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VARIABILIDADE ANUAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E CONDIÇÕES DE CAPTAÇÃO floriano, Notas de estudo de Engenharia Agrícola

VARIABILIDADE ANUAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E CONDIÇÕES DE CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DE FLORIANO-PI

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 21/09/2012

paulomegna
paulomegna 🇧🇷

4.7

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Baixe VARIABILIDADE ANUAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E CONDIÇÕES DE CAPTAÇÃO floriano e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agrícola, somente na Docsity! VARIABILIDADE ANUAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E CONDIÇÕES DE CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DE FLORIANO-PI 1 Engenheiro Civil, AESA, Campina Grande, PB. E-mail: lucilio@aesa.pb.gov.br 2 Doutorando em Meteorologia, UFCG, Campina Grande, PB. E-mail: mainarmedeiros@gmail.com 3 Mestranda em Meteorologia, UFCG, Campina Grande, PB. E-mail: camilakassar@gmail.com 4 Doutorando em Engenharia Agrícola, UFCG, Campina Grande, PB. E-mail: paulomegna@ig.com.br 5 Tecnologista, INSA, Campina Grande, PB. E-mail: rcclima@insa.gov.br Lucílio José Vieira dos Santos1, Raimundo Mainar de Medeiros2, Camila Kassar3, Paulo Roberto Megna Francisco4 & Ricardo da Cunha Correia Lima5 Resumo: No presente estudo, utilizou-se da série de precipitação pluvial do município de Floriano, PI, referente ao período de 1912 a 2010. Os dados foram agrupados utilizando-se a distribuição de frequência, determinando- se em seguida às medidas de tendência central, dispersão e histogramas, com distribuição de frequência, em dez intervalos de classes: 0-399, 400-499, 600-799, 800-999, 1000-1199, 1200-1399, 1400-1599, 1600- 1799, 1800-1999 e maior que 2.000mm os quais foram determinadas as frequências de ocorrência do número de anos em cada uma dessas classes, em cinco períodos distintos: 1912/1931; 1932/1951; 1952/1971; 1972/ 1991 e 1992/2010, em ciclos ordenados cronologicamente de 20 em 20 anos, sendo o último de dezenove anos, em intervalos de classes regulares de 100 mm. Os resultados demostraram que na série de precipitação estudada temos trinta e sete anos com chuvas abaixo da média, quinze anos com chuva entre a normalidade e quarenta e sete anos com chuvas acima da média histórica. Demonstrou que não houve indícios de diminuição de chuva quando se comparam ciclos de anos com outros, embora exista uma elevada variabilidade espacial e temporal na quantidade de chuva observada entre anos, demonstrando que as variabilidades acima especificadas não impedem que sejam planejadas e construídas cisternas ou outros meios de armazenamento de água para o consumo humano e animal. As distribuições e ocorrências das chuvas irregulares e a atuações dos fatores meteorológicos sofrem bloqueios impedindo as regularidades das chuvas, mesmo assim demonstram condições suficientes de captação e armazenamento das águas das chuvas. Palavra-chave: clima, variabilidade pluviométrica, semiárido. INTRODUÇÃO A precipitação pluvial é um dos elementos meteorológicos que apresenta maior variabilidade tanto em quantidade quanto em distribuição mensal e anual de uma região para outra (Almeida, 2003). Segundo Aragão (1975), a principal razão da existência do semiárido nordestino é a ausência de um mecanismo dinâmico que provoque movimentos ascendentes. Trabalho de modelagem feito por Gomes Filho (1979) demonstra que a topografia da região tende a intensificar os movimentos subsidentes sobre esta região, enquanto o albedo diferencial não interferiria nos resultados. Estudos têm demonstrado que a distribuição de frequência tem sido usada para caracterizar o regime pluvial de uma região, embora a distribuição gama incompleta seja o modelo teórico que melhor se ajusta os dados originais (Reis et al, 1995). De acordo com Assis et al (1996), um erro muito comum em análise de dados é desprezar as características da distribuição de probabilidade mais adequada para os dados em estudo. Tenenbaum et al (2005) relata que não há indícios de diminuição de chuva em São Raimundo Nonato, PI embora exista uma elevada variabilidade espacial e temporal na quantidade de chuva observada de um ano para outro, e mesmo assim, podendo ser armazenadas os índices pluviométricos mesmo que o ano seja abaixo da média climatológica da região. Melo et al (2005) demonstrou que para o município de União, PI as condições necessárias para uma eficiente captura e armazenamento de água de chuva mesmo que durante o período estudado tenham sido constatados índices abaixo da média histórica na região do município de Pedro II, PI. Maciel et al (2010) demonstra condições necessárias para uma eficiente captura e armazenamento de água de chuva mesmo que durante o período estudado tenham sido constatados índices abaixo da média histórica na região. Este trabalho tem por objetivo verificar de forma simples a existência ou não de modificações no “padrão” de chuva anual na localidade de Floriano, PI, ao longo dos últimos noventa e oito anos, comparando-se a frequência de ocorrência de totais anuais de chuva em ciclos de 20 em 20 anos, valendo ressaltar que o último tem dezenove anos, além de mostrar que em anos com precipitações anômalas o seu volume precipitado pode ser armazenado e utilizado para consumo e outras tarefas caseiras, e sua contribuição nos volumes dos rios, lagos, lagoas e riachos da região. MATERIAL E MÉTODOS As condições climáticas do município de Floriano (com altitude da sede a 112 m acima do nível do mar) apresentam temperaturas mínimas de 29oC e máximas de 39oC, com clima quente tropical. A precipitação pluviométrica média anual (com registro de 850 mm, na sede do município) é definida no Regime Equatorial Continental, com isoietas anuais entre 800 a 1.400 mm, cerca de 5 a 6 meses como os mais chuvosos e período restante do ano de estação seca (CPRM, 2004). Os dados mensais e anuais de precipitação pluvial utilizados no presente estudo foram coletados no posto pluviométrico do município de Floriano, PI, localizado nas coordenadas geográficas de latitude 06o46´S, longitude 43o01´W e altitude de 85,0 metros referentes ao período: 1912 a 2010, totalizando noventa e oito anos de observações de precipitações.Agruparam-se os dados e utilizando-se a distribuição de frequência, ordenando- os, cronologicamente, de forma mensal (soma dos valores diários) e anual (somatório dos totais mensais e anuais). Determinaram-se, em seguida, as medidas de tendência central: média aritmética e mediana e de dispersão amplitude e desvio padrão. Os dados de chuva anuais foram agrupados em dez intervalos de classes: 0-399, 400-499, 600-799, 800- 999, 1000-1199, 1200-1399, 1400-1599, 1600-1799, 1800-1999 e maior que 2000 mm os quais foram determinadas as frequências de ocorrência do número de anos em cada uma dessas classes, em cinco períodos distintos: 1912/1931; 1932/1951; 1952/1971; 1972/1991 e 1992/2010. RESULTADOS E DISCUSSÃO A média aritmética anual do período 1912 a 2010 foi de 949,3 mm com desvio padrão de 326,6 mm e com um coeficiente de variância de 0,34%. Constatou-se que existem períodos mais e menos chuvosos. Ressalta- se, que o maior índice pluviométrico registrado foi no ano de 1985 com 2.060,8 mm e o ano menos chuvoso foi o de 1960 com 277,3 mm. Entretanto, nos anos de 1912, 1937, 1938, 1958, 1960, 1961 e 1983 os índices pluviométricos flutuaram entre 277,3 a menos de 500,0 mm, e os anos de 1930, 1968, 1974 e 1985 ocorreram chuvas variando acima de 1.500,0 até 2.060,8mm. Na Figura 1 observamos a distribuição de frequência dos totais anuais de chuva em intervalos de classes regulares de 100,0 mm e para ciclos ordenados cronologicamente de 20 em 20 anos. Verifica-se que a freqüência de ocorrência de anos com totais abaixo da média foi de sete anos para o período de 1912/1931, como também apresenta uma frequência de doze anos para o intervalo de precipitação acima de 949,3 mm. Utilizando-se dos mesmos processos podemos observar na Figura 2 o intervalo de tempo de 1932-1951, no qual apresenta um equilibro de anos secos e chuvosos, perfazendo 10 anos acima e 10 anos abaixo da média, com destaque para os anos de 1937 e 1938 que atingiu o valor anual de 417,6 e 298,5 mm, observa-se que nas classes de frequências entre 1400 a maior que dois mil não ocorreram chuvas neste período. baixios, os quais terão condições de plantio precoce onde possam utilizar a umidade de solo por um maior período de tempo. Isso demonstra, portanto, que a priori não há indícios de redução de chuva nesta local, quando se comparam ciclos de anos com outros, embora exista uma culminante variabilidade espacial e temporal na quantidade do volume de chuva observada de um ano para outra, demonstrando que as variabilidades acima especificadas não impedem que sejam planejadas e construídas cisternas, pequenos e médios açudes, barragem subterrânea e/ou outros meios para a captação e armazenamento de águas pluviais para o consumo humano e animal. Figura 6. Precipitação total anual em função do período de tempo de 1910 a 2010 CONCLUSÃO Na série de precipitação estudada temos trinta e sete anos com chuvas abaixo da média, quinze anos com chuva entre a normalidade e quarenta e sete anos com chuvas acima da média histórica. No município não há indícios de diminuição de chuva quando se comparam ciclos de anos com outros, embora exista uma elevada variabilidade espacial e temporal na quantidade de chuva observada entre anos, demonstrando que as variabilidades acima especificadas não impedem que sejam planejadas e construídas cisternas ou outros meios de armazenamento de água para o consumo humano e animal. As distribuições e ocorrências das chuvas irregulares e a atuações dos fatores meteorológicos sofrem bloqueios impedindo as regularidades das chuvas, mesmo assim demonstram condições suficientes de captação e armazenamento das águas das chuvas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Almeida, H. A. de. Variabilidade anual da precipitação pluvial em Cabaceiras, PB. In: XIII Congresso Brasileiro de Agrometeorologia. Santa Maria, RS. Sociedade Brasileira de Agrometeorologia, pp. 835-837, 2003. Aragão, J. O. R. Um estudo das estruturas das perturbações sinóticas do Nordeste do Brasil. (INPE-789-TPT/ 017). Dissertação (Mestrado em Meteorologia), 1975. Assis, F. N.; Arruda, H. V.; Pereira, A. R. Aplicações de estatística à climatologia: teoria e prática. Pelotas, RS. Ed. Universitária/UFPEL, 161p, 1996. CPRM. Serviço Geológico do Brasil. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Estado do Piauí. Diagnóstico do município de Floriano, 2004. Gomes Filho, M. F. Um estudo sobre a influência do albedo diferencial e da orografia na circulação atmosférica: uma aplicação para o Nordeste Brasileiro. Instituto de Pesquisa Espaciais, INPE-1640-TDL/015, Dissertação (Mestrado em Meteorologia), 1979. Maciel, A. C.; Medeiros, R. Mainar. Prognóstico para armazenamento de águas pluviais de acordo com a variabilidade anual da precipitação pluvial em União, Piauí. V Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte e Nordeste de Educação Tecnológica. Maceió, AL. Novembro, 2010. Melo L. F. S. E. ; Medeiros, R. Mainar. Prognóstico para armazenamento de águas pluviais de acordo com a variabilidade anual da precipitação pluvial em Pedro II, PI. 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI. Julho, 2005. Reis, A. S.; Lacerda, F. F.; Varejão-Silva, M. A. Climatologia do sertão de Pernambuco. In: IX Congresso Brasileiro de Agrometeorologia, Campina Grande. Anais, Sociedade Brasileira de Agrometeorologia, pp. 199-201, 1995. Tenenbaum, R. V. O. E.; Medeiros, R. Mainar. Variabilidade anual da precipitação pluvial e condição de armazenamento de água de chuva no município de São Raimundo Nonato, PI. 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina – PI. Julho, 2005.
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