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Guias e Dicas
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O desenvolvimento de estra-tégias modernas e simples, utilizando ex, Notas de estudo de Biotecnologia

suequímica suequímica

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 05/10/2012

luiz-amaral-11
luiz-amaral-11 🇧🇷

4.7

(223)

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Baixe O desenvolvimento de estra-tégias modernas e simples, utilizando ex e outras Notas de estudo em PDF para Biotecnologia, somente na Docsity! Vamos Jogar uma SueQuímica?QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Vol. 31, N° 3, AGOSTO 2009 179 Espaço abErto Recebido em 03/01/08, aceito em 30/01/09 Ana Paula Bernardo dos Santos e Ricardo Cunha Michel O uso de jogos didáticos no Ensino Médio pode ser uma ferramenta bastante valiosa para tornar aulas de Ciências, como de Química, mais interessantes. O objetivo deste trabalho é unir as regras do tradicional jogo de sueca aos conceitos de força ácida de substâncias orgânicas e inorgânicas. Trata-se de uma boa oportunidade para abordar o assunto, introduzindo conceitos de constante de ionização com um pouco de diversão. força de ácidos orgânicos e inorgânicos; constante de ionização; jogo didático Vamos Jogar uma SueQuímica? A seção “Espaço aberto” visa abordar questões sobre Educação, de um modo geral, que sejam de interesse dos professores de Química. O desenvolvimento de estra-tégias modernas e simples, utilizando experimentos, jo- gos e outros recursos didáticos, é recomendado para dinamizar o pro- cesso de aprendizagem em química (Soares e cols., 2003). Os jogos estimulam a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança; aprimo- ram o desenvolvimento de habilidades linguísticas, mentais e de concentra- ção; e exercitam interações sociais e trabalho em equipe (Vygotsky, 1989). Os jogos têm uma relação íntima com a construção da inteligência, sendo uma ferramenta útil para o processo de motivação e para o aprendizado de conceitos (Borges e Oliveira, 1999) como apresentado nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) (Brasil, 2007). A principal vantagem do uso de jogos didáticos envolve a motivação, gerada pelo desafio do jogo, acarre- tando o desenvolvimento de estraté- gias de resolução de problemas, a avaliação das decisões tomadas e a familiarização com termos e concei- tos apresentados no jogo. Do ponto de vista do professor, os jogos permi- tem identificar erros de aprendizagem e atitudes e dificuldades dos alunos. As dificuldades para a implementa- ção dos jogos didáticos incluem a perda do caráter didático devido à má aplicação dos jogos; o sacrifício de outros conteúdos em função do tempo gasto com o jogo; a perda da característica lúdica da atividade pela interferência do professor; e di- ficuldades no acesso aos jogos e às informações que possam subsidiar o trabalho do docente (Grando, 2001). O uso de jogos didáticos no Ensi- no de Química tem sido tema de tra- balhos de vários autores, destacando sempre a eficiência em despertar atenção nos alunos. Tal interesse ad- vém da diversão que, muitas vezes, produz efeito positivo no aspecto disciplinar (Soares e Cavalheiro, 2006; Oliveira e Soares, 2005; Soares e cols., 2003; Eichler e Del Pino, 2000; Giordan, 1999; Russell, 1999). Diversos temas em Química po- dem ser explorados com o auxílio de jogos didáticos. O tema acidez de compostos orgânicos e inorgânicos, por exemplo, é apresentado de forma fragmentada, sendo difícil para os alunos associarem seus diferentes aspectos. Um jogo didático pode abordar esse assunto de forma in- tegrada, permitindo ao aluno uma melhor compreensão do conteúdo. Dentre os diversos tipos de jogos que podem ser aplicados em edu- cação, este trabalho propõe o casa- mento das regras do jogo de cartas sueca com os conceitos de acidez de compostos orgânicos e inorgânicos. Proposta pedagógica O jogo SueQuímica tem o objetivo de auxiliar alunos de Ensino Médio a explorar as relações entre estrutura e força ácida de uma série de subs- tâncias do tipo ácido de Arrhenius, utilizando seus valores de constante de ionização (Ka), a qual indica a força ácida de uma substância, sendo definida conforme a equação a seguir (Costa e cols., 2005): Vamos Jogar uma SueQuímica?QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Vol. 31, N° 3, AGOSTO 2009 180 O jogo permite que os alunos se familiarizem com os conceitos envolvidos e com a nomenclatura dos ácidos, assim como permite ao professor a avaliação do processo de aprendizagem dos estudantes. Construção do baralho O jogo utiliza cinco classes de substâncias: ácidos inorgânicos e carboxílicos, fenóis, alcoóis e alcinos. As estruturas dessas substâncias, representadas na Tabela 1, foram impressas em folhas A4, recortadas e coladas sobre um baralho de car- tas. Nos cantos superior esquerdo e inferior direito foram desenhadas fi- guras representativas das classes de substâncias (os naipes). No verso das cartas, foram colados papéis conten- do o nome do jogo (SueQuímica). As cartas foram recobertas com adesivo transparente para proteção. Os mo- delos das cartas e seus respectivos naipes são apresentados nas Figuras 1 e 2. O baralho é acompanhado de uma tabela que apresenta os valores de Ka e a pontuação associada a cada carta, conforme a Tabela 1. Regras O jogo SueQuímica baseia-se nas regras da sueca (ver anexo), porém o baralho é composto por 40 cartas distribuídas em 5 naipes. Os alunos se organizam em quatro grupos que trabalham individualmente. Um dos participantes inicia o jogo retirando uma carta do baralho, cujo naipe será o trunfo. Essa carta é devolvida ao baralho, o qual é emba- ralhado para distribuição de 10 cartas para cada grupo. O naipe de trunfo é utilizado como elemento estratégico, independentemente da acidez da substância representada. Na primeira rodada, o primeiro grupo põe uma carta na mesa e os outros grupos respondem com uma carta do mesmo naipe. O grupo que apresentar a carta com a substância mais ácida e justificar sua maior aci- dez em relação às substâncias leva todas as cartas da mesa. A próxima rodada é iniciada pelo grupo que levou as cartas da mesa. Quando um grupo não tiver uma substância do mesmo naipe apre- sentado na mesa, poderá apresentar de outro naipe. Se esse naipe for o trunfo, o grupo poderá levar todas as cartas da mesa ainda que a acidez da substância seja baixa. Quando se descobre que um grupo, possuindo a carta do naipe requerido, deixou de utilizá-la para apresentar uma carta de outro naipe, diz-se que ele renun- ciou e o grupo perde o jogo. Somam-se os pontos das cartas obtidas pelos grupos, ganhando o jogo o grupo que fizer mais pontos. Os grupos somente terão acesso à tabela nas primeiras rodadas para avaliação da força ácida das substâncias. Resultados e discussão No Ensino Médio, após conhecer as funções orgânicas e inorgânicas, é relevante que o aluno consiga com- parar os caracteres ácidos dessas substâncias. Saber reconhecer a car- ta mais ácida (como critério para levar as cartas da mesa) faz com que os alunos tenham que pensar sobre os fatores que influenciam na força ácida das substâncias apresentadas. Para tanto, ele pode fazer uso das constan- tes de equilíbrio (Ka), representadas na Tabela 1, ou avaliar a estrutura das substâncias representadas, uma vez que a acidez é influenciada pela pre- sença de grupos substituintes. As cartas não apresentam os nomes das substâncias, assim o professor pode explorar as regras de nomenclatura dessas substâncias no decorrer do jogo. O jogo SueQuímica foi aplicado para 138 alunos em 6 turmas de duas unidades do projeto Curso Pré-vestibular (CPV) Nova Iguaçu/Uni- versidade Federal do Rio de Janeiro. Inicialmente os alunos reconheceram as substâncias e colocaram as classes Figura 1: Modelo proposto de cartas do baralho SueQuímica com exemplos das cinco classes de ácidos inorgânicos e orgânicos e seus respectivos naipes e o verso padro- nizado do baralho. Figura 2: Cartas do baralho SueQuímica
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