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Produção Integrada de fruteiras tropicais - EMBRAPA, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

Produção Integrada de fruteiras tropicais - EMBRAPA

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 18/01/2013

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Baixe Produção Integrada de fruteiras tropicais - EMBRAPA e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! PRODUÇÃO INTEGRADA DE FRUTEIRAS TROPICAIS Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Mandioca e Fruticultura Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento PRODUÇÃO INTEGRADA DE FRUTEIRAS TROPICAIS Aristoteles Pires de Matos Editor Técnico Embrapa Mandioca e Fruticultura Cruz das Almas, Bahia 2012 Sumário Apresentação Capítulo 1 O Sistema Brasileiro de Produção Integrada Rosilene Ferreira Souto Capítulo 2 Gestão Ambiental na Produção Integrada Luciano Gebler Capítulo 3 Produção Integrada de Abacaxi Aristoteles Pires de Matos Capítulo 4 Produção Integrada de Banana Ana Lúcia Borges e Zilton José Maciel Cordeiro Capítulo 5 Produção Integrada de Mamão Nilton Fritzons Sanches Capítulo 6 Produção Integrada de Maracujá Gustavo Azevedo Campos e Domingos de Azevedo Oliveira Capítulo 7 Produção Integrada de Melancia: uma abordagem sobre o manejo de doenças fúngicas Gil Rodrigues dos Santos u 25 69 186 288 319 Apresentação O sistema de Produção Integrada possibilita a produção de alimentos seguros para o consumo, com monitoramento em todas as etapas de produção, permitindo a continuidade do sistema produtivo, mantendo a qualidade do produto e, consequentemente, sua competitividade, sem perder de vistas a sustentabilidade e a proteção ambiental, levando também em consideração a segurança e qualidade de vida dos produtores e trabalhadores, e a sanidade e o bem-estar dos animais. O monitoramento e registro de todas as atividades durante todas as etapas da produção permitem a rastreabilidade do produto, uma das principais exigências dos consumidores em todo o mundo. O livro “Produção Integrada de Fruteiras Tropicais” contempla todos os aspectos técnicos da produção integrada de abacaxi, banana, mamão, maracujá e melancia, desde a escolha e seleção da área, qualidade de mudas e sementes, condução da cultura, até a colheita e pós-colheita. Em uma abordagem bastante clara e atual, são apresentadas as boas práticas agrícolas componentes dos sistemas de produção integrada dessas fruteiras, com ênfase para o manejo integrado de pragas e doenças, manejo das plantas espontâneas, e manejo do mato e conservação do solo, informações de reconhecida importância para a produção sustentável daquelas culturas. Entretanto, deve-se ter sempre em mente que o sucesso da produção comercial de qualquer produto agrícola requer, não apenas as implementação das tecnologias de produção mais adequadas, mas também de aspectos relacionados com gerenciamento e infra estrutura da propriedade, vias de acesso para escoamento da produção entre outros. Este livro é resultante de discussões entre os autores que, num momento bastante oportuno, identificaram a necessidade de colocar em uma mesma publicação conhecimentos relativos aos sistemas de produção integrada de fruteiras tropicais de importância para a fruticultura brasileira, como o abacaxi, a banana, o mamão, o maracujá e a melancia, disponibilizando tais conhecimentos para todos os profissionais interessados no agronegócio destas fruteiras. Domingo Haroldo Reinhardt Chefe Geral Embrapa Mandioca e Fruticultura Capítulo 1 O Sistema Brasileiro de Produção Integrada Rosilene Ferreira Souto Com as exigências d a co mercialização n acional e internacional d e p rodutos agropecuários ad vindos d o p rocesso d e g lobalização, cr escimento p opulacional e reciprocidade de cada país e a segurança alimentar que está relacionada com a presença de riscos associados aos gêneros alimentícios, tornou-se uma realidade a necessidade da implementação da Produção Integrada ((PL). A segurança alimentar é a Icançada por meio dos esforços c ombinados d e t odas as p artes que integram a cad eia a limentar. Como e xemplo c ita-sea 1 astreabilidade, q ucéu md os co mponentes d a PI, que pressupõe o e mprego d e tecnologias q ue p ermitam o co ntrole e fetivo d o s istema produtivo agropecuário através do monitoramento de todas as etapas, desde a aquisição dos insumos, passando pela produção, pós colheita até a oferta ao consumidor. A adoção da Produção Integrada de Frutas (PIF) evoluiu em curto espaço de tempo, tomando conta de muitas áreas existentes em países tradicionais de produção de fiutas. Na América do Sul, a Argentina foi o primeiro país a implantar o sistema PIF, em 1997, s eguida no mesmo a no, pelo Uruguai e o Chile. Atividades semelhantes tiveram início nos anos de 1998/99 no Brasil. Os principais p aíses importadores de pr odutos a gropecuários vê m a lternando suas e xpectativas qua nto a om ercado de vido pr incipalmente: a ) m ovimento d os consumidores, principalmente europeus, na busca de produtos agrícolas sadias e com ausência de residuos de agroquímicos perniciosos à saúde humana e animal; b) cadeias de d istribuidores e d e s upermercados eu ropeus, r epresentados p elo G LOBALGAP, sucessor do E UREPGAP ( Euro-Retailer Produce Working Group — EUREPe Good Agricultural Practices — GAP), e outros protocolos não oficiais (privados), que têm pressionado exportadores para o estabelecimento de regras que levem em consideração: resíduos de ag roquimicos, m eio a mbiente e co ndições de trabalho eh igiene. Esta a acr editação de Organismos na execução de tarefas 1 elacionadas com a Avaliação da Conformidade e C ertificação d e S istemas d e Qualidade. N o ca sod o B rasile ssa Instituição é o Inmetro, que é o responsável p elo cr edenciamento e acr editação das certificadoras da P I-Brasil, que por sua vez, são responsáveis p elo cr edenciamento e auditorias dos produtores inclusos no sistema. O Selo de Conformidade, a lém de atestarem o produto originário da Produção Integrada ao serem ad eridos às e mbalagens, p ossibilitam a t oda cad eia co nsumidora obter i nformações s obre: a) p rocedência d os p rodutos; b ) p rocedimentos t écnicos operacionais a dotados; e c )p rodutosu tilizados n o p rocesso p rodutivo, d ando transparência ao sistema e confiabilidade ao consumidor. Todo esse sistema executado garante a 1 astreabilidade do produto por meio do número identificador estampado no selo, tendo em vista que o mesmo reflete os registros obrigatórios d as atividades de todasas fasese nvolvendo ap rodução eas co ndiçõese mq ue foram produzidas, transportadas, processadas e e mbaladas. Os produtos poderão ser identificados desde a fonte de produção até o seu destino final, a comercialização. O Matco Legal da PIF, composto de Diretrizes Gerais e Normas Técnicas Gerais para a P rodução I ntegrada d e F rutas, f oi a mpliado c om a p ublicação d a Instrução Normativa Nº 27, de 30/08/2010, publicada no Diário O ficial da União (DOU), no dia 31 de agosto de 2010, que criou as normas da Produção Integrada Agropecuária — PI Brasil, estendendo a Produção Integrada para os demais produtos da cadeia agricola e pecuária. O modelo preconizado e consolidado da Produção Integrada de Frutas — PIF foi utilizado como 1 eferência pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, at ravés da S ecretaria de D esenvolvimento A gropecuário e C ooperativismo SDC/Departamento de Sistema de Produção e Sustentabilidade/DEPROS/ Coordenação de Produção Integrada da C adeia Agrícola/CPIA, para ai mplantação da PI-Brasil. A meta do MAPA é o estabelecimento de Normativas Reguladoras de Produção Integrada Agropecuária no Brasil, baseado na aplicação de Normas de Controle e Certificação de terceiro porte (ISO 65) e no estabelecimento dos Regulamentos da Produção Integrada, unificando e padronizando o sistema para todo o Território Nacional. A implantação da PI-Brasil será gradual e estruturada com a e fetiva participação dos agentes envolvidos na cadeia produtiva. O principio básico que rege a PI-Brasil está amparado n uma g estão p articipativa, p or meio de p arcerias públicas e privadas, na implantação de Boas Práticas Agrícolas, de Fabricação e d e Higiene, na construção, elaboração e desenvolvimento de Normas Técnicas adotadas de comum acordo, entre os agentes de pesquisas e e nsino, órgão Federais e Estaduais, extensão rural e assistência técnica, p rodutores, e mpresários r urais, a ssociações d e p rodutores, c ooperativas e agroindústrias. Além d os p rojetos d e frutiferas, es tão em a ndamento p rojetos d e P rodução Integrada de: Soja no Paraná; Arroz Irrigado no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins; Feijão em Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais; Tabaco no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; Cana-de- Açúcar em São Paulo e no Paraná; Gengibre no Espirito S anto; M andioca na B ahia, S anta C atarina, Paraná e Mato Grosso do Sul; Milho e m Minas Gerais; Trigo no Rio Grande do Sul; Algodãona Paraíba, G oiás e Mato Grosso; C afé Arábicae m Minas G erais; Amendoim e m S ão P aulo, C eará e Paraíba; Tomate Indústria em Goiás em Minas Gerais; Tomate Mesa no Espirito Santo; Batata em Minas Gerais; Bovinos de Leite no Paraná; Bovinos de Corteno M ato Grosso do Sul e São Paulo; Ovinos no Ceará e Apicultura em Santa Catarina e Piauí. AP I-Brasiltrazem seu bojoan ecessidade imediata d e d isponibilizar um importante instrumento a s er utilizado pelos beneficiários deste Sistema, o bjetivando a unificação dos procedimentos e o a poio ao agronegócio brasileiro por meio deum conjunto de diretrizes e normas técnicas definidas em parceria com os integrantes das específicas Cadeias Produtivas. A produção integrada, desta forma, co nstitui-se numa evolução d ost egulamentos p úblicos t radicionaise md ireção à normalização e certificação de processos produtivos. 10 Capítulo 2 Gestão Ambiental na Produção Integrada Luciano Gebler INTRODUÇÃO O que é Gestão Ambiental? O que é Impacto Ambiental? Para que licenciar ou construir p lanos d e g estão am biental? Como es tas at ividades estão a fetando ouirão influir na atividade agropecuária? Estas são perguntas comuns àqueles que trabalham no setor, recentemente demandadas por esta e outras atividades agrícolas no Brasil. As ex igências ambientais modernas a presentam p elo menos d uas o rigens principais: a) a questão econômica, representada pela pressão de setores econômicos, que buscam agregar a idéia de “respeito ao ambiente” e “respeito à comunidade”, aos seus produtos; b) a questão s ociológica, por parte da própria sociedade, através da pressão de s eus agentes púbicos legais. Para entender a mudança d os p aradigmas que e stão ocorrendo no meio rural relacionado ao m eio a mbiente, faz-se necessário an alisar a q uestão s ociológica. Atualmente, n ota-se q ueap opulação b rasileira es tá d efinitivamente u rbanizada, conforme os dados do censo demográfico de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2007), onde 137.953.959 pessoas (81,25 %), foram contabilizados como habitantes ur banos e 31. 845.811 pessoas (18,75 %), como h abitantes do me io rural. Esta u rbanização v emo correndo ao 1 ongo d asd uasú ltimas g erações e, atualmente, a maior parte da população das grandes cidades é oriunda do meio urbano, não 1 estando laços físicos como meio rural, a não ser na manutenção de uma visão bucólica deste ambiente, baseada nas experiências de parentes e ascendentes. A APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Pelo conjunto de Leis vigentes no País, ninguém pode alegar o desconhecimento das mesmas co mo justificativa d e seu não cu mprimento (art. 2 1 d o c ódigo pe nal brasileiro). A ssim, o p rofissionalo u interessadon aP rodução Integrada d eve inicialmente b uscar co nhecer p elo menos o conjunto d as principais legislações q ue, direta ou indiretamente, afetem a atividade. Um detalhe que nunca deve ser esquecido, é que a legislação que começa em determinada esfera, pode ser mantida ou “endurecida” nas esferas inferiores, nunca ser relaxada. Por exemplo, o Código Florestal Brasileiro foi criado na esfera federal, o Estado pode a dotá-lona integrao ut omá-lo maisr estritivo, n unca po dendo r eduzir s uas obrigações, o mesmo o correndo para os municípios. A tualmente e ste caso vem sendo debatido no Supremo Tribunal Federal referente ao caso do Estado de Santa Catarina. Também se es perama lteraçõesn o có digo f lorestal federal, q uees táe m discussão n o co ngresso f ederal, e nvolvendom uitasd as q uestõesep roblemas enfrentados pelos produtores rurais. Outro ponto que o produtor deve estar ciente é que mesmo ações executadas em tempos passados po dem vir a serem cobradas pelo conjunto das leis atuais, exigindo correções necessárias ao sistema produtivo sem considerações de quem foi o causador doato. Esteé o chamado passivo ambiental, que segundo a lei, não tem prazo para prescrição. Para a d efinição d os p arâmetros s ócio-econômicos e a mbientais no plano de gestão ambiental, recomenda-se obedecer àqueles estabelecidos na legislação brasileira, emtodos os níveis exigidos. No caso, de uso da água na atividade agrícola, de ve-se obedecer à n ormativa 3 57/2005 do CONAMA, considerando a car acterística da água, no mínimo, como classe 3. Caso o p rodutos eja d estinado à ex portação, d eve-se c riar u m gr upo de parâmetros mis tos e ntre o e xigido na legislação b rasileira e à queles e xigidos p elas entidades cer tificadoras d os p aíses d e d estino, desde q ue se jam maisr estritivos, evitando problemas de ordem legal e comercial ao sistema. Considerando outras influências que o aspecto legal possa exercer sobre o plano de gestão, é importante lembrar que s erão usados produtos tóxicos, que podem vir a gerar residuos, principalmente q uando há faltaoumaá aplicação do conjunto de Boas Práticas Agrícolas — BPAs, durante seu manuseio. Neste caso, eles poderão contaminar diretamente o me io-ambiente, cau sando impactos n egativos e p assivos a mbientais consideráveis. Logo, as leis que e nvolvamo uso, ap licação, ar mazenamento e d escarte de agrotóxicos e resíduos, devem ser estudadas a fim de evitar procedimentos incorretos, e, finalmente, no momento da co mercialização, atender também os limites impostos no CODEX alimentar nacional e internacional quanto aos Limites Máximos de Resíduos permitidos (LMRs), evitando problemas também de rejeição sanitária e comercial do produto agrícola. AVALIANDO OS IMPACTOS Após o p lanejamento, e laboração e es tando o plano d e g estão a mbiental d e determinada área em execução, é possível passar a etapa seguinte, avaliando o processo. Esta avaliação será então a AIA definitiva da área, pois à medida que o plano vai sendo executado passa a ser viável estabelecer o cálculo de benefícios ou prejuizos que a área vai interpondo ao ambiente através do corte espaço temporal baseado no cumprimento do próprio plano de gestão. Esta é uma forma, tecnicamente viável, ambiental e socialmente justa, tanto com o M eio-ambiente como com o u suário do sistema, já que tudo foi planejado por ele, dentro de uma visão temporal, de c urto, m édio e 1 ongo pr azo, vi sando a maior sustentabilidade da área, com menor agressão possível ao ambiente. O foco da análise passa a s er então a c omparação, a v elocidade e a qualidade do que foi planejado para determinado pe riodoe o que foi e xecutado, po dendo-se p ontuar os s ucessos e insucessos da empreitada. O licenciamento irá depender da demanda local (do Estado em que se situa o empreendimento), e d eve ser o bservado s e haverá n ecessidade des eo btero strês documentos para tal (licenciamento prévio — LAP, de instalação — LAI e de operação — LAO. No caso de áreas já em operação, parte-se diretamente para o LAO, com base na avaliação dos impactos da atividade e no plano de gestão ambiental. No caso de campos de produção a s erem instalados, haverá a necessidade de se solicitar a licença prévia durante a fase anterior à implantação da àrea e a LAI durante o período da instalação. Após isto, na fase de produção deve-se obter a LAO e renovar a cada período determinado pela legislação local. PRODUÇÃO INTEGRADA E A GESTÃO AMBIENTAL Segundo a exigência da norma, 3.1 — Implantar um p lano de g estão ambiental (primeiro ano), e conduzir suas ações nos demais, que aparece na maioria das normas de PIquejáes tão em u so p elo m inistério, cab e ao p rodutor m ontar u m d ocumento orientativo que servirá de guia das melhorias ou da recuperação ambiental a ser feita na propriedade no período subsequente a instalação do empreendimento. Antes de tudo, é importante o produtor de finir um horizonte de tempo máximo para a ex ecução d este plano. Uma vez que está se tratando de culturas perenes, um tempo máximo de 10 a nos não se configura fora de e scala, e nquanto que culturas anuais, um tempo de 5 anos pode ser bastante viável. Entretanto, é recomendado que as ações sejam concluídas o mais rapidamente possível. PLANEJAMENTO DA GESTÃO AMBIENTAL Oo bjetivo des ee xecutaru mp lanejamento a mbiental d e u ma at ividade é alcançar o estágio mais próximo possível do desenvolvimento sustentável. Ou, procurar sempre maximizar a produção e o lucro e reduzir o dano ambiental provocado. Uma das formas de se atingir esta meta baseado em planejamento, é lançando mão de ferramentas próprias para isso. Uma das maneiras mais fáceis de criar o plano ambiental de uma propriedade, é at ravés de uma ferramenta de g estão, chamada d e “Matriz” Esta “matriz”, ou plano de g estão, deverá, no mínimo, 1 esponder as questões básicas: “onde”, “o que”, “quando” e “como fazer”, para haver a redução dos impactos e a melhoria da qualidade ambiental da área. Isto pode ser atingido em cinco passos. Por ex emplo, muitos sabem que na bateria dos veículos e xiste um ácido que queima forte, e por isto, evita-se brincar ou manusear tal equipamento. No entanto, o ácido do 1 imão ( fruta), qua ndo e xposto a o s ol, po de c ausar que imaduras b astante intensas e também dolorosas. N o pr imeiro c aso, o perigo é grande, mas há po uca possibilidade d e e xposição; no s egundo o risco é baixo, mas ap ossibilidade de exposição aumenta, pois limão é facilmente encontrado e car acterizado como alimento, desvinculando-o do risco. O desafio é calcular o risco para cada uma das situações acima, sempre levando em consideração a multiplicação do nível de perigo com a possibilidade de exposição. Os riscos podem ser os mais variados, de local para local, podendo representar problemas biológicos ( riscod ed oençaso uág uasco ntaminadas), q uímicos (agroquímicos), ou físicos, c omo a queles p rovocados p ela e rosão. A lém di sto, o detalhamento pode ser ainda mais a curado, envolvendo também riscos econômicos ou sociais. N esta fase p ode-se lançar mão de ferramentas de ap oio, co mo a cr iação d e check-lists ou modelagem matemática, através de softwares apropriados. O importante é tentar levantar o máximo possível de riscos que o usuário consiga, vinculando-os com uma área determinada. Logo, o 0 bjetivo final de sta e tapa é proporcionar a o pr odutor uma linha de trabalho que permita aumentar a produção sem aumentar o risco além do mínimo, uma vez que risco zero é impossível. c) Plano de gestão de riscos: O p rodutor e lenca os 1 iscos s egundo foram s endo assinalados no mapa, nominando e d escrevendo cada iteme, ao lado, ap ontando as ações que serão tomadas para diminuir ou resolver os problemas de risco ambiental. No texto d eve co nstar a inda o prazo que o produtor es tá co nsiderando necessário p ara mitigar o problema. Apesar den ão sero brigatóriau ma formatação especifica p ara es te texto, o produtor pode lançar mão de algumas das ferramentas de diferentes áreas, que acabam agrupando este e o utros passos em uma mesma folha, como éo caso damatriz de mitigação d e p roblemas. Um modelo d eu ma forma de matriz d e mitigação d e problemas pode ser visto na Tabela 1. Tabela 1. Exemplo de matriz de mitigação de problemas em planos de gestão ambiental. PROBLEMA AÇÃO INICIAL PROBLEMA AÇÃO INICIAL RESULTANTE MITIGADORA 1 - Existência de 1.A - Efetuar O volume gerado por embalagens vazias de agrotóxicos recolhimento das embalagens logo após a execução da tríplice lavagem e entregá-las imediatamente ao ponto regional de recepção, não as armazenando na propriedade. sessão de tratamento é extremamente reduzido, não permitindo racionalização de custo que permita a ação. 1.B - Efetuar recolhimento das embalagens logo após a execução da tríplice lavagem e armazená-las em local apropriado até alcançar um volume suficiente para sua entrega ao ponto 1.B.1 — Há necessidade de um depósito de embalagens vazias na propriedade dentro dos padrões legais exigidos 1.B.2 — Há falta de caminhão que faça o transporte deste regional de coleta resíduo na propriedade. 2 — Erosão nos 2.A — Efetuar 2.A.1 — Falta de talhões produtivos e | cobertura vegetal nos | sementes para nas estradas talhões e plantio. reconfiguração do traçado das estradas 2.4.2 — Traçado não pode ser alterado d) Plano de mitigação de problemas: Neste passo, o produtor inclui a s so luções a serem tomadas para cada um dos riscos elencados no passo anterior, levando em conta o prazo q ue ele mesmo e stipulou, introduzindo t ambém a lternativas, ca so a p rimeira proposta não se mostre efetiva ou viável conforme o planejado inicialmente. Um dos pontos de grande importância em todo o processo é o comprometimento temporal do planejamento, que é feito segundo a decisão do planejador. Além disso, é necessário oe nvolvimentod e todosos e nvolvidosn op rocesso p rodutivo, principalmente dos proprietários ou tomadores de decisão final. O resultado final pode ser visto na Tabela 2. 20 Tabela 2. Exemplo de matriz de mitigação de problemas completa PROBLEMA AÇÃO INICIAL PROBLEMA AÇÃO INICIAL RESULTANTE MITIGADORA 1 - Existência de 1.A - Efetuar O volume gerado por embalagens vazias de agrotóxicos recolhimento das embalagens logo após a execução da tríplice lavagem e entregá-las imediatamente ao ponto regional de recepção, não as armazenando na propriedade. sessão de tratamento é extremamente reduzido, não permitindo racionalização de custo que permita a ação. 1.B - Efetuar recolhimento das embalagens logo após a execução da tríplice lavagem e armazená-las em local apropriado até alcançar um volume suficiente para sua entrega ao ponto 1.B.1 — Há necessidade de um depósito de embalagens vazias na propriedade dentro dos padrões legais exigidos Construir o depósito em 6 meses (ou adequar o depósito até o início da próxima safia, ou ainda, o depósito já existe) 1.B.2 — Há falta de caminhão que faça o transporte deste Contratar o serviço adequado durante a safia (ou comprar regional de coleta resíduo na veículo e efetuar a propriedade. adaptação até outubro). 2 — Erosão nos 2.A — Efetuar 2.A.1 — Falta de Produzir as próprias talhões produtivos e | cobertura vegetal nos | sementes para sementes para nas estradas talhões e plantio. aplicação no ano reconfiguração do seguinte. traçado das estradas 2.4.2 — Traçado não pode ser alterado Aplicação de métodos alternativos de contenção de erosão nas estradas, como bigodes para retirar a água da estrada e fossas de contenção em espaços mais próximos. Aumentar número de bueiros. É importante observar que no quadro inferior da direita, realçado com vermelho, houveu me rroi ntroduzido pr opositadamente, de monstrando a comprometimento temporalp ara aat ividade.I sto d ificulta a f altado verificação d o 21 REFERÊNCIAS ALMEIDA, J. R. Gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: THEX editora, 2006. 566 p. GEBLER, L.; PALHARES, J. C.P. (Ed.). Gestão ambiental na agropecuária. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2007. 310 p. SEGANFREDO,M. A. (Ed.). G estão a mbientalna suinocultura. Brasília: E mbrapa Informação Tecnológica, 2007. 302 p. 24 Capítulo 3 Produção Integrada de Abacaxi Aristoteles Pires de Matos INTRODUÇÃO O abacaxizeiro, Ananas comosus (L.) Merr. é uma cultura originária da região amazônica, o nde foi d omesticado pelos ameríndios ainda no período pré-colombiano, nas bacias d os1 ios Amazonas e O rinoco, q uando mutantes s ems ementes f oram selecionados. A tualmente o a bacaxizeiro é cu ltivado em mais de 70 paises do mundo tropical e em alguns países subtropicais. Os plantios de abacaxi mais setentrionais do mundo estão instalados na região de Assam, na Índia, situada a 28º N, enquanto os mais meridionais encontram-se em Port Elizabeth, na África do Sul, a 33º S. O abacaxizeiro é cultivado em todos os estados brasileiros, tendo a Paraíba, Pará e Minas Gerais revezando-se como o primeiro produtor nacional seguidos da Bahia, São Paulo e R io Grande do Norte. As menores àr eas cultivadas come ssa fiuteira no país encontram-se no Rio Grande do Sul, Alagoas e Sergipe. A distribuição por 1 egiões fisiográficas mostra o Nordeste com a maior àr ea cultivada e maior p articipação n a produção nacional, seguido do Sudeste e do Norte. Essas três regiões participam, em conjunto, com mais de 93% da produção nacional de abacaxi. Por outro lado, a região Sul apresenta a menor contribuição para a produção abacaxicola nacional (Figura 1). Além de entre os maiores produtores nacionais de abacaxi a 1 egião Sudeste destaca-se como a maior consumidora desta fruta no Brasil. Embora s ituando-se entre os primeiros produtores mundiais de a bacaxi desde 2001, a exportação brasileira dessa fiuta é insignificante, tendo a A rgentina como o principal país importador. Recentes exportações de abacaxi brasileiro in natura para a Europa m ostraram g rande ace itação d o co nsumidor eu ropeu p elo fruto d a cu ltivar Pérola, indicando a possibilidade d e abertura d esse novo mercado p ara o p roduto nacional. 25 4 Figura 1. Participação percentual, por região geográfica, da produção brasileira de abacaxi. Fonte: IBGE, 2011. O abacaxizeiro é a fetado por pragas e d oenças fúngicas, virais e bacterianas, cujas incidências variam com as condições ambientais, época de colheita e tipo de solo. Entre as diversas pragas que atacam a cu Itura do abacaxi, a co chonilha (Dysmicoccus brevipes), vetor do “pineapple mealybug w ilt associated virus” (P MWaV) — agente causal da murcha a ssociada à co chonilha, a b roca-do-fiuto ( Strymon megarus) e o ácaro-alaranjado ( Dolichotetranychus floridanus) sã oa sm ais importantes. C om referência às doenças, a fusariose (Fusarium guttiforme (= Fusarium subglutinans £.sp. ananas)), a p odridão-do-olho ( Phytophthora nicotianae var. parasitica), a p odridão- negra (Chalara paradoxa), e a mancha-negra (Penicillium funiculosum e/ou Fusarium moniliforme), dentre outras, causam perdas variáveis à produção de fiutos. De maneira geral, o cultivo do abacaxizeiro é p raticado o bedecendo a p adrões convencionais de produção, com uso intensivo de agroquímicos, a exemplo do controle preventivo d ep ragas e d oenças mediante ca lendário, e d oco ntrole do mato p or aplicações d e h erbicidas e m p ré-emergência as sociadas a c apinas manuais. C om referência ao controle do mato, o abacaxizal é mantido, tradicionalmente, em completa 26 agentes de assistência técnica ou de profissionais devidamente credenciados para tal. É também o brigatório u tilizar ad ubos e corretivos egistrados, co nforme a legislação vigente. É recomendável coletar a mostras de solo também na profundidade de 20-40 cm. As amostras devem ser enviadas para laboratórios credenciados para análises fisicas e químicas. Em sendo recomendado p ela análise do solo, é obrigatório incorporar os corretivos de acidez ao solo antes do plantio, entretanto, recomendando-se q ue esta incorporação s eja e fetuada p elo menos dois meses antes do p lantio. R ecomenda-se também, quando viável, utilizar adubação orgânica, assim como realizar a amontoa após a ap licação d e fertilizantes. E m ár eas d e p rimeiro cultivo, d eve-se t ambém co letar amostras p ara an álise d eat ividade microbiológica. É p roibidou tilizar es gotos domésticos ou derivados sem o devido tratamento, bem como armazenar fertilizantes e agrotóxicos junto a frutos colhidos e material propagativo. PREPARO E CONSERVAÇÃO DO SOLO O preparo do solo para instalação do plantio de abacaxi variará de acordo com a área. Em se tratando de áreas de primeiro cultivo, d eve-se proceder a d errubada d a vegetação n ativa, at entando para a legislação es pecífica. E m ár eas já sob cultivo o preparo do solo deverá consistir de uma aração e gradagens em número suficiente para possibilitar o e nraizamento a dequado, e, p or c onseguinte, b om de senvolvimento da planta. A tomada de decisão quanto à necessidade da aração deverá ser criteriosamente avaliada, não sendo recomendável arar solos muito rasos pois corre-se o risco promover uma inversão nas c amadas do solo, trazendo o subsolo para a área de exploração das raízes, co m co nsegiências negativas p ara a p rodução de frutos, haja vistaa baixa fertilidade ap resentada naquela ca mada. É importante m anter os 1 estos do cultivo anterior co mo co bertura m orta ou p roceder às ua incorporação, c ontribuindo p ara aumentar o teor de matéria orgânica e promover a ciclagem de nutrientes (Figura 3). O solo é um recurso indispensável à produção de alimentos e deve ser tratado de maneira s ustentável d e aco rdo co ms ua importância. Por es ta razão, em p lantios conduzidos e m sistema de pr odução 1 ntegrada, é obrigatória a ad oção d e p ráticas conservacionistas de maneira a e vitara o corrência d e er osão do s olo o cupado c om abacaxizais. Por esta 1 azão, é proibido manter o s olo sem umtipo de cobertura. As 29 práticas a seguir, usadas isoladamente ou em associação, são obrigatórias para assegurar a cobertura, e, por conseguinte, a conservação do solo: Figura 3. Destruição e manutenção dos restos do cultivo anterior no manejo e conservação do solo. Foto: Aristoteles Pires de Matos. 1) Manejo tradicional modificado. O plantio pode ser feito da maneira convencional, após o preparo e correção do solo. Para controlar o mato e assegurar a cobertura do solo, deve-se ad otar, o brigatoriamente, a p rática d e 1 oçagens manuais o u mecânicas d as plantas infestantes mediante o uso da roçadeira manual com motor a ex plosão ou, não havendo disponibilidade da mesma, po de-se fazer a 1 oçagem com foice (Figura 4). A parte aérea roçada da vegetação nativa deverá ser deixada na lavoura formando as sim uma ca mada d e co bertura m orta n as en trelinhas d o ab acaxizal. Duranteo c iclo vegetativo do abacaxizeiro, roçagens eventuais são necessárias para controlar o mato. A aplicação de herbicidas p ós-emergentes é ad otada co mr estrição e s omente deve s er utilizada e m p lantas infestantes d e d ificil co ntrole e ap enas e m ár eas localizadas, utilizando-se ap enas herbicidas r egistrados p araacu Ituraem edianter eceituário agronômico. A e ficiência do controle químico pós-emergente d o mato d epende d a 30 comunidade d e p lantas infestantes, d o m omento d a i ntervenção e d o tamanho d as plantas infestantes. Uma alternativa ao uso de herbicidas pós-emergentes pode ser o uso de cu lturas i ntercalares o u c onsorciação d e cu ltivos co mpatíveis co macu ltura do abacaxi. Figura 4. Roçagem no manejo de plantas infestantes e conservação do solo em plantios de abacaxi conduzidos em sistema de produção integrada; com roçadeira motorizada (A) ou foice (B). Fotos: Aristoteles Pires de Matos. 2) Cultura de cobertura. Após o preparo e correção do solo, efetuar, simultaneamente, os plantios do abacaxizeiro e de uma cultura de cobertura como o milheto (Pennisetum glaucum) ouo estilosantes (Stylozants guianensis), entre outras (Figura 5). Antes da floração a cu ltura de cobertura deve s er roçada ou dessecada mediante a ap licação de herbicidae m pós-emergência, d evendo-se d ar prioridade à roçagem (Figura 6) e mantendo-se a co bertura morta. Em se optando pelo uso de herbicida pós-emergente o mesmo d eve ser aplicado em jato dirigido/chapéu de N apoleão, t omando-se cu idado para não atingir as plantas do abacaxizeiro. Somente herbicidas registrados para uso na cultura d o ab acaxi p odem s er utilizados. A d epender d a p recipitação p luviométrica, pode-se realizar plantios diretos da cultura de co bertura nas entrelinhas do a bacaxizal, contribuindo para aumentar a camada da cobertura morta. Além da proteção do solo, a cultura de cobertura reduz também a infestação pelo mato. 31 Figura 8. Plantio de abacaxi conduzido em sistema de produção integrada utilizando a técnica do cultivo mínimo associado à cultura de cobertura (A e B) e à cobertura morta (Ce D) para conservação do solo e manejo do mato. Fotos: Aristoteles Pires de Matos. 5) Curvas de nível. A instalação de plantios em nível é uma prática necessária para a conservação d o solo, es pecialmente p ara ab acaxizais instalados e ms olos frágeis e sujeitos a efeitos acentuados da erosão laminar. Assim sendo, em áreas com declividade superior a 5% é imperativa a implementação do uso de curvas de nível na instalação de abacaxizais. D evido a seus e feitos benéficos no controle da erosão hídrica, o uso de curvas de nível em plantios de a bacaxi deve ser praticado rotineiramente, mesmo em áreas onde a d eclividade seja inferior a 5 %. Outras práticas de conservação do solo, a exemplo de terraços e co rdões de contorno, p odem s er utilizadas em s ubstituição ao plantio emnivel. O plantio em nível, associado à cultura de cobertura (Figura 9), além de aumentar a e ficiência d e co ntrole d a er osão no ab acaxizal, d esempenha também papel importante no manejo do mato. 34 conservação do solo em plantios de abacaxi conduzidos em sistema de produção integrada. Foto: Aristoteles Pires de Matos. CULTIVARES Pérola, Jupi e Smooth Cayenne são as principais cultivares de abacaxi no Brasil, porém outras podem ser cultivadas desde que adaptadas à região. BRS Ajubá, BRS Imperial, BRS Vitória e Fantástico, resistentes a fusariose, e variedades regionais como Quinare e Cabeça de Onça, entre outras, podem ser cultivadas, desde que adaptadas à tegião e aceitas pelo mercado consumidor. OBTENÇÃO E MANEJO DE MUDAS A qualidade d o material p ropagativo, c omd estaque p araas anidade, é determinante para o sucesso do empreendimento. P ortanto, deve-se dar preferência à mudas fiscalizadas, cer tificadaso uco mr egistrod ep rocedênciae cer tificado fitossanitário, produzidas em ambiente protegido, a partir de material sadio e adaptadas à1 egião, d e aco rdo coma legislação v igente. Especificamente, co m referência ao abacaxizeiro, al ém do aspecto fitossanitário, deve-se atentar para o tipo do material 35 propagativo a s er utilizado as sim co mo sua origem. Usar mudas de boa procedência, sadias e vigorosas, colhidas em plantio onde o número de plantas e frutos doentes foi inferior a 5%. Recomenda-se que a primeira seleção para sanidade das mudas seja feita antes, durante o u imediatamente ap ós a c olheita, por meio da eliminação de todos os fiutos doentes e dos cachos de mudas tipo filhote correspondentes. Esta seleção prévia deve s er co mplementada quando do corte dos cachos de filhotes para plantio quando, em se detectando uma muda com sintomas de fusariose (presença de goma ou resina), todo o cacho destas mudas deve ser descartado. 1. Mudas coletadas diretamente do plantio. As mudas devem ser sadias e vigorosas, colhidas em plantios em sistema de produção integrada, onde a incidência da fusariose nos fiutos tenha sido baixa. Dar pr eferência às mudas do tipo filhote, s eguidas do s rebentões. A pós a c olheita d os fiutos, d eixar os filhotes ad eridos à p lanta mãe at é atingirem o tamanho ideal para plantio. É conveniente realizar a “cura” das mudas, cuja duração de pende da 1 egião pr odutora. As mudas de vem ser s eparadas e m lotes p or tamanho, e plantadas por talhões. 2. Mudas produzidas por secção de talo. Após a colheita das mudas convencionais as plantas de a bacaxi podem ser utilizadas para a p rodução de mudas sadias mediante a técnica da secção do talo o qual foi recentemente melhorado aumentando o rendimento e a qualidade fitossanitária das mudas, haja vista ser conduzido em ambiente protegido (Figura 10). 3. Mudas produzidas em laboratório. Seeco nomicamente viável, m udas micropropagadas p odems er u sadas co mo m aterial p ropagativo haja vistas erem as mesmas isentas de pragas e doenças, entretanto, ap resentam ciclo mais longo que as convencionais. 4. Tratamento das mudas. A tomada de decisão quanto à necessidade de 1 ealizar o tratamento das mudas deve ser cuidadosa e criteriosamente avaliada considerando que o mesmo não controla a fusariose, e apresenta baixa eficiência no controle de artrópodes. 36 fitossanitários, as culturas intercalares não devem possuir o mesmo complexo de pragas e doenças sob pena de aumentar as perdas na produção. CORREÇÃO DA ACIDEZ E FERTILIZAÇÃO DO SOLO De aco rdo c oma s normast écnicas d e p rodução 1 ntegrada d e ab acaxi, é obrigatória que a correção do solo e o fornecimento de fertilizantes sejam determinados de acordo com os resultados analíticos do solo. Havendo necessidade de correção da acidez, a mesma seja 1 ealizada 60 dias antes do plantio, sendo também p ermitido a té imediatamente antes do plantio. Todo f ósforo é g eralmente ap licado an tes d o p lantio en quanto n itrogênio e potássio são aplicados, de maneira fracionada, durante o desenvolvimento vegetativo da cultura. Devido a aspectos econômicos, a adubação fosfatada pode ser feita por ocasião da p rimeira ad ubação e mco bertura, j untamente co mn itrogênioep otássio. O parcelamento das doses totais dos nutrientes varia de três a cinco ou mais vezes, com a última ap licação e fetuadau m mêsa ntesd a indução d a f loração. A dubações suplementares p oderão s er e fetuadas at é 6 0 dias ap ós a indução d esde que sejam constatadas p lantas p ouco v igorosas e/ou c om intomas d e d eficiência nutricional. É recomendado realizar a a montoa logo após a fertilização, visando minimizar as perdas de nutrientes p or 1 ixiviação e/ ou ev aporação. A ad ubação o rgânica d eve levar e m consideração a melhoria do s olo, adição de nutrientes, e o sr iscos de co ntaminação desses produtos. CONTROLE DE PLANTAS ESPONTÂNEAS O manejo d as p lantas es pontâneas d eve s er f eito, p referencialmente, p or 1oçagens com foices, roçadeiras, ou outros implementos. A roçadeira manual com motor a explosão tem se mostrado bastante apropriada para o manejo do mato nas entrelinhas do abacaxizal, haja vista que apresenta significativas vantagens ambientais econômicas e sociais. As plantas mfestantes t ambém p odem s er m anejadas p or meio de capinas manuais e/ou m ecânicas, m antendo-se a co bertura morta no plantio. A ap licação de herbicidas pó s-emergentes é p ermitidaa penase már easo ndeo corremp lantas infestantes de dificil controle. É proibida a ap licação de herbicidas em pré-emergência em plantios conduzidos em sistema de produção integrada. 39 O manejo das p lantas infestantes nos ab acaxizais em sistema d e produção integrada contempla medidas de controle da erosão e d a melhoria biológica do solo. Neste sentido, é recomendável a utilização da cobertura morta, cultivo mínimo e/ou de cultura d e c obertura, en tre outras, q ue, al ém dom anejo d asp lantas infestantes, melhoram as características químicas e físicas do solo. ANTECIPAÇÃO DA FLORAÇÃO E UNIFORMIZAÇÃO DA COLHEITA Aa ntecipaçãoe homogeneização d o florescimento p odems er feitas p ela aplicação t anto d o car bureto d e cá lcio, q uanto d o et efon, e ntre o utros, d esde q ue registrados p ara es te fim. Ajustes eventuais nas co ncentrações d os indutores d e florescimento podem ser necessários a depender da região produtora. Alguns cuidados aumentam significativamente a eficiência do tratamento de indução floral; são eles: a) qualidade da ág ua. Utilizar ág ua fria e limpa para proceder * a diluição do indutor floral. Caso necessário, efetuar a correção do pH da água para a faixa indicada como a de maior eficiência de ação do produtor utilizado no tratamento de indução floral; b) temperatura da água. Em épocas quentes é recomendável utilizar água g elada para diluição d oi ndutor. A depender da é&pocadoanoed ar egião p rodutora p ode s er necessário ad icionar g elo ao recipienteo ndeas uspensão d oi ndutor es tás endo preparada; c) condições climáticas. Dias nublados e de temperaturas amenas favorecem a eficiência da prática da indução floral; d) horário de aplicação. Deve-se dar preferência à ap licação do produto nos horários mais frescos do dia, ou seja, no início da manhã ou no final da tarde. Em alguns países, onde at emperatura d iurna é muito a lta, ér elativamente co mump roceder-se ao tratamento de indução floral durante a noite, quando as temperaturas são mais amenas; e) tamanho e/ou idade da planta. Embora o tratamento de indução da floração possa ser realizado em plantas em qualquer estádio de desenvolvimento, plantas em final do ciclo vegetativo respondem melhor aplicação do indutor floral. Ema bacaxizais c onduzidos e m s istemas de pr odução i ntegrada é pr oibida a utilização d e f ito-reguladores p ara c ontrole d e cr escimento d ap lantaep ara o desenvolvimento e desenverdecimento de frutos. 40 TRATOS FITOSSANITÁRIOS A a bacaxicultura mundial, ea brasileira e m e special, é at acada p or diversas pragas e doenças, assim como por problemas de causa abiótica, comreflexos negativos na produção, produtividade e qualidade dos frutos Em plantios conduzidos em sistema de produção integrada, o controle de pragas e doenças deve ser obedecer às técnicas preconizadas no manejo integrado de pragas. Assim se ndo, é obrigatório om onitoramento e 1 egistro da incidência de pragas e doenças, p ara fins d e co ntrole. É t ambém o brigatório p roceder a manutenção e a calibração p eriódica d as máquinas e eq uipamentos, al émd a inspeção an ual dos mesmos. D uranteas ap licaçõesd eag rotóxicosé obrigatóriaau tilização d os equipamentos de pr oteção i ndividuale do sd emaisr equisitos de pr oteção pa ra operadores. É também obrigatória a manutenção dos registros de todas as operações, incluindo a datae o local de aplicação, juntamente com o receituário ag ronômico. A manipulação de agrotóxicos deve ser efetuada somente em local adequado. 1. Controle da fusariose. Causada pelo fungo Fusarium gutiforme, a f usariose é o principal fator 1 imitante à ex ploração d a cu ltura d o ab acaxi nas p rincipais 1 egiões produtoras d o Brasil. O controle integrado d a fusariose d o ab acaxizeiro c onsiste da utilização de diversas práticas culturais tais como: 1) eliminação dos restos culturais; 2) utilização de mudas sadias; 3) monitoramento mensal da incidência da doença, durante o d esenvolvimento v egetativo; 4) er radicação d as p lantas infectadas er emoção d o plantio (Figura 11); 5) desenvolvimento da inflorescência sob condições desfavoráveis à incidência d a fusariose;6 )ap licaçãod e fungicidasr egistrados, sempre qu e recomendado pelo monitoramento; e 7) cultivo de variedades resistentes. 4 agrotóxicos s ema s informações c ompletas da embalagem o riginal, 1 eutilizar e /ou abandonar e mbalagens e r estos d e ag rotóxicos e már eas de agricultura. É também proibido a bandonar a bacaxizais que sejam focos pot enciais de pragas e doenças. Os agroquímicos de vem sero brigatoriamente ar mazenadose m localad equado. Embalagens vazias d evem ser submetidas àt ríplice lavagem, c onforme o tipo, inutilizadase — armazenadast ransitoriamentee m localap ropriado,a tés erem encaminhadas às centrais de recolhimento. COLHEITA, PÓS-COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO É obrigatório atender aos regulamentos técnicos específicos de ponto de colheita de cada cultivar, obedecendo às especificações do mercado de destino sendo proibido colher frutos com menos de 12º Brix. Q uando d a c olheita d eve-se evitar danos à superficie dos frutos, inclusive durante o transporte até o local de embalagem. Deve-se usar contentores limpos e s anitizados, e ad otar sistema de informação que p ermita a rastreabilidade. É recomendável: a) proceder a pré-seleção dos frutos conforme normas especificas para o abacaxi; b) transportar os frutos para a empacotadora no mesmo dia da colheita; c) utilizar os contentores para uso exclusivo da co lheita do abacaxi; e d) utilizar materiais de proteção nos contentores e ev itar enchê-los em excesso para não causar danos nos fiutos. É proibido amontoar os fiutos sobre o solo, assim como manter fiutos de produção integrada em conjunto com os de outros sistemas de produção. É obrigatório o 1 egistro do uso de sanitizantes, agrotóxicos e outros insumos durante o pe riodo de pó s-colheita informando o 1 ocal d e ap licação, d ata, tipo d e tratamento, n ome co mercial d o p roduto, q uantidade u tilizada, n ome d o ap licador e justificativa de uso. O s frutos devem er c lassificados d e acordo com as normas d e padronização para abacaxi, procedendo-se à identificação do produto, conforme normas técnicas legais d er otulageme embalagem. Amostras d evem ser co letadas p ara realização de testes de qualidade do produto e análise de resíduo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Aavaliação socioeconômica e a mbiental da produção integrada do abacaxi no Estado do Tocantins constatou uma racionalização do uso de fertilizantes e ag rotóxicos emco mparação co mo s istemad ep rodução co nvencional. Q uantoa ou sod e agrotóxicos, constatou-se redução de 47% no uso de herbicidas, 37% no de inseticidas, 4 e 20% no de fungicidas, c om1 eflexos po sitivos na, pr odução de fruto s adio e na preservação ambiental, além de contribuir para redução dos custos de produção. Estes resultados mostram c laramente a eficiência do s istema de pr odução i ntegrada de abacaxi. REFERÊNCIAS ALMEIDA, C. O. de; MATOS, A. P. de; CARDOSO, C. E.L.; SANCHES,N.F.; TEIXEIRA, F. A.; ELIAS Jr. J. Avaliação d e i mpactos d a p rodução integrada d o abacaxi no estado do Tocantins: um e studo de caso de um sistema em transição. Cruz das Almas:, E MBRAPA-CNPMF, 2007. 29p. ( Embrapa Mandiocae Fruticultura Tropical. Documentos 167) ANDRIGUETO,J.R.; NASSER, L.C.B.; TEIXEIRA, J.M. A. Avanços na produção integrada no Brasil. n: SEMINARIO BRASILEIRO DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE FRUTAS. 5, 2006, Vitória. .Anais... Vitória, Incaper. p. 13-17. IBGE. Disponível: site: http://www .sidra.ibge.gov.br/bda/agric/de fault . Levantamento Sistemático IBGE de Recuperação Automática — SIDRA. Consultado em 10/01/2011. MATOS, A. P. de; CUNHA, G. A. P. da; ALMEIDA, C. O. de. Produção Integrada de Abacaxi. In.: Zambolim, L.; Nasser, L. C. B.; Andrigueto, J. R.; Teixeira, JM. A.; Kososki, A. R.; Fachinello, J.C. Ed. Produção I ntegrada n o B rasil; ag ropecuária sustentável a limentos s eguros. M inistério da Agricultura, P ecuáriae Abastecimento, Secretariad eD esenvolvimento A gropecuárioe C ooperativismo — Brasília : MAPA/ACS, 2009. 105-141 p. MATOS,A .P .de; SANCHES,N .F .; TEIXEIRA,F. A; SIMÃO, AH; VASCONCELOS,]. AR. GOMES,D.C. TAVEIRAM .C .G dossS. Monitoramento da fusariose em plantios de abacaxi conduzidos em sistema de produção integrada no Tocantins. In: XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2010. Natal. Anais... Natal: Sociedade Brasileira de Fruticultura, 2010, 1 CD-ROM. MATOS, A. P. de; CABRAL, J.R. S. Manejo integrado da fusariose do abacaxizeiro. Cruz das Almas: E MBRAPA-CNPME, 2005. 2p. (Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. Abacaxi em Foco, 32). MATOS, A. P. de. Manejo integrado da podridão-do-olho do abacaxizeiro. . Cruz das Almas: E MBRAPA-CNPMF, 2005. 2p. (Embrapa M andioca e Fruticultura T ropical. Abacaxi em Foco, 33). MATOS, A.P. de. M anejo integrado da po dridão-negra d o fruto do ab acaxizeiro. Abacaxi em Foco, número 34. Outubro/2005. MATOS, A. P. de; SANCHES, N. F.; SOUZA, L. F. da S.; ELIAS Jr., J.: TEIXEIRA, F.A.; GOMES, D.C.; CORDEIRO, D.G.P ropostad eums istema d e produção integrada para a cu Itura do abacaxi. In: Costa, A. N.;Costa, A.deF. S. da Ed Mini Curso 8 Produção Integrada de Frutas, Vitória, Espírito Santo, Incaper, 2008, 1-35 p. MATOS, A. P. de; SOUZA, L. F. da S.; SANCHES, N. F.; ELIAS Jr. J.: TEIXEIRA, F. A. Integrated pineapple production in Brazil: an R&D project. Pineapple News. n.13. p. 16-17. May, 2006. 4s MATOS, A. P. de; TEIXEIRA, F. A.; SANCHES, N. F.; CORDEIRO, D. G.; SOUZA, L.F. da S. Roçadeira com motor a explosão: nova alternativa para manejo das plantas infestantes na cu Iturad oa bacaxizeiro. A bacaxi O n-Line, v.4,n .1 — Janeiro a Abril/2006. MATOS, A. P. de; TEIXEIRA, F. A.; SANCHES, N. F.; ELIAS Jr, ].; SOUZA, L. F. da S. Culturas de cobertura no manejo de plantas infestantes e na conservação do solo emp lantios d cab acaxi em sistema d ep rodução i ntegrada. V III SEMINÁRIO BRASILEIRO DE PRODUÇÃO INTEGRADA DE FRUTAS, 2006, Vitória. Anais... Vitória: Incaper. p. 146. SANCHES, N. F. Manejo integrado da c ochonilha do abacaxi. EMBRAPA-CNPMF, 2005. 2p. (Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. Abacaxi em Foco, 35). SANCHES, N .F.M anejo integrado d a b roca-do-fiuto d o ab acaxi. E MBRAPA- CNPME, 2005. 2p. (Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. Abacaxi em Foco, 36). SANCHES, N. F.; MATOS, A. P. de; TEIXEIRA, F. A.; ELIAS Jr., J.; CORDEIRO, D. G. Monitoramento da murcha do abacaxizeiro as sociada à co chonilha e m sistema d e produçãoi ntegradan oT ocantins. XI X CONGRESSOB RASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2006, CaboFrio, Anais... Cabo F rio: S ociedade Brasileira d e Fruticultura, 2006, p. 313. SOUZA, L.F.daS.; MATOS,A.P.de; SIEBNEICHLER,S.C.; ELIAS Jr, J. CORDEIRO, D.G.R ecomendação d e ad ubação p ra o ab acaxizeiron o E stado d o Tocantins, com base na análise do solo. Comunicado T écnico Nº 4, SEAGRO, 2005. 2p. 46 É OBRIGATÓRIO 1. Capacitação técnica em conservação e manejo de solo e ág ua e proteção ambiental, com duração de oito horas. É RECOMENDADO 1. Cursos de reciclagem periódica sobre o tema. 2. Promover reciclagem das capacitações com periodicidade máxima de cinco anos. ÁREA TEMÁTICA 2. ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES SUB-ÁREA 2.1. Sistema de organização e integração dos produtores É RECOMENDADO 1. Inserção em um grupo ou estação de monitoramento de pragas do abacaxizeiro. 2. Participação e mu ma associação municipal, 1 egional ou estadual de produtores de abacaxi. 3. Inserção em sistema de organização no contexto da PIF. SUB-ÁREA 2.2. Definição do tamanho da propriedade. É OBRIGATÓRIO 1. Para os objetivos da produção integrada, considera-se pequeno abacaxicultor, aquele que possui área igual ou menor a 5 (cinco) hectares plantados com abacaxi. ÁREA TEMÁTICA 3 RECURSOS NATURAIS SUB-ÁREA 3.1 Planejamento ambiental É OBRIGATÓRIO 1. Conservação do ecossistema ao redor e no interior dos talhões de abacaxi nas áreas do proprietário da fazenda. 2. Conservação do ecossistema no interior dos talhões em áreas arrendadas. 3.M anutenção d e co bertura v egetal nos car readores p ara ab rigo d e o rganismos benéficos. É RECOMENDADO 1.1 mplementaru mp lano d eg estãoe monitoramento a mbiental da pr opriedade, organizando a atividade do sistema produtivo mediante a execução, controle e avaliação das ações dirigidas à p revenção e co rreção de problemas ambientais, (solo, àg ua, ar, planta e homem). 49 É PROIBIDO 1.A plicar ag rotóxicose már eas nãoag ricultáveis noen tornod op omare, principalmente, em áreas de preservação permanente. É PERMITIDO COM RESTRIÇÃO 1. A plicar iscas t Óxicas c om p rodutos a grotóxicos 1 egistrados, d e a cordo c om a legislação vigente, nas áreas de PI Abacaxi e com vegetação natural para controle das formigas associadas à murcha de cochonilha. SUB-ÁREA 3.2. Processos de monitoramento ambiental É OBRIGATÓRIO 1. Monitorar os ions, principalmente nitratos a profundidade superior a 1,0 m para áreas irrigadas. É RECOMENDADO 1. Controlar a qualidade da água a montante e a jusante da propriedade, a cada 6 meses, observando parâmetros como compostos nitrogenados, fosfatos, sulfatos, detergentes, óleos e graxas, contaminações biológicas, presença de pesticidas e metais pesados. 2. Estabelecer inventário e programa de valorização da fauna e da flora ciliar. 3.L evantarer egistrar todasas informações d isponíveis s obreo a mbienteas er monitorado. ÁREA TEMÁTICA 4. MATERIAL PROPAGATIVO SUB - ÁREA 4.1. Mudas É OBRIGATÓRIO 1. Utilizar material sadio adaptado à região. É RECOMENDADO 1. Utilizar mudas fiscalizadas o u cer tificadas, p roduzidas e m ambiente protegido, a partir de material sadio e com certificação genética. É PROIBIDO 1. Transitar portando material propagativo sem a competente autorização. É PERMITIDO COM RESTRIÇÃO 1. Plantar mudas sadias retiradas de plantios com baixa ou nula incidência de pragas e com acompanhamento técnico. ÁREA TEMÁTICA 5. IMPLANTAÇÃO DE POMARES so SUB-ÁREA 5.1. Localização É OBRIGATÓRIO 1. Observar as condições de aptidão edafo-climática e compatibilidade aos requisitos da cultura e m ercado; p lantar em solos com boa drenagem e ad equados às condições da cultura. É RECOMENDADO 1. Observar as condições de aptidão edafo-climática e compatibilidade aos requisitos da cultura e m ercado; p lantar em solos com boa drenagem e ad equados às condições da cultura. 2. Evitar localização em condições adversas às necessidades especificas do abacaxizeiro e com declividade superior a 5%. 3.P lantar e mr egiões c lassificadas co mo p referenciais e favoráveis à cu ltura, em zoneamentos agroclimáticos oficiais. É PROIBIDO 1. Instalar abacaxizais em áreas de reserva legal ou de preservação permanente. 2. Proceder à desinfestação quimica do solo sem supervisão do responsável técnico. É PERMITIDO COM RESTRIÇÃO 1. Implantar abacaxizais em terrenos com declividade acima de 5% desde que se adotem práticas co nservacionistas e d e p reservação am biental ( curvas d e nível, cu Ituras d e cobertura, cobertura morta, etc.). ÁREA TEMÁTICA 6. NUTRIÇÃO DE PLANTAS SUB-ÁREA 6.1. Correção de solo e fertilização É OBRIGATÓRIO 1. Realizar prévia coleta e a nálise química de solo, à p rofundidade de 0-20 cm, para quantificação de corretivos de acidez e de fertilizantes. 3. Utilizar adubos e corretivos registrados, conforme a legislação vigente. É RECOMENDADO 1. Realizar análise química do solo também na profundidade de 20-40 cm. 2. Utilizar adubação orgânica, quando viável. 3. Realizar a amontoa após a aplicação de fertilizantes. 4. Incorporar os corretivos de acidez ao solo pelo menos dois meses antes do plantio. 51 É RECOMENDADO 1. Coletar folhas “D”, um mês antes do tratamento de indução floral, como indicativo do estado nutricional da planta para realizar as devidas correções, e do planejamento da indução floral. SUB-ÁREA 9.2. Fito-reguladores de síntese É OBRIGATÓRIO 1. Utilizar produtos químicos 1 egistrados, mediante 1 eceituário ag ronômico, conforme legislação vigente. É RECOMENDADO 1. Utilizar os fito-reguladores apenas como indutores de florescimento. É PROIBIDO 1.P roceder âap licação d e p rodutos q uímicos s emo d evidor egistro, c onforme legislação vigente. 2. Utilizar recursos humanos sem a devida capacitação. 3. Utilizar fito-reguladores de síntese para controle de crescimento da planta e para o desenvolvimento de frutos. SUB-ÁREA 9.3. Proteção dos frutos contra queima-solar É RECOMENDADO 1. Utilizar papel jornal sem impressão, palhas (sem contaminantes do solo), entre outros materiais para a p roteção dos frutos contra a q ueima provocada pela ação intensa dos raios solares. É PERMITIDO COM RESTRIÇÃO 1. Utilizar papel jornal impresso para proteção dos fiutos contra a queima solar. SUB-ÁREA 9.4. Desbaste das mudas e poda das folhas É RECOMENDADO 1. Realizar o desbaste parcial das mudas tipo filhote, logo após o fechamento das flores. 2. Alguns dias antes da colheita, proceder o corte da parte superior das folhas, na região mediana, de maneira a facilitar a colheita do fruto e assegurar a ciclagem de nutrientes. ÁREA TEMÁTICA 10. PROTEÇÃO INTEGRADA DA PLANTA SUB-ÁREA 10.1. Controle de pragas. s4 É OBRIGATÓRIO 1. Utilizar as técnicas preconizadas no MIP. 2. Priorizar o uso de métodos naturais e biológicos. 3. Monitorar e registrar periodicamente a incidência de pragas (fusariose, podridão do olho e murcha associada à cochonilha) para fins de controle. 4. Erradicar as plantas atacadas visando eliminar as fontes de inoculo. É RECOMENDADO 1.1 mplantar es tação m eteorológica informatizada n ecessária ao m onitoramento d as condições agroclimáticas para o manejo de pragas. 2. Denunciar a presença de abacaxizais abandonados aos órgãos competentes. É PROIBIDO 1. E xecutar t ratamentos f itossanitários periódicos e s istemáticoss emju stificativa técnica. 2. Utilizar recursos humanos técnicos sem a devida capacitação. 3. Abandonar abacaxizais que sejam focos potenciais de pragas. SUB-ÁREA 10.2. Pesticidas de síntese É OBRIGATÓRIO 1.U tilizar pr odutos qui micos, que constamna grade d e ag rotóxicos d a cultura d o abacaxi, conforme legislação vigente. 2.Nocaso de exportação, obedecer às 1 estrições q uanto à utilização d e ag rotóxicos vigentes no país de destino. É RECOMENDADO 1. Utilizar as informações geradas em estações de aviso para orientar os procedimentos sobre tratamentos com agrotóxicos; utilizar produtos naturais registrados para o controle de pragas. É PROIBIDO 1. A plicar pr odutos qui micos s em o de vido 1 egistro, c onforme legislação vi gente; empregar recursos humanos sem a devida capacitação técnica. SUB-ÁREA 10.3. Equipamentos de aplicação de agrotóxicos É OBRIGATÓRIO 1.P rocederâm anutenção er egulagemp eriódica no minimo u ma vezp oran o, utilizando técnicas recomendadas. 55 2. Manter o registro da manutenção e regulagem dos equipamentos. 3. Os operadores devem estar capacitados sobre suas atividades, bem como da utilização de Equipamento de Proteção Individual — EPI, conforme as Normas NRR 04 e NRR 05 do TEM. 4. Proceder à lavagem e manutenção de equipamentos em local apropriado, para evitar contaminação ambiental. É RECOMENDADO 1. Quando da aplicação mecanizada de agrotóxicos, utilizar tratores dotados de cabinas de proteção. É PROIBIDO 1. Empregar recursos humanos técnicos sem a devida capacitação. 2. Armazenar EPI juntamente com agrotóxicos. É PERMITIDO COM RESTRIÇÃO 1. Variação de até 10% na vazão do volume aplicado. SUB-ÁREA 10.4. Preparo e aplicação de agrotóxicos É OBRIGATÓRIO 1. Obedecer às recomendações técnicas sobre manipulação de produtos e operação de equipamentos, conforme a legislação específica vigente. 2.Preparare manipular ag rotóxicos e m locais es pecíficos e construidos p ara es ta finalidade. 3. Os operadores devem utilizar EPI apropriado. 4. Manter registro de todas as operações (agrotóxicos utilizados, substância ativa, dose, método d e ap licação, operador),ad ataeo localde aplicação, j untamente com a recomendação técnica. 5. Obedecer aos intervalos de segurança, de re-entrada e d e carência indicados para o produto. 6. E xecutar p ulverização q uando at ingir níveis críticos de intensidade da pragao u doença. É PROIBIDO 1. Aplicar produtos químicos sem o devido registro e produtos não autorizados para a PI Abacaxi. 2. Proceder à manipulação e aplicação de agrotóxicos na presença de crianças e pessoas estranhas no local. 56 É PROIBIDO 1. Amontoar os frutos sobre o solo. 2. Manter frutos de produção integrada em conjunto comos de outros s istemas de produção, ou mesmo outros produtos. SUB-ÁREA 11.4. Contentores para colheita É OBRIGATÓRIO 1. Usar contentores limpos, sanitizados e que não danifiquem os frutos. É RECOMENDADO 1. Utilizar os contentores para uso exclusivo durante a colheita do abacaxi. 2. Utilizar materiais de proteção nos contentores e evitar enchê-los em excesso para não causar danos nos frutos. É PROIBIDO 1. Utilizar materiais de proteção que não atendam às condições adequadas de higiene ou que ofereçam riscos de contaminação quimica ou microbiológica dos frutos. SUB-ÁREA 11.5. Identificação dos lotes dos frutos colhidos. É OBRIGATÓRIO 1. Adotar sistema que possibilite a identificação do local de procedência dos frutos com informações que permitam a sua rastreabilidade. É RECOMENDADO 1. Utilizar sistema de código de barras para agilizar a recepção na empacotadora. SUB-ÁREA 11.6. Higiene na pós-colheita É OBRIGATÓRIO 1. Manter os procedimentos de higiene e treinamento dos trabalhadores devidamente documentados. 2. Disponibilizar para os trabalhadores da empacotadora, instalações s anitárias limpas, próximas da área de trabalho, mas sem que se abram para esta área a não ser que a porta se feche de forma automática. 3. Os trabalhadores devem cumprir normas de higiene durante o manuseio dos frutos. 59 É RECOMENDADO 1. Implementar o sistema APPCC na pós-colheita; realizar anualmente uma avaliação de 1iscos que abranja os aspectos de higiene; definir os procedimentos de controle e ações corretivas. SUB-ÁREA 11.7. Utilização de água em pós-colheita É OBRIGATÓRIO 1. Utilizar fontes de água potável ou declarada como tal conforme legislação vigente. 2. R ealizar co leta d e a mostras p ara an álises q uímica e microbiológica d a ág ua com frequência anual. É PROIBIDO 1. Usar água superficial ou de poço sem a desinfecção prévia; utilizar mão-de-obra sem a devida capacitação. SUB-ÁREA 11.8. Tratamentos de pós-colheita É RECOMENDADO 1.U tilizar s omente ag rotóxicos 1 egistrados p ara es te fim, mediante r ecomendação técnica, conforme legislação vigente. 2. Registrar ouso de sanitizantes, ag rotóxicos e o utros insumos no caderno de p ós- colheita; no cas od ee xportação, obedecer à sr estrições q uantoâu tilização d e agrotóxicos vigentes no país de destino. É PROIBIDO 1. Armazenar agrotóxicos e embalagens vazias em local não adequado. 2. Descartar restos de produtos químicos e lavar equipamentos em locais passíveis de contaminação de fontes de água, riachos e lagos. 3. Aplicar produtos químicos sem o devido registro e não autorizados pela PI Abacaxi. SUB-ÁREA 11.9. Recepção na empacotadora É OBRIGATÓRIO 1. Identificar e registrar os lotes quanto à procedência para manter a rastreabilidade dos fiutos. 2.C oletar a mostras de cada lote e realizar t estes d e q ualidade d o produto (lesões, podridões, B rixe o utras) co nforme o “Programa Brasileiro p ara M odernização d a Horticultura — Normas de Classificação do Abacaxi (CQH. Documentos, 24)”. S0 É PROIBIDO 1. Manter os contentores com fiutos produzidos em sistema de produção integrada sem identificação adequada junto com as caixas dos frutos produzidos em outros sistemas de produção. SUB-ÁREA 11.10. Lavagem É RECOMENDADO 1. Utilizar somente sanitizante que seja recomendado e 1 egistrado conforme legislação vigente. 2. Utilizar tanques com bomba para ag itação e recirculação da àg ua p ara facilitar a remoção de impurezas, ou a reposição da água. 3. Monitorar periodicamente concentração de sanitizantes na solução de lavagem; trocar água de lavagem pelo menos três vezes por dia. É PROIBIDO 1. Lavar frutos pr oduzidos em sistema de pr odução integrada s imultaneamente com fiutos produzidos em outros sistemas de produção. 2. Utilizar caixas our eservatórios construídos com materiais proibidos pela legislação vigente. SUB-ÁREA 11.11. Seleção, classificação e procedimentos de embalagem É OBRIGATÓRIO 1. Eliminar frutos com defeito (deformados; com lesões como queima solar, podridões, entre o utras) conforme o “Programa B rasileiro p ara M odemmização da H orticultura — Normas de Classificação do Abacaxi (CQH. Documentos, 24)”. É RECOMENDADO 1. Obedecer às normas de embalagem e critérios de classificação vigentes ou de forma a atender as exigências do mercado de destino. 2.A embalagem d eve conter s omente fiutos de mesma o rigem, c ultivar, c lasse e maturação. É PROIBIDO 1. Proceder à execução simultânea dos processos de seleção, classificação e embalagem dos fiutos produzidos em sistema de produção integrada com os de outros sistemas de produção. 6 5. Deverão ser mantidos, em arquivo, registros sobre análises de resíduos efetuadas nas amostras d os lotes p rovenientes d ost alhõeso ue m fazendaso nde os fiutos sã o produzidos no sistema de PI Abacaxi. 6. Deverá ser realizada pelo menos uma amostragem na pré-colheita/colheita dos frutos. É RECOMENDADO 1. Coletar amostras adicionais quando ocorrer tratamento fitossanitário diferente durante a produção ou que sofreram algum tratamento químico diferenciado na pós-colheita. 2. Seguir ums istema de 1 odízio de a mostragem para g arantir que todas as parcelas sejam analisadas em determinado período de tempo. É PERMITIDO COM RESTRIÇÃO 1. Para e feito de monitoramento de resíduos de agrotóxicos, os exportadores po dem utilizar as a nálises 1 ealizadas no p rograma o ficial do M APA de monitoramento d e residuos em substituição ao item obrigatório, desde que estas análises sejam de área da produção integrada. SUB-ÁREA 12.2. Análise de resíduos É RECOMENDADO 1.A sa mostras co letadas d evem sera nalisadas p elo método m ultiresíduos e m laboratórios credenciados pelo INMETRO. 2. Manter registro fregiente com os resultados das análises. 3.Nocaso de exportação, m anter uma lista co ntendo os L MRs vigentesnos países importadores. 4. Elaborar um plano de ação para o caso do LMR ser excedido. É PROIBIDO 1.C omercializar frutos c om níveis de 1 esíduos a cima do pe mmitido nal egislação vigente. ÁREA TEMÁTICA 13. PROCESSO DE EMPACOTADORAS SUB-ÁREA 13.1. Higiene de câmaras frias e equipamentos e procedimentos nas empacotadoras É OBRIGATÓRIO 1.P rocederem anter d evidamente ar quivados o sp rocedimentoser egistros d e higienização das câmaras frigoríficas, equipamentos, local de trabalho e t rabalhadores da empacotadora. 2. Utilizar produtos e doses aprovados na indústria agroalimentar. 3. Manter área específica para armazenamento de produtos e utensílios de higiene. 4. Utilizar nas instalações das câmaras frigoríficas e empacotadoras lâmpadas com tampa de proteção. 5. Impedir a entrada de animais domésticos. 6. Obedecer aos regulamentos técnicos de manejo e ar mazenamento especificos para o abacaxi. É RECOMENDADO 1. E laborar p lano de g estão d ocumentado e a tualizado s obre r esíduos, p oluentes alternativos de reciclagem e reutilização gerados durante o processamento da fruta em pós-colheita. 2.1 mplementaru mp lano d e manutenção, o peração e co ntrole d e eq uipamentos frigoríficos. 3. Os pisos da empacotadora devem permitir uma drenagem adequada. ÁREA TEMÁTICA 14. SISTEMA DE RASTREABILIDADE E CADERNOS DE CAMPO SUB-ÁREA 14.1. Sistema de Rastreabilidade É OBRIGATÓRIO 1. Utilizar um sistema de identificação que assegure a rastreabilidade do produto. 2. Utilizar cadernos de campo e de pós-colheita para o registro de dados sobre o manejo da fruta desde a fase de campo até a fase de embalagem e demais dados necessários à adequada gestão da PI Abacaxi. 3. Manter o registro de dados atualizado e com fidelidade por um período mínimo de dois anos, para fins de rastreamento de todas as etapas do processo. É RECOMENDADO 1. Instituir o sistema de código de barras e etiquetas ou outros sistemas que permitam a rápida e única identificação dos diferentes talhões. SUB-ÁREA 14.2. Abrangência da rastreabilidade É OBRIGATÓRIO 1. A rastreabilidade no campo deve ser realizada até o talhão e na empacotadora até a embalagem. 65 SUB-ÁREA 14.3. Auditoria interna É RECOMENDADO 1.R ealizar visitas noca mpo,p referencialmenten asép ocasd e floração, desenvolvimento e colheita dos frutos. 2. O produtor/exportador deverá realizar uma auditoria interna de campo e uma de pós- colheita no mínimo uma vez no ciclo da cultura; documentar, registrar e, se for o caso, aplicar as ações corretivas como consegiiência da auditoria interna. SUB-ÁREA 14.4. Auditorias externas É OBRIGATÓRIO 1. Permitir u ma au ditoria e xterna no campo, na ép oca da p 1ré-colheita/colheita, com coleta de amostras para análise de resíduos (três frutos por abacaxizal). SUB-ÁREA 14.5. Reclamações É RECOMENDADO 1.M anter na uni dade de pr odução, e di sponibilizar qua ndo s olicitado, d ocumento destinado às reclamações. 2.A ssegurar q ueas 1 eclamaçõess ejam d evidamente r egistradas e d evidamente corrigidas incluindo um registro das ações implementadas. ÁREA TEMÁTICA 15. ASSISTÊNCIA TÉCNICA SUB-ÁREA 15.1. Assistência técnica É OBRIGATÓRIO 1. A àrea de produção deve possuir um responsável técnico. 2. Osserviços de assistência e responsabilidade técnica devem atender aos 1 equisitos especificos da produção integrada da cultura do abacaxi e ser da responsabilidade d e profissional habilitado e capacitado por órgãos competentes. 3. A área atendida pelo técnico responsável deverá ser aquela definida pelas normativas do CREA. É PROIBIDO 1.R eceber as sistência t écnica o rientada p or profissionais não h abilitados e não capacitados pelos órgãos competentes. 66 Capítulo 4 Produção Integrada de Banana Ana Lúcia Borges Zilton José Maciel Cordeiro A agricultura, para resolver os problemas de a limentação mundial com o uso intensivo de máquinas agrícolas e agroquimicos, não é mais sustentável. Esse modelo de agricultura intensiva o u industrial, c omo u m a gronegócio que nã o po de de ixar d e cumprir as leis de mercado, teve como falha principal desligar o econômico do social e, principalmente, do ambiental. Os limites dos ecossistemas foram d esconsiderados e, também, os impactos de tal modelo sobre os recursos a s erem destinados às gerações futuras. Portanto, a p rodução de alimentos sob e ssa Ótica co ntrariava frontalmente os princípios do de senvolvimento s ustentável (Brenes, 1998). Tomaram-se evidentes o s impactos eco lógicos, eco nômicos es ociais negativos d esset ipo d e ag ricultura, envolvendo a s aúde humana eo meio ambiente. A ssim, passaram a s urgir correntes defendendo práticas agricolas a mbientalmente equilibradas e saudáveis à humanidade. Uma das mudanças básicas, que inclusive influenciou novas correntes de produção, foi o d esenvolvimento e a ex ploração deum mercado p referencial p ara p rodutos c om garantia ao consumidor de que, na sua produção, protegeu-se o ambiente, ou que eles apresentam níveis de contaminantes menores que os produtos convencionais, inclusive atingindo ou merecendo um sobrepreço na venda (Soto, 1998). Nesse contexto surgiu a Produção Integrada de Frutas (PIF). A PIF foi definida como um sistema de produção que gera alimentos e demais produtos de a lta q ualidade, medianteo u so d er ecursosn aturaiser egulação d e mecanismos p araas ubstituição d e insumos p oluentes;o bjetivaag arantiad a sustentabilidade d a p rodução ag rícola; e nfatizao en foque d os istema holístico, envolvendo a totalidade a mbiental c omou nidadeb ásicaeo p apelce ntrald o agroecossistema; o equilíbrio do ciclo de nutrientes; a preservação ea melhoria d a fertilidade d os oloea manutenção d a d iversidade a mbiental co mo co mponentes s9 essenciais d o e cossistema; métodos e técnicas biológicas e q uímicas cu idadosamente equilibradas, 1 evando-se em co ntaa p roteção a mbiental, o 1 etorno eco nômico e os requisitos s ociais (Andrigueto, 2002). Assim, a produção integrada é ums istema de produção economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto. Em 20 de janeiro de 2005 foi aprovada a Instrução Normativa/SARC Nº 001 que dispõe sobre as Normas Técnicas Específicas p ara a P rodução Integrada d e Banana (NTE PIBanana). Essa Instrução N ormativa tem por objetivo a produção da fruta em sistema sustentável, baseado na utilização de boas práticas agrícolas e de fabricação, oferecendo rastreabilidade, fiutas certificadas e garantias desejadas pelos consumidores. Espera-se com esse sistema que o agricultor tenha mercado distinto com um produto diferenciado e competitivo. Além disso, espera-se colocar para o consumidor uma fruta segura e de alto pa drão de qua lidade, com índices der esiduos de ntro d os pa drões internacionalmente permitidos. As Normas Técnicas Específicas (NTE) constituem o documento orientador do sistema de PI de Banana, organizado em quinze áreas temáticas, as quais definem as ações ou práticas a s erem utilizadas p elo agricultor, distribuindo-as e mo brigatórias, recomendadas, proibidas e p ermitidas comrestrição. Para os agricultores interessados na cer tificação é findamental atentar p ara as práticas d efinidas co mo obrigatórias e proibidas. Essas práticas distinguirão o sistema entre conformidade e não conformidade. Asp ráticas recomendadas não t êm necessariamente q ue ser ap licadas; p orém as permitidas co mr estrição significam que a sua utilização d eve ser aco mpanhada d e alguma justificativa técnica. Por exemplo, a utilização de agrotóxicos será sempre uma prática p ermitida co mr estrição. O m onitoramento d ap ragga emf oco decidirá o momento cer to d eu tilizar alguma aç ão d e c ontrole, oque podes eco nstituirn a justificativa técnica necessária para a aplicação de determinado produto (Cordeiro et al., 2009). Compõem-se os documentos da Produção Integrada de Banana, além das NTE, os cadernos de campo e de empacotadora (pós-colheita), onde são realizadas todas as anotações dasp ráticasd e campoen acasa de em balagem, para p ossibilitar a rastreabilidade. A grade de a groquímicos, ou seja, a 1 elação do s pr odutos qui micos (fungicidas, in seticidas, nematicidas, herbicidas, acaricidas e p rodutos de uso geral) é outro d ocumento da P IB anana. O spr odutos químicos utilizados d evem estar 70 registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e A bastecimento (MAPA) e devem ser co nsultados no Agrofit On Line: http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit cons/principal agrofit cons. Demais documentos s ão as listas d e v erificação ( Auditoria I nicial d e C ampo; A uditoria d e Acompanhamento de Campo e Auditorias de Empacotadoras), que são relações de itens para checagem, para uso pelo agricultor, pelo responsável técnico da propriedade ou pelo próprio au ditor p ara a verificação d as at ividades e, a p artir daí, proceder as correções e/ou observações necessárias. Acredita-se que o Brasil conta com aproximadamente 4.800 hectares de banana cultivados sob o sistema de produção integrada. A bananeira, Musa spp., é cu Itivada de Norte a S ul do País e consumida p or todos os brasileiros, numa média de 28 kg/habitante/ano. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais, com aproximadamente 6,8 milhões de toneladas em uma área de 480 mil hectares, e produtividades variando de 4a 26 t/ha (IBGE, 2009). As diferenças nas p rodutividades es tão 1 elacionadas t anto à v ariedade cu ltivada q uanto a o manejo adotado. As variedades de banana mais difundidas no Brasil são as triploides AAB do tipo Prata (Prata, Pacovane P rata Anâ), do tipo Terra (Terra, T errinha, D'Angola), a MaçãeaT hap Maeo;eas triploides AAA, denominadas banana D água ou Caturra (Nanica, Nanicão, Grande Naine e Williams), bem como a Caipira e a N am. Há ainda no mercado uma s érie de novas variedades tetraploides AAAB, como: Tropical, Fhia Maravilha, Preciosa, Prata Caprichosa, Prata Garantida, Japira e Vitória. Neste capítulo serão abordados os itens obrigatórios e proibidos em cada área temática descritos na NTE PIBanana. Área temática 1. CAPACITAÇÃO 11. Prática agrícolas: É o brigatória a c apacitação técnica co ntinuada d o(s) produtor(es) e do(s) responsável(is) técnico(s) da(s) propriedades em práticas agricolas conforme requisitos da PIF em: 1) manejo cultural; 11) identificação de pragas e inimigos naturais e manejo de pragas; iii) operação e calibragem de equipamentos e máquinas de mn Asp lantas micropropagadas s obrevivem maisn o c ampo, e c rescem mais rapidamente nos primeiros estádios de desenvolvimento do que mudas convencionais. Apresentam u niformidade d e produção e p roporcionam co lheitas superiores às d as plantas oriundas de propagação convencional (Alves et al., 2004). No caso de mudas convencionais, recomenda-se utilizar, de preferência, mudas classificadas c omo “c hifre” e *c hifrinho”, ouseja, não inferiora 2kg (Figura 1). Selecionar e classificar as mudas e p lantar ao me smo tempo as dos mesmos tipos, ou seja, primeiro as maiores (chifie) e por último as menores (chifrinho). Figura 1. Mudas de banana tipo “chifre” e “chifrinho”. Foto: Ana Lúcia Borges. Área temática 5: IMPLANTAÇÃO DE POMARES 5.1. Localização: É ob rigatório p lantar em solos d renados e ad equados às exigências da cultura. É proibido: i) plantar e ms olos a lagadiços, e ncharcados, com ençol freático superficial e não drenados; e 1i) instalar bananais em áreas de preservação permanente. A bananeira é cultivada e s e desenvolve em diversas classes de solos, devendo ser observada a topografia, pois os terrenos planos a levemente ondulados (declive < 8 %) são os mais adequados; a profundidade efetiva do solo deve ser superior a 75 em; a 74 aeração deve permitir a renovação do ar do solo e ev itar o encharcamento, uma vez que, na falta de oxigênio, as raizes perdem a rigidez e apodrecem; e a textura deve ser argilosa ou similar, aspecto importante na capacidade de retenção de água e nutrientes (Borges & Souza, 2010). 5.2. Cultivar: É obrigatório: i) utilizar cultivares recomendadas ou indicadas por um órgão de pesquisa o ficial, de âmbito local, r egional ounacional; e 11) observar as condições d e p rodutividade, 1 esistência co ntra pragas e adaptabilidade de vidamente atestadas, em conformidade com a legislação vigente. Nat abela 1 co nstama lgumas variedades d e b ananeira co mat ributos d e produtividade, resistência contra pragas e adaptabilidade avaliadas (Silva et al., 2004). Tabela 1. Atributos de algumas variedades de bananeira. Cruz das Almas, BA. Variedades Atributos Caipira Thap Maeo Pacovan Ken Fhia Maravilha Grupo genômico AAA AAB AAAB AAAB Tipo Ouro Mysore Prata Prata Porte Médio Médio Alto Médio Densidade (plantas/ha) 1.666 1.666 1.666 1.666 Perfilhamento Ótimo Ótimo Bom Bom Ciclo vegetativo (dias) 563 555 STA 544 Peso de pencas (kg) 8,6 9,7 10,0 15,3 Número de frutos/cacho 123 179 93 n4 Peso médio fruto (g) 71,4 58,3 108,6 135,7 Comprimento fiuto (cm) 10,6 1,1 15,8 17,4 Diâmetro fruto (mm) 33,4 30,1 32,8 36,5 Produtividade (t'ha/ciclo) 14,2 16,2 16,7 254 Produtividade (t'ha/ano) 9,3 10,8 10,7 17,1 Reação às principais doenças e pragas” Sigatoka-amarela R R R MS Sigatoka-negra R R R R Mal-do-Panamá R R R R Moko s s s s Nematoides NA NA NA NA Broca-do-rizoma R MR MS NA "Rir esistente; S : suscetível; T: tolerante, MR: m edianamente resistente; MS: m edianamente suscetível; NA: n ão avaliado. 5.3. Sistema de plantio: É obrigatório: i) observar as recomendações de arranjos espaciais e densidade de plantio para a cultivar e a sua compatibilidade com requisitos de controle de pragas, produtividade e qualidade do produto. 75 Arranjo e densidade de plantio: levar em consideração o porte da variedade, condições de luminosidade, ventos, teores de nutrientes no solo, relevo do terreno, topografia, possibilidade de mecanização. Recomenda-se o plantio em fileiras duplas de 40mx2,0 mx 2,5 m (1.333 plantas/ha) ou 4,0 mx 2,0 mx 2,0 m (1.666 plantas/ha) ou em disposição triangular de 3,0 m x 2,0 m (1.666 plantas/ha), pois é possível um plantio intercalar na fileira larga de 4 m ou de 3 m. Além disso, para variedades de porte mais baixo a densidade pode chegar a 3.500 plantas por hectare. Vale lembrar q ueo u so d e es paçamento d a bananeira q ue p ermita maior população d e p lantas p or àr ea, al ém de p romover m aior v olume de fitomassa p ara cobertura morta do solo, contribui ainda para reduzir a incidência de Sigatoka, pelo sombreamento mútuo entre folhas da bananeira. ii) em encostas é obrigatório adotar práticas de conservação do solo em função da declividade. Em áreas d eclivosas, as co vas d evems er d ispostasem curvas dení vel (“cortando” as àg uas), p ara quen ão haja perda de s olo en utrientes p or er osão e, consequentemente, ar edução d a p rodutividade d a b ananeirae d a longevidade d o bananal. Área temática 6: NUTRIÇÃO DE PLANTAS 6.1. Correção do solo em áreas planas e mecanizáveis: É o brigatório: i) realizar prévia coleta e análise quimica do solo, à profundidade de 0-20 cm, no mínimo, para quantificação de corretivos de acidez e de fósforo e da adubação de plantio; e ii) emáreas não irrigadas, incorporar os corretivos ao solo pelo menos três meses antes do plantio. É proibido: i) proceder à ap licação de corretivos de acidez e d e fósforo semo devido registro, conforme legislação vigente; e 11) proceder à aplicação de corretivos de acidez e de fósforo sem a prévia análise quimica de solo. Para u ma co rreta 1 ecomendação d e ca lageme ad ubação p araa bananeira, objetivando o timização d ap rodutividadee q Jues ejaeco nomicamente viável e ambientalmente co rreta, é f undamental a 1 ealização d a an álise q uímica d o solo em laboratório. Após a escolha da área, deve-se realizar amostragem para análises químicas e fisicas. E importante solicitar ao laboratório a r ealização de análises químicas (pH, P, 76 que não po ssuam s ua pr ópria tabela de recomendação d e adubação p ara a b ananeira (Borges & Souza, 2010). Tabela 2. Recomendações de adubação nitrogenada (N), fosfatada (P) e potássica (K) nas fases de plantio, formação e produção da bananeira. P Melhlich-1 (mg/dm”) K no solo (cmol/dm'? Cegha) o.6 7:15 55 >30/ 0.015 Gê MS- s060 == P,Os (kg/ha) ------ e. K,O (kg/ha) --: PLANTIO 751 120 80 40 0 | 2% 0 0 0 Dias após o FORMAÇÃO plantio 30 10 0 0 0 0 20 0 0 0 60 10 0 0 0 0 30 30 0 0 90 15 0 0 0 0 30 30 20 0 120 15 0 0 0 0 s0 40 30 0 120-360 100 0 0 0 0 300 250 150 0 Produti- vidade PRODUÇÃO esperada, t/ha <20 150 80 60 40 O 300 200 100 0 20-40 190 100 80 50 O 450 300 150 0 40-60 230 120 100 70 0 600 400 200 0 > 60 270 160 120 80 O 750 500 250 0 "Na forma de esterco bovino curtido. “cmol, de K/dm” =mg de K/dm” / 390. Fonte: Borges & Souza (2010). Nitrogênio: o nitrogênio (N) a plicado no plantio deve ser na forma or gânica (Tabela 2). A adubação orgânica é importante para manter o solo produtivo, pois exerce efeitos benéficos sobre seus atributos físicos, químicos e biológicos. As fontes orgânicas a serem aplicadas nas co vas de plantio, principalmente em solos ar enosos e d e baixo teor de nutrientes, dependem da sua disponibilidade local, e as quantidades variam de acordo c omo st eoresem nutrientes d os d iversos materiais. De maneira g eral, recomenda-se de 15 a 20 litros de esterco de curral curtido por cova ou 3 a 5 litros de esterco de ga linhac wtidoouZ2a 3 litrosd et ortad e mamona. Resíduos d e agroindústrias, pa lhadas e compostos orgânicos, de ntre outras fontes disponíveis na propriedade, p odems eru tilizados, e mq uantidade ca Iculada d e aco rdoc oma necessidade e coma co mposição. A lém disso, a v egetação es pontânea, p or fornecer matéria orgânica para o solo, deve ser ceifada e deixada na superficie do solo. 79 Os ad ubos v erdes, p rincipalmente as leguminosas, p ermitem a p rodução d e matéria orgânica e o fornecimento de nitrogênio. Leguminosas como o feijão-de-porco — Canavalia ensiformis (49 a 190 kg de N fixado/ha/ano), guandu - Cajanus cajan (41 a 280 kg de N fixado/ha/ano), cudzu tropical - Pueraria phaseoloides (30 a 100 kg de N fixado/ha/ano), cr otalárias - Crotalaria spectabilis (60 a 120kg/ ha/ano deN fixado/ha/ano), C. juncea (150 a 165 kg/ha/ano de N fixado/ha/ano) e mucuna preta - Stizolobium aterrimum (170 a 210kg de N fixado/ha/ano), soja p erene - Glycine javanica (40 a 100 kg/ha/ano de N fixado/ha/ano), leucina - Leucaena leucocephala (400 a 600 kg/ha/ano de N fixado/ha/ano) podem incorporar quantidades significativas de N, d ependendo d a d ensidade p lantada e d a eficiência d as bactérias simbióticas fixadoras. Na fase de formação do bananal é r ecomendável o plantio das leguminosas nas entrelinhas, deixando-as sobre o solo, após o corte. Fósforo: o fósforo (P) favorece o d esenvolvimento v egetativo e os istema radicular; é p raticamente imóvel no soloe, por isso, deve ser ap licadona co va de plantio (Tabela 2). As fontes de fósforo recomendadas são o superfosfato simples (18% de P,Os, 20% de Ca e 11% de S), o superfosfato triplo (42% de P+,Os e 14% de Ca) ou o termofosfato magnesiano (17% de P>Os, 18% de Ca e 7% de Mg). Em solos com pH em água maior que 6, 5e plantios com mudas micropropagadas, o M AP-monoamônio fosfato (48% de P»Os e9% de N), que contém fósforo en itrogênio, éu ma fonte permitida. Potássio: q uando a an álise química do solo julgar necessário, pode-se utilizar adubos químicos potássicos no plantio (Tabela 2), levando em consideração também o balanço K:Ca:Mg. O potássio estimula o desenvolvimento do sistema radicular. A fonte mais utilizada é o cloreto de potássio (58% de K,0 e 45% de Cl), podendo ser aplicado o sulfato de potássio (50% de K,O e 16% de S) e o sulfato duplo de potássio e magnésio (18% de K»0, 4,5% de Mg e 23% de 8). Micronutrientes: considerando que os micronutrientes boro (B) e Zi nco (Zn) são os mais limitantes para a bananeira, a recomendação para uso dos mesmos encontra- se na tabela 3. O boro pode ser suprido pelo bórax (11% de B) ou ácido bórico (17% de B)ea fonte de zinco mais utilizada é o sulfato de zinco (20% de Zn e 17% de S). Caso não se tenha análise química do solo para micronutrientes, recomenda-se aplicar 50 g de FTE BRI2 na cova de plantio. so Tabela 3. Recomendações de boro (B) e zinco (Zn) para a bananeira. Micronutriente Teor no solo Quantidade do nutriente (extrator) (mg/dm?) (kg/ha) B (água quente) í oa 2 : <0,60 10 Zn (Mehlich-1) >0.60 0 Fonte: Borges & Souza (2010). 6.4. Técnicas de adubação de formação e manutenção: É o brigatório: 1) basear a ad ubação de manutenção nos resultados das análises de solo e de fo lhas, na produtividade do bananal (exportação de nutrientes), nas perdas do ciclo, na variedade plantadae nao corrênciad es intomas d e d eficiências nutricionais, s egundo a s recomendações do técnico responsável; 1i) a dotar técnicas que minimizem perdas por lixiviação, volatilização, erosão e outras; e iti) obedecer às recomendações preconizadas pela Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). E proibido: i) proceder à i ncorporação dos fertilizantes no solo; e ii) utilizar fertilizantes orgânicos sem o devido acompanhamento técnico. Adubação de formação O nitrogênio (N) mineral, de maneira geral, deve ser suprido a partir de 30 dias até 360 dias após o plantio. A ureia (44% de N) e o sulfato de amônio (20% de N e 23% deS)sãoas fontes mais u tilizadas (Borges & S ouza, 2010). A 1 ecomendação d e potássio é baseada na análise química do solo (Tabela 2). Adubação de produção As quantidades de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) recomendadas para a bananeira na fase de produção são baseadas na produtividade esperada, e apenas para PeK levam em consideração também os teores desses nutrientes no solo (Tabela 2). Além disso, a cada seis meses sugere-se aplicar 20 litros de esterco de curral curtido por touceira em solos argilosos, e a cada quatro meses em solos de textura arenosa. A biomassa da bananeira, os adubos verdes e o utras fontes orgânicas fornecem nutrientes à bananeira. 81 O parcelamento da adubação vai depender da textura e da CTC (capacidade de troca catiônica) do solo, bem como do regime de chuvas e do manejo ad otado. Em condições de sequeiro o adubo deve ser aplicado durante os períodos de chuva, quando o solo ainda e stiver úmido. Em solos ar enosos e co mbaixa CTC deve-se p arcelar semanalmente ou quinzenalmente. E ms olos mais argilosos as ad ubações p odem s er feitas mensalmente ou a cada dois meses, principalmente nas aplicações na forma sólida (Borges & Souza, 2010). O uso de adubos verdes é uma prática que reduz o impacto ambiental e está em conformidade coma st ecnologias verdeseco mo Programa Agricultura d e B aixo Carbono, voltados à sustentabilidade. As plantas utilizadas como adubo verde devem ter crescimento 1 nicial 1 ápido, p ara abafar a vegetação natural ou p lantas es pontâneas e produzir grande quantidade de fitomassa verde; ter baixa exigência em tratos culturais; resistência a pragas; disponibilidade de sementes no mercado; facil manejo e grande capacidade de fixação de nitrogênio atmosférico, no caso das leguminosas. Além disso, o uso de espécies com raizes profundas permite melhor reciclagem de nutrientes para as camadas superficiais. As leguminosas mais utilizadas são: mucuna- preta, feijão-de-porco, crotalárias, guandu, soja perene, leucena que protegem também o solo da insolação e da erosão e controlam as plantas invasoras. Essas leguminosas sã ou tilizadase mp ré-plantioo ua téab ananeira não proporcionar sombra, de ixando sempre 50 cm de distância da planta. Atenção maior deve ser dada às leguminosas com hábito de cr escimento trepador, como a mucuna- preta, não se recomendando o seu cultivo intercalar em pomares já formados, portanto restringindo-se o se uu so so mente na p ré-formação d os p omares. A q uantidade d e biomassa verde produzida depende de fatores como época de plantio, disponibilidade de água, práticas culturais, fertilidade do solo e incidência de pragas e doenças. O fe ijão-de-porco é u ma das leguminosas q ue mais s e d estaca, p elo g rande volume de fitomassa q ue p roduz, p ela ag ressividade do s eus istema 1 adicular, p ela grande competiçãoco ma vegetação es pontânea ep elaa mpla adaptabilidade a condições variadas de solo e clima. Aumentos de produtividade da bananeira da ordem de 188% e 127% foram observados, respectivamente, com a implantação de soja perene e feijão-de-porco nas entrelinhas do bananal, em comparação com bananeiras cultivadas em terreno mantido permanentemente limpo. Recomenda-se o plantio da leguminosa no início do período chuvoso, ceifando-a na floração ou ao final das chuvas e deixando a fitomassa na superficie do solo, como cobertura morta (Borges & Souza, 1998). A ceifa deve ser feita, preferencialmente, no início da floração, ou mesmo no início da produção de vagens, neste caso por estar o material vegetal mais lenhoso e, consequentemente, mais resistente à d ecomposição, p ermanecendo p or mais tempo co brindo o solo. Em áreas irrigadas o plantio de tais culturas pode ser feito em qualquer época do ano. No ecossistema Mata Atlântica, no E stado do Rio de Janeiro, as coberturas de solo estabelecidas pelas leguminosas herbáceas cudzu tropical (Pueraria phaseoloides) es iratro ( Macroptilium atropurpureum) p roporcionaram c achosd e bananeira “Nanicão”, 1 espectivamente, 303% e 397% m aioresdo que no tratamento c om vegetação espontânea (Panicum maximum). Além disso, dentre as leguminosas o cudzu tropical p roduziu maior q uantidade de fitomassa (15 t/ha de matéria seca) e maior quantidade de N fixado (305,5 kg/ha) (Perin et al., 2009; Espindola et al., 2006). Como af itomassap roduzidap elas leguminosas d ecompõe-se muito rapidamente, t êm-se 1 ecomendado a u tilização também de g ramíneas, p or exemplo o milheto, n as e ntrelinhas d os b ananais, no m esmo s istema, cu ja massa verde é d e decomposição mais lenta, cobrindo o solo por mais tempo. Em solo de T abuleiro C osteiro, Borges & S ouza (2010b) 1 ecomendam para bananeira “Terra” co berturas v ivas d os olo co m cau pi, cr otalária, feijão-de-porco, guandu e sorgo forrageiro, por proporcionar maior aprofundamento do sistema radicular da bananeira (sorgo e guandu), maior teor de matéria orgânica no solo (sorgo) e maior teor d e p otássio ( crotalária, feijão-de-porco e caupi). O cultivo do c aupi, além de também reduzir o número de dias para a co lheita da bananeira, destaca-se como uma cultura que pode gerar alimento e renda para o agricultor. Ouso de coquetel vegetal de leguminosas e nã o | eguminosas ( gramíneas e oleaginosas) e mp ré-plantio o um esmo nas en trelinhas d a bananeira p ermite u ma produção significativa de biomassa co m diferentes t empos de decomposição. A ssim, essa prática tem sido recomendada, com reflexos positivos na produtividade. 85 Área temática 7: MANEJO DO SOLO 7.1. Manejo da cobertura do solo: É o brigatório: i) controlar o processo de erosão do solo dos bananais; e 1i) realizar o manejo integrado de plantas invasoras. É proibido realizar capinas na área total do bananal. A cobertura do solo, que por si sóéap rática de manejo e co nservação que proporciona maior e feito no controle da erosão do solo, pode ser atendida tanto pela manutenção da vegetação natural co mo pelo plantio de outras culturas, leguminosas e não leguminosas, nas entrelinhas do bananal. A manutenção das entrelinhas dos bananais com vegetação natural, com plantas de co bertura (leguminosas, gramíneas ou oleaginosas) oucoma biomassa da cultura proporciona o s s eguintes benefícios: a) au mentao s teores d en utrientes nos olo, diminuindo as quantidades de adubos a serem aplicadas (Borges et al., 1996b; Borges et al., 1 995);b) melhora as co ndições fisicas do solo ( estrutura, p orosidade, aer ação, infiltração er etenção d eág ua eo utras), favorecendo o cr escimento d as 1 aizes, o armazenamento d e ág ua no solo e, e nfim, promovendo melhor ap roveitamento d as águas p luviais e t ornando mais e ficiente a ab sorção dos nutrientes (Borges & S ouza, 1998a; S ouza, 1998) ; c ) a umenta a b iomassa microbiana d o s olo, es timulando a atividade biológica do solo; d) é uma maneira simples, eficaz e e conômica de controlar a erosão, pois aumenta a infiltração da água das chuvas, melhora a drenagem e diminui o escoamento s uperficial; e) a meniza a t emperatura do solo; f) reduz a incidência de plantas invasoras, p elo“ abafamento”d om ato, ean —ecessidaded e cap inas, economizando no controle do mato (Borges & S ouza, 1998b);,e g ) proporciona um ambiente favorável à criação/multiplicação de inimigos naturais de pragas das fiuteiras. E grande a q uantidade d e biomassa produzida p ela bananeira na ép ocada colheita. O p seudocaule ( bainhas + c ilindro cen tral) acu mula maior q uantidade d e massa seca, s eguido p elo cac ho, es te co rrespondendo a ap roximadamente 34% da quantidade t otal produzida na colheita. Assim, 66% da biomassa seca da colheita são devolvidos ao s olo, c orrespondendo au ma médiade9,6t demassa vegetals eca devolvida ao solo por hectare (Borges et al., 2006a). Essa biomassa pode fornecer uma quantidade significativa de potássio, em torno de 200 a 590 kg/ha. 86 Coeficiente de cultura (Ke) Dias após o plantio (dap) Figura 3. Coeficientes de cultura (Kc) para as condições do Norte de Minas em função dos dias após o plantio (DAP). Área temática 9: MANEJO DA PARTE AÉREA 9.1. Desbaste: É obrigatório desbastar as touceiras, mantendo uma população de plantas que p ermita u ma boa produtividade, q ualidade e q ue favoreça o controle de pragas. E proibido usar ferramentas sem a devida desinfecção em áreas de ocorrência de bacterioses. O desbaste é a eliminação do excesso de filhos com 20 cma 30 cm de altura, sendo normalmente feito três vezes por ano, deixando-se apenas uma família (mãe, filho e neto ou mãe e dois filhos). 9.2. Desfolha: É obrigatório: i) e liminar folhas s ecas, p artes d e folhas c om sintomas d e mal-de-Sigatoka e c ordana, f olhas totalmente a marelase folhas que deformem ou firam os fiutos; e 11) eliminar as folhas com um corte de baixo para cima, rente ao pseudocaule. É p roibido: ) a montoar os testos d e f olhas junto às t ouceiras;e ii)u sar ferramentas sem a devida desinfecção em áreas de ocorrência de bacterioses. A desfolha é a e liminação das folhas secas, mortas e v erdes quebradas, sendo normalmente feita na época do desbaste e após as adubações. 89 9.3. Escoramento e amarrio: É obrigatório 1 ecolher fitilhos u tilizados p ara sustentação das plantas, retirando-os da área de cultivo e destinando-os à reciclagem. É proibido: i) utilizar o pseudocaule de plantas não paridas como sustentação de plantas paridas, no amarrio; e 11) ferir os frutos com as escoras. É uma prática preventiva para evitar perdas de cacho por quebra e tombamento da planta. É recomendada no início da formação do cacho (primeiros 30 dias). U sar bambu ou fios de polipropileno. 9.4. Manejo do pseudocaule: É obrigatório seccionar e es palhar naáreaos pseudocaules de plantas colhidas, após a sua eliminação. E proibido: 1) amontoar os restos de pseudocaules junto às touceiras; e 11) manter o pseudocaule da bananeira colhida em pé até a sua completa decomposição. O corte do pseudocaule é realizado próximo ao solo, logo após a colheita. Deve- se utilizar ferramentas desinfetadas e fracionar o pseudocaule, no sentido transversal e longitudinal. 9.5. Desvio de filhotes e cachos: não e xistem p ontos ob rigatórios nem proibidos. 9.6. Eliminação do coração ou mangará: É obrigatório eliminar o coração do cacho logo após a abertura da última penca, quando houver 10 a 20 cm de ráquis. E proibido usar ferramentas sem a devida desinfecção em áreas de ocorrência de bacterioses. Essa prática acelera o desenvolvimento dos frutos, aumenta o comprimento dos últimos fiutos e o peso do cacho. Recomenda-se realizá-la duas semanas após a emissão do cacho, deixando 15 em de engaço. 9.7. Eliminação de pencas e de frutos: É obrigatório proceder à 1 etirada das pencas inferiores, não comerciais, do cacho. 90 E proibido usar ferramentas sem a devida desinfecção em áreas de ocorrência de bacterioses. Nao casião d a e liminação d o co ração retira-se a última p enca, deixando-se apenas um fiuto como dreno. Pode ser realizada junto com o escoramento. 9.8. Despistilagem: não existem pontos obrigatórios nem proibidos. 9.9. Ensacamento: É obrigatório: i) coleta e reciclagem dos sacos e/ou tubos de polietileno; e ii) no ensacamento precoce, fazer a limpeza dos cachos a cada dois dias. E p roibido utilizar sacos ou t ubos de p olietileno t ratados c om substâncias desconhecidas ou não registradas. Essa prática é 1 ealizada principalmente nos plantios mais t ecnificados, a pós o corte do coração. Vantagens: aumenta a velocidade de crescimento dos fiutos, antecipa a colheita, mantém a temperatura alta, sem variação, evita ataque de abelhas, ninhos de aves e roedores e tripes (quando o saco tiver inseticida na sua composição), reduz danos com raspões, queimaduras e melhora a qualidade do fiuto. Área temática 10: PROTEÇÃO INTEGRADA DA PLANTA O conhecimento dos fatores bioecológicos que interferem na população de uma praga é fundamental para o d esenvolvimento e ap licação d e medidas d e co ntrole alternativas ao químico. Por essa razão, desenvolveu-se o conceito do manejo integrado de pragas (MIP), com base nos fatores ecológicos e na compatibilidade das diferentes medidas de controle, inclusive o químico (McSorley, 2001; Luckman & Metcalf, 1984). As estratégias usadas no MIP devem ser adotadas pelos agricultores, tais como o reconhecimento das pragas-chave da cultura e de seus inimigos naturais, a amostragem da p opulação d os organismos p rejudiciaisea es colhaeu tilização das táticas d e controle. E sse tipo de manejo exige, em primeira instância, uma dedicação maior ao pomar, com maior utilização de mão-de-obra, o que pode ser visto como oportunidade para cr iação d e empregos e manutenção d a fruticultura familiar ( Martins & F arias, 2002). 91 parao ma nejo d o mal-de-Sigatoka. O produto d eve ser u sado e m at omização, na dosagem de 12a 15 L/ha. A periodicidade da aplicação deve seguir a indicação dada pelo monitoramento da doença pelo sistema de pré-aviso biológico. b) Mal-do-Panamá O melhor meio para o manejo do mal-do-Panamá é a utilização de variedades resistentes, citadas na tabela 1. Como medidas preventivas recomendam-se as seguintes práticas: 1) evitar as áreas com histórico d e a lta incidência d o m al-do-Panamá; 2 ) utilizar mudas comprovadamente sadias e livres de nematoides; 3) corrigir o pH do solo, mantendo-o p róximo àn eutralidade e co m níveis ó timos d e cá lcioe magnésio, proporcionando condições menos favoráveis ao patógeno; 4) dar preferência a s olos com teores mais e levados de matéria orgânica, p ois aumenta a co ncorrência entre as espécies de microrganismos no solo, dificultando a ação e a sobrevivência de Fusarium oxysporum cubense no solo; 5) manter as populações de nematoides sob controle, tendo em vista que e les p odem ser 1 esponsáveis p ela q uebra da 1 esistência ou facilitar a penetração do patógeno, através dos ferimentos; e 6 ) manter as plantas bem nutridas, guardando sempre uma boa relação entre potássio, cálcio e magnésio. Em bananais já es tabelecidos, e mq uead oençaco meceas e manifestar, recomenda-se a e liminação d as p lantas com sintomas. I sso ev itaa p ropagação d o inóculo na área de cultivo. No local em que as plantas foram eliminadas deve-se aplicar calcário e matéria orgânica. c) Moko ou murcha bacteriana No caso do moko ou murcha bacteriana, tratando-se de uma praga quarentenária A2, o primeiro passo é ev itar a i ntrodução da doença na área ou região de produção. Nesse s entido, evitar trazer plantas de banana ou de qualquer outra musácea de àreas com ocorrência do moko. No caso brasileiro, o moko está presente emtoda a 1 egião Norte, com exceção do Acre, e nos estados de Sergipe e Alagoas, nas áreas margeadas pelo rio São Francisco. Por medida de segurança é importante utilizar sempre mudas seguramente sadias. d) Viroses No manejo das viroses, deve-se: 1 ) utilizar mudas livres de vírus;2) evitar a instalação de bananais próximos a plantios de hortaliças e cucurbitáceas (hospedeiras de CMV);3) controlar a v egetação natural dentro e emvolta do bananal, no s entido de eliminar hospedeiros alternativos; 4) e liminar as plantas com sintomas nos plantios já estabelecidos; 5) manter o bananal com suprimento adequado de água e nutrientes; e 6) controlar as plantas espontâneas e as pragas, para evitar estresse. e) Doenças de frutos As medidas de manejo das doenças de fiutos visam basicamente à 1 edução do potencial de inóculo, pela eliminação de partes senescentes e 1 edução do contato entre patógeno eh ospedeiro: 1 )e liminação d e folhas mortaso uem senescência; 2 ) eliminação p eriódica d e b rácteas, p rincipalmente d urante op eríodo ch uvoso; 3 ) ensacamento dos cachos com saco de polietileno perfiwado, tão logo ocorra a formação dos frutos; e 4) imp lementação d e p ráticas cu Iturais ad equadas, o rientadas p ara a manutenção de boas condições de drenagem e d e densidade p opulacional, bem como para o manejo de plantas espontâneas, a fim de evitar um a mbiente muito úmido no bananal. INSETOS E ÁCAROS Muitos i nsetos e á caros ocorrem nos ba nanais no B rasil, entretanto, po ucos assumem importância eco nômica. Podem ser c onsiderados 1 imitantes à p rodução a broca-do-rizoma, tripes, ácar os, broca 1 ajada, t raça-da-bananeira e a belha ar apuá. D e maneiras imilara oc ultivo convencional, o monitoramento é d ef undamental importância para se definir o momento de interferência do agricultor, o qual deverá privilegiar o controle cultural e biológico, de baixo impacto ambiental e seletivos aos inimigos naturais. Serão relacionados os manejos que podem ser adotados quando da ocorrência da praga, o bjetivando não colocar em risco o equilíbrio do agrossistema e a saúde dos agricultores e consumidores. 95 a) Broca-do-rizoma (Cosmopolites sordidus (Germar) ( Coleoptera: C urculionidae). Algumas práticas são a seguir citadas, tanto para evitar o aparecimento quanto para o manejo do inseto-praga. Mudas s adias: qua ndo po ssível, 1 ecomenda-seau tilizaçãod em udas micropropagadas. No caso de mudas convencionais, devem ser sa dias. Recomenda-se que se faça o descorticamento para remoção de possíveis galerias e insetos presentes. Quando o plantio não é e fetuado logo a pós a retirada da s mudas, e ssas de vem ser imersas em água a 55ºC durante 20 minutos. Variedades resistentes: algumas variedades são mais suscetíveis à praga do que outras (Tabela 1). Entretanto, devido às particularidades do mercado e 1 ongo ciclo da cultura, m uitas v ezesn ão é possívela substituição de v ariedades s uscetíveis por resistentes. Manejo da fitomassa do pseudocaule após a colheita: após a retirada do cacho o pseudocaule d eves ers eccionadoe mt rêsa q uatrop artes, oq ue ace lerará a decomposição do material, reduzindo a q uantidade de abrigos para a cr iação da broca. Com a mesma finalidade, as iscas, após a segunda coleta, devem ser “desmontadas”, pela separação das bainhas ou dos pedaços de pseudocaule. Iscas at rativas: o s insetos cap turados d evems er co letados m anualmente e posteriormente destruídos. Para o manejo recomenda-se em torno de 60 iscas/ha (40 a 100 iscas/ha). Controle biológico: a utilização do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana pode ocorrer por meio de pincelamento ou pulverização sobre a s uperficie das iscas de pseudocaule, à razão de 50 iscas/ha ou conforme recomendação do fabricante. Controle por comportamento: a armadilha contendo CosmolureQ, do tipo rampa ou poço, deve ser colocada na superficie do solo. O fundo do recipiente co letor de insetos deve conter uma solução de detergente a 3% (30 mL/litro de água). Recomenda- se o uso de três armadilhas/ha, devendo-se renovar o sachê contendo o feromônio a cada 30 dias. É importante que as armadilhas estejam distantes a pelo menos 30 m entre si. Vegetação nativa: A manutenção da vegetação nativa nas entrelinhas serve de abrigo para i nimigos n aturais co mo Hololepta quadridentata (Fabricius), in imigo natural da broca-do-rizoma. 96
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