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Guias e Dicas
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Psicopedagogia institucional e o TDAH, Trabalhos de Psicopedagogia

Trabalho que analisa a atuação do Psicopedagogo Institucional perante ao TDAH

Tipologia: Trabalhos

2014
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Compartilhado em 02/05/2014

alexsandro-marins-moraes-6
alexsandro-marins-moraes-6 🇧🇷

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Baixe Psicopedagogia institucional e o TDAH e outras Trabalhos em PDF para Psicopedagogia, somente na Docsity! PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E O TDAH: Constatação, encaminhamento e a atuação do psicopedagogo. MORAES, A.M. 1 Dualidade: “Tem vezes que sei o que quero Em outras percebo que não. Por um beijo às vezes espero Em outras é pelo aperto de mão. Às vezes quero ser esquecido Em outras preciso ser lembrado. Passar às vezes despercebido Em outras passar sendo notado. Quero sentir, por vezes, o ar da noite Em outras preciso ver o sol brilhar Tem vezes que só quero o pernoite Em outras tantas preciso morar." (Inez Alvarez) Resumo: Esse artigo apresenta-se com o objetivo de investigar a atuação do Psicopedagogo Institucional na identificação de alunos com aparente Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no processo de ensino aprendizagem. Para a realização desse trabalho fez-se necessário uma pesquisa e analise sobre a questão levantada, tanto no campo prático, quanto no bibliográfico. Na primeira parte apresentasse algumas considerações sobre o atuar do Psicopedagogo na Instituição de Ensino e como o seu atuar tem influência sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças em vários aspectos, focando nos educandos que apresentam em tese déficit de atenção e hiperatividade. Na segunda parte, conceituaremos o que é TDAH, suas características e a necessidade de um diagnóstico médico. E por fim, procura-se considerar, a abordagem multidisciplinar, o apoio dos pais e da escola para que alcance seus objetivos pretendidos e para que saíbam como avaliar os educandos ao processo ensino aprendizagem. Palavras-chave: Psicopedagogo Institucional, multidisciplinariedade, aprendizagem, conhecimento 1 Formado em Pedagogia, Direito e Sociologia, Pós-Graduado em Gestão Pública pela UTFPR e Pós- Graduado em Direito Penal e Processo Penal pela FMU, Pós-Graduando em Psicopedagogia e Educação Inclusiva. Professor no Centro Paula Souza nas áreas de concentração Direito Penal e Prática Processual Penal. Professor Efetivo na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo-SP na área de concentração Sociologia, entre outros. Abstract: This article is presented with the aim to investigate the role of Institutional psychopedagogists in identifying students with apparent Disorder Attention Deficit Hyperactivity Disorder ( ADHD ) in the teaching learning process . For the realization of this work was necessary research and analysis on the issue raised , both in the practical field , as in literature . In the first part presented some considerations about the work of the educational psychologist in the Educational Institution and how their work impacts the cognitive development of children in various aspects , focusing on students who present thesis in attention deficit hyperactivity disorder . In the second part , conceptualize what is ADHD , their characteristics and the need for a medical diagnosis . And finally, we seek to consider a multidisciplinary approach , the support of parents and the school to achieve its intended goals and so they know how to assess the students learning process . Key words: Institutional psychopedagogists, multidisciplinary, learning, knowledge 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A opção por estudar a Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), deve-se à relevância do tema e por acreditar que aprender não é somente decorar conceitos e depois esquecer ou aprender a ler mecanicamente, sem compreender o que esta sendo estudado. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Transtorno do Defícit de Atenção e Hiperatividade. Havendo um consenso internacional seguido pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Há inúmeras publicações científicas sobre o tema, o que fomentou extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas ideias sobre todos os aspectos de um transtorno. O TDAH é um transtorno mental crônico, multifatorial, neurobiológico, de alta frequência e grande impacto sobre o portador, sua família e a sociedade e caracterizado Como sabemos também que, depois da família, é o educador a figura mais próxima do aluno, é com ele que o aluno conta (ou deveria contar) nas suas angústias e dúvidas quando a família não tem condições de auxiliá-lo. Portanto, é bastante oportuno um trabalho que reflita sobre o papel e a importância de um psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem, que esteja atento a uma nova prática onde ensinar e aprender sejam atos que caminhem para a mesma direção. É importante ressaltar a psicopedagogia como complemento, que é a ciência nova que estuda o processo de aprendizagem e dificuldades, muito tem contribuído para explicar a causa das dificuldades de aprendizagem, pois tem como objetivo central de estudo o processo humano do conhecimento: seus padrões evolutivos normais e patologias bem como a influência (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento (Scoz, 1992; Kiquel, 1991). Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são consequências de problemas escolares. Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam às dificuldades da construção do conhecimento. Solé (SOLÉ, 2000, p. 29) afirma que essa intervenção tem um maior alcance quando realizada no ambiente em que o aluno desenvolve suas atividades e por meio das pessoas que, cotidianamente, se relacionam com ele, uma vez que os processos de aprendizagem se relacionam diretamente com a socialização e integração dos alunos no contexto sócio - educacional em que estes estão inseridos. Nessa perspectiva, “o psicopedagogo não é um mero “resolvedor” de problemas, mas um profissional que dentro de seus limites e de sua especificidade, pode ajudar a escola a remover obstáculos que se interpõem entre os sujeitos e o conhecimento e a formar cidadãos por meio da construção de práticas educativas que favoreçam processos de humanização e reapropriação da capacidade de pensamento crítico” (TANAMACHI, 2003, p. 43). Além do já mencionado, o psicopedagogo está preparado para auxiliar os educadores realizando atendimentos pedagógicos individualizados, contribuindo para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao professor ver alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem intervir, bem como participando do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos. O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é responsável por grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. O que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico. O psicopedagogo intervir junto à família das crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem, por meio, por exemplo, de uma entrevista e de uma anamnese com essa família para tomar conhecimento de informações sobre a sua vida orgânica, cognitiva, emocional e social do educando e de seus familiares. Avaliação Psicopedagógica, para Colomer et. al (2008, p.16), compreende um: “...Processo compartilhado de coleta e análise de informações relevantes da situação de Ensino-Aprendizagem, considerando-se as características próprias do contexto escolar e familiar, a fim de tomar decisões que visam promover mudanças que tornem possível melhorar a situação colocada. O que se traz aqui é que a Avaliação Psicopedagógica é, mesmo, muito importante a determinados indivíduos, haja vista o fato de que, para muitos, o aprendizado acontece, ou pode acontecer, permeado por dificuldade(s), quando, através desse prisma, existe a necessidade de confirmação disso, lembrando que Dificuldade de Aprendizagem - por vezes referida como Desordem de Aprendizagem ou Transtorno de Aprendizagem - é uma modalidade de desordem pela qual uma pessoa apresenta dificuldades em aprender efetivamente”. Passando a análise mais aprofundada de diversos transtornos e dificuldades, nos atendo ao objeto de pesquisa desse artigo, vamos comentar sobre os indícios que levam a uma abordagem médica e multidisciplinar para constatar o TDAH. 3 OS INDICIOS QUE LEVAM A UMA INTERVENÇÃO E A INDICAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO MÉDICO E MULTIDISCIPLINAR NO CASO DA EXISTÊNCIA DE UM TRANSTORNO Ao longo do tempo, o psicopedagogo vem buscando aperfeiçoar suas técnicas e métodos de ensino, a fim de transformar o ensino em uma prática inovadora e prazerosa, algo que não seja somente baseado na transmissão de conhecimentos, mas sim em um espaço rico de significados e troca de experiências, a partir da socialização e da construção do conhecimento. Segundo Dembo (apud FERMINO et al, 1994, p.57), "Evidências sugerem que um grande número de alunos possui características que requerem atenção educacional diferenciada". Neste sentido, um trabalho psicopedagógico pode contribuir muito, auxiliando educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias do ensino- aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa. Segundo Alícia Fernandes (1990 p. 117), “...a intervenção psicopedagógica não si dirige ao sintoma, mas o poder para mobilizar a modalidade de aprendizagem, o sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a partir daí que vai transformando o processo ensino aprendizagem”. Portanto a psicopedagogia não lida diretamente com o problema, lida com as pessoas envolvidas. Lida com as crianças, com os familiares e com os professores, levando em conta aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos. científica passou a analisar com muito cuidado a incidência do TDAH perante a população brasileira. Realizada entre 29 de junho e 5 de julho de 2006 com a população em geral e entre 31 de agosto e 20 de outubro de 2007 com os educadores e profissionais da área médica, a pesquisa teve como objetivo investigar o nível de informação dos grupos sobre os atributos clínicos, o diagnóstico, manejo e tratamento dos portadores de TDAH. Dados de 2006 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 3.723.607 possuem o transtorno sendo 3,5% das crianças entre 0 e 14 anos e 1,5% dos jovens de 15 a 64 anos. A pesquisa do Datafolha procurou investigar se os entrevistados já tinham ouvido falar da doença e sua opinião sobre os atributos clínicos e fontes de informação sobre o TDAH, as condutas dos médicos e psicólogos no diagnóstico e tratamento dos pacientes e a fonte de indicação para o tratamento. No caso da população em geral, 9% disseram já ter ouvido falar do transtorno, contra 87% dos educadores, 97% dos médicos e 100% dos psicólogos. O percentual de médicos que acreditam que muitas crianças têm o diagnóstico do TDAH porque os pais são ausentes é de 55% dos pediatras, 53% dos neurologistas, 45% dos clínicos gerais, 42% dos psiquiatras e 25% dos neuropediatras. No caso da população, apenas 3,65% concordam com esta opção. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A escola necessita acompanhar as transformações que acontecem no mundo. As informações são constantes na vida social e escolar, novos conhecimentos, novas formas de pensar e ver o mundo estão sendo colocadas em prática e abandonadas diariamente. O que se sabia antigamente, que se considerava como verdade absoluta, agora, ganha uma perspectiva diferente, pode ser que não seja como acreditávamos que fosse, sendo necessário rever e reanalisarmos nossos pensamentos, convicções, conceitos e crenças nos mais variados segmentos. O estudo desses autores vem ao encontro de nossos anseios, no sentido demonstrar que o TDAH ainda que seja um transtorno mental crônico, multifatorial, neurobiológico, de alta frequência e grande impacto sobre o portador, sua família e a sociedade e caracterizado por dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade que se combinam em graus variáveis e têm início na primeira infância, podendo persistir até a vida adulta, não impossibilita o acometido de apreender, basta que o educador tenha sensibilidade para a dificuldade existente do educando, que a família interaja de modo positivo e que a escola tenha influência positiva para integrá-lo dentro de suas limitações cognitivas despida do preconceito existentes. Assim, é com a escola, as formas de ensinar, a visão que a mesma tem da educação e da sociedade de uma forma geral. Do tipo de cidadão que ela quer formar, se é para transformar a sua realidade, ou para somente reproduzir a que já existe. Se a visão da escola e dos educadores for transformadora e inclusiva, todos perceberam os alunos como seres diferentes e com problemas e dificuldades que com a ajuda e apoio especializado poderão solucionar ou amenizar os obstáculos que encontram nos seus caminhos educativos. Nesse caminho de inclusão e respeito, aqueles que apresentam alguma dificuldade para aprender vêm à psicopedagogia, que oferece subsídios e recursos para que se tenha um estudo e uma leitura minuciosa dos processos cognitivos e dos mecanismos psicológicos que estão apresentando algum problema ou sintoma na situação de aprendizagem. Estar descoberto de preconceitos, tendo um olhar voltado para o aluno global, nos seus aspectos cognitivos e afetivos, desenvolvendo a construção e a sistematização de metodologias que visam à construção de conhecimento vinculado à realidade do educando sem deixar de oferecer as novas tecnologias e possibilitando a sua formação ampla, que não exclui, nem segrega aqueles que possuem dificuldade de aprendizagem. O fundamental nessa proposta é o trabalho interdisciplinar que vem oferecer auxílio para a educação, respeitando as características individuais de cada aluno, de cada um dos envolvidos no processo educativo. Tendo um olhar imparcial, humano, que humaniza, que agrega, que acolhe, que trata, que desvenda o que muitos querem ou desejam esconder ou que até mesmo desconhecem por falta de interesse, comprometimento,vontade ou informação sobre o TDAH deixando claro a necessidade da escola ser acompanhada por um psicopedagogo institucional no sentido mais amplo da sua atuação. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ALMEIDA, S. F. C. (Org.). Psicologia escolar: ética e competências na formação e atuação profissional. São Paulo: Alínea, 2003. BASSEDAS, Eulália, et al. Intervenção educativa e diagnóstico psicopedagógico. Porto Alegre: Artmed, 1996. BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. COLOMER, Teresa; MASOT, M. Teresa; NAVARRO, Isabel. A avaliação psicopedagógica in SÁNCHEZ-CANO, Manuel; BONALS, Joan (orgs). Avaliação Psicopedagógica. Tradução Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2008. FERNANDES, Alícia. A inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artmed, 1990. LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção Magistério 2º grau). MACHADO, A. M.; SOUZA, M. P. R. Psicologia escolar: em busca de novos rumos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997. PIAGET, Jean. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: Olympio / UNESCO, 1973. SCOZ... et al.; Silvia Amaral de Mello Pinto, (Coord.) – Psicopedagogia: contribuição para a educação pós-moderna. Petrópolis, RJ: Vozes; São Paulo: ABPp, 2003 Site: ABPP. Código de Ética da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA. Disponível em http:// www.abpp.br Dados de 2006 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Comunidade Aprender Criança – site voltado a transtornos educacionais. http://www.aprendercrianca.com.br/
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