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Guias e Dicas
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Personal diet II, Notas de estudo de Nutrição

Curso personal diet

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 13/04/2014

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Baixe Personal diet II e outras Notas de estudo em PDF para Nutrição, somente na Docsity! PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE PERSONAL DIET O <Q» Portal Educação Aluno: EaD — Educação a Distância Portal Educação = tal Educação CURSO DE PERSONAL DIET MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. E proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. A apo aa www.PortalEducacao.com.br 38 <O- Portal Educação (GET), mostrando ao cliente quais serão os métodos utilizados para alcançar o objetivo; e Sessão de reeducação alimentar: É o processo de aprendizagem pelo qual o cliente passará logo após a avaliação dietética. Na reeducação, serão feitas orientações nutricionais exclusivas para ele conhecer e agregar hábitos alimentares saudáveis ao longo de sua vida; e A partir das informações coletadas por meio da consulta familiar, são estabelecidas mudanças necessárias dos hábitos alimentares visando à promoção da saúde, com metas definidas de acordo com o objetivo principal da família. A coleta de dados durante a consulta familiar é de extrema importância na definição da conduta nutricional e das metas a serem estabelecidas, para que desta forma a elaboração do cardápio seja de acordo com os hábitos e a rotina da família. Devem-se definir as características do cardápio juntamente com a família. É de grande importância que as metas propostas e os cardápios prescritos sejam os mesmos para todos os membros do lar. Porém, a individualização do consumo energético e da suplementação de nutrientes para algum deles pode vir a ser necessária. Sendo assim, a anamnese individual deve conter o máximo de informações possíveis da situação nutricional e de saúde do indivíduo. 4.3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL INDIVIDUALIZADA COMPLETA — CLÍNICA, ANTROPOMÉTRICA, ALIMENTAR 4.3.1. Avaliação clínica Na avaliação clínica, o nutricionista terá conhecimento do histórico familiar de doenças, o que lhe possibilitará usar a nutrição preventiva sobre doença pregressa e/ou atual, poderá fazer a avaliação subjetiva global, caso julgue necessário, apalpação para verificar edemas, além da observação de sinais clínicos. É importante que o nutricionista não se esqueça de cruzar sinais e sintomas com www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação achados de deficiências nutricionais, conhecer os hábitos do cliente e avaliar as interações droga versus nutrientes. AVALIAÇÃO DOS MEDICAMENTOS Devem-se procurar informações sobre: e Horário e dosagem do medicamento; e Se o medicamento é ingerido em jejum ou não, com alguma bebida, como exemplo, água, suco ou chá; Essas informações são importantes para-a orientação do cliente..O nutricionista deve consultar um guia de medicamentos, avaliando amplamente o medicamento, para verificar as possíveis interações destes com os nutrientes. 4.3.2 Avaliação antropométrica A antropometria servirá como instrumento para avaliar o plano alimentar prescrito e a evolução do cliente. Fazem parte desta avaliação: e Estatura; e Peso; e IMC (índice de massa corporal) e Pregas cutâneas que podem ser usadas isoladamente ou em sua totalidade para o cálculo do percentual de gordura; e Circunferências. A antropometria é o método mais utilizado, pois é de baixo custo, visto que os equipamentos utilizados são portáteis, mais baratos e de simples manuseio, comparando-se com a bioimpedância, porém exige treinamento. www.PortalEducacao.com.br = Portal Educação TABELA 2 - Parâmetros Antropométricos: GRUPO PARÂMETROS ANTROPOMETRICOS Crianças menores de 10 anos Peso/idade; altura/idade; peso/altura Adolescentes IMC percentilar Adultos IMC, circunferências dobras, cutâneas Idosos IMC para idosos Gestantes IMC por semana gestacional FONTES: 5criança, adolescente e adulto: WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry. WHO Technical Report Series n. 854. Geneva: WHO, 1995. Idoso: LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care, 21(1): 55- 67, 1994.Gestante: ATALAH, E. et al. Validation of a new chart for assessing the nutritional status. during pregnancy. Firstdraft, 1999. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇA COMPOSIÇÃO CORPORAL A análise da “composição corporal torna possível. entender as mudanças provenientes de alterações metabólicas e identificar os riscos-que essas levam à saúde. Nesta fase, avaliam-se ossos, musculatura, resíduos. e gordura corporal. O peso corporal não é suficiente na avaliação de-riscos para doenças que estão relacionadas ao seu excesso. A avaliação antropométrica em criança deve considerar o peso da criança ao nascer e o comprimento, índices como peso/idade, estatura/idade, peso/estatura (no caso de prematuros, é importante fazer os ajustes). Para crianças maiores, pode-se utilizar o IMC de acordo com as distribuições percentilares propostas por Nahanes (2008). No momento da interpretação dos resultados, deve-se avaliar a alimentação da criança e genética familiar. A apo aa www.PortalEducacao.com.br 43 e) Portal Educação ALTURA / IDADE > 95% < 95% PESO/ > 90% EUTROFIA DESNUTRIÇÃO ESTATURA CRÔNICA < 90% DESNUTRIÇÃO DESNUTRIÇÃO ATUAL PREGRESSA FONTE: Waterlow JC. Classification and definition of Protein-Calória Malnutrition. Brit Med J. 1972;3:566 Pode-se ainda qualificar a severidade da desnutrição, utilizando-se subclassificações dos déficits de E/l e P/E, dentro da classificação de Waterlow. % PADRÃO DE REFERÊNCIA P50 NORMAL LEVE MODERADA SEVERA [=] 95 90-95 85-90 <85 P/E 90 80-90 70-80 <70 MacLean Jr, usa;1987 Para determinar o sobrepeso e a obesidade, são utilizados os seguintes critérios (Waterlow): * Sobrepeso: >110% a < 120% do-p50 de p/e * Obesidade: > 120% do P50 de P/E Os indicadores complementares que podem ser usados são: e Avaliação da taxa de crescimento; e Aferição do perímetro cefálico e do tórax. www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM ADULTO Os parâmetros utilizados na avaliação antropométrica em adultos são: estatura, peso, IMC, pregas cutâneas e circunferências. Quanto às circunferências, é necessária uma avaliação da composição corporal para se averiguar a exatidão dos resultados. Peso corporal Para aferição do peso corporal, é necessário utilizar-se das técnicas de mensuração a seguir: e O cliente deve permanecer em pé (ereto); e Manter os pés afastados (quadril), calcanhar unido; e Manter-se no centro da plataforma; e Ombros relaxados; e Braços soltos ao lado do corpo. Estatura Para aferição. da estatura, é necessário utilizar-se das técnicas de mensuração a seguir: e O cliente deve permanecer em pé (ereto); e Pés descalços e juntos; e Contato: posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital; e Ponto mais alto da cabeça ao final de uma inspiração. Perímetro e Abdômen (aferição na altura do umbigo); e Antebraço; www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação Braço (relaxado e contraído); e Cintura (medir na menor circunferência ou no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela); e Coxa; e Quadril; e Panturrilha ou perna. Bioimpedância É um aparelho capaz de medir a gordura corporal por meio de uma corrente elétrica. Quanto maior a quantidade de água contida em um órgão, mais facilmente a corrente passará. Desta forma, registra-se a corrente elétrica de acordo com-a quantidade de água e de gordura presentes no organismo. As equações -da bioimpedância podem ser usadas para estimar água; percentual de gordura e massa magra. Existe um protocolo da bioimpedância que deve ser informado ao cliente, que inclui jejum de no mínimo quatro horas, 24 horas antes do exame deve-se esforçar /0 mínimo, não ingerir bebidas alcoólicas pelo-menos 48 horas antes do exame, urinar 30 minutos antes do exame, não usar diuréticos uma semana antes, além de repouso 10 minutos antes. As vantagens na utilização deste método são: e Não requer conhecimento técnico; e Pode ser utilizada em clientes com obesidade; e Éconfortável; e Possui equações para diferentes grupos. As desvantagens são: e Não poder ser usada em todos os grupos; e Depende da colaboração do cliente avaliado; e Possui custo elevado; e influenciada pelo estado fisiológico e hidratação do cliente. www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação Dobra cutânea suprailíaca Encontra-se 2 cm acima da cristailíaca anterossuperior, na altura da linha da axila anterior (diagonal), e deve ser mensurado de acordo com as seguintes técnicas: e O cliente deve permanecer em pé (ereto); e Manter o braço direito ligeiramente afastado para trás. Dobra cutânea perna medial Encontra-se na altura da maior circunferência da perna (vertical), e deve ser mensurada de acordo com as seguintes técnicas: e Cliente deve permanecer sentado; e Joelhos flexionados a um ângulo de 90º; e Pés em contato com o solo. Avaliação da prega do tríceps É calculada de acordo com os seguintes passos: Medir a prega; Multiplicar-por 100; Dividir pelo valor encontrado no percentil 50; Verificar o percentual-de adequação e classificar. www.PortalEducacao.com.br e) Portal Educação TABELA 4 — Percentis para prega cutânea do tríceps (mm) PADRÕES PARA PREGA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (mm) MASCULINO FEMININO IDADE 5 10 25 50 75 90 95 5 10 25 SO 75 9% 95 1-1,9 6 7 8 10 12 14 16 6 7 8 10 12 14 16 2-29 6 7 8 10 12 14 15 6 8 9 10º 12 15 16 3-39 6 7 8 10 11 14 15 7 8 9 1 12 14 15 4- 49 6 6 8 9 un 12 14 , 8 8 10 12 14 16 5-59 6 6 8 9 u 14 15 6 7 8 10 12 15 18 6- 6,9 5 6 + 8 10 13 16 6 6 8 10 12 14 16 7-7 5 6 7 9 12 15 17 6 7 9 1 13 16 18 8- 89 5 6 7 8 10 13 16 6 8 9 12 15 18 24 92-99 6 6 7 10 13 17 18 8 8 10 13 16 20 22 10-10,9 6 6 8 10 14 18 21 7 8 10 12 17 2 27 N-11,9 6 6 8 “ 16 20 24 7 8 10 13 18 24 28 12-12,9 6 6 8 1 14:22 28 8 9 1 14 18 23 27 13-13,9 5 5 7 10 14 2 26 8 8 12 15 21 26 30 14-14,9 4 5 z 9 14 21 24 9 10 13 16 21 26 28 15-15,9 4 5 6 8 nm ig 24 8 10 12 17 21 25 32 16-16,9 4 5 6 8 i2 16 2 10 12 15 18 22 26 31 17-17,9 5 5 6 8 I2 16 19 10 12 13 19 24 30 37 18-18,9 4 5 6 9 3 20 24 10 12 15 18 22 26 30 19-24,9 4 5 7 10 15 20 2 10 1 14 18 24 30 34 25-34,9 5 6 8 12 16 20 24 10 12 16 21 27 34 37 35-44,9 5 6 8 12 16 20 23 12 14 18 23 29 35 38 45-54,9 6 6 8 12 15 20 25 12 16 20 25 30 36 40 55-64,9 5 6 8 1” 14 19 2 12 16 20 25 31 36 38 65-74,9 4 6 8 u is 19 2 12 14 18 24 29 34 36 TABELA 5 — Classificação do estado nutricional de acordo com a prega cutânea tricipital TABELA DE CLASSIFICAÇÃO Menor que 70% Desnutrição grave de 70% a 80% Desnutrição moderada de 80% a 90% Desnutrição leve de 90% a 110% Eutrofia FONTE: Frisancho, 1990. % de gordura corporal Existem vários protocolos para avaliação do percentual de gordura por meio das dobras cutâneas. Uma sugestão é o Protocolo de Faulkner (1968): www.PortalEducacao.com.br e) Portal Educação 4 dobras cutâneas: tríceps, subescapular, suprailíaca e abdome; (TR = Dobra cutânea do tríceps, SI = D.C. suprailíaca, AB=D.C. abdominal, SB=D.C.subescapular). G%=[ (TR +SI+SB + AB) x 0,153 + 5, 783] Avaliação da estatura estimada Pode-se estimar a estatura do indivíduo pela seguinte técnica: Altura do joelho e Faz-se com a perna flexionada, formando com o joelho um ângulo de 90º, posicionando-se a régua embaixo do calcanhar do pé e a haste, pressionando-se a cabeça da fíbula; e O indivíduo precisa estar deitado; e Está diretamente correlacionada com a estatura é pouco alterada com o processo de envelhecimento. TABELA 6 — Fórmulas para estimativa da altura a partir da altura do joelho: Homens brancos (cm) = (2,08 x altura do joelho) + 59,1 Mulheres brancas (cm) = (1,91.x altura do joelho) — (0,17 x idade) + 75,0 Homens negros (cm) = (1,37 x altura do joelho) + 95,79 Mulheres negras (cm)-= (1,96 x altura do joelho) + 58,72 FONTE: WHO, 1995 Outras formas para estimar a altura: e Comprimento ou envergadura do braço: É medido o comprimento das extremidades distais de um braço ao outro. A altura estimada será igual ao valor encontrado; e Hemienvergadura: É medida da mesma forma que o comprimento ou envergadura, porém a leitura é feita entre a extremidade de um braço e o ponto central do osso esterno. A altura estimada será igual ao dobro do valor encontrado; www.PortalEducacao.com.br = Portal Educação AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE ADOLESCENTES Utilizar o IMC para adolescente fim de calcular e classificar. Avaliação do percentual de gordura de Adolescentes (S2 = SOMATÓRIO DAS DOBRAS CUTÂNEAS TRICIPITAL E SUBESCAPULAR) Se S2 <= 35 mm Rapazes Brancos: e Pré-púbere %Gord. = 1,21(S2) - 0,008 (S2)2 — 1,7 e Púbere %Gord. = 1,21(S2) - 0,008 (S2)2 — 3,4 e Pós-púbere %Gord. = 1,21(S2) - 0,008 (S2)2— 5,5 Rapazes Negros: e Pré-púbere %Gord = 1,21(S2) - 0,008 (S2)2 — 3,5 e Púbere %Gord = 1,21(S2) - 0,008 (S2)2 — 5,2 e Pós-púbere %Gord = 1,21(S2) - 0,008 (S2)2 — 6,8 Moças Brancas e negras (qualquer nível de maturação): e %Gord = 1,33(S2) - 0,013 (S2)2 2,5 Se S2 > 35 mm e Rapazes %Gord = 0,783(S2) + 1,6 e Moças %Gord = 0,546(S2) + 9,7 FONTE: Slaughter et al, 1988. www.PortalEducacao.com.br e) Portal Educação AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE GESTANTES A avaliação antropométrica da gestante é importante, pois pode avaliar os riscos de um bebê com baixo peso ao nascer, mortalidade perinatal, neonatal e infantil, além da duração da lactação. Quando não é possível conhecer a idade gestacional, recomenda-se que a mãe ganhe no mínimo 1 kg ao mês, durante o segundo e o terceiro trimestres. Deve-se utilizar a data da última menstruação (DUM) para calcular a data prevista para o parto (DPP). Não sendo possível identificar o peso pré-gestacional pode-se fixar o peso normal para a altura de acordo com a idade gestacional. Assim que o peso e a altura pré-gestacionais forem aferidos, deve-se calcular o IMC, fixando uma previsão de ganho de peso total-para a gestante. (ver mais no Módulo 5 — item 5.1. Personal Diet Gestante) Semana Gestacional Pode-se aferir o peso, estatura, perímetro braquial e pregas para acompanhar, não para calcular o percentual de gordura. 4.3.3. Avaliação alimentar Para a avaliação alimentar, existem vários métodos: a) História alimentar — Extensa entrevista para determinar um padrão alimentar global. Inclui três elementos importantes: e O padrão de alimentação é determinado através de entrevista detalhada; e Uma lista de alimentos onde se anota a frequência e a periodicidade em que estes são consumidos; e Registro alimentar de três dias. www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação b) Questionário de frequência alimentar — Baseia-se numa lista definida de itens alimentares, onde o cliente deverá indicar a frequência com que consome tal alimento, em determinado período. c) Registro alimentar — A coleta de informações sobre a ingestão alimentar atual dá-se pelas anotações do cliente, onde este anota todos os alimentos ingeridos em determinado número de dias. d) Recordatório 24 horas — Onde se obtêm informações sobre a ingestão alimentar das últimas 24 horas ou do dia anterior, de forma escrita ou verbal, contendo dados sobre os alimentos consumidos na atualidade e informações sobre peso ou tamanho das porções ingeridas; e) Método da pesagem - Inicialmente, todos os alimentos que o cliente consumirá são pesados, logo após, calcula-se a ingestão alimentar; f) Análise da duplicata — São coletadas e pesadas porções iguais aos alimentos ingeridos pelo cliente. Cabe ao nutricionista escolher o método que considerar mais adequado ao seu cliente e analisar os resultados obtidos para, desta forma, elaborar a educação nutricional, utilizando-se dessa avaliação para destacar algo relacionado ao problema do cliente e evitar a prescrição de alimentos pelos quais o cliente tenha aversão, pois contará'com um guia para o planejamento alimentar. 4.4 DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS INDIVIDUAIS Apesar de o personal dietestar vinculado ao atendimento familiar, a prescrição deve ser individualizada, bem como a elaboração de esquemas e orientações alimentares específicas para membros que façam alguma refeição principal fora do domicílio, ou para situações especiais, como viagens. Após fixar os objetivos, o nutricionista já poderá determinar o valor calórico e a distribuição de nutrientes do plano alimentar de cada familiar. www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação Durante a entrevista, torna-se possível identificar os pontos-chave (modelo — anexo 12): e Hábitos alimentares; Dificuldades encontradas no preparo dos alimentos; e Afrequência e o responsável pelas compras da família; e | Informar-se sobre o manipulador dos alimentos, procurando saber, por exemplo, se ele é alfabetizado; e Descobrir os preparos de que a família mais gosta, dentre outros. No momento da entrevista, o nutricionista terá a oportunidade de conhecer todos os hábitos da família e, quanto mais informações, maior a chance de que a família aceite as mudanças a serem feitas. 4.7 APLICAÇÃO DA FICHA DE PREFERÊNCIA ALIMENTAR A ficha de preferência alimentar poderá ser feita pelo nutricionista, contendo diversos tipos de alimentos que serão apontados por cada membro da família como de sua preferência ou não, o que torna mais fácil a elaboração dos mapas de preparo, levando à satisfação do cliente, pois os preparos serão baseados em suas preferências alimentares. Está incluída na ficha de anamnese alimentar (anexo 6) 4.8 DIAGNÓSTICOS E METAS Após a avaliação nutricional, o nutricionista deve informar ao cliente o diagnóstico nutricional e então propor a formulação de mudanças por meio de metas e objetivos que, em geral, exigem ações de prevenção e recuperação da saúde. Podem existir também famílias que necessitem do serviço de consultoria para planejamento e variação do cardápio familiar, a partir de melhora na prática culinária, não apresentando, em princípio, problemas alimentares e nutricionais. www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação É de grande importância que o nutricionista apresente, após avaliação alimentar, os pontos da alimentação que devem ser corrigidos, assim como os pontos positivos do hábito alimentar do cliente, para que desta forma este sinta-se entusiasmado e preparado para as mudanças e melhorias na alimentação. Para que as mudanças ocorram, o nutricionista deve discutir com a família os problemas identificados e propor estratégias da seguinte forma: . Comunicando-se com segurança; . Informando de forma clara e objetiva; . Apresentando mudanças de acordo com a realidade do cliente e dividindo essas mudanças em fases ou etapas. O nutricionista deve trabalhar em etapas, que serão programadas com o cliente, metas que possam ser alcançadas, desta forma, conforme essas metas vão sendo atingidas, o nutricionista vai fazendo alterações. Para que haja adesão das famílias aos novos hábitos, atingindo assim as metas traçadas, é importante que elas tenham tempo para se adequar às novidades. Para isso, o nutricionista deve propor as mudanças progressivamente, por exemplo: . Mastigação mais lenta; º Ingestão de líquidos durante o dia; º Fracionar a alimentação; . Substituir os cereais refinados por integrais; Para que as famílias adotem esses novos hábitos alimentares, é importante uma mudança positiva na saúde destes e que o objetivo principal seja alcançado. 4.9 CRIAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS GUIAS ALIMENTARES PERSONALIZADOS O guia, mapa ou plano alimentar é o ponto inicial para a elaboração dos cardápios diários, e deve ser personalizado e elaborado de acordo com a rotina e as preferências do cliente. Deve apresentar opções tanto para as refeições principais quanto para os lanches, e cabe ao nutricionista adotar uma lista de substituições de alimentos ou não. www.PortalEducacao.com.br e) Portal Educação O nutricionista deverá determinar as refeições que irão compor o plano, incluindo ou excluindo alimentos, de forma a conseguir o equilíbrio de macro e micronutrientes, assim como os horários destas para então criar o guia alimentar. Os cálculos poderão contar com a ajuda de uma tabela de composição dos alimentos. 4.10 ORGANIZAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO DE CADA MEMBRO DA FAMÍLIA EM GUIAS Alguns fatores devem ser considerados na elaboração da dieta: e Além da distribuição da dieta em macronutrientes, os valores energéticos totais específicos para cada um devem ser respeitados; e Recomenda-se incluir no planejamento da dieta individual os princípios da nutrição funcional, com a intenção de recuperar o processo digestivo, promovendo a detoxificação hepática e o equilíbrio do organismo, recuperando assim o estado nutricional do indivíduo e restabelecendo suas reservas. O cliente deve ser informado da finalidade e dos mecanismos de ação de cada suplemento, de forma simples e clara (ver Módulo 7, item 7.4 — Culinária Funcional); e A dieta deve ser fracionada, devendo conter três refeições principais e três lanches intermediários. Caso haja necessidade, pode ser incluído um ou dois lanches ao longo do dia; e É importante que o indivíduo alimente-se a cada-três horas; e Recomenda-se que o prato do cliente que está submetido à dieta individual seja porcionado à francesa, pela cozinheira ou por outra pessoa responsável, para desta forma facilitar o consumo dos alimentos em quantidades adequadas, pois o tamanho das porções é um fator importante no controle de peso. 4.11 MONTAGEM DOS MAPAS DE PREPAROS —- DESJEJUM, COLAÇÃO ALMOÇO, LANCHE, JANTAR, CEIA www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação número de familiares que fazem as refeições. Para que o cliente não fique insatisfeito, é importante observar os seguintes critérios: e As preparações devem ser práticas e saudáveis; e O cliente poder encontrar facilmente os ingredientes que precisarem ser comprados; e Os ingredientes necessários não sejam muito caros; Preparações muito elaboradas aumentam o tempo de preparo e podem dar errado, levando o cliente à insatisfação. Estas só devem ser propostas quando fizerem parte dos hábitos do cliente ou forem exigidas. Ao serem elaborados, os cardápios devem considerar as estações do ano, pois estas influenciarão tanto na disponibilidade de determinados alimentos (devido à safra e ao mercado) quanto na escolha dos pratos, se os ingredientes utilizados nas preparações são variados e se combinam entrersi, além de características exclusivas, como: e Ação detoxificante; e Grupo alimentar; e Patologia presente no grupo; e Preferências alimentares; e Valor nutricional adequado e balanceado, inclusive em micronutrientes. 4.13. COMO SABER SE UMA RECEITA “VAI DAR CERTO"? É importante que, inicialmente, as receitas sejam testadas pelo nutricionista para então serem aprovadas pelos clientes. 4.14. ELABORAÇÃO DA LISTA DE COMPRA Assim que o cardápio é decidido, uma lista de compra de alimentos é elaborada. A lista de compras é um importante instrumento para a mudança dos hábitos alimentares, pois itens dessa lista farão com que o cliente perceba que a www.PortalEducacao.com.br <O- Portal Educação alimentação proposta é de qualidade, devendo reduzir progressivamente o uso de produtos industrializados e aumentar o consumo de produtos naturais. O planejamento das compras, além de se refletir na saúde do cliente, reflete na economia da casa, a partir do momento em que não se adquirem mais alimentos desnecessários e que não serão usados no cardápio, auxiliando na previsão dos custos. A lista de compra poderá ser dividida de acordo com os grupos de alimentos. O responsável pelas compras deve ser direcionado pelo nutricionista a ler os rótulos das embalagens e a observar os ingredientes, pois desta forma poderá selecionar alimentos de melhor qualidade nutricional. enem FIM DO MÓDULO II------ www.PortalEducacao.com.br
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