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SEMIOLOGIA 14 - NEONATOLOGIA - Semiologia do recém-nascido pdf, Notas de estudo de Semiologia

SEMIOLOGIA 14 - NEONATOLOGIA - Semiologia do recém-nascido pdf

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 29/03/2013

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gerson-souza-santos-7 🇧🇷

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Baixe SEMIOLOGIA 14 - NEONATOLOGIA - Semiologia do recém-nascido pdf e outras Notas de estudo em PDF para Semiologia, somente na Docsity! Arlindo Ugulino Netto; Yuri Leite Eloy – NEONATOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 1 MED RESUMOS 2011 ELOY, Yuri Leite; NETTO, Arlindo Ugulino. SEMIOLOGIA AVALIAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO (Professor João Medeiros Filho) O termo recém-nascido (RN) consiste no período que se estende desde o nascimento até o 28º dia de vida, após esse período (e até 1 ano de vida), passa a ser chamado de lactente. Apesar do recém-nascido compreender um pequeno período (28 dias), constitui um grupo heterogêneo, tendo assim a necessidade de classificá-lo para que seja necessária a identificação das situações de risco. CLASSIFICA‚O QUANTO A IDADE GESTACIONAL Os recém-nascidos podem ser classificados quanto à idade gestacional em:  Pré-termo: são aqueles cuja idade gestacional é inferior a 37 semanas, podendo algumas literaturas referir 38.  A termo: compreendido entre 37 a 42 semanas (41 semanas e 6 dias).  Pós-termo: mais de 42 semanas. Essa classificação é de extrema importância para a avaliação semiológica do RN, principalmente no que diz respeito ao seu prognóstico, como exemplo: recém-nascidos pesando 1,4 kg a termo, tem melhor prognóstico do que um RN na mesma faixa de peso, pré-termo. Atualmente considera-se que RN com peso menor que 2500g, independente de sua idade gestacional, é considerado um RN de baixo peso. QUANTO À RELAÇÃO PESO/IG Além dessa classificação descrita, existe outra de grande importância e que deve ser conhecida pelo médico neonatologista. Ela avalia a relação do peso com idade gestacional (IG). Dessa forma temos:  Pequenos para IG (PIG): RN que apresenta peso ao nascer abaixo do percentil 10 na curva de crescimento intra-uternio.  Adequado para IG (AIG): situado entre os percentis 10 e 90 na curva de crescimento intra-uterino.  Grandes para IG (GIG): superior ao percentil 90 na curva de crescimento intra-uterino. Assim os recém-nascidos a termo, pré-termo e pós-termo, podem ser pequenos, apropriados e grandes para idade gestacional. Com isso matematicamente os recém-nascidos podem ser classificados de 9 formas, de acordo com as classificações propostas. Sabe-se que a medicina não é uma ciência exata, muito pelo contrário, existem diversas condições fisiológicas, patológicas, nutricionais, que podem determinar variações na idade gestacional do feto e tamanho. Com isso a maioria das classificações trabalha com faixas de normalidade, e não com um valor absoluto, em neonatologia, não é diferente, uma vez que a relação peso/IG é dada em percentil. Por isso foi feita uma tabela padrão, que é utilizada em todo o mundo, embora sofra algumas modificações devido a questões raciais, étnicas entre outras especificas de cada país. A interpretação da curva de crescimento intra-uterino, fundamental para a classificação do RN, é feita da seguinte forma: Tomaremos como exemplo um RN nascido com 35 semanas (pré- termo), pesando 2kg. De acordo com a curva de crescimento intra-uterino o mesmo apresenta um tamanho apropriado. Entretanto, outro RN com IG 39 semanas, com o mesmo peso, é considerado pequeno para IG. Por isso é importante salientar que um RN pode-se apresentar a termo com baixo peso e pequenos para idade gestacional. Sobre esse aspecto é importante saber que o crescimento fetal ocorre principalmente devido a fatores genéticos, entretanto pode sofrer influência de condições patológicas, como é o caso da Arlindo Ugulino Netto; Yuri Leite Eloy – NEONATOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 2 hipertensão arterial, que gera uma vasoconstricção dos vasos uterinos, e com isso, determina um baixo fluxo de nutrientes e O2 para o feto, e mesmo que seja a termo, apresentará um baixo peso. Entre outros fatores podem ser a toxoplasmose congênita e rubéola, que interferem fortemente no desenvolvimento do RN, além da nutrição materna, que desempenha um papel fundamental para o crescimento normal do RN. PECULIARIDADES FISIOLƒGICAS DO RN Antes de iniciarmos o estudo semiológico propriamente dito do RN é importante ter conhecimento sobre algumas peculiaridades, tais como:  Distribuição de água corpórea: quanto a este aspecto deve-se saber que quanto menor por o indivíduo, mais água corporal ele possui. Dessa forma, um feto de 16 semanas apresenta cerca de 93% do seu peso representado por água. No RN a termo esse valor está em torno de 75%, já no adulto corresponde a 55% do peso. Com isso durante a realização de infusão de líquidos nos RN deve-se levar em consideração esses aspectos. Outra consideração importante sobre a distribuição de água, é que nos adultos, grande parte da água (2/3) está contida no compartimento intracelular e 1/3 no extracelular. Em contrapartida no feto e recém-nascido o espaço extracelular é o compartimento que possui mais água. Com o crescimento, ocorre uma contração desse espaço, que vai perdendo água, e em torno do 10º dia, o espaço intracelular passa a ser dominante.  Perda de peso ao nascer: é normal o registro de perda de peso nos primeiros 10 dias de nascimento, fato este que está associado principalmente à incapacidade fisiológica do RN em se alimentar (amamentação) e, além disso, ocorre uma perda do excesso de água descrito anteriormente. Com isso esse RN recupera o peso a partir do 10º dia. Quando prematuro, inicia a recuperação em torno de 15 dias.  Imaturidade do Sistema Renal: nos RN a taxa de filtração glomerular é menor quando comparada com crianças maiores e adultas. Sendo necessária uma atenção especial na infusão de líquidos e bicarbonato de glicose. Por isso, frequentemente, os RN podem apresentar glicosúria, devido a não absorção de bicarbonato infundido. Além disso, a filtração glomerular desempenha um papel importante sobre a vida média do fármaco na circulação sanguínea. Um exemplo são os antibióticos que nos RN são administrados em intervalos maiores, por permanecer maior tempo na circulação sanguínea, os aminoglicosídeos, por exemplo, em RN são administrados em intervalos de 36 horas.  Limitações do Aparelho digestivo: a começar pela limitação da capacidade gástrica e deficiência transitória de lactase. A deficiência de lactase pode levar nas primeiras semanas uma hiperdefecação, com presença de fezes líquidas, amarelo-ouro, explosivas e ácidas, devido a um reflexo gastrocólico exacerbado. Entretanto, essas condições são extremamente normais para um RN. Após um determinado tempo, em que as condições absortivas do RN já estão mais amadurecidas, o leite materno é bem absorvido, e com isso o RN pode ficar 2 a 3 dias sem evacuar, ou até mesmo 1 semana, sendo está uma condição normal (a não ser que haja uma distensão abdominal importante). Essas informações são importantes para que não sejam cometidas iatrogenias.  Sistema Cardiorrespiratório:  Limitações do Sistema Imune: sabe-se que a primeira barreira física contra a entrada de microorganismos patogênicos é a pele. Essa nos RN se apresenta fina, podendo ser facilmente penetrado por bactérias. Além disso, apresenta uma deficiência de imunoglobulinas (IgM e IgA). Entretanto a IgG apresenta-se normal ou elevada, pois por ser de baixo peso molecular, tem a capacidade de atravessar a barreira placentária, conferindo uma proteção adicional ao feto.  Sistema Endócrino: nos RN prematuros podem desenvolver um quadro de hipotireoidismo transitório. AVALIA‚O SEMIOLƒGICA DO RN Constitui uma etapa imprescindível à avaliação do RN. A partir dos dados obtidos através de uma anamnese criteriosa, elabora-se sua história clínica, identificando-se os fatores de risco, seja nos antecedentes familiares e maternos, seja na história da gestação, do parto e do nascimento. Na evolução pós-natal, informações indispensáveis, complementadas com um exame físico cuidadoso, vão ensejar a formulação do diagnóstico clínico ou das hipóteses diagnósticas. ANAMNESE Consiste em uma etapa de extrema importância. Considera-se que ela corresponda a cerca de 50 a 80% da avaliação semiológica do RN, quando relacionada à importância clínica. Através dela é possível o estabelecimento de uma relação médico-paciente adequada, principalmente na ocasião, ou seja, mãe e filho. Além disso, é através da anamnese que se pode pensar nas principais hipóteses diagnósticas, levantadas a partir da história clínica da gestante, antecedentes fisiológicos, patológicos, ginecológicos, obstétricos, intercorrências durante a gravidez, entre outras que fornecem informações importantes para o diagnóstico clínico. Arlindo Ugulino Netto; Yuri Leite Eloy – NEONATOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 5 suturas cranianas. Quando ocorre um fechamento precoce dessas suturas, o crŽnio pode vir a adotar formas an‰malas. Quando o RN apresenta um fechamento precoce da sutura coronal e lambdƒide vai apresentar uma cabe‚a achatada, denominada de braquicefalia. J„ na soldadura precoce da sutura sagital o RN vai apresentar um quadro de escafocefalia. Apesar das considera‚‡es explicadas acima, alguns RN podem apresentar um permetro cef„lico normal e ser portador de hidrocefalia. O permetro cef„lico normal n€o afasta o diagnƒstico de hidrocefalia. Fontanelas. As fontanelas s€o espa‚os delimitados entre as suturas ƒsseas do crŽnio, que fornecem informa‚‡es importantes sobre a avalia‚€o fsica do RN. A intersec‚€o fronto-parietal forma a fontanela anterior, e parieto-occipital a posterior. A fontanela anterior geralmente fecha em torno de 6 meses a um ano e meio, enquanto que a posterior em torno de 2 a 3 meses. Nas fontanelas deve-se avaliar o tamanho e tens€o. As fontanelas normais s€o aquelas descritas como normotensas, e com amplitude 2 x 2 cm. Nas fontanelas hipertensas pode-se suspeitar de hipertens€o intercraniana, podendo esta ser ocasionada por hidrocefalia. Nas fontanelas amplas, em que devido ao tamanho a avalia‚€o da tens€o … prejudicada, pode fazer uma ultrasonografia transfontanela, para uma avalia‚€o mais precisa. A fontanela deprimida est„ presente, por exemplo, em crian‚as desidratadas. PESCOÇO O pesco‚o do RN se apresenta curto e fr„gil, devendo ser avaliado principalmente a procura de massas palp„veis localizadas. Assim a avalia‚€o do pesco‚o se inicia com a palpa‚€o da parte mediana a fim de detectar bƒcio, fstulas, cistos e restos de arcos branquiais; lateralmente, verifica-se a exist†ncia de hematoma de esternocleiodomastƒideo, pele redundante ou pterigium coli. Pesco‚o alado … observado nas sndromes de Turner e Down. Palpar ainda as clavculas para descartar a presen‚a de fratura, que se caracteriza por assimetria do ombro, diminui‚€o da mobilidade, dor e crepita‚€o Œ palpa‚€o. Explorar a mobilidade e t‰nus, pouca mobilidade do pesco‚o sugere anomalias vertebro-crevicais. FACE No exame da face s€o analisados olhos, ouvidos, nariz e boca. Olhos. No exame ocular do RN nascido deve-se avaliar o reflexo vermelho, usando um oftalmoscƒpio. Sua aus†ncia pode ser sinal de catarata cong†nita. A esclera … branca ou levemente azulada no RN pr…-termo, contudo podem se apresentar amareladas. Se for azul-escura deve-se afastar a possibilidade de osteogenesis imperfecta. Observar tamb…m sobrancelha, clios, movimentos palpebrais, edema e dire‚€o da comissura. Avaliar a transpar†ncia do cristalino, se o mesmo … opaco ou n€o. A avalia‚€o do cristalino, devido a sua importŽncia clnica, atualmente … feita atrav…s do “teste do olhinho”, que tem o objetivo avaliar a presen‚a do olho vermelho (colora‚€o dada pelos vasos retinianos). Quando presente … sinal que o cristalino … translˆcido e a retina … normal. Hemorragias conjuntivais s€o comuns e decorrem da ruptura de pequenos capilares conjuntivais. S€o absorvidas espontaneamente e, portanto, n€o necessitam de qualquer tratamento. Secre‚‡es purulentas devem ser investigadas. Pesquisar microftalmia (microcƒrnea – cƒrnea com diŽmetro menor que 9 mm); glaucoma cong†nito (macrocƒrnea – diŽmetro maior que 11 mm). A presen‚a de estrabismo n€o tem significado nessa faixa et„ria, assim como a ocorr†ncia de nistagmo … frequente. Orelhas. Avaliar forma, tamanho, simetria, implanta‚€o e a presen‚a de ap†ndices pr…-auriculares (papilomas). A posi‚€o normal do pavilh€o auricular … determinada tra‚ando-se uma linha horizontal imagin„ria, passando pelos cantos palpebrais internos e externos, cruzando a face perpendicularmente ao eixo vertical da cabe‚a. Se a h…lice da orelha estiver abaixo dessa linha, considera-se implanta‚€o baixa que … observada em diversas patologias cong†nitas: síndrome de Potter (caracterizada por implanta‚€o baixa das orelhas, micrognatia, maior distŽncia entre os eixos oculares e agenesia renal bilateral), síndrome de Goldenhar (caracterizada por altera‚‡es vertebrais, oculares e auditivas), triploidias, trissomia do 9 e do 18. A acuidade auditiva pode ser pesquisada atrav…s da emiss€o de um rudo prƒximo ao ouvido, observando-se a resposta do reflexo cƒcleo-palpebral (piscar dos olhos). Arlindo Ugulino Netto; Yuri Leite Eloy – NEONATOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 6 Al…m disso, a forma e tamanho do padr€o auricular guardam uma estreita rela‚€o com a idade gestacional, constituindo um dos elementos para avalia‚€o da IG do RN. Nariz. Observar sua forma: malforma‚‡es do nariz s€o observadas nas trissomias cromoss‰micas 18 e 21, na acondroplasia e outras condrodistrofias. Verificar a permeabilidade das coanas, usando uma sonda nasog„strica. A presen‚a de corrimentos nasais serossanguinolentas sugere sfilis cong†nita precoce. Muito comum no „pice do nariz encontrar pequenos pontos esbranqui‚ados denominados de miliun, j„ explicado previamente. Boca. Na avalia‚€o da boca, inclui a inspe‚€o dos l„bios, avaliando sua integridade e presen‚a de les‡es, al…m disso, presen‚a de mal-forma‚‡es, como … o caso da fenda labial (l„bio leporino). Nos RN que mamam de forma vigorosa … muito comum encontrarmos calos de suc‚€o. Quanto ao palato avaliar se est„ ntegro e de conforma‚€o normal ou em ogiva (palato alto). Na cavidade oral em si … muito comum a presen‚a de placas esbranqui‚adas sobre a base eritematosa causada por infec‚€o fˆngica (Candida albicans). Ocorre com frequ†ncia em RN imunossuprimidos, sendo a infec‚€o transmitida pela prƒpria m€e. Al…m disso, pode haver pequenas escoria‚‡es, na maioria das vezes de causa iatrog†nica, quando a limpeza da cavidade oral para retirada de muco, n€o era realizada com a “p†ra”, mas sim com gaze, produzindo essas escoria‚‡es. Um pequeno nˆmero de RN pode apresentar dentes fragilizados, que devem ser retirados evitando a aspira‚€o. Avaliar o tamanho da lngua, existindo macroglossia, pode caracterizar uma sndrome onde h„ um queixo pequeno, a lngua n€o se fixa de forma adequada ao assoalho da boca, podendo sufocar o RN, sendo necess„ria algumas vezes a realiza‚€o de corre‚€o. As p…rolas de Epstein s€o pequenas forma‚‡es esbranqui‚adas, junto Œ rafe mediana e, Œs vezes, nas gengivas. TÓRAX O tƒrax do RN … cilndrico e seu permetro … cerca de 2-3 cm menor que o cef„lico. O ap†ndice xifƒide … saliente e, por vezes, palp„vel. Assimetrias podem ser determinadas por malforma‚‡es de cora‚€o, pulm‡es, coluna ou arcabou‚o costal. A hipertrofia bilateral das glŽndulas mam„rias decorre da a‚€o dos estrog†nios maternos e deve ser distinguida de mastite, geralmente unilateral, causada por estafilococos. O diŽmetro da glŽndula mam„ria … um dos parŽmetros para avalia‚€o da idade gestacional. Da mesma forma que no adulto a avalia‚€o do tƒrax, aparelho respiratƒrio e cardiovascular deve ser seguida com a inspe‚€o, palpa‚€o, percuss€o e ausculta. Pulmões. A respira‚€o do RN … do tipo abdominal e irregular, sobretudo em prematuros, quando predominantemente tor„cica e com retra‚€o, denotando dificuldade respiratƒria. A freq†ncia est„ em torno de 30 a 50 movimentos por minuto. Estertores ˆmidos, logo apƒs o nascimento, normalmente s€o transitƒrios e desaparecem nas primeiras horas de vida. Sua persist†ncia, diminui‚€o global ou assimetria do murmˆrio vesicular implicam avalia‚€o criteriosa. Avaliar a presen‚a de angˆstia respiratƒria, que se caracterizam principalmente por altera‚‡es na freq†ncia respiratƒria, retra‚‡es intercostais, gemidos expiratƒrios, batimentos de asas do nariz e cianose. Cardiovascular. Avaliar a freq†ncia cardaca, que geralmente est„ em torno de 120 a 160 batimentos por minuto, n€o esquecendo o pulso perif…rico, principalmente o pulso femoral, que quando ausente, est„ associada Œ cardiopatia grave, denominada de coarcta‚€o da aorta. O pulso umbilical … ideal para avalia‚€o. Nos RN normais, h„ uma hiperfonese da 2 bulha, podendo ouvir sopros, presentes devido ao n€o fechamento completo das comunica‚‡es do sistema arteriovenoso, como canal arterial. A palpa‚€o e percuss€o no RN n€o t†m um grande valor clnico. Lembrar os sinais de insufici†ncia cardaca: taquicardia, hepatomegalia, ritmo de galope, taquipn…ia, sibilos e estertores. ABDOME Inspeção. O permetro do abdome … cerca de 2-3 cm menor que o cef„lico. Al…m disso, pode se apresentar com aspecto globoso, devido Œ despropor‚€o do tamanho da cavidade em rela‚€o aos ƒrg€os. Distens€o pode ser devida Œ presen‚a de lquido, visceromegalias, tumora‚‡es. Entretanto uma condi‚€o importante … o leo paraltico, em que o abdome se apresenta liso e brilhante, onde n€o se observa peristaltismo de luta, mas sim rudos hidroa…reos diminudos ou ausentes e, quando administrada sonda nasog„strica, drena secre‚€o biliosa. Ocorre principalmente quando o RN se apresenta com infec‚€o grave, sepse ou ainda enterocolite necrotizante. Arlindo Ugulino Netto; Yuri Leite Eloy – NEONATOLOGIA – MEDICINA P7 – 2010.2 7 No abdome distendido por um quadro obstrutivo percebe-se o peristaltismo de luta, com ruídos hidroaéreos exacerbados. Obstrução ou perfuração intestinal são as principais causas. O abdome escavado por sua vez está presente principalmente nas hérnias diafragmáticas, que está associado com desconforto respiratório. A diástase de retos abdominais e de observação frequente e sem significado. Examinar o coto umbilical que de início é de coloração branco-azulada e de consistência gelatinosa, passando por um processo de mumificação por volta do 3º e 4º dias, seguida de sua queda entre o 6º e 15º dias de vida. Normalmente, existem duas artérias e uma veia no umbigo; artéria umbilical única pode estar associada a anomalias renais ou problemas genéticos. A presença de secreção fétida no coto umbilical, edema e hiperemia de parede abdominal indicam onfalite. Palpação. Observar se existem distensão, rigidez, dor e massas ou vísceras palpáveis. Em condições normais, o fígado pode ser palpado cerca de um a dois centímetros do rebordo costal direito. Uma ponta de baço palpável na primeira semana também pode ser normal, entretanto deve-se considerar também causas patológicas, tendo em vista a possibilidade, entre outras, de infecção perinatal. Os rins podem ser palpáveis, principalmente o direito, lembrando que o aumento renal pode ser devido à doença policística, trombose de veia renal e hidronefrose. Pesquisar a existência de outras massas abdominais (tumor de Wilms, cistos ovarianos, cistos mesentéricos, neuroblastoma, etc.) Percussão. Através da percussão, é possível delimitar as vísceras, massas abdominais e avaliar com mais precisão a presença de líquido ascítico, pesquisando-se a chamada macicez móvel, com mudança de decúbito. Ausculta. Permite verificar a presença de ruídos abdominais, conforme se salientou anteriormente. GENITÁLIA Masculina. Presença de fimose é a regra no RN masculino. O pênis normal deve medir mais que 2 cm. A palpação da bolsa escrotal permite verificar a presença ou a ausência, sensibilidade e consistência dos testículos. No RN a termo a bolsa escrotal se apresenta pregueada, enquanto que o pré-termo tem uma superfície lisa. A hidrocele é frequente e, a menos que seja comunicante, se reabsorverá com o tempo. Observar a localização do meato urinário: ventral (hipospadia) ou dorsal (epispadia). A presença de hipospadia associado à criptorquidia implica a pesquisa de cromatina sexual e cariótipo. Feminina. Os pequenos lábios e o clitóris são proeminentes por ação estrogênica materna, dando um aspecto em couve- flor. Secreções mais ou menos abundantes e por vezes, hemorragias podem aparecer nos primeiros dias, também por influência estrogênica. Pesquisar imperfuração himenal, hidrocolpos, aderência de pequenos lábios. Fusão posterior dos grandes lábios e hipertrofia clitoriana impõem a pesquisa de cromatina sexual e cariótipo. Anomalias podem levar à eliminação de mecônio pela vagina ou uretra feminina. Ânus e Reto. Verificar cuidadosamente quanto à sua perviedade, posição e tamanho (cerca de 10 mm). Se necessário, usar sonda ou realizar toque retal para uma melhor avaliação. A eliminação de mecônio deverá ocorrer até 48 horas de vida. EXTREMIDADES Verificar inicialmente se os membros são simétricos e proporcionais. Observar anomalias dos dedos e membros: anomalias falangianas, polidactilia, sindactilia, clinodactilias, dismelias, agenesias. Examinar as pregas palmares única em ambas as mais, associada à ausência de uma prega falangiana no 5º quirodáctilo, é observada na síndrome de Down. Entretanto, deve-se ter uma atenção especial para a articulação coxo-femoral, devendo esta ser avaliada criteriosamente para afastar a possibilidade de luxação congênita, que é caracterizada por uma displasia no acetábulo, em que a cabeça do fêmur não se fixa de forma correta no acetábulo. Para isso, utilizando-se as manobras de Ortolani e Barlow com o RN em decúbito dorsal com membros em flexão:  Manobra de Ortolani: com as duas mãos, o examinador deve segurar as pernas e as coxas da criança, apoiando as mãos sobre o joelho do RN e, com os dedos, tentando alcançar a articulação coxofemural (no intuito de palpar fenômenos vibratórios nesta articulação). As coxas e as penas do RN devem estar flexionadas. Feito isso, realiza-se, simultaneamente, uma rotação externa e abdução da coxa, realizando, ao mesmo tempo,
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