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Guias e Dicas
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Apostila de Bombas Industriais, Notas de estudo de Engenharia de Manutenção

Usada em práticas do Cefet. Conceitos gerais e aplicações.

Tipologia: Notas de estudo

2011
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Compartilhado em 23/11/2011

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Baixe Apostila de Bombas Industriais e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Manutenção, somente na Docsity! Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET/BA Coordenação de Processos Industriais Disciplina: Escoamento e Transporte de Fluidos Professor: Diógenes Ganghis BOMBAS INDUSTRIAIS APRESENTAÇÃO Esta apostila apresenta um material didático sobre Bombas Industriais com foco na formação de operadores de processos industriais. O material foi elaborado/ compilado a partir de um conjunto de outras apostilas disponíveis, tais como o material sobre bombas centrífugas disponibilizado no site da UFRN (http:// www.ufrnet.ufrn.br/~lair/Pagina-OPUNIT/bombas-index.htm) ou ainda da apostila do Profº Paulo Soares. 2 Bombas Industriais 1.1. Definição As bombas são máquinas nas quais a movimentação do líquido é produzida por forças que se desenvolvem na massa líquida. 1.2. Equipamento para bombeamento de fluidos Os líquidos usados nas industrias químicas diferem consideravelmente em propriedades físicas e químicas e foi necessário criar uma grande variedade de equipamentos de bombeamento. A escolha de uma bomba para uma determinada operação é influenciada pelos seguintes fatores: • A quantidade de líquido a transportar. • A carga contra a qual há que bombear o líquido. • A natureza do líquido a bombear. • A natureza da fonte de energia. • Se a bomba é utilizada apenas intermitente. Deve-se ponderar o custo e a eficiência mecânica da bomba e pode ser vantajoso escolher uma bomba barata e pagar maiores custos de substituição e manutenção do que instalar uma bomba muito cara de alta eficiência. 1. Tipos de Bombas As bombas industriais possuem vários tipos, entre eles podemos citar: a) Bombas de Deslocamento Positivo – o volume de líquido remetido está diretamente relacionado com o deslocamento do elemento pistão e, portanto, aumenta diretamente com a velocidade e não é sensivelmente afetado pela pressão. São usadas para bombeamento contra altas pressões e quando requerem vazões de saída quase constantes. As bombas de deslocamento positivo se dividem em dois tipos: • Alternativas – A taxa de fornecimento do líquido é uma função do volume varrido pelo pistão no cilindro e do número de golpes do pistão. • Rotativa – O rotor da bomba provoca uma pressão reduzida do lado da entrada, o que possibilita a admissão do líquido à bomba, pelo efeito da pressão externa. À medida que o elemento gira o líquido fica retido entre os componentes do rotor e a carcaça da bomba, depois de uma determinada rotação, o líquido é ejetado pelo lado da descarga da bomba. b) Bombas Centrífugas - são aquelas em que a energia fornecida ao líquido é primordialmente do tipo cinética, sendo posteriormente convertida em grande parte em energia de pressão. Nas bombas centrífugas a movimentação do líquido é produzida por forças desenvolvidas na massa líquida de um rotor. Estas bombas caracterizam-se por operarem com altas vazões, pressões moderadas e fluxo contínuo. As bombas centrífugas se dividem em dois tipos: • Radias – São bombas onde a energia cinética é originada unicamente pelo desenvolvimento de forças centrífugas na massa líquida devido á rotação de uma impelidor de características especiais. 5 • Francis – Possuem um impelidor com palhetas e curvaturas em dois planos. c) Bomba Diafragma – Depende do movimento de um diafragma para conseguir pulsação. São usadas para suspensões abrasivas e líquidos muito viscosos. d) Bomba A Jato – Usam o movimento de uma corrente de fluido a alta velocidade para imprimir movimento a outra corrente, misturando as duas. e) Bomba Eletromagnética – Princípio igual ao motor de indução usada com líquidos de alta condutividade elétrica (metais líquidos) não tem partes mecânicas móveis. Em nosso estudo iremos nos deter apenas as bombas centrífugas, devido a sua grande aplicabilidade na indústria. 2 Bombas Centrífugas Bombas são equipamentos que conferem energia de pressão aos líquidos com a finalidade de transportá-los de um ponto para outro. Nas bombas centrífugas, a movimentação do líquido é produzida por forças desenvolvidas na massa líquida pela rotação de um rotor. Este rotor é essencialmente um conjunto de palhetas ou de pás que impulsionam o líquido. O rotor pode ser aberto, fechado ou semi aberto. A escolha do tipo de rotor depende das características do bombeamento. Para fluidos muito viscosos ou sujos usam-se, preferencialmente, os rotores abertos ou semi abertos. Nestes casos, os rotores fechados não são recomendados devido ao risco de obstrução. Para uma bomba centrífuga funcionar é preciso que a carcaça esteja completamente cheia de líquido que, recebendo através das pás o movimento de rotação do impelidor, fica sujeito à força centrífuga que faz com que o líquido se desloque para a periferia do rotor causando uma baixa pressão no centro o que faz com que mais líquido seja admitido na bomba. O fluido a alta velocidade (energia cinética elevada) é lançado para a periferia do impelidor onde o aumento progressivo da área de escoamento faz com que a velocidade diminua, transformando energia cinética em energia de pressão. As bombas centrífugas caracterizam-se por operarem com vazões elevadas, pressões moderadas e fluxo contínuo. 1.3. Introdução Os principais requisitos para que uma bomba centrífuga tenha um desempenho satisfatório, sem apresentar nenhum problema,são: • Instalação correta, • Operação com os devidos cuidados e, • Manutenção adequada Mesmo tomando todos os cuidados com a operação e manutenção, os operadores freqüentemente enfrentam problemas de falhas no sistema de bombeamento. Uma das condições mais comuns que obrigam a substituição de uma bomba no processo, é a inabilidade para produzir a vazão ou a carga desejada. Existem muitas outras condições nas quais uma bomba, apesar de não sofrer nenhuma perda de fluxo, ou carga, é considerada defeituosa e deve ser retirada de operação o mais cedo possível. As causas mais comuns, são: 6 • Problemas de vedação (vazamentos, perda de jato, refrigeração deficiente, etc.) • Problemas relacionados a partes da bomba ou do motor: • Perda de lubrificação • Refrigeração • Contaminação por óleo • Ruído anormal, etc. • Vazamentos na carcaça da bomba • Níveis de ruído e vibração muito altos • Problemas relacionados ao mecanismo motriz (turbina ou motor) Qualquer operador que deseje proteger suas bombas de falhas freqüentes, além de um bom entendimento do processo, também deverá ter um bom conhecimento da mecânica das bombas. A prevenção efetiva requer a habilidade para observar mudanças no desempenho, com o passar do tempo, e no caso de uma falha, a capacidade para investigar a sua causa e adotar medidas para impedir que o problema volte a acontecer. Em geral, há principalmente três tipos de problemas com as bombas centrífugas: • Erros de projeto • Má operação • Práticas de manutenção ineficientes 2. Princípios de Funcionamento Uma bomba centrífuga é, na maioria das vezes, o equipamento mais simples em qualquer planta de processo. Seu propósito, é converter a energia de uma fonte motriz principal (um motor elétrico ou turbina), a princípio, em velocidade ou energia cinética, e então, em energia de pressão do fluido que está sendo bombeado. As transformações de energia acontecem em virtude de duas partes principais da bomba: o impulsor e a voluta, ou difusor. • O impulsor é a parte giratória que converte a energia do motor em energia cinética. • A voluta ou difusor, é a parte estacionária que converte a energia cinética em energia de pressão. Observação: Todas as formas de energia envolvidas em um sistema de fluxo de líquido, são expressas em termos de altura de coluna do líquido, isto é, carga. 1.4. Geração da Força Centrífuga O líquido entra no bocal de sucção e, logo em seguida, no centro de um dispositivo rotativo conhecido como impulsor. Quando o impulsor gira, ele imprime uma rotação ao líquido situado nas cavidades entre as palhetas externas, proporcionando-lhe uma aceleração centrífuga. Cria-se uma área de baixa-pressão no olho do impulsor causando mais fluxo de líquido através da entrada, como folhas líquidas. Como as lâminas do impulsor são curvas, o fluido é impulsionado nas direções radial e tangencial pela força centrífuga. Fazendo uma analogia para melhor compreensão, esta força que age dentro da bomba é a mesma que mantém a água dentro de um balde, girando na extremidade 7 c) Bucha do regulador de pressão é um dispositivo que restringe a liberação ao redor da manga (ou eixo), na extremidade externa de uma glândula do selo mecânica. d) Dispositivo circulante interno é um dispositivo localizado na câmara de selo para circular fluido da câmara de selo para um refrigerador ou um reservatório fluido. Normalmente é conhecido como anel de bombeamento. e) Selo mecânico: As características de um selo mecânico serão discutidas posteriormente f) Alojamento do mancal abriga os mancais montados no eixo. Os mancais mantêm o eixo ou rotor em alinhamento correto com as partes estacionárias sob ação de cargas radiais e transversais. O compartimento do mancal também inclui um reservatório de óleo para lubrificação, nível constante de óleo, e camisa para refrigeração por circulação de água. 1.6. Componentes Rotativos 1.6.1... Impulsor O impulsor é a parte giratória principal, que fornece a aceleração centrífuga para o fluido, ver . Ilustração - Tipos de Impulsores Eles são classificados em muitas formas: a) Baseado na direção principal do fluxo em relação ao eixo de rotação • Fluxo radial • Fluxo axial • Fluxo misto b) Baseado no tipo de sucção • Sucção simples: entrada do líquido em um lado. • Dupla-sucção: entrada do líquido simetricamente ao impulsor, de ambos os lados. c) Baseado na construção mecânica • Fechado: coberturas ou paredes laterais que protegem as palhetas. • Aberto: nenhuma cobertura ou parede para enclausurar as palhetas. • Semi-aberto ou do tipo em vórtice. Observações: • Os impulsores fechados necessitam de anéis de desgaste e estes anéis representam outro problema de manutenção. • Impulsores abertos e semi-abertos têm menos probabilidade de entupir, mas necessita ajuste manual da voluta ou placa traseira, para o impulsor alcançar uma fixação adequada e prevenir recirculação interna. • Impulsores das bombas de vórtice são muito bons para sólidos e "materiais viscosos", mas eles são até 50% menos eficientes em projetos convencionais. 10 • O número de impulsores determina o número de estágios da bomba: uma bomba de um único estágio só tem um impulsor e é melhor para serviços de baixa carga. Uma bomba de dois estágios tem dois impulsores em série, para serviços de carga média. • Uma bomba de multi-estágios tem três ou mais impulsoras em série, para serviços de carga alta. • Anéis de desgaste: O anel de desgaste permite uma articulação fácil e economicamente renovável anti vazamentos entre o impulsor e a carcaça, . Se a liberação (espaço vazio entre as duas peças) ficar muito grande, a eficiência de bomba diminuirá, causando problemas de calor e vibração. A maioria das bombas precisam ser desmontadas para conferir a liberação do anel de desgaste, e providenciar sua substituição, quando a liberação dobra. 3.4.. Eixo O propósito básico do eixo de uma bomba centrífuga, é transmitir o torque de partida e durante a operação, enquanto apóia o impulsor e outras partes giratórias. Ele tem que fazer este trabalho com uma deflexão menor que a liberação mínima entre as partes giratórias e estacionárias. a) Luva do eixo: O eixo das bombas normalmente são protegidas de erosão, corrosão, e desgaste nas câmaras de selo, articulações de vazamento, mancais internos, e nas vias fluviais através de mangas renováveis. A menos que seja especificado o contrário, a manga de proteção do eixo é construída de material resistente a desgaste, corrosão, e erosão. A manga é lacrada em uma extremidade. O alojamento da manga do eixo se estende além da face exterior do prato da glândula de selo. (um vazamento entre o eixo e a manga não deverá ser confundido com vazamento pelo selo mecânico). Ilustração - Uma visão de uma manga de eixo b) Junções: as junções podem compensar o crescimento axial do eixo e podem transmitir torque ao impulsor. Elas são classificadas, de modo geral, em dois grupos: rígidas e flexíveis. As junções rígidas são usadas em aplicações onde não há absolutamente nenhuma possibilidade ou espaço para qualquer desalinhamento. Junções de eixo flexíveis são mais propensas a erros de seleção, instalação e de manutenção. As junções flexíveis podem ser divididas em dois grupos básicos: elastoméricas e não-elastoméricas • Junções elastoméricas usam borracha, ou elementos poliméricos para ganhar flexibilidade. Estes elementos podem estar submetidos a cisalhamento ou a compressão. Pneus e luvas de borracha são exemplos de junções elastoméricas sob cisalhamento; mandíbulas, pinos e revestimento de mancais são exemplos de junções em compressão. • Junções não-elastoméricas usam elementos metálicos para obter flexibilidade. Elas podem ser de dois tipos: lubrificadas ou não- lubrificadas. As lubrificadas acomodam desalinhamento pela ação corrediça dos seus componentes, daí a necessidade de lubrificação. As não lubrificadas acomodam desalinhamento por flexão. Junções de 11 engrenagem, de grelhas e de cadeias são exemplos de junções lubrificadas não elastoméricas. Junções de discos e de diafragma são não-elastoméricas e não lubrificadas. 1.7. Componentes Auxiliares Os componentes auxiliares geralmente incluem os seguintes sistemas, para os seguintes serviços: • Sistemas de descarga do lacre, refrigeração e afogamento • Dreno do lacre e suspiros • Sistemas de lubrificação dos mancais e de refrigeração • Sistemas de resfriamento da câmara de enchimento e selagem e sistemas de aquecimento • Sistema de refrigeração do pedestal da bomba Os sistemas auxiliares incluem tubulação, válvulas de isolamento, válvulas de controle, válvulas de alívio, medidores de temperatura e termopares, medidores de pressão, indicadores de fluxo, orifícios, refrigeradores do selo, reservatórios dos fluidos do dique/defletor do selo, e todas as aberturas e drenos relacionados. 4. Definição de Termos Importantes Os parâmetros chaves de desempenho de bombas centrífugas são capacidade, carga, BHP (potência de freio), BEP (ponto de melhor eficiência) e velocidade específica. As curvas de bomba provêem a janela operacional dentro da qual estes parâmetros podem ser variados para operação satisfatória da bomba satisfatória. Os seguintes parâmetros ou termos são discutidos em detalhes a seguir. 3.5.. Capacidade Capacidade significa a taxa de fluxo (vazão volumétrica) com que o líquido é movido ou é empurrado pela bomba ao ponto desejado no processo. É medida comumente em galões por minuto (gpm) ou metros cúbicos por hora (m³/h). A capacidade normalmente muda com as mudanças na operação do processo. Por exemplo, a bomba de alimentação de uma caldeira precisa de pressão constante com capacidades variadas, para satisfazer uma demanda variável de vapor. A capacidade depende de vários fatores como: • Características do líquido de processo, isto é, densidade, viscosidade, etc. • Tamanho da bomba e de suas seções de entrada e de saída • Tamanho do impulsor • Velocidade de rotação do impulsor RPM • Tamanho e forma das cavidades entre as palhetas • Condições de temperatura e pressão da sucção e descarga Para uma bomba com um impulsor particular movendo um líquido a certa velocidade, os únicos itens na lista acima que podem mudar a quantia que flui pela bomba são as pressões na entrada e na saída da bomba. O efeito no fluxo causado por mudanças na pressão de saída de uma bomba é plotado em um gráfico, resultando a curva característica da bomba. 12 carga por atrito. O NPSH requerido, sendo função da velocidade do fluido no interior da bomba, aumenta com a vazão. Pelo que foi dito acerca do NPSH disponível e requerido, ficou claro que a bomba opera satisfatoriamente se: NPSHd F 03 E NPSHr A NPSH disponível deve sempre ser maior que a NPSH requerida, para a bomba operar corretamente. É prática normal ter pelo menos 2 a 3 pés extras de NPSH disponível no flange de sucção, para evitar qualquer problema no ponto de interesse. 1.10. Potência e Eficiência • Potência de Freio (BHP = break horse power) : É o trabalho executado por uma bomba; é função da carga total e do peso do líquido bombeado, em um determinado período de tempo. • Potência de Entrada da Bomba ou potência de freio (BHP) é a potência real entregue ao eixo da bomba. A BHP também pode ser lida das curvas da bomba a qualquer taxa de fluxo. As curvas de bombas são baseadas em uma massa específica de 1.0. Para outros líquidos, a massa específica deve ser corrigida • Produção da Bomba, ou Potência Hidráulica, ou Potência de água (WHP) é a potência do líquido entregue pela bomba. Observação: A potência de freio, ou de entrada, para uma bomba é maior que a potência hidráulica ou de produção, devido às perdas mecânicas e hidráulicas ocorridas na bomba. Então a eficiência da bomba é a relação destes dois valores. • BEP – Ponto de Melhor Eficiência: O Ponto de Melhor Eficiência (BEP) é a capacidade, com o impulsor de diâmetro máximo na qual a eficiência é mais alta. Todos os pontos à direita ou à esquerda de BEP têm eficiência mais baixa. H, NPSHr, a eficiência, e a potência BHP, todos variam com a taxa de fluxo, Q. No dimensionamento e seleção de bombas centrífugas para uma determinada aplicação, a eficiência da bomba deveria ser levada em conta no projeto. A eficiência de bombas centrífugas é tomada como uma porcentagem e representa uma unidade de medida que descreve a conversão da força centrífuga (expressa como a velocidade do fluido) em energia de pressão. O B.E.P. (ponto de melhor eficiência) é a área na curva onde a conversão de energia de velocidade em energia de pressão a uma determinada vazão, é ótima; em essência, é o ponto onde a bomba é mais eficiente. 1.11. Velocidade Específica • A velocidade específica (Ns) é um índice adimensional de projeto, que identifica a semelhança geométrica de bombas. É usada para classificar os impulsores de acordo com seus tipos e proporções. Bombas de mesmo Ns, mas de tamanhos diferentes, são consideradas geometricamente semelhantes, sendo uma bomba um tamanho múltiplo da outra. • Velocidade específica de sucção (Nss) - é um número adimensional, ou índice, que define as características de sucção de uma bomba. É calculado pela mesma fórmula de Ns, substituindo H por NPSHr. Em bombas de múltiplos estágios o NPSHr é baseado no impulsor do primeiro estágio. A velocidade específica de sucção é usada comumente como base para calcular a faixa operacional segura de capacidade para uma bomba. Quanto mais alto Nss é, mais reduzida é a faixa operacional segura 15 de seu ponto de melhor eficiência BEP. Os números variam entre 3.000 e 20.000. A maioria dos usuários preferem que suas bombas tenham Nss na faixa de 8.000 a 11.000 para operação ótima e livre de problemas. 1.12. Leis de Afinidade As Leis de Afinidade são expressões matemáticas que definem mudanças na capacidade da bomba, carga, e BHP quando ocorrem mudanças na velocidade da bomba, no diâmetro do impulsor, ou ambos. • Rotação do impelidor (n) – ao alterar a rotação da bomba, a vazão, a altura manométrica desenvolvida e a potência absorvida variam de acordo com as relações: • Diâmetro do impelidor (D) – para as bombas geometricamente semelhantes, a variação de D estabelece as seguintes relações: quando a única variação ocorre no diâmetro do impelidor e se estas variações são pequenas valem as seguintes relações: • Natureza do fluido – as curvas fornecidas pelos fabricantes referem-se à operação com água. Ao operar com fluidos mais viscosos, as curvas sofrem alteração no sentido de um aumento da potência absorvida e uma redução de H. a eficiência também sofre alteração. • Tamanho e idade da bomba – bombas geometricamente semelhantes também são teoricamente semelhantes. Numa série de bombas semelhantes, as menores são menos eficientes devido o aumento relativo das rugosidades e das folgas e imperfeições. A idade provoca desgastes nas bombas alterando as suas curvas características. 5. Curvas Características de uma Bomba Centrífuga: A capacidade e a pressão necessária de qualquer sistema, podem ser definidas com a ajuda de um gráfico chamado Curva do Sistema. Semelhantemente o gráfico de variação da capacidade com a pressão para uma bomba particular, define a curva característica de desempenho da bomba. Os fabricantes de bombas tentam adequar a curva do sistema, fornecida pelo usuário, com a curva de uma bomba que satisfaça estas necessidades tão proximamente quanto possível. Um sistema de bombeamento opera no ponto de interseção da curva da bomba com a curva de resistência do sistema. A interseção das duas curvas define o ponto operacional de ambos, bomba e processo. Porém, é impossível que um ponto operacional atenda todas as condições operacionais desejadas. Por exemplo, quando a válvula de descarga é estrangulada, a curva de resistência do sistema desloca-se para a esquerda, sendo acompanhada pelo deslocamento do ponto operacional. Ilustração - Curvas típicas do sistema e de eficiência da bomba. Construindo a curva do sistema: A curva de resistência do sistema ou curva de carga do sistema, é a variação no fluxo relacionada a carga do sistema. Ela deve ser desenvolvida pelo usuário com base nas condições de serviço. Estas condições 16 incluem o lay-out físico, as condições de processo, e as características do fluido. Representa a relação entre a vazão e as perdas hidráulicas em um sistema, na forma gráfica e, como as perdas por fricção variam com o quadrado da taxa de fluxo, a curva do sistema tem a forma parabólica. As perdas hidráulicas em sistemas de tubulação são compostas de perdas por fricção no tubo, válvulas, cotovelos e outro acessórios, perdas de entrada e saída, e perdas por mudanças na dimensão do tubo, em conseqüência de amplificação ou redução do diâmetro. Desenvolvendo a curva de desempenho da Bomba: O desempenho de uma bomba é mostrado pela sua curva característica de desempenho, onde sua capacidade, i.e. a vazão volumétrica, é plotada contra a carga desenvolvida. A curva de desempenho da bomba também mostra sua eficiência (PME), a potência de entrada requerida (em HP), NPSHr, a velocidade (em rpm), e outras informações como o tamanho da bomba e o tipo, tamanho do impulsor, etc. Esta curva é construída para uma velocidade constante (rpm) e um determinado diâmetro de impulsor (ou série de diâmetros). Faixa Operacional Normal: Uma curva de desempenho típica é um gráfico da Carga Total versus Vazão volumétrica, para um diâmetro específico de impulsor. O gráfico começa com fluxo zero. A carga corresponde neste momento ao ponto de carga da bomba desligada. A curva então decresce até um ponto onde o fluxo é máximo e a carga mínima. Este ponto às vezes é chamado de ponto de esgotamento. A curva da bomba é relativamente plana e a carga diminui gradualmente conforme o fluxo aumenta. Este padrão é comum para bombas de fluxo radiais. Além do ponto de esgotamento, a bomba não pode operar. A faixa de operação da bomba é do ponto de carga desligado ao ponto de esgotamento. A tentativa de operar uma bomba além do limite direito da curva resultará em cavitação e eventual destruição da bomba. Em resumo, através do gráfico da "curva de carga x curva da bomba" , você pode determinar: 01.Em que ponto da curva a bomba irá operar 02.Que mudanças acontecerão se a curva de carga do sistema ou a curva de desempenho da bomba mudarem. As curvas mais importantes são: • Altura Manométrica ( H ) x Vazão ( Q ); • Potência Consumida ( P ) x Vazão ( Q ); • Rendimento Total ( F 06 8 ) x Vazão ( Q ); • NPSH requerido ( NPSH ) x Vazão ( Q ). Ilustração - Exemplo de uma Curva Característica de Bomba. É importante lembrar que as curvas características das bombas na maioria das vezes vêm calculadas para água à temperatura ambiente e limpa. No caso de se estar transportando outro líquido, é necessário corrigir as curvas de acordo com a viscosidade do fluido, e a curva BHP x Q de acordo com o peso específico. 6. Ponto ótimo de trabalho de uma bomba O ponto de operação de uma bomba centrífuga é definido como sendo a intersecção da curva H x Q do sistema com a curva H x Q da bomba. Portanto, o ponto de operação define a vazão no qual o sistema completo (vasos, tubulações e bomba) vai operar. 17 Para que tal situação não ocorra as estações elevatórias são dimensionadas com conjuntos de reserva de modo que sempre que ocorrer impossibilidade de funcionamento de alguma máquina, esta seja substituída por entre outra de igual capacidade para manter o pleno funcionamento da linha. O número de conjuntos de reserva deve ser compatível com as condições operacionais e deve ser de, pelo menos, um conjunto de reserva. 1.6.4....2... Seleção São condições fundamentais para seleção das bombas, as hidráulicas do escoamento, ou seja, o ponto de funcionamento do sistema, a natureza do projeto, as características da água a ser recalcada, os equipamentos existentes no mercado e a similaridade com os já instalados e em operação para flexibilizar a reposição de peças defeituosas ou desgastadas. Além disso, também deve ser elaborado um estudo intensivo da dimensão da obra e etapas de construção, e um programa de que facilite a operação e manutenção dos serviços. 1.6.4....3... Manual de instruções Seguir as instruções recomendadas pelos fabricantes dos equipamentos quanta a sua instalação, operação e manutenção é essencial para um bom desempenho e garantia técnica dos conjuntos. Para grandes máquinas os fabricantes, geralmente, além de fornecerem os manuais acompanham supervisionando toda a montagem e o funcionamento inicial visando corrigir eventuais problemas na montagem, tais como desalinhamentos, fundações, apoios, e chumbamentos conecções com as tubulações, operações de partida e manobras das válvulas e parada, etc. 1.6.4....4... Casa de bombas As bombas deverão está alojadas em uma edificação denominada de casa de bombas. Este edifício deverá ter dimensões tais que tenham espaços suficientes para permitirem com certa comodidade montagens e desmontagens dos equipamentos e circulação de pessoal de operação e manutenção, de acordo com as normas técnicas em vigor e com as recomendações dos fabricantes. Por exemplo, um espaço mínimo de 1,50m entre cada conjunto. Também deve ter espaço e estrutura para instalação de equipamentos de manutenção e serviço tais como vigas (para instalação de pontes rolantes, roldanas, etc), pórticos (para passagens livres) e aberturas em pisos e paredes. Estudos sobre a disposição dos equipamentos, drenagem dos pisos são essenciais. Na elaboração de projeto arquitetônico é importante o estudo da iluminação, ventilação e acústica. O emprego de degraus deve ser restrito, mas sempre que for necessário não poderão ser economizados corrimãos. 1.6.4....5... Acessórios e dispositivos complementares São procedimentos convencionais o emprego de registro nas sucções afogadas (nunca nas acima do nível da água) e somente em casos justificados poderão não ser indicados registros de manobras e válvulas de retenção após bomba. Nas sucções positivas torna-se obrigatório o emprego de válvulas de pé (inúteis no caso de bombas afogadas) para manutenção do escorvamento. Qualquer que seja a situação devemos instalar crivos ou telas na entrada da sucção. Instalações de manômetros na entrada da bomba e na saída também são muito importantes nas tarefas de inspeção do equipamento. A conecção da tubulação horizontal de sucção, quando existir, deverá ser conectada a entrada da bomba através de uma redução excêntrica voltada para cima de modo a facilitar o escorvamento do trecho a montante. 20 Todas as tubulações deverão ser dispostas de maneira que possam permitir reparos e manutenção das peças especiais e conecções com um mínimo de perturbações no sistema, principalmente sem provocar tracionamentos nas demais peças. As aparentes deverão ser em ferro fundido flangeado (juntas rígidas) e com juntas de dilatação e de fácil desmontagem (juntas gibault, por exemplo) visto que estas tubulações estão sujeitas as intempéries, vibrações e choques acidentais no dia a dia operacional. Em tubulações com diâmetros inferiores a 100mm poderão ser empregados galvanizados rosqueáveis, por questões econômicas e, normalmente serem instalações mais simples. O projeto das tubulações deve evitar ao máximo alargamento ou reduções bruscas na continuidade das seções. 3 Referências Apostila do Curso de Escoamento e Tranporte dos Fluidos. FOX, R. W. Introdução à mecânica dos fluidos. 6a edição. LTC. MUNSON, B. R. Fundamentos da mecânica dos fluidos. Vol 1. Edgard Blucher. MACINTYRE, A. J. Bombas e instalações de bombeamento. LTC. MATOS, E. E. Bombas industriais. Interciência. http://www.ufrnet.ufrn.br/~lair/Pagina-OPUNIT/bombas-index.htm http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/bomb08.html 21
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