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Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos, Notas de estudo de Gestão Ambiental

Gestão social e ambientalmente sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 06/12/2017

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Baixe Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos e outras Notas de estudo em PDF para Gestão Ambiental, somente na Docsity! 1 REVISTA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA Vol. 1, Nº. 1, Ano 2015 André Luís Branco França tb0049a@gmail.com José Carlos Alves Frazão Orientador da Pós-Graduação da Faculdade de Negócios e Tecnologias - FNT carlosalvesdf@gmail.com Lívia Carolina de Medeiros Porto livia.medeiros@aedu.com GESTÃO SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL NO TRATAMENTO SUSTENTÁVEL DOS RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS RESUMO Numa tendência natural, quem adquire uma coisa nova, normalmente se desfaz da velha descartando-a no lixo. No próximo ano, milhões de equipamentos eletroeletrônicos deixarão de ser usados e provavelmente terão esse destino, se transformando o resíduo que mais cresce no planeta: o lixo eletrônico. Atraído pelo instinto consumista e tecnologia envolvente dos produtos eletrônicos, o consumidor se envolve, na mesma proporção que a indústria produz novas máquinas, num ciclo interminável de oferta e procura, gerando mais e mais resíduos. A proposta do gerenciamento integrado e logística reversa de resíduos sólidos é a atual solução para o problema do lixo, mas ainda está pouco disseminada no país. Este artigo mostra um balanço do lixo eletrônico no mundo e especialmente no Brasil, suas consequências, o que se tem feito e o que ainda se deve fazer para dar o destino ecologicamente sustentável aos resíduos eletroeletrônicos e minimizar os prejuízos ambientais do planeta. Palavras-Chave: sustentabilidade; lixo eletrônico; reciclagem; e-lixo; resíduo eletroeletrônico; logística reversa; resíduo sólido; ABSTRACT In a natural tendency, who purchases a new thing, usually discards the old thing in the trash. Next year, millions of electronic equipment no longer will be used and they will probably have a destination becoming the waste fastest growing on this planet: the electronic waste. Attracted by the consumerist instincts and the surrounding technology of electronic products, the consumer engages in the same proportion that the industry produces new machines in an endless cycle of supply and demand, producing more and more waste. The purpose of integrated management and reverse logistics of solid waste is actual solution to the waste problem, but is still not widespread in the country. This article shows a balance of the e-waste in the world and especially in Brazil, its consequences, what have been done and what still needs to make to give the ecologically sustainable destination for electronic waste and minimize environmental damage on the planet. Keywords: Sustainability; electronic waste; recycling; e-waste; reverse logistics; solid waste; Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP 13.278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Artigo Original / Informe Técnico / Resenha Recebido em: 29/04/2015 Avaliado em: 06/05/2015 Publicação: xx/xx/xxxx 2 Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos Revista de Ciências Exatas e Tecnologia  Vol.1, Nº. 1, Ano 2015  p. 2-26 1. INTRODUÇÃO Impulsionadas pela corrida do domínio de mercado na globalização tecnológica, as indústrias de equipamentos eletroeletrônicos (IEEE) avançam nas inovações tecnológicas para aumentar a competitividade e redução de custos. Força motriz da sociedade contemporânea, as novidades tecnológicas aqueceram o consumo de produtos eletroeletrônicos nas últimas décadas. Estratégias de marketing, como a obsolescência programada, prática pouco usual mas intencional de fabricantes para reduzir em até 40% a vida útil dos produtos eletrônicos, fomentam o consumo da tecnologia. Tudo que é produzido acaba se tornando obsoleto na mesma velocidade que a indústria cria novos e melhores produtos. Estudos mostraram que, em 1997, a vida útil de um computador nos países desenvolvidos era de seis anos, em 2005 caiu para dois anos e mais recentemente para 18 meses, ou seja, hoje um aparelho de última geração perde seu status em poucos meses, intervalo de tempo necessário até o lançamento de uma nova geração (KHETRIWAL, 2009). Achim Steiner, diretor-executivo do UNEP, apresentou na conferência da ONU sobre meio ambiente, em Baly, entre outros dados, que em 2007 foi vendido mais de um bilhão de telefones celulares no planeta, sendo 896 milhões a mais do que no ano anterior (UNEP, 2010). Em 2008, só nos EUA, foi vendido 67% a mais do que nos últimos cinco anos. Em 1991, a produção de CDs em todo o mundo era 400 milhões de unidades e em 2003, superou 11 bilhões (UFSC, 2011). Quando as lâmpadas fluorescentes se incorporaram à vida brasileira, após o apagão de 2001, o consumo desse produto manteve-se em escala ascendente com média de crescimento na ordem de 20% ao ano. Em 1998, no Brasil, foram descartadas 48,5 milhões de unidades de lâmpadas de mercúrio. Atualmente, a comercialização anual brasileira de lâmpadas fluorescentes, é cerca de 200 milhões de unidades (ZANICHELI; PERUCHI; MONTEIRO; SILVA; CUNHA, 2004). Os computadores, laptops, celulares, smartphones, tablets e os novos televisores são os grandes protagonistas da explosão na produção mundial de eletrônicos da década. Em 2008, por exemplo, no Brasil produziu-se 30 milhões de aparelhos celulares e no ano seguinte aumentou em mais 53%. Computadores e TVs foram 12 milhões de unidades com sobressalto dos notebooks em 5,15 milhões (VEIT, 2010). Do mesmo modo que a tecnologia melhora a qualidade de vida do ser humano, proporcionando mais economia de trabalho e energia, proporcionalmente aumenta a André França, Carlos Frazão 5 Revista de Ciências Exatas e Tecnologia • Vol.1, Nº. 1, Ano 2015 • p. 5-26 meio ambiente pressionado muitas dessas mudanças. Com esta evolução, a reciclagem passou a ser considerada uma das abordagens para o problema do lixo (SHRUM; LOWREY; McCARTY, 1994). A principal questão para consolidação da integração dos programas de logística reversa nas empresas que buscam a recuperação do REEE, é o equacionamento dos caminhos percorridos pelos materiais que os constituem, sem interromper o ciclo de dependência com a sociedade de catadores de resíduos sólidos. Neste sentido, este artigo objetiva apresentar propostas de logística reversa para tratamento ecológico e sustentável dos resíduos eletroeletrônicos, com gestão integrada de processos ambientalmente adequados no manejo e destinação final dos resíduos sólidos e compartilhamento de responsabilidades entre o poder público, as indústrias, comércio, estabelecimentos de ensino, a sociedade, os consumidores e os agentes de serviço público de limpeza urbana. Tendo como objetivo específico, a educação ambiental para incentivo da população no compartilhamento do tratamento sustentável dos resíduos sólidos, através de campanhas socioeducativas e a criação de programas de recompensa ao consumidor para o descarte corretamente sustentável do produto velho na troca por um novo. Objetiva ainda, especificamente, a orientação básica na criação de cooperativas de centros de tratamento de resíduos eletroeletrônicos com os catadores de resíduos sólidos e moradores de extintos lixões bem como a polinização do conhecimento de processos de manejo de reutilização e reciclagem dos resíduos eletroeletrônicos. A justificativa deste artigo está expressa na legislação brasileira pela necessidade de um plano integrado para contenção e tratamento sustentável dos resíduos sólidos com responsabilidade compartilhada no ciclo de vida dos produtos entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e em especial, os consumidores e os agentes de serviços de limpeza. Steiner, Subsecretário-geral da ONU e Diretor Executivo da UNEP, alertou que o Brasil, assim como a Índia, México e outros países em desenvolvimento poderão enfrentar aumento dos danos ambientais e sérios problemas de saúde da população se a reciclagem de lixo eletrônico for deixada aos caprichos do setor informal (UNEP, 2010). Após este alerta da ONU, neste mesmo ano, a PNRS-Política Nacional de Resíduos Sólidos, dezenove anos tramitando no Congresso Nacional, finalmente foi instituída pela Lei 12.305 e regulamentada pelo Decreto 7.404 de 23/12/2010. Entretanto, mesmo após a regulamentação da Lei, a PNRS ainda hoje tem se mostrado desafiadora para os municípios, Estados e o setor privado. 6 Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos Revista de Ciências Exatas e Tecnologia  Vol.1, Nº. 1, Ano 2015  p. 6-26 2. FUNDAMENTAÇÃO 2.1. Definições A Logística reversa é caracterizada por um conjunto de ações, processos e procedimentos destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos dos produtos ao setor empresarial para reaproveitamento no ciclo de vida deste ou de outros produtos, ou ainda para destinação final ambientalmente adequada (LEI 12.305, Art. 3º, Inc. XII). Os Rejeitos são resíduos que, após esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos conhecidos e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade senão a disposição final ambientalmente adequada (LEI 12.305, Art. 3º, Inc. XV). A Gestão integrada é um conjunto de ações, sob premissa do desenvolvimento ecologicamente sustentável, com finalidade de reduzir a produção de resíduos na origem e gerir a produção dos mesmos para atingir o equilíbrio entre a necessidade de produção de resíduos e o impacto ambiental (LEI 12.305, Art. 3º, Inc. XI). A Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto é um conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e agentes do serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos e rejeitos gerados nas cidades (LEI 12.305, Art. 3º, Inc. XVII). Reciclagem é o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração das propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, para transformação em insumos de novos produtos nas condições e padrões estabelecidos pelos órgãos competentes (LEI 12.305, Art. 3º, Inc. XIV). A Reutilização é definida pelo aproveitamento dos resíduos sólidos sem alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas nas condições e padrões estabelecidos pelos órgãos competentes (LEI 12.305, Art. 3º, Inc. XVIII). 2.2. Educação ambiental e incentivo ao tratamento sustentável dos resí- duos sólidos Os municípios, principais responsáveis por colocar em prática a PNRS, teriam até agosto de 2014, para concluir a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos nos aterros sanitários e extinguir os “lixões” em todo o território nacional. Ainda resta muito a fazer, pois, segundo o Instituto CEMPRE, 2014, apenas 2% do REEE produzido no André França, Carlos Frazão 7 Revista de Ciências Exatas e Tecnologia • Vol.1, Nº. 1, Ano 2015 • p. 7-26 Brasil, segue para tratamento adequado e apenas 13% das cidades brasileiras fazem coleta seletiva, sendo feita pela própria Prefeitura em 43% das cidades pesquisadas. Deste total, 81% está situado nas regiões Sudeste e Sul do País (Ciclosolf-CEMPRE, 2014). Isso significa que apenas uma pequena parte da população teve acesso a um programa de tratamento de resíduos sólidos. A educação ambiental deve ser incentivada com atividades de caráter educativo pelo Poder Público em colaboração com as entidades do setor empresarial e da sociedade civil visando o cumprimento do objetivo sustentável do REEE com os sistemas de coleta seletiva, logística reversa e responsabilidades compartilhadas (DECRETO 7404, 2010). O Artigo 6º da regulamentação da PNRS determina que o consumidor é obrigado, a acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados e a disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução (DL 7404, 2010, Art. 6º), no entanto a divulgação desta lei chegou a uma minoria da população, que envolveria a necessidade de uma campanha pública para informação à população de seus deveres como cidadão. Uma campanha socioeducativa para mobilização da sociedade no conhecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos envolveria várias etapas. A sensibilização, para chamar a atenção da população e despertar o interesse para discussão do problema; a reflexão onde surgem os questionamentos e conexão de vários pensamentos e práticas; e finalmente, a compreensão, onde ele torna-se ciente da situação, capaz de reconhecer e relacionar a causa aos efeitos e consequências no entendimento do atual sistema de produção de resíduos e do ciclo de vida do produto, desde a extração da matéria prima, produção, comercialização, descarte, reutilização, reciclagem, destinação final e retorno ao ciclo produtivo. Após o reconhecimento do consumidor como ator coadjuvante e corresponsável pela produção dos resíduos, a próxima etapa é alcançar o objetivo da mobilização aguçando a sensibilidade da comunidade para a solidariedade ao meio ambiente e os desafios da gestão sustentável dos resíduos na coleta seletiva. O indivíduo deve entender que o simples descarte seletivo não implica na mobilização, e que ela acontece a partir do momento que ele atribui um sentido a sua ação compreendendo sua atitude de respeito ao ambiente e apoio às iniciativas propostas colocando em prática as lições aprendidas. Neste processo, a mobilização tende a incentivar no indivíduo o compromisso com as questões ambientais e despertar estratégias de marketing social de publicidade na divulgação das campanhas informativas (ARAUJO, 2011). A seleção dos meios de comunicação a serem utilizados na campanha de mobilização depende do alvo que se pretende atingir, do tipo de mensagem e do custo 10 Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos Revista de Ciências Exatas e Tecnologia  Vol.1, Nº. 1, Ano 2015  p. 10-26 democraticamente. Se, ao final do exercício, a cooperativa apura “sobras” (receitas maiores que as despesas), serão divididas entre os sócios até o limite do valor da movimentação de cada um, ou destinadas ao fortalecimento da cooperativa (cotas de capital e/ou reservas), sempre por decisão tomadas em assembleia (SEBRAE-SP, 2009). As cooperativas dos catadores, apesar da relevância para os municípios, pelos benefícios sociais, econômicos e ambientais gerados, ainda são pouco valorizadas e exploradas, tendo em vista que o ônus na prestação do serviço atrai poucos investidores. As indústrias procuram comprar preferencialmente produtos de empresas que possuem infraestrutura e equipamentos adequados para fornecer grandes quantidades e melhor qualidade do produto reciclado e custo-benefício mais acessíveis. As autoridades públicas pretendem promover a inclusão social com melhores condições de trabalho e o acesso dessas famílias (sendo 700 mil crianças) aos serviços públicos regulamentando a atividade de catador de resíduos como profissão. “A União deve criar, por meio de regulamento específico, programa com a finalidade de melhorar as condições de trabalho e oportunidades de inclusão social e econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis” (DL 7404/2010-Art. 43). Os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos definirão programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda (DL 7404/2010- Art. 41). A PNRS abre espaço para a sociedade civil e de catadores, pois a gestão do lixo não será mais tratada como uma atividade essencialmente pública. Em vários municípios, a coleta de lixo é um contrato licitado com empresas privadas (LISBOA, 2013). O Decreto 7404, regulamenta também a participação dos catadores de resíduos sólidos na gestão sustentável dos materiais recicláveis: O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e a logística reversa priorizarão a participação de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda (DECRETO 7404 Art. 40, 2010). O mercado de produtos recicláveis tem apresentado boas opções para novos investidores, no entanto o custo operacional desse negócio fica relativamente expressivo caso o empreendedor queira executar todas as etapas de reciclagem do lixo eletrônico. As políticas públicas voltadas aos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis deverão observar: I. a possibilidade de dispensa de licitação, nos termos do inciso XXVII do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, para a contratação de cooperativas ou associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; II o estímulo à capacitação, à incubação e ao fortalecimento institucional de cooperativas, bem como à pesquisa voltada para sua integração nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo André França, Carlos Frazão 11 Revista de Ciências Exatas e Tecnologia • Vol.1, Nº. 1, Ano 2015 • p. 11-26 ciclo de vida dos produtos; e III a melhoria das condições de trabalho dos catadores (DL 7404/2010- Art. 44). O resultado médio de uma pequena empresa de reciclagem de lixo eletrônico gira em torno de R$ 500 mil por ano, o que para pequenos empreendedores, como as cooperativas, é um negócio interessante, desde que adequadamente segmentados e estruturados, inclusive com parcerias que assumam a reciclagem das partes que são altamente tóxicas e que exigem maquinário específico e caro (NAMOUR, 2013). De modo geral, o risco de abrir as portas de qualquer empresa sem conhecimento do negócio é grande mas pode ser mitigada pela pesquisa de mercado, que não precisa ser sofisticada nem dispendiosa. Pode ser simplificada e objetiva, aplicada pela própria cooperativa, para avaliar as características gerais de consumo do público que pretende atingir e os preços praticados pela concorrência já instalada (SOUZA, 2012). A concorrência informal, que atua sem nenhuma preocupação ambiental ou de segurança do trabalho, chega a pagar o dobro ou triplo do valor que as empresas formais podem oferecer pelo lixo, porém não requer grande preocupação pois com a regulamentação da Lei 12.305, essas empresas tenderão a ser igualmente competitivas. “As oportunidades de negócios são definidas pelas possibilidades de bons resultados que o empreendedor vislumbra ao implantar um novo empreendimento.” (SOUZA, 2012). Especialmente neste ramo de negócio as oportunidades têm estado em alta com os bancos oferecendo linhas de crédito financeiro com taxas bastante satisfatórias, devido as organizações estarem sob forte pressão mundial pela sustentabilidade e solução dos problemas de destinação do lixo gerado nos centros urbanos. 2.4. Definição e instalação do centro de tratamento do e-lixo A localização do centro de reciclagem de lixo eletrônico deverá ser preferencialmente em áreas industriais, distante das residenciais devido aos altos níveis de ruído e vibrações na operação dos diversos equipamentos. A empresa deverá atender as orientações técnicas estabelecidas na norma NBR 10.151 da ABNT, instituída como obrigação legal na Resolução Conama n.º 1, de 08 de março de 1990. As técnicas aplicadas na instalação do centro de reciclagem podem variar desde ações simples e de baixo custo, como a disposição física dos equipamentos usados no processo de tratamento do e-lixo à instalação de bases dotadas de abafadores de ruído, que podem ser mais onerosas, tais como construção com isolamento acústico completo e 12 Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos Revista de Ciências Exatas e Tecnologia  Vol.1, Nº. 1, Ano 2015  p. 12-26 sistemas de amortecimento das vibrações. O projeto deve ser feito com muito critério e contar com apoio técnico profissional, visando não incorrer em falhas que inviabilize o empreendimento (SOUSA, 2012). A infraestrutura do local deve ser adequada para o recebimento e movimentação das matérias-primas utilizadas no processo produtivo e para a expedição dos produtos tratados. A estrutura deve prover local para armazenagem dos resíduos que não serão reciclados nesta etapa do processo integrado e estar alinhado com os demais centros de tratamento para coleta desses resíduos. Definido o formato da empresa e a localização, o empreendedor deve procurar o órgão específico da Prefeitura Municipal visando levantar se o local de instalação da empresa escolhido está de acordo com o Plano Diretor Urbano do município, obter o alvará de funcionamento e fazer a emissão das certidões de Uso do Solo e Número Oficial. A cooperativa deverá observar as exigências iniciais de instalação e somente poderá se estabelecer depois de cumpridos os registros da empresa nos órgãos competentes da Administração e principalmente nos órgãos de controle ambiental (SOUSA, 2012). 2.5. Centro de tratamento para CDs e DVDs Os CDs e DVDs são artefatos feitos a partir do termoplástico policarbonato (PC) metalizado, constituídos de multicamadas: o policarbonato e três camadas de menor espessura (alumínio, verniz e a impressão). O policarbonato é o mais usado devido às suas propriedades de transparência e transmitância, baixa absorção de umidade, rigidez, resistência térmica e alta resistência ao impacto. Desde o processo de manufatura até o uso pelo consumidor final, estima-se que aproximadamente 10% de todos os CDs e DVDs produzidos sejam descartados (GIOVANELLA,2008). O processo de produção de CDs e DVDs não permite que os mesmos sejam reutilizados facilmente, pois para a reciclagem do policarbonato de CDs e DVDs, é necessário a remoção das camadas extras. Existem vários métodos para a remoção das camadas extras do policarbonato de CDs e DVDs, desde procedimentos totalmente químicos até físico mecânicos. O processo mecânico tem sido considerado a melhor opção para recuperar o policarbonato, uma vez que é um método simples, seguro e não envolve produtos que agridem o meio ambiente (LAIDENS; SANTANA, 2012). Com facilidade de adaptação ao ambiente de manufatura, o equipamento é de simples operação e custo relativamente baixo. O equipamento possui uma escova de alta André França, Carlos Frazão 15 Revista de Ciências Exatas e Tecnologia • Vol.1, Nº. 1, Ano 2015 • p. 15-26 fosforosa e particulados são coletados num filtro no interior do ciclone. Posteriormente, por um mecanismo de pulso reverso a poeira é retirada deste filtro e transferida para uma unidade de destilação para recuperação do mercúrio contido na poeira de fósforo. Na fase de destilação a recuperação do mercúrio é obtida pelo processo de retortagem, onde o material é aquecido até a vaporização do mercúrio (357º C). O material vaporizado é condensado e coletado em decantadores. O principal impacto ambiental deste processo provém do processo a seco que devem ser tomados cuidados para não haver emissões fugitivas do mercúrio que podem ser evitadas com um sistema de operação sob pressão negativa. O mercúrio obtido pode requerer tratamento adicional, como aborbulhamento em ácido nítrico para remover impurezas e ser, então reutilizado como insumo na fabricação de novas lâmpadas e termômetros. A poeira fosforosa resultante pode ser tratada e acondicionada para ser reciclada e usada na indústria de tintas. O alumínio e pinos de latão, após tratados em soluções liquidas e limpos, podem ser enviados para reciclagem em fundidoras. A concentração média de mercúrio nestes materiais não deve exceder 20 mg.kg-1. O vidro moído, após lavado, tratado e acondicionado, é enviado para reciclagem na fabricação de novos produtos. A concentração média de mercúrio no vidro não deve exceder 1,3 mg/kg (FRIAS, 2009). O isolamento baquelítico existente nas extremidades da lâmpada pode ser triturado para reciclagem na fabricação de material de construção (ZANICHELI; PERUCHI; MONTEIRO; SILVA; CUNHA, 2004). No caso específico das lâmpadas de bulbo contendo mercúrio, a descontaminação ocorre basicamente com a separação do bulbo interno (cápsula contendo mercúrio), dos demais componentes deste tipo de lâmpada. Após a quebra do vidro externo, o bulbo interno é separado manualmente das estruturas e submetido ao processo descrito anteriormente. 2.7. Centro de tratamento para eletrônicos Os Resíduos de Equipamentos Eletrônicos (REE) (celulares, computadores, monitores e TVs, e afins) são compostos basicamente por materiais poliméricos e metálicos. Apresentam em sua constituição metais pesados, metais nobres e outros componentes, como os retardadores de chama bromados. Na tabela seguinte são apresentados os principais materiais que proporcionalmente, compõem a sucata de equipamentos eletrônico. 16 Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos Revista de Ciências Exatas e Tecnologia  Vol.1, Nº. 1, Ano 2015  p. 16-26 Figura 2. – Composição média da sucata de equipamento eletrônico. Um computador basicamente compõe-se do gabinete, monitor e periféricos (mouse, teclado, impressora, etc.). Dentro do gabinete existe fonte, cabos de interligação, e placas, como a placa mãe, placa de vídeo, placa de rede, placa de modem, todas constituídas por placas de circuito impresso. Os celulares e TVs LCD e LEDs são basicamente constituídas pela caixa de revestimento do circuito e a placa de circuito impresso e o display. O material que compõe a base das placas de circuito impresso, chamada laminado, pode ter diferentes composições, como fenolite (papelão impregnado com uma resina fenólica), fibra de vidro, ou composite (mistura de resina fenólica com a fibra de vidro) e cerâmicos. O laminado é recoberto por uma fina camada de cobre, sobre a qual são montados os componentes eletrônicos. As conexões entre os componentes ocorrem do lado recoberto com cobre através de caminhos condutores e pequenas frações de metais nobres de alto valor agregado (GERBASE; OLIVEIRA, 2012). Figura 3. – Composição média de uma placa de circuito impresso. Os monitores e televisores de tubos de raios catódicos (CRT) contêm metais ou compostos de chumbo, cádmio, estrôncio, bário, arsênio, antimônio e fósforo. Cada CRT André França, Carlos Frazão 17 Revista de Ciências Exatas e Tecnologia • Vol.1, Nº. 1, Ano 2015 • p. 17-26 possui cerca de 14 kg de chumbo, utilizado como proteção contra radiações e para estabilizar o vidro. As telas de LCD e celulares possuem compostos de arsênio no vidro e de mercúrio nas lâmpadas fluorescentes que iluminam a tela. As telas com tecnologia LED, não possui lâmpadas com mercúrio, e portanto tornam-se ecologicamente mais corretas. A patente de Jason e Doherty, “Disposal of electrical waste”, apresenta uma metodologia para eliminação de resíduos constituído pelas seguintes etapas: desmantelamento manual (placas de circuito, metais, plásticos e componentes de vidro), tratamento dos materiais plásticos em produtos utilizáveis, separação mecânica dos componentes eletrônicos das placas de circuito impresso, trituração e separação de contaminantes do vidro para reutilização na indústria. Usualmente, o processo de reciclagem inicia-se com a triagem que irá definir se o equipamento está funcionando. Aqueles em condições de reuso, podem ser encaminhados para projetos de inclusão nas comunidades e escolas. Os demais são desmantelados e segregados em partes que são testadas separadamente. Aquelas em condições de reuso, podem ser encaminhados para reutilização no mercado. Os demais são separados e descaracterizados. O material plástico que compõe as caixas, os teclados, mouses, monitores e CPUs são resinas termoplásticas, principalmente ABS (polímero derivado de três monômeros: acrilonitrila, butadieno e estireno), poliestireno de alto impacto (HIPS) e PVC (policloreto de vinila) sendo este usado em aproximadamente 26% do plástico utilizado devido suas características de isolante térmico e elétrico, resistente a choques e não propaga chamas. O ABS é uma resina que apresenta resistência química, alto brilho e boa relação custo benefício, porém tem como desvantagens a inflamabilidade e a suscetibilidade à degradação termo e fotooxidativa (GERBASE; OLIVEIRA, 2012). O reaproveitamento dos termoplásticos pode ser feito através de reciclagem energética, química ou mecânica. Na reciclagem energética, os resíduos plásticos são utilizados como combustível na geração de energia elétrica. Entretanto, o PVC contém poluentes volatilizáveis como metais pesados ou halogênios que são liberados na atmosfera, tornando inviável este processo. Na reciclagem química, o plástico é reprocessado por aquecimento, sendo obtidos monômeros ou hidrocarbonetos que após processados, serão utilizados novamente na indústria petroquímica para a produção de novos plásticos. O custo na realização deste processo é muito elevado, devido a necessidade de filtragem dos resíduos, não sendo atrativo para pequenas empresas. 20 Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos Revista de Ciências Exatas e Tecnologia  Vol.1, Nº. 1, Ano 2015  p. 20-26 como material para construção civil (telhas, divisórias, placas de isolamento térmico, etc.) No caso dos metais, estes seguem nos processos metalúrgicos de separação: Pirometalurgia, Hidrometalurgia, Eletrometalurgia e Biometalurgia. A biometalurgia utiliza as interações entre microrganismos e minerais para recuperar metais valiosos. Com base nos processos biológicos tem sido possível recuperar, por exemplo, cobre, ouro e cobalto. A principal aplicação da biometalurgia tem sido a biolixiviação de sulfetos metálicos. As principais vantagens da técnica são os baixos custos, quando comparados aos de uma fundição, e a simplicidade. Como desvantagem possível pode- se citar o tempo requerido para a ocorrência da bio lixiviação e a necessidade do metal estar em uma forma que fique exposto para o possível ataque microbiano. A Pirometalurgia é um processo que utiliza altas temperaturas, podendo produzir metais puros, ligas ou compostos intermediários. Um processo piro metalúrgico é constituído de uma série de etapas que vão desde a secagem da matéria-prima até o refino do produto final. Requer elevado consumo de energia para atingir as temperaturas adequadas para cada etapa do processo. O processo hidrometalúrgico consiste na separação de metais, sendo que a etapa principal envolve reações de dissolução do material em soluções lixiviantes, ácidas ou alcalinas, seguida de etapas de separação como filtração, destilação e precipitação dos metais dissolvidos. Algumas das vantagens deste método, em relação à piro metalurgia, é a economia de energia e a menor poluição do meio ambiente. Estanho e cobre das placas de circuito impresso podem ser recuperado através de precipitação por neutralização do licor de lixiviação em soluções aquosas 3NHCl+NHNO3 e neutralizada a uma temperatura de 60 ºC com agitação intensa. O resultado, um resíduo sólido, precipitado por centrifugação e seco em estufa a 60 ºC por 24 h, rico em 98% de Cu e 93% de Sn é obtido através da neutralização dos licores de lixiviação com NaOH (GERBASE, A.; OLIVEIRA, 2012). Em processo análogo, pode-se ter a recuperação hidrometalúrgica de ouro e prata nos chips de processadores e terminais de PCI, com teor de prata inferior a 10%. Inicialmente as amostras são lixiviadas com HNO3 para extrair a prata e, depois, o ouro presente no material, numa lixiviação com água régia solubiliza. Com a calcinação do AgCl, obtido pela adição de NaCl ao licor de HNO3, pode ser extraído um teor de 94% de Prata, sendo que os principais contaminantes foram o Au e o Sn com teores de 2%, aproximadamente. A precipitação do ouro com FeSO4 possibilitou a recuperação de 98,7% de Au, sendo que a prata foi a impureza de maior teor (0,72%). Quando o material apresenta um teor de prata superior a 10%, pode ocorrer a formação de uma camada de André França, Carlos Frazão 21 Revista de Ciências Exatas e Tecnologia • Vol.1, Nº. 1, Ano 2015 • p. 21-26 AgCl sobre o resíduo, dificultando a dissolução do ouro com a água régia (GERBASE, A.; OLIVEIRA, 2012). 2.8. Centro para tratamento de fios e cabos metálicos Anualmente, são descartados milhares de toneladas de resíduos resultantes de fios elétricos de produtos eletrônicos, eletrodomésticos, construção civil e todo equipamento que precisa de eletricidade ou transmissão de informação. A reciclagem de fios elétricos consiste em dois processos mecânicos para a separação PVC - metal condutor. Trata-se da moagem automatizada e do corte longitudinal dos fios e cabos. O processo de moagem automatizada é aplicado em fios e cabos com diâmetros menores, onde o corte longitudinal não seria adequado. A sucata, depois de moída, é jogada em uma cama vibratória ligeiramente inclinada, onde corre água. A vibração da cama empurra o metal para a extremidade mais alta, caindo em um reservatório. A água, por sua vez, escorre para a extremidade mais baixa carregando o PVC e completando a separação. Caso a sucata contenha outro polímero, além do PVC, como o Polietileno - PE, ambos serão carregados pela água, separando-os do metal, mas será necessária outra etapa para separação do PVC - PE através de diferença de densidade. Após o banho, a etapa seguinte é a secagem do PVC para que seja reciclado mecanicamente. O processo de moagem, caso não seja bem feito, pode gerar um PVC com algum teor de metal, sendo necessário seu reprocessamento (PORTAL RESIDUOS SOLIDOS, 2014). O processo de corte longitudinal exige fios e cabos mais grossos e consiste na passagem de um sistema de facas longitudinalmente, fazendo um corte no plástico, separando o metal do PVC. Após separado, o PVC pode ser reprocessado sozinho ou misturado a diferentes quantidades de resina virgem ou mesmo a outras resinas, para produzir vários produtos de “segunda geração”. O resíduo de PVC também pode sofrer a incorporação de aditivos como plastificantes, estabilizantes e outros. Após essas etapas, o material está pronto para ser levado para a extrusora, onde será processado. O produto obtido chamado de “espaguete” de PVC reciclado, que tem o mesmo aspecto físico dos fios e cabos mas não possui o condutor metálico no seu interior. Ao sair da extrusora, esse espaguete entra em uma banheira com água fria para resfriá-lo. Após o banho ele é picotado em um granulador, originando o composto de PVC reciclado. Esses grãos (que devem ter diâmetro padronizado para facilitar o processo de transformação a que serão submetidos posteriormente) são ensacados, estocados e comercializados como PVC flexível reciclado (PORTAL RESIDUOS SOLIDOS, 2014). 22 Gestão socioeconômica e ambiental no tratamento sustentável dos Resíduos Eletroeletrônicos Revista de Ciências Exatas e Tecnologia  Vol.1, Nº. 1, Ano 2015  p. 22-26 O metal moído é prensado, estocado e comercializado com fundições na fabricação de novos cabos e outros produtos. 3. METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA No desenvolvimento deste artigo, utilizou-se a metodologia de Pesquisa Científica Qualitativa sobre dados secundários analisados indutivamente. No estágio introdutório foi adotada a modalidade exploratória evoluindo para o levantamento bibliográfico sobre o problema de acúmulo de resíduos sólidos nos centros urbanos caracterizando as diretrizes de gestão integrada e gerenciamento dos resíduos sólidos. “A Metodologia Científica é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.” (RODRIGUES, 2007) 4. PERCEPÇÕES DO AUTOR Desde a instituição da PNRS em 2010, o número de cidades no Brasil que fazem a coleta seletiva mais que dobrou. Embora pareça expressiva essa quantidade dos municípios com iniciativas de reciclar o e-lixo, apenas 13% dos cidadãos brasileiros têm acesso à política de logística reversa de tratamento dos resíduos sólidos. Isso ocorre porque muitas vezes as atividades resumem-se apenas à disposição de pontos para coleta voluntária dos resíduos. O Brasil é um dos países em desenvolvimento com maior taxa de produção de e-lixo no mundo, e apesar de transcorrido meia década desde a regulamentação de uma política especifica para tratamento dos resíduos sólidos, as ações para colocá-la em prática pouco evoluíram. Falta mais ação do poder público para disseminar a lei e conscientizar a população que a logística reversa é o elo no ciclo entre consumo, descarte e produção. Para que esse elo seja sólido e funcional a logística reversa deve ser bem estruturada e divulgada. Nessa etapa de estruturação o país ainda enfrenta muitos desafios a serem vencidos como a necessidade de expandir o conhecimento e técnicas de reciclagem na sua imensa extensão de terras e efetivamente implantar o que está regulamentado em lei. André França, Carlos Frazão 25 Revista de Ciências Exatas e Tecnologia • Vol.1, Nº. 1, Ano 2015 • p. 25-26 OLIVEIRA, C., Alternativas Tecnológicas para tratamento e reciclagem do lixo de informática, Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2012. Disponível em Agosto/2012 www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/28599/000771155.pdf?sequence=1 Acesso em: abril/2015. CALDERONI, S., Os bilhões perdidos no lixo, São Paulo, Editora Humanitas, 2003 RODRIGUES, W. C., Metodologia Científica, Conceitos e Definições, FAETEC/IST, Paracambi, 2007 ARAUJO, C. P., As ações de educação ambiental e comunicação na implementação da coleta seletiva de resíduos sólidos na Universidade de Brasília. Dissertação de Mestrado. Biblioteca Central da Universidade de Brasília, Acervo993998, NAMOUR, R., O e-lixo vale ouro. Revista ISTO É Dinheiro. 582ª Ed. 26. Nov.2008. Disponível em: <http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/3174_O+ELIXO+VALE+OURO>, Acesso em 07. 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Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento, 2000. Versão Corrigida, 2003. LAIDENS, B; SANTANA, R. Reciclagem de CDs/DVDs: Estudo de degradação do Policarbonato após tratamento químico para remoção de alumínio UFRGS. 3º Congresso Internacional de Tecnologias para o Meio Ambiente. Bento Gonçalves. RS. 25 a 27 de Abril de 2012 André Luís Branco França. Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações pelo Instituo Nacional de Telecomunicações – INATEL – 1986. José Carlos Alves Frazão Graduado em Administração pela Faculdade de Tecnologia (AD1) – 2008; Graduando em Pedagogia pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA) – 2013; Graduando Gestão Pública Faculdade Annhanguera FACNET - 2015 Mestrando em Sociologia Econômica (UNB) – 2013; Pós- Graduado em Gestão de Pessoas pela Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin (FTED) – 2010; Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin (FTED) - 2011; Professor de Graduação e Pós- Graduação da Faculdade Anhanguera FACNET; Professor de Graduação curso Administração Faculdade JK; Coordenador Pedagógico da Universidade de Uberaba - UNIUBE. Lívia Carolina de Medeiros Porto Graduada em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) – 2007; Pós-Graduada em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade Processus – 2009; Pós-Graduada em Português Jurídico pela Faculdade Processus – 2010; Pós-Graduada em Metodologia e Gestão em Educação a Distância (EAD) pela Anhanguera (2013); Coordenadora de Pós- Graduação e Extensão da Faculdade Anhanguera FACNET.
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