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Guias e Dicas
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Pragas da soja no brasil e seu manejo integrado, Notas de estudo de Agronomia

PRAGA DA SOJA NO BRASIL E SEU MANEJO INTEGRADO

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 07/05/2017

Raimundo
Raimundo 🇧🇷

4.6

(188)

343 documentos

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Baixe Pragas da soja no brasil e seu manejo integrado e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! PRAGAS DA SOJA NO BRASIL E SEU MANEJO INTEGRADO ISSN 1516-7860 Clara Beatriz Hoffmann-Campo Bióloga, PhD Flávio Moscardi Eng° Agr°, PhD Beatriz S. Corrêa-Ferreira Bióloga, PhD Lenita Jacob Oliveira Eng° Agr°, PhD Daniel Ricardo Sosa-Gómez Eng° Agr°, PhD Antonio Ricardo Panizzi Eng° Agr°, PhD Ivan Carlos Corso Eng° Agr°, Msc Décio Luiz Gazzoni Eng° Agr°, Msc Edilson Bassoli de Oliveira (in memorian) Embrapa Soja. Circular Técnica, 30 ISSN 1516-7860 comitê de publicações CLARA BEATRIZ HOFFMANN-CAMPO Presidente ALEXANDRE JOSÉ CATTELAN ALEXANDRE LIMA NEPOMUCENO FLÁVIO MOSCARDI IVANIA APARECIDA LIBERATTI LÉO PIRES FERREIRA MILTON KASTER NORMAN NEUMAIER ODILON FERREIRA SARAIVA tiragem 5000 exemplares Dezembro/2000 diagramação HÉLVIO BORINI ZEMUNER NEIDE MAKIKO FURUKAWA SCARPELIN Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo … [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30). 1.Soja-Praga-Brasil. 2.Praga-Manejo integrado. I.Hoffmann-Campo, Clara Beatriz. II.Moscardi, Flávio. III.Correa-Ferreira, Beatriz Spalding. IV.Sosa-Gómez, Daniel Ricardo. V.Panizzi, Antonio Ricardo. VI.Corso, Ivan Carlos. VII.Gazzoni, Décio Luiz. VIII.Oliveira, Edilson Bassoli de. IX.Série. X.Título. CDD 633.34970981 Ó Embrapa 2000 Conforme Lei 9.610 de 19.02.98 2.1 Parasitóides de lagartas ................................................................40 2.2 Parasitóides de percevejos ...........................................................41 3 ENTOMOPATÓGENOS .........................................................................43 3.1 Vírus...............................................................................................43 3.2 Fungos...........................................................................................45 AMOSTRAGEM DAS PRAGAS ....................................................................47 CONTROLE INTEGRADO E NÍVEL DE AÇÃO ..............................................49 1 CONTROLE INTEGRADO DAS PRAGAS QUE ATACAM AS FOLHAS ...........................................................................................49 1.1 Anticarsia gemmatalis ..................................................................49 1.2 Pseudoplusia includens e outros Plusiinae...................................52 1.3 Coleópteros desfolhadores...........................................................52 1.4 Outros organismos que atacam as folhas .....................................53 2 CONTROLE INTEGRADO DAS PRAGAS QUE ATACAM AS VAGENS E GRÃOS...........................................................................53 2.1 Percevejos.....................................................................................53 2.2 Lagarta-das-vagens.......................................................................57 2.3 Broca-das-vagens .........................................................................58 3 CONTROLE INTEGRADO DAS PRAGAS QUE ATACAM PLÂNTULAS, HASTES E PECÍOLOS .....................................................58 3.1 Sternechus subsignatus ...............................................................58 3.2 Epinotia aporema ..........................................................................59 4 CONTROLE INTEGRADO DAS PRAGAS QUE ATACAM AS RAÍZES .............................................................................................60 4.1 Corós .............................................................................................60 4.2 Percevejo-castanho-da-raiz ..........................................................61 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................61 AGRADECIMENTOS ....................................................................................62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................63 The technology of Soybean Integrated Pest Management (Soybean- IPM) was implemented in Brazil in the decade of 1970, and it has been constantly been improved. The decision of pest control is taken based in a group of information concerning to insects presence and density, the occurrence of natural enemies and in the capacity of the crop to tolerate damage. The field scouting, the correct identification of pests and their natural enemies, as well as the knowledge of the stage of the plant development and the injury threshold levels (ITLs) are important components of the Soybean-IPM. Soybean crop is subject to the attack of insects from the germination to maturation. Soon after the germination, in the beginning of the vegetative stage, several insects as the stem borer gall maker (Sternechus subsignatus), the lesser corn stalk borer (Elasmopalpus lignosellus), the white grub complex (Scarabaeoidea) and the burrower brown bug (Scaptocoris castanea and Atarsocoris brachiareae) can cause damage to soybean. The velvetbean caterpillar (Anticarsia gemmatalis), the soybean looper (Pseudoplusia includens) and several other leaf-feeder insects attack the plants, mainly during the vegetative and blooming stage of crop development. The stink bugs (Nezara viridula, Piezodorus guildinii and Euschistus heros), among other species, cause damage to soybean from the pod set to the end of the pod filling. Soybean crop can also be attacked by other species of insects, considered sporadic, whose population increase is determined by climatic alterations, or other factors as the specific production systems of each region. The insect-pest populations are naturally controlled by predators, parasitoids and diseases, known as natural enemies. In spite of the damages caused by insects may be alarming, the preventive application of agrochemicals is not recommended. In addition to the environmental pollution problems, natural enemies can be eliminated and the cost of production can significantly be increased by unnecessary insecticide applications. As part of the Soybean-IPM, several methods can be used to the control of pests. Beside biological and chemical control, crop rotation and the manipulation of the sowing period have been recommended mainly for long cycle insects. The pests and the components of Soybean-IPM will be discussed in the subsequent paragraphs. ABSTRACT INTRODUÇÃO A tecnologia de Manejo Integrado de Pragas da Soja (MIP-Soja) foi implantada no Brasil, na década de 1970, e tem sido aperfeiçoada constantemente. Essa tecnologia orienta na tomada de decisões de controle de pragas com base num conjunto de informações sobre os insetos e sua densidade populacional, na ocorrência de inimigos naturais e na capacidade da cultura de tolerar os danos. Assim, o monitoramento da lavoura, a identificação correta das pragas e dos inimigos naturais, o conhecimento do estádio de desenvolvimento da planta e dos níveis de ação são importantes componentes do MIP- Soja. A cultura da soja está sujeita ao ataque de insetos desde a germinação à colheita (Tabela 1). Logo após a germinação, a partir do início do estádio vegetativo, vários insetos como o bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus), a lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosel- lus), os corós (Scarabaeoidea) e os percevejos-castanhos-da-raiz (Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae) danificam a cultura. Mais adiante, a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), a lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia includens) e vários outros desfolha- dores atacam as plantas, ocorrendo em maior número durante as fases vegetativa e de floração. Com o início da fase reprodutiva, surgem os percevejos suga- dores de vagens e sementes (Nezara viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus heros), dentre outras espécies, que causam danos desde a formação das vagens até o final do enchimento dos grãos. A soja pode, também, ser atacada por outras espécies de insetos, conside- radas pragas esporádicas, cujos aumentos populacionais são determinados por alterações climáticas, ou outros fatores, como, por exemplo, os sistemas de produção específicos de cada região. Os insetos-pragas têm suas populações controladas natural- FIG. 1. Anticarsia gemmatalis: (a) mariposa, (b) ovos, (c) lagarta, 3º ínstar, (d) lagarta, forma verde, (e) lagarta, forma preta, (f) pupa a c e b d f 12 Os ovos (Fig. 1b) são depositados isoladamente, na parte inferior das folhas, no caule, nos ramos e nos pecíolos com maior concentração nos terços médio e inferior das plantas. Têm a colora- ção verde clara assim que depositados e, com o passar do tempo, podem se tornar acinzentados e, posteriormente, marrom escuro, próximo à eclosão das larvas. O período de incubação é de, aproxi- madamente, três dias e cada fêmea tem capacidade para colocar até 1000 ovos; cerca de 80% são depositados nos primeiros oito a dez dias de vida. A longevidade das fêmeas é de, aproximadamente, 20 dias. Nos dois primeiros ínstares (Fig. 1c), as lagartas, na média medem 3 e 9mm, respectivamente, e apresentam os dois primeiros pares de falsas pernas vestigiais no abdômen. Se locomovem medindo palmos, podendo ser confundidas com as lagartas falsas- medideiras. Nesses dois ínstares, as lagartas raspam o parênquima foliar; somente a partir do terceiro ínstar conseguem perfurar as folhas. A fase larval tem a duração de 12 a 15 dias e as lagartas podem consumir cerca de 100 a 150cm² de área foliar; aproximadamente o o96% desse consumo ocorre do 4 ao 6 ínstares larvais. A lagarta (Fig. 1d) apresenta coloração geral verde, com estrias longitudinais brancas sobre o dorso. Em condições de alta popula- ção, ou escassez de alimento, a lagarta torna-se escura (Fig. 1e), mantendo as estrias brancas. Possui quatro falsas pernas, no abdô- men, e passa por seis ínstares larvais, podendo atingir 40mm de comprimento. Quando a lagarta pára de se alimentar no último ínstar larval, entra na fase de pré-pupa, que dura de um a dois dias. A lagarta empupa no solo, numa profundidade de até 2cm. A pupa recém formada tem coloração verde-clara, tornando-se, posteriormente, marrom escura e brilhante (Fig. 1f). A fase de pupa dura nove a dez dias, quando emergem as mariposas. 13 1.2 Pseudoplusia includens (Lep.: Noctuidae) O adulto da lagarta falsa-medideira (Fig. 2a) apresenta a colora- ção marrom acinzentada, com duas manchas prateadas no primeiro par de asas; em repouso, as asas da mariposa formam um ângulo de, aproximadamente, 90 graus. O acasalamento ocorre à noite e os ovos são depositados individualmente, a maioria na face inferior das folhas. A fêmea vive, aproximadamente, 15 dias e é capaz de colocar mais de 600 ovos, durante o seu período de vida. A lagarta (Fig. 2b) apresenta coloração verde-clara, com linhas o longitudinais esbranquiçadas no dorso, podendo, no 6 ínstar, medir 35mm. Possui apenas dois pares de falsas pernas abdominais, movimentando-se arqueando o corpo como se estivesse “medindo palmos”. O ciclo da falsa-medideira pode durar cerca de 15 dias e, durante esse período, pode consumir até 200cm² de área foliar da FIG. 2. Pseudoplusia includens: (a) mariposa, (b) lagarta, (c) pupa a b c 14 1.3.5 Megascelis sp. (Col.: Chrysomelidae) O crisomelídio é desfolhador na fase adulta quando apresenta cor verde metálica e mede cerca de 5mm. O abdômen é afilado sendo o tórax ainda mais estreito. Surtos desse inseto causaram grande preocupação aos produtores de sementes do sul do Estado do Mato Grosso, nas safras de 1983/84 até 1989/90. Sua ocorrência também foi registrada em São Paulo. É polífago e, além da soja, alimenta-se de hortaliças, feijão, milho e carrapicho. Os adultos dani- ficam as folhas sem, geralmente, comprometer a produção da soja. 1.4 Outros organismos que atacam as folhas Os tripes (Thysanoptera) ocorrem principalmente no Estado do Paraná. São insetos pequenos, medindo de 1 a 2mm de compri- mento, de cor marrom ou preta, que, em anos secos, podem atingir altas populações. Raspam as folhas da soja, que tornam-se pratea- das após o ataque, mas geralmente não causam reduções de produ- tividade da cultura. Porém, a situação se agrava, em algumas regiões, com a transmissão de viroses às plantas, especialmente, a do vírus causador da doença queima-do-broto (Fig. 4a), transmitido principalmente por espécies de Frankliniella. de feijão. Embora ocorram em populações muito altas, sua capacida- de de causar dano à soja é pequena. Os adultos de Cerotoma sp. (Fig. 3d) apresentam coloração geral bege, com quatro manchas marrom escuras, duas grandes e duas pequenas, em cada élitro e medem cerca de 5mm de comprimento. Nessa fase, alimentam-se das folhas da soja. Os ovos medem 0,8mm, têm formato ovalado e permane- cem em incubação por cerca de 10 dias. A larva é branca, com a cabeça preta, podendo medir até 10mm. Nessa fase, que dura entre 20-25 dias, alimentam-se dos nódulos de rizóbio, diminuindo a disponibilidade de nitrogênio e podendo afetar negativamente a produção de grãos. 17 a b c d e FIG. 4. (a) Sintoma da virose queima-do-broto, causada por tripes, (b) larva de Omiodes indicatus, (c) adulto da mosca branca, Bemisia argentifolii, (d) sintoma de ataque de ácaros, (e) gafanhotos. F o to : E m b ra p a H o rt a li ç a s 18 Na safra 1998/99, altas população de Omiodes indicatus (Lep.: Pyralidae) foram observadas no norte do Paraná, no Maranhão e em Roraima. A lagarta para se abrigar, enrola ou une folhas de soja através de fibras muito finas de cor branca, secretadas pelo inseto. Alimenta-se apenas do parênquima das folhas, evitando a sua destruição. A mariposa é de coloração alaranjada e apresenta pontos pretos nas asas. A lagarta (Fig. 4b) tem coloração verde escura, aspecto oleoso e mede, ao final da fase larval, entre 12 e 15mm. A pupa é marrom e permanece no abrigo construído pela lagarta até a emergência do adulto. Desde a safra 1995/96, têm sido constatadas populações elevadas da mosca branca, Bemisia argentifolii (Hom.: Aleyrodidae) (Fig. 4c), em algumas lavouras de soja no Paraná, em São Paulo e no Mato Grosso. As ninfas liberam grande quantidade de substância açucarada, possibilitando o crescimento de fumagina sobre as folhas que, tornando-se pretas, absorvem muita radiação solar, provocan- do ”queima” e queda das folhas da soja. Essa praga ocorre, também, em várias outras culturas, podendo ser limitante para a produção da soja. Em alguns anos, são observados surtos de ácaros (Acarina), principalmente o branco (Polyphagotarsonemus latus) e o rajado (Tetranychus urticae) em lavouras de soja. Esse artrópode é diminu- to, suga a seiva das folhas e pecíolos de plantas novas. Com a evolu- ção do dano (Fig. 4d), as folhas ficam amarelas. Se o ataque for muito intenso, as folhas podem cair e, desse modo, diminuir a capacidade fotossintética das plantas. Embora a preferência alimentar dos gafanhotos recaia sobre as gramíneas, a espécie Rhammatocerus schistocercoides (Ort.: Acrididae) tem sido observada causando danos à soja, no Cerrado. No Mato Grosso, o problema é mais sério, onde o inseto infesta lavouras e pastagens desde Vilhena (RO) até a divisa com Goiás. Como o inseto é gregário, facilmente a população atinge 500 inse- 19 oplanta. A partir do 3 ínstar, as ninfas passam a alimentar-se dos grãos o de soja, com intensidade crescente, até o 5 e último ínstar (Fig. 6d), quando medem 9mm. O período ninfal pode durar entre 20 e 25 dias. Essa espécie é polífaga e no Norte do PR completa três gera- ções em soja, de dezembro a abril. Posteriormente, utiliza várias plantas hospedeiras, em seqüência até completar seis gerações e, novamente, colonizar a soja. No sul do Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, após a colheita da soja, o percevejo verde hiberna sob casca de árvores, ou outros abrigos, trocando de cor, passando de verde para castanho arroxeado. 2.1.2 Piezodorus guildinii (Hem.: Pentatomidae) O percevejo verde pequeno, P. guildinii tem ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde a região tradicional de cultivo da soja (RS, SC e PR) até as regiões de expansão recente do Norte e Nordeste do País. O adulto (Fig. 7a) é um percevejo de, aproximadamente, 10mm de comprimento, de cor verde amarelada. Apresenta uma listra transversal marrom avermelhada na parte dorsal do tórax próxima da cabeça (pronoto). Os ovos (Fig. 7b) são pretos, coloca- dos em fileiras pareadas, em número de 10 a 20 por postura. Preferencialmente, os ovos são depositados nas vagens, mas podem ser encontrados também na face ventral ou dorsal das folhas, no caule e nos ramos. As ninfas recém-eclodidas (Fig. 7c) medem apenas 1mm, possuem comportamento gregário, permanecendo próximas à postura. Os danos causados pelas ninfas aumentam de intensidade o o com o desenvolvimento do inseto, prejudicando a soja do 3 ao 5 ínstar (Fig. 7d), atingindo 8mm. Estudos recentes sugerem que o percevejo pequeno prejudica mais a qualidade das sementes e causa mais retenção foliar à soja do que os demais percevejos. 22 FIG. 7. Piezodirus guildinii: (a) adulto, (b) ovos, (c) ninfas recém-eclodidas, (d) ninfas de 5º ínstar. a c b d Essa espécie é menos polífaga que N. viridula e, em intensida- de baixa, se reproduz em plantas hospedeiras alternativas, como o guandu. No verão, P. guildinii completa três gerações na soja e, posteriormente, se dispersa para outras hospedeiras, como as anileiras. 2.1.3 Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae) O percevejo marrom E. heros que é nativo da Região Neotropical (América Tropical), está bem adaptado aos climas mais quentes, sendo mais abundante do norte do Paraná ao Centro Oeste do Brasil. O adulto (Fig. 8a) é um percevejo marrom-escuro, com dois prolongamentos laterais do pronoto, em forma de espinhos; a longevidade média dos adultos é de 116 dias. Os ovos (Fig. 8b) são 23 depositados em pequenas massas de cor amarela, normalmente, com 5-8 ovos por massa, apresentando mancha rósea, próximo à eclosão das ninfas. São colocados, principalmente, nas folhas ou nas vagens da soja. As ninfas recém-eclodidas (Fig. 8c) medem 1mm e permanecem sobre os ovos, causando danos às sementes de soja do o o3 ao 5 ínstar (Fig. 8d), quando atingem tamanho de 5 e 10mm, respectivamente. E. heros é o menos polífago dentre os percevejos mais impor- tantes da soja. Durante a safra dessa cultura, tem três gerações, podendo se alimentar também de amendoim-bravo. Após a colheita da soja, alimentando-se de outras plantas hospedeiras, completa a quarta geração e entra em dormência (diapausa) na palhada da cultura anterior, onde se protege da ação dos parasitóides e preda- FIG. 8. Euschistus heros: (a) adulto, (b) ovos, (c) ninfas recém-eclodidas, (d) ninfas de 5º ínstar. a c b d 24 FIG. 10. Lepidópteros que atacam as vagens: lagartas-das-vagens (a) Spodoptera latifascia, (b) Spodoptera eridania; brocas-das- vagens: (c) Maruca testulalis, (d) Etiella zinckenella. a c b d 3 PRAGAS QUE ATACAM PLÂNTULAS, HASTES E PECÍOLOS 3.1 Sternechus subsignatus (Col.: Curculionidae) O tamanduá ou bicudo-da-soja é um inseto que vem ganhando importância pelos danos que tem causado às lavouras de vários municípios do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Tem ocorrido com maior intensidade, desde 1984, principalmente, onde é realizado o cultivo mínimo e a semeadura direta. Mais recentemente, vem causando dano à soja em lavouras em todo o oeste da Bahia, além de algumas lavouras nos estados de Goiás, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. O adulto raspa o caule e desfia os tecidos no local do ataque. Quando a população é alta e ocorre na fase inicial da cultura, o dano é 27 irreversível e as plantas morrem (Fig. 11a), podendo haver perda total de parte da lavoura. Quando o ataque acontece mais tarde e as larvas se desenvolvem na haste principal, formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas (Fig. 11b). FIG. 11. Danos de Sternechus subsignatus: (a) plantas mortas pelo adulto, (b) galha, dano causado pelas larvas. a b O adulto (Fig. 12a) mede 8mm de comprimento, é preto com listras amarelas, formadas por pequenas escamas, no dorso da cabeça e nos élitros (asas duras). Para realizar a postura, a fêmea faz um anelamento, cortando todo o córtex (casca) da haste principal. Os ovos, de coloração amarela (Fig. 12b), são postos em orifícios, na região do anelamento, e protegidos pelas fibras do tecido cortado. Eventualmente, ovos podem ser depositados nos ramos laterais e nos pecíolos. Na fase ativa, isto é, enquanto se alimentam, desde a eclosão, as larvas (Fig. 12c) ficam no interior da haste principal, na região do anelamento. À medida que crescem, ocorre engrossamento do caule, formando uma galha (Fig. 12d), estrutura constituída externa- mente por tecidos ressecados. O período larval dura, aproximada- mente, 25 dias. oNo 5 e último ínstar, após completar o seu desenvolvimento no interior da galha, a larva movimenta-se para o solo, onde hiberna 28 FIG. 12. Sternechus subsignatus: (a) adulto, (b) ovos, (c) larva, (d) galha (e) larva hibernante, (f) pupa. a c e b d f 29 podem atingir 10mm, a larva assume coloração bege, com a cápsula cefálica marrom. Além do broto foliar, pecíolos e hastes, o inseto pode se alimentar de flores e vagens da soja. 3.4 Outros insetos que atacam plântulas, hastes e pecíolos O bicudinho, Chalcodermus sp. (Col.: Curculionidae), vem ocorrendo em lavouras de soja desde 1994. Nas safras 1996/97 e 1997/98, grandes populações do inseto ocorreram na região sudoes- te do Paraná e, também, em Santa Catarina. Os adultos seccionam pecíolos, broto apical e pedúnculo das plantas de soja. Aparen- temente, não foram observados danos à soja que possam ser atribuí- dos ao inseto, mas o constante aumento populacional, nas últimas safras, tem causado preocupação aos agricultores. O cascudinho-da-soja Myochrous armatus (Col.: Chrysomelidae) é um inseto polífago, sendo observado alimentan- do-se de braquiárias, fedegoso, amendoim-bravo, feijão e milho. Entretanto, os maiores prejuízos foram observados na cultura da soja no Estado do Mato Grosso do Sul, da safra 1983/84 até 1985/86; recentemente, não tem sido observado em populações elevadas. Os adultos cortam a base do caule de plantas jovens que tombam e morrem. Sua coloração geral é preta, embora ocorram variações do marrom ao acinzentado, dependendo do tipo de solo em que vivem, pois, partículas de solo ficam aderidas ao seu corpo. O tamanho médio do adulto é 5,5mm e se finge de morto quando é perturbado. As larvas são amarelas e vivem no solo, alimentando-se de raízes. Blapstinus sp. (Col.: Tenebrionidae) tem sido observado em áreas isoladas dos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, cortan- do plântulas e hastes de plantas jovens. O inseto é pequeno, medin- do aproximadamente 5,5mm, tem coloração geral preta. 32 Logo após a germinação, com o desenvolvimento dos cotilédo- nes e dos primeiros pares de folhas, têm sido observados, principal- mente no Paraná, outros invertebrados-pragas. Artrópodes, como os piolhos-de-cobra (Fig. 14a), pertencentes à Classe Diplopoda e moluscos pertencentes à Classe Gastropoda, como os caracóis (Fig. 14b) e as lesmas (Fig. 14c) ocorrem, principalmente, em áreas de semeadura direta. Atacam plântulas recém emergidas, cotilédones e folhas de plantas jovens e, consequentemente, reduzem o estande da soja; os piolhos-de-cobra alimentam-se também das sementes de soja, em fase de germinação. Os caracóis podem ainda ocorrer no final do ciclo da soja e quando, na colheita, ocorrem em alta popula- ção podem provocar o embuchamento das colhedoras. 3.5 Outros organismos que atacam plântulas, hastes e pecíolos FIG. 14. Outros invertebrados-pragas: (a) Piolho-de-cobra, (b) caracóis, (c) lesmas. a b c 33 4.1 Corós Este grupo de insetos inclui várias espécies de besouros (Scarabaeoidea), cujas larvas rizófagas têm causado danos em lavouras de soja nas regiões centro-oeste e norte do Paraná, em São Paulo, no Triângulo Mineiro, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e em Goiás. A espécie que ocorre na região centro-oeste do Paraná foi identificada como Phyllophaga cuyabana e a do Mato Grosso do Sul como Lyogenis suturalis. Entretanto, há outras espécies danifi- cando soja que ainda não foram identificadas. O ataque é caracterizado pela presença de reboleiras (man- chas) com plantas amareladas (Fig. 15a), murchas e sem raízes secundárias, quando ocorre no início de crescimento da planta, ou plantas amareladas e com desenvolvimento retardado e raízes parcialmente danificadas, quando o ataque é mais tardio. As larvas podem causar a morte das plantas, principalmente, quando ocorre sincronia da fase inicial da cultura com larvas de mais de 15mm de comprimento. Os adultos (Fig. 15b) de P. cuyabana (Col.: Melolonthidae) medem cerca de 15 a 20mm de comprimento, ocorrem, no Paraná de meados de outubro a dezembro, saindo do solo em revoadas ao entardecer para o acasalamento. Os adultos das espécies que ocorrem no Mato Grosso do Sul e em Goiás são menores, raramente medindo mais que 15mm. Os ovos são colocados isolados no solo (Fig. 15c). Cerca de duas semanas após a oviposição, eclodem as larvas (Fig. 15d) que passam por três ínstares, podendo atingir até 35mm de comprimento. As larvas de P.cuyabana ficam ativas por 130 dias, em média, entrando, então, em diapausa desde o final de março até meados de setembro, quando aparecem as primeiras pupas. Em áreas de semeadura direta freqüentemente tem sido 4 PRAGAS QUE ATACAM AS RAÍZES DA SOJA 34 de cinco a sete meses em pastagens, têm duas gerações por ano; a primeira ocorre na época de excesso de água no solo e a segunda durante o período de déficit hídrico. 4.3 Outros insetos que atacam as raízes Em várias safras, surtos de cochonilhas-da-raiz (Fig. 17), provavelmente Dysmicoccus sp. ou Pseudococcus sp. (Hom.: Cocoidea), foram observados em lavouras de soja. Na safra 1998/99, foram registrados focos de cochonilhas, em raízes de soja, no Mato Grosso do Sul e no Paraná. FIG. 17. Raiz de soja atacada por co- chonilhas. INIMIGOS NATURAIS DAS PRAGAS DA SOJA 1 PREDADORES Predadores são as espécies que controlam naturalmente os insetos-pragas, consumindo outros insetos para completar o seu desenvolvimento. Os principais predadores encontrados na cultura estão representados pelos hemípteros e coleópteros, embora os grupos de formigas e aranhas também sejam importantes. Não existe classificação adequada das aranhas que habitam o ecossiste- 37 ma da soja, embora todas as espécies encontradas possam ser consideradas como predadoras. 1.1 Hemípteros Dentre os hemípteros, os predadores mais importantes medem menos de 5mm, como Orius sp. (Anthocoridae) e Geocoris sp. (Lygaeidae) (Fig. 18a), até 10mm, como Tropiconabis sp. (Nabi- dae) (Fig. 18b) e Podisus sp. (Pentatomidae) (Fig. 18c). Como esses predadores são, em geral, insetos pequenos, alimentam-se especial- mente de ovos, lagartas pequenas ou pequenas ninfas de perce- vejos. 1.2 Coleópteros Entre os coleópteros, encontram-se com maior freqüência espécies de Carabidae como Callida spp. (Fig. 18d), Lebia concinna (Fig. 18e) e Calosoma granulatum (Fig. 18f). Todos são polífagos, nas fases jovem e adulta, alimentando-se de diversas pragas. 2 PARASITÓIDES As espécies de parasitóides mais comuns pertencem às ordens Diptera e Hymenoptera. Como regra geral, a fêmea adulta efetua a oviposição diretamente nos ovos, ou sobre formas jovens (lagartas ou ninfas), ou sobre os adultos das pragas de soja. Após a eclosão, as larvas dos parasitóides passam a alimentar-se dos tecidos internos do hospedeiro, não causando a morte imediata do mesmo, de forma que possam completar o seu ciclo biológico. A fase de pupa pode ser passada no interior do hospedeiro ou, então, a larva desenvolvida sai do corpo do hospedeiro para transformar-se em pupa no exterior. O hospedeiro parasitado morre no decorrer desse processo ou logo após a emergência do adulto, o qual reinicia o ciclo de parasitismo. 38 a 39 c FIG. 18. Predadores: (a) Geocoris sp., (b) Tropiconabis sp., (c) Podisus sp., (d) Callida sp., (e) Lebia concinna, (f) Calosoma granulatum e d f b FIG. 20. Parasitóides de ovos: (a) Trissolcus basalis adulto, (b) Ovos de percevejo parasitado por T. basalis, (c) Telenomus podisii; parasitói- des de percevejos adultos e ninfas: (d) Trichopoda nitens, (e) a d b e c 42 2.2.2 Parasitóides de adultos e ninfas O parasitismo em adultos de percevejos está representado principalmente pelo díptero Trichopoda nitens (Tachinidae) (Fig. 20d), espécie importante na regulação das populações de N. viridula, chegando a atingir níveis de até 95% de parasitismo, no período de entressafra, e pelo microhimenóptero Hexacladia smithii (Encyrti- dae) (Fig. 20e) em populações de E. heros. No interior desse perceve- jo, os parasitóides se desenvolvem em número de dois a 39/hospedeiro, num período médio de 35 dias, afetando o potencial reprodutivo do percevejo marrom. A maior contribuição de H. smithii tem sido observada nos meses de dezembro e janeiro. causando mortalidade em ovos de P. Guildinii. 3 ENTOMOPATÓGENOS 3.1 Vírus O baculovírus da lagarta-da-soja Baculovirus anticarsia é um vírus de poliedrose nuclear (VPNAg) altamente infectivo e letal às larvas de A. gemmatalis. Ao se alimentar das folhas contaminadas com esse vírus, a lagarta se torna infectada, apresenta movimentos lentos e tende a permanecer no topo das plantas. As lagartas morrem cerca de sete dias após a infecção apresentando corpo mole e amarelado, ficando presa ao substrato apenas pelas falsas pernas (Fig. 21a). Após a morte, a lagarta escurece gradualmente e apodrece. O corpo se rompe após alguns dias, liberando grande quantidade do vírus sobre as plantas, que serve de inóculo para contaminar popula- ções subseqüentes de lagartas. Esse vírus controla apenas a lagarta- da-soja, não tendo efeito sobre outros insetos-pragas e inimigos naturais (predadores e parasitóides). Além disso, por ser um vírus 43 FIG. 21. Entomopatógenos de lagartas: (a) lagarta-da-soja infectada por vírus, (b) lagarta-da-soja infectada por Nomuraea rileyi, (c) Plusiinae atacada por Zoophtora radicans, (d) lagarta-da-soja infectada por Paecilomyces tenuipes, (e) Plusiinae infectada por P. tenuipes, (f) Plusiinae infectada por Pandora gammae. a c e b d f 44 jos. P. fumosoroseus também pode ocasionar epizootias em popula- ções de moscas-brancas do gênero Bemisia. AMOSTRAGEM DAS PRAGAS Para o monitoramento das lagartas desfolhadoras, dos perce- vejos sugadores de sementes e insetos de um modo geral, inclusive alguns inimigos naturais presentes na cultura da soja, utilizam-se as amostragens com o pano-de-batida, de cor branca, preso em duas varas, com 1m de comprimen- to, o qual deve ser estendido entre duas fileiras de soja (Fig. 23). As plantas da área com- preendida pelo pano devem ser sacudidas vigorosamente so-bre o mesmo, havendo, as- sim, a queda das pragas que deverão ser contadas. Esse procedimento deve ser repeti- do em vários pontos da lavou- ra, considerando-se a média de todos os pontos amostrados. No caso de lavouras com espaçamento reduzido das en- trelinhas e plantas desenvolvi- das, recomenda-se usar o pano-de-batida e bater apenas as plantas de uma das fileiras. Principalmente com relação a percevejos, essas amostra- FIG. 23. Amostragem de insetos utili- zando o pano-de-batida. 47 gens devem ser realizadas nas primeiras horas da manhã (até as 10 horas) ou à tardinha, período de menor atividade dos insetos, possi- bilitando a sua contagem sobre o pano-de-batida. As vistorias para avaliar a ocorrência dos percevejos devem ser executadas do início da formação de vagens até a maturação fisioló- gica; a avaliação visual não expressa a população presente na lavoura. No período de colonização da soja pelos percevejos, reco- menda-se a realização das amostragens, com maior intensidade, nas bordaduras da lavoura, onde, em geral, os percevejos iniciam seu ataque. Na mesma área (1m de fileira) onde são feitas as amostragens com o pano-de-batida, deve-se realizar o exame de todas as partes da planta, principalmente hastes, pecíolos, ponteiros e vagens. Essa análise de plantas é especialmente importante em lavouras com histórico da ocorrência de pragas como S. subsignatus, E. aporema, M. testulalis e lagartas que atacam as vagens da soja, pois os níveis de ação para o seu controle são baseados no número de insetos encontrados ou na percentagem de dano dessas pragas nas diversas partes da planta. O nível populacional de pragas de hábito subterrâneo deve ser estimada através de amostragens de solo, preferencialmente nas linhas de soja. Nesse local, deve ser observado ainda o ínstar e o tamanho dos insetos, além da profundidade em que estão localiza- dos. Para que se possa avaliar a infestação das pragas na lavoura, sugere-se que o número de insetos seja anotado em cada ponto de amostragem, para posterior cálculo da média da lavoura. Quanto maior o número de amostragens realizadas na área, maior será a segurança de previsão correta da infestação de insetos-pragas na lavoura. Sendo assim, recomendam-se seis amostragens para lavouras de até 10 ha, oito, para lavouras de até 30 ha e 10, para lavouras de até 100 ha. Para propriedades maiores recomenda-se a 48 divisão em talhões de 100 ha. O controle deve ser feito somente com os inseticidas recomen- dados pelo Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, através das Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Sul, na Região Central do Brasil e no Paraná. Essas recomendações são revistas e publicadas anualmente, considerando a eficiência, a toxicidade dos produtos, o efeito sobre os inimigos naturais, os riscos e o custo da aplicação. Na escolha dos inseticidas, devem ser considerados os produtos menos tóxicos para o homem, que cau- sam menor impacto sobre os inimigos naturais e que tenham o menor custo por hectare. O controle preventivo das pragas não é recomendado; quando houver necessidade de pulverizações nas lavouras, o agricultor deve levar em conta o grau de infestação das pragas e o nível de ação para a fase de desenvolvimento da planta (Tabela 2). Para prevenir o surgimento de resistência aos ingredientes ativos, não se recomen- da a aplicação do mesmo inseticida em duas aplicações sucessivas para um mesmo inseto. CONTROLE INTEGRADO E NÍVEL DE AÇÃO 1 CONTROLE INTEGRADO DAS PRAGAS QUE ATACAM AS FOLHAS 1.1 Anticarsia gemmatalis Segundo os níveis de ação pelo MIP-Soja (Tabela 2), A. gem- matalis deve ser controlada com inseticidas químicos, quando forem 49 mistura com doses reduzidas de inseticidas. Dessa forma, assegura- se a presença do agente biológico no campo para o controle da próxima geração do inseto. O baculovírus não deve ser aplicado quando (i) a população de lagartas (pequenas+grandes) for superior a 20 por metro ou 40 por pano-de-batida, (ii) a maioria das lagartas na lavoura forem grandes (> do que 1,5cm); (iii) a desfolha da lavoura já tenha atingido 30% na fase vegetativa, ou 15% após a floração; e (iv) junto com a lagarta-da- soja, ocorrerem outras espécies desfolhadoras e/ou percevejos que precisem ser controlados. Nessas situações, o agricultor deve seguir as recomendações do MIP-Soja e, havendo necessidade de aplica- ção de inseticidas, procurar a orientação dos técnicos da extensão rural ou de cooperativas. Outro produto biológico recomendado é baseado na bactéria Bacillus thuringiensis, que possui toxinas que paralisam o intestino do inseto. As lagartas contaminadas param de se alimentar, algumas horas após a ingestão do produto, e morrem poucos dias depois. 1.2 Pseudoplusia includens e outros Plusiinae O controle químico de P. includens, ocorrendo sozinha ou associada à lagarta-da-soja, deve ser feito quando forem encontra- das, em média, 40 lagartas grandes por pano-de-batida, ou se a desfolha atingir 30% até o final do florescimento, ou 15%, tão logo apareçam as primeiras flores. A escolha do inseticida pode ser feita consultando as Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Central do Brasil, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. 1.3 Coleópteros desfolhadores A recomendação de controle para os coleópteros desfolhado- res, em geral, é baseada no nível de desfolha, que não deve ultra- passar 30% até a floração e 15% a partir do surgimento das primei- 52 1.4 Outros organismos que atacam as folhas O controle químico dos tripes não se justifica por não evitar a incidência e a disseminação da queima-do-broto, embora vários inseticidas tenham sido eficientes para reduzir suas populações. A aplicação torna-se desnecessária pois, antes de o inseticida agir, o inseto já transmitiu o vírus. Também, não é recomendado o controle químico da lagarta enroladeira, O. indicata, considerando que o ataque normalmente ocorre próximo à maturação da soja, quando a perda de área foliar não mais afeta o rendimento da planta. A ocorrência e o potencial de dano da mosca-branca B. argenti- folii é preocupante. Altas populações podem provocar perdas de 30% a 70% da produção. Além disso, essa praga tem grande capa- cidade de tolerar a ação de inseticidas e, rapidamente, desenvolver resistência aos seus princípios ativos. Embora alguns inseticidas sejam recomendados para culturas como hortaliças, nenhum desses produtos foi registrado para o controle de mosca branca em soja. Pouco se sabe a respeito dos níveis de ação para gafanhotos. Sendo assim, o desfolhamento causado por eles deve ser somado ao das lagartas e outros desfolhadores. Embora alguns produtos químicos tenham sido indicados para o controle dessa praga em outras culturas, não existe nenhum princípio ativo registrado ou recomendado para ser utilizado na soja. ras flores, considerando também os danos causados pelas lagar- tas. 2.1 Percevejos O nível de ação (Tabela 2), a partir do qual o controle químico dos percevejos deve ser realizado, é de quatro percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5cm, observados na média das amostragens 2 CONTROLE INTEGRADO DAS PRAGAS QUE ATACAM AS VAGENS E GRÃOS 53 pelo pano-de-batida. Para o caso de campos de produção de semen- te, esse nível deve ser reduzido para dois percevejos por pano-de- batida. Embora os percevejos possam estar presentes na cultura da soja, em diferentes períodos do desenvolvimento da planta, causam problemas apenas na fase de desenvolvimento de vagens e enchi- mento de grãos. A ocorrência de percevejos em alta população durante o período vegetativo da soja é comum. Entretanto, não constituem risco para o rendimento de grãos da cultura e tampouco será esta a população que, a partir do final da floração, irá colonizar a lavoura. Em função do uso de cultivares de soja pertencentes a diferentes grupos de maturação, as primeiras lavouras colhidas servem de inóculo de percevejos para as lavouras vizinhas mais tardias que ainda estão desenvolvendo vagens e grãos. Sendo assim, recomen- da-se muita atenção com essas lavouras, pois a intensa e rápida migração dos insetos pode causar danos irreversíveis à soja. As recomendações gerais para o controle dos percevejos são válidas para todas as espécies de percevejos sugadores de sementes e os inseticidas recomendados são listados nas Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Central do Brasil, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Quando a popula- ção de percevejos está concentrada nas bordas da lavoura, no período de colonização, o controle pode ser efetuado somente nestas áreas marginais para evitar a dispersão dos insetos para toda a lavoura. Recentemente, foram constatados casos de resistência do percevejo marrom a inseticidas, principalmente endossulfan e monocrotofós. Sendo assim, recomenda-se que o mesmo produto ou grupo de produtos (organoclorados, fosforados, etc) não seja utilizado repetidas vezes, ou que se aumente a dose dos produtos, pois esses procedimentos poderão intensificar o problema. 54 áreas contínuas de microbacias hidrográficas. Nessas, a presença de vegetação nativa é fundamental para servir de refúgio e facilitar o restabelecimento do equilíbrio entre as pragas e os inimigos natura- is. 2.1.3 Outras medidas para o controle de percevejos As cultivares precoces geralmente escapam dos danos dos percevejos, mas permitem a sua multiplicação. Com a colheita dessas lavouras, os percevejos migram para as mais tardias que são mais danificadas. Sendo assim, os agricultores devem evitar os cultivos mais tardios. Os percevejos são geralmente atraídos por leguminosas. O percevejo pequeno é atraído pelas anileiras (Indigofera spp.), onde permanece durante a entressafra. Dessa forma, pode-se diminuir a sua população através da aplicação de inseticidas ou liberação de parasitóides, antes da sua dispersão para a soja. O percevejo marrom passa, praticamente todo o período de entressafra, em diapausa, sob os restos da cultura anterior. Recomenda-se o exame cuidadoso desses restos e, se forem encon- trados focos de percevejos, estes devem ser eliminados através da aplicação de inseticidas ou enterrando a palhada. 2.2 Lagarta-das-vagens A aplicação de inseticidas para o controle das lagartas-das- vagens (S. latifascia e S. eridania) é recomendada somente quando houver ataque em pelo menos 10% das vagens, na média dos diferentes pontos de amostragens (Tabela 2), ou causando desfolha acima dos limites já mencionados para outras lagartas. Para a esco- lha dos inseticidas, consultar as Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Central do Brasil, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. 57 3.1 Sternechus subsignatus 2.3 Broca-das-vagens Como M. testulalis pode causar danos semelhantes à E. apore- ma, níveis de ação semelhantes, baseados no número de ponteiros atacados, podem ser adotados (Tabela 2). Quando o seu dano se concentra mais nas vagens, e para E. zinckenella, sugere-se o nível de ação de 10% a 15% de vagens atacadas. Entretanto, não existe nenhum inseticida recomendado para o controle das brocas-das- vagens em soja. O controle do tamanduá-da-soja, através da aplicação de inseticidas de contato, é difícil, devido aos hábitos do inseto. Os ovos e as larvas são protegidos da ação dos produtos químicos no interior do caule e os adultos ficam localizados sob a folhagem, ou no solo, sob os restos de cultura. Desse modo, para que ocorra diminuição da população de S. subsignatus na área, deve-se utilizar um conjunto de táticas do MIP, principalmente a rotação de culturas com plantas não hospedeiras como o milho, o sorgo e o girassol, a cultura-armadilha e o controle químico nas bordaduras. A aplicação de inseticidas deve ser feita na entrelinha quando, no exame de plantas de soja com até duas folhas trifolioladas (V3), for encontrado, em média, um adulto por metro de fileira de soja e, em plantas com cinco folhas trifoliola- das (V6, próximo à floração), até dois adultos por metro linear (Tabela 2). Antes de planejar o cultivo, nos locais em que, na safra anterior, foram observados ataques severos do inseto, é importante ava-liar, preferencialmente na entressafra, a população de larvas hibernantes no solo. Para cada 10 ha, devem ser retiradas quatro amostras de solo, centradas nas antigas fileiras da soja, com 1m de com-primento e com 25cm de largura e profundidade. Se nessas amostragens 58 3 CONTROLE INTEGRADO DAS PRAGAS QUE ATACAM PLÂNTULAS, HASTES E PECÍOLOS 2forem encontradas de três a seis larvas/m e/ou pupas, no mínimo um ou dois indivíduos podem chegar a adulto. Sendo assim, não é recomendado a semeadura da soja na área, pois essa população poderá causar uma perda de produção da ordem de sete a 14 sacas/ha. A adoção da técnica de rotação de culturas tem reduzido as populações da praga nas áreas de milho, que tem sido a cultura preferencialmente utilizada pelos agricultores. Para aumentar a eficiência de controle, as plantas não hospedeiras (milho, girassol, algodão, etc.) devem ser circundadas por plantas hospedeiras preferenciais (cultura-armadilha), que pode ser a própria soja semea- da antecipadamente. Desse modo, ao atrair e manter os insetos nessa bordadura da lavoura, o produtor pode pulverizar um insetici- da químico apenas numa faixa de, aproximadamente, 30m (ver Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Central do Brasil, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina). Esse controle deve ser feito nos meses de novembro e dezembro, quando a maior parte dos adultos sai do solo, e repetido sempre que o inseto atinja os níveis de ação. Outra alternativa é o tratamento das semen- tes de soja com inseticida para a semeadura, apenas nas faixas de bordaduras de 30 a 50m, a partir do milho. Dessa forma, as plantas ficarão protegidas por aproximadamente 40 dias, evitando assim, pulverizações excessivas no período mais crítico ao ataque da praga, o início do desenvolvimento da cultura. No Paraná, o tratamento de sementes com inseticidas é recomendado, especialmente, para as semeaduras realizadas após a segunda quinzena de novembro, quando o período residual do inseticida coincide com o pico popula- cional do inseto. 3.2 Epinotia aporema O controle desta lagarta com inseticidas deve ocorrer quando forem encontrados, no exame de plantas, em torno de 30% dos 59 cendo a multiplicação dos inimigos naturais. O controle biológico da lagarta-da-soja e dos percevejos contribuiu para a melhoria do processo, diminuindo ainda mais a utilização dos inseticidas quími- cos. Numa segunda fase, como o processo é dinâmico, outras técnicas de controle foram incorporadas ao MIP. A seqüência de plantas hospedeiras, a dinâmica populacional e as estratégias utiliza- das pelos percevejos na entressafra, bem como os estudos da biologia dos insetos da soja, forneceram importantes subsídios para a adoção das práticas culturais, principalmente para o MIP de pragas de ocorrência mais recente e difícil controle. A expansão do controle biológico, através da produção de parasitóides in vitro, e a viabilização econômica da produção comer- cial do baculovírus em laboratório, assim como a liberação de genóti- pos resistentes às principais pragas, estão entre os principais objeti- vos do MIP-Soja, num futuro próximo. Além disso, com o aumento das áreas de soja orgânica, aumenta a exigência dos agricultores por técnicas alternativas ao controle químico e que venham a aperfeiçoar o MIP-Soja. AGRADECIMENTOS As tecnologias geradas através das pesquisas realizadas para o MIP-Soja, coordenadas pela Embrapa Soja, foram graças aos esfor- ços de muitas instituições e inúmeras pessoas. Os autores gostariam de agradecer especialmente a todas as instituições que colaboraram na implantação do MIP-Soja, representadas pela EMATER, principal- mente as dos Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, às coopera- tivas e à Embrapa Agropecuária Oeste. Aos colegas que auxiliaram coletando dados ou executando as pesquisas; no campo: Oriverto 62 Tonon, Elias C. de Souza, José de O. Ramos, José Francisco, Manoel P. da Silva, Natalino M. Paulino, Natalício S. Pereira, Valter Maimone, Wilson Pozenato; no laboratório: Adair V. Carneiro, Antônio Carlos F. Mendes, Elis de Miranda, Fábio E. Paro, Ivanilda L. Soldório, Joacir de Azevedo, José Jairo Silva, Jovenil J. da Silva, Mauro Caetano Pinto, Rosemeire Choucino, Sérgio H. da Silva e Tercília M. Gelinskas; e aos ex-funcionários da Embrapa Soja: Devonzir S. Costa, Eduardo Palma, Dra. Geni L. Villas Boas, Jair C. da Silva, José B. da Veiga, José Jovair, João Maria dos Santos, João T. da Silva, Jussara Tuffino, Nadir Damasceno, Osvaldo Cândido Batista e Youssef A. Mazlum. Como 27 anos já se passaram desde o início do programa, mencionar ou, mesmo, lembrar de todos não é uma tarefa fácil. Portanto, agradecemos a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para o MIP-Soja. Aos colegas Dr. Léo Pires Pereira e Dr. Odilon Ferreira Saraiva pelas sugestões e revisão dos manuscritos que geraram esta Circular Técnica e ao bibliotecário Ademir B. A. de Lima pela correção das citações bibliográficas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, A.M.R.; CORSO, I.C. A queima-do-broto da soja. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1990. 7p. (EMBRAPA.CNPSo. 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