru, itauba, faveira ferro, angelim, sucupira e outras. Em aleogenosas entre as quais a copaibeira, cumarumei- ro e caucheiro. Em palmáceas de variadas espécies, tais como o buriti, abacaba, açaí, pupunha, babaçu, inajá, jarina, etc. Destacam-se no conjun- to vegetal por seu elegante porte e beleza a castanheira (produtora da Castanha-do-Brasil) MATAS DE GALERIA São poucos densa, se constituíndo na vegetação de transição entre a mata de várzea e mata de terra firme, acompanha os cursos dos rios. FAUNA A Fauna do espaço geográfico limitado pelo Estado de Rondônia, é do modo geral a comum a brasileira, com característica de adequações aos respetivos ecossistemas. As florestas são os habitat dos mamíferos como: os símios, destacan- do-se a guariba (aloutta), o macaco prego (cebus), o macaco de cheiro (chiropotes), o macaco preto (ateles), as onças (pantheras jaguarius), onça vermelhas (suçuarana), onça pretas (pantera) e onça pintada (jaguar), os gatos-selvagens (jaguatirica). Entre os carnívoros, encontram-se a ariranha, irara lontra (mustelídeo), quati (procinideonasua), cachorro-do-mato (caní- deo-Dusicyon thous), guará (canídeo-Chrysocyon brachrurus) este último habita o cerrado do sul do Estado. Os roedores, entre estes destacam-se a paca, a cotia (cavídeos), a capivara, o ouriço-cacheiro, o preá, o quatipuru (procionídeos) e o rato (murídeo). Os onívoros, destacam-se os gambás (mursupiasis-dedelphis). Os desdentados, preguiça (bradipodideo), taman- APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 19 duás e tatu de vários tamanhos (xenartros). Os paquidermes, anta (umgu- lado tapirídeo), queixada e caitiu (taiassuídeos). Os queiropteros, represen- tados por variados morcegos. São habitantes das florestas os répteis, jabutis (quelônios), lagartos e lagartixas (lacertífilos); os ofídios, as cobras em grande variedades de venenosas a não venenosas, destacando-se por seu tamanho a surucuru, a salamanta e jibóia. As aves, destacando-se entre estas o mutum (crax), jacamim (psdofúdeos), inambu (rinamídeo), jaçanã (parrídeo), jacu (craní- deo-penchope), marreco (ananicos), tucano (ramfastídeo), pica-pau (picí- deos), gavião (rapina), urubu, urubu-rei (abutre-catarídeos), coruja (atusholiba), sabiá (turdideo), rouxinou (leterídeo), curó (fringilideo), bem-te- vi (tiranídeo) e tantas outras aves. As rios igarapés, lagos e lagoas, são os habitat em suas margens, das lontras, das ariranhas, das garças, dos socos (ardeideos), dos jaçanãs (parrídeos), dos patos, dos marrecos, das cobras, dos jacarés e em suas águas os peixes, destacando-se a jatuarana, o tambaqui, a pirapitinga, o pacu, o aracu 9caracídeos), a piraíba, o jaú, o mandi, o dourado, o surubim (silurídeos), a sardinha, o apapá (cluplédeos), a arauná (osteoglossídeos), a curimbatá (procilopus), o tucunaré, o cará (ciclídeos), o acarí (boricurí- deos), os cetáceos, peixe-boi, o boto (delfinídeos) e o pirarucu (osteglossí- deos). As cobras aquáticas, destacando-se a sucuri (boídeos). E os quelô- nios tartarugas e tracajá (pleomedussídeos). Invertebrados são numerosos e de várias espécies de araquinídeos, insetos, moluscos terrestres e aquáticos. REGIÃO NORTE DO BRASIL; Formada pelos estados de Roraima, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins . Localizada entre o maciço das Guianas, ao norte, o planalto Central, ao sul, a cordilheira dos Andes, a oeste, e o oceano Atlântico, a noroeste, a Região Norte é banhada pelos grandes rios das bacias Amazônica e do Tocantins. A maior parte da região apresenta clima equatorial. No norte do Pará e em Rondônia, o clima é tropical. A floresta Amazônica é a vegetação predominante. A região Amazônica é uma das áreas de maior biodiversidade do pla- neta. Esse patrimônio, entretanto, é ameaçado pelo desmatamento. Só em 2000, a área devastada na Amazônia é de 587,7 mil quilômetros quadra- dos. Está no Acre a maior variedade de espécies da região. Em 2001, pesquisadores encontram junto à serra do Divisor, no Alto Juruá, mais de 600 espécies de aves e 1.620 tipos de borboleta. Formação étnica – Abrigando a maior população índia do país, a Regi- ão Norte concentra 306 das 587 áreas indígenas brasileiras, com 84,54% dos 101 mil hectares de terras demarcadas. De acordo com a Funai, cerca de 164 mil índios de diversas etnias vivem nessa região. Amazonas, Pará e Roraima são os estados com a maior concentração indígena. Os tikunas, no Amazonas, constituem a mais numerosa etnia, com mais de 30 mil índios. No Pará, Amazonas e Tocantins, expressiva parcela da população é originária do Nordeste, sobretudo do Ceará e do Maranhão. No Acre e em Rondônia, há grande concentração de paranaenses e gaúchos, cujas famílias se mudaram para lá nos anos 1970, incentivadas pela ditadura militar, interessada em colonizar a região. Nos anos 1990, como revela o Censo de 2000, Roraima e Amapá se tornam pólos de atração com os maiores porcentuais do país de moradores não nascidos no estado. LIMITES DO ESTADO; Rondônia situa-se na parte oeste da Região Norte do Brasil, com ex- tensão territorial de 238.512,8 km2, correspondentes a 6,79% da Região em que se insere e a 2,86% do território nacional. Situa-se dentro das coordenadas 7º58’ e 13º43’ de latitude Sul e 66º48’ e 59º50’ a Oeste de Greenwich, em área abrangida pela Amazônia Ocidental. O Estado limita-se ao Norte e Nordeste com o Amazonas, a Leste e Sudeste com o Mato Grosso, a Oeste com a República da Bolívia e a Noroeste com o Acre. ESTADO DE RONDÔNIA (EVOLUÇÃO POLÍTICO- ADMINISTRATIVA, EVOLUÇÃO ECONÔMICA, SETORES PRODUTIVO DA AGROPECUÁRIA HIDROGRAFIA); A Região Amazônica, de modo geral, foi esquecida pelo governo brasi- leiro, deixada à margem da vida nacional. Com o passar dos tempos, ela começou a ser vista como uma região marginalizada que precisava ser integrada. Getúlio Vargas criou o primeiro Plano de Valorização da Amazô- nia (PVEA), que não andou muito. Juscelino Kubitschek, lançou o programa da construção das grandes rodovias. Assim, em 1960 são inauguradas a Belém-Brasilia e a Cuibá-Porto Velho, esta última vindo a ser chamada de "estrada do inferno", pelas péssimas condições de trânsito, buracos, atolei- ros e interrupções. Com o golpe militar de 1964, a Amazônia foi vista a partir da ideologia da segurança nacional, como uma região dotada de riquezas e tendo que ser ocupada-integrar para não integrar. Para tanto foi iniciada a construção da Transamazônica. Ao mesmo tempo o governo criou incentivos no setor madeireiro, mineral e pecuário. Grandes grupos nacionais e multinacionais se instalaram na região, constituindo a ocupação empresarial. Para tanto o governo criou o banco BASA e a SUDAM. Em 1970, o Presidente Médici lançou o Programa de Integração Nacional (PIN), com intenção de assentar 100 mil famílias ao longo da transamazônica. Agora deveria se processar a ocupação via assentamento de pequenos agricultores. As rodovias foram a porteira de entrada de verdadeiras ondas de migrante. Milhares de famílias foram largadas ao longo das estradas, do Pará ao Acre, de Rondônia a Roraima. Entre 1980 e 1990, Rondônia rece- beu 938.211 migrante. A abertura do Norte e o Centro Oeste, não aconte- ceu pela simples força de atração, mas obedeceu a outras forças. Todos estamos convencidos que a violenta migração dos anos 70 e 80 se trans- formou em válvula de escape para reduzir as tensões de outras regiões do país e abafar as desigualdades sociais. A abertura do norte vai coincidir com a modernização da agricultura no centro sul, sobretudo no Paraná, com a substituição da cultura do café e do algodão pela cultura do soja e da cana de açúcar. Esta situação jogou um mundo de gente (um milhão de famílias) no desemprego, na estrada e na miséria. Para aliviar esta situação e evitar fatos e situações sociais delicadíssimos, se apressou a abertura para o Centro-Norte. Tudo foi feito muito depressa, irracionalmente. Os migrantes foram aliciados por falsas promessas: terra, infra-estrutura, escolas, saúde. É lícito afirmar que a propaganda, outra a realidade, mais terrível , encontrada pelos migrantes, dificuldades de acesso á terra, a falta de estradas, escolas, saúde, preço dos produtos. Muitas famílias não resistiram. Muitas glebas fracassaram. Quem viaja ao longo da transama- zônica registra uma porção de casa abandonadas. Para muitos a migração se tornou uma grande ilusão. Por isso, muita gente tomou caminho da volta. Evolução político-administrativa A evolução político-administrativa de Rondônia inicia-se, de fato, em 13 de setembro de 1943, data em que o então Presidente da República, Getú- lio Vargas, criou cinco Territórios para garantir a segurança das fronteiras do Brasil: Ponta Porá, Iguaçu, Rio Branco, Amapá e Guaporé. O Território Federal do Guaporé foi criado com áreas desmembradas dos Estados de Mato Grosso e Amazonas. Em 17 de abril de 1945, fixou-se a divisão administrativa do Território Federal do Guaporé em dois municí- pios. Um deles era Porto Velho, criado em 30 de outubro de 1913 em terras antes pertencentes ao Estado do Amazonas, tendo sido elevado à catego- ria de município em 2 de outubro de 1914. O outro era Guajará-Mirim, cuja criação ocorreu em 12 de julho de 1928, em área do Estado de Mato Gros- so. Os limites de Porto Velho abrangiam o então pequeno povoado de Vilhena, enquanto que os limites de Guajará-Mirim eram os Vales do Ma- moré e Guaporé até o Rio Cabixi, na divisa com Mato Grosso. Em 17 de fevereiro de 1956, o Território Federal do Guaporé passou a designar-se Território Federal de Rondônia em homenagem ao sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Após a criação do Território, a região pouco se desenvolveu e até 1970 continuavam a existir apenas os dois municípios mencionados. Entretanto, na década de 1970, o Território Federal de Rondônia pas- sou por uma fase de grande desenvolvimento, pois, além do extrativismo mineral e vegetal que já imperava na região, era descoberta sua vocação agropecuária, devido aos projetos implantados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Desta forma, vários contingentes populacionais provenientes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil deslocaram-se para a região, contribuindo para sua prosperidade. Foi nesse contexto que, em 11 de outubro de 1977, ocorreu a emanci- pação de cinco municípios: Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena e, em 16 de junho de 1981, a de mais seis: Colorado do Oeste, Espigão do Oeste, Presidente Médici, Ouro Preto do Oeste, Jaru e Costa Marques. O Estado de Rondônia foi criado em 22 de dezembro de 1981. Sua ins- talação deu-se no dia 4 de janeiro de 1982 e, em 15 de novembro, ocorre- ram as eleições dos primeiros membros integrantes do Poder Legislativo do APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 20 Estado. Naquela ocasião, foram eleitos também, os primeiros representan- tes do Estado no Senado. Os Deputados Federais, por sua vez, tiveram sua primeira eleição em 1950, quando foi eleito o primeiro Deputado Federal do então Território Federal do Guaporé (Aluízio Pinheiro Ferreira); o primeiro governador do Estado (Coronel Jorge Teixeira de Oliveira), nomeado em 4 de janeiro de 1982. Jerônimo Garcia de Santana foi o primeiro governador eleito, em 15 de novembro de 1986, tendo sido empossado no dia 15 de março de 1987. Em 22 de dezembro de 1981, por meio da Lei Complementar nº 041, foi criado o Estado de Rondônia, o qual foi instalado em 4 de janeiro de 1982, época em que o Estado encontrava-se dividido em treze municípios: Porto Velho, Guajará Mirim, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Ji- Paraná, Presidente Médici, Cacoal, Pimenta Bueno, Espigão do Oeste, Vilhena, Cobrado do Oeste e Costa Marques. Na atualidade (1998), o estado de Rondônia está dividido em 52 municípios. Parte importante da evolução de Rondônia está ligada às linhas tele- gráficas implantadas pela Comissão Rondon. De fato, uma das preocupa- ções do governo brasileiro, por volta de 1907, era promover a integração entre as regiões do Rio Madeira e as áreas mais desenvolvidas do País, visto que a porção norte do Brasil ganhava grande impulso devido à de- manda da borracha. Assim, no dia 2 de setembro de 1907, inicia-se a primeira etapa da ex- pedição da Comissão Rondon, tendo como ponto de partida Cuiabá. Foi designado para comandar a Comissão, o então oficial do corpo de enge- nharia militar, Cândido Mariano da Silva Rondon, cujo objetivo primordial era estabelecer linhas telegráficas na região, unindo o Norte ao Sul do País através da porção Ocidental. A primeira etapa da Comissão Rondon teve seu término em 29 de no- vembro, com a chegada ao Rio Juruena. A segunda etapa da expedição ocorreu a partir do 20 de julho de 1908. O ponto de partida correspondia ao ponto final da primeira etapa (Rio Juruena). Partindo desse ponto, continuaram as instalações dos postos telegráficos, mas a tarefa da Comissão Rondon tornava-se cada vez mais difícil à medida que se adentrava na Selva Amazônica. Visando ganhar maior agilidade na abertura de caminhos em meio à densa selva, Rondon faz uso de número maior de pessoas da Comissão para esta função. No entanto, esse não era o único problema, pois alguns membros sofriam com as doenças endêmicas da região. Constantemente, a Comissão sofria ataques de tribos indígenas que ainda não haviam sido tratadas. Em meio a tantas dificuldades, no dia 3 de novembro de 1908, a Comissão Rondon chega à Serra Negra. Era o fim de mais uma etapa das instalações de linhas telegráficas. A terceira e última etapa foi iniciada no dia 2 junho de 1909, tendo co- mo ponto de partida a Serra Negra. Considera-se que essa expedição foi a mais importante para Rondônia, pois desbravou todo seu território, chegan- do, a 25 de dezembro do mesmo ano, ao vale do Rio Madeira. Em 1915, tem-se, de fato, a inauguração da linha telegráfica, unindo Cuiabá à locali- dade de Santo Antônio (atualmente Porto Velho), às margens do Rio Ma- deira. Naquele período, o telégrafo com fio já se encontrava obsoleto, pois o rádio já havia se transformado num meio de comunicação largamente utilizado. Entretanto a instalação de postos telegráficos foi de suma impor- tância para a região, visto que deu origem a diversas localidades e desen- volveu outras (Vilhena, Pimenta Bueno, Ji-Paraná, e Ariquemes), bem como serviu de parâmetro para o traçado da BR-364. Além disso, os traba- lhos da Comissão Rondon não se limitaram à instalação da rede telegráfica, tendo sido realizado, paralelamente, estudo da fauna, flora e solo da região, o que serviu de base, posteriormente, para o extrativismo mineral e vegetal no Estado. Evolução econômica Rondônia é o segundo maior produtor de estanho-cassiterita do país. A maior parte do minério é retirada do garimpo de Bom Futuro, em Arique- mes. As maiores empresas do estado atuam nos setores de comércio, ener- gia e telefonia, produção de alimentos e bebidas, mineração, metalurgia e criação de gado. A construção do porto graneleiro em Porto Velho, em 1995, e a abertu- ra da hidrovia do rio Madeira, em 1997, facilitam o escoamento da produção de Rondônia. A soja é o principal produto transportado. O comércio com outros estados se baseia na venda de produtos agrí- colas e minerais e na compra de máquinas, veículos e farinha de trigo. Com 1.115 quilômetros, a hidrovia liga a capital ao porto de Itacoatiara, próximo a Manaus, no Amazonas. Rondônia destaca-se como produtor de cacau, café e arroz. O estado abastece a Região Nordeste de feijão e milho. Em 1999, Rondônia apresentou um PIB de R$ 42.867 milhões e um PIB per capita de R$ 3.657,00, enquanto que os mesmos dados para a Região Norte e o Brasil são, respectivamente: R$ 42.867 milhões e R$ 3.380,00 e R$ 963.868 milhões e R$ 5.740,00. Isso significa que, naquele ano, o PIB do Estado representava 11,6% do da Região Norte e 0,52% do brasileiro, enquanto que o PIB per capita suplantava o da Região Norte em 8,2 % e representava 63,71% do nacional. Entretanto, quando se analisam desses indicadores no período 1985/1999, constata-se que Rondônia apresentou pequeno aumento na participação no PIB nacional, mas decréscimo na participação no PIB da Região Norte. Esse comportamento declinante repete-se de forma ainda mais acentuada quando se analisa o PIB per capita, conforme registrado na Tabela apresentada a seguir. Esse comportamento mostra que tanto Rondônia quanto a Região Nor- te vêm aumentando sua participação no PIB nacional, mas o crescimento do Estado é superado pelo da região geográfica em que está inserido. Em termos de PIB por habitante, ao contrário, tanto o Estado quanto a Região apresentam participação declinante no contexto nacional, mas, no caso de Rondônia, esse declínio é mais acentuado, chegando a perder, no período analisado, 16,2 pontos percentuais, evidenciando o empobrecimento relati- vo de ambos. Participação de Rondônia no PIB e no PIB per capita - 1985/1999 Indicadores 1985 1990 1995 1999 1999 - 1985 Produto Interno Bruto (PIB) Rondônia/Região Norte 12,37% 9,92% 9,88% 11,60% -0,77 Rondônia/Brasil 0,48% 0,49% 0,46% 0,52% 0,04 Região Norte/Brasil 3,84% 4,94% 4,64% 4,45% 0,61 PIB per capita Rondônia/Região Norte 116,18% 89,94% 90,09% 108,20% -7,98 Rondônia/Brasil 79,91% 65,98% 58,58% 63,71% -16,2 Região Norte/Brasil 68,78% 73,36% 65,02% 58,89% -9,89 Fonte dos dados primários: IBGE, Deptº. Contas Nacionais, Contas Regionais 1985-1999. A composição setorial do PIB é outra ótica relevante de análise. Anali- sando-se o período 1985 a 1999, os dados constantes da Tabela a seguir mostram alterações significativas. Dentre elas cabe destacar a queda de 8,89 pontos percentuais na par- ticipação da agropecuária; de 7,9 na indústria de transformação; de 2,14 no comércio e reparação de veículos e objetos pessoais e de uso doméstico; de 2,82 na indústria extrativa mineral e ao redor de meio ponto percentual nos setores de transporte e armazenagem e de intermediação financeira. Por outro lado, o setor de administração pública, defesa e seguridade social apresentou crescimento de 6,37 pontos percentuais, acompanhado de perto pela construção (5,37) e pelas atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (4,53). Num patamar menor de crescimen- to situam-se os setores de saúde e educação mercantis (2 pontos percen- tuais); outros serviços coletivos, sociais e pessoais (1,96); eletricidade, gás e água (0,99); comunicações (0,86); alojamento e alimentação (0,56) e serviços domésticos (0,13). Composição Setorial do PIB a Custo de Fatores Setores Média 1985/87 (A) Média 1997/99 (B) (B) - (A) Agropecuária 23,77 14,88 -8,89 Administração Pública, Defesa e Seguridade Social 21,58 27,95 6,37 Indústria de Transformação 14,90 7,00 -7,90 Comércio e Reparação de Veícu- los e Objetos 10,54 8,40 -2,14 Construção 10,01 15,38 5,37 Atividades Imobiliárias, Aluguéis e 5,80 10,33 4,53 APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 23 Produtividade do Feijão por Zonas - Rondônia - 1996/2000 ((Kg/ha) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 657 621 536 526 575 Zona 2 771 705 564 560 600 Zona 3 589 592 418 492 559 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). A principal produtora de milho é a Zona 1, onde a produção mostra crescimento, seguida pela Zona 3, que revela o mesmo comportamento. Na Zona 2 a produção encontra-se estagnada na casa das 11, 3 mil toneladas. Com relação à produtividade, verifica-se tendência de modesto cresci- mento nas três zonas integrantes do Estado. Produção de Milho por Zonas - Rondônia - 1996/2000 (Ton) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 123.596 128.203 151.668 160.884 154.911 Zona 2 14.303 9.955 11.465 11.375 11.357 Zona 3 28.225 34.935 37.380 45.833 37.878 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). Produtividade do Milho por Zonas - Rondônia - 1996/2000 (Kg/ha) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 1.411 1.432 1.452 1.489 1.499 Zona 2 1.150 1.150 1.250 1.348 1.348 Zona 3 1.320 1.323 1.361 1.686 1.461 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). No caso da mandioca, a produção vem crescendo nas Zonas 1 (principal produtora) e 2, mas vem declinando na Zona 3. A produtividade en- contra-se estabilizada nas três zonas, sendo entretanto maior nas Zonas 1 e 3. Produção de Mandioca por Zonas - Rondônia - 1996/2000 (Toneladas) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 93.394 103.906 159.957 195.790 196.757 Zona 2 11.070 7.377 7.368 8.016 8.016 Zona 3 20.212 24.772 31.908 37.688 42.628 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). Produtividade da Mandioca por Zonas - Rondônia - 1996/2000 (Kg/ha) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 15.286 15.089 16.000 15.559 15.407 Zona 2 13.500 13.500 14.000 14.000 14.000 Zona 3 15.000 16.378 15.308 15.538 15.538 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). Analisando-se as duas principais culturas perenes de Rondônia, constata-se que a maior produção de café ocorre na Zona 1, seguida pela Zo- na 2. Em ambas, a produção vem se expandindo de forma consistente. Essa expansão também se verifica na Zona 2. Relativamente à produtividade, pode-se concluir que a mesma se encontra praticamente estagnada nas duas principais zonas produtoras (1 e 3), mas apresentou crescimento significativo na Zona 2, no ano de 2000. Produção de Café por Zonas Rondônia - 1996/2000 (Toneladas) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 82.715 72.826 72.826 136.514 153.463 Zona 2 6.165 4.193 4.193 10.549 13.132 Zona 3 16.338 19.088 19.088 42.140 40.703 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 24 Produtividade do Café por Zonas Rondônia - 1996/2000 (Kg/ha) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 1.042 913 913 1.005 975 Zona 2 1.150 999 999 1.150 1.450 Zona 3 1.000 923 923 1.104 1.019 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). Quanto ao cacau, a produção praticamente está concentrada na Zona 1, aonde vem apresentando crescimento expressivo no período analisa- do. Na Zona 2, a produção é inexpressiva mas relativamente constante, enquanto que na Zona 3 a produção é um pouco maior que na anterior, mas apresentou forte decréscimo em 2000. A produtividade do cacau em Rondônia encontra-se relativamente estagnada nas três zonas, embora tenha apresentado crescimento na Zona 1, principal produtora, em 2000. Produção de Cacau por Zonas Rondônia - 1996/2000 (Toneladas) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 4.774 6.003 6.522 6.487 17.201 Zona 2 16 14 11 11 23 Zona 3 275 352 363 350 69 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). Produtividade do Cacau por Zonas Rondônia - 1996/2000 (Kg/ha) Zonas 1996 1997 1998 1999 2000 Zona 1 444 463 447 445 470 Zona 2 419 397 407 407 403 Zona 3 428 462 408 480 437 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal (PAM). Fazendo-se uma análise global das três zonas, conclui-se que a Zona 1 é a principal produtora do Estado nas atividades examinadas, tanto em termos de lavouras temporárias quanto de culturas perenes. Situação semelhante ocorre na pecuária, conforme se verá adiante. Trata-se, portanto, de uma zona com forte vocação agropecuária e na qual está concentrado o maior número de extensionistas, muito embora se deva ressaltar que, apesar do pequeno número, a distribuição dos extensionistas rurais e sociais é muito próxima à distribuição da área culti- vada com os principais produtos (dados de 2001). Número de Extensionistas Rurais por Zonas Rondônia Zonas Extensionista Rural Extensionista Social Administrativo Outros Total Zona 1 140 33 89 -- 262 Zona 2 8 1 8 -- 17 Zona 3 39 11 32 -- 82 Fonte: Escritório Regional da EMATER - PVH - Posição em Março de 2002. Comparativo entre Área Cultivada e Número de Extensionistas Rurais e Sociais Rondônia Zona 1 Zona 2 Zona 3 Total Área (ha) 386.408 27.713 110.851 524.972 Extensionistas (nº) 173 9 50 232 Área (%) 73,6% 5,3% 21,1% 100 %1 Extensionistas (%) 74,6% 3,9% 21,6% 100%1 Fontes: Tabela 23 e www.rondonia.ro.gov.br Diante desses dados, cabe reconhecer que a produção agrícola em seu conjunto não mostra o mesmo dinamismo de períodos anteriores em Rondônia, o que tem feito o Estado reduzir sua participação na produção agropecuária, tanto na ótica nacional quanto na regional. A Zona 1 desponta como a principal produtora, mas a produtividade, de modo geral, encontra-se estagnada ou, em alguns casos, com tendência ao declínio, o que sugere a necessidade de estimular sua modernização. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 25 A situação do café, que apresenta mais dinamismo produtivo, merece análise mais detalhada, tanto por parte dos produtores quanto do Governo Estadu- al, diante dos registros feitos anteriormente. De todo modo, é indispensável promover o aumento da produtividade agrícola e, simultaneamente, agregar valor à produção realizada dentro das frontei- ras estaduais, para que se reverta o quadro em benefício da economia e da população. O potencial de geração de renda do conjunto de atividades econômi- cas conectadas direta e indiretamente à produção agropecuária, denominado agronegócio, é cerca de três vezes maior que o da atividade agrícola, com amplas possibilidades de crescimento, uma vez que em países desenvolvidos cada unidade monetária gerada na agropecuária transforma-se em dez quando se considera o agribusiness. Na próxima tabela constam os efetivos dos rebanhos de Rondônia em 1996 e em 2000, podendo-se notar que os bovinos, aves e suínos desta- cam-se, nessa ordem, como os mais importantes no Estado. Constata-se também que o crescimento do rebanho mais importante (bovino) apre- sentou o maior crescimento no período analisado, o que permite concluir que a produção pecuária de Rondônia vem se especializando nessa atividade. A criação de aves e suínos também vem crescendo no Estado, embora em ritmo menor que o rebanho bovino. As demais criações apresenta- ram crescimento entre 1996 e 2000, mas, de modo geral, têm pequena expressão na pecuária rondoniense. Com a recente expansão da cultura da soja, em Rondônia, é possível que, em futuro bem próximo, haja escala de oferta de matéria-prima suficiente para viabilizar a instalação de indús- tria esmagadora dessa leguminosa no Estado, viabilizando o crescimento da produção de suínos e de aves com as rações animais gerados a partir do farelo de soja e de outros produtos agrícolas. Rebanho Existente em Rondônia: 1996 e 2000 Nº de Cabe- ças 1996 2000 (1996/2000) % Bovinos (*) 3.937.291 6.584.212 67,23% Aves 4.896.367 5.291.407 8,07% Suínos 410.315 460.868 12,32% Equinos 106.602 124.786 17,06% Ovinos 61.799 75.857 22,75% Caprinos 13.505 17.583 30,20% Muares 12.711 15.990 25,80% Bubalinos 10.530 12.347 17,26% Asininos 1.069 1.298 21,42% Fontes: IBGE – Censo Agropecuário 1996 e Produção da Pecuária Municipal - 2000 - IBGE (www.rondonia.ro.gov.br). (*) Informação do IDARON/RO Embora não se disponha de informações para todos os rebanhos, a Tabela seguinte mostra a distribuição dos efetivos de bovinos, bubalinos, equinos, asininos e muares por zonas. Conforme se pode observar, a Zona 1 abriga mais de dois terços dos efetivos desses animais, exceto os bubalinos, concentra- dos na Zona 3. Esta zona possui entre 16 e 20% dos demais rebanhos, ficando a Zona 2 com o menor número de cabeças. Distribuição dos Efetivos Pecuários em Rondônia: 2000 Zonas Bovinos Bubalinos Equinos Asininos Muares Zona 1 79,5% 17,6% 80,4% 76,5% 79,7% Zona 2 4,7% 1,7% 4,1% 4,0% 4,5% Zona 3 15,8% 80,7% 15,6% 19,6% 15,8% Fonte:www.rondonia.ro.gov.br Aspecto relevante que vem ocorrendo no Estado, principalmente a partir de 2000, é o direcionamento de parcela crescente da produção de carne e leite como matéria-prima para a oferta de charque, queijo, manteiga, leite pasteurizado, iogurte, requeijão e outros derivados, importantes atividades para agrega- ção de valor à produção primária, com efeitos multiplicadores sobre a geração de renda, emprego e receita tributária. HIDROGRAFIA RIOS IMPORTANTES DO ESTADO BACIA DO RIO MADEIRA É a mais importante do Estado, formada pelo rio Madeira e seus noven- ta afluentes, estende-se Além, muito além de seus limites, em terras dos Estados do Amazo- nas, Acre, Mato Grosso e República da Bolívia, ocupando uma área de 1.244.500 Km2 . O rio Madeira é formado pela junção dos rios Beni 91.125 Km) e Lívia). É o mais importante afluente da margem direita do rio Amazonas, tem um curso de 3.240 km, percorre o Estado de Rondônia no sentido sudoeste – norte e trecho do Estrado do Amazonas, desaguando a oeste da ilha Tupi- nambarana, no rio Amazonas. O rio Madeira conforme as características de seus cursos, é um rio no- vo, ainda em formação, classificado com misto, isto é, rio de planalto e planície. Em seu alto curso é rio de planalto, atravessa a Encosta Setentri- onal do Planalto Brasileiro formando numerosas corredeiras e cachoeiras em consequência do afloramento de rochas cristalinas, das quais desta- cam-se as cachoeiras de Santo Antônio, Teotônio, Morrinho, Jirau, Caldei- rão do Inferno, Misericórdia e Ribeirão. Após percorrer esse trecho de planalto cristalino, penetra na planície Amazônica a 7 Km acima da cidade de Porto Velho, passando a ser o rio de planície francamente navegável até a sua foz na margem direita do rio Amazonas. Sua largura varia de 440 a 9.900 metros 9na foz) e profundidade chega a mais de 13 metros, permitindo a navegação de navios de grande calado, inclusive oceânicos, até Porto Velho, no período de sua enchente. Neste período suas águas inundam as florestas adjacentes alagando dezenas de quilômetros de ambas as margens. BACIA DO RIO GUAPORÉ A bacia do rio Guaporé, também é muito importante no Estado de Ron- dônia, localiza-se na região sudoeste/sul do Estado, o seu principal forma- dor, o rio Guaporé é via natural de ligação entre as cidades de Guajará- Mirim em Rondônia e de Mato Grosso (ex. Vila Bela) em Mato Grosso. Seus afluentes da margem direita ligam o vale do Guaporé-Mamoré à região central do Estado e os da margem esquerda ao Altiplano Boliviano (Cordilheira dos Andes). O rio Guaporé nasce na Chapada dos Parecis em Mato Grosso, a 1.800m de altitude, percorre 1.716 Km, dos quais 1.500 Km são francamen- APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 28 limitada pelo município começou a ser ocupada pelos nordestinos transmu- dados em seringueiros, a partir do século XIX. Que enfrentando a oposição aguerrida dos Muras (Parintins), Urupás e Jarus penetraram no rio Ji- Paraná a partir de sua foz no rio Madeira, em Calama, na exploração e produção de borracha, alcançaram os seus médio e alto curso, estabele- cendo-se em seringais. Ao lugarejo em torno dos barracões sede dos seringais do Vale do Urupá, o denominaram com este nome, pelo qual ficou conhecido nas transações comercias dos centros abastecedores (casas aviadoras) desses seringais, em Manaus e Belém. Em 1909 a Comissão Rondon ao atingir a foz do rio urupá, no lugarejo existente, o Tenente Coronel Mariano da Silva Rondon, instalou um posto telegráfico, denomi- nando-o Presidente Afonso Pena em homenagem ao então Presidente da República Afonso Augusto Moreira Pena. Nome que gradativamente se impõe, substituindo o de Urupá. O estágio de desenvolvimento atingido pela Vila e sua área de influên- cia e fez ser elevada a categoria de Município, através da Lei n.º 6.448, de 11 de outubro de 1977 com a denominação de Ji-Paraná, em homenagem ao caudaloso rio Ji-Paraná que atravessa toda sua área de Sul para o Norte dividindo a cidade de Ji-Paraná sua sede político-administrativa em dois setores urbanos. PRESIDENTE MÉDICI A cidade de Presidente Médici e o município de igual denominação do qual é sede político-administrativa, foi dada pelos migrantes oriundos das regiões Centro-Sul do país, que aí se estabeleceram a partir de 1970, contra a vontade do senhor Milton de Andrade Rios que os tinha como grileiros, invasores das terras que considerava serem de sua propriedade, visto tê-las adquiridas do senhor Luiz Mário Pereira de Almeida, como parte integrante do Sr. Presidente Hermes, situados entre os igarapés Preto e Leitão denominado Fazenda Presidente Hermes, pelo seu novo proprietá- rio. Os primeiros colonos chegaram ao local na margem da BR 364, na dé- cada de sessenta, instalaram-se em apenas quatro barracas no meio do lamaçal, dando-lhe o nome de Trinta e Três, por distar 33 Km da Vila de Rondônia, atual cidade de Ji-Paraná. Seus moradores todos agricultores, socorriam de alguma forma os motoristas e passageiros das viaturas que ficavam retidas em um imenso atoleiro conhecido por Muqui, nas proximi- dades do rio com este nome. O lugarejo crescia em número de habitantes e casas com a chegada de novos colonos que nele se estabeleciam a apesar da situação litigiosa. No primeiro semestre de 1972, sua população atingia mais de 800 habitantes e os ônibus que ligavam Cuiabá-MT a Porto Velho- RO, faziam ponto de parada no local, agora com aspecto de Vila e com dois nomes Nova Jerusalém e Nova Canaã, ostentados em placas distintas colocadas pelos líderes de cada grupo de agricultores em frente de suas respectivas casas. Ainda nesse ano, os colonos realizaram eleição para escolher a um único nome para localidade, sendo posta em votação os dois supracitados e mais Getúlio Vargas, Fátima do Norte, Cruzeiro do Sul e Presidente Médici, havendo sido escolhido esse último. O qual foi oficializa- do em 1973, ao ser o local elevado a categoria de Sub-Distrito, pelo Coro- nel do Exército Theotorico Gauva, na época governador de Rondônia. Em decorrência de seu desenvolvimento sócio-econômico, foi o Distrito de Presidente Médici, elevado a município em 1981, mantendo este nome, em homenagem ao Presidente da República Emílio Garrastuzu Médici CACOAL O nome Cacoal originou-se dessa denominação dada ao local pelo se- nhor Anísio Serrão de Carvalho, guarda fios da Comissão Rondon, que acatando as recomendações de seu chefe, o Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, ali se instalou em 1912, construindo uma casa e requerendo de Mato Grosso, as terras adjacentes para sua posse. A deno- minação data a localidade, deveu-se à abundância de cacaueiros nativos existentes em sua floresta. Por este nome ficou conhecido o local pelos seringueiros que ali mora- vam e pelos garimpeiros de diamante que por eles passam, rumo aos Rios Comemoração de Floriano e Apidiá (Pimenta Bueno), tendo sido oficializa- do ao ser a localidade elevada a categoria de município, pela Lei n.º 6448 de 11 de outubro de 1977, com a denominação de Cacoal. ROLIM DE MOURA Originou-se do Projeto de Colonização Rolim de Moura implantado na área pelo INCRA, destinado ao assentamento de colonos excedentes do Projeto Gi-Paraná, O nome do Projeto, derivou-se do nome do rio Rolim de Moura, denominação dada pelo Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, chefe da Comissão das Linhas Telegráficas. Mato Gros- so/Amazonas, ao descobri-lo em 1909, em homenagem ao Visconde de Azambuja Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, Capitão General, primeiro Governador da Capitania de Mato Grosso, no período de 1748 à 1763. Entre seus feitos, destacam-se a construção de Vila Bela da Santíssima Trindade, sede da Capitania (1ª cidade artificial, planejada do Brasil) cons- trução do fortim de conceição do rio Guaporé, nas proximidades das atuais ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, destruição da povoação espanhola de São Miguel, na margem esquerda do rio Guaporé e expulsão de sua guarnição militar para o interior da Bolívia, então Vice-Reino do Peru. Nome mantido ao ser a região elevada a categoria de Município, atra- vés do Decreto Lei Estadual n.º 071, de 05 de agosto de 1983. NOVA BRASILÂNDIA Cidade e município do mesmo nome, surgiu da expansão das frentes migratórias das regiões Centro-Sul do País, expandindo-se de Presidente Médici, no eixo da rodovia BR 364, na direção do oeste, rumo ao vale do Guaporé, em busca de terras férteis propícias à agricultura. Seu nome é em homenagem à Brasília, cidade também pioneira interiorizada no Planalto Central Brasileiro, da mesma forma que Nova Brasilândia, Núcleo Popula- cional Urbano, interiorizado na Chapada dos Parecis, implantado pela coragem e trabalho dos novos pioneiros, desbravadores da Amazônia Ocidental. O rápido desenvolvimento sócio-econômico alcançado pelo núcleo po- pulacional resultou em sua elevação a categoria de município. ALVORADA DO OESTE Alvorada do Oeste surgiu da interiorização dos colonos dos municípios de Ouro Preto do Oeste e Presidente Médici, expandindo-se na direção do Oeste, em busca de terras agricultáveis, localizando se- na Chapada dos Parecis. O núcleo urbano surgido teve rápido crescimento econômico e populacional, sendo por tal, elevado a categoria de município. PIMENTA BUENO A cidade de Pimenta Bueno, sede do município do mesmo nome, origi- nou-se do aglomerado de barracas de seringueiros construídas em torno do posto telegráfico, instalado em 1909, pelo Tenente Coronel Cândido Maria- no da Silva Rondon, na confluência dos rios Comemoração de Floriano e Pimenta Bueno (este último, o Apidiá dos indígenas), ambos descobertos por esse sertanista, chefe da Comissão das Linhas Telegráficas Estratégi- cas Mato Grosso-Amazonas. O nome de Pimenta Bueno dado ao rio Apidiá por Rondon, foi em homenagem a José Antônio Pimenta Bueno, Visconde e Marquês de São Vicente. O insignificante povoado perdido na floreste, teve um surto de progres- so na década de cinquenta, quando ali os garimpeiros instalaram um arraial de apoio a garimpagem de diamante nos rios Comemoração, Pimenta Bueno e seus afluentes. Sendo construído campo de pouso para pequenos aviões escolas e instaladas casas comerciais. Porém seu desenvolvimento ocorre a partir da construção da rodovia BR 364, tendo um rápido crescimento demográfico, econômico e urbano sendo a região elevada a categoria do Município, mantendo o nome de Pimenta Bueno. ESPIGÃO DO OESTE Surgiu na década de setenta, no Projeto de Colonização organizado pelos paulistas irmãos Melhorança, dividido em lotes rurais distribuídos aos colonos por eles recrutados nas regiões Sul-Sudeste do País. A sede administrativa da empresa colonizadora, denominava-se inicialmente, Itaporanga, passou posteriormente a chamar-se Espigão do Oeste, certa- mente em alusão ao avanço dos migrantes centro-sulista da direção da Amazônia Ocidental. A população de Espigão do Oeste, Núcleo pioneiro, afastado do eixo da rodovia BR 364, sofreu toda espécie de pressão, até violência policial, com o propósito de forçá-la a se retirar da região considerada como reserva dos Índios Suruís. Resistiu mantendo-se em suas glebas, transformando-se em centros de produção agrícola e pecuária e o incipiente aglomerado populacional em progressista e importante núcleo urbano, sendo elevado a categoria de município em 1981. SANTA LUZIA DO OESTE Cidade sedo do município do mesmo nome, surgiu da expansão de co- lonos de Rolim de Moura em direção ao Vale do Guaporé. O povoado teve APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 29 rápido crescimento demográfico e econômico, transformando em importan- te centro de produção agrícola, sendo elevado a categoria de Município em 1986. VILHENA A área hoje delimitada pelo município de Vilhena, foi alcançado pelo Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, Chefe da Comissão de Construção da Linha Telegráfica de Mato Grosso-Amazonas, em 1909, comandando uma expedição de quarenta e duas pessoas. Estabeleceu acompanhamento na região para estudar seu ecossistema e seus habitan- tes indígenas. Implantou uma estação telegráfica, às margens do rio Piraculino, por ele descoberto e assim denominado, distante uns 5 Km da atual cidade de Vilhena. Os campos Gerais ou Chapadão do Reino dos Parecis, como lhe de- nominava os bandeirantes, como Antônio Pires, Paz de Barro e outros que desde 1718, o perlustraram na cata ouro e preando índios, passou a ser conhecido como Vilhena, o nome dado a estação telegráfica, por Rondon, em homenagem a Álvaro Coutinho de Melo Vilhena, maranhense que em 1890 foi nomeado engenheiro chefe da organização da Carta Telegráfica da República. E em 1900, Diretor Geral dos Telégrafos, cargo no qual se aposentou em 1902. Faleceu em 1904, na cidade de Fortaleza, Capital do Ceará. A estação telegráfica foi transferida em 12 de outubro de 1910, para novas instalações, na casa atualmente conhecida por “Casa de Rondon”. O pequeno povoado que começou a se formar a partir dos primeiros anos da década de sessenta, nas proximidades do igarapé Pires de Sá, em decorrência da construção da rodovia BR 29, atual BR 364 e de um campo de aviação com pista asfáltica, para receber o Presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, quando pessoalmente veio ao local inaugurar a rodovia Brasília-Acre (em 29.09.1960). Em Vilhena o campo de aviação construída pela empresa Camargo Correia uma das empreiteiras da construção da rodovia, além de servir aos seus aviões, tornou-se ponto de apoio aos aviões do Correio Aéreo Nacio- nal, da Viação Aérea São Paulo/VASP e do Cruzeiro do Sul. Passou a sediar um destacamente da Força Aérea Brasileira e o Governo do Territó- rio construiu na localidade um hospital. Vilhena passou a se desenvolver rapidamente transformando-se em importante polo comercial e industrial, sendo elevado a categoria de muni- cípio em 1977. ALTA FLOREST DO OESTE Município com sede na cidade do mesmo nome, foi criada em 1986. Sua origem foi em consequência do avanço da frente migratória rumo ao Oeste em demanda ao Vale do Guaporé. O pequeno núcleo populacional evoluiu rapidamente transformando-se em importante polo agrícola e comercial exigindo uma organização político- administrativa, sendo atendida com a elevação da região a categoria de Município. COLORADO DO OESTE A cidade de Colorado do Oeste, teve origem da sede do Projeto Inte- grado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, nome dado a este, em memória ao piloto de helicóptero morto em acidente aéreo, em serviço no Vale de Colorado. Este Projeto de Colonização implantado pelo INCRA tinha por finalida- de assentar os migrantes que chegavam à Vilhena. A sede administrativa do Projeto transformou-se em polo comercial com grande raio de influência e importância econômica, sendo o centro de comercialização e abastecimento das propriedades agropastoris de uma vasta área rural. Pelo desenvolvimento sócio-econômico alcançado, foi elevado a regi- ão, em 1981 a categoria de município, com a denominação de Colorado do oeste, tendo por sede administrativa a cidade do mesmo nome. Denominação dada a cidade e ao município em homenagem ao rio Co- lorado, no vale do qual ficam suas bases geográficas. CEREJEIRAS O município e cidade do mesmo nome tiveram origem do Distrito de Cerejeiras, que por seu desenvolvimento econômico, crescimento demo- gráfico e social, foi elevado a categoria de município, desmembrando-se de Colorado do Oeste, em 1983. O se nome é em homenagem a essa importante espécie vegetal de al- to valor comercial, abundante nas florestas da área do Município. CABIXI O município de Cabixi teve origem ao distrito do mesmo nome des- membrado do município de Colorado do Oeste, em 1988, pela importância social e econômica, alcançada pela área por ele limitada. Sua base demo- gráfica integra os vales dos rios Cabixi e Guaporé. Seus primitivos habitan- tes os índios Cabixis, foram ali encontrados pelos bandeirantes paulistas no século XVII e pela Comissão Rondon em 1909. O nome da cidade de Cabixi e do município do qual é sede, é em ho- menagem aos primitivos habitantes, dos quais o rio emprestou o nome. SÃO MIGUEL DO GUAPORÉ Surgiu do povoado assentado nas proximidades do rio São Miguel, por colonos vindo principalmente dos municípios de Rolim de Moura e Presi- dente Médici. O núcleo populacional desenvolveu-se rapidamente como polo agrícola e pecuário, localizado na chapada dos Parecis entre as áreas de influência da BR 364 e do vale do Guaporé. Por seu crescimento demográfico e econômico, foi em 1988, elevado a categoria de município, desmembrando- se do município de Costa Marques, com o nome de São Miguel. Denomi- nado assim, em homenagem ao rio São Miguel o mais importante na área fisiográfica do município. COSTA MARQUES Surgiu da elevação do distrito de Costa Marques a categoria de muni- cípio em 1981, desmembrando-se do município de Guajará-Mirim. Sua base geográfica fica no vale do rio Guaporé, sendo sua sede administrativa a cidade mais importante na margem desse rio. A região limitada pelo município começou a ser ocupada a partir do fim do século XVII, intensificando-se no século XVIII, inicialmente nela se estabeleceram os espanhóis fundando as missões de São Simão, na foz do rio Corumbiara, e de São Miguel na foz desse rio e de Santa Rosa, a uns 4 Km abaixo da atual cidade de Costa marques. A denominação de Costa Marques à localidade, foi dada pelo Gover- nador do Estado de Mato Grosso, em homenagem ao homem público Dr. Joaquim Augusto da Costa Marques, sexto presidente desse Estado no período de 1911 à 1915. Ao ser elevado o distrito de Costa Marques a município, manteve esta denominação. GUAJARÁ-MIRIM O nome do município de Guajará-Mirim é de origem indígena signifi- cando Cachoeira (Guajará) pequena (Mirim), assim já era conhecida o local desde o século XVIII, como um dos pontos de referência geográfica na rota Santa Maria Belém-do Pará/Vila Bela da Santíssima Trindade em Mato Grosso. No início do século XX tornou-se mais conhecida ao ser o local escolhido para o ponto terminal da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. (Concluída em 30 de abril de 1912 e inaugurada oficialmente em 1 de agosto deste mesmo ano). No dia 12 de junho de 1928, o povoado de Guajará-Mirim era elevado a categoria de cidade, passando a ser a sede do município do mesmo nome, através da Lei n.º 991, do Governo do Estado do mato Grosso. A instalação do município ocorreu em 10 de abril de 1929. Em 1943, passou a constituir-se parte integrante do Território Federal do Guaporé (Rondônia), nas condições de Município, ostentando o seu nome original de Guajará-Mirim. NOVA MAMORÉ O município de Nova Mamoré, seu nome teve origem do fato circuns- tancial dos moradores de Vila Murtinho, por necessidade de fugir do isola- mento a que foram relegados com a desativação da ferrovia Madeira- Mamoré, mudaram-se para outro local a margem a rodovia BR 425 (Guaja- rá-Mirim/Abunã), o qual denominaram de Vila Nova, provavelmente em alusão a vida nova que iniciavam no local escolhido para fazerem ressurgir a antiga morada que por circunstâncias adversas foram induzidos a aban- doná-la. O povoado expandiu-se rapidamente, tornando-se distrito do Município de Guajará-Mirim, para em seguida ser elevado a categoria de Município, mantendo o nome de Vila Nova acrescido da localização geográfica, fican- do sua denominação oficial, Vila Nova do Mamoré. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos História e Geografia de Rondônia A Opção Certa Para a Sua Realização 30 ALTO PARAÍSO Originou-se do NUAR (Núcleo Urbano de Apoio Rural) Marechal Dutra um dos projetos de assentamento de colonos do INCRA. O nome Alto Paraíso deve-se ao deslumbramento dos colonos ante a beleza da pujante floresta descortinada do topo de uma elevação de relevo do terreno, asso- ciando essa paisagem à ideia do que teria sido o Edem dos primórdios da humanidade. Denominando o núcleo ali surgido de Alto Paraíso, e com o qual foi criado o município pela Lei n.º 375, de 13 de fevereiro de 1992 NOVO HORIZONTE Criado pela Lei n.º 365, de 13 de fevereiro de 1992, originou o NUAR dessa mesma denominação, integrante do projeto de colonização Rolim de Moura. O pequeno núcleo inicial teve rápido desenvolvimento sócio- econômico graças a dedicação ao trabalho na agricultura e pecuária princi- palmente, pelos pioneiros seus fundadores. O destaque alcançado como centro de alta produtividade de agropecuário, foi fator decisivo para sua transformação em município. CACAULÂNDIA Teve sua origem do NUAR (Núcleo Urbano de Apoio Rural) com essa denominação, integrante do projeto Marechal Rondon de assentamento de colonos do INCRA. Situado na zona cacaueira o núcleo desenvolveu-se rapidamente tendo por sustentação exonômica a produção e comercializa- ção de cacau. Foi elevado a município com o nome de Cacaulândia, pela Lei n.º 374, de 13 de fevereiro de 1992. CAMPO NOVO DE RONDÔNIA Surgiu de um núcleo de garimpagem, no qual foi construído um campo de pouso para pequenos aviões. O lugar passou a ter como referencial a nova pista de pouso, as pessoas denominavam o lugar para eles se dirigi- rem ao enviar correspondência, com o nome de “Campo Novo”. Por sua evolução sócio-econômico foi transformado em município pela Lei n.º 379 de 13 de fevereiro de 1992, com a denominação de Campo Novo de Ron- dônia. CANDEIAS DO JAMARI Tem sua origem oficial a ser instalado no local pertencente ao municí- pio de Alto Madeira com sede em Santo Antônio, pelo Governo do Estado de mato Grosso, um Distrito Policial criado pelo Ato n.º 2.213, de 14 de novembro de 1939. O insignificante lugarejo à margem direita do rio Can- deias servia de ponto de estacionamento de quem se dirija para os serin- gais do alto rio Candeias, bem como de depósito de borracha que desciam o rio, pois o lugarejo fica no ponto de cruzamento da rodovia mato Grosso- Amazonas nesse rio, facilitando o transporte de produção para Porto Velho ou para Cachoeira de Samuel onde aportavam as gaiolas e as outras embarcações de menor porte vindos de Manaus e para onde retornavam. Somente no final da década de setenta, foi que o Candeias começou a expandir o seu núcleo urbano, a agricultura, o comércio e o turismo que proporcionam as praias do rio Candeias. O seu rápido desenvolvimento permitiu a sua elevação a município pela Lei n.º 363, de 13 de fevereiro de 1992. CASTANHEIRAS Surgiu do NUAR União da Vitória integrante do Projeto de colonização Rolim de Moura. Que tornou-se destacado pela agropecuária, sendo eleva- da a município pela Lei n.º 366, de 13 de fevereiro de 1992, com o nome de Castanheiras, escolhido pelo Deputado Amizael Gomes da silva, relator da constituição do Estado, por ser o espaço demográfico do município abun- dante dessas belas e importantes árvores da Hilea Amazônica. CORUMBIARA Originou do NUAR Nova Esperança, integrante do Projeto de Coloniza- ção Paulo Assis Ribeiro/ INCRA. Tornando-se destacado núcleo agropecu- ária, com expressivo desenvolvimento sócio-econômico, foi elevado a município pela Lei n.º 377, de 13 de fevereiro de 1992, com a denominação de Corumbiara em homenagem a esse importante rio afluente da margem direita do rio Guaporé. GOVERNADOR JORGE TEIXEIRA Criado pela Lei n.º 373, de 13 de fevereiro de 1992, com este nome em homenagem ao Governador Jorge Teixeira de Oliveira, criador do Estado de Rondônia e seu primeiro governante. O município surgiu do NUAR Pela Branca integrante do Projeto de Colonização Padre Adolfo Rohl. É impor- tante centro econômico agropecuário. JAMARI Surgiu de um povoado a margem da rodovia BR 364, a 105 Km de Por- to Velho, denominado Itapoã do Oeste. O lugarejo teve rápido progresso econômico e social, proporcionando- lhe as condições de ser elevado a município, o que ocorreu através da Lei n.º 364, de 13 de fevereiro de 1992, com a denominação de Jamari, em homenagem a esse importante rio afluente da margem direita do rio Madei- ra, o qual atravessa o referido município. Nome sugerido pelo Deputado Amizael Gomes da Silva, justificando a sua sugestão com a premissa de que os municípios a serem criados devem ostentarem nomes que se identi- fique com a história, a geografia e a cultura de Rondônia. MINISTRO ANDREAZZA Criado pela Lei n.º 372, de 13 de fevereiro de 1992, com este nome em homenagem ao Ministro Mário Andreazza em reconhecimento a sua direta participação na elevação de Rondônia a categoria de Estado. O município surgiu do NUAR Nova Brasília integrante do Projeto de Colonização Gy- Paraná/INCRA. É destacado pela agropecuária. MIRANTE DA SERRA Surgiu do NUAR Mirante da Serra, integrante do Projeto de Coloniza- ção Ouro Preto/INCRA. Tornando-se importante centro produtor agrícola, atingindo relevante destaque social e econômico, foi transformado em município pela, Lei n.º 369, de 13 de fevereiro de 1992. Seu nome é em homenagem a serra do Mirante, acidente do relevo do seu território. MONTE NEGRO Teve origem do NUAR Boa Vista integrante do Projeto de Colonização Marechal Dutra/INCRA. O seu desenvolvimento sócio-econômico proporci- onou-lhe as condições de ser transformado em município pela Lei n.º 378, de 13 de fevereiro de 1992, com denominação de Monte Negro, em home- nagem a um acidente do relevo do seu território com esse nome. RIO CRESPO Criado pela Lei n.º 376, de 13 de fevereiro de 1992, com este nome em homenagem ao rio Preto do Crespo. Surgiu do NUAR Cafelândia, integran- te do Projeto de Colonização Mal. Deodoro/INCRA. É importante polo agrícola e pecuário. SERINGUEIRAS Criada pela lei n.º 370, de 13 de fevereiro de 1992, seu nome é uma homenagem à Hévea Brasiliense cuja exploração consolidou a posse da Amazônia e sua integração ao Território Nacional. E sendo a bacia do rio São Miguel no espaço geográfico do município uma área rica em seringuei- ras explorada desde o século XIX, nada mais justa a homenagem prestada. O município surgiu do NUAR Bom Princípio, integrante do Projeto de Colo- nização do mesmo nome. É importante pela agropecuária. THEOBROMA Surgiu do NUAR Theobroma, integrante do Projeto de Colonização Pa- dre Adolfo Rohl. O seu desenvolvimento econômico como polo cacaueiro proporcionou-lhe as condições de ser transformado em município pela Lei n.º 371, de 13 fevereiro de 1992. O seu nome é em homenagem ao cacau, cuja denominação científica é Theobroma. URUPÁ Foi criado pela Lei n.º 368, de 13 de fevereiro de 1992, o seu nome é em homenagem ao rio Urupá, importante afluente do rio Ji-Paraná. Sua origem é do NUAR Urupá integrante do Projeto de Colonização Ouro Pre- to/INCRA. É destacado polo agrícola e pecuário. VALE DO PARAÍSO Surgiu do NUAR Vale do Paraíso, integrante do Projeto de Colonização Ouro Preto/NUAR. O seu nome é originado do Igarapé Paraíso em cujo vale fica localizada a cidade sede do novo município pela Lei n.º 367, de 13 de fevereiro de 1992. ALTO ALEGRE DOS PARECIS Criado pela Lei n.º 570, de 22 de junho de 1.994, fica situado na região sul, originou-se de um núcleo agropecuário, na Chapada dos Parecis, o seu nome deriva-se da beleza natural do local que entusiasmou seus fundado- res dando-lhe essa denominação. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 1 AMBIENTE OPERACIONAL WINDOWS (2008/XP/VISTA/WIN7). FUNDAMENTOS DO WINDOWS, OPERAÇÕES COM JANELAS, ÍCONES, BOTÕES, MENUS, BARRAS DE TÍTULO, BARRA DE MENUS, BARRAS DE FERRAMENTAS, ÁREA DE TRABALHO, BARRA DE STA- TUS, BARRA DE FORMATAÇÃO E BARRA DE ROLAGEM, TRABALHO COM PASTAS E ARQUIVOS, LOCALIZAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS, MOVIMENTAÇÃO E CÓPIA DE ARQUIVOS, PASTAS, CRIAÇÃO E EXCLUSÃO DE AR- QUIVOS E PASTAS, COMPARTILHAMENTOS E ÁREAS DE TRANSFERÊNCIA; CONFIGURAÇÕES BÁSICAS DO WINDOWS: RESOLUÇÃO DA TELA, CORES, FONTES, IMPRESSORAS, APARÊNCIA, SEGUNDO PLANO E PRO- TETOR DE TELA Iniciando o Windows Ao iniciar o windows XP a primeira tela que temos é tela de logon, nela, selecionamos o usuário que irá utilizar o computador. Ao entrarmos com o nome do usuário, o windows efetuará o Logon (en- trada no sistema) e nos apresentará a área de trabalho: Área de trabalho  Área de Trabalho ou Desktop  Na Área de trabalho encontramos os seguintes itens:  Ícones:  Barra de tarefas  Botão iniciar Atalhos e Ícones Figuras que representam recursos do computador, um ícone pode repre- sentar um texto, música, programa, fotos e etc. você pode adicionar ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns ícones são padrão do Windows: Meu Computador, Meus Documentos, Meus locais de Rede, Internet Explorer. Atalhos Primeiramente visualize o programa ou ícone pelo qual deseja criar o atalho, para um maior gerenciamento de seus programas e diretórios, acesse o Meu Computador local onde poderemos visualizar todos os drives do computador no exemplo abaixo será criado um atalho no drive de dis- quete na área de trabalho: Depois de visualizar o diretório a ser criado o atalho, clique sobre o ícone com o botão direito do mouse e escolha a opção, criar atalho. O atalho será criado na área de trabalho, podermos criar atalhos pelo menu rápido, simplesmente clicando com o mouse lado direito, sobre o ícone, programa, pasta ou arquivo e depois escolher a opção, criar atalho. A criação de um atalho não substitui o arquivo, diretório ou programa de origem, a função do atalho simplesmente será de executar a ação de abrir o programa, pasta, arquivo ou diretório rapidamente, sem precisar localizar o seu local de origem. Sistemas de menu Windows XP é, até hoje, o sistema operacional da Microsoft com o maior conjunto de facilidades para o usuário, combinado com razoável grau de confiabilidade. Barra de tarefas A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momen- to, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com rapidez e facilidade. A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja cri- ando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede para você imprimir uma determinada planilha que está em seu micro. Você não precisa fechar o editor de textos. Apenas salve o arquivo que está trabalhando, abra a planilha e mande imprimir, enquanto imprime você não precisa esperar que a planilha seja totalmente impressa, deixe a im- pressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um clique no botão ao correspondente na Barra de tarefas e volte a trabalhar. A barra de Tarefas, na visão da Microsoft, é uma das maiores ferra- mentas de produtividade do Windows. Vamos abrir alguns aplicativos e ver como ela se comporta. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 2 Botão Iniciar O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se pode acessar outros menus que, por sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre um item com uma seta, será exibido outro menu. O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que esti- ver instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do computador, localizar um arquivo, abrir um documento. O botão iniciar pode ser configurado. No Windows XP, você pode optar por trabalhar com o novo menu Iniciar ou, se preferir, configurar o menu Iniciar para que tenha a aparência das versões anteriores do Windows (95/98/Me). Clique na barra de tarefas com o botão direito do mouse e selecione propriedades e então clique na guia menu Iniciar. Esta guia tem duas opções:  Menu iniciar: Oferece a você acesso mais rápido a e−mail e Inter- net, seus documentos, imagens e música e aos programas usados recentemente, pois estas opções são exibidas ao se clicar no botão Iniciar. Esta configuração é uma novidade do Windows XP  Menu Iniciar Clássico: Deixa o menu Iniciar com a aparência das versões antigas do Windows, como o windows ME, 98 e 95. Todos os programas O menu Todos os Programas, ativa automaticamente outro submenu, no qual aparecem todas as opções de programas. Para entrar neste sub- menu, arraste o mouse em linha reta para a direção em que o submenu foi aberto. Assim, você poderá selecionar o aplicativo desejado. Para executar, por exemplo, o Paint, basta posicionar o ponteiro do mouse sobre a opção Acessórios. O submenu Acessórios será aberto. Então aponte para Paint e dê um clique com o botão esquerdo do mouse. MEU COMPUTADOR Se você clicar normalmente na opção Meu Computador, vai abrir uma tela que lhe dará acesso a todos os drives (disquete, HD, CD etc.) do sistema e também às pastas de armazenamento de arquivos. Meus documentos A opção Meus Documentos abre apasta-padrão de armazenamento de arquivos. A pasta Meus Documentosrecebe todos os arquivos produzidos- pelo usuário: textos, planilhas, apresentações, imagens etc.Naturalmente, você pode gravararquivos em outros lugares. Mas, emcondições normais, eles são salvos na pasta Meus Documentos. Acessórios do Windows O Windows XP inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferra- mentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para melhorar a performance do computador, calculadora e etc. Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos vá- rias aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes. Imagine que você está montando um manual para ajudar as pessoas a trabalharem com um determinado programa do computador. Neste manual, com certeza você acrescentaria a imagem das janelas do programa. Para copiar as janelas e retirar só a parte desejada, utilizaremos o Paint, que é um pro- grama para trabalharmos com imagens. As pessoas que trabalham com criação de páginas para a Internet utilizam o acessório Bloco de Notas, que é um editor de texto muito simples. Assim, vimos duas aplicações para dois acessórios diferentes. A pasta acessório é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e, no submenu que aparece, escolha Acessórios. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 3 Componentes da Janela Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um aplicati- vo do Windows. O Bloco de Notas. Para abri−lo clique no botão Iniciar / Todos os Programas / Acessórios / Bloco de Notas. Barra de Título: esta barra mostra o nome do arquivo (Sem Título) e o nome do aplicativo (Bloco de Notas) que está sendo executado na janela. Através desta barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não está maximizada. Para isso, clique na barra de título, mantenha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a posição desejada. Depois é só soltar o clique. Na Barra de Título encontramos os botões de controle da janela. Estes são: Minimizar: este botão oculta a janela da Área de trabalho e mantém o botão referente á janela na Barra de Tarefas. Para visualizar a janela no- vamente, clique em seu botão na Barra de tarefas. Maximizar: Este botão aumenta o tamanho da janela até que ela ocupe toda a Área da Trabalho. Para que a janela volte ao tamanho original, o botão na Barra de Título, que era o maximizar, alternou para o botão Res- taurar. Clique neste botão e a janela será restaurada ao tamanho original. Fechar: Este botão fecha o aplicativo que está sendo executado e sua janela. Esta mesma opção poderá ser utilizada pelo menu Arquivo/Sair. Se o arquivos que estiver sendo criado ou modificado dentro da janela não foi salvo antes de fechar o aplicativo, o Windows emitirá uma tela de alerta perguntando se queremos ou não salvar o arquivo, ou cancelar a operação de sair do aplicativo. MEU COMPUTADOR O ícone de Meu Computador representa todo o material em seu com- putador. Meu Computador contém principalmente ícones que representam as unidades de disco em seu sistema: a unidade de disquete A, o disco rígido C e sua unidade de CD-ROM ou de DVD, bem como outros discos rígidos, unidades removíveis etc. Clicar nesses ícones de unidade exibe o conteúdo das unidades, arquivos e pastas, que são a soma de tudo em seu computador. (Daí o nome, Meu Computador.) Windows Explorer gerenciamento de arquivos e pastas O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Orga- nizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo, cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu Compu- tador traz como padrão a janela sem divisão, você observará que o Win- dows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas tanto no primeiro como no segundo, esta configuração pode ser mudada. Podemos criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arquivos para disquete, apagar arquivos indesejáveis e muito mais. Janela do Windows Explorer No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta seleci- onada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos. Ele é com- posto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta); O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, é possível dividi−la também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) Para abrir o Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção Todos os Progra- mas / acessórios e clique sobre Windows Explorer ou clique sob o botão iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar. Preste atenção na Figura da página anterior que o painel da esquerda na figura acima, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que contêm outras pastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indi- cam que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as sub−pastas). Painel de controle O Painel de controle do Windows XP agrupa itens de configuração de dispositivos e opções em utilização como vídeo, resolução, som, data e hora, entre outros. Estas opções podem ser controladas e alteradas pelo usuário, daí o nome Painel de controle. Para acessar o Painel de controle 1. Clique em Iniciar, Painel de controle. 2. Inicialmente o Painel de controle exibe nove categorias distintas. Painel de controle 3. Clique na opção desejada. 4. Na próxima tela escolha a tarefa a ser realizada. Utilize os botões de navegação: Voltar Para voltar uma tela. Avançar Para retornar a tarefa. Acima Para ir ao diretório acima. Pesquisar Para localizar arquivos, imagens, sons, ví- deos, etc. Pastas Para exibir o conteúdo de uma pasta. PASTAS E ARQUIVOS Uma unidade de disco pode ter muitos arquivos. Se todos eles estives- sem em um mesmo lugar, seria uma confusão. Para evitar esse caos, você pode colocar seus arquivos de computador em pastas. Essas pastas são utilizadas para armazenar arquivos e ajudar a APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 6 Formatação e cópia de discos 1. Se o disco que você deseja formatar for um disquete, insira-o em sua unidade. 2. Abra Meu computador e clique no disco que você deseja formatar. 3. No menu Arquivo, aponte para o nome do disquete e clique em Formatar ou Copiar disco para efetuar uma cópia. A Formatação rápida remove arquivos do disco sem verificá-lo em busca de setores danificados. Use esta opção somente se o disco tiver sido formatado anteriormente e você tiver certeza de que ele não está danifica- do. Para obter informações sobre qualquer opção, clique no ponto de interrogação no canto superior direito da caixa de diálogo Formatar e, em seguida, clique na opção. Não será possível formatar um disco se houver arquivos abertos, se o conteúdo do disco estiver sendo exibido ou se ele contiver a partição do sistema ou de inicialização. Para formatar um volume básico (formatando o computador) 1. Abra o Gerenciamento do computador (local). 2. Clique com o botão direito do mouse na partição, unidade lógica ou volume básico que você deseja formatar (ou reformatar) e, em se- guida, clique em Formatar ou copiar disco (ou backup para efetuar uma cópia da unidade lógica) 3. Selecione as opções desejadas e clique em OK. Para abrir o Gerenciamento do computador, clique em Iniciar, aponte para Configurações e clique em Painel de controle. Clique duas vezes em Ferramentas administrativas e, em seguida, clique duas vezes em Gerenciamento do computador. Na árvore de console, clique em Gerenciamento de disco. Importante: A formatação de um disco apaga todas as informações nele contidas. Trabalhando com o Microsoft WordPad O Acessório Word Pad é utilizado no Windows principalmente para o usuário se familiarizar com os menus dos programas Microsoft Office, entre eles o Word. O Word Pad não permite, criar tabelas, rodapé nas páginas, cabeçalho e mala direta. Portanto é um programa criado para um primeiro contato com os produtos para escritório da Microsoft. Entre suas funcionalidades o WordPad lhe permitirá inserir texto e ima- gens, trabalhar com texto formatado com opções de negrito, itálico, subli- nhado, com suporte a várias fontes e seus tamanhos, formatação do pará- grafo à direita, à esquerda e centralizado, etc. Para iniciar o WordPad. 1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os Programas. 2. Posicione o cursor do mouse em Acessórios. 3. Clique em WordPad. Barra Padrão Na barra Padrão, é aonde encontramos os botões para as tarefas que executamos com mais frequência, tais como: Abrir, salvar, Novo documen- to, imprimir e etc. Funções dos botões: 1. Novo documento 2. Abrir documento 3. Salvar 4. Imprimir 5. Visualizar 5. Localizar (esmaecido) 6. Recortar (esmaecido) 7. Copiar (esmaecido) 8. Colar 9. Desfazer 10. Inserir Data/Hora Barra de formatação Logo abaixo da barra padrão, temos a barra de Formatação, ela é usada para alterar o tipo de letra (fonte), tamanho, cor, estilo, disposição de texto e etc. Funções dos botões: 1. Alterar fonte 2. Alterar tamanho da fonte 3. Lista de conjunto de caracteres do idioma 4. Negrito 5. Itálico 6. Sublinhado 7. Cor da fonte 8. Texto alinhado á esquerda 9. Texto Centralizado 10. Texto alinhado a direita 11. Marcadores Formatando o texto Para que possamos formatar (alterar a forma) de um texto todo, palavras ou apenas letras, devemos antes de tudo selecionar o item em que ire- mos aplicar a formatação. Para selecionar, mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e arraste sobre a(s) palavra(s) ou letra(s) que deseja alterar: Feito isto, basta apenas alterar as propriedades na barra de formatação. Você pode ainda formatar o texto ainda pela caixa de diálogo para for- matação, para isso clique em: Menu Formatar / Fonte, a seguinte tela será apresentada: Aqui, você também poderá fazer formatações do texto, bom como colocar efeitos como Riscado e sublinhado.Com o Neste menu (Formatar), temos também a opção de formatar o parágrafo, definindo os recuos das margens e alinhamento do texto. Paint O Paint é um acessório do Windows que permite o tratamento de ima- gens e a criação de vários tipos de desenhos para nossos trabalhos. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 7 Através deste acessório, podemos criar logomarcas, papel de parede, copiar imagens, capturar telas do Windows e usá-las em documentos de textos. Uma grande vantagem do Paint, é que para as pessoas que estão ini- ciando no Windows, podem aperfeiçoar-se nas funções básicas de outros programas, tais como: Abrir, salvar, novo, desfazer. Além de desenvolver a coordenação motora no uso do mouse. Para abrir o Paint, siga até os Acessórios do Windows. A seguinte ja- nela será apresentada: Nesta Janela, temos os seguintes elementos: Nesta Caixa, selecionamos as ferramentas que iremos utilizar para cri- ar nossas imagens. Podemos optar por: Lápis, Pincel, Spray, Linhas, Cur- vas, Quadrados, Elipses e etc. Caixa de cores Nesta caixa, selecionamos a cor que iremos utilizar, bem como a cor do fundo em nossos desenhos. Vejamos agora as ferramentas mais utilizadas para criação de ima- gens: Lápis: Apenas mantenha pressionado o botão do mouse so- bre a área em branco, e arraste para desenhar. Pincel: Tem a mesma função do lápis mas com alguns recur- sos a mais, nos quais podemos alterar aforma do pincel e o tamanho do mesmo. Spray: Com esta ferramenta, pintamos como se estivéssemos com um spray de verdade, podendo ainda aumentar o tama- nho da área de alcance dele, assim como aumentamos o ta- manho do pincel. Preencher com cor ou Balde de tinta: Serve para pintar os ob- jetos, tais como círculos e quadrados. Use-o apenas se a sua figura estiver fechada, sem aberturas. Ferramenta Texto: Utilizada para inserir textos no Paint. Ao selecionar esta ferramenta e clicarmos na área de desenho, devemos desenhar uma caixa para que o texto seja inserido dentro da mesma. Junto com a ferramenta texto, surge tam- bém a caixa de formatação de texto, com função semelhante a estudada no WordPad, a barra de formatação. Calculadora A calculadora do Windows contém muito mais recursos do que uma calculadora comum, pois além de efetuar as operações básicas, pode ainda trabalhar como uma calculadora científica. Para abri-la, vá até acessórios. A Calculadora padrão contém as funções básicas, enquanto a calcula- dora cientifica é indicada para cálculos mais avançados. Para alternar entre elas clique no menu Exibir Calculadora padrão Calculadora cientifica Para utilizá-la com o mouse, basta clicar sobre o número ou função de- sejada.  O sinal de divisão é representado pela barra (I).  A multiplicação é representada pelo asterisco (*)  A raiz quadra é representado por [sqrt]. Conhecendo alguns botões: Back: exclui o último dígito no número escrito. CE: limpa o número exibido. C: apaga o último cálculo. MC: limpa qualquer número armazenado na memória MR: chama o número armazenado na memória. MS: armazena na memória o número exibido. M+: soma o número exibido ao que está na memória. Além de acionarmos os números e funções através do mouse, também podemos acessá-los através do teclado.Perceba que a janela da calculado- ra possui uma barra de menu. Escolha o menu Exibir e escolha a opção Científica. Para retornar à calculadora padrão escolha o menu Exibir e a opção Padrão. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 8 INTRODUÇÃO AO MICROSOFT WINDOWS 7 Visualmente o Windows 7 é semelhante ao seu antecessor, o Win- dows Vista, porém a interface é muito mais rica e intuitiva, tornando a experiência individual um verdadeiro prazer. Esse sentido se traduz na facilidade de localizar seus aplicativos e arquivos. Hoje encontramos ícones tridimensionais, agrupamento de aplicativos na barra de tarefas, design moderno e visualizações dinâmicas que permitem localizar de forma fácil, rápida e atraente os programas ou documentos abertos. É Sistema Operacional multitarefa e para múltiplos usuários. O novo sistema operacional da Microsoft trouxe, além dos recursos do Windows 7, muitos recursos que tornam a utilização do computador mais amigável. Algumas características não mudam, inclusive porque os elementos que constroem a interface são os mesmos. VERSÕES DO WINDOWS 7 Foram desenvolvidas muitas versões do Windows 7 para que atendam às diversas características de plataformas computacionais e necessidades tecnológicas diferentes e existentes no mercado (residencial e corporativo). Windows 7 Starter: Projetado especificamente para ajudar mais as pessoas em mercados de tecnologia em desenvolvimento a aprender habilidades valiosas com computador e a atingir novas oportunidades. Ideal para netbooks. Windows 7 Home Premium: É ideal para residências com necessi- dades básicas de computação como e-mail, navegação na Internet e com- partilhamento/visualização de fotos, músicas e vídeos. Windows 7 Professional: É a edição para aqueles que preferem tra- balhar tanto no ambiente doméstico quanto no ambiente de trabalho. Com todos os recursos do Windows Home Premium, ele ainda permite trabalhar com funcionalidades como Modo Windows XP para executar aplicativos mais antigos que se executam normalmente no Windows XP e possui backup automático para os seus dados. Windows 7 Ultimate: É a escolha certa para quem quer ter tudo. Al- terne facilmente entre os mundos de produtividade e experimente a edição mais completa do Windows 7. Além das funcionalidades do Windows Home Premium e do Windows Professional, o Ultimate tem os recursos de eco- nomia de energia, segurança como BitLocker e BitLocker To Go, recursos de mobilidade como Direct Access que funciona integrado a uma rede com Windows Server 2008 R2. ÁREA DE TRABALHO A Área de trabalho é composta pela maior parte de sua tela, em que ficam dispostos alguns ícones. Uma das novidades do Windows 7 é a interface mais limpa, com menos ícones e maior ênfase às imagens do plano de fundo da tela. Com isso você desfruta uma área de trabalho suave. A barra de tarefas que fica na parte inferior também sofreu mudan- ças significativas. LIXEIRA A Área de trabalho do Windows 7 é bem colorida e possui apenas um ícone: o da Lixeira. Na Lixeira ficam armazenados os arquivos que são apagados pelo usuário, ou intencionalmente ou acidentalmente. Mas eles podem ser recuperados, por isso ela possui a ilustração do símbolo da reciclagem. Como padrão, na instalação do Windows, será colocado na área de trabalho apenas o ícone Lixeira, porém, você poderá inserir quantos ícones desejar. BARRA DE TAREFAS É uma área de suma importância para a utilização do Windows 7, pois no botão Iniciar ficam os principais comandos e recursos do Windows. A Barra de tarefas tem ainda a importante função de avisar quais são os aplicativos em uso, pois é mostrado um retângulo pequeno com a des- crição do(s) aplicativo(s) que está(ão) ativo(s) no momento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com rapidez e facilidade. Podemos alternar entre as janelas abertas com a sequência de teclas ALT+TAB (FLIP) permitindo escolher qual janela, ou programa deseja manipular, ALT+ESC que alterna entre as janelas abertas sequencialmente e Tecla Windows (WINKEY) + TAB (FLIP 3D) abre o Windows Aero (FLIP3D). A barra de tarefas também possui o menu Iniciar, barra de inicialização rápida e a área de notificação, onde você verá o relógio. Outros ícones na área de notificação podem ser exibidos temporariamente, mostrando o status das atividades em andamento. Por exemplo, o ícone da impressora é exibido quando um arquivo é enviado para a impressora e desaparece quando a impressão termina. Você também verá um lembrete na área de notificação quando novas atualizações do Windows estiverem disponíveis para download no site da Microsoft. O Windows 7 mantém a barra de tarefas organizada consolidando os botões quando há muitos acumulados. Por exemplo, os botões que repre- sentam arquivos de um mesmo programa são agrupados automaticamente em um único botão. Clicar no botão permite que você selecione um deter- minado arquivo do programa. Outra característica muito interessante é a pré-visualização das janelas ao passar a seta do mouse sobre os botões na barra de tarefas. BOTÃO INICIAR Está no mesmo local do menu Iniciar, encontrado na Barra de tarefas, o qual, quando clicado, apresenta a listagem de comandos existentes. O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que, por sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre um item com uma seta, será exibido outro menu. O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que esti- ver instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do computador, localizar um arquivo, abrir um documento. É apresentado em duas colunas. A coluna da esquerda apresenta atalhos para os progra- mas instalados e para os programas abertos recentemente. Na coluna da direita o menu personalizado apresentam atalhos para as principais pastas do usuário como Documentos, Imagens, Músicas e Jogos. A sequência de teclas para ativar o Botão Iniciar é CTRL+ESC ou a Tecla do Windows (WINKEY). As opções existentes no botão Iniciar estão dispostas no lado esquer- do do menu e no direito. À esquerda você encontra os aplicativos ou recur- sos colocados na sua máquina. Algumas opções que poderão estar no botão Iniciar: Todos os Programas: Exibe uma lista completa com todos os pro- gramas do Windows 7 e aplicativos instalados em seu computador. Lupa: A Lupa amplia partes diferentes da tela. Esse recurso é útil pa- ra a exibição de partes difíceis de ver. Windows Fax e Scan: Permite que se receba ou emita fax, além de escanear um documento. Visualizador XPS: Visualizador dos arquivos criados em formato XPS (XML Paper Specification). Calculadora: Aplicativo calculadora que auxilia na criação de contas simples. Paint: Aplicativo para edição de imagens, além de permitir criá-las. Conexão de Área de Trabalho Remota: Aplicativo que possibilita a conexão com outros computadores remotamente, desde que se obedeçam às permissões. Notas Autoadesivas: São lembretes que ficam pendurados na Área de trabalho do Windows. Conectar a um Projetor: Aplicativo que permite a conexão facilitada a um projetor para exibição da tela em ambientes apropriados, tais como auditórios, salas de reunião, salas de treinamento etc. Ponto de Partida: Central de tarefas em que são oferecidos recursos que facilitam o uso do Windows, tais como Backup de arquivos, personali- zar o Windows, conexão à internet, entre outros. Windows Live Messenger: Aplicativo que permite a conversa com outras pessoas em tempo real, no modo texto. DESLIGANDO SEU COMPUTADOR Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo corretamente não apenas para economizar energia, mas também para garantir que os dados sejam salvos e para ajudar a manter seu computador mais seguro. E o melhor de tudo: o computador iniciará rapidamente na próxima vez que você quiser utilizá-lo. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 11 sões .INI, .SYS e .BAT, pois abre e salva texto somente no formato ASCII (somente texto). WORD PAD Editor de texto com formatação do Windows. Pode conter imagens, ta- belas e outros objetos. A formatação é limitada se comparado com o Word. A extensão padrão gerada pelo Word Pad é a RTF. Lembre-se que por meio do programa Word Pad podemos salvar um arquivo com a extensão DOC entre outras. PAINT Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP. Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG ou JPEG, GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras. CALCULADORA Pode ser exibida de quatro maneiras: padrão, científica, programador e estatística. WINDOWS LIVE MOVIE MAKER Editor de vídeos. Permite a criação e edição de vídeos. Permite inserir narrações, músicas, legendas, etc... Possui vários efeitos de transição para unir cortes ou cenas do vídeo. A extensão padrão gerada pelo Movie Maker é a MSWMM se desejar salvar o projeto ou WMV se desejar salvar o vídeo. PAINEL DE CONTROLE O Painel de controle fornece um conjunto de ferramentas administrati- vas com finalidades especiais que podem ser usadas para configurar o Windows, aplicativos e ambiente de serviços. O Painel de controle inclui itens padrão que podem ser usados para tarefas comuns (por exemplo, Vídeo, Sistemas, Teclado, Mouse e Adicionar hardware). Os aplicativos e os serviços instalados pelo usuário também podem inserir ícones no Painel de controle. Existem três opções de modo de exibição para o Painel de controle: O modo de exibição Categoria, Ícones grandes e Ícones pequenos. A JANELA Botões Minimizar, Maximizar e Fechar: Servem, respectivamente, para reduzir a janela a um botão barra de tarefas, para fazer com que a janela ocupe a tela toda e para fechar o programa. Botões Avançar e Voltar: O botão Voltar serve par que volte à cate- goria anterior, ou seja, a categoria que você acessou antes da atual. O botão Avançar passa para a categoria seguinte. Barra de endereço: É o local onde você digita o endereço da catego- ria ou item desejado. Enquanto você digita, o botão é exibido. Caixa de Pesquisa: Através desta caixa, você poderá procurar rapi- damente por qualquer item do Painel de Controle. MODO DE EXIBIÇÃO CATEGORIA O modo de exibição Categoria exibe os ícones do Painel de controle de acordo com o tipo de tarefa que o usuário desejar executar. Sistema e Segurança: Exibe uma série de recursos para manuten- ção e segurança de seu computador, tais como: Central de Ações, Firewall do Windows, Sistema, Windows Update, Opções de energia, Backup e Restauração etc. Rede e Internet: Exibe o status e as tarefas de rede, tais como: Cen- tral de Rede e Compartilhamento, Grupos Doméstico e Opções da Internet. Hardware e Sons: Exibe várias opções para você adicionar novos Hardwares e Gerenciar os dispositivos de Áudio e Vídeo em geral. Programas: Nesta opção você pode gerenciar todos os programas em seu computador, podendo desinstalar e restaurar os programas instala- dos. Contas de Usuários e Segurança familiar: Permite gerenciar os usuários do computador, determinando se o usuário poderá executar algu- mas tarefas ou não. Uma conta de usuário é o conjunto de informações que diz ao Win- dows quais arquivos e pastas o usuário poderá acessar, quais alterações poderá efetuar no computador e quais são suas preferências pessoais. Cada pessoa acessa sua conta com um nome de usuário e uma senha. Há três tipos principais de contas: Administrador: Criada quando o Windows é instalado, Ele lhe dá acesso completo ao computador. Usuário padrão: Permite que você execute tarefas comuns e traba- lhe com seus próprios arquivos. Convidado: Destina-se às pessoas que precisam de acesso tempo- rário ao computador. Controle dos Pais Ajuda a controla o modo como as crianças usam o computador. Por exemplo, você pode definir limites para a quantidade de horas que seus filhos podem usar o computador, os jogos que podem jogar e os programas que podem executar. Aparência e Personalização: Nesta opção você pode controlar toda a aparência de seu computador, o modo como sua tela será exibida. Pode- rá alterar o tema, o Plano de fundo da Área de trabalho, ajustar a Reso- lução da tela etc. Relógio, Idioma e Região: Nesta opção você poderá alterar a Data e hora, Fuso horário e muitos outros. Facilidade de Acesso: Permite que o Windows sugira configurações, poderá Otimizar a exibição visual, Alterar configuração do mouse etc. MODOS DE EXIBIÇÃO ÍCONES PEQUENOS E ÍCONES GRANDES Os modos de exibições Ícones grandes e Ícones pequenos exibem os ícones do Painel de controle em um modo de exibição que é familiar aos usuários de versões anteriores do Windows 7. ÍCONES GRANDES NOVIDADES DO WINDOWS 7 Ajustar O recurso Ajustar permite o redimensionamento rápido e simétrico das janelas abertas, basta arrastar a janela para as bordas pré-definidas e o sistema a ajustará às grades. Exclusivo das versões Home Premium, Professional e Ultimate, o Aero Peek permite que o usuário visualize as janelas que ficam ocultadas pela janela principal. A barra de tarefas do Windows 7 conta com uma grande atualização gráfica. Agora o usuário pode ter uma prévia do que está sendo rodado, apenas passando o mouse sobre o item minimizado. Área de trabalho bagunçada? Muitas janelas abertas? Basta selecionar a janela deseja, clicar na barra de títulos e sacudir. Todas as outras janelas serão minimizadas automaticamente. Esse novo recurso permite a criação de listas de atalhos para acesso mais dinâmico aos documentos, sites e programas usados com mais fre- quência. Além da atualização automática, é possível fixar os atalhos favori- tos, para que não sejam trocados. do A cada versão do Windows, a Microsoft prepara novas imagens para pa- péis de parede, com o Windows 7 não poderia ser diferente. E ainda há uma novidade, o novo sistema operacional permite a configuração de apresenta- ção de slides para planos de fundo, trocando as imagens automaticamente. A barra de alternância de tarefas do Windows 7 foi reformulada e agora é interativa. Permite a fixação de ícones em determinado local, a reorgani- zação de ícones para facilitar o acesso e também a visualização de miniatu- ras na própria barra. Para facilitar o compartilhamento de arquivos e impressoras na rede doméstica, a Microsoft criou o recurso dos grupos domésticos. Uma vez criado o grupo, torna-se muito mais ágil e simples o compartilhamento de músicas, vídeos, documentos e fotos entre computadores. Permite também a proteção por senhas e o controle do conteúdo compartilhado. Diferentemente do Windows Vista, que prendia as gadgets na barra la- teral do sistema. O Windows 7 permite que o usuário redimensione, arraste e deixe as gadgets onde quiser, não dependendo de grades determinadas. O gerenciador de jogos do Windows 7 permite a conexão com feeds de atualizações e novas aplicações da Microsoft, registra vitórias, derrotas e APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 12 outras estatísticas. O novo sistema operacional conta ainda com a volta de três jogos online do Windows XP, Damas, Espadas e Gamão, todos refor- mulados e redesenhados. O novo Windows Media Center tem compatibilidade com mais formatos de áudio e vídeo, além do suporte a TVs online de várias qualidades, incluindo HD. Também conta com um serviço de busca mais dinâmico nas bibliotecas locais, o TurboScroll. Além do já conhecido Ponto de Restauração, o Windows 7 vem tam- bém com o Windows Backup, que permite a restauração de documentos e arquivos pessoais, não somente os programas e configurações. Uma das inovações mais esperadas do novo OS da Microsoft, a com- patibilidade total com a tecnologia do toque na tela, o que inclui o acesso a pastas, redimensionamento de janelas e a interação com aplicativos. Os usuários do Windows Vista sofriam com a interface pouco intuitiva do assistente para conexão de redes sem fio. No Windows 7 isso acabou, o sistema simples permite o acesso e a conexão às redes com poucos cliques. Para quem não gosta de teclado e mouse, o Windows 7 vem com muito mais compatibilidade com a tecnologia Tablet. Conta com reconhecimento de manuscrito e de fórmulas matemáticas, digitalizando-as. Para compatibilidade com programas corporativos de pequenas e mé- dias empresas, o novo sistema operacional conta com suporte ao modo Windows XP, que pode ser baixado no site da Microsoft. Livre-se de spywares, malwares, adwares e outras pragas virtuais com o Windows Defender do Windows 7, agora mais limpo e mais simples de ser configurado e usado. Windows Firewall Para proteção contra crackers e programas mal-intencionados, o Fire- wall do Windows. Agora com configuração de perfis alternáveis, muito útil para uso da rede em ambientes variados, como shoppings com Wi-Fi pública ou conexões residências. Notas Autoadesivas As notas autoadesivas servem para colar lembretes na área de traba- lho. Podem ser digitadas ou manuscritas, caso o computador possua Tablet ou tela sensível ao toque. Central de Ações Chega de balões de alerta do Windows atrapalhando os aplicativos. O Windows 7 conta com a central de ações, recurso configurável que permite a escolha do que pode ou não pode interferir no sistema durante as aplica- ções. Novo Paint e nova Calculadora O Paint e a Calculadora do Windows 7 foram todos reformulados. No Paint novas paletas de ferramentas, novos pincéis e novas formas pré- definidas e na Calculadora os novos modos de exibição, padrão, científica, programador e estatística. Flip 3D Flip 3D é um feature padrão do Windows Vista que ficou muito funcio- nal também no Windows 7. No Windows 7 ele ficou com realismo para cada janela e melhorou no reconhecimento de screens atualizadas. Novo menu Iniciar Comando de voz (inglês) Leitura nativa de Blu-Ray e HD DVD Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Media Pla- yer, integrado ao Windows Explorer Arquitetura modular, como no Windows Server 2008 Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows (Paint e WordPad, por exemplo), como no Office 2007. Aceleradores no Internet Explorer 8 Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM UAC personalizável Melhor desempenho Gerenciador de Credenciais Boot otimizado e suporte a boot de VHDs (HDs Virtuais) Instalação do sistema em VHDs GADGETS Os Gadgets colocam informação e diversão, como notícias, fotos, jo- gos e as fases da Lua diretamente na sua área de trabalho. No Windows Vista, os gadgets foram agrupados na Barra Lateral. O Windows 7 os liberta na tela, onde é possível movê-los e redimensioná-los como você preferir. Arraste um gadget para perto da borda da tela – ou outro gadget – e observe como ele se ajusta direitinho no lugar, para um visual melhor. Janelas abertas no caminho dos seus gadgets? Use o Peek para que eles reapareçam instantaneamente. Fonte: www.bishost.com.br Win7 Como Criar Contas de Usuário com as Ferramentas Administrati- vas do Windows Na plataforma Windows a tarefa de criar contas de usuário não se deve apenas ao item Contas de Usuário do Painel de Controle. Existe um outro caminho que permite a mesma funcionalidade porém com mais detalhes, este caminho é através das Ferramentas Administrativas do Windows. Para que você entenda com mais clareza veja o tutorial abaixo realizado no Windows 7. Acesse o Painel de Controle e entre no item Ferramentas Adminis- trativas, em seguida acesse as ferramentas do item Gerenciamento do Computador. Acessando o Gerenciamento do Computador você visualizará o me- nu de navegação localizado a esquerda do painel e no painel central todas as contas disponíveis para acesso ao Windows. Para criar uma nova conta utilize o painel de navegação, em Ferramentas do Sistema expanda o item Usuários e Grupos Locais para visualizar a pasta Usuários. Clique com o botão direito do mouse na pasta Usuários e selecione Novo Usuá- rio... Em seguida observamos a janela Novo Usuário, onde você digitará as in- formações pertinentes do novo usuário para o Windows onde apenas o campo Nome de Usuário é obrigatório. A senha deve ser inserida, quanto maior e mais complexa melhor para sua segurança, caso não deseje colocá-la apenas deixe em branco. Os itens restantes podem ser configurados de acordo com as necessidades do administrador do computador e do novo usuário. Após criar a nova conta é necessário realizar o logoff (via menu Inici- ar) da conta atual, e automaticamente o novo usuário aparecerá na tela de boas vindas do Windows 7. Lembrando que todo este procedimento só APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 13 poderá ser realizado pelo usuário administrador ou pela própria conta de administrador padrão do sistema assim como toda e qualquer alteração só poderá ser feita via administrador. Como criar um slide para a área de trabalho do Windows 7 No Windows 7 os planos de fundo da área de trabalho estão mais per- sonalizados do que no Windows vista. Agora você pode selecionar várias imagens ao mesmo tempo com o objetivo de criar um slide, e configurá-las para que mudem aleatoriamente. No Painel de controle acesse o ícone Personalização, e em seguida você poderá escolher dentre alguns pacotes de imagens para criar um slide para o plano de fundo da sua área de trabalho. Dentre essas imagens é possível escolher fotos, imagens da internet, enfim, que ficará ao seu critério. Na imagem abaixo você pode escolher dentre vários pacotes de planos de fundo. Basta selecionar o desejado e partir para configurá-los. Nos itens Plano de fundo da área de trabalho é possível configurar o tempo em que um slide muda para outro e cor de janela. Isso você verá na tela abaixo. Depois de personalizar ao seu gosto clique em Salvar alterações para aplicar as configurações. Como personalizar a barra de tarefas do Windows 7 No Windows 7 a barra de tarefas apresenta alguns novos recursos que o Windows Vista não possui, uma das principais novidades é a combinação de telas quando utilizadas do mesmo programa. Na imagem abaixo você poderá enxergar como configurar e personalizar ao seu gosto. Para acessá- la clique com o botão direito no menu Iniciar e clique em Propriedades. Primeiro vamos ás caixinhas de seleção, nelas você poderá aplicar os seguintes recursos: - Bloquear barra de tarefas (Para fixá-la obrigatoriamente na parte in- ferior da área de trabalho) - Ocultar Automaticamente a barra de tarefas (Para usá-la somente quando passar o mouse) - Usar ícones pequenos (Ajuda a diminuir o tamanho total da barra de tarefas) No recurso de seleção a seguir você poderá definir o local dessa barra para as posições: Superior, Direita, Esquerda ou Inferior. E o mais novo recurso é o da combinação de janelas, perfeito para aqueles que utilizam muitos programas ao mesmo tempo, pois agora você não se preocupará de ter que ficar olhando para um monte de janelas. As opções são: - Sempre combinar, ocultar rótulos (Não importando a quantidade de programas a barra combinará as janelas somente pelo ícone do programa, ou seja, sem rótulos) - Combinar quando a barra de tarefas estiver cheia (Exibirá nor- malmente as janelas do modo tradicional com os rótulos até o quanto a barra suportar, quando ultrapassar combinará os rótulos sumirão) - Nunca combinar (As janelas serão exibidas tradicionalmente como nos sistemas anteriores) E por último as notificações dos ícones da parte direita da barra de ta- refas que também não são novidades para nós usuários das versões ante- riores do Windows. Após configurar á seu gosto clique em Aplicar e Ok. Como ajustar efeitos visuais no Windows 7 No Windows 7 você também pode configurar alguns recursos visuais para melhorar o desempenho. Para acessar rapidamente utilize as teclas Windows + Pause Break, clique em Configurações avançadas do sis- tema e entre na aba avançado, na guia Desempenho clique no botão Configurações para visualizar as Opções de desempenho. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 16 Crie o ponto de restauração 1. Clique no botão Iniciar e digite Criar ponto na lacuna de pesquisa para encontrar a função, como indicado na figura: 2. Selecione a função Criar, localizada na parte inferior da janela: 3. Digite um nome para identificar o ponto e evitar enganos posterior- mente: 4. Clique em criar e aguarde o término do processo. Fácil assim, seu primeiro ponto de restauração do sistema está criado! Agora vamos ensiná-lo a reverter situações complicadas que o Windows 7 possa apresentar. O processo é tão fácil quanto o primeiro e em boa parte dos casos gera resultados satisfatórios para os usuários. Restaure o sistema 1. Abra novamente o Menu Iniciar e digite Restauração para encontrar o processo: 2. Caso a restauração recomendada não seja a que você criou, marque a seleção Escolher um outro ponto de restauração: 3. Escolha o ponto de sua preferência e clique para avançar: 4. Salve seus arquivos importantes e somente após ter certeza de que tudo está correto clique em Concluir para começar a restauração. Em alguns casos podem ser necessários diversos minutos para retor- nar o seu Windows 7 a um ponto anterior no tempo. Para problemas causados por aplicativos instalados e danos feitos ao registro, a tarefa recupera o bom funcionamento do computador na grande maioria dos casos. Fonte: computerdicas PROCESSADOR DE TEXTOS. MS WORD 2003/2007/2010 . CONCEITOS BÁSICOS. CRIAÇÃO DE DOCUMENTOS. ABRIR E SALVAR DOCUMENTOS. DIGITAÇÃO. EDIÇÃO DE TEXTOS. ESTILOS. FORMATAÇÃO. TABELAS E TA- BULAÇÕES. CABEÇALHO E RODAPÉ. CONFIGURAÇÃO DE PÁGINA. CORRETOR ORTOGRÁFICO. IMPRESSÃO. ÍCONES. ATALHOS DE TECLADO. USO DOS RECURSOS E FERRAMENTAS. AJUDA. WORD 7 Abrir um novo documento e começar a digitar 1. Clique na guia Arquivo. 2. Clique em Novo. 3. Clique duas vezes em Documento em branco. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 17 Iniciar um documento de um modelo O site Modelos no Office.com oferece modelos para vários tipos de do- cumentos, incluindo currículos, folhas de rosto, planos de negócios, cartões de visita e documentos de estilo APA. 1. Clique na guia Arquivo. 2. Clique em Novo. 3. Em Modelos Disponíveis, siga um destes procedimentos:  Clique em Modelos de Exemplo para selecionar um modelo disponível em seu computador. Observação Para baixar um modelo listado no Office.com, é preciso es- tar conectado à Internet. 4. Clique duas vezes no modelo que você deseja. SALVAR E REUTILIZAR MODELOS Se você alterar um modelo baixado, poderá salvá-lo em seu computador e usá-lo novamente. É fácil localizar todos os seus modelos personalizados, clicando em Meus modelos na caixa de diálogo Novo Documento. Para salvar um modelo na pasta Meus modelos, siga este procedimento: 1. Clique na guia Arquivo. 2. Clique em Salvar Como. 3. Na caixa de diálogo Salvar Como, clique em Modelos. 4. Na lista Salvar como tipo, selecione Modelo do Word. 5. Digite um nome para o modelo na caixa Nome do arquivo e clique em Salvar. Excluir um documento 1. Clique na guia Arquivo. 2. Clique em Abrir. 3. Localize o arquivo que você deseja excluir. 4. Clique com o botão direito no arquivo e clique em Excluir no menu de atalho. Adicionar um título A melhor maneira de adicionar títulos no Word é aplicando estilos. Você pode usar os estilos internos ou pode personalizá-los. Aplicar um estilo de título 1. Digite o texto do seu título e selecione-o. 2. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique no estilo deseja- do. Se não conseguir ver o estilo que deseja, clique no botão Mais para ampliar a galeria Estilos Rápidos. Observação É possível ver como o texto selecionado irá aparentar com um estilo específico colocando seu ponteiro sobre o estilo que deseja visualizar. Observação Se o estilo que você deseja não aparecer a Galeria de Es- tilos Rápidos, pressione CTRL+SHIFT+S para abrir o painel de tarefas Aplicar estilos. Em Nome do estilo, digite o nome do estilo que deseja. A lista mostra apenas os estilos já usados no documento, mas é possível digitar o nome de qualquer estilo definido para o documento. Personalizar um estilo de título Você pode alterar a fonte e a formatação de um estilo de título. 1. Selecione o texto do título que você deseja personalizar. 2. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique no estilo de título que deseja personalizar. 3. Efetue as alterações desejadas. Por exemplo, você pode alterar a fonte, o tamanho ou a cor. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique com o botão direito do mouse no estilo de título personalizado e clique em Atualizar Título para Corresponder à Seleção. Sempre que você aplicar esse estilo de título ao documento, ele incluirá as suas personalizações. Ajustar os espaços entre linhas e parágrafos O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço vertical entre as linhas do texto em um parágrafo. O espaçamento entre parágrafos determina o espaço acima ou abaixo de um parágrafo. Espaçamento entre linhas no Word 2010 No Microsoft Word 2010, o espaçamento padrão para a maioria dos conjuntos de Estilos Rápidos é de 1,15 entre linhas e uma linha em branco entre parágrafos. O espaçamento padrão em documentos do Office Word 2003 é de 1,0 entre linhas e nenhuma linha em branco entre parágrafos. Espaçamento de linha de 1,0 e nenhum espaço entre parágrafos Espaçamento entre linhas de 1,15 e uma linha em branco entre parágra- fos Alterar o espaçamento entre as linhas A maneira mais fácil de alterar o espaçamento de linha de um docu- mento inteiro é aplicar um conjunto de Estilos Rápidos que use o espaça- mento desejado. Se você desejar alterar o espaçamento de linha de uma parte do documento, poderá selecionar os parágrafos e alterar suas confi- gurações de espaçamento de linha. Usar um conjunto de estilos para alterar o espaçamento de um docu- mento inteiro 1. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique em Alterar Estilos. 2. Aponte para Conjunto de Estilos e aponte para os vários conjuntos de estilo. Usando a visualização ao vivo, observe como o espaçamento entre linhas muda de um conjunto de esti- lo para o outro. Por exemplo, os conjuntos de estilos Tradicional e Word 2003 definem o uso de espaçamento simples. O conjunto de estilos Manuscrito usa espaçamento duplo. 3. Quando encontrar o espaçamento desejado, clique em seu nome. Alterar o espaçamento entre linhas em uma parte do documento 1. Selecione os parágrafos em que deseja alterar o espaçamento entre linhas. 2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo, clique em Espa- çamento entre Linhas. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 18 3. Siga um destes procedimentos:  Clique no número de espaçamentos entre linha que deseja. Por exemplo, clique em 1,0 para usar um espaçamento simples com o espaçamento usado em versões anteriores do Word. Clique em 2,0 para obter um espaçamento duplo no parágrafo selecionado. Clique em 1,15 para usar um espaçamento simples com o espaçamento usado no Word 2007.  Clique em Opções de Espaçamento entre Linhas e se- lecione as opções desejadas em Espaçamento. Consul- te a lista de opções disponíveis a seguir para obter mais informações.  OPÇÕES DE ESPAÇAMENTO ENTRE AS LINHAS Simples Essa opção acomoda a maior fontenumerais, símbolos e ca- racteres alfabéticos, também denominada tipo. Arial e Courier New são exemplos de fontes. As fontes normalmente vêm em tamanhos diferentes, como 10 pontos, e em vários estilos, como negrito.) nessa linha, além de uma quantidade extra de espaço. A quantidade de espaço extra varia dependendo da fonte usada. 1,5 linha Essa opção é uma vez e meia maior que o espaçamento de linha simples. Duplo Essa opção é duas vezes maior que o espaçamento de linha simples. Pelo menos Essa opção define o mínimo de espaçamento entre as li- nhas necessário para acomodar a maior fonte ou gráfico na linha. Exatamente Essa opção define o espaçamento de linha fixa, expresso em pontos. Por exemplo, se o texto estiver em uma fonte de 10 pontos, você poderá especificar 12 pontos como o espaçamento de linha. Múltiplos Essa opção define o espaçamento entre linhas que pode ser expresso em números maiores do que 1. Por exemplo, definir o espaça- mento entre linhas como 1,15 aumentará o espaço em 15%, e definir o espaçamento entre linhas como 3 aumentará o espaço em 300% (espaça- mento triplo). Observação Se uma linha contiver um caractere de texto, um elemento gráfico ou uma fórmula grande, o Word aumentará o espaçamento dessa linha. Para espaçar todas as linhas igualmente dentro de um parágrafo, use o espaçamento exato e especifique uma quantidade de espaço que seja grande o suficiente para conter o maior caractere ou elemento gráfico na linha. Se aparecerem itens recortados, aumente o espaçamento. Alterar o espaçamento antes ou após os parágrafos A maneira mais fácil de alterar o espaçamento entre parágrafos de um documento inteiro é aplicar um conjunto de Estilos Rápidos que use o espaçamento desejado. Se você desejar alterar o espaçamento entre parágrafos de uma parte do documento, selecione os parágrafos e altere suas configurações de espaçamento anterior e posterior. Use um estilo definido para alterar o espaçamento entre parágrafos de um documento inteiro 1. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique em Alte- rar Estilos.. 2. Aponte para Conjunto de Estilos e aponte para os vários conjuntos de estilo. Usando a visualização ao vivo, ob- serve como o espaçamento entre linhas muda de um conjunto de estilo para o outro. Por exemplo, o conjunto de estilos do Word 2003 não insere espaços extras entre parágrafos e um pequeno espaço acima de títulos. O conjunto de estilos do Word 2007 usa um espaço duplo entre parágrafos e adiciona mais espaço acima títulos. 3. Quando encontrar o espaçamento desejado, clique em seu nome. Alterar o espaçamento antes e depois de parágrafos selecionados Por padrão, parágrafos são seguidos por uma linha em branco e os tí- tulos têm um espaço extra acima deles. 1. Selecione os parágrafos em que deseja alterar o es- paçamento anterior ou posterior. 2. Na guia Layout da Página, no grupo Parágrafo, em Espaçamento, clique na seta ao lado de Antes ou Depois e digite a quantidade de espaço desejada. PROCESSADOR DE TEXTOS. MS WORD 2003/2007/2010 . CONCEITOS BÁSICOS. CRIAÇÃO DE DOCUMENTOS. ABRIR E SALVAR DOCUMENTOS. DIGITAÇÃO. EDIÇÃO DE TEXTOS. ESTILOS. FORMATAÇÃO. TABELAS E TA- BULAÇÕES. CABEÇALHO E RODAPÉ. CONFIGURAÇÃO DE PÁGINA. CORRETOR ORTOGRÁFICO. IMPRESSÃO. ÍCONES. ATALHOS DE TECLADO. USO DOS RECURSOS E FERRAMENTAS. AJUDA. Para iniciar o Word devemos seguir os seguintes procedimentos: 1. Clique no botão iniciar; 2. Clique na opção Todos os Programas; 3. Escolha a pasta Microsoft Office; 4. Escolha a opção Microsoft Word. Iniciar > Programas > Microsoft Office XP > Microsoft Word Tela Inicial APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 21 1. Clique no lugar em que você deseja inserir o símbolo. 2. No menu Inserir, clique em Símbolo e na guia Símbolos. 3. Clique duas vezes no símbolo ou caractere que você deseja inserir. Texto em coluna Esse recurso será muito utilizado em produções do tipo jornalísticas, uma vez que permite dividir o seu documento em várias colunas. 1. Selecione o texto que você deseja formatar. 2. No menu formatar clique na opção Colunas... 3. Na caixa de diálogo você poderá alterar o Alinhamento, Recuo, Es- paçamento, etc... Figura Acrescente figuras em seu documento. O pacote Microsoft Office pos- sui diversas figuras que você poderá utilizar em qualquer lugar do seu documento. Observação: antes de inserir as figuras, posicione o cursor no local desejado do seu documento. 1. Clique no lugar em que você deseja inserir a Figura. 2. No menu Inserir, clique em Figura/Clipart. 3. Selecione a Figura e clique no botão Inserir. Inserindo Legenda nas figuras Um dos recursos muito utilizado pelo Word é o uso de legendas nas figuras. 1º Passo: Selecione a figura, dando um clique sobre a mesma. 2º Passo: Inserir > Referência > Legenda 3º Passo: Devemos definir o texto da legenda. Veja na ilustração abai- xo: 4º Passo: Antes de confirmar devemos indicar ao Word XP em que lu- gar, ou seja, qual será a posição da legenda em relação à figura seleciona- da: abaixo ou acima do item selecionado. Veja ilustração acima. MARCADORES O Word XP possui uma formatação especial de parágrafos, que consis- te em inserir um símbolo especial no início dos parágrafos e deslocar seus recuos de maneira a chamar a atenção sobre esses parágrafos. Esse efeito é facilmente obtido através do botão MARCADORES, da barra de formatação. Após pressionar esse botão, todos os parágrafos digitados obedecerão a sua formatação. A margem direita não é recuada, permanecendo em sua posição normal. Se você precisar, recue a margem direita antes de iniciar a digitação dos parágrafos com marcadores. Para desativar essa formatação, basta pressionar o botão Marcador novamente. Pelo menu, podemos usar: Formatar > Marcador e Numeração PERSONALIZANDO OS MARCADORES E NUMERAÇÃO Você pode alterar o formato dos marcadores e numeração de parágra- fos através da opção MARCADORES e numeração do menu FORMATAR. Ao ativar essa opção, a próxima caixa de diálogo é exibida. A primeira das três pastas diz respeito aos marcadores. Você pode, de imediato, escolher um dentre os seis tipos diferentes de marcadores dispo- níveis, simplesmente dando um clique sobre aquele que lhe agrada. Tabulação As paradas de tabulação já estão definidas em intervalos de 1,25 cm a partir da margem esquerda. Simplesmente pressione TAB para mover o ponto de inserção até a próxima tabulação do parágrafo atual. A primeira linha do texto digitado é alinhada na parada de tabulação. Use a régua para definir uma tabulação em uma determinada posição. Em uma parada de tabulação. Você pode alinhar texto e números à es- querda (o padrão), ao centro, à direita ou de acordo com uma vírgula deci- mal. A figura a seguir apresenta os quatro diferentes tipos de parada de tabulação. Para definir ou alterar o alinhamento da tabulação, dique sobre o botão “Alinhamento da tabulação” no lado esquerdo da régua horizontal, até que esteja na posição desejada. Se você estiver no final d arquivo, os pontos de tabulação definidos valerão também para os próximos parágrafos. Você pode mover uma tabulação existente para a esquerda ou para a direita na linha régua. Neste caso, as colunas de texto ou números ligadas a esta tabulação passarão para a nova posição. Mas antes é preciso sele- cionar os parágrafos a serem modificados. Para retirar a marca de uma tabulação, basta clicar sobre ela e arrastá- la para fora da linha régua. Se você quiser retirar a marca de tabulação de um texto já digitado, deve selecioná-lo primeiro. Numeração de páginas 1. No menu Inserir, clique em Números de páginas. 2. Na opção “Posição”, especifique se os números de página devem ser impressos no cabeçalho, na parte superior da página, ou no rodapé, na parte inferior da página. 3. Se a opção “Mostra número na 1ª página” estiver selecionada, a numeração será aplicada para a capa do seu trabalho, ou seja, irá numerar todas as páginas. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 22 4. O botão “Formatar” oferece vários tipos de formatos de números e letras que poderão ser usados no documento, tais como: algaris- mos romanos, arábicos, letras maiúsculas e minúsculas, etc... 5. Selecione as outras opções desejadas. Quebras Quando você preenche uma página com texto ou elementos gráfi- cos, o Word insere uma quebra de página automática e inicia uma nova página. Para forçar uma quebra de página em um local específico, vo- cê pode inserir uma quebra de página manual: 1. Clique no local onde você deseja iniciar uma nova página. 2. No menu Inserir, clique em Quebra. 3. Clique em Quebra de página, ou nas demais opções, como quebra de colunas, quebra automática de texto, ou selecionar um tipo de quebra por seção como, por exemplo: quebra de seção para a pró- xima página, quebra continua, quebra somente para páginas pares, ou somente para páginas ímpares. Tabelas Uma tabela é formada por linhas e colunas, cujo ponto de encontro ou intersecção formarão as células, que poderão ser preenchidas com texto e elementos gráficos. Você poderá usar tabelas para alinhar números em colunas e, em seguida, classificá-los e realizar operações com eles. As tabelas também poderão ser usadas para organizar texto e elementos gráficos. Para criar uma tabela: 1. Clique no menu Tabela, opção Inserir Tabela. 2. Em seguida, selecione o número de linhas e colunas desejadas. 3. Clique OK. As ferramentas da tabela Ferramenta desenhar tabela Permite criar e personalizar tabelas. Você pode usar essa ferramenta intuitiva de desenho da mesma forma como usa uma caneta para desenhar uma tabela – basta clicar e arrastar os limites de tabela e partições de célula. Você agora pode fazer células individuais de qualquer altura e largura que desejar. Ferramenta Apagador ou borracha Borracha Permite remover com facilidade qualquer partição de célula, linha ou coluna para obter o mesmo efeito de mesclar duas células. Em versões anteriores do Word, você só podia mesclar células se elas estivessem na mesma linha. No Word XP, você pode mesclar quaisquer células adjacen- tes ’ no sentido vertical ou horizontal. Direção de texto vertical Faz o seu texto fluir verticalmente (girado em 90 graus) em células de tabela, caixas de texto e molduras. Este é um recurso útil para criar etique- tas e também para divulgar documentos orientados onde créditos e direitos autorais são impressos de lado. EXCEL 07 Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft Office. Você pode usar o Excel para criar e formatar pastas de trabalho (um conjunto de planilhas) para analisar dados e tomar decisões de negócios mais bem informadas. Especificamente, você pode usar o Excel para acompanhar dados, criar modelos de análise de dados, criar fórmulas para fazer cálculos desses dados, organizar dinamicamente os dados de várias maneiras e apresentá-los em diversos tipos de gráficos profissionais. Cenários comuns de uso do Excel incluem: Contabilidade Você pode usar os poderosos recursos de cálculo do Excel em vários demonstrativos de contabilidade financeira; por exemplo, de fluxo de caixa, de rendimentos ou de lucros e perdas. Orçamento Independentemente de as suas necessidades serem pes- soais ou relacionadas a negócios, você pode criar qualquer tipo de orça- mento no Excel; por exemplo, um plano de orçamento de marketing, um orçamento de evento ou de aposentadoria. Cobrança e vendas O Excel também é útil para gerenciar dados de cobrança e vendas, e você pode criar facilmente os formulários de que precisa; por exemplo, notas fiscais de vendas, guias de remessa ou pedi- dos de compra. Relatórios Você pode criar muitos tipos de relatórios no Excel que refli- tam uma análise ou um resumo de dados; por exemplo, relatórios que medem desempenho de projeto, mostram variação entre resultados reais e projetados, ou ainda relatórios que você pode usar para previsão de dados. Planejamento O Excel é uma ótima ferramenta para criar planos pro- fissionais ou planejadores úteis; por exemplo, um plano de aula semanal, de pesquisa de marketing, de imposto para o final do ano, ou ainda plane- jadores que ajudam a organizar refeições semanais, festas ou férias. Acompanhamento Você pode usar o Excel para acompanhamento de dados de uma folha de ponto ou de uma lista; por exemplo, uma folha de ponto para acompanhar o trabalho, ou uma lista de estoque que mantém o controle de equipamentos. Usando calendários Por causa de seu espaço de trabalho semelhante a grades, o Excel é ideal para criar qualquer tipo de calendário; por exem- plo, um calendário acadêmico para controlar atividades durante o ano escolar, um calendário de ano fiscal para acompanhar eventos e etapas comerciais. Tarefas básicas do Excel Uma das melhores maneiras de saber mais sobre o Excel é abrir o pro- grama e tentar usar os diversos recursos. Entretanto, se você preferir aprender de uma maneira mais focada ou quiser apenas uma pequena ajuda para começar, poderá consultar os seguintes artigos de "início rápi- do". Início rápido: criar uma pasta de trabalho Ao criar uma nova pasta de trabalho, você pode usar um modelo em branco ou basear a pasta de trabalho em um modelo existente que já forneça alguns dados, layout e formatação que você deseja usar. Como? Clique na guia Arquivo. 1. Isso abrirá o modo de exibição do Microsoft Office Backstage, que oculta temporariamente a planilha. 2. Clique em Novo. APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Informática Básica A Opção Certa Para a Sua Realização 23 3. Em Modelos Disponíveis, clique no modelo de pasta de trabalho que você deseja usar. Dicas Para uma pasta de trabalho nova e em branco, clique duas vezes em Pasta de Trabalho em Branco. Para uma pasta de trabalho com base em uma existente, clique em Novo a partir de existente, navegue para o local da pasta de trabalho desejada e clique em Criar Novo. Para uma pasta de trabalho com base em um modelo, clique em Mode- los de exemplo ou Meus modelos e selecione o modelo desejado. Início rápido: inserir dados em uma planilha Para trabalhar com dados em uma planilha, primeiramente insira esses dados nas células da planilha. Em seguida, convém ajustar os dados para torná-los visíveis e exibi-los exatamente da forma como você deseja. Como? 1. Inserir os dados Clique em uma célula e, em seguida, digite os dados nessa célula. Pressione ENTER ou TAB para mover para a próxima célula. Dica Para inserir dados em uma nova linha de uma célula, insira uma quebra de linha pressionando ALT+ENTER. Para inserir uma série de dados, como dias, meses ou números pro- gressivos, digite o valor inicial em uma célula e, em seguida, na próxima célula, digite um valor para estabelecer um padrão. Por exemplo, se quiser obter a série 1, 2, 3, 4, 5..., digite 1 e 2 nas du- as primeiras células. Selecione as células que contêm os valores iniciais e, em seguida, ar- raste a alça de preenchimento por todo o intervalo que você deseja preencher. Dica Para preencher em ordem crescente, arraste para baixo ou para a direita. Para preencher em ordem decrescente, arraste para cima ou para a esquerda. 2. Ajustar configurações Para quebra automática de linha em uma célula, selecione as células que você deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Alinhamento, clique em Quebra Automática de Linha. Para ajustar a largura de coluna e a altura de linha para adaptar auto- maticamente o conteúdo de uma célula, selecione as colunas ou linhas desejadas e, na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em Formato. Em Tamanho da Célula, clique em Ajustar Largura da Coluna Au- tomaticamente ou Ajustar Altura da Linha Automaticamente. Dica Para ajustar automaticamente de forma rápida todas as colunas ou linhas da planilha, clique no botão Selecionar Tudo e, em seguida, clique duas vezes em qualquer borda entre os dois títulos de coluna ou linha. 3. Formatar os dados Para aplicar formatação numérica, clique na célula que contém os nú- meros que você deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Núme- ro, clique na seta ao lado de Geral e clique no formato desejado. Para alterar a fonte, selecione as células que contêm os dados que vo- cê deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique no formato desejado. Início rápido: formatar uma planilha Você pode ajudar a melhorar a legibilidade de uma planilha aplicando diferentes tipos de formatação. Por exemplo, você pode aplicar bordas e sombreamento para ajudar a definir as células em uma planilha. Como? 1. Aplicar bordas à célula Selecione a célula ou o intervalo de células ao qual deseja adicionar uma borda. Dica Para selecionar rapidamente toda a planilha, clique no botão Se- lecionar Tudo. Na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique na seta ao lado de Bor- das e clique no estilo de borda desejado. Dica O botão Bordas exibe o estilo de borda usado mais recentemen- te. Você pode clicar no botão Bordas (não na seta) para aplicar esse estilo.
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