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Desenho Técnico - Apostilas - Arquitetura e Urbanismo, Notas de estudo de Arquitetura

Apostilas de Arquitetura e Urbanismo sobre o estudo do Desenho Técnico, Norma Brasileira de Desenho Técnico, Formato, Legendas, Representação em cores, Convenção, Etapas de um projeto, Os detalhes e os projetos complementares.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 18/06/2013

Mauricio_90
Mauricio_90 🇧🇷

4.5

(60)

117 documentos

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Desenho Técnico - Apostilas - Arquitetura e Urbanismo e outras Notas de estudo em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! CURSO DE LEITURA DE PROJETOS DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO PROFESSOR ARQ. CARLOS J. ENGEL CAPÍTULO 1 DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 1 1. NORMAS DE DESENHOS TÉCNICOS As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de modo a facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação. A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NB 8 R, que trata de assuntos que serão estudadas adiante como: Legendas, convenções de traços, sistema de representação, cotas, escalas. I. LINHA - ESPESSURA Linha grossa Linha média ( metade da anterior ) Linha fina (metade da anterior) TIPOS DE LINHA A - Linhas gerais B - Linhas principais C - Linhas auxiliares (cota, ladrilhos, etc.). D - Partes invisíveis _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ E - Eixos de simetria F - Seções G - Interrupções 2. FORMATO É a dimensão do papel. Os formatos de papel para execução de desenhos técnicos são padronizados. A série mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como: série DIN - A (Deutsch Industrien Normen - A), cuja base é o formato A0 (A zero), constituído por um retângulo de 841 mm x 1189 mm = 1 m², aproximadamente. Mediante uma sucessão de cortes, dividindo em duas partes iguais os formatos, a partir do A0 obtém-se os tamanhos menores da série. Veja pelas figuras abaixo, que a maior dimensão de um formato obtido corresponde à menor do formato anterior. DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 4 Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções: Obs. Essa pintura deve ser feita, na cópia heliográfica, contínua e em tom suave; ou diretamente no desenho feito com o AUTOCAD. 5. ETAPAS DE UM PROJETO 5.1. Estudo Preliminar Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer um programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir e o custo máximo para a obra. No diálogo cliente - engenheiro vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo tempo o arquiteto estará fazendo suas pesquisas e anotações de modo a orientar suas primeiras idéias (croquis). A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na prefeitura, que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este documento fornece os parâmetros mínimos recomendados pela prefeitura, como: recuos, altura máxima da edificação, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento... Logo depois o projeto vai tomando forma em esboços. 5. 2. O Anteprojeto. DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 5 Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto, feito geralmente no papel sulfurizê a mão livre ou com instrumentos, em cores, perspectivas internas e externas, localização de mobílias etc. 5. 3. O Projeto. Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feitas as modificações necessárias, parte-se para o desenho definitivo - o projeto-, o qual é desenhado com instrumentos e deve ser apresentado às repartições públicas e servirá de orientação para a construção. 5.4. Os detalhes e os projetos complementares O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas, balcões, armários, e outros) e de especificações de materiais (piso, parede, forros, peças sanitárias, coberturas, ferragens, etc.). Com estes dados preparam-se o orçamento de materiais, e os projetos complementares como: projetos estrutural, elétrico, telefônico, hidro-sanitário, prevenção contra incêndio e outros. Todos estes projetos, chamados de originais, chegam à construção sob forma de cópias, em geral feitas em papel heliográfico ou sulfite (AUTOCAD). O papel heliográfico (tipo azul ou preto) é o resultado da ação química do amoníaco em presença da luz ou vice-versa. 5.5. Tipos de papel Atualmente o papel mais utilizado para anteprojetos é o papel sulfurizê, que são transparentes apesar de opacos, recomendados para desenhos coloridos e desenhos a lápis. São vendidos em rolo ou em folha padronizada. Para os desenhos feitos a tinta (nanquim), são utilizados o papel vegetal, semitransparente e seu peso varia de 50 a 120 g por m². Não pode ser dobrado. É o mais indicado para o desenho de projetos por ser resistente ao tempo e por permitir correções e raspagens. É vendido em rolo de 20 m nas larguras de 1.10m ou 1.57m e também nos formatos recomendados pela ABNT, tendo as margens já impressas. O Papel heliográfico encontra-se nas cores azul marrom ou preto. Uma de suas faces é tratada por processo químico e reage em presença do DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 6 amoníaco. Existem diversos tipos de papel heliográfico, do mais fino ao mais resistente. Os projetos realizados através de recursos computacionais, são plotados em folhas sulfite e cortados nos tamanhos adequados. Neste caso, as cópias podem ser coloridas ou não, sendo as originais, os arquivos salvos em disquetes, no padrão PLT. 5.6 Aprovação de projetos Para aprovação do projeto na prefeitura, são necessários: a) 3 cópias do projeto arquitetônico; b) Consulta Prévia c) Matrícula do terreno d) Requerimento para pedido de aprovação e) Guia de ART paga (órgãos públicos) 6. ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS 6.1 COTAS: Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem, portanto, da escala em que o de senho está executado. São os números que correspondem às medidas. Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são: a) linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referencia). b) linhas de cota (ou de medida). As setas podem ser substituídas por: DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 9 As Normas Brasileiras NB-8R estabelecem a convenção usada também pelas normas italianas, alemãs, russas e outras, em que se considera o objeto a representar envolvido por um cubo. O objeto é projetado em cada uma das seis faces do cubo e, em seguida, o cubo é aberto ou planificado, obtendo-se as seis vistas. DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 10 A vista de frente é também chamada de elevação, a qual deve ser a vista principal. Por esta razão, quando se pensa obter as vistas ortográficas de um objeto, é conveniente que se faça uma analise criteriosa do mesmo, a fim de que se eleja a melhor posição para a vista de frente. Para essa escolha, esta vista deve ser: a. Aquela que mostre a forma mais característica do objeto; b. A que indique a posição de trabalho do objeto, ou seja, como ele é encontrado, isoladamente ou num conjunto; c. Se os critérios acima continuarem insuficientes, escolhe -se a posição que mostre a maior dimensão do objeto e possibilite o menor numero de linhas invisíveis nas outras vistas. Na obtenção das vistas, os contornos e arestas visíveis são desenhados com linha grossa continua. As arestas e contornos que não podem ser vistos da posição ocupada pelo observador, por estarem ocultos pelas partes que lhe ficam à frente, são representados por linha média tracejada (linha invisível). 8. SÍMBOLOS GRÁFICOS DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 11 O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremos as simbologias para definir, como por exemplo, as paredes, portas, janelas, louças sanitárias, telhas, concreto... I. PAREDES Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É no entanto obrigatório o uso de paredes de 20cm de espessura quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais...). Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente. II. PORTAS 1. Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota. DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 14 O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m, sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis. 15 - Pror. CARLOS J. ENGEL IV. PEÇAS SANITÁRIAS DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 16 V. MOVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA VI. NA ÁREA DE SERVIÇO DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 19 Essas relações serão de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vãos abrirem para áreas cobertas ou varandas e não houver parede oposta a esses vãos a menos de 1.50 m do limite da cobertura dessas áreas. Estas relações só se aplicam às varandas, alpendres e marquises, cujas coberturas excedam a 1.00 m e desde que não exista parede nas condições indicadas: a. A relação passará para ¼ e 1/5 respectivamente, quando houver a referida parede a menos de 1.50 m do limite da cobertura. b. As aberturas nos dormitórios que derem para áreas cobertas são consideradas de valor nulo para efeito de iluminação e ventilação. c. Em hipótese alguma serão permitidas aberturas destinadas a ventilar e iluminar compartimentos com menos de 0.60m2. d. Também não serão considerados como iluminados e ventilados os pontos que distarem mais de 2 vezes o valor do pé direito, quando o vão abrir para área fechada, e 2 vezes e meia para os demais casos. A iluminação e ventilação por meio de clarabóias serão toleradas em compartimentos destinados a escadas, copa, despensa, oficina, e armazém para depósito, desde que a área de iluminação e ventilação efetiva seja igual à metade da área total do compartimento. Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma só de suas faces, não deverá existir nessa face pano de parede que tenha largura maior que 2 vezes e meia a largura da abertura ou a soma das aberturas. As escadas serão iluminadas em cada pavimento por meio de janelas ou de vitrais o mais alto possível e que podem ser parcialmente fixos. As janelas devem, se possível, ficar situadas no centro das paredes, por questão de equilíbrio na composição do interior. DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 20 Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede, a distancia recomendável entre elas deve ser menor ou igual a ¼ da largura da janela, a fim de que a iluminação se torne uniforme. Com janelas altas conseguimos iluminar melhor as partes mais afastadas das janelas. As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas, de pequena altura de verga e de grande altura de peitoril. Exercícios: 1. Um quarto tem (3.00 x 4.00) m, possui pé direito de 2.80 m. Calcular a área de iluminação e ventilação mínima, sabendo - se que a altura máxima da janela deverá ser a mesma da altura da porta (0.80 x 2.10)m. 2. Qual o coeficiente de iluminação e ventilação de uma sala com (4.20 x5. 30) m e 2 janelas de (1.00 x 1.80) m cada uma? 3. Calcular uma janela com formato circular para um banheiro de (2.50 x 1.20)m, sabendo se que o coeficiente de iluminação e ventilação é de 1/8. CAPÍTULO 3 DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 21 MONTAGEM GRÁFICA DE UM PROJETO O projeto relativo a qualquer obra de construção, reconstrução, acréscimo e modificação de edificação, constará, conforme a própria natureza da obra que se vai executar, de uma série de desenhos: 1. Plantas cotadas de cada pavimento, do telhado e das dependências a construir, modificar ou sofrer acréscimo. Nessas plantas devem ser indicados os destinos e áreas de cada compartimento e suas dimensões. 2. Desenho da elevação ou fachada ou fachadas voltadas para vias públicas. Num lote de meio de quadra é obrigatória a representação de apenas uma fachada. No caso de lote de esquina é obrigatória a representação de pelo menos duas fachadas. 3. A planta de situação em que seja indicado: a. Posição do edifício em relação às linhas limites do lote b. Orientação em relação ao norte magnético c. Indicação da largura do logradouro e do passeio, localizando as árvores existentes no lote e no trecho do logradouro, poste e outros dispositivos de serviços de instalações de utilidade publica. 4. Cortes longitudinal e transversal do edifício projetado. No mínimo representam-se 2 cortes, passando principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da obra ou dos projetos complementares. 5. Escalas mais utilizadas: a. Planta baixa.............. 1:50 b. Cortes........................ 1:50 c. Fachadas.................... 1:50 d. Situação..................... 1:200 / 1: 500 e. Localização................ 1:1000 / 1:2000 f. Cobertura................... 1:100 DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 24 e. Representação da cobertura (esquemática) f. Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura é de 10 cm. g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm h. Indicação de desníveis se houver (verificar simbologia) i. Indicar revestimento (azulejos) com a altura correspondente j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando (geralmente indica-se um pouco acima do piso) k. Indicar o desvio do corte, quando houver, através de traço e ponto com linha média. l. Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver necessidade. m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente O corte é obtido através da passagem do plano vertical pela edificação, dividindo-o em duas partes. Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o corte, eliminando a outra parte. O corte vertical corta a edificação desde a sua fundação até a sua cobertura, como mostra a figura: DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 25 III - FACHADA DESENHO TÉCNICO - PROF. CARLOS J. ENGEL 26 Fachada ou elevação é considerada uma vista frontal da obra; ou seja, é como se passasse um plano vertical rente à obra e se observasse do “infinito”, assim o desenho não seria tridimensional e sim bidimensional (planificado). Para a representação da fachada é necessário observar: a. A fachada não deve constar cotas como no corte, somente em alguns casos excepcionais. b. Indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento, pintura... (se quiser) c. Desenhar as paredes mais próximas ao observador com traço grosso contínuo d. Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com traço médio e fino e. Ao contrário do corte, na fachada é representada detalhes das portas e janelas com traço fino. IV - COBERTURA A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando assim a representação de todos os detalhes relativos à coberta, como: - tipo de telha; - inclinação correspondente ao tipo de telha, - se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises... - Determinar as cotas parciais e totais da edificação. V- SITUAÇÃO
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