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Produção: Níveis Estratégico, Tático e Operacional e Metodologias Top-down e Botton-up, Trabalhos de Engenharia Hídrica

Este documento discute o projeto de produção em três níveis: estratégico, tático e operacional. No nível estratégico, a rede de operações produtivas é identificada com maior atenção no macroprocesso, que tem por objetivo agregar recursos produtivos e entregar bens, serviços ou um misto deles ao consumidor. No nível tático, a preocupação é o arranjo físico ou layout das instalações, tecnologia utilizada na produção, disponibilidade de recursos e mão-de-obra qualificada. No nível operacional, grandes parte das informações que auxiliam nas decisões do nível estratégico são produzidas. O documento também discute as metodologias top-down e botton-up no desenvolvimento de produtos e processos, e os desafios atuais na transformação de recursos naturais em itens de satisfação de necessidades humanas.

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 25/11/2011

marcos-costa-16
marcos-costa-16 🇧🇷

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Baixe Produção: Níveis Estratégico, Tático e Operacional e Metodologias Top-down e Botton-up e outras Trabalhos em PDF para Engenharia Hídrica, somente na Docsity! Introdução Quando se desenvolve um novo produto também será necessário desenvolver um processo capaz de produzi-lo na quantidade demandada com menor custo, boa qualidade, confiabilidade, rapidez e flexibilidade. O projeto, ainda no nível estratégico, identifica a rede de operações produtivas com uma maior atenção no macroprocesso, que tem por objetivo agregar recursos produtivos e entregar, ao consumidor, bens, serviços ou ainda um misto dos dois. Neste nível as decisões necessitam de altos investimentos, por exemplo: novos produtos, novas unidades fabris, aumento da capacidade instalada com aumento de área, mudanças radicais no processo de fabricação ou até mesmo troca da localização do parque produtivo. No nível Tático a preocupação é o Arranjo físico ou Layout das instalações, tecnologia utilizada na produção, disponibilidade de recursos para cada setor envolvido e mão-de-obra qualificada. Este nível age quando as mudanças não são representativas ou não envolvem altos investimentos. No nível operacional, geralmente não ocorrem decisões diretas de mudanças no layout do parque fabril ou criação de novos produtos e processo, contudo este nível é responsável por grande parte das informações que auxiliam nas decisões do níel estratégico. Arranjo Físico Arranjo Físico pode ser definido como o estudo da localização dos recursos de transformação objetivando a melhor trajetória dos recursos transformados. Note que a melhor trajetória pode não ser a menor. Os microprocessos que compõem o sistema de produção devem ser organizados de forma a otimizar a transferência entre eles dos produtos semiacabados, assim como a acumulação destes entre aquelas. Dificilmente um planejamento atinge uma pormenorização tal que o torne perfeito, sendo assim, pode ser possível melhorá-lo. Neste trabalho iremos nos preocupar com localização dos postos de trabalhos em posições adequadas com o objetivo de economizar tempo e aumentar a produtividade, ou seja, do Arranjo Físico ou Layout da planta. Projetos O grande desafio da atualidade é o processo de transformar recursos naturais em itens de satisfação de necessidades humanas. Vencer este desafio significa, além de desenvolver novos produtos, desenvolver também processos produtivos cada vez mais eficientes. Os objetivos de desempenho do sistema produtivo dependem de quais os fatores valorizados pelo seu mercado consumidor. Os Objetivos de desempenho de processo produtivos são: Custo; Qualidade; Rapidez; Confiabilidade; Flexibilidade; Projetos de Produtos Metodologias Top-down e Botton-up O que o cliente espera de um produto ou serviço? Clientes esperam que um produto ou serviço satisfaça uma necessidade ou atenda um desejo. Dessa forma podemos desenvolver um produto usando as metodologias Top-down ou Botton-up. Top-down A metodologia Top-down de desenvolvimento de produtos e processos inicia-se no resultado, ou seja, o que se espera que seja fabricado. As ideias podem surgir através de: • Brainstorming, onde se reúne integrantes da organização e cada um, em um ambiente bem descontraído, revela suas ideias; ou • Pesquisa de Marketing, onde se reúne um grupo de clientes-alvos e destes se retiram informações sobre suas necessidades (pode ser seguido ou não de Brainstorming); Clientes compram conceitos [Slack et al 2002], mas quando participam da formação da ideia original do projeto ficam ainda mais satisfeitos, assim sendo, produtos assim desenvolvidos necessitam de menores investimentos em marketing, porém os desejos dos consumidores podem gerar um alto custo de produção. Com a ideia do produto, e este geralmente já com seu formato definido, nas mãos começa o árduo trabalho de detalhamento do produto. Esses detalhes incluem tecnologia, máquinas de manufatura, matéria-prima/componentes, etc que serão agregadas para obtenção das funcionalidades ora designadas ao produto. Botton-up A metodologia Botton-up, seleciona os recursos produtivos disponíveis e as diversas formas de agregá-los em novos produtos com novas funcionalidades. Nessa metodologia a participação do cliente no processo de criação do produto é mínima e desta. Os custos referente a marketing tendem a ser elevados. Os telefones celulares atuais são exemplos de desenvolvimento Botton-up. Nesta última década podemos observar aparelhos cada vez com mais funcionalidades incluídas, como por exemplo: rádio FM, pendrive, mp4 player, câmera fotográfica, filmadora, lanterna, etc. tem alguns que até servem como telefone. Etapas de elaboração de produtos Uma definição de projeto adequada a este trabalho é: atividade programada com data de início e fim bem definidas que tem por objetivo constituir um produto, um serviço ou ainda um misto dos dois, assim como também o desenvolvimento do seu processo produtivo. Em uma visão mais ambiciosa e resumida Projeto é uma atividade que busca a satisfação do consumidor. O desenvolvimento de um produto e/ou serviço mantém uma relação direta com seu processo produtivo onde algumas decisões sobrepõem-se. O produto mantém uma relação de eficácia com possibilidade real de produção enquanto o processo produtivo Embora todas estas classificações o que se tem na prática é um misto dos tipos de processos e arranjos físicos. Por exemplo, um automóvel foi que foi montado através de um processo em massa com o arranjo físico por produto teve suas rodas fabricadas através de um processo contínuo para gerar a mistura de borracha e depois um processo por lotes com arranjo físico, provavelmente, celular. O processo por projetos com arranjo físico posicional será escolhido para a construção de uma casa, entretanto alguns de seus recursos produtivos foram produzidos a partir de outros processos, por exemplo, o cimento foi fabricado em um processo contínuo. Assim podemos definir o arranjo físico misto como uma mistura que tem por finalidade proporcionar meios de se atingir os objetivos da produção com maior eficiência. O processo de fabricação geralmente é projetado concomitante com o projeto do produto. Um produto novo pode ter grande aceitação no mercado consumidor, porém sem um processo produtivo adequado a demanda pode não ser atendida plenamente o que dará margem a produtos concorrentes ou produtos substitutos. Além disso, se seu custo for alto será necessário reduzir o lucro para manter um preço adequado sob o risco de perder mercado. Outro aspecto é a disponibilidade de tecnologias disponíveis e necessárias para o processo produtivo. O PERT/CPM no Projeto de Processos Uma ferramenta muito utilizada na gestão de projetos é o Program Evaluation and Review Technique - PERT associada ao Critical Path Method – CPM juntas elas oferecem uma forma eficaz de projetar, controlar e rever todas as fases de um projeto. Representados na forma de um diagrama de rede podem apresentar dois tipos de construção: • Atividades representadas em setas; • Atividades representadas em nós. Regras de montagem de um diagrama de rede com representação das atividades em setas • Representar as tarefas com setas sempre apontando da esquerda para direita; • As tarefas sempre devem estar entre duas etapas que são representadas por círculos; • As tarefas não podem ter o mesmo início e o mesmo fim. Sempre que isto ocorrer deve-se usar o artifício da tarefa fantasma que é representada por uma seta pontilhada sem tempo de duração. Para exemplificar iremos supor um produto que irá passar pelas seguintes etapas de produção: Etapa - FimInícioAtividade - Duração Sigla Processo Equipamentos Profissionais Precedência A Cortar os tubo de 1” com 20cm Serra, Morsa de bancada Auxiliar de oficina Nenhuma B Furar à 3 cm de uma das extremidades com broca de 8 mm² Furadeira, morsa de bancada, broca de 8 mm² Auxiliar de oficina A C Abrir rosca com macho de 3/8” Morsa de bancada, Macho 3/8”, desandador Auxiliar de oficina B D Fazer tratamento térmico Forno para tratamento térmico Cuteleiro C Podemos notar que nas tarefas A, B e C o Arranjo físico poderá ser Posicional ou celular visto que uma vez preso na morsa de bancada o tubo poderá ser cortado, furado e feito a rosca sem que seja necessário retirá-lo da mesma sendo estocado no mesmo setor uma quantidade mínima para ser encaminhada até o forno para seguir o tratamento térmico. Em um exemplo mais complexos é notável a variedade de processos produtivos e arranjos físicos que aparecem no diagrama. No próximo exemplo será mostrado os vários processos envolvido na fabricação de um simples eletrodoméstico. Nota: As tarefas serão mostradas de forma abreviada. Atividade Principal – Montagem do Liquidificador Sigla Processo Precedência A Encaixar o motor na carcaça Nenhuma B Fazer as ligações elétricas A C Encaixar o copo B D Testar o conjunto C E Embalar D Atividade secundária 1 – Fabricação do Fio de Cobre para o motor elétrico: Sigla Processo Precedência A1 Tratamento do cobre bruto Nenhuma B1 Extrusão A1 C1 Banho de Esmalte isolante B1 D1 Bobinamento C1 Atividade secundária 2 – Fabricação do Motor Sigla Processo Precedência A2 Preparação do Entreferro Nenhuma B2 Confecção do Induzido Nenhuma C2 Confecção do estator Nenhuma D2 Montagem do Motor A2, B2 e C2 Atividade secundária 3 – Fabricação da Carcaça Sigla Processo Precedência A3 Preparação do Molde Nenhuma B3 Injeção de plástico A3 C3 Retirada do Molde B3 Atividade secundária 4 – Fabricação do Copo Sigla Processo Precedência A4 Preparação do Molde Nenhuma B4 Injeção de plástico A4 C4 Retirada do Molde B4 Atividade secundária 5 – Confecção da embalagem Sigla Processo Precedência A5 Preparar o papelão Nenhuma B5 Impressão das imagens A5 C5 Cortar as embalagens B5 O diagrama PERT/CPM das atividades é representado na figura a seguir: A montagem é a atividade central do processo de fabricação uma boa escolha de arranjo físico para ela é por produto. Já fabricação do fio de cobre se dará pelo processo contínuo. As atividades podem estar alojadas em uma mesma instalação ou ainda em instalações distintas. Por exemplo, para reduzir custos podem ser previstos contratos com empresas especializadas em modelagens com plásticos injetáveis para fabricação da carcaça e do copo do liquidificador, assim também, como um contrato com uma fornecedora de fios de cobre esmaltado, reduzindo-se assim os custos de aquisição e manutenção de uma máquina de extrusão para fios de cobre. Layouts - Aspectos Higiênico e segurança do trabalho No filme Tempos Modernos de Charles Chaplin, existe uma colisão do ser humano com o desenvolvimento industrial. O ser humano não estava, e ainda não está, preparado para uma carga de trabalho onde até suas necessidades básicas devem ser controladas. Em uma linha de produção se um operário parar para toda a linha. Casos de Lesões por esforços repetitivos (LER) são cada vez mais frequentes. As principais causas de LER são procedimentos rígidos do trabalho com pouca autonomia do trabalhador no desenvolvimento de tarefas; postura rígida; ritmos acelerados de trabalho, muitas vezes impostos pelas máquinas, exigindo esforços exagerados; pressão do tempo; tensão entre as chefias e os subordinados; pressão para manter a produtividade; excesso de trabalho e horas extras; ambiente de trabalho inadequado; muito frio ou muito calor, excesso de ruídos, pouca luz, pouco espaço, etc; monotonia e fragmentação do trabalho. Alguns postos de trabalhos já possuem legislação própria, porém ainda não posta completamente em prática. Outra doença também crescente é o estresse causado no trabalhador em trabalhos confinados com altos índices de repetitividade. Serviços que requerem muita atenção por parte do trabalhador que observa por um determinado sistema sem que nada ocorra também são grandes vilões.
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