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Guias e Dicas
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Grautes, Notas de estudo de Cultura

grautes especificações

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 24/06/2017

ruy-guerra-5
ruy-guerra-5 🇧🇷

4.5

(132)

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Baixe Grautes e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! *UDXWHV     Doutor em engenharia civ il pela Poli-USP e gerente de tecnologia de mater iais da Denver Global    ! " #  $ %& '(  *)+ ,.-/ 10  ,2,. / ,.435 / 6((/ ,. Engenheiro civ il, MBA pela FI A-USP e gerente geral da Denver Global 78:9  # ;<# =>?  $ %& @$ A= BC ,>D2EBGFH I35 / 6( / ,. Engenheiro quím ico, pós-graduando em engenharia de mater iais da UMC e pesquisador da Denver Global   A=>KJ=L# "M;<N=>O A   $ %& @$ A= Uma das pr imeiras publicações brasileiras sobre grautes (Helene, Figueiredo e Oliveira, 1989) data de 1989. Desde então, o assunto tem sido pouco abordado por especialistas. As pr incipais referências sobre esse tema estão disponíveis apenas no conteúdo de cursos e t reinamentos associados ao t rabalho de divulgação técnica de alguns fabr icantes de produtos para construção. O objet ivo deste art igo é apresentar maiores informações sobre os grautes de base m ineral, abrangendo as definições, usos, mater iais, propr iedades, característ icas, modos e vantagens do emprego em obras novas de engenharia e de const rução civ il, em montagens indust r iais e em trabalhos especia- lizados de recuperação est rutural. 3QP @+* RS- ,. D2(T Na literatura técnica em inglês ut iliza-se o termo grout para definir uma argamassa ou um m icroconcreto fluido, ut ilizado para o preenchimento de um vazio. No Brasil, os engenheiros e o mercado da const rução reconhecem diferenças muito claras ent re qualquer argamassa ou m icroconcreto fluido e um graute. Para que uma argamassa ou concreto seja considerada um graute é necessár io que: • Apresente consistência fluida, dis-pensan-do o adensamento • At inja altas resistências iniciais e finais • Apresente expansão controlada Outras propr iedades part iculares de um determ inado graute podem ser necessár ias em função de cada t ipo de aplicação. U D2-  V De forma resum ida, podem ser enumeradas algumas vantagens de um graute, em relação a um concreto comum modificado com adit ivo superplast if icante (concreto fluido) : • Maior facilidade para preencher vazios e cavidades com elevada concentração de armaduras, sem deixar vazios ou bolsões de ar • Menores prazos de execução • Maior proteção contra a corrosão, devido à baixa permeabilidade, destacando-se que, em geral, nas seções de reparo ou reforço est rutural são ut ilizados cobr imentos menores • Expectat iva de uma melhor qualidade nos t rabalhos e conseqüente alto desempenho dos elementos grauteados, sob severas condições de serviço WYX  / Z[\(V Os grautes são mater iais dest inados ao preenchimento de vazios confinados ou sem iconfinados em locais de difícil acesso, seja por se t ratarem de cavidades muito estreitas ou locais com elevada densidade de obstáculos tais como armaduras, tubulações, ent re out ros. A fluidez do graute perm ite que haja um preenchimento total da seção, sem a necessidade de aden- samento. A alta resistência inicial perm ite a rápida liberação das fôrmas e da est rutura grauteada, possibilitando maior agilidade no processo de fixação de equipamentos, e rápida colocação da est rutura reparada ou reforçada em carga. A elevada resistência final e a apresentação de módulo de deformação compat ível com o do concreto garantem o bom desempenho frente a esforços elevados, mesmo para reforço de concretos de alta resistência. A expansão controlada ou, conforme o produto, a simples compensação da ret ração, garante a estabilidade volu-mé- t r ica e impede a existência de vazios, propiciando perfeita aderência e compacidade. Os dois campos pr incipais de ut ilização dos grautes são as obras novas e as de recuperação est rutural. Os grautes para reparo são, em geral, denom inados argamassas ou m icro-concretos fluidos ou simplesmente grautes de reparo. / X VH I- ,. D2@*R4 Z  ,.  A classificação dos grautes pode ser feita pelo t ipo de aglomerante: • Grautes de base m ineral, ou grautes à base de cimento ou, ainda, grautes m inerais • Grautes de base orgânica, ou grautes à base de resina ou, ainda, grautes poliméricos Os grautes de base orgânica são mater iais de característ icas e usos mais específicos, recomendados para situações especiais em que se exige alta aderência e resistência a cargas cíclicas e dinâm icas, pois não sofrem o efeito de fadiga comum aos grautes à base de cimento. Os grautes de base m ineral podem ser classificados pelo tamanho do agregado: • Grautes injetáveis – agregado muito fino: part ículas menores que 75 m ícron m • Grautes de argamassa – agregado m iúdo: máxima característ ica menor ou igual a 4,8 mm • Grautes de m icroconcreto – pedr isco ou br ita 0: dimensão máxima característ ica menor ou igual a 9,5 mm • Grautes de concreto – com adição de até 30% de br ita 1: dimensão máxima característ ica menor ou igual a 19 mm Os grautes de base m ineral recebem uma classificação de acordo com a ut ilização preponderante. Assim , encontram-se no mercado denom inações do t ipo: de uso geral, de const rução, de uso indust r ial, para injeção, de reparo, de uso submerso, para altas temperaturas, ent re out ras. Alguns fabr icantes ainda sugerem pequenas var iações à classificação descr ita para ressaltar alguma característ ica part icular de um determ inado produto ou, ainda, a adição de algum elemento part icular. Os autores entendem que há necessidade de se normalizar e de se estabelecer uma classificação adequada para uniform izar a ut ilização dos grautes, melhorando o nível de compreensão e de domínio do tema. Propõe-se, na tabela 1, relacionar os pr incipais produtos à base de cimento que têm sido ofertados pelos fabr icantes nacionais e as característ icas que o mercado deverá exigir como requisitos de desempenho de cada t ipo de mater ial. * Entenda-se por desvio-padrão, o desvio- padrão da produção, determ inado em ensaios de controle de processo. * * Entenda-se por resultado, a média da amostra de, no m ínimo, t rês corpos-de-prova ou o valor maior da amostra de dois corpos- de-prova. Cada resultado corresponde a um lote. • Adições m inerais (pozolanas, sílica at iva, f iller calcár io ou cargas m inerais) : devem ser incorporadas por subst ituição de parte do cimento Port land comum, até ajustar a resistência média requerida, sem perda das propr iedades do mater ial no estado fresco • Adit ivos em pó (superplast ificantes, adit ivos ant ilavagem dos finos, expansores retentores de água) : deve-se considerar as recomendações dos fabr icantes. Os produtos, porém, sempre deverão ser testados, a fim de avaliar a compat ibilidade com o cimento e com os out ros mater iais empregados na formulação • Agregados (areia, pedr isco): de or igem quartzosa, granitos, ou areia de sílica. Existem opiniões controversas a respeito da dist r ibuição granulométr ica ideal dos agregados para graute • Polímeros ( t ipo acr ilatos ou SBR): usados apenas nos casos de grautes desConclusão: escolhido o adit ivo A2, no teor 0,4% em relação à massa de cimento • O adit ivo A2 é pouco sensível às mudanças do t ipo e or igem do cimento • O emprego do adit ivo B1 não perm it iu bons resultados na perm issão de incorporação de água sem exsudação (o que não diz respeito ao seu poder de fluidif icação) • Os cimentos C1b, C2b, C3 mostram-se sensíveis ao t ipo de adit ivo e só ser iam recomendados para formulações com prévia definição do adit ivo superplast if icante comprovadamente compat ível com estes cimentos • Existem claras diferenças de comportamento dos adit ivos superplast if icantes frente aos diferentes cimentos (diferentes t ipos ou de um mesmo t ipo, mas de origens diferentes) ,.[ Algumas recomendações básicas de dosagem são comentadas na tabela 2. q ,. D2*R1/  ,L A resistência mecânica é ainda um parâmetro de comparação válido, porém, nem sempre o parâmetro verdadeiramente importante para uma determ inada aplicação. O mater ial deve ser avaliado de forma integral, tomando-se como referência as propr iedades de maior interesse – nem sempre dependentes da resistência mecânica: tempo de pega, ret ração ou expansão inicial e final, absorção capilar , resistência à penetração de cloretos, aderência ao substrato. Como exemplo, apresenta-se resum idamente uma proposta de requisitos de desempenho e avaliação dos grautes para reparo (Helene, 2002) . s (V-  RSH 4- ,. D2IH c V4-  ,. A definição do traço deverá seguir as recomendações dos métodos tradicionalmente ut ilizados (Helene, 1992) . Algumas part icular idades da dosagem de grautes de uso geral são apresentadas na tabela 3. * Adota-se, como cr itér io de lote, no m ínimo a quant idade correspondente à carga de uma batelada do m isturador da fábr ica e no máximo 100 sacos (2,500 kg) de mater ial. Para produção #  8 #  , o cr itér io pode mudar em função da capacidade do m isturador ou da quant idade produzida por dia. Entretanto, podem ser mant idos os mesmos cr itér ios de amostragem do concreto ut ilizado na obra. ]VZ t@H cR@D2 ,2/  / V A escolha de mater iais deverá ser feita em exper imentos de laboratór io. Um elemento de peso na escolha é o preço dos insumos e o impacto na composição dos custos do produto final. Nas tabela 4 e 5 mostra-se, em t rês exper imentos, um exemplo de definição do t ipo de cimento, composição e consumo do aglomerante, assim como a escolha do adit ivo superplast if icante mais apropr iado para um graute de uso geral. Considera-se em pr imeira instância os requer imentos antes pré-fixados, referentes às propr iedades mecânicas e à var iabilidade dessas característ icas ao longo da produção. Em segundo lugar, a escolha do adit ivo superplast if icante, funcionando para a maior faixa possível de var iação da quant idade de água de amassamento adicionada sem que ocorra exsudação. Às vezes é necessár io out ro exper imento para determ inar uma combinação apropr iada de adit ivos. Valores médios e desvio-padrão determ inados em amostras de cinco corpos- de-prova de três lotes de um mesmo dia de produção p Z V_ u(VZ t / H 4*Z/ R@ D2ID:/ X  p v  • Tipo de cimento tem influência na consistência e na resistência à compressão (valor médio e desvio- padrão) • Aglomerante composto com cimento t ipo C5a apresentou o menor desvio-padrão e foi de fato o único que sat isfez os requer imentos de dosagem Valores médios e desvio-padrão determ inados em amostras de cinco corpos-de-prova de t rês lotes de um mesmo dia de produção p Z V_ u(VZ t / H *ZV R44H 4w w vEx -y Rcz4H @-  R4 ,.D2@ZR X (V<D2*ZR{w |}~H  p v 4@|}H  p€ C@ X (‚  • A redução do consumo de cimento t ipo C5a teve pouca influência na resistência à compressão e no desvio-padrão. • É possível ainda a econom ia de C5a, combinando-se este mater ial com outro cimento ou com a adição de pozolana, mantendo a resistência à compressão e o desvio-padrão ainda dentro dos requer imentos prefixados. 7  M =>m 8 N=%2  %: M"@;&  =%b =>%:K=Lš 8 !# %& 7  =>I žO=>"Ma%& 9 #  k2?MM $——<˜Ÿ ?=L%2M %”#   %& 8   8 N=G # M" " # 8 :j# OK"%” S 8 O=>K 8 $  < 8 # M? 8   =.o N=.N=G=. 8 # 8 K¡%”# ¢ %& 7 =L 8&8 l "M™‘ d‡£ ¤I=> 8 Ma¤‘ d‡£ "  8 ¥IM #  8 $ £ =L› aŠ l?K ¦ ;:# M I IM # 8 %: 8”8 la 7  8 A =."%2=>mK= 7 =.A  A#  š 8 !# %&"M 8 ;&  =. 8 :j# O# M 8 Š:Š e I#   8  7 =§# MM 8  8 =>O ¦M # ;<N=>O¡%”#  8 !=L9  A =L# %2 K 8 %” 8  ?# M=. 8f8 A=. 8 %2=L# K›=L#  8 K›%”# %& 8 M a%”#  k2l¨Ž=.L©”# k2l "o M;< 7 =L;&  %&N=§$ 6HTrQFLDGHJUDXWHDPHQWR ª €« Fixação dos chumbadores com resina de ancoragem adequada ª ƒ « Nivelametno dos calços (shims) de apoio do equipamento ª z « Fixação do equipamento ª  « Colocação do cachimbo ( funil de lançamento) ª v« Lançamento ª w « Graute fluindo por baixo do equipamento  / cR4/ Vu Relatór io Técnico - Reabilitação do Condomínio Champs Élysées. Helene, P.R.L.; França, R.; Bastos, E.; Pereira, F.; Tula, L.; Barbosa, P. São Paulo, abr il, 2002. Manual de dosagem e controle do concreto. Helene, P.R.L. e Terzian, P. São Paulo. Pini, 1993. Grautes – Novos mater iais de const rução civ il. Helene, P.R.L.; Oliveira, P.S.F.; Figueiredo, A.D. Revista Engenharia, no 473, 1989.
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