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Guias e Dicas
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Ilustrar: Edição Especial sobre Arqueologia e Ilustração, Notas de estudo de Artes

Esta edição do periódico ilustrar apresenta uma conversa sobre a importância de ilustração em arqueologia, liderada pela ilustradora ana luiza koehler. Além disso, o documento traz informações sobre os trabalhos de suryara bernardi, tiago lacerda, bernardo frança e hiro kawahara, além de uma entrevista com renato alarcão. O texto também apresenta notícias sobre a venda do livro ‘sex & crime: the book cover art of benicio’ e a coluna de renato alarcão.

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 23/04/2015

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4.9

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Baixe Ilustrar: Edição Especial sobre Arqueologia e Ilustração e outras Notas de estudo em PDF para Artes, somente na Docsity! w w w .r ev is ta ilu st ra r. co m 2 7 / 2 0 12 Suryara Ber nardi, Tiago Lacerda, Ber nardo França, Ana Luiza Koheler, Hiroines e Renato Alarcão ENDEREÇO DO SITE: www.revistailustrar.com 2a 2b ricardo antunes são paulo / Lisboa ricardoantunesdesign@gmail.com www.ricardoantunes.com Novidades no ar... omeçamos esta edição do mês de março com algumas novidades bacanas. A Ilustrar sempre teve a enorme preocupação de abordar todos os gêneros de ilustração - porque todos os gêneros são importantes - e um que estava faltando finalmente foi lembrado. Por isso, nesta edição falamos finalmente sobre arqueologia com a ilustradora Ana Luiza Koehler, que nos leva de volta ao Império Romano e para as conquistas Vikings através de seus trabalhos cheios de detalhes, na seção 15 Perguntas. Na seção Portfolio temos o delicado e contagiante trabalho de Suryara Bernardi, que é também quem assina a capa. Tiago Lacerda, que já ilustrou a coluna de Renato Alarcão antes, apresenta seus trabalhos na seção Sketchbook, e o passo a passo fica por conta de Bernardo França, mais um que também tem frequentado a revista. Outra novidade que apresentamos aqui com exclusividade é o lançamento do livro “Hiroines”, de Hiro Kawahara, onde mostramos um pequeno preview do livro, previsto para junho. E para fechar temos a coluna de Renato Alarcão, falando sobre histórias de terror de freelancers, ilustrado pelo cartunista Rico, além dos participantes da seção Espaço Aberto. Espero que gostem, dia 1 de maio tem mais. C •EDITORIAL: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 •PORTFOLIO: Suryara Be rnard i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 •ESPECIAL: H i ro ines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 •SKETCHBOOK: T i ago Lacerda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 •STEP BY STEP: Bernardo França . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 •COLUNA NACIONAL: Renato A larcão . . . . . . . . . . . . . . 29 • 15 PERGUNTAS PARA: Ana Lu i za Koeh le r . . . . 32 • ESPAÇO ABERTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 • CURTAS.............................................................. 56 • LINKS DE IMPORTÂNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 DIREÇÃO, COORDENAÇÃO E ARTE-FINAL: Ricardo Antunes ricardoantunesdesign@gmail.com DIREÇÃO DE ARTE: Neno Dutra - nenodutra@netcabo.pt Ricardo Antunes - ricardoantunesdesign@gmail.com REDAÇÃO: Ricardo Antunes - ricardoantunesdesign@gmail.com REVISÃO: Helena Jansen - donaminucia1@gmail.com COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Angelo Shuman (Divulgação) - shuman@uol.com.br ILUSTRAÇÃO DE CAPA: Suryara Bernardi - http://suryara.com PUBLICIDADE: revista@revistailustrar.com DIREITOS DE REPRODUÇÃO: Esta revista pode ser copiada, impressa, publicada, postada, distribuída e divulgada livremente, desde que seja na íntegra, gratuitamente, sem qualquer alteração, edição, revisão ou cortes, juntamente com os créditos aos autores e co-autores, e com indicação do site oficial para download. Os direitos de todas as imagens pertencem aos respectivos ilustradores de cada seção. Fo to : ar qu iv o R ic ar do A nt un es O fato de eu ter um background em design me ajuda a ter um pensamento gráfico para a comunicação. Aliado a isso, busco trazer uma certa dose de “emoção” à comunicação racional das formas gráficas por meio de traços mais lúdicos e infantis. É uma forma de aliar o racional e o emocional. Minha maior preocupação no editorial é contribuir de alguma forma para a narrativa, que não seja somente representar o que foi escrito. Faço isso muitas vezes utilizando um humor leve, exagerando situações ou mesmo dando uma visão paralela do objeto narrado. Sou muito apaixonada pelo que faço, então cada trabalho tem seu lado prazeroso. Quando faço revistas, gosto muito da dinâmica e da versatilidade de temas; nos livros didáticos gosto da sensação de voltar a aprender coisas que esqueci e nos livros literários, a possibilidade de explorar histórias que nunca imaginei. Meu maior objetivo hoje é conseguir conciliar a ilustração com trabalho de autoria. Tenho muitas ideias e um desejo enorme de contar histórias. Os artistas da animação da década de 1950 vieram de uma formação clássica, mas amadureceram suas habilidades e aperfeiçoaram suas narrativas visuais por meio de décadas de trabalho. Esse período, na minha opinião, foi quando chegaram ao seu auge. Acho que algumas coisas são meio difíceis de explicar, principalmente quando se trata de admiração estética. São linhas muito expressivas que carregam esse misto entre o possível e o inimaginável. É tudo transparente, você não tem onde se esconder. L I N G U A G E M G R Á F I C A Á R E A E D I T O R I A L G R A F I S M O A N O S 5 0 / 6 0 Minhas principais influências vêm da época de ouro da animação. Artistas como a Mary Blair, o Maurice Noble e o Eyvind Earle são fontes diárias de inspiração. A forma como construíram suas imagens, com uma carga enorme de sentimento, me motivam também a me deixar levar e transparecer quem eu sou nas linhas que risco. Outros artistas em quem busco referências são o Nate Wragg, a Josie Portillo e a Emmanuelle Walker, muito pela leitura que fazem das cores e personalidades dos seus personagens. P R I N C I P A I S I N F L U Ê N C I A S 5a 5b P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I Nos cenários eu me preocupo muito com o clima do lugar e com a ambientação. Explorar como esse lugar interage com os personagens de forma concreta e psicológica. Por exemplo, em uma floresta de árvores enormes, como eu me sentiria nesse lugar? Depende muito da hora do dia, do clima e das possibilidades do que eu posso encontrar ali. Esse mundo de ideias e perguntas me fascina e poder deixar algo no ar por meio do cenário contribui muito para a narrativa. C E N Á R I O S D E A N I M A Ç Ã O 6a 6b P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I 7a 7b P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I 10a 10b P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I P O R T F O L I O : S U R Y A R A B E R N A R D I HIROINES D epois de um ano de atraso, inúmeros problemas, doenças graves, um glaucoma tratado e dificuldades em geral que o artista passou, finalmente chegamos na fase final de produção do tão aguardado livro “Hiroines - The Art of Hiro Kawahara”. Mas a espera valeu a pena... o livro está caprichadíssimo, recheado de ilustrações com as garotas mais doces do mercado - as Hiroines - além de muito material inédito deste que é um dos mais conhecidos ilustradores brasileiros. Entre o material inédito, há também uma série de imagens que pouca gente teve acesso: o sketchbook pessoal do Hiro... biscoito fino. E para completar, no final do livro ainda há um passo a passo exclusivo. Agora é aguardar a fase final de produção... o livro só fica pronto lá para junho, e será vendido somente na loja da Reference Press. Quando estiver pronto avisaremos aqui novamente... até lá, aproveitem para dar uma espiadinha nessa prévia que deixamos aqui. THE ART OF HIRO KAWAHARA 11a 11b HIROINES REFERENCE PReSS reference@referencepress.com www.referencepress.com E S P E C I A L : H I R O I N E S © H ir o K aw ah ar a 12a 12b E S P E C I A L : H I R O I N E S E S P E C I A L : H I R O I N E S © H ir o K aw ah ar a © H ir o K aw ah ar a TIAGO LACERDA ssinando seus trabalhos como Elcerdo, o ilustrador carioca Tiago Lacerda deixou a faculdade de física para se formar em design e depois se dedicar à ilustração, animação e quadrinhos. Tem trabalhado para algumas das maiores publicações do país como O Globo, Folha de S. Paulo, Le Monde Diplomatique e revistas como Monet, VIP, Trip, Época, Superinteressante, Galileu, Mac+. É também um dos idealizadores e autor da revista em quadrinhos independente “Beleléu”, lançada em 2009, se dedicando a partir daí cada vez mais aos quadrinhos. Foi curador da exposição de Quadrinhos Independentes da Rio Comicon em 2010 e em 2011 foi um dos participantes do livro MSP Novos 50, coletânea de Mauricio de Sousa. A “Hoje não saio mais de casa sem um caderno. Tenho vários modelos e formatos específicos para cada ocasião, para anotar ideias, ou registrar alguma situação. É legal desenhar o cotidiano ao seu redor. Ter como referência sua realidade.” 15a 15b TIAGO LACERDA RIO DE JANEIRO - RJ tslacerda@gmail.com www.elcerdo.com.br S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A © T ia go L ac er da Fo to : Ti ag o La ce rd a “Sou um grande apreciador, colecionador, consumidor e fã dos quadrinhos franceses. Minhas maiores influências atuais são alguns quadrinistas franceses. E percebi que a grande maioria, ou pelo menos os bons, estão sempre com seus cadernos em mãos. Estão sempre desenhando, a qualquer momento. E passei a carregar um caderno para onde eu for, e estou sempre rabiscando neles. Acho que um dos primeiros livros de sketchbooks que tive em mãos foi o do Chris Ware (Acme Novelty Datebook), e aquele livro mudou minha vida. Encontrei-o numa livraria aqui no Rio, muito pelo acaso e, virou consulta básica. Foi numa época em que finalmente estava estudando desenho de verdade com meu grande amigo e mestre Renato Alarcão. Isto foi em 2001, quando fiz o curso de ilustração e percebi que existia uma profissão, que poderia seguir este caminho. Até então, meus planos seriam como designer. Foi a época em que comecei a desenhar para valer. E comecei a usar os cadernos, os sketchbooks, sob forte influência de Chris Ware e do Renato Alarcão - que também tem uns cadernos incríveis. Precisavam muito ser publicados. É um material verdadeiro, sem maquiagem. Você vê o verdadeiro trabalho do artista. Espontâneo, sem muitas correções, um traço mais solto, um desenho sem compromisso. Estudos, memórias, sonhos e desejos, tudo ali, registrado naquelas páginas, ou mesmo em apenas um cantinho da página. 16a 16b S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A “Hoje, desenhar em sketchbooks já é uma prática mais comum, mais conhecida. Já é possível encontrar vários modelos de cadernos próprios para desenho em papelarias e livrarias. E infelizmente os sketchbooks viraram moda, é estranho falar isso. Como qualquer outra arte, algumas pessoas não captaram muito bem o propósito ou a função do caderno. Ele não é uma obra de arte. Acaba sendo um objeto muito pessoal do artista. Mas alguns ilustradores estão andando com seus cadernos debaixo do braço e querendo mostrar páginas quase finalizadas, pensadas, estudadas, para serem exibidas como um sketch muito bem feito, mas acaba sendo uma ilustração em arte final na verdade. Surgiram algumas edições por aí, de sketchbooks de artistas, mas com aquela cara de livro de arte. Tudo muito editadinho, certinho, tudo no seu devido lugar. Sem manchas, rabiscos. Aí, volto a citar o livro do Chris Ware, que tem páginas sujas, com manchas que passaram por 4, 5, 6 páginas. Quadros inacabados. Histórias sem graça. Mas belíssimos desenhos de casas, de lanchonetes, de pessoas dormindo. Pequenos quadrinhos, que parece que foram feitos no banheiro, que surgiram de uma ideia qualquer. Acredito que ele rabisca aquilo, para se livrar daquela ideia e para surgirem novas. E acho importante este processo de anotar até mesmo as ideias ruins; elas podem se tornar algo interessante depois. Estes cadernos acabam virando uma grande fonte de pesquisa.” 17a 17b S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A 20a 20b S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A 21a 21b S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A Para saber mais sobre Tiago Lacerda: http://www.elcerdo.com.br http://www.ideafixa.com/friquinique http://www.revistabeleleu.com.br 22a 22b S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A S K E T C H B O O K : T I A G O L A C E R D A Durante a criação de imagem eu estou sempre revisitando ideias, indo e vindo. A reflexão não pode parar nunca (entrar no automático é fria). Aqui apliquei um fundo com cor para eu continuar a criar o ambiente/história do Hora de arte-finalizar o traço dos personagens. Sempre começo pelos personagens porque eles já vêm com o “lápis” mais fechado que o cenário. Gosto de sugerir um cenário inicialmente, para ir trabalhando nele de acordo com a evolução da obra. Devo usar em torno de 3 a 5 brushes diferentes em uma imagem como essa. que virá no futuro. Todo o processo foi realizado no Photoshop Adobe CS4. Dei um INVERT no layer das linhas e abaixo um fundo com gradiente sugerindo uma fonte de luz. Todos os que uso já vêm no próprio programa. Eu tenho apenas o trabalho de pesquisar qual vai servir melhor na tarefa. Desenho pra mim é ferramenta aplicada. Eu não baixo brush, não crio brush e não mexo nas qualidades dele a não ser OPACIDADE, FLOW e SHAPE DYNAMICS. 2 3 Colorização dos personagens. Simples assim: layer das linhas acima e layer de cor embaixo. Agora é hora de quebrar a cabeça. Ligo de novo o layer base para começar o cenário. Como disse, o cenário eu geralmente trago “em aberto” - essa Uso uns tons próximos à cor base para sugerir luz/sombra. hora é de muita reflexão para deixar tudo em harmonia (mesmo que a harmonia seja a falta de compasso - apesar de não ser o caso agora). 4 5 25a 25b S T E P B Y S T E P : B E R N A R D O F R A N Ç A S T E P B Y S T E P : B E R N A R D O F R A N Ç A Momento de criar o ambiente. Eu não me considero um bom colorista, e muito do meu processo de desenho é empírico - ou seja, testes, testes, testes. Quando não tenho certeza de uma cor, crio um novo layer para o que eu for pintar e vou alterando a cor no HUE/MATIZ até achar. Constantemente eu estou aplicando layers de colorização, os filtros. Crio um novo layer, escolho uma cor, preencho o layer ou camada que quero aplicar e vou testando. Até hoje não sei direito o que cada um faz Aqui é muito importante trazer lembranças pessoais ou referências de fora. Inserir pequenos detalhes conta e o observador se identifica com a cena. Tenha em mente o que você quer mostrar com aquela imagem e vá fortalecendo-a até o fim. exatamente, são muitos, é sempre bom dar uma mexida na opacidade também. Eles dão um clima especial e conseguem mudar o enredo. Às vezes a luz imaginada no início do processo pode não ser a melhor. 6 7 Chegamos à reta final. Agora é botar os pingos no i’s. Mas isso ainda requer O legal é tornar as coisas compreensíveis: vidro tem brilho e reflete outros objetos, onde há cigarro aceso há fumaça, o que vem atrás do muita atenção para deixar a cena redondinha. vidro tem menos saturação, mármore possui imperfeições, plantas possuem tons e sombra - sombra é a chave do negócio para uma leitura cognitiva. 8 9 26a 26b S T E P B Y S T E P : B E R N A R D O F R A N Ç A S T E P B Y S T E P : B E R N A R D O F R A N Ç A Eu sei o básico do básico do Photoshop, recentemente um amigo me apresentou o COLOR BALANCE e achei muito bom - dá pra corrigir as cores escolhidas. Crucial: Se durante algum momento tenho uma ideia que eu acho que vá contribuir de uma melhor forma para a mensagem final, eu não teria outra atitude senão a de executá-la. Como sempre, eu vou na base do teste, arrasta a setinha pra lá, pra cá, um pouco mais pra lá até achar o ponto G. Voilá! Isso é bom e ruim, mas prefiro muito mais a parte boa dessa balança - a retribuição no final de umas horas a mais é grande e preenche. 10 11 27a 27b S T E P B Y S T E P : B E R N A R D O F R A N Ç A S T E P B Y S T E P : B E R N A R D O F R A N Ç A que o som deles se parecia com o de diversas outras indiezinhas-que-estão- por-aí, com as previsíveis pitadas da santíssima trindade Beatles, Rolling Stones e Bob Dylan. Mas na minha pesquisa pela Wikipedia uma coisa me chamou atenção: o disco de estreia deles havia vendido um milhão de cópias, o que, convenhamos, nestes tempos de download, é um número muito além do razoável. Retomamos a conversa. Disse ao sujeito que estava interessado em saber mais detalhes. Veio então o e-mail a seguir. “Oi, Renato, Que bacana que você já nos conhece. Pois é, dessa vez, fomos chamados para uma parceria com a Dinamusic para um show que já está agendado. Não se trata, portanto, de crowdfunding, mas de algo já certo de rolar. Fizemos uma promoção de ingressos mais baratos, e vamos fazer poster e vídeos, como de costume. Nós normalmente pagamos 400 reais mais dois ingressos pro show, além de sempre tentar (com 100% de sucesso até agora) um poster autografado pra você e mais outras cópias, claro. Topa fazer com a gente?” Ele respondeu: “Olá, Renato, Infelizmente esse valor é impossível justamente pelo tamanho da nossa empresa. Seria ótimo e mais do que justo pagar valores assim por esses trabalhos, mas infelizmente não é uma realidade para nós do Whoa. Todos os artistas que chamamos viram no convite uma parceria com o projeto e uma oportunidade para ganhar visibilidade. Todos sempre receberam o mesmo valor e não há porque oferecer um valor diferente para um caso específico. Espero que o Whoa cresça e possamos pagar aos artistas valores desse tipo. Um abraço e sucesso.” Li o e-mail do jovem (ele só podia ser muito jovem mesmo) e dentro da minha cabeça o grilo falante disse: ahá, 400 pratas, eu sabia! Estou ficando bom em farejar essas roubadas... Imagina se eu vou querer um poster autografado por uns bostinhas que mal conhecem 5 acordes? Se o cliente me oferecesse uma bituca de cigarro do Miles Davis eu até faria de graça. Banda errada, bro. Você aí já está curioso para saber o que eu respondi. Então vamos em frente: “Olá, Fulano, Meu caro, o seu projeto é incrível, e eu inclusive vi vários vídeos da banda hoje para conhecê-la melhor. (Note, caro leitor, que eu não elogiei a música. Nada de mentir!) No entanto o valor que você propõe para a criação do poster é equivalente a 1/5 do preço da minha tabela para este tipo de projeto gráfico. (Leitores da Ilustrar, notaram o termo “minha tabela”? Está ali para demonstrar que quem dá o preço somos nós.) Por conhecer o trabalho de vocês e saber do profissionalismo dos seus projetos, e ainda, pelo tamanho do sucesso da banda ‘The Hunkies’, minha expectativa era a de receber uma proposta de trabalho mais próxima da realidade do mercado de design e ilustração. (novamente chamo você leitor a atentar para o fato de que agora já não me interessa mais participar deste projeto. Só que, ao invés de simplesmente dizer não, prefiro informar um preço que, tenho certeza, ele não topará. Esta medida tem finalidade unicamente educativa) O melhor valor a que posso chegar é R$1.600,00 mais 100 posters. Qualquer coisa, estou à disposição. Um abraço.” Eu tenho uma cisma com gente que se despede desejando “sucesso”. Além de achar isso brega, no meu dicionário de workaholic esta é uma palavra que vem sempre depois de “trabalho” (e o que este cara propunha não era exatamente o que eu chamaria de trabalho). Talvez, no fundo, ele achasse que estava me abrindo as portas para o tal sucesso. E, vejam só, eu ainda seria pago para atravessar aquela generosa porta, enquanto muitos artistas venderiam até a mãe para estar no meu lugar. “Fulano, Desejo boa sorte e sucesso a vocês. Um abraço.” Despedi-me. Refletindo sobre este causo, me parece que a equação funcionou assim: quem © R ic o C ar tu m © R ic o C ar tu m 30a 30b C O L U N A N A C I O N A L : R E N A T O A L A R C Ã O C O L U N A N A C I O N A L : R E N A T O A L A R C Ã O foi contratado para fazer a divulgação (Whoa) recebeu da produtora do show uma verba que já era curta e então teve que se virar pra fazer essa grana render e ainda tirar o seu quinhão. Para o poster, foi só procurar um artista gráfico que topasse fazer por 400 pratas, e ainda ficasse feliz por pegar um pouco do pó de pirlimpimpim da bandinha de rock, ganhar dois ingressos, ser visto por umas 1.500 pessoas que estarão no show (a maioria não vai sequer lembrar do seu nome no dia seguinte) e receber ainda um posterzinho autografado. Eu passo. E convenhamos minha gente, 400 reais por um poster é um ultraje. As pessoas tinham que começar a ter vergonha de propor um absurdo desses. Mas não, estamos no Brasil, essa grande economia concentradora de renda. É assim, em todos os níveis, desde a verdura que sai das mãos do agricultor até chegar ao supermercado. Eu acredito que cada decisão nossa, do jovem artista ao veterano tarimbado, educa o mercado numa direção. A cada contrato mal negociado, a cada trabalho gratuito a troco de visibilidade, a cada tabela absurda e imposta por quem nos procura, colocamos um buraco na estrada da profissão. E neste “causo” que lhes contei, a consequência direta do fato de vinte e tantos artistas toparem fazer um cartaz por 400 cascalhos é consolidar o preço da tabela para “Projeto Gráfico de Cartaz” neste patamar abaixo da linha da dignidade e da autoestima. Não acho que se deva ter esperanças de que, mesmo quando a grana estiver correndo em cascatas do lado de lá, a prosperidade será compartilhada com os artistas gráficos. Ninguém a não ser a gente, os artistas, tem o poder de fazer prosperar uma cultura de respeito. Se antes nos reuníamos ao redor da fogueira para aprender com os mais experientes, hoje quem faz este papel é a internet, que nos permite trocar ideias, compartilhar experiências. Quando o assunto é colocar uma etiqueta de preço no seu trabalho, o melhor conselho que posso dar é: se não sabe quanto ele vale, não chute. Informe-se. É fácil e a informação está a um clique de distância. E lembre-se que o coautor de qualquer história de terror na sua vida de free lancer só poderá ser você. Evite este papel. E para fechar, conto-lhes um causo rápido compartilhado por um antigo professor, o ilustrador Mirko Ilic. Mirko é amigo pessoal do Milton Glaser, fundador do histórico Push Pin Studios e designer gráfico de fama internacional. O jovem diretor de arte liga para o veteraníssimo gentleman Glaser para orçar um projeto de cartaz. Sem ter a menor noção de que fala com uma lenda viva nas artes gráficas, o rapaz dá início à sua abordagem a respeito de um projeto. “ - Mr. Glaser, queremos contratá- lo para fazer um cartaz, etc. e tal... Quanto o Sr. cobra?” “ - Depende. Entre 10 e 20 mil.” “ - Epa! Tudo isso? Será que podemos chegar a um meio-termo? Pense bem, afinal um cartaz terá sua ilustração bem grande, ficará exposto em vários locais de circulação, metrôs, pontos de ônibus, muita gente irá vê-lo...” Silêncio do outro lado da linha. “ - Isso sem contar a divulgação do seu nome, Mr. Glaser. Será que conversando podemos chegar a um valor mais em conta, algo assim mais dentro do nosso ‘budget’?” “- Fuck you”, disse o gentleman Milton Glaser antes de bater o telefone. A Revista Ilustrar agradece a participação especial do cartunista Rico nas ilustrações desta seção: ricocartum@uol.com.br http://ricocartum.blogspot.com 31a 31b C O L U N A N A C I O N A L : R E N A T O A L A R C Ã O C O L U N A N A C I O N A L : R E N A T O A L A R C Ã O © R ic o C ar tu m ANA LUIZA KOEHLER rquiteta e artista plástica, natural da cidade de Porto Alegre, Ana Luiza Koehler tem trabalhado desde os 16 anos como ilustradora no mercado editorial, e com o tempo se concentrou também na indústria de jogos eletrônicos e cursos on-line. Atualmente dedica-se à ilustração para o mercado editorial europeu e também à ilustração científica no campo da arqueologia. Entre seus trabalhos destacam- se ilustrações arqueológicas para o Römermuseum Osterburken e o Wikinger Museum Haithabu (Alemanha), ilustrações editoriais para a Freitag Editora (Brasil) e histórias em quadrinhos para as Éditions Daniel Maghen e Soleil (França). A Minha formação em Arquitetura e Urbanismo não é tão diferente assim do trabalho com ilustração científica para arqueologia, uma vez que o conhecimento de estruturas, proporções e formas construtivas é de imensa valia para qualquer área do trabalho com desenho. Sempre tive um grande interesse por História, que permanece até hoje, e a ilustração científica para arqueologia uniu perfeitamente esse interesse à prática do desenho. Recriar estruturas que não existem mais a partir de vestígios arqueológicos usando o desenho - finalmente a ilustração como ferramenta - é uma experiência fascinante. Apesar de você ter tido uma formação completamente diferente, de onde surgiu o interesse pela ilustração científica na área de arqueologia? 1 Mas o interesse pela História também conta, não?2 32a 32b ANA LUIZA KOEHLER PORTO ALEGRE - RS agoulartkoehler@gmail.com www.anakoe.com 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R © A na L ui za K oe hl er Fo to : ar qu iv o A na L ui za K oe hl er Basicamente, domínio do desenho da figura humana, conhecimentos de softwares gráficos para colorização digital e vetorização, técnicas de pintura tradicionais (aquarela, gouache, pastel...), e, claro, interesse por História. Tenho acumulado diversos volumes em minha biblioteca pessoal ao longo dos anos, que servem de excelente suporte e referências tanto textuais como visuais das diferentes épocas, mas sempre me guio pelas instruções e material científico que me são mandados pelos responsáveis pelos museus. Nesse âmbito, pesquiso muito pouco na internet pois é difícil verificar a legitimidade das informações que estão disponíveis. Museum Haithabu (Alemanha), pude estudar mais profundamente o período Viking e a influência da emigração dos povos escandinavos na formação do que hoje é a Europa Oriental. O Período Imperial Romano e a era Viking foram os trabalhos em que mais extensivamente estudei e pesquisei. Em especial, a Antiguidade Tardia (ca. 200 a 476 d.C.) me interessa por ser um período relativamente pouco documentado em comparação com a Antiguidade Greco-Romana. Preparando as ilustrações para a exposição permanente do Wikinger Que outros requisitos seriam necessários para trabalhar nessa área?7 Uma vez que estamos falando de ilustrações científicas e técnicas de períodos e civilizações que não existem mais, onde você faz toda a pesquisa necessária? 9 Há algum período histórico em especial no qual você tenha se especializado ou que tenha mais interesse? 8 35a 35b 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R O ideal é sempre poder visitar os sítios arqueológicos, mas isso nem sempre é possível em função do custo das viagens ou dos prazos de entrega das ilustrações. Por outro lado, sempre que possível, é interessante aproveitar viagens a lugares históricos para visitar museus, ver as escavações e ruínas de perto, adquirir catálogos das exposições e aprender mais. Este projeto ainda está em fase de definição, mas provavelmente abordará a história brasileira do início do século XX no Nordeste. Temos uma história e cultura muito ricas, que tem de aparecer e ser elaborada não somente nos quadrinhos mas também nas outras mídias, e é algo que eu sempre quis fazer. Já estou pesquisando cores, paisagens e outras documentações para esse projeto, e já tenho os personagens mais ou menos definidos. Espero poder começá-lo em breve. interessante e rico como pano de fundo. Já trabalhei com roteiros passados no período romano e Arábia medieval, e atualmente trabalho com um projeto que se passa justamente no período Viking. Tenho, também, projetos sobre o Brasil dos anos 1920 em desenvolvimento. Na área dos quadrinhos para o mercado franco-belga sempre procuro projetos de narrativa histórica. Basicamente, dramas humanos interessantes que se desenrolem tendo um momento histórico E viagens para pesquisa no local, vale a pena?10 De que se trata esse projeto?12 Além da arqueologia você tem atuado também na área editorial, e mais ainda em quadrinhos para o mercado franco-belga, em temas que também envolvem pesquisa histórica. Quais os temas que costuma trabalhar em suas histórias? 11 36a 36b 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R © M us eu R om an o O st er bu rk en / f ot o: G ui do P au l De uma maneira geral, percebo o mercado americano como mais acelerado, obedecendo a um processo de criação quase industrial, com grandes equipes e fluxo de trabalho bastante fragmentado (roteirista, desenhista, arte-finalista, colorista, letrista, etc.) a fim de atender os prazos bem mais curtos de que dispõe para finalizar as publicações mensais. O mercado franco-belga disponibiliza aos autores mais tempo para a execução de suas obras (cerca de um ano por álbuns de 48 a 54 páginas), mas também cobra mais pesquisa e detalhamento para cada projeto. Há uma abertura maior para trabalhos mais autorais, não necessariamente partidários de um ou outro estilo. E que diferenças sente em relação ao mercado de quadrinhos franco-belga e o brasileiro-americano? 13 O mercado brasileiro, diferentemente dos dois acima, dificilmente remunera seus autores ao longo da execução do projeto, o que torna a formação de profissionais que se dediquem inteiramente ao nosso mercado bastante difícil. Há várias frentes de criação, por vezes muito influenciadas por estilos como o comics americano ou o mangá, mas também há muitos autores investindo em suas expressões e estilos próprios. “Awrah” é o tomo segundo da série “Carthage”, pela Éditions Soleil, narrando a ascenção ao poder do general cartaginês Hannibal Barca. Sua época e seus feitos foram determinantes para a formação da civilização ocidental como a conhecemos hoje, e há historiadores que chegam a afirmar que o inigualável poder militar de Roma nasceu justamente da necessidade de confrontar os poderosos cartagineses. E no Brasil em especial?14 Seu mais recente trabalho nos quadrinhos é “Awrah”. Do que se trata? 15 37a 37b 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 40a 40b 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 41a 41b 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 42a 42b 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 1 5 P E R G U N T A S P A R A : A N A L U I Z A K O E H L E R 45a 45b E S P A Ç O A B E R T O : D A N I E L L O U R E N Ç O DANIEL LOURENÇO RECIFE - PB lourencodesign@yahoo.com.br www.daniellourenco.com.br © D an ie l L ou re nç o 46a 46b E S P A Ç O A B E R T O : D A N I E L L O U R E N Ç O © D an ie l L ou re nç o E S P A Ç O A B E R T O : D A N I E L L O U R E N Ç O 47a 47b E S P A Ç O A B E R T O : É R I K G U A R I S C O ÉRIK GUARISCO RIO DE JANEIRO - RJ eriknun@hotmail.com www.erikguarisco.com.br © É ri k G ua ri sc o 50a 50b E S P A Ç O A B E R T O : N A E L T O N C A M P O S © N ae lt on C am po s E S P A Ç O A B E R T O : N A E L T O N C A M P O S 51a 51b E S P A Ç O A B E R T O : R A F A E L M O N T A G N O L I RAFAEL MONTAGNOLI SÃO PAULO - SP rafaelmontagnoli.designer@gmail.com http://rafaelmontagnoli.wordpress.com © R af ae l M on ta gn ol i 52a 52b E S P A Ç O A B E R T O : R A F A E L M O N T A G N O L I © R af ae l M on ta gn ol i E S P A Ç O A B E R T O : R A F A E L M O N T A G N O L I 55a 42b E S P A Ç O A B E R T O : Z A N S K Y © Z an sk y A Revista Ilustrar abriu espaço para os leitores, fãs e amigos que queiram ter seus trabalhos divulgados na mais importante revista de ilustração do Brasil, por meio da seção Espaço Aberto. Para participar é simples: mande um e-mail com o título “ESPAÇO ABERTO” para ricardoantunesdesign@gmail.com com o nome, cidade onde mora, e-mail e site que pretenda ver publicados, uma autorização simples de publicação dos trabalhos na revista, e no mínimo 7 ilustrações a 200 dpi (nem todas poderão ser usadas). A Ilustrar vai disponibilizar para cada artista selecionado 4 páginas inteiras. Por isso escolham seus melhores trabalhos; esta pode ser a oportunidade de ter seus trabalhos publicados ao lado dos maiores profissionais do mercado. ESPAÇO ABERTO, a sua entrada na Revista Ilustrar. Como participar 56a 56b C U R T A S L I V I N G L I N E S L I B R A RY C E N A S D E F I L M E S V I N H O I L U S T R A D O A L F I N E T E S E Q U A D R I C R O M I A Para aqueles que são fãs de desenho animado, para os que precisam pesquisar referências dos grandes filmes de animação ou para aqueles que simplesmente gostam de desenho animado, este site pode ser uma surpresa. O Living Lines Library reúne um belíssimo acervo que vai desde estudos de personagens e cenários até documentários sobre produtores, tudo impecavelmente organizado pelo animador Nagy Péter: http://livlily.blogspot.com/ Precisa de referência de cenas de filmes? Nesse site é possível aceder às cenas de mais de 78 mil filmes, mostrando os screencaps dispostos como storynoards. Show! www.leavemethewhite.com/caps A vinícola californiana Bonny Doom Vineyard investe não só em boas uvas, mas também em bons ilustradores e designers. Para cada nova safra e para cada variedade de vinhos a vinícola providencia um rótulo exclusivo, ilustrado por artistas diferentes, em estilos completamente diferentes, às vezes até com um certo humor. Bastante interessante, vale a pena entrar no menú dos vinhos e ver os rótulos de cada uma das quatro variantes: www.bonnydoonvineyard.com O artista plástico americano Eric Daigh dedica parte do seu trabalho a construir retratos realistas se baseando apenas no princípio de quadricromia de gráficas, utilizando para “pintar” suas telas uma quantidade inimaginável de alfinetes com cabeça de plástico unicamente nas cores azul, amarelo, vermelho, preto e branco. O resultado é incrível (no menú, entre em “Works”): http://daigh.com/ • GUIA DO ILUSTRADOR - Guia de Orientação Profissional • ILUSTRAGRUPO - Fórum de Ilustradores do Brasil • SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil • ACB / HQMIX - Associação dos Cartunistas do Brasil / Troféu HQMIX • UNIC - União Nacional dos Ilustradores Científicos • ABIPRO - Associação Brasileira dos Ilustradores Profissionais • AEILIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil • ADG / Brasil - Associação dos Designers Gráficos / Brasil • ABRAWEB - Associação Brasileira de Web Designers • CCSP - Clube de Criação de São Paulo • TUPIXEL - Maior banco de dados de ilustradores do Brasil www.guiadoilustrador.com.br http://br.groups.yahoo.com/group/ilustragrupo www.sib.org.br www.hqmix.com.br http://ilustracaocientifica.multiply.com http://abipro.org www.aeilij.org.br www.adg.org.br www.abraweb.com.br Aqui encontrará o contato da maior parte das agências de publicidade de São Paulo, além de muita notícia sobre publicidade: www.ccsp.com.br www.tupixel.com.br Dia 1 de Maio tem mais... dia 1 é dia de Ilustrar 57a 57b
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