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Manual para a Boa Execução
de Estruturas Protendidas
Usando Cordoalhas
de Aço Engraxadas
e Plastificadas.
[Es
Engº Eugenio Luiz Cauduro
Apresen
Este manual não se refere ao cálculo. Fornece informações úteis tanto para o principiante quanto
para o engenheiro experimentado, mas viciado pelo procedimento indiscriminado de mestres e
operários antigos que já conhecem tudo sobre protensão. Poderia ser interpretado como “Faça
você mesmo, apesar de não ter tido um curso completo sobre protensão”. Ou então: "Tome a pro-
tensão uma atividade simples e sem mistérios”. É realmente a finalidade deste manual. Tira toda
sua inibição contra algo que lhe possa parecer intransponível. Torna tudo tão simples que você só
precisa saber ler. As figuras mostram tudo de maneira tão clara e simples que até mesmo um leigo.
consegue entender como se faz. Não saberá, entretanto, projetar uma obra ou conceber algo com
a Segurança exigida, mas poderá perceber alguns erros que chamem bastante a atenção ou
exageros que fujam à prática usual.
O Capítulo 2 serve como complementação ao que o engenheiro de obra já conhece. É uma espé-
cie de recordação dos conceitos, Ele pode executar bem uma obra, seguindo todas as recomen-
diações, como se estivesse diante de uma receita sem se interessar pela sua origem. Desejando
se aprimorar, o engenheiro pode voltar ao manual € ler esse capítulo para relembrar os
conhecimentos.
Os Capítulos 3 a 6 mostram alguns erros que ocorrem com maior frequência e que podem ser evi-
tados, desde que se saiba que possam ocorrer. Alguns desses erros já vêm do projeto e podem
ser detectados antes da execução deficiente. Para isso, a leitura do item 6.8.2 pode ser útil tanto
para o projetista quanto para o executor.
Os Capítulos 9 e 10 so teferem à aplicação da protensão e sua medida. Alerta ao executor sobre
o que nunca deve ser feito. Podo parecer óbvio para o engenheiro experimentado, mas ele
mesmo não se lembraria de alertar seus auxiliares, pois nem passaria pela sua mente que alguém
pudesse cometer tais barbaridades.
Quando algo não dá certo na obra, muitas vezes o engenheiro fica atordoado e sem saber o que
fazer. Sua tendência natural pode não ser a melhor solução. Quebrar o concreto para substituir um
cabo pode ser pior do que aceitar uma protensão deficiente. É necessário colocar nos pratos de
uma balança os prós e os contras de qualquer procedimento, levando em consideração o custo
e o tempo perdido. A substituição de um cabo por outro de menor diâmetro pode ser a melhor
solução, mesmo que a protensão efetiva aplicada seja inferior à prescrita pelo cálculo. Neste caso
é indispensável ouvira opinião do projetista. O manual fornece “dicas! para resolver muitos casos
frequentes, mas não pode prever tudo o que acontece. O leitor, diante dos conhecimentos adquiri-
dos com a leitura do manual, pode e deve raciocinar e criar seu próprio julgamento.
Manut
vas Protencidas Usando Cordoeihas de Ago Engraxacas e E
Ea
O principal mercado que se abriu foi o da construção de edifícios residenciais, que encontrou
na protensão leve uma alternativa prática, rápida e econômica para o tradicional concreto
armado.
Edifícios com vãos de 3 a 5 metros feitos em laje maciça sem vigas tomaram-so competitivos e
de maior qualidade executiva que os de concreto armado.
Viabilização surpreendente aconteceu no mercado de pisos comerciais, industriais e de “radiers”
para fundações, desde os para residências populares e de classe média até os edifícios de mais
de 15 andares.
O baixo coeficiente de atrito (0,07) cabo/bainha plástica auxiliado pela graxa protetora encontrou
um uso ideal nos silos & reservatórios cilíndricos, nos quais o formato circular dos cabos provo-
cava grandes perdas por atrito quando era usada a protensão tradicional (cosficiente de atrito igual
a 0,24). Com a cordoalha engraxada os cabos agora podem percorrer 360º sem perda de força
significativa.
Nesses cinco anos, desde o lançamento dessa cordoslha no mercado brasileiro, diversas novas
empresas de protensão surgiram em quase todos os Estados do Brasil, as quais, junto com as
empresas tradicionais de protensão, dão cobertura às obras em todo o território nacional. Isso
mostra a extrema simplicidade do sistema não aderente.
A facilidade executiva desse sistema, no entanto, pode levar à errada suposição de que qualquer
pessoa mediamente iniciada no processo pode tocar uma obra de protensão com segurança. No
entanto, a protensão continua sendo um assunto técnico e assim deve ser tratado. A mão-de-obra
envolvida deve ser muito bem treinada e orientada por um profissional experiente que tenha.
somente essa incumbência na obra e que nela permaneça durante todo o tempo de construção
da estrutura. A improvisação pode ser muito perigosa.
O objetivo deste manual é fornecer informações sobre a protensão não aderente ao projetista
estrutural, ao engenheiro responsável pela obra, às empresas de protensão, aos encarregados da
obra e aos fiscalizadores/laboratórios.
As sugestões aqui apresentadas representam a experiência do autor no assunto protensão e são
baseadas em diversos artigos e publicações inglesas e norte-americanas, principalmente as do
PTI - Post-Tensioning Institute, entidade dos Estados Unidos da América que congrega projetis-
tas, usuários e empresas de protensão de todo o mundo.
Menvei pera a Boa Execução do Estunras Prterdidas Usando Condosinas de A
Responsabilid
Projetos específicos e práticas de montagem, de protensão e de acabamento são únicos para
cada obra e são de responsabilidade dos engenheiros e proprietários. Este manual não pretende
ser especificação detalhada a respeito de procedimentos seguros em canteiros de obras,
manuseio e montagem. A colocação e montagem de sistemas de protensão em monocor-
doalhas não aderentes pós-tracionadas são sujeitas a avaliações e critérios pessoais. As práticas
de segurança de projeto e montagem dos engenheiros, empreiteiros e proprietários deve, em cada
instância, controlar toda a atividade do pessoal de obra.
O autor não dá nenhuma garantia a respeito das recomendações contidas neste manual, incluin-
do as de qualidade, de manufatura e de segurança, expressas ou implícitas. O autor não é res-
ponsável por qualquer dano, incluindo aqueles consequentes do uso das recomendações deste.
manual
A incorporação como referência ou citação deste manual de instrução em quaisquer especifi-
cações, documentos de contrato, ordens de aquisição, desenhos ou detalhamentos de obra
deve ser feita sob risco daqueles que estão fazendo tal referência ou citação e não deve sujeitar
o autor a qualquer responsabilidade, direta ou indireta; e aqueles que fazem qualquer referência
ou citação devem deixar de lado qualquer reivindicação contra o autor
ul para a oa Execução de Estes eine ce atado e Plastficade
Agradecimentos
Ao José Geraldo Lúcio, dedicado funcionário da Cia.
Siderúrgica Belgo-Mineira, que despendeu seu tempo livre por
vários meses, traduzindo do inglês dezenas de páginas de lite-
ratura técnica americana.
Ao vanguardista projetista estrutural cearense Marcelo Silveira,
que gentilmente cedeu diversos desenhos com detalhes loca-
lizados das armações e ancoragens, os quais fazem parte deste
manual,
Ao Dr. Bijan O. Aalami, professor emérito da San Francisco State
University e presidente da ADAPT Corporation, que cedeu
inúmeros desenhos detalhados de projetos das Armaduras.
adecimento Especial
À minha esposa
Regina Helena, por sua
paciência, compreensão e
pelo sacrifício de muitas
horas de convívio e lazer.
Eng.º Eugenio Luiz Cauduro
Conteúdo
9. PROTENSÃO DO CABO
91. Geral n
82. Preparação para protensão n
9.3. Protendendo os cabos 72
8.4, Protensão de cabos em lajes sobre o solo 7
95. Procedimentos de segurança 7
2.8. Nunca faça 78
87. Perguntas a serem respondidas com sim" para inspeção antes,
durante e depois da protensão dos cabos 78
10, ALONGAMENTO
104. Geral so
102 Preparação EEE ion
10.3. Medição so
e o Er st
14. ACABAMENTO DOS CABOS
11.1. Corto da ponta dos cabos o
11.2. Grauteamento do nicho de protensão E
12. SISTEMAS ENCAPSULADOS
121. Geral sa
122. Propósito e finalidade sa
128. Fabricação de cabos encepsulados sa
12.4, Descarregamento de cabos encapsulados ER a
12.5. Manuseio de cabos encapsulados no canteiro de obra RR
128 Instalação de sistemas encapsulados. a
42.7. Acabamento do sistema encapsulado 85
13. CABOS BARREIRA
13.1. Geral se
182. Instalação dos cabos através dos pilares E as
188. Instalação cos cabosnabordadosplaes...
18.4. Considerações sobra protensão especial E
14. SOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO CANTEIRO DE OBRAS
141. Riscos io E
142. Prevenção dos problemas mais frequentes 9
148. Escorregamento da cordoalha e/ou macaco preso so
144. Bicheira no concreto ES a aa
145. Estouros (fompimentos do concreto) — sa
146. Ruptura da cordoslha (um ou mais fios) 4
147. Cabos curtos demais para serem protendidos usando o procedimento normal de protensão . 95
(EM Emendarnco cabos BEBE os
Ao Cunhas desuraçes E Rg
14.10. Procedimentos para verificação da força no cabo — Ra
1411. Equipamento parareparode cabos monocordoaha — og
15, APÊNDICE
15.1. Exemplo - Certificado do Aço Ram
152. Exemplo-Gráficortabela de caitxação domacaco am
153. Exemplo - Relatório das Operações de Protensão
15.4. Exemplo - Lista de verificação para inspetores
155. Reparo de cabos danificados em ambiente agressivo
Manual para a Bos Exec
Introdução Capítulo 1
1. INTRODUÇÃO
1.1 PROPÓSITO
Este manual foi desenvolvido:
* Para fornecer informações básicas e desenhos detalhados para uso de projetistas
* Para equalizar a linguagem entre projetistas, proprietários e executores de obras, interve-
nientes diversos, fiscalizadores e laboratórios
* Para fornecer orientação ao pessoal de campo envolvido na instalação, protensão e aca-
bamento dos cabos monocordoalhas não aderentes
* Para fornecer informações para inspeção de construções que utilizam cabos monocor-
doalhas não aderentes e contém extensas explanações sobre problemas de canteiro de
obras com este tipo de construção
Deve ser entendido que enquanto os detalhes e recomendações apresentados neste ma-
nual pretendem representar a prática geralmente aceita pelo mercado, as práticas das diferentes
empresas de protensão em itens específicos (em particular procedimentos de operação de
equipamentos de protensão) podem variar em relação às recomendações aqui apresentadas.
Caso ocorra qualquer conflito entre este manual e os documentos contratuais ou instruções
da empresa de protensão, estes devem sempre prevalecer, devido à responsabilidade das
empresas de protensão e seu envolvimento nas obras.
1.2 RESPONSABLIDADES
Responsabilidades pela instalação, protensão, acabamento de cabos não aderentes e super-
visão técnica do canteiro de obras devem estar claramente estabelecidas nos documentos de
contrato, especificações especiais do projeto e nos termos do contrato entre a construtora, a
empresa de protensão e o instalador.
1.3 DEFINIÇÕES
As definições dos termos usados neste manual são as seguintes:
Aço de Fretagem
Aço de reforço usado pera controlar as forças de tração desenvolvidas no concreto atrás das.
ancoragens, devido à compressão provocada pelo cabo, que se distribuem em todas as
direções.
Aço para Protensão
Aço de alta resistência que é usado para protender o con-
ereto, normalmente cordoalha formada por 7 (sete) fios. É o
elemento do cabo que é alongado e ancorado para pro-
mover a necessária força de protensão. Ao ser tracionado
a 75% da carga de ruptura, ou seja, perto de
15 toneladas, esse aço se alonga entre 6 e 7 milímetros por
metro, Assim esticado é fixado pelas ancoragens. Tentando
voltar ao comprimento inicial, ele comprime o concreto
através das ancoragens.
Mal pera a Boa Escecução ce Estniuras Protenidas Usando Cordoalhas de Ago Ergraxadas e Plasficades
Introdução Capítulo 1
Alongamento
Acréscimo de comprimento do aço de protensão (cordoalha) que ocorre sob aplicação da
força de protensão.
Ancoragem
Conjunto de peças mecânicas incluindo todos os componentes requeridos para ancorar (ixar)
o ago para protensão e transmitir permanentemente a força de protensão ao concreto.
Ancoragem Ativa/Passiva
Ancoragem da extremidade ativa do cabo que é usada para
tensionar e fixar o aço para protensão (cordoalha)
A mesma ancoragem, mais cunha, mais fôrma plástica é util-
zada como ancoragem passiva: quando a ancoragem fica
visível, mas nela não se coloca o macaco.
Ancoragem Intermediária
Uma ancoragem localizada em qualquer ponto ao longo
do comprimento do cabo, que pode ser usada para tensio-
nar um dado comprimento do cabo sem a necessidade de
cortá-lo. Normalmente usada em intervalos de concretagem
para possibilitar a antecipação da protensão e remoção da
fôrma.
Ancoragem Morta
Ancoragem da ponta final do cabo, normalmente colocada e
fixada numa das extremidades do cabo antes de este chegar
ao local da obra; não é usada para aplicar a protensão ao
cabo.
Agito Devido às Oscilações Inevitáveis
É o atrito causado por desvios horizontais e verticais não intencionais do cabo.
Bainha Plástica
Material de cobertura formando um revestimento no qual o aço de protensão (cordoalha) fica
contido para evitar a aderência durante a colocação do concreto, para promover proteção
contra a corrosão e conter o envolvimento de graxa inibidora de corrosão. É feita de polietileno
de alta densidade, que é extrudado diretamente sobre a cordoalha envolvida em graxa.
Balanço
Qualquer peça estrutural horizontal, projetada além do seu
apoio vertical.
Mauad para a Boa Esocução do Estunas Protendidas Usando Cordoalhas do Aço Engaaos o Pescados A |
Introdução Capítulo 1
Cordoalha
Arames de aço de alta resistência enrolados entre si ou ao redor de um fio central. Em cabos
não aderentes, a cordoalha de sete fios é usada quase que exclusivamente.
Cunhas
Peça de metal tronco-cônico com dentes que mordem o aço de protensão (cordoalha)
durante a transferência da força de protensão do macaco hidráulico para a ancoragem. Os
dentes são adogados na ponta mais fina para assegurar o desenvolvimento gradual da força.
do cabo sobre o comprimento da cunha. Cunhas bipartidas são normalmente usadas para
cabos monocordoalhas.
Deformação Lenta
Deformação dependente do tempo (encurtamento) do concreto sob tensão constante.
Desenhos de Instalação
Desenhos detalhados fornecidos pela firma de protensão ou projetista, contendo informações
como: número, diâmetro, comprimento, marcação, localização, alongamento e perfil de cada
cabo a ser colocado.
De Ê
Meio de liberar a força de protensão do cabo.
Dispositivo de Ancoragem Provisória ou de Supressão de Cabos
Placa de ancoragem especial usada para mudanças estru-
turais ou reparos dos cabos existentes. Tem um segmento
removível que permite colocá-la sobre a cordoalha existente.
O segmento é então recolocado e apertado com parafusos.
Documentos do Contrato
Além do próprio contrato, são as instruções, regras, desenhos de montagem, manuais, etc...
que são referidos no contrato entre o proprietário/construtor/empreiteiro/montador e
outros.
Emenda
Peça normalmente feita com molas que unem duas pontas
de cordoalhas e assim emendam e transferem a força de
protensão de ponta a ponta do cabo.
Encurtamento Elástico
Encurtamento da peça de concreto que ocorre imediatamente após a aplicação da força de
protensão.
snfuras Protendidas Usando Cordoalhas de Ag Engrexadas e Pastfcades
a Manual para a Bor:
Introdução Capítulo 1
Equipamento de Tensionamento
Consiste normalmente de macaco, bomba hidráulica de alta
pressão, mangueiras e manômetro de pressão.
Estouro
É o colapso (tompimento) do concreto durante ou após a protensão, devido a diversas
causas. Pode ser considerado como uma explosão.
Espaçador Continuo
Dispositivo contínuo usado para suportar os vergalhões e os
cabos na parte inferior das lajes e promover seu cobrimento
adequado.
Exiremidade Ativa
Ponta do cabo na qual a força de protensão é aplicada,
Na foto ao lado, pontas de cabos em colocação através das
ancoragens e da fôrma de borda metálica.
Ferramenta de Fixação Manual
Uma pequena peça manual usada para alinhar corretamente (fixar) as cunhas na placa de
ancoragem antes da colocação do macaco na cordoalha para protensão.
Fôrma de Borda
Usada para limitar a distribuição horizontal do concreto fresco em superfícies planas.
Fôrma para Nicho
Peça plástica de utilidade temporária usada na extremidade
ativa durante O lançamento do concreto para moldar uma
abertura (nicho) nele, que permita ao equipamento de pro-
tensão acessar a cavidade da placa de ancoragem.
Na foto ao lado, uma fôrma plástica para cabo utiizada para
atravessar a fôrma de borda com ângulo de 45º
Força
É o produto da massa de um objeto pela sua aceleração.
Menu poe a 80a Execução de Estruturas ProtendidasLisando Condodlhas do Aço Engranados a Pescados a
Introdução Capítulo 1
Força do Macaco
Força temporária exercida pelo macaco quando se introduz a força de protensão no concre-
to, tracionando-se o cabo.
Fôrma para Nicho Dividida
Peça plástica de uso temporário composta de duas partes, Usada em ancoragens interme-
diárias durante a moldagem do concreto para promover um nicho no concreto, permitindo
que o equipamento de protensão acesse a placa de ancoragem.
Instalador (Armador, “Gato de Armação”
Empresa fornecedora de mão-de-obra de armadores, que pode ser a mesma que corta, do-
bra e/ou monta (instala) as armaduras passivas de aço CA-50 e CA-60 da obra.
Kip
Um Kip = 1.000 libras força (um Kip = 4,44 kN)
Laço
Tipo de ancoragem passiva (também chamada de “morta”, pois é embutida no concreto sem
possibilidade de ser acessada) formada por uma cordoalha praticamente dobrada ao meio
fazendo um arco de circunferência de perto de 30 cm de diâmetro, muito usada na protensão
aderente. Não deve ser usada com cordoalhas engraxadas e plastificadas, a não ser que
sejam totalmente retiradas a capa plástica e a graxa em um comprimento de perto de 1,50 m
de cordoalha, para garantir sua aderência ao concreto.
Luva de Emenda Muttiuso
Uma emenda que usa uma cunha tripartida e é feita de material resistente o suficiente para
uso repetido.
Macaco
Dispositivo mecânico (normalmente hidráulico) usado para
aplicar força no cabo de protensão.
Miandiíbulas do Macaco
Cunhas usadas no macaco para segurar a cordoalha
durante a operação de protensão.
as Liançlo Cordolhas da Aço Engrasadas o Plasifizades
BR Manual pera a oa
Protensão
2. PROTENSÃO
2.1 CONHECIMENTO PRÁTICO DO CONCRETO PROTENDIDO
2.1.1 Concreto Protendido é o concreto armado ao qual se acrescenta mais um carregamen-
to através de cabos de protensão. São peças de concreto, tais como vigas e lajes, nas
quais tensões internas são induzidas por meio de aço de protensão.
2.1.2 Para entender os princípios do concreto protendido é importante estar ciente das capaci-
dades estruturais do aço e do concreto. O concreto é muito resistente à compressão, mas.
relativamente fraco na tração. Uma viga comum de concreto armado suporta uma carga
através de tensões de compressão desenvolvidas na sua parte superior e não resiste às.
tensões de tração na parte inferior, assim, ela fissura (Figura 2-1). Barras de aço de reforço
são colocadas na zona inferior para resistir à tração e controlar a fissuração.
RA
2
Compressão
us po sy
Figura 2-1 Viga comum de conereto armado
2.1.3 Olhando o corte transversal dessa mesma viga de concreto armado, a parte superior
está comprimida e a parte inferior, fissurada, está apenas segurando as barras de ago
na posição (Figura 2-2). As barras são bastante longas e frequentemente determinam,
quão larga a viga deve ser. O diagrama de tensões (Figura 2-2) dará a você uma boa
idéia do que está acontecendo com essa viga. O concreto na parte superior não fissu-
rada da viga está comprimido, partindo de zero onde a fissura se inicia até o seu valor
máximo junto à face superior. O concreto na parte inferior da viga está tracionado e toda
essa tração é suportada pelos vergalhões.
ESA Concreto
E E
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de concreto armado
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Menu para a oa Execução do Esruturas Pre
Protensão
21.4 Considere uma cordoalha de aço de alta resistência com tensão de ruptura de
190 kgiimm” [ 1860 MPa ], que. tracionamos dentro do seu limite elástico de aproxi-
madamente 142 kgl/mmé [ 1490 MPa ] (Figura 2-3). Se. tivéssemos que liberar essa
tensão, o aço retomaria ao seu comprimento original
1 I
| Tensão de 1490 MPa |
de
ria 190 gi
2.1.5 Em concreto pós-tracionado, até que o concreto durante a cura atinja aproximada-
mente 75% de sua resistência total, o cabo não é puxado (tensionado). Entretanto,
ambos, concreto e cabo, não têm qualquer tensão (Figura 2-4.1)
Tensão (MPa) Força (any
oompa 4 oo
Estado antes da protensão
Cabo
tracionado,
'
E voos qi
Figura 2 ' 1
n Concreto comprimido mt
te E St
“ Estado quando protendido 1
!
'
!
!
!
'
Figura 2-4.3 msomea i[E— — E
> Estado após ação das cunhas
!
nt '
!
!
'
'
i
Figura 2-44 '
fiada essma | o
Protensão
Tracione (alongue) o cabo até 147 KN (1490 MPa para a cordoalha de 12,70 mm), que
é 0 seu limite elástico, apoiando o macaco hidráulico no concreto e reagindo contra ele,
comprimindo-o. Agora o cabo está tracionado e o concreto comprimido (Figura 2-4.2).
No próximo passo, as cunhas das ancoragens mordem o cabo quando o macaco o
solta. Nessa transição, o alongamento inicial do cabo é parcialmente diminuído devido
à cravação das cunhas ('Perda por Acomodação da Cunha"), assim como uma
pequena porção da força inicial aplicada é perdida pelo encurtamento elástico do con-
creto e do atrito do cabo. Isso reduz a tensão do cabo para aproximadamente 128 kN
(1305 MPa para a cordoalha de 12,70 mm) (Figura 2-4.9).
Então, por um longo período de tempo (de 1 a 5 anos), outro volume de mudanças
ocorre no concreto. O aço irá relaxar ligeiramente, resultando em uma tensão final
depois de todas as perdas de aproximadamente 118 kN (1195 MPa para a cordoalha
de 12,70 mm) (Figura 2-4.4),
2.1.6 Um diagrama de tensão ilustraria alguma coisa como o esboço mostrado na parte
superior da Figura 2-5. Aplicamos uma força horizontal no centro da viga, que resultou
em uma tensão de compressão uniforme na seção transversal. Cada cm está resistin-
do a uma mesma força. Nota-se que, ao contrário da distribuição de tensão no con-
creto armado, a viga protendida utiliza a totalidade da seção.
No diagrama inferior, a força de protensão é movida para baixo, a 1/3 da altura
O resultado é tensão zero na parto superior e duas vezes a compressão original na parte
inferior. Assim, criamos uma reserva consicierável de tensão de compressão na parte
inferior da viga, que pode ser usada para contrabalançar as tensões de tração resul-
tantes das cargas que forem aplicadas.
Ee
; to
h2
MPa)
Na ni
(1.4 MPa)
Figura 2-5 Diagrama
Protensão Capítulo 2
2.1.10A sequência de construção em pós-tração também é diferente daquela usada na pré-
tração. Primeiro, conforme mostrado na Figura 2-8, as fôrmas são erguidas e os cabos
de pós-tração ainda não tensionados são colocados na fórma em seus devidos lugares.
As barras de aço comum aderente também são colocadas nos locais especificados e
todo o aço é seguramente amarrado na posição definida pelo engenheiro estrutural.
Nesse caso foram usadas as cordoalhas com graxa inibidora de corrosão e revestidas
com uma bainha de polistleno de alta densidade.
Figura 2-8 Cabos posicionados nas fórmas em
faixas e distribuídos regularmente
2.1.1 No próximo passo, o concreto é colocado na fôrma envolvendo os cabos até atingir o
grau de endurecimento necessário (por exemplo, o concreto é colocado na sexta-feira
e protendido na segunda-feira) (Figura 2-9).
Figura 2-9 Lançamento do concreto
Ea Manual para à oa Execução de Estruturas Protendidas Lisando Corcoalhas de
Protensão Capítulo 2
2.1.12 Depois que o concreto endureceu, o aço de protensão (separado do concreto pela
bainha de polietileno) é tensionado por um macaco hidráulico que se apóia diretamente
na placa de ancoragem embutida no concreto endurecido (Figura 2-10). A força no ago
é então transferida para o concreto através dos dispositivos de ancoragem nas extre-
midades do elemento estrutura!
21.13 Algumas vantagens do concreto protendido pós-tracionado:
1. Efetivo e eficiente uso de materiais de alta resistência (concreto e aço)
2. Seções mais esbeltas e leves, permitindo estruturas mais atraentes
3. Redução da altura total do edifício pela ausência de vigas (economizando revesti-
mentos externos e outros materiais e serviços)
4. A tedução do peso total ou de partes do edifício diminui o custo das fundações
. Redução do número de pilares e das cargas nas paredes de contraventamento,
economizando material
. O peso menor permite que as cargas devidas a abalos sísmicos sejam reduzidas.
. Vãos longos mais econômicos (menor número de pilares)
à. Melhor controle das flechas.
9. Redução das fissuras
10. Construção impermeável
11. Baixo custo da construção resistente ao fogo
12. Custos de manutenção reduzidos
13. Custo de vida útil mais baixo
14. Fôrmas simples e de fácil montagem/desmontagem, resultando em menos mão-de-
obra, rapidez na execução e enorme economia
15. A ausência de vigas e a concretagem dos pilares antes da laje resulta em aumento
da precisão e da qualidade da estrutura.
16. Facilidade de execução dos processos a jusante da estrutura, resultando em menor
custo do edifício (muito importante)
a
e no
Manual pera a Bica Execução de Esimras Protencies Usando O
Protensão Capftu
pn
&
2.1.140 concreto protendido pós-tracionado proporciona as seguintes vantagens em relação
ao concreto protendido pré-tracionado:
1. Continuidade estrutural dos componentes (dificil de executar na pré-tração)
2. Protensão em estágios
8. Protensão no campo
4. Perdas de protensão reduzidas
5. Conexões em campo para elementos pré-moldados
8. Construção em áreas limitadas ou de acesso restrito
7. Uso de mão-de-obra e materiais locais
8. Uso de cabos com catenária, diminuindo o custo da armadura frouxa
TEORIA
As estruturas de concreto em pórtico são basicamente de dois tipos:
1. Laje armada em uma direção ou nenvutas apoiadas em vigas suportadas por pilares/
paredes.
2. Lajes armadas em duas direções, com ou sem capitéis, suportadas por pilares/paredes.
Os elementos ou componentes dessas estruturas, sejam lajes, nervuras, vigas, pilares e pare-
des, suportam as cargas neles colocadas e permanecem tensionados em cortante, tração
efou compressão.
O concreto usado nesses elementos é naturalmente eficiente em relação às tensões de com-
pressão, enquanto os cabos pós-tracionados e as barras de aço comum são naturalmente
eficientes em relação às tensões de tração (Figura 2-2). Deste modo, usando esses dois.
materiais em combinação, pode-se criar uma estrutura econômica, segura e muito compe-
titiva em relação a outros materiais.
EA!
3 PROTENSÃO PARA SE OBTER UM BALAN ENTO DE CARGAS
Um conceito útil é principalmente visualizar a protensão como uma tentativa de balancear as
cargas sobre um componente da estrutura (Figura 2-11). Um componente tal como uma laje.
ou viga, sob a ação de seu peso próprio ou sob a ação de seu peso e de uma carga uniforme
(Waplicada ) sofra flecha para baixo. Quando os cabos são colocados em um determinado
componente formando uma curva parabólica e tracionados, eles exercem uma carga uni-
forme para cima ( Wpalanceada ) Sobre o componente. Pode ser calculado o montante de
tracionamento ou o número de cabos requeridos para contrabalançar toda ou parte da carga
da gravidade para baixo.
PLLLRLLLLLLLLLAGLLIGL LA crtacscacos
0 Cabo perabóico b
Ed
(Mpalanceadas |
E Cargas balanoeadas uniformes
um
Figura 2-11 Conceito de forças es
tendido
“componente em concreto pro!
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Fabricação Capítulo 3
3. FABRICAÇÃO
3.1 FABRICAÇÃO DAS CORDOALHAS
Os procedimentos de fabricação de cabos não aderentes devem estar de acordo com as exi-
gências do Instituto da Pós-Tração americano (PTI, "Especificações para Cabos Monocor-
doalha Não Aderentes", publicado em julho de 1993
O primeiro passo no processo de fabricação é o cobrimento da cordoalha com graxa
(Figura 3-1).
Beinha Graxa Cordoaha
AN
Figura 3-1 Cordoalha coberta de graxa
revestida com bainha plástica
s
Acordoalha de aço é a mesma utilizada na protensão aderente. Depois de fabricada em com-
primento de aproximadamente 11.000 metros, ela é levada ao equipamento de engraxa-
mento e extrusão do plástico (Figura 3-2).
E
K
Figura 3-2 Rolo de cordoalha nua
li LIsanco Contos
e Aço Engrasadas e Pescados a
Fabricação Capítulo 3
A cordoalha nua é coberta com graxa inibidora de corrosão e então revestida com a bainha
plástica (Figura 3-3). O processo começa passando a cordoalha por um aplicador de graxa
que recobre a cordoalha uniformemente com a quantidade exata de graxa inibidora de cor-
rosão. A cordoalha coberta de graxa segue pela máquina extrusora, que aplica e regula a
espessura adequada de plástico derretido. Posteriormente a cordoalha passa por uma
canaleta de água para que seja resfriada antes de ser novamente entolada.
A bobina de 11 t com a cordoalha revestida pela bainha plástica (Figura 3-4) é então transferi-
da para a linha de corte, onde é cortada em bobinas menores, de até 3 t, para despacho aos
clientes (Figura 3-44).
Figura 3-4 Bobina com 11t Figura 3-4A Bobina com 3 t de cordoalha
de cordoalha plastificada pronta para despacho
a FABRICAÇÃO DOS CABOS
Recebidas as bobinas, a firma de protensão ou a própria obra providencia o corte das cor-
doalhas nos comprimentos do projeto. Em seguida recebem uma ancoragem prá-cravada
em uma das extremidades formando cabos monocordoalhas. São então etiquetados e iden-
tificados para transporte.
Ea Manual para a Boa Esocuçé
“lo Estnuurs Poemas Usando
ordoslhas de Aa Engravaras e Pasticades.
Fabricação Capítulo 3
Todo cuidado deve ser tomado para assegurar que as ancoragens passivas estejam fixadas
de acordo com as diretrizes da firma de protensão. Os cabos cortados e enrolados são cin-
tados juntos usando uma amarração de ago com um material de proteção entre os cabos
enrolados e a amarração, pois, assim, a bainha plástica não será danificada (Figura 3-5).
Todos os cabos enrolados devem ser identificados com o nome dia obra, número do pavi-
mento, concretagem, etc. Só então os cabos enrolados são carregados em caminhões e
remetidos para o canteiro de obras (Figura 3-6). Uma vez entregues, o armazenamento,
o manuseio & a colocação dos cabos é de responsabilidade da construtora eJou do
instalador.
Figura 3-5 Estoque de cabos cortados Figura 3-6 Má condição do estoque
é enrolados, com ancoragens pré-blocadas, na obra dos cabos cortados
devidamente etiquetados. Amarração com
arame cabo a cabo.
Para amarração de conjuntos de cabos
deve ser usada cinta protetora para não
danificar a bainha plástica
Figura 3-7 Cores identificam comprimentos
Para facilitar a identificação dos cabos e seus respectivos comprimentos, alguns projetistas
estruturais já definem em seus projetos a marcação dos cabos com tinta spray por meio de
uma combinação de três cores. Assim o instalador pode identificar mais facilmente a dife-
rença de comprimento entre os cabos (Figura 3-7).
Marsl para & Boa Execução de Estas ProtenciasUsenrlo Cordosihas de io Engraxacas e Prasficadas
Entrega, Recepção, Manuseio e Estocagem Capítu
OS
5. ENTREGA, RECEPÇÃO, MANUSEIO E ESTOCAGEM
5.1 ENTREGA E ACEITAÇÃO
1. Quando o ago é cortado fora do local da obra, todos os cabos enrolados devem ser iden-
tíficados com o nome da obra, número do pavimento, número da concretagem, etc.
. Após a entrega é responsabilidade do comprador zelar pela integridade dos materiais
& equipamentos para satisfazer as especificações e documentos de contrato. O com-
prador normalmente transfere a responsabilidade ao instalador.
É responsabilidade do instalador conferir o material entregue em relação à lista de
remessas no momento em que ele é descarregado. Discrepâncias quanto ao mate-
rial entregue devem ser relatadas pelo construtor ou seu designado imediatamente após
a descoberta. Falha em providenciar a notificação em tempo hábil pode limitar os direitos
do comprador de recorrer e resultar em extensão do prazo da obra.
5.2 MANUSEIO E ESTOCAGEM
1. Durante o processo de descarga tenha cuidado para não danificar a bainha plástica. É
recomendado o uso de correia de náilon durante a descarga e manuseio dos materiais. A
correia de náilon nunca deve estrangular no manuseio dos cabos de aço de protensão
enrolados, sempre envolvendo o rolo com a correia e passando-a pelo centro dele.
Enganche cada alça da correia no equipamento de igamento. Não use correntes ou gan-
chos para descarregar os cabos, pois isso pode resultar em danos severos a eles.
to
O processo de descarga deve ser efetuado tão próximo quanto possível da área de
armazenamento para evitar manuseio excessivo dos materiais. Múltiplas movimentações
de estoque aumentam a possibilidade de danificar a bainha plástica e outros compo-
nentes do sistema.
3. Todos os cabos devem ser estocados em uma área seca sobre um estrado para mantê-
los isolados do solo. Se forem usadas lonas plásticas para cobri-los, é responsabilidade
do instalador mantê-los cobertos. Quando usadas lonas para proteção dos cabos, elas
devem ser colocadas formando uma tencia para permitir a livre circulação do ar por entre
os cabos enrolados para ovitar a corrosão em consegliência da condensação que se
forma embaixo da lona. Os cabos não devem ser expostos à água, sal ou outro tipo de
elemento corrosivo. Quando o armazenamento por um longo prazo é necessário, os
cabos devem ser protegidos da exposição à luz do sol por longos períocos de tempo. O
correto armazenamento do material no canteiro de obras é fundamental para a integridade
dos sistemas de pós-tração não aderente.
»
As cunhas e as ancoragens devem ser estocadas em uma área limpa e seca e identif-
cadas por pavimento e/ou sequência de concretagem. Esses materiais somente devem
ser usados na concretagem programada para elas. Caso as peças programadas para uma
concretagem sejam usadas em outra concretagem, o instalador deve notificar a mudança
com o propósito de rastreamento. Qualquer movimento de ancoragens e cunhas no can-
teiro de obras deve ser feito com cuidado para preservar o rastreamento do lote.
o
. O macaco é o manômetro da bomba não podem ser separados. Ambos são calibrados
como se fossem um só equipamento.
Manual para a Boa Extucução ce Esináures Protencias Us
Oordloahas da Ago Engyancades o Plesticadas
Entrega, Recepção, Manuseio e Estocagem
Ce
Lap
q
ftul
6
a
o
GD = Essas informações estão
Manual para a Be
Confira imediatamente os registros de calibração do macaco, os quais podem ser enviados.
separadamente ou podem estar com o romaneio. Localize no manômetro da bomba e no
macaco o número correspondente ao registro de calibração. Macacos e manômetros das.
bombas devem ser calibrados antes de remetidos à obra. Caso haja qualquer discrepância,
contate a firma de protensão para resolução. Não espere até o dia da protensão para iden-
tificar um problema.
Guarde o equipamento de protensão em um lugar seguro, limpo e seco e permita que o
acesso aos equipamentos seja feito apenas por pessoal treinado e qualificado.
Siga as regras da firma de protensão e instruções relativas ao cuidado, ao uso e à manu-
tenção desses equipamentos. Os equipamentos de protensão não devem ser usados em
qualquer outra operação que não a protensão dos cabos.
lsponívels no GD e podem ser alteradas ao seu critério.
ção ce Estruturas Protendidas Us
Condoalhes de Aço Engracadas e Prastlicadas
Montagem do Sistema na Obra Capítulo 6
6. MONTAGEM DO SISTENIA NA OBRA
6.1 GERAL
AA montagem dos cabos monocordoalha não aderentes é crítica para a performance da estru-
tura na qual eles estão incorporados. O uso de tais cabos proporciona muitas vantagens
tanto no custo quanto no nível de melhora da performance das estruturas de concreto, quan-
do elas são propriamente projetadas e montadas. Este capítulo fornece informações aos.
profissionais de campo envolvidos no processo de montagem.
6.2 COORDENAÇÃO DAS FUNÇÕES RELACIONADAS
Enquanto este capítulo trata da instalação de cabos monocordoalha não aderentes, a mon-
tagem propriamente dita requer cuidado coordenado de muitas funções independentes,
abordadas em vários capítulos deste manual. Indiferentemente de quem assumiu a respon-
sabilidade pela montagem (firma de protensão, construtora ou subcontratada, é impor-
tante que as seguintes áreas de responsabilidade sejam incluídas no controle das partes.
nomeadas:
1. Conferência e aceitação dos materiais entregues
2. Manuseio e armazenamento no local
3. Revisão de todos os documentos pertinentes antes da montagem e coordenação com
outros empreiteiros
4. Segurança relativa ao local
Montagem dos cabos monocordoalha não aderentes, ancoragens e acessórios. Os insta-
ladores são responsáveis por todo o esquema de montagem
Montagem de todo o aço de reforço
Inspeção da montagem antes da concretagem (ver seção 6.7)
Supervisão das operações de lançamento do concreto
Protensão — inclui preparação, protensão e corte da ponta dos cabos
O. Guarda dos registros gerais — inclui registro de etiquetas de remessas e entregas, de-
senhos de construção, desenhos e relatórios de “como construída” e manutenção de re-
gistros de protensão. Quando um laboratório de inspeção é contratado para manter uma
supervisão e anotação da operação de protensão, a firma de protensão pode manter (se
desejar) registros de protensão independentes com o propósito de auxiliar
o
gens
Nota
O item 7 deve ser executado pelo instalador antes de outras inspeções (por arquitetos,
engenheiros, inspetor, laboratório independente, etc), para assegurar que esteja em
completa concordância com os projetos é especificações.
Se qualquer uma das responsabiidades acima estiver sendo compartilhada ou organizada
por diferentes partes, a coordenação e garantia da qualidade podem ficar comprometidas,
devendo ser, em princípio, função da Construtora.
ão de Estrfuras Protendide Lisando Cordoalhes de Aco Engrexacdas e Plsticados
Ea Menval paras
Montagem do Sistema na Obra Capítulo 6
9. Selecione os cabos para locação pelo número marcado e/ou código de cores, conforme
mostrado nos desenhos de instalação.
10. Nas lajes cogumelo armadas em duas direções de cabos em faixa, a menos que os
desenhos de montagem especifiquem o contrário, coloque primeiro os cabos de dis-
tribuição uniforme sobre cada pilar, conforme mostrado nos desenhos de montagem da
pós-tração (mínimo de dois cabos). Desenrole os cabos em faixa seguidos dos cabos
uniformes restantes. Estenda os cabos no local próprio iniciando pela extremidade pas-
siva em direção à extremidade ativa.
Se o cabo não for tracionado em ambos os lados, ao desenrolá-lo você deve deixar
uma ponta suficiente do lado de fora da fôrma de borda de cada extremidade ativa
(800 mm, a menos que esteja especificado o contrário). Se mais de 300 mm forem
deixados em uma das extremidades, a outra extremidade pode ficar curta. Verifique nos
desenhos de montagem da pós-tração a respeito destas dimensões.
Se os cabos tiverem uma ancoragem ativa intermediária, eles devem ser estendidos até
este local. O resto do cabo deve permanecer enrolado, amarrado e protegido até que
tenha início a preparação para a próxima concretagem.
Nos casos em que a seção do meio é concretada primeiro, como por exemplo em uma laje
com três seções, uma ponta do cabo deve ser montada na fôrma de borda da primeira
ou da última seção, para assegurar que a ponta estará disponível para tracionamento
pela outra extremidade da seção.
11. Depois que os cabos estiverem distribuídos, remova a bainha do final do cabo na extre-
midade ativa para permitir que a cordoalha seja colocada através da placa de ancoragem
e da fôrma para nicho (Figura 6-2). Recolha a bainha até que não fique mais do que
25 mm de cordoalha exposta com graxa atrás da placa de ancoragem. Para ambientes
agressivos, Uma luva de conexão impermeável é requerida entre a parte revestida com
bainha plástica e a face da placa de ancoragem.
Banha contada atrás da placa de ancoragem
fassegure-se de que a bainha não peneira
na placa de ancoragem)
Bana complementar
já posicionada
25 mm (máx)
En [1
Figura 6-2 Montagem do cabo na extremidade
Nota
Em regiões ou aplicações onde uma proteção para a parte exposta da cordoalha na
extremidade ativa é indicada, o tubo deve começar a ser colocado a partir da anco-
ragem até atingir a parte revestida da cordoalha.
Menal para a Boa Esscução da Estuturas Protendisas Usanio Co
dois de go Engravaias o Plastfcadas a
Montagem do Sistema na Obra Capít
12. A menos que os desenhos dos projetos ou os desenhos de montagem da armadura de
pós-tração detalhe o contrário, as zonas de ancoragem dos cabos em faixa, para gru-
pos de 6 seis) ou mais cabos monocordoalhas com diâmetro de 12,70 mm, com placas.
de ancoragem espaçadas a cada 300 mm ou menos, devem ser reforçadas de acordo
com a Figura 6-3 ou com um detalhe similar usando estribos fechados.
23emimin) 38h
Duas barras horizontais de
42,50 mm prolongadas no
minimo 15 om ce cada lado do
grupo do placas de ancoragem
Grampos confeccionados com barras de 10 mm.
A quantidade total é igual ao número di placas
de ancoragem mais uma
15em (min)
Espaçamentos entre
ancoragens: 30 cm ou menos.
Tiecione um mínimo de dois cabos,
perpendiculares aos cabos em faixa,
situados loga atrás das ancoragens,
tanto ativas quanto passivas, antes de.
iniciar a protensão cos cabos em faixa.
15emminy
ão aderer
os monocordoalh:
1 diâmetro de 12,70 mm
13. As fôrmas para nicho são projetadas para evitar que a pasta de concreto entre na cavi-
dade da placa de ancoragem. Não deve haver mais do que 25 mm de cordoalha não
revestida exposta atrás da ancoragem na extremidade ativa (caso contrário, pode resul-
tarem alongamento insuficiente e outros problemas durante a protensão). Para evitar que
acordoalha revestida fique excessivamente exposta, coloque um tubo plástico, uma luva
de proteção ou um pedaço da própria bainha plástica retirada da ponta de tracionamen-
toe insira apertadamente contra a face da placa de ancoragem (Figura 6-4). Fixe com um
arame ou fita plástica.
Foma para
E Eme
NES Con o plástico aqui
Nota: Barras complementares.
Fómade não mostradas para
tree mehor visualzação
Figura 6-4 Montagem completa da extremidade ativa.
Manuel para a Boa o e Estr Brolenciias Lsarvio Cordas ds Aço Engraxados e Plsetficades
Montagem do Sistema na Obra
14. Os cabos agora estão prontos para serem amarrados no seu respectivo lugar. Os cabos.
em faixa devem ser amarrados entre si formando grupos de acordo com os desenhos de
montagem. Não mais do que 5 (cinco) cabos com diâmetro de 12,70 mm nem mais do
que 4 (quatro) cabos com diâmetro de 15,20 mm devem ser cintados em grupos. Amarre
o grupo de cabos no cruzamento com o sistema de apoio trabalhando fora da ancora-
gem passiva. Esteja atento ao amarrar os cabos para não apertar demais com o arame
ecortar a bainha plástica. Certifique-se de que os cabos estejam planos e paralelos (não
remontando um sobre o outro). Mantenha os grupos na posição indicada nos desenhos.
de montagem da pós-tração e tão retos quanto possível. Curvas (oscilações) nos cabos
podem criar atrito maior do que o normal, o que poderá se refletir em cabos com alon-
gamento baixo.
15. Os cabos devem ser suavemente deslocados na direção das placas de ancoragem
(Figura 6-5). Amarre o grupo de cabos no sistema de apoio conforme mostrado nos
desenhos de montagem da pós-tração. Verifique a colocação perpendicular dos cabos
dentro das placas de ancoragem vertical e horizontalmente. Se isto não for feito correta-
mente o resultado poderá ser uma ruptura da cordoalha, um estouro do concreto, uma
falha na cravação das cunhas, alongamento baixo, perda excessiva na cravação ou ou-
tros problemas na protensão.
lota
Reforço na zona das placas de ancoragem e cadeiras de apoio não mostrados para
deixar o desenho mais claro.
Manua
a Boa Execução do Estuuras Protencdas Usapeo
clas dê
Montagem do Sistema na Obra
Esteja certo de que as barras de apoio estão firmes e dentro das tolerâncias verticais dadas
na Seção 6.3, item 6 ou nos documentos de contrato. Para facilitar a colocação, as barras de
apoio podem ser amarradas na gaiola de armação antes de abaixá-la para dentro da fôrma
(Figura 6-8). Os cabos devem ser cintados em grupos, de maneira que permitam o lança-
mento e adensamento do concreto.
Fspaçamento mínimo recomendado de 40 mm
|
Barras do apoios
Blrras de 12,50 mem min)
na viga
Nota
Atenção especial é requerida se o montador das fôrmas colocar contrafiechas nelas. A colo-
cação dos cabos é crítica em pontos baixos. As barras de apoio dos cabos serão mostradas
fa cada metro) na posição +/- central da viga ou laje nos desenhos de instalação. Mas bar-
ras adicionais podem ser requeridas para evitar que problemas de curvatura reversa do cabo
(Figura 6-9) ocorram. Curvaturas reversas de cabos podem causar estilhaçamento do con-
oreto durante a operação de protensão.
Perfl do cabo
Fguasa
|
Guntsm Portgocamo
emsstioro | | A
7 = curvatura
reversa
Po do cabo Lero
oxsáoro bao Ago
Figura 6-9 Perfil do cabo na viga
Manual pera a Boa Esacução ce Estnuures Protencias Usa
oalhas do Ago Engranadas o Pescas.
Montagem do Sistema na Obra Dapítulo 6
2. Os principais cabos da laje são colocados depois que os cabos da viga são montados.
Nos casos em que são utilizados cabos para combater a retração, tome como referência os
desenhos de montagem para determinar a altura em que eles ficarão posicionados
em relação aos cabos da laje. A altura dos cabos para combate da retração irá deter-
minar se eles serão colocados antes ou depois da colocação dos cabos da laje.
“
Para projetos de vigas e lajes nos quais os cabos não aderentes são usados como
armadura de reforço e combate à retração, os detalhes recomendados para apoio dos
cabos da laje são mostrados na Figura 6-10. Em todos os casos, a maioria dos cabos da
laje perpendiculares às vigas devem ser apoiadas em cadeiras sobre as fôrmas, conforme
mostrado na Figura 6-10.
Examasicabos apoiados
em cadeirinhas sobre as
Tórmas cia laj próximas.
clo uma viga típica.
4 ú
a Cabos para
“combater retração
Cabo para amarração da laje Cabo para combater retração
/
Cadeiinhas com
altura especificada
Detahe 1
Cabo para amarração da laje
Gabos para
combater retração
de Apolo continuo para lajo
Detahez
bos não aderentes como
retração
4. Coloque o reforço da zona de ancoragens da viga de acordo com a distribuição de anco-
ragens mostrada nos desenhos de montagem.
A distribuição das ancoragens em uma viga pode confiar com os vergalhões dos pilares.
& a armação de vigas. Consulte o engenheiro de projeto e a firma de protensão antes de
modificar as posições das ancoragens.
O ago de reforço da zona de ancoragem é crítico, para evitar os estouros/tompimentos do
concreto durante o tracionamento. O aço de fretagem é detalhado nos desenhos de mon-
tagem da pós-tração.
5. Siga os procedimentos gerais dos itens 10 a 21 da Seção 6.4.
a de Aço Engreads o isto á |
A
Montagem do Sistema na Obra Capítulo 6
6.6 MONTAGEM DE ANCORAGENS MORTAS NO CAMPO
A colocação das ancoragens mortas nos cabos (pré-blocagem) é normalmente efetuada na
empresa de protensão ou fornecedora dos cabos cortados.
O corte dos cabos a partir das bobinas e a montagem das ancoragens mortas em uma das
pontas de cada cabo podem também ser feitos na própria obra. Essa operação é possível
quando a obra possui espaço suficiente para: estoque e manuseio das bobinas; mesa/estra-
do com comprimento suficiente para estender os cabos; estoque e manuseio dos cabos cor-
tados. Além disso, os envolvidos nessas operações devem estar aptos para tal e orientados
por encarregado experiente nesse tipo de serviço. Deve ser feito o registro dos cabos cor-
tados para permitir a rastreabilidade.
Outra siluação em que a colocação das cunhas no campo poderá ocorrer é em juntas inter-
mediárias de construção. A razão disto ser especificado nos desenhos de montagem é
primeiramente eliminar a demora do tracionamento dos cabos em juntas de construção. Isto
permite que o empreiteiro faça sua próxima concretagem independentemente da primeira
concretagem ter sido protendida e desde que O tracionamento seja extemo à laje.
Os procedimentos para as duas condições são similares. Primeiro tire de 300 a 400 mm de
capa plástica exatamente do lado de trás da placa de ancoragem, para deixar suficiente com-
primento para as garras do macaco. Coloque a placa de ancoragem no local desejado e
assente as cunhas manualmente com uma ferramenta de assentamento manual.
A firma de protensão normalmente fornece uma peça especial para apoio da placa de anco-
ragem passiva. Nunca instale uma placa de ancoragem passiva na posição sem a peça
especial para apoio da ancoragem ou outro procedimento recomendado e usado pela firma
de protensão, já que este procedimento poderá fissurar ou destruir o nariz do macaco, além
de ocasionar ferimentos no operário.
A seguir, encoste a peça de fixação da ancoragem passiva instalada no macaco, no lado de
apoio ao concreto, da placa de ancoragem. Posicione o macaco sobre a cordoalha e acione-o
até a força máxima. Revise os desenhos de montagem para determinar qual a
força do macaco que está especificada (ela é normalmente de 147 kN para a cordoalha de
12,70 mm ou 1860 MPa.
É sempre necessário tracionar essas placas de ancoragens com a força máxima do maca-
co. Falhas no processo podem levar ao escorregamento da cordoalha quando esta
estiver sendo tracionada na outra extremidade, após o concreto ter adquirido a resistência
necessária.
Nota
Durante a colocação das ancoragens mortas no campo, a pressão manométrica.
subirá rapidamente. Use um registro extra na bomba, se necessário.
o Conchas da ço Engras é Pescados
Montagem do Sistema na Obra
Capítulo 6
6.8.2 EXEMPLOS DE DETALHES TÍPICOS DE MONTAGEM
Detalhes das ancoragens ativas
Cabos concentrados (com fretagem)
sem escala
=6cm
=40em
Nicho
Nicho 40 cm,
antoroc= Son Tom Se
= Eai
ne
fa E T
+ he) — as 9]
Ponta para protensão.
Gaio engraxado ace
e plsificado
2
h-6em
Desenho modelo nº1
Manual para à ca Execução de Estrias Protenvtias Uisanio Cordoahhas de Aço Enqraxacas & Pestficadas
a |
Montagem do Sistema na Obra Capítulo 6
Detalhes das ancoragens mortas.
Cabos concentrados (com fretagem)
sem escala
ne
=6em
V
anvpsoca 15 em 10m 30m
a SA
ÀS |,
supe pv) La]
Ancoragem
| cabo engraxado a
e pastiicado
2
h-Scm
25
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“| Ni
MANN
ISA]
=6em
n2
Desenho modelo Nº 2
Montagem do Sistema na Obra
)
O.
Capítulo
Detalhes das ancoragens ativas
Cabos isolados (sem fretagem)
sem escala
>800m
Es.
L
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Reforço obrigatório 7
N
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4
2010G-
1
Reforço obrigatório N
q he, Veg
=
|
ne
4
Suporte
| cabo engraxado
e plstficado
Ro
EEE
protenção
>80em
Desenho model
lo Nº 3