Baixe TRATAMENTO DE TUBERCULOSE e outras Trabalhos em PDF para Medicina, somente na Docsity! TRATAMENTO DE TUBERCULOSE RESIDENTE LUCYMARA OHANA GALAXE PRECEPTORA DRA ANA CARLA DUARTE FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE RESIDÊNCIA DE CLÍNICA MÉDICA MÓDULO DE PNEMOLOGIA ABRIL-2015 INTRODUÇÃO •O tratamento cura 100% dos casos novos –Sensíveis aos medicamentos anti-TB –Obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa • Importância no controle epidemiológico da TB •Difícil adesão –Longo (mínimo 6 meses) –Melhora clínica no primeiro mês –Estigma e preconceito da doença •Período de transmissibilidade após o inicio do tratamento REGIMES DE TRATAMENTO ◦De modo geral é ambulatorial e diretamente observada (TDO) ◦Hospitalização recomendada: ◦Meningoencefalite ◦Intolerância ao antiTB incontrolável em ambulatório ◦Estado geral impossibilitantes ◦Vulnerabilidade social TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO ◦Princípios: ◦Compromisso político com a estratégia e mobilização da sociedade ◦Garantia de exame bacteriológico de qualidade ◦Tratamento padronizado e supervisionado ◦Fornecimento eficaz de medicação ◦Sistema de monitoramento dos casos ◦Todo paciente com TB ◦Princípios: ◦Observação da deglutição da medicação ◦Construção do vínculo profissional- paciente ◦Critérios: ◦24 doses observadas durante a fase intensiva ◦48 doses na fase de manutenção TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO TRATAMENTO ADJUVANTE NA MENINGOENCEFALITE TUBERCULOSA ◦Corticoterapia ◦Prednisona oral 1-2mg/kg/dia ◦Dexametasona IV 0,3-0,4 mg/kg/dia ◦4-8semanas com desmame em 4 semanas ◦Fisioterapia motora Isoniazida - H ◦ Limitada a Micobactérias; ◦ Juntamente com R – alto poder bactericida; ◦ Atividade intra e extra celular incluindo cavitações e granulomas; ◦ Ocorre resistência, mas não cruzada; ◦ Interação medicamentoso com anti-epiléticos: - Fenitoína, etossuximida e carbamazepina – Aumento da biodisp. toxicidade. Rifampicina - R • Maior poder esterilizante • Inibidor da RNA-polimerase de células procariotas • Entra nas células fagocíticas • A resistência pode se desenvolver rapidamente • Dá cor laranja a saliva, escarro, lágrima e suor • Altas concentrações no LCR • Interação medicamentosa: Aumenta enzimas de metabolização do fígado levando a uma degradação dos seguintes medicamentos: – Varfarina; Glicocorticoides; Analgésicos Narcóticos; Antidiabéticos orais; Dapsona e Estrógenos FREQUÊNCIA DE MUTANTES RESISTENTES BRASIL apud Canett G. & col. DEFINIÇÕES ◦Caso novos ou virgem de tratamento ◦nunca fez tratamento anti-TB ou fez <30 dias ◦Retratamento ou com tratamento anterior ◦tratamento prévio >30 dias, que necessite de um novo tratamento por recidiva após cura ou retorno após abandono ◦Falência ◦persistência de bacilos no final do tratamento ◦Baciloscopia inicial fortemente positiva mantendo até o 4º mês de tratamento ◦Positividade da baciloscopia seguida de negativa e retorno da positividade após o 4º mês, por 2 meses consecutivos
Quadro 5. Mecanismo de ação dos principais
tuberculostáticos
TUBERCULOSTÁTICO MECANISMO DE AÇÃO
Rifampicina Ligação irreversível à RNA-polimerase DNA dependente, impedindo a
produção de RNA é a sintese de proteinas
Isoniazida Quelação de ions cobre essencias para a célula bacteriana; interfere,
também na enzima micolase-sintetase, importante na sintese de ácido
micólico, constituinte básico da parede celular das micobactérias
Pirazinamida Mecanismo ainda pouco conhecido; pareçe ser similar ao da isoniazida
Etambutol Inibição da sintese de ácido mucléicos da célula bacteriana
Etionamida Age sobre a enzima nicotinamida adenina-dinuclgotideo, tornando-a
defeituosa
Estreptomicina É um aminoglicosideo; como tal liga-se irreversivelmente ao ribossomo
bacteriano (subunidades 308 e 508), produzindo bloqueio ou alterações
rofundas na sintese de proteinas (formação de proteas aperrantes
Fonte: Siqueira-Balista R. Antimicrobianos. In: Siqueira-Batista R,
Gomes AP, Santos 55, Almeida LC, Figueiredo CES, Bedoya-Pacheco
8. Manual de Infectologia. Rio de Janeiro, Revinter. 2003,
Efeitos maiores
Efeito Droga Conduta
Exantemas Estreptomicina — Suspender o tratamento
Rifampicina Reintroduzir o tratamento droga
a droga após resolução
Subslituir o esquema nos casos
graves ou reincidentes
Hipoacusia Estreptomicina — Suspender a droga e substitui-la
pela melhor opção
Vertigem e nistagmo Estreptomicina — Suspender a droga e substituí-la
pela melhor opção
Psicose, crise convulsiva, encefalopatia Isoniazida Substituir por estreptomicina +
tóxica e coma etambutol
Neurite óptica Etambutol Substituir
Isoniazida
Hepatotoxicidade (vômitos, alteração das Todas as Suspender o tratamento
provas de função hepálica, hepalite) drogas temporariamente até resolução
Trombocitopenia, leucopenia, cosinofilia, Rifampicina Dependendo da gravidade,
anemia hemolitica, agranulocitose, Isoniazida suspender o tratamento
vasculite reavaliar o esquema de
tratamento
Nefrite intersticial Rifampicina Suspender o tratamento
principalmente
intermitente
Rabdomiólise com mioglobulinúria e Pirazinamida Suspender o tratamento
insuficiência renal
ESQUEMAS ESPECIAIS
Duração minima
Padrão is Esquema recomendado detratamento | Comentários
resistência
(meses)
Hx 5) R+Z+E 6ag Em casos de doença extensa pode-se
associar uma fluoroquinolona
He Z R+Efluoroquinolona Sai? Maior duração de tratamento nos
casos de doença extensa
R H+E+fluoroquinolona+ (Z durante os 2-3 12218 Associação de agente injectâvel em
primeiros meses)
R+E(+5) H+2+fuoroquinolona+ (agente injectável 18
durante os 2-3 primeiros meses)
R+Z(+8) H+E-fuoroguinolona+ (agente inectável 18
durante os 2-3 primeiros meses)
caso de doença extensa
Um curso superior (5 meses) do
fármaco injectâvel em caso de doença
extensa
Um curso superior (5 meses) do
fármaco injectável em caso de doença
extensa
Hzisoniazida; R=rfampicina, Z=pirazinamida; E=etambutol, S=estreptomicina
TRATAMENTO NO HEPATOPATA ◦Deve ser interrompido se: ◦Elevação das enzimas hepáticas >5x LSN, assintomático ◦Elevação das enzimas hepáticas >3x LSN, com sintomas ◦Surgimento de icterícia, independente das enzimas hepáticas