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Guias e Dicas
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Augusto dos Anjos SLIDE, Manuais, Projetos, Pesquisas de Literatura

Pesquisa sobre o poeta Augusto dos Anjos

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2016
Em oferta
30 Pontos
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Compartilhado em 13/04/2016

frutose-sama-6
frutose-sama-6 🇧🇷

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Baixe Augusto dos Anjos SLIDE e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Literatura, somente na Docsity! Augusto dos Anjos BIOGRAFIA, CONTEXTO HISTÓRICO, IDEIAS DEFENDIDAS E OBRAS Biografia Augusto dos Anjos (18841914) foi um poeta brasileiro. Sua obra é extremamente original. É considerado um dos poetas mais críticos de sua época. Foi identificado como o mais importante poeta do pré-modernismo, embora revele em sua poesia, raízes do simbolismo, retratando o gosto pela morte, a angústia e o uso de metáforas. Declarou-se "Cantor da poesia de tudo que é morto". O domínio técnico em sua poesia, comprovaria também a tradição parnasiana. Em 1908, Augusto dos Anjos é nomeado para o cargo de professor do Liceu Paraibano, mas em 1910, é afastado do cargo por desentendimentos com o governador. Nesse mesmo ano casa-se com Ester Fialho e muda-se para o Rio de Janeiro, depois que sua família vendeu o engenho Pau d'Arco. Em 1911 é nomeado professor de Geografia, no Colégio Pedro II. Durante sua vida, publicou vários poemas em jornais e periódicos. Em 1912 publicou seu único livro "EU", que causou espanto, nos críticos da época, diante de um vocabulário grotesco, na sua obsessão pela morte: podridão da carne, cadáveres fétidos e vermes famintos. Em 1914, Augusto dos Anjos é nomeado Diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, em Leopoldina, Minas Gerais, para onde se muda. Nesse mesmo ano, depois de uma longa gripe, é acometido de uma pneumonia. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos morre em Leopoldina, Minas Gerais, no dia 12 de novembro de 1914. Cientificismo Se nos detivermos mais analiticamente sua obra, encontraremos os termos difíceis por onde esbarra o cientificismo, incontestável função “compensatória” para o pessimismo declarado do poeta, sempre a questionar severamente o sentido de nossas vidas. Em alguns de seus sonetos nos deparamos com um caráter filosófico ocultista único em toda a literatura brasileira, em versos marcados por uma religiosidade espiritualista, voltados para a libertação de nossa alma, que vive sempre atormentada. Augusto acreditava no sofrimento pela culpa como forma de solucionar a perene luta entre as vontades, e aguardava por uma humanidade redimida e pura, quando os homens valorizariam o “sentido da vida”. Assim, o autor trata em seus poemas, a morte como mera etapa do processo ininterrupto da vida, a assinalar não o fim, mas uma continuidade ou recomeço de um ciclo. “Poeta não da morte, nem da carne em putrefação, mas sim da vida, capaz que foi de ver o mundo num grão de areia e de ouvir verdades ditas pelas pedras mortas.” Poemas Psicologia de um Vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Produndissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme -- este operário das ruínas -- Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, ”Vou mandar levantar outra parede…” -- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre minha rede Pego de um pau. Esforços faço. Chego A tocá-lo. Minh’alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?! A consciência humana é este morcego! Por mais que a gente faça, à noite, ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto. Versos Íntimos Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão, esta pantera, Foi tua companheira inseparável!
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