Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Coleta, Identificação e Herborização de Material Botânico, Manuais, Projetos, Pesquisas de Biomedicina

Instruções para coleta, identificação e herborização de material botânico.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2012

Compartilhado em 18/05/2012

luis-moreschi-1
luis-moreschi-1 🇧🇷

2 documentos

1 / 45

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Coleta, Identificação e Herborização de Material Botânico e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Biomedicina, somente na Docsity! MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA COLETA, IDENTIFICAÇÃO E HERBORIZAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO. 2 MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA COLETA, IDENTIFICAÇÃO E HERBORIZAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO. Elaboração: Ivonei Wiggers Carlos Eduardo Bittencourt Stange Realização: Programa de Desenvolvimento Educacional – SEED – PR UNICENTRO 5 material de herbário, onde pode-se ter o auxilio do Museu Botânico Municipal de Curitiba - MBM. No herbário, o processo de identificação mais comum é por meio de comparação; neste processo a amostra recém coletada é comparada com outra anteriormente coletada e identificada. Se todas as características assemelharem-se pode se determinar o nome da amostra. O Museu Botânico, no Jardim Botânico de Curitiba, possui um herbário de 310 mil plantas, mundialmente conhecido, em número de amostras é o quarto maior do país e possui o maior número de gêneros e famílias de plantas no Brasil. Foi criado em 1965, a partir da doação do acervo pessoal do botânico Gerdt Hatschbach. Sua primeira sede funcionou no Passeio Público. Somente em 1992 o Museu foi transferido para o Jardim Botânico. Contato: Tel (41) 3264-7365 (Herbário: 3362-1800). É bom deixar bem claro que, classificação é a ordenação das plantas em níveis hierárquicos, de acordo com as características apresentadas, de modo que cada nível reúna as características do superior. Por exemplo, as espécies de um determinado gênero devem apresentar as características ou traços particulares desse gênero; os gêneros de uma determinada família devem apresentar as características ou traços particulares dessa família e assim por diante. Quando se denomina uma planta já descrita, está ocorrendo determinação das características comuns a outra já catalogada, está se fazendo uma identificação, enquanto que, quando se procura localizar uma planta ainda não conhecida, dentro de um sistema de classificação, está ocorrendo classificação (Da – Silva, 2002). Material para coleta • Caderno, lápis ou caneta e borracha - para registrar as informações inerentes a cada amostra coletada. • Cinto de segurança - como segurança durante a coleta em árvores e arbustos. • Peçonha, escadas de alumínio ou de corda, equipamento de alpinismo e esporas - para coletar material botânico nas árvores, cipós ou arbustos. 6 • Fita métrica - para medir o diâmetro e/ou a circunferência das árvores. • Podão, tesoura de poda, faca, facão ou canivete - usado no corte de ramos a serem coletados. -Podão Obs: pode ser comprado nas lojas de ferragens e/ou agro veterinárias por um preço acessível. -Tesoura de poda • Jornal - para acondicionar as amostras coletadas. • Folhas de papelão - medindo cerca de 35 x 28 cm para intercalar entre as folhas de jornal que contêm as amostras coletadas. • Folhas de alumínio corrugado - são dispostas entre as folhas de papelão. 7 • Prensas de madeira - para prender as pilhas formadas pelos jornais contendo os exemplares intercalados com papelão e folhas de alumínio . • Corda de sisal ou náilon - para amarrar a prensa; o material botânico deve ser comprimido para que as folhas possam permanecer da maneira que foram dispostas e ao secarem não fiquem enrugadas. • Álcool 92,8 0 GL - para borrifar as amostras coletadas. • Álcool 70% - para conservar flores e frutos. 10 posteriormente. Importantes também são as informações acerca do ambiente, ou seja, tipo de solo e de vegetação predominante. Finalmente, devem ser anotadas as características da planta que não serão observadas após a desidratação do material, tais como: altura e circunferência da planta, hábito, forma da árvore, disposição dos ramos, forma do tronco, tipo de base do tronco, aspectos das sapopemas, características da casca, exsudação, coloração das flores e tamanho, textura e cor dos frutos, tipo de odor, denominação local e uso. Para facilitar os procedimentos apresentamos aqui uma ficha de campo, onde estão reunidas as características mais importantes e necessárias que só podem ser anotadas no campo. Ficha de campo Local coleta: Coletor: Nº Col.: Data: / / Espécie: Nº amostra/ávore: Nome vulgar: HÁBITO: árvore( ); arbusto( ); erva( ); cipó( ); epífita( ); hemiepífita ( ) Altura: DAP: Circunferência: Observação: BASE: reta( ) digitada( ) dilatada( ) raízes fúlcreas( ) sapopemas( ) com raízes aéreas( ) FUSTE: cilíndrico( ) cônico( ) tortuoso( ) acanalado( ) CASCA: Ritidoma/aparência: liso( ) rugoso( ) sujo ou áspero( ) reticulado( ) fissurado( ) fendido( ) estriado ( ) lenticelado( ) Desprendimento: placas lenhosas ( ) c/ depressões( ) escamoso( ) esfoliante papiráceo( ) esfoliante coriáceo( ) Cor: espessura: observação: Casca morta: cor: espessura: Casca viva: cor: cheiro: espessura: Presença de: acúleos( ) espinhos( ) Observação: ALBURNO: cor: espessura: 11 EXSUDATO: após exposição ao ar torna-se: Cor: consistência: FOLHAS: Cor: concolor( ) discolor( ) Consistência: membranácea ( ) cartácea( ) coriácea( ) carnosa( ) face abaxial: face adaxial: odor: FLORES: Cor: cálice: corola: odor: obs: FRUTOS: Carnosos( ) secos( ) deiscentes( ) indeiscente( ) Cor: odor: Obs: Retirada da apostila: Diretrizes para coleta, herborização e identificação de material botânico nas Parcelas Permanentes em florestas naturais da Amazônia brasileira. Como preencher a ficha de campo O local de coleta refere-se às informações da localização da planta, da qual será coletada a amostra: anota-se o nome do país, do estado, do município, do distrito, da localidade, o tipo de vegetação e alguns pontos de referência que possibilitarão que outra pessoa localize este espécime. Havendo possibilidade deve-se anotar a latitude, longitude e a altitude. Em seguida são anotados o nome e número do coletor principal, coletores adicionais, data da coleta, numero da amostra ou arvore e nome vernacular. Cada número de coletor será um numero único da seqüência numérica, iniciando com 1 e em seguida continuamente (o coletor nunca deve repetir um número já utilizado). Deve-se anotar características da planta, que são observadas apenas no campo e antes da desidratação da amostra, como: hábito, altura, DAP, circunferência, tipo de base, fuste, copa, aparência, desprendimento, cor e espessura do ritidoma, espessura, cheiro e cor da casca viva antes e após a oxidação, presença de acúleos ou estrias, cor do exsudato antes e após da oxidação, consistência, cor e odor da folha, cores da flor, tipo, deiscência e cor do fruto. 12 Quaisquer informações adicionais devem ser anotadas nos espaços reservados as observações ou no verso da ficha. Hábito: se refere à forma de vida da planta quando adulta (RIBEIRO et al., 1999; IBAMA, 1991; MORI, 1989, apud FERREIRA 2006). Árvore: vegetal grande, lenhoso, com tronco bem definido e sem ramos na parte inferior, composto de tronco e copa frondosa. Dominam as florestas, podendo atingir até 50m de altura em florestas tropicais. 15 Epífita: vegetal principalmente herbáceo, usando galhos ou troncos de árvores apenas como suporte, como orquídeas e bromeliáceas. Hemiepífitas: Plantas lenhosas ou herbáceas utilizam o mesmo tipo de suporte das epífitas, diferenciando-se delas por manter ligação com o solo. Às vezes são confundidas com cipós, diferentes destes por não apresentar um tronco único. 18 17 Base: Tipo de base do espécime de acordo com RAMALHO (1975) e RIBEIRO (1999) apud FERREIRA (2006). 16 Reta: apresenta-se em linha reta, sem expansões. Digitada: apresenta projeções, semelhante a "dedos". 17 Dilatada: alargamento do fuste a pouca distância do solo. Com raízes fúlcreas ou escoras apresentam-se como um emaranhado de raízes, que partem do tronco alcançando o solo, deixando espaços. 20 Cônico: apresenta base mais larga que o ápice. Forma de cone. 21 Acanalado: com depressões e reentrâncias longitudinais, formando canais. Casca: Anatomicamente a casca de uma árvore, consiste de duas regiões distintas: casca viva ou interna e casca morta ou ritidoma (MARCHIORI, 1995, apud FERREIRA, 2006). 22 Para melhor caracterização, o ritidoma será considerado a aparência externa da casca. Características da casca (adaptado de RIBEIRO et al., 1999; RAMALHO, 1975; MARCHIORI, 1995; IVANCHECHEN, 1998, apud FERREIRA, 2006). Tipos de ritidoma 25 20 Sujo ou áspero: Apesar de apresentar alguma forma de ornamentação ou desprendimento, não definem o aspecto da casca. A casca tem aspecto desordenado. Estriado: a casca é caracterizada por linhas superficiais, semelhantes a estrias, de coloração distinta. 26 Fissurado: caracterizado por sulcos longitudinais em forma de “V” ou profundas, mais ou menos amplos, com profundidade quase homogênea, apresentando bordos com aspecto de terem sido cicatrizados. Lenticelado: presença de lenticelas (estruturas presentes no tronco que auxiliam nas trocas gasosas) evidentes. Podem ser: - Densamente lenticelado: as lenticelas assemelham-se a verrugas. - Lenticelas dispersas: as lenticelas são evidentes, mas distribuídas de forma dispersa. - Nitidamente agrupadas: são em grande número e distribuídas com uma proximidade expressiva. - Lenticelas em linhas horizontais: geralmente assemelham-se com troncos rugosos, quando formam um anel contínuo. - Lenticelas em linhas verticais: são confundidas com o tronco estriado, quando formam linhas finas, de coloração mais clara. 22 27 Lenticelas no caule de acerola Tipo de desprendimento do ritidoma Depressões: Caracterizado pelo desprendimento do ritidoma, apresentando cicatrizes, com uma coloração mais viva que a casca velha. 30 Espinhos: não se desprende com facilidade, por estarem ligados, por tecidos condutores, ao floema e xilema. Casca morta e viva Cor: A variação da cor da casca é muito grande, e apresenta padrões que se mostram muitas vezes em arranjos mosqueados. Em algumas espécies a cor da casca viva pode alterar com a exposição ao ar, em um curto ou longo período de tempo. Deve-se fazer anotação da cor inicial e após a exposição ao ar. Cheiro: Costuma-se comparar o cheiro da casca viva com odores que conhecemos. Alburno: Camada externa do xilema situada entre o cerne e a casca (VASCONCELLOS & FREITAS, 2001 apud FERREIRA, 2006). É o tecido mais recentemente produzido, apresenta uma coloração distinta formando um anel 31 (RIBEIRO et al., 1999 apud FERREIRA, 2006). Geralmente a coloração do alburno varia do amarelo-claro ao bege. 24 Exsudado A exsudação pode ser variável com as condições ambientais, com as características fenológicas e, possivelmente, com a idade das árvores, especialmente, no que se refere à abundância e à velocidade de fluxo dos exsudatos (RAMALHO, 1975, apud FERREIRA, 2006). Características dos exsudatos segundo RIBEIRO (1999), apud FERREIRA, 2006. Seiva: É fluida e aquosa, nunca pegajosa, caracteriza-se como um líquido incolor e translúcido ou levemente colorido. Látex: Solução fluída, pegajosa ou viscosa, sempre opaca, de coloração branca, as vezes amarela, marrom, alaranjada ou vermelha. Quando pegajosa, diferencia-se das resinas e gomas por não apresentar brilho e solidifica-se. Resina: Insolúvel em água e pegajosa, solidificando quando exposta ao ar. As resinas são geralmente aromáticas, podendo ser opacas, semitranslúcida ou mesclado. 32 Goma: Não possui cheiro e é solúvel em água. Solidifica em contato com o ar. Obs: pode ser observado a direita nas fotos acima, uma ecdise ou muda de cigarra. Folhas Quanto à cor: -Concolor: mesma cor em ambos os lados da folha. 35 Carnosos: frutos com polpa suculenta internamente. Secos: não apresenta polpa internamente. Quanto à liberação de sementes: 36 Deiscentes: quando maduros, liberam as sementes. Indeiscentes: os frutos não liberam as sementes. Em frutos indeiscentes, deve se cortar transversal e longitudinalmente, na ocasião da prensagem. Apresentamos também este outro modelo de ficha, denominada ficha catalográfica para Diagnose e Identificação Botânica para fins de Ensino de graduação em Ciências Biológicas. Esta ficha foi elaborada para ser trabalhada com alunos universitários, mas pode ser adaptada para trabalhos com alunos dos ensinos fundamental e médio. 1. NÚMERO 1.1.COLETA 1.2.VEGETAL 2.NOMENCLATURA 2.1.VULGAR 2.2.FAMÍLIA 37 2.3.GÊNERO 3.HÁBITO 3.1. DO VEGETAL 3.2. DA RAIZ 4. RAIZ 4.1. SISTEMA RADICULAR 4.2. ADAPTAÇÃO 5. CAULE 5.1. CONSISTÊNCIA 5.2. RAMIFICAÇÃO a) SIMPLES b) MONOPODIAL c) SIMPODIAL 5.3. LOCALIZAÇÃO NO AMBIENTE 6. FOLHA 6.1. COMPLETA 6.2. INCOMPLETA 6.3. SIMPLES a) forma do limbo b) bordo do limbo 6.4. COMPOSTA a) disposição dos folíolos b) forma do limbo do folíolo c) bordo do limbo do folíolo 6.5. NERVURA 6.6. FILOTAXIA 6.7. CONSISTÊNCIA 6.8. COLORAÇÃO 6.9. ADAPTAÇÃO 7. FLOR 7.1. PEDICELO 7.2. ISOLADA 7.3. INFLORESCÊNCIA 7.4. VERTICILOS DE PROTEÇÃO a) quanto à cor b) quanto ao número c) quanto à simetria d) quanto à concrescência 7.5. PERFLORAÇÃO ( BOTÃO ) 7.6. VERTICILOS DE REPRODUÇÃO 40 adicionados apenas no final de todas as coletas de um dia, quando as amostras estarão menos frescas, facilitando a organização das mesmas. Caso possível corta-se um fruto longitudinalmente e outro transversalmente, para adicionar em cada amostra. Separar flores e frutos suculentos para conservação em solução: quando for possível separar flores e frutos suculentos para conservação em álcool 70% ou FAA, não esquecendo de fixar no vidro as mesmas informações anotadas no jornal. Pode-se também, fazer as anotações em papel vegetal e colocar dentro do vidro. Para alguns tipos de plantas há necessidade de ter alguns cuidados durante a coleta, como: - Plantas aquáticas: pode-se fazer uso de uma folha de papel, colocando-a submersa sob o individuo, retirando-o da água, dessa forma a amostra fica apegada a folha. - Plantas ramifloras ou caulifloras: se possível destaque os frutos e flores junto com a área de suporte do tronco. Caso não seja possível destacar com a região de suporte, destaque-as e faça anotação de como estavam presas e agrupadas. - Bromélias: os espécimes pequenos são coletados inteiros, quanto aos grandes, coleta-se algumas folhas e inflorescência e/ou frutescência, não esquecendo de especificar o tipo de base, geralmente herbáceo. - Cipó: algumas vezes encontramos várias espécies de cipó, no mesmo suporte, deve-se ter o cuidado de não coletar informações e amostras de caule de um espécime e ramos de outro. - Palmeira: como as folhas das palmeiras são geralmente grandes, corta-se cada folha em três partes, especificando a base com a letra B, o meio com a letra M e o ápice com a letra A. - Briófitas: como as briófitas são vegetais avasculares, não devem ser prensadas, devem ser acondicionadas em sacos de papel. - Algas: As algas são conservadas em água do mesmo local da coleta, ou em formol a 4% quando não for possível herborizar logo. Processamento do material coletado A organização do material para desidratação inicia-se dispondo, em uma superfície plana, um dos lados da prensa, depois uma folha de papelão, um corrugado, mais um papelão, depois a amostra em jornal, uma folha de papelão, um corrugado, um 41 papelão, outra amostra, daí em diante seguindo a mesma seqüência de material. No final da pilha, geralmente de quatro palmos de altura, colocar o outro lado da prensa, apertando-a ao máximo possível, com auxilio da corda ou cinto de lona. As partes da pilha devem ficar dispostas de modo que, as amostras e corrugados, fiquem entre as folhas de papelão. Quando o fruto for grande e não for possível prensar, este deve ser enrolado em jornal, não esquecendo de anotar as informações de coleta neste jornal. Para secagem do material, utiliza-se uma fonte de calor branda, geralmente estufas, com temperatura de aproximadamente 45ºC, as amostras serão expostas o tempo suficiente para secá-las por completo, as escolas não dispõem de estufas, mas mesmo assim as amostras podem ser secadas ao sol, a única diferença é que será preciso trocar os jornais e de um tempo maior, mas o resultado será o mesmo. O material prensado deve ser examinado regularmente, tendo o cuidado de apertar as cordas e virar a prensa, pra que o calor seja distribuído igualmente. Caso não seja possível desidratar o material coletado, pode-se borrifar cada amostra com álcool 70%, colocando o pacote em sacos plásticos, selando a abertura do saco com fita não solúvel em álcool, de preferência. O álcool preserva o conteúdo durante alguns meses. E importante verificar os pacotes semanalmente e, se tiver sinal de estar secando, deve-se adicionar mais álcool. Por se tratar de vegetal avascular, as briófitas, não devem ser prensadas e nem mesmo desidratadas em estufa. Quanto aos liquens e fungos, segundo INPA/KEW (1998) apud FERREIRA (2006), quando secos em estufa são mais suscetíveis a ataques por insetos, recomenda-se antes de incorporar na coleção, que sejam tratados, de preferência por congelamento. Herbário e coleções de referência O herbário é uma coleção de plantas inteiras ou ramos com folhas, flores e frutos desidratadas, montadas geralmente em cartolina padrão com etiquetas contendo informações de coleta e número de registro, recebendo o nome de exsicata, conservadas de acordo com técnicas específicas. No herbário as amostras coletadas são identificadas, pela comparação com as amostras depositadas na coleção. Geralmente a coleção botânica é atualizada por especialistas de famílias, gêneros ou espécies, chamados de Taxonomistas. 42 As coleções de um herbário são as mais importantes ferramentas para o conhecimento sistemático e entendimento das relações evolutivas e fitogeografias da flora de uma região, para o desenvolvimento de pesquisas, dissertação, teses e monografias sobre os mais variados aspectos da Botânica. O sistema de manejo de herbário envolve vários processos como prensagem, secagem, montagem das amostras, registro, conservação, informatização, intercâmbio e atualização de exsicatas, aqui sugerimos ao professor, que monte uma equipe com seis alunos e divida as tarefas: dois para ajudar a coletar, dois para a prensagem e secamento e dois para a montagem, registros e conservação. 32 As etapas básicas para o manejo das coleções são: Montagem de exsicatas: as amostras são montadas em cartolinas rígidas e de preferência na cor branca. O tamanho será em função do local onde as amostras serão armazenadas, geralmente as coleções em herbário, são conservadas em armário de ferro, separadas em escaninhos, com tamanho médio de 35 X 45 X 20 cm. As informações de coleta devem constar em uma etiqueta, afixada no canto inferior direito da cartolina, no outro lado será lançado o número de registro da exsicata, o qual não deve repetir em coletas diferentes, funciona de forma semelhante ao número de coletor. O número de registro inicia no 1 até o infinito. Exemplo de etiqueta. HERBÁRIO DEPTº CIÊNCIAS FLORESTAIS UFSM – SANTA MARIA - RS - BRASIL HDCF. Nº 3222 FAM. FLAC
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved