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planejamento do layout de canteiro de obras, Notas de estudo de Cultura

Layoute - Layoute

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 25/09/2011

Francisco-Ferreira-Pires-9
Francisco-Ferreira-Pires-9 🇧🇷

4.8

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Baixe planejamento do layout de canteiro de obras e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! PLANEJAMENTO DO LAYOUT DE CANTEIROS DE OBRAS: APLICAÇÃO DO SLP (SYSTEMATIC LAYOUT PLANNING) Sérgio José Barbosa Elias Universidade Federal do Ceará - Campus do Pici, bloco 714, CEP 60.455-760, Fortaleza - CE Madalena Osório Leite Universidade Federal do Ceará - Rua General Dutra, 250, CEP 60.175-220, Fortaleza - CE. e-mail: madalenaleite@hotmail.com Regis Rafael Tavares da Silva Universidade Federal do Ceará - Rua Escrivão Azevedo, 811, bloco 05, apto. 108, CEP 60.820-000, Fortaleza - CE. e-mail: regisrafael@hotmail.com Luís Carlos Aguiar Lopes Porto Freire Engenharia e Incorporação Ltda. - Av. Expedicionários, 5571, CEP 60.410-410, Fortaleza - CE. ABSTRACT In order to survive in a highly competitive marketplace, some civil construction enterprises are implanting changes in its productive processes. This paper aims to demonstrate the application of the Systematic Layout Planning (SLP), MUTHER(1978), to the layout planning of building construction sites. Gerência da Construção Civil. Key words: civil construction, construction sites, layout planning. 1. INTRODUÇÃO O aumento da competitividade no setor da construção civil faz com que as empresas procurem eliminar todas as deficiências na gestão dos processos construtivos e na gerência dos recursos humanos, visando aumentar suas produtividades. Segundo SCHALK(1982), os fatores que influem no trabalho, e consequentemente na produtividade, são os seguintes: a) o ambiente não-físico; b) o desenho do produto; c) a matéria prima; d) o processo de sequência do trabalho; e) as instalações e os equipamentos; f) os instrumentos e as ferramentas; g) a disposição da área de trabalho; h) as ações dos trabalhadores; i) o ambiente físico geral. No caso do planejamento das instalações dos canteiros de obras de edificações, observa-se uma ausência de critérios e bases teóricas para a sua realização, o que acarreta diversos problemas que interferem no processo produtivo. Embora muitas das deficiências identificadas nos canteiros de obras terem origem em etapas anteriores do empreendimento, tais como falta de compatibilização de projetos e de procedimentos de execução dos serviços, existe um grande potencial de ganho na implantação de melhorias nos canteiros. O objetivo do planejamento do layout de um canteiro de obras é obter a melhor utilização do espaço disponível, locando ou arranjando operários, materiais e equipamentos, de forma que sejam criadas condições propícias para a realização de processos com eficiência, através de mudanças no sequenciamento de atividades, da redução de distâncias e tempos de deslocamento e da melhor preparação dos postos de trabalho. Segundo MOORE(1962), um projeto de layout ótimo é aquele que fornece a máxima satisfação para todas as partes envolvidas, resultando nos seguintes objetivos: a) simplificação total; b) minimizar custos de movimentação de materiais; c) implementar alta rotatividade de trabalho em processo; d) prover a efetiva utilização do espaço; e) prover a satisfação e segurança do trabalhador; f) evitar investimentos desnecessários de capital; g) estimular a efetiva utilização da mão de obra. Este trabalho tem por objetivo demonstrar a aplicação do SLP (Systematic Layout Planning), MUTHER(1978), ao projeto de layout de canteiros de obras. 2. SISTEMATIZAÇÃO DE PROJETOS DE ARRANJO FÍSICO O Sistema SPL (Systematic Layout Planning) é uma sistematização de projetos de arranjo físico. O mesmo consiste de uma estruturação de fases, de um modelo de procedimentos e de uma série de convenções para identificação, avaliação e visualização dos elementos e das áreas envolvidas no planejamento. Não se pode dizer que o modelo de procedimentos seja científico, pois o próprio planejamento de arranjo físico é considerado como um misto de arte e ciência. A sequência das fases do modelo de procedimentos está demonstrada na figura 1. Figura 1 - O sistema de procedimentos SPL SISTEMA DE PROCEDIMENTOS SPL Dados de Entada Fluxo de Materiais Inter-relações de Atividades Diagrama de Inter-relações Espaço Necessário Espaço Disponível Diagrama de Inter-relações de Espaços Considerações de Mudanças Limitações Práticas PLANO YPLANO X PLANO Z Avaliação PLANO SELECIONADO Para a visualização do fluxo de materiais em projetos de layout de canteiros de obras, utiliza-se o diagrama de fluxo. Para auxiliar na elaboração do fluxograma é recomendável a preparação de um esboço do processo e da sequência de fabricação dos produtos. Quando os materiais utilizados são similares, pode-se adotar, por exemplo, para medir a intensidade ou magnitude do fluxo, o número de viagens dos operários entre os pontos de contato. Este cálculo pode ser feito através da quantidade de peças de transporte de materiais necessária para a confecção de um determinado produto e a velocidade com que são transportadas. As ligações que apresentarem maior número de contatos dos operários indicarão maior proximidade entre depósitos, células produtivas, meios de transporte vertical, entre outros. A consideração do fluxo isoladamente não é a melhor base para o planejamento das instalações de canteiros de obras. A carta de interligações preferenciais, demonstrada na figura 2, é a melhor maneira de integrar os serviços de apoio aos departamentos de produção. Essa carta é uma matriz triangular onde é representado o grau de proximidade e o tipo de inter-relação entre uma certa atividade e cada uma das outras. Os procedimentos para a construção de uma carta de interligações preferenciais estão descritos na tabela 2. PROCEDIMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO DA CARTA DE INTERLIGAÇÕES PREFERENCIAIS 1. Identificar todas as atividades: a) fazer uma lista de departamentos, áreas, operações ou características e fazer com que os chefes e supervisores de cada departamento verifiquem a abrangência e terminologia da lista; b) agrupar as atividades semelhantes num diagrama de organização; c) não utilizar mais de quarenta e cinco atividades numa carta. Reunir essas atividades em grupos, segundo algum critério. 2. Listar as atividades numa carta de interligações preferenciais: a) estabelecer as operações produtivas primeiro, depois os serviços de apoio; b) incluir características de prédios e terrenos. 3. Determinar as interligações entre cada par de atividades e as razões para isso. Isso pode ser feito: a) pelo conhecimento do projetista das práticas de operação; b) levando em conta todas as considerações, ou razões, da mesma forma que no caso do fluxo de materiais; c) discutindo com os chefes e supervisores de departamento; d) através de explicações em grupo e utilização de folhas de inter-ligações; e) através de discussões em grupo, reunindo os chefes principais. 4. Colocar todos os dados na carta, pois ela será a base principal para o planejamento das instalações: a) a carta funcionará como um lista de verificação, assegurando que todas as atividades foram listadas, bem como suas inter-relações com as demais; b) conseguir aprovação. Tabela 2 - Procedimentos para a construção da carta de interligações preferenciais Figura 2 - Carta de interligações preferenciais A partir das relações de fluxo de materiais, combinadas com a carta de interligações preferenciais, inicia-se a construção do diagrama de inter-relações. Cada área departamental do canteiro de obras é representada por um retângulo e a intensidade do 2. Máquina policorte 1. Guarita de entrada 21. Elevadores de carga 20. Entrada brita 19. Entrada areia e cimento 18. Depósito de tijolos 17. Depósito de entulho 16. WC mestre de obra 15. WC engenharia 14. WC's coletivos 10. Sala recursos humanos 12. Sala mestre de obra 11. Sala engenharia 8. Depósito de brita 7. Depósito de areia 6. Depósito de cimento 5. Almoxarifado 4. Bancada dobra aço 3. Depósito de aço 9. Betoneiras 13. Refeitório 18 17 13 14 20 19 21 17 18 15 16 6 8 10 11 12 9 7 3 19 4 5 1 2 21 20 9 2 U 1 5 7 6 8 3 4 16 15 12 11 10 14 13 A I U I O O UO I O O XUU O XXUU O X X U XO UX U U E O X O X U EA U U O X E U O X OO U UUXUOXA A X X O X U U U IUUUIXUX UUUUXOUX U X X X U U O U O U I X X X U U UU U UI X UX X U U U U U A O X U U U UI U O OO UOUUXUU U U I X U O OO I OO A UU A E I X O U X U O AE OAX UX AA U X X U U U A UU X UU A I X U U U U UUUUX X U U U U U U UU O U U U UU U U U U U I I E I I ProximidadeValor Nº de Interligações A absolutamente necessária 13 muito importanteE 6 importante I 16 O pouco importante 32 U desprezível 101 indesejável X 42 N x (N-1) 2 210 N − nº de atividades 3 1 2 Razão Importância Inter-relação entre 1 e 3 Cód. Razões para o grau de proximidade 1 Fluxo de material Necessidade de contato pessoal2 3 Utilização equipamentos comuns 4 Pessoal em comum 5 Supervisão ou controle 6 Frequentes contatos 7 Custo distribuição suprimentos 8 Utilização mesmos suprimentos 9 Conveniências pessoal / higiene 1 1,4 1,4 5 551,4 5 1 5 1 9 5 1 1 5 1 1 1,4,7 5 1 9 1,4,7 5 5 9 1 1,4,7 1,4,7 5 9 1,4,7 9 5,9 9 1,4,7 9 9 2,6 9 9 9 1 1 9 5 9 1 9 9 9 1 2 9 9 9 2 9 9 9 2,5 2 9 1 1 9 3 1 1 9 9 1,4,53 1 1,7 5 9 3 1,9 1,4,5 1 9 5 9 1,9 1,9 1,7,8 9 9 9 1,7 1,9 1,7,8 9 9 1,7,8 9 1,7,8 9 9 9 9 1 1,7 1 1,7 1,7 1 CARTA DE INTERLIGAÇÕES PREFERENCIAIS Total = fluxo pelas linhas que ligam cada par de departamentos. Desenha-se, primeiramente, as interligações classe “A”, como por exemplo, as ligações entre as betoneiras e os depósitos de brita e areia. Depois das inter-relações classe “A” estarem diagramadas e rearranjadas, as relações da classe “E” são acrescentadas. O mesmo deve ser feito para as inter-relações classe “I”, “O” e “U”. O diagrama acabado representa a interligação teórica ideal das atividades, independente da área necessária para cada um dos departamentos. Para a determinação dos espaços necessários para os diversos departamentos das instalações de um canteiro de obras, utiliza-se o método numérico. Em essência, o método faz a determinação da área de cada elemento de espaço, multiplica-a pelo número de elementos necessários para a realização do trabalho e adiciona um espaço extra. Para projetos de layout de canteiros de obras, cada equipamento é listado, anotando-se a área ocupada pela máquina, a área de trabalho do operador e a área para a colocação dos materiais. Por exemplo, no dimensionamento da área total para a instalação de uma betoneira deve constar a área do equipamento, a área necessária para a máquina ser colocada em funcionamento e para ser suprida de aglomerantes e agregados utilizados na produção de argamassas e concretos. A determinação do número de máquinas deve incluir várias considerações além da capacidade de operação das próprias máquinas. Fatores como horas de trabalho disponíveis para operação, preparação e frequência das operações, tempos perdidos por várias razões, refugos de produção, picos de produção, afetam na determinação da quantidade de máquinas necessárias. Para se calcular a quantidade de elevadores de carga de uma obra, por exemplo, deve-se conhecer a velocidade e a capacidade de transporte, a quantidade e o tipo de material a ser transportado, o tempo de carga e descarga, entre outros. Após o cálculo dos espaços necessários para cada departamento e célula de produção, ajusta-se as áreas encontradas de acordo com os espaços disponíveis no canteiro de obras. O diagrama de inter-relações de espaços deve ser baseado no diagrama de inter-relações, agora com os departamentos desenhados em escala de acordo com o espaço determinado. Cada projeto de canteiro de obras terá uma lista diferente de considerações. O sistema de manuseio e os recursos de armazenamento são as considerações mais importantes e, de acordo com o sistema escolhido, o diagrama de inter-relações poderá ser modificado. Quando os requerimentos de espaços para a armazenagem são estabelecidos, tem-se alguma idéia sobre a forma de estocagem dos materiais. De qualquer maneira, o projeto de layout deve ser reexaminado à luz do diagrama de inter-relações de espaços e de outras considerações de mudança com os quais os recursos de armazenagem se integram. As considerações que ditam restrições ao planejamento são as limitações práticas. A política da empresa, as normas trabalhistas, as características físicas da localização da obra, entre outras, exercem limitações no arranjo físico. Em qualquer caso, através da integração das considerações de mudança ao diagrama de inter-relações de espaços e através da retirada das alternativas impraticáveis, pode-se alcançar de dois a três planos. O próximo passo será determinar qual deles será selecionado, utilizando um dos processos de escolha já mencionados anteriormente. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Já é possível encontrar, na realidade dos canteiros de obras de algumas empresas construtoras brasileiras, uma série de modificações nos processos construtivos utilizados,
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