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Guias e Dicas
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Trabalho de origem e evolução da segurança na atividade de eletricista, Trabalhos de Engenharia Elétrica

origem da segurança do trabalho para eletricista

Tipologia: Trabalhos

2013

Compartilhado em 04/05/2013

humberto-rodrigues-macedo-12
humberto-rodrigues-macedo-12 🇧🇷

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Baixe Trabalho de origem e evolução da segurança na atividade de eletricista e outras Trabalhos em PDF para Engenharia Elétrica, somente na Docsity! MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CAMPUS PALMAS –TO. CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS ELÉTRICOS- PERIODO V. HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA NA ATIVIDADE ELÉTRICA HUMBERTO RODRIGUES MACEDO. Novembro- 2012 –Palmas- To. SUMÁRIO Introdução........................................................................................................................3 A História e Evolução do Trabalho e da Segurança em Energia Elétrica.......................... 4 Conclusão.........................................................................................................................8 Figuras ilustrativas............................................................................................................9 Referências Bibliográficas.................................................................................................9 INTRODUÇÃO A eletricidade se torna cada vez mais um bem essencial à atividade moderna, atualmente é impossível falar em crescimento econômico, sem falar em energia, dentre elas a eletricidade, que desde sua descoberta e em prol do avanço cientifico e da modernização vem exigindo cada vez mais investimentos em ampliação de capacidade uma correia que se passava pelo poste e prendia nas extremidades. Utilizava-se de um martelo para verificar o estado do poste antes da subida no mesmo. Pois era preciso deixar as duas mãos livres e confiar no cinto de segurança. Era muito arriscado, pois os trabalhadores faziam suas próprias ferramentas, como anéis de cobre, entre outras, por não haver confiabilidade e testes destas ferramentas, muito morriam com a falha ou quebra das mesmas. O único critério utilizado para trabalhar com as linhas de transmissão na época era a verificação da aptidão para escalada nos postes de madeira. Até os dias de hoje este critério existe, porém foram somados a outros que se fizeram necessários para assegurar o conhecimento da atividade e dos riscos envolvidos. Com o passar dos anos, a voltagem das linhas foram aumentando cada vez mais para suprir a demanda das indústrias e lares, e desligar o fornecimento para manutenção não era uma medida popular, era necessário desenvolver novos equipamentos de segurança para trabalhar com a linha viva (linha energizada). Em 1914 temos o primeiro registro do uso de uma vara chamada hotstick (vara quente), que possuía várias ferramentas presas e intercambiáveis na sua ponta, era feita de madeira e muito pesada. Com ela havia a possibilidade de fazer vários serviços sem precisar por as mãos nos condutores. A maior inimiga da utilização do hotstick era a umidade, a madeira absorvia a umidade e se tornava um risco para o trabalhador, era preciso então mantê-la seca sempre, pois a corrente ao circular por sua superfície úmida provocava acidentes graves e fatais. Em meados da década de 50 os hotsticks de madeira foram substituídos por hotsticks de tubos de vidro, que além de isolantes eram mais leves e de fácil manejo. Até hoje ele é bastante utilizado como um auxiliar na manutenção em linhas. As luvas de borrachas tão necessárias nas atividades foram introduzidas somente em 1915 e eram bem diferentes das atuais, seu desenho e a espessura da borracha dificultava a articulação dos dedos sobremaneira, causando problemas nas articulações, pois havia a necessidade de seu uso constante, além de dificultar a realização do trabalho, pois estas luvas eram retas e duras. Em 1933 a fábrica White Rubber recebeu os desenhos de luvas específicas para este trabalho, que possuíam curvas tais como as mãos, eram mais confortáveis para usar e trabalhar, outra luva de couro recobria a luva de borracha para evitar cortes, hoje à utilização de luvas é vital no manejo de cabos com até 35.000 v e está bem difundido seu uso em classes de tensões. Após a segunda guerra mundial a indústria de energia iniciou uma campanha de segurança, uma pesquisa revelou que o contato involuntário da cabeça do técnico com o cabo era causa de 8% dos casos fatais, na época se usava um chapéu, e alguns eram feitos de couro em vez de feltro, que em contato com o cabo, protegiam de choques, pois bloqueava o contato direto. Somente nos anos 50 o capacete substituiu o chapéu, e de forma obrigatória, nesta época ele era conhecido como o “balde de miolo”, nome dado devido o material ser muito duro e sua aparência com o conhecido balde. Os técnicos continuavam a pesquisar sistemas mais eficientes para consertar os cabos, na sua maioria eram métodos primitivos. Porém no final da década de 50 surgiu uma ferramenta tão eficiente quanto revolucionária, o caminhão elevador, com ele o trabalho ganhou eficiência, e o técnico pôde trabalhar e desempenhar seu trabalho com mais segurança, esta ferramenta também possibilitou o aumento da produção e da segurança, pois os caminhões elevavam as caçambas com os técnicos a uma distância segura que possibilitava boa visão e manutenção das linhas e estruturas com tempo mais reduzido, e com menores índices de acidentes. Os novos caminhões levaram a uma técnica espantosa que permitia o trabalho nas linhas vivas sem a utilização de luvas, utilizando-se roupas isoladoras e colocando o caminhão e o técnico isolados no mesmo potencial da linha. Em 1905 a usina de Niágara Fouls já transmitia um potencial de 10.000 v, em 1936 a nova linha transmissora passou para 290.000 v. em 1953 construía-se a primeira linha de 345.000 v, e na década de 70, linhas de 500.000 v entrecruzaram por todo o país. Trabalhar com tamanha potência era difícil, além de exigir hotsticks extremamente longos. A partir de então criou se o novo sistema chamado linhas vivas sem luvas, onde uma caçamba perfeitamente isolada ergue os técnicos a altura dos cabos e depois eles inacreditavelmente energizam seus corpos com o mesmo potencial, esse processo é chamado de equalização. Desta forma poderia tocar o cabo sem provocar o atalho para a terra. No momento da equalização é possível visualizar o campo elétrico induzido. Trabalhar em linhas vivas de 500.000 v de tensão cria um efeito desconfortável devido à energia de indução, o que impede inclusive que pássaros possam pousar nestes mesmos cabos de energia (500KV), a fim de evitar este desconforto criou-se uma fina roupa de trama de aço. A roupa obriga a indução a envolver os homens em vez de passar através deles, assim qualquer tarefa direta nestas linhas podia ser realizada, como trocar os separadores de linhas. Esse sistema foi testado pela primeira vez no laboratório das centrais elétricas, nos anos 60, por um técnico (Horace Burch) que apesar de assustado, concordou em testá-lo. O índice de segurança deste novo sistema foi tido como excelente mais seu uso se restringe a lugares onde não há perigo de criar um atalho para a terra. No final dos anos 50 utilizava-se de helicópteros para a instalação de torres de transmissão em áreas remotas e selvagens, mais tarde nos anos 80, helicópteros e técnicos sem luvas se uniram para serviços de manutenção em linhas vivas de 500KV, para isso homens e helicópteros são energizados para equalizar a voltagem e trabalharem com segurança em relação à eletricidade, pois não há criação de um atalho para a terra nestas condições. O trabalho com helicópteros permitem uma produção ainda maior que o sistema tradicional em cabos de alta tensão, por exemplo, homens com caminhões elevadores e hotsticks substituem oito separadores por dia, no mesmo espaço de tempo uma boa equipe com helicópteros e técnicos substitui até duzentos destes. A manutenção nas linhas com helicópteros é muito cara e exige treinamento de dois anos para alcançar o domínio desta técnica. O serviço é seguro sobre condições indicadas, contudo não existem ainda regras caso o técnico perca a concentração. Para Henry Miller, fundador da irmandade em 1891, e tantos outros eletricistas contemporâneos não poderiam imaginar a utilização de helicópteros neste trabalho, e muito menos que um dia a tecnologia permitiria que os eletricistas andassem pelos cabos, com a utilização da técnica de equalização, sobre plataformas, guiados por helicópteros, trabalho que exige grande sincronia e pericia dos pilotos e dos técnicos. Em todas as áreas da eletricidade, foi verificada a implantação de inúmeros EPI’S e EPC’s, como uniformes antichama, capacetes com proteção, sistemas de aterramentos para manutenção e equipamentos de ancoragem e resgate, que surgiram e evoluíram consideravelmente. Além das próprias ferramentas que foram fabricadas com materiais isolantes, e com a evolução da ciência, novos materiais com maiores poderes de isolação elétrica foram descobertos, e empregados nas ferramentas, aumentando a segurança para seus usuários, outra ferramenta muito importante inventada para trabalho em reparos de linhas desligadas, foi o detector de tensão, que traz segurança para o eletricista em relação ao estado da linha, hoje o detector figura como ferramenta essencial para a manutenção de linhas de distribuição e transmissão, quando a exigência é que seja realizada manutenção com a linha desligada. CONCLUSÃO. A evolução tecnológica vem contribuindo com os profissionais durante os anos, os aperfeiçoamentos constantes das ferramentas e da legislação sobre segurança no trabalho, também contribuíram para que a triste estatística de um óbito para cada dois trabalhadores em eletricidade fosse mudada, mais não se pode perder a concentração e baixar a guarda em relação a esta força letal chamada eletricidade, inúmeros acidentes estudados durante os treinamentos de novas equipes de trabalhos, apontam para a não observação dos passos de segurança e a falta de utilização dos EPIs e EPC’s obrigatórios como causa dos acidentes. É preciso então valorizar a importante iniciativa dos primeiros trabalhadores em criar o primeiro sindicato (irmandade internacional dos eletricistas) que deram os passos iniciais para que hoje os eletricistas de forma geral possam desempenhar suas funções com mais segurança. Lembramos que todo trabalho no qual a eletricidade está presente, as normas de segurança são rígidas e vem sendo atualizadas, leis foram criadas e proporcionaram mudanças, tais como o treinamento obrigatório para os eletricistas, revisão bienal dos treinamentos em segurança (NR-10). Mesmo assim existe a dependência do avanço cientifico para que novas ferramentas e equipamentos sejam inventados e disponibilizados, pois atualmente o número de acidentes envolvendo trabalhadores em eletricidade é considerado alto, e existe campo para diminuir estas estatísticas.
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