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Avaliação genotóxica de Geophagus brasiliensis exposto a cultura de arroz, Araranguá, Notas de estudo de Biologia Marinha

toxicologia ecologica

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 09/10/2015

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Baixe Avaliação genotóxica de Geophagus brasiliensis exposto a cultura de arroz, Araranguá e outras Notas de estudo em PDF para Biologia Marinha, somente na Docsity! UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO ROBERTA ALBINO MACHADO AVALIAÇÃO GENOTÓXICA EM Geophagus brasiliensis EXPOSTOS A CULTURA DE ARROZ NO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ – SC ATRAVÉS DO TESTE DE MICRONÚCLEOS CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2007 ROBERTA ALBINO MACHADO AVALIAÇÃO GENOTÓXICA EM Geophagus brasiliensis EXPOSTOS A CULTURA DE ARROZ NO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ – SC ATRAVÉS DO TESTE DE MICRONÚCLEOS Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de bacharel em Ciências Biológicas no curso de Ciências Biológicas – Bacharelado da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Dr. Marcos Marques da Silva Paula CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2007 AGRADECIMENTOS Concluída esta etapa, quero expressar meus agradecimentos a todas as pessoas que participaram e contribuíram de alguma forma a concretização desse trabalho. Ao meu orientador Dr. Marcos Marques da Silva Paula, que desde o começo de minha graduação foi mais que um professor, orientador e incentivador da realização desse trabalho, fazendo de nossa convivência uma amizade inesquecível. Ao meu co-orientador Dr. Felipe Dal Pizzol pelas oportunidades, orientações, caminhos e apoios durante toda minha graduação. À Dra. Vanessa Moraes de Andrade, pelo companheirismo durante esse período e gentileza de fazer parte da avaliação desse trabalho. Ao Bioquímico Dr. Emílio Luiz Streck que prontamente se dispôs a avaliar o presente trabalho, compondo a banca examinadora. Ao Dr. Pedro Roosevelt Torres Romão que gentilmente disponibilizou os quites necessários para a coloração das lâminas de micronúcleos. Aos colegas de sala Poliana Zocche, Samira da Silva Valvassori, Leandra Constantino, Tiago Bortolotto, Daiane Fabris Trombin, e a todos que de alguma forma sempre se colocaram dispostos a me ajudar nas diversas dificuldades. Amanda Steckert, por ceder sua propriedade e ajudar nas coletas de campo. A Mestre Fabrícia Petronilho que me auxiliou na confecção das estatísticas do trabalho. À minha amiga Larissa de Souza Constantino, que com muita paciência e carinho foi ombro compartilhando tristezas e na maioria das vezes alegrias. A minha amiga Larissa Alves que mesmo longe me acompanha na jornada de toda minha vida. Ao Miguel Benincá de Sousa, minha mãe Idanir Albino e minha irmã Samira Albino Machado pelo companheirismo, amor, proteção e apoio nos diversos momentos. “Não podemos ganhar a batalha de salvar as espécies e os ambientes se não formarmos uma ligação emocional entre nós e a natureza... Temos de deixar espaço para a natureza em nossos corações” Stephen J. Gould, 1991 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Classificação toxicológica segundo a faixa no rótulo do produto. ............17 Tabela 2 - Representação dos dados observados durante as coletas......................30 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária DDT – Dicloro Difenil Tricloroetano DL – Dose Letal DNA – Deoxyribonucleic acid EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina GPCA – Gil Portugal Consultores Ambientais Associados Ltda. MN – Micronúcleos SINDAG – Sindicato Nacional da Indústria de Defensivos Agrícolas 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................12 2 Fundamentação Teórica ................................................................................13 2.1 CULTURA DE ARROZ ....................................................................................13 2.2 Importância do arroz no Sul do Brasil..........................................................13 2.3 AGROTÓXICOS...............................................................................................14 2.4 Classificação dos agrotóxicos......................................................................15 2.5 POLUIÇÃO AMBIENTAL ................................................................................17 2.6 Poluição aquática...........................................................................................18 2.7 BIOMONITORAMENTO...................................................................................20 2.8 Teste de micronúcleos...................................................................................21 2.9 Organismo utilizado neste estudo ...............................................................21 3 OBJETIVOS.....................................................................................................24 3.1 Objetivo geral..................................................................................................24 3.2 Objetivos específicos.....................................................................................24 4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................25 4.1 Área de estudo................................................................................................25 4.2 Protocolos para captura dos peixes.............................................................26 4.3 Protocolos para coleta de sangue ................................................................27 4.4 Protocolos para o teste de micronúcleo ......................................................28 4.5 Análise de dados............................................................................................29 5 RESULTADOS.................................................................................................30 6 DISCUSSÃO ....................................................................................................31 7 CONCLUSÃO ..................................................................................................35 REFERÊNCIAS.........................................................................................................36 14 dos produtores e propriedades em que se produz arroz irrigado é constituída por pequenas lavouras (OURIQUES; GONÇALVES, 2007). O Estado de Santa Catarina é conhecido como tradicional produtor de arroz irrigado, que possui uma maior tecnologia quando comparada com o arroz de terras altas, diferenciando-se pelo sistema de cultivo adotado denominado como “pré-germinado” (OURIQUES; GONÇALVES, 2007), no qual a semeadura é efetuada em lâmina de água, com sementes pré-germinadas (EPAGRI, 2007). No sul do Estado de Santa Catarina, a cultura de arroz ganhou força nos últimos anos, impulsionada pelo preço e a tecnologia que facilita seu cultivo. Com tantos progressos, o maior prejudicado é o meio ambiente, que vem reduzindo sua vegetação original para ceder espaços para as áreas de cultivo de arroz através de desmatamentos e do preparo das terras com a terraplenagem, como por exemplo, a compactação e erosão de sedimentos e ainda a poluição por agrotóxicos (PIAZZA, 2005). 2.3 AGROTÓXICOS No passado, com o aumento da monocultura, a incidência de pragas e doenças aumentou significativamente, assim esses organismos indesejáveis à agricultura começaram a ser controlados com o uso de compostos inorgânicos à base de cobre e arsênico. Posteriormente o emprego de substâncias orgânicas como a nicotina e piretros começaram a ser constantemente usados. A partir do início do século XX iniciaram-se os estudos sistemáticos buscando o emprego de substâncias inorgânicas para a proteção de plantas. Deste modo, produtos à base de cobre, chumbo, mercúrio, cádmio, entre outros, foram desenvolvidos comercialmente e empregados contra uma grande variedade de pragas, porém com limitada eficácia (LUNA et al., 2005). Com a II Guerra Mundial o desenvolvimento e uso efetivo de compostos orgânicos foram lentos. Com a descoberta da propriedade inseticida do dicloro-difenil-tricloroetano, o DDT, iniciou-se a expansão e desenvolvimento de uso característicos dos últimos 40 anos (TOMITA; BEYRUTH, 2002). Os agrotóxicos apareceram no Brasil, na década de 1960-1970, como a solução científica para o controle das pragas que atingiam lavouras e rebanhos. Tal 15 visão, reforçada pela forte e crescente atuação da indústria química no país, passou a legitimar o uso indiscriminado de agrotóxicos no meio rural e, ao mesmo tempo em que este saber se fazia dominante e dominador, não eram oferecidas alternativas à grande massa de trabalhadores que, ano a ano, expunham-se cada vez mais aos efeitos nocivos destas substâncias (PERES et al., 2005). Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Defensivos Agrícolas (SINDAG), em 2001 o país consumiu 328.413 toneladas de produtos formulados, correspondendo a 151.523 toneladas de ingredientes ativos (BRITO et al., 2005). Desta forma, considerando-se o consumo em dez países que representam 70% do mercado mundial de agrotóxicos, o Brasil aparece atualmente em sétimo lugar no “ranking” entre os principais países consumidores de agrotóxicos (ANVISA, 2003). Os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os maiores produtores de arroz irrigado no Brasil, com aproximadamente 1,1 milhão de hectares cultivados na safra 2001/02 (RESGALLA JUNIOR et al., 2002). Estima-se que mais de 80 doenças são causadas por patógenos, incluindo fungos, bactérias, vírus e nematóides, em diferentes países (EMBRAPA, 2006). Este sistema tem como requisito um conjunto de medidas preventivas que determinam o uso intenso de diversos agroquímicos, principalmente, herbicidas, inseticidas e adubos químicos, além do emprego esporádico de fungicidas (RESGALLA JUNIOR et al., 2002). Essas substâncias são utilizadas como auxiliares no plantio e colheita em diversas culturas, pois além de anteciparem o período de colheita, reduzem a interferência das plantas daninhas com o equipamento de colheita e podem melhorar a qualidade do produto colhido (AGOSTINETTO et al., 2001). 2.4 CLASSIFICAÇÃO DOS AGROTÓXICOS Os agrotóxicos possuem uma grande variedade de produtos, por isso podem ser classificados segundo o seu poder tóxico e com a finalidade de uso. Para uma boa classificação, é muito importante conhecer a sua ação e o grupo químico a que pertencem. Segundo Cordebello et al (2002) os agrotóxicos podem ser classificados de acordo com a ação e grupos químicos que pertencem, da seguinte maneira: 16 1. Inseticidas: possuem ação de combate a insetos, larvas e formigas. Pertencem a quatro grupos químicos distintos: a) Organofosforados - compostos derivados do ácido fosfórico, do ácido tiofosfórico ou do ácido ditiofosfórico. Exemplo: Axodrin, Folidol, Malation e Rhodiatox. b) Carbamatos – derivados do ácido carbâmico. Exemplo: Carbaril, Zectram, Furadan. c) Organoclorados – compostos à base de carbono, com radicais de cloro. São derivados do clorobenzeno, do ciclo-hexano ou do ciclodieno. Seu emprego tem sido proibido. Exemplo: Aldrin, Endrin, DDT, Endossulfan, Mirex, Lindane. d) Piretróides – compostos sintéticos que apresentam estruturas semelhantes à piretrina, substância existente em algumas espécies de flores. Exemplo: Decis, Protector K-Otrine, SBP. 2. Herbicidas: combate a ervas daninhas. Seus principais representantes são: Paraquat, Glifosfato, Pentaclorofenol, Derivados do ácido fenoxiacético, Dinitrofenóis. 3. Fungicidas: combatem fungos. Os principais grupos químicos são: Etileno-bis- ditiocarbamatos, Hifenil estânico, Captan, Hexaclorobenzeno. 4. Raticidas: utilizado em combate a roedores. 5. Acaricidas: ação de combate a ácaros diversos. 6. Molusquididas: ação de combate a moluscos, basicamente contra o caramujo da esquistossomose; 7. Fumigantes: ação de combate a insetos, bactérias. A informação da toxicidade de uma substância é obtida pelos dados de letalidade. A “Dose Letal” de uma substância é capaz de matar 50% de um grupo de animais testados num intervalo de 14 dias. Segundo EMBRAPA (2003), a classificação dos agrotóxicos de acordo com o poder tóxico é referente a “Dose Letal 50” (DL), e faz-se da seguinte maneira: 19 2.6 POLUIÇÃO AQUÁTICA Atualmente, o nível de compostos xenobióticos nos ecossistemas aquáticos vem aumentando de forma alarmante como resultado da formação de grandes aglomerados urbanos e industriais e a crescente necessidade de água para o seu abastecimento, além das indústrias, atividades de lazer e da agricultura. Por exemplo, a água é fator indispensável para a produção do arroz; é ela que participa desde o processo de preparo da terra, plantio, germinação, adubação até o controle de pragas (PIAZZA, 2005). Tal fato faz com que hoje a quase totalidade das atividades humanas seja cada vez mais dependente da disponibilidade e qualidade das águas e isso tem contribuido para a redução da qualidade ambiental, bem como para o comprometimento da saúde dos seres vivos que habitam esses ecossistemas (CAJARAVILLE et al., 2000 apud ARIAS, 2003; LEMOS; TERRA, 2003). A poluição aquática é a introdução pelo homem, direta ou indiretamente, de substâncias ao ambiente aquático que causam alterações de suas propriedades físicas, químicas e biológicas que possa importar em prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar das populações além de, comprometer a sua utilização para fins agrícolas, industriais, comerciais, recreativos e, especialmente, a existência normal da fauna aquática (BRASIL, 1961; ANDRADE, 2004). A poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica (descarga de efluentes a altas temperaturas); poluição física (descarga de material em suspensão); poluição biológica (descarga de bactérias patogênicas e vírus); e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização. As principais vias de introdução de agentes poluentes nos sistemas aquáticos são: efluentes domésticos, industriais, lixiviação do solo urbano e rural contaminado e precipitação atmosférica (gasosa e particulada) (ANDRADE, 2004; ZAMPIERON; VIEIRA, 2007). Conforme mencionado, devido à freqüente introdução de substâncias em grande escala ao ambiente aquático, fazem-se necessários estudos referentes ao biomonitoramento desses sistemas. Para tanto se têm como opção alguns estudos com animais, como exemplo, peixes. 20 2.7 BIOMONITORAMENTO Atualmente, em torno de 85.000 agentes químicos são produzidos e utilizados nos países mais industrializados, dos quais 2.800 são considerados de alto volume de produção (acima de 500.000 kg por ano). Menos de 45% desses foram submetidos a testes toxicológicos básicos, e menos de 10% foram estudados quanto aos efeitos tóxicos sobre organismos em desenvolvimento (MELO DA SILVA; FRUCHTENGARTEN, 2005). Muitos praguicidas têm sido testados para genotoxicidade por intermédio de uma variedade de experimentos in vitro e in vivo. Compostos mutagênicos têm sido encontrados em todas as principais categorias de praguicidas, incluindo fungicidas, inseticidas e herbicidas. De modo semelhante, os estudos citogenéticos vêm sendo amplamente utilizados in vitro e no biomonitoramento de populações ocupacionalmente expostas (PACHECO, 2000). Biomonitores, também conhecido como organismos sentinelas, são utilizados há muito tempo para alertar as pessoas sobre ambientes perigosos. Pode- se considerar a observação de animais nativos ou domésticos envenenados como indicadores iniciais da potencialidade do ambiente em causar danos à saúde humana. Muitos tipos de organismos são utilizados como sentinelas para se avaliar possíveis efeitos de riscos naturais ou de origem antropogênica. Mesmo quando bem usados, de acordo com os padrões legais recomendados, os agrotóxicos produzem efeitos secundários. Seu uso continuado em grande escala ocasiona danos às vezes irreversíveis à saúde humana e ao meio ambiente (SILVA, 2005). Na seleção de um biomonitor os principais aspectos a serem observados são: (a) os animais devem dividir o mesmo ambiente com o homem; (b) responder de forma semelhante a químicos tóxicos; e (c) desenvolver patologias similares como resposta a estes efeitos. A principal vantagem de se utilizar organismos sentinela para monitoramento ambiental, comparado ao método tradicional físico- químico, é a informação que ele pode dar em relação à exposição cumulativa em organismos e populações sobre a resposta de letalidade e sub-letalidade, além de detectar efeitos indiretos (SILVA et al., 2003). Bioindicadores são definidos como qualquer resposta a um contaminante ambiental em nível individual, medidos no organismo ou matriz biológica, indicando um desvio do status normal que não pode ser detectado no organismo intacto. Ou 21 seja, são medidas de fluídos corporais, células, tecidos ou medidas realizadas sobre o organismo completo, que indicam, em termos bioquímicos, celulares, fisiológicos, compartimentais ou energéticos, a presença de substâncias contaminantes ou a magnitude da resposta do organismo alvo (ARIAS et al., 2003). Em nível celular podemos utilizar, pelo menos, dois tipos de bioindicadores: o teste de micronúcleo como indicativo de dano ao material genético e os testes baseados nas alterações de organelas celulares como lisossomas e peroxissomas (ARIAS et al., 2003). 2.8 TESTE DE MICRONÚCLEOS O teste de micronúcleos tem sido usado para estimar os níveis de exposição a contaminantes. Este teste mede danos cromossômicos estruturais ou numéricos e foi anteriormente o mais utilizado para acessar genotoxicidade. O teste é um indicador recomendado em estudos ambientais sob condições laboratoriais e no campo, detectando a mutagênese e danos no fuso mitótico (ANDRADE, 2004). Os micronúcleos (MN) consistem em pequenas massas de cromatina originada de fragmentos cromossômicos ou cromossomos inteiros, que se perdem durante a anáfase na divisão celular, delimitadas por membrana e separada do núcleo principal, conforme apresentado na figura 2. Diante suas causas pode-se considerar eventos clastogênicos ou aneugênicos, ou também pela interação de agentes químicos, físicos e biológicos capazes de interferir no processo de ligação dos cromossomos às fibras de fuso, ou além mesmo induzir a perda de material genético (cromossomos inteiros ou fragmentados) (FENECH, 2000 apud RIVERO, 2007; EGITO, 2006; VILLELA et al., 2003). Este teste é utilizado em diferentes áreas, como estudos ambientais, análise de populações humanas, avaliação de risco de câncer. Em estudos com animais pode-se ter um controle mais adequado das condições de exposição em combinação com testes invasivos histopatológicos, funcionais e moleculares, utilizando-se estes como marcadores biológicos (SILVA, 1998 apud SILVA, 2005; EGITO, 2006). No ambiente aquático, o teste pode ser aplicado principalmente em espécies de peixes, larvas de anfíbios, moluscos, entre outros (RIVERO, 2007). Os peixes respondem de forma similar aos mamíferos em bioensaios. Logo a escolha 24 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Verificar o possível efeito genotóxico, através do teste de micronúcleo em Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) e sua utilização como bioindicador de contaminação ambiental por agrotóxico em lavoura de arroz irrigado. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1) Verificar a possível genotoxicidade em sangue de peixes expostos a água contaminada por agrotóxico em lavoura de arroz irrigado; 2) Correlacionar a presença ou não de micronúcleos com a época de utilização do agrotóxico em lavoura de arroz irrigado; 3) Utilizar o Geophagus brasiliensis (acará) como indicador de alterações ambientais na lavoura de arroz irrigado. 25 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 ÁREA DE ESTUDO O estudo foi desenvolvido em uma propriedade privada, com área total de 40 ha de produção de arroz irrigado. Localizada no Município de Araranguá, situada no bairro Itopava, próxima ao Rio Araranguá, com coordenadas 28º 55' 01,7" S e 49º 31' 20,7" W , sendo dividida pela estrada que liga Araranguá ao município de Meleiro (SC 449) – km 26, conforme apresentado na figura 3. O município de Araranguá localiza-se no extremo Sul do Estado de Santa Catarina. Sua área é de 303 km2 e situa-se na latitude de 28º56'05", longitude de 49º29'09" e numa altitude de 13 metros, conforme apresentado na figura 4. O relevo é constituído por superfícies planas e onduladas, com formação do modelado litorâneo, cujo solo possui de média a boa fertilidade, margeando os rios e mar. O clima do município classifica-se como mesotérmico úmido, com verões quentes, apresentando uma temperatura média anual de 20ºC e uma precipitação total anual de aproximadamente 1.200 mm. Quanto à hidrografia, o Município é banhado pela bacia do Rio Araranguá e quatro afluentes. São os seguintes os limites territoriais: Ao sul, o município de Sombrio - Leste, o Município de Balneário Arroio do Silva e Oceano Atlântico - Oeste, os Municípios de Turvo, Meleiro e Ermo e ao Norte com Maracajá, Criciúma e Içara (CARDOSO, 2006). Figura 4. Área de estudo - lavoura de arroz irrigado, em uma propriedade privada no município de Araranguá - SC. 26 Figura 5. Mapa da localização do município de Araranguá da microrregião geográfica do Estado de Santa Catarina - Brasil. Fonte: IBGE, 2007. 4.2 PROTOCOLOS PARA CAPTURA DOS PEIXES As espécimes de Geophagus brasiliensis foram capturadas através da utilização armadilhas (covos), com número de dez indivíduos, com tamanho entre 12 a 15 cm de comprimento, por coleta. O grupo controle negativo foi capturado no Rio Araranguá com número de indivíduos aproximados e da mesma espécie que os peixes expostos aos agrotóxicos na lavoura de arroz irrigado. Os peixes não tiveram fluxo de passagem para o rio, onde foram utilizadas telas nas extremidades do valo, evitando que novos peixes tivessem acesso aos que foram utilizados para a coleta. Os peixes foram coletados três vezes em diferentes períodos durante o ciclo de irrigação do arroz, entre novembro de 2006 e fevereiro de 2007, 1ª Coleta: no início de preparação das canchas; 2ª Coleta: após a aplicação de agrotóxicos; 3ª Coleta: época de colheita do arroz. 29 Figura 9. Confecção das lâminas para análise de micronúcleos. Figura 10. Observação de eritrócitos com MNs (indicados pelas setas) em esfregaço de sangue de peixes (bagres). Fonte: ANDRADE, 2004. 4.5 ANÁLISE DE DADOS Os dados foram avaliados utilizando o método estatístico não paramétrico de Kruskal – Wallis, para 5000 células por peixe. 30 5 RESULTADOS A tabela 02 apresenta a relação referente a datas de coletas, quantidade de peixes, tempo durante cada coleta e qual situação durante o processo da cultura de arroz na propriedade privada no município de Araranguá para maior simplificação na análise de Micronúcleos e obtenção dos dados estatísticos. A figura 11 refere-se à distribuição absoluta dos resultados da análise de células com micronúcleos por 5000 células por indivíduo. No teste de Micronúcleo foram comparadas as freqüências de células nucleadas em tempo diferentes em relação ao controle. Presencia-se diferenças entre a avaliação dos grupos, mas entre todos não foram observadas diferenças significativas (p<0,05) nesta localidade de lavoura de arroz irrigado. Tabela 2. Representação dos dados observados durante as coletas. Grupo Quantidade Data Tempo Situação 1ª Coleta 10 peixes 15/11/2006 Sol Plantação do arroz 2ª Coleta 10 peixes 06/12/2006 Chuva Aplicação de agrotóxicos 3ª Coleta 10 peixes 06/02/2007 Sol Colheita do arroz Controle 27 peixes 24/04/2007 Sol Rio Araranguá Micronúcleos 0 0,5 1 1,5 2 Contole Coleta 1 Coleta 2 Coleta 3 cé lu la s n u cl ea d as Figura 11: Freqüência de Micronúcleos para os indivíduos expostos e não expostos (controle) a cultura de arroz irrigado nas diferentes datas de coletas. Não houve diferença significativa para nenhum dos grupos em relação ao controle negativo para o teste não paramétrico Kruskal – Wallis. 31 6 DISCUSSÃO A poluição dos ecossistemas aquáticos pode provocar a perda da biodiversidade, implicando na diminuição ou desaparecimento de várias populações. Assim, estudos de monitoramento nesses ecossistemas são fundamentais, pois a saúde dos peixes reflete a qualidade e a sustentabilidade destes ecossistemas. A contaminação dos recursos aquáticos também é alvo das preocupações humanas, tendo em vista que o consumo direto e indireto de águas contaminadas pode causar sérios danos ao organismo (RAMSDORF, 2007). O monitoramento da presença de xenobióticos em ambientes aquáticos pode, a partir de estudos com espécies residentes, beneficiar a qualidade do ambiente, juntamente com a saúde humana. A localização e a determinação da concentração dos poluentes podem assegurar a vida destas espécies, e também, um ambiente saudável garantindo ao homem sua utilização, quer para alimentação, quer para o abastecimento de água, quer para o lazer (NICARETA, 2004). O biomonitoramento permite observar a real situação do ambiente e dos organismos impactados, assim como as relações dos xenobiontes entre si e os fatores físicos aos quais os organismos estão sujeitos. Apesar do grande número de variáveis encontradas no ambiente dificultar a interpretação e o conhecimento isolado dos efeitos causados pelos contaminantes, o monitoramento realizado em campo permite uma avaliação mais ampla das condições naturais às quais os organismos estão sujeitos (RAMSDORF, 2007). Existem três principais situações que requerem biomonitoramento: (1) onde existam razões para se acreditar que espécies nativas estão sendo ameaçadas; (2) quando há implicações para a saúde humana quanto ao consumo de organismos potencialmente afetados; (3) quando existe o interesse em conhecer a qualidade ambiental (SILVA et al., 2003). Principalmente no que diz respeito a organismos expostos a poluentes, o monitoramento ambiental utilizando testes em sistemas biológicos (biomarcadores), propicia promissoras ferramentas para a identificação de poluentes capazes de causar dano à saúde humana e ao ambiente (SILVA et al., 2003). O teste do micronúcleo foi originalmente desenvolvido por SCHMID (1975) para células da medula óssea de camundongos e foi adaptado por 34 possuem potencial para o monitoramento in situ da qualidade de ambientes aquáticos. Andrade (2004) demonstra um aumento no número de células com danos de DNA, e em células micronucleadas associada com maior freqüência de Micronúcleos em células sanguíneas de tainhas (Mugil sp) e bagres (Netuma sp) expostos a hidrocarbonetos e metais de origem antropogênica coletados nos rios Tramandaí e Mampituba (RS) com o objetivo de avaliar a sensibilidade destes peixes em relação às doses e à temperatura, durante as quatro estações por dois anos de coleta. Apresentados no trabalho de Benincá (2006), os peixes da espécie Geophagus brasiliensis submetidos ao teste de micronúcleo obtiveram diferenças significativas na freqüência de micronúcleos em relação ao controle negativo e alterações semelhantes ao controle positivo, mostrando que a qualidade ambiental das Lagoas do Camacho e Santa Marta encontram-se comprometidas, necessitando medidas emergenciais de controle de lançamento de contaminantes nas mesmas. Não bastasse a realização de poucos estudos de genotoxicidade e avaliações do impacto de contaminantes sobre organismos cronicamente expostos a agrotóxicos, sabe-se que os impactos ecológicos e os riscos à saúde dos organismos associados com a exposição a poluentes ambientais são extremamente difíceis de se avaliar devido a muitos desses componentes serem parte de misturas complexas e que organismos expostos a agentes causadores de poluição podem sofrer danos genéticos. Assim com esse trabalho indicamos que a espécie Geophagus brasiliensis demonstra ser adequada para o estudo do efeito da poluição aquática em lavoura de arroz irrigado. 35 7 CONCLUSÃO Com os testes de monitoramento ambiental, como o teste de micronúcleos, pode-se proporcionar um conhecimento mais preciso da qualidade ambiental de ambientes aquáticos, produzindo dados confiáveis sobre o efeito tóxico e a que nível o poluente interage com o organismo bioindicador. O trabalho aqui desenvolvido permitiu, de maneira satisfatória, obter-se um aumento considerável no conhecimento da técnica de Teste de Micronúcleos, utilizada em mutagênese ambiental. Esses testes de biomonitoramento com a utilização de bioindicadores como peixes, podem disponibilizar dados que auxiliam em implementação de medidas adequadas para a conservação e recuperação da biodiversidade de ecossistemas aquáticos logo, os resultados de trabalhos como este são essenciais. Os peixes são organismos adequados, podendo ser úteis para a avaliação de agentes contaminantes e até os possíveis riscos biológicos que esses organismos estão expostos em ambientes aquáticos uma vez que eles estão em contato direto com os contaminantes do ambiente e mostram sensibilidade à compostos antropogênicos, pois desempenham diferentes papéis na cadeia trófica. Com esse trabalho foi possível verificar o possível efeito genotóxico, através do teste de Micronúcleo em Geophagus brasiliensis e sua utilização como bioindicador de contaminação ambiental por agrotóxico em lavoura de arroz irrigado. O teste de Micronúcleo demonstrou que não houve efeito mutagênico significante sobre os eritrócitos de Geophagus brasiliensis, expostos a agrotóxicos na cultura de arroz irrigado no município de Araranguá – SC em nenhuma das amostras. Assim com os resultados apresentados pode-se alertar que qualquer interpretação de parâmetros biológicos em estudos ambientais com esta espécie deveria ser realizada com cuidado. Isto sugere a necessidade de maiores estudos nessa localidade com a utilização de testes para a detecção de mutações cromossômicas, como por exemplo, o Ensaio cometa que é sensível na quantificação de lesões e detecção de efeitos de reparo no DNA. 36 REFERÊNCIAS AGOSTINETO, Dirceu; FLECK, Nilson Gilberto; MENEZES, Valmir Gaedke. Herbicidas não seletivos aplicados na fase de maturação do arroz irrigado. Scientia Agricola, Porto Alegre, v. 58, n. 2, p. 277-285, abr./jun. 2001. ALMEIDA, Paulo Nazareno Alves. Fontes de crescimento e sistema produtivo da orizicultura no Mato Grosso. 2003. 230 f. Dissertação (Mestre em Ciências em Economia Aplicada) - Universidade de São Paulo, Piracicaba. ANDRADE, Vanessa Moraes. 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