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Modulo III - aula 30 - tecidos vegetais - parte 01, Notas de aula de Biologia

AULA 30 - TECIDOS VEGETAIS - PARTE 01

Tipologia: Notas de aula

2011

Compartilhado em 31/01/2011

Roseli
Roseli 🇧🇷

4.6

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Baixe Modulo III - aula 30 - tecidos vegetais - parte 01 e outras Notas de aula em PDF para Biologia, somente na Docsity! MÓDULO III – BOTÂNICA HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 MÓDULO III - BOTÂNICA: TECIDOS VEGETAIS – PARTE 01 PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it A organização do corpo animal é muito diferente da organização do corpo vegetal. A maior parte dessas diferenças deve ser interpretada como adaptações à nutrição autotrófica dos vegetais, em oposição à nutrição heterotrófica dos animais. Assim, somente os vegetais possuem tecidos especializados para a fotossíntese e para a condução da seiva do solo. Os tecidos vegetais, podem ser divididos em tecidos de formação ou embrionários — meristemas — e tecidos permanentes ou diferenciados. Os tecidos permanentes são subdivididos em: tecidos de revestimento ou proteção; tecidos de assimilação e reserva; tecidos de sustentação; tecidos de condução e de secreção. Os Meristemas: Á medida que as células do embrião da planta se especializam, elas perdem gradativamente a capacidade de se dividir. Em algumas regiões da planta, porém, persistem grupos de células de estrutura simples, não diferenciadas ou não-especializadas, que conservam as características embrionárias (células pequenas, com parede celular fina, muitos vacúolos pequenos, etc.). Esses grupos de células — chamadas meristemas (meris = divisão) — encontram-se em constante divisão, promovendo o crescimento da planta e originando, por diferenciação, os outros tecidos vegetais. O meristema se divide em dois tipos: meristema primário ou apical e meristema secundário ou lateral. Meristema Primário: Constituindo o embrião da planta, o meristema primário é responsável pelo seu desenvolvimento e crescimento em comprimento. Conforme a planta se desenvolve, a maior parte desse meristema transforma - se em outros tipos de tecido. Outra parte permanece nas extremidades da raiz e do caule, promovendo o crescimento em comprimento da planta. O meristema persiste ainda ao longo do caule, nos pontos onde surgem novos ramos, folhas e flores. O meristema do caule forma pequenos brotos: as gemas apicais (na ponta do caule) e as gemas laterais ou axilares (nas ramificações do caule). O meristema da ponta da raiz é protegido contra o atrito e micróbios por uma espécie de capacete de células: a coifa ou caliptra. As células da coifa se desgastam à medida que a raiz cresce, mas são repostas pelo meristema dessa região que, por isso, é chamado de caliptrogênio (caliptro = cobertura). Observe que há uma diferença entre o crescimento da planta e o crescimento do pêlo dos mamíferos: o pêlo cresce pela base (folículo), onde estão as células epiteliais vivas e em divisão; o vegetal cresce pelas pontas, onde estão os pontos com meristema. O meristema primário, encontrado na ponta do caule e na ponta da raiz, divide - se em três regiões: a protoderme (ou protoderma), o procâmbio e o meristema fundamental. A protoderme origina um tecido protetor — a epiderme — que reveste o vegetal. O procâmbio vai se diferenciar nos tecidos condutores de seiva, localizados no interior da raiz e do caule: o xilema ou lenho — que conduz a seiva bruta (água e sais minerais retirados do solo) — e o floema ou líber — que conduz a seiva elaborada (substâncias orgânicas sintetizadas nas folhas). O meristema fundamental irá produzir os demais tecidos da planta, responsáveis pela sustentação, fotossíntese, armazenamento de substâncias, etc. (figura 1). Os tecidos formados pela multiplicação e diferenciação do meristema primário formam a estrutura primária da planta. Nas samambaias — plantas do grupo das pteridófitas, sem sementes e com vasos condutores de seiva — e nas plantas herbáceas (como o milho, a beterraba e a cenoura) só há meristema primário. Essas plantas crescem, portanto, apenas em comprimento. Em outras plantas, vamos encontrar também um crescimento em espessura, provocado por outro tipo de meristema, como veremos a seguir. Meristema secundário: O meristema secundário é encontrado no meio dos tecidos diferenciados da raiz e do caule, sendo formado a partir de células adultas, já diferenciadas, que voltam ao estado embrionário, readquirindo a capacidade de se dividir. Esse fenômeno è chamado desdiferenciação celular. Figura 1: A localização do meristema primário. Esse meristema é responsável pelo crescimento em espessura, sendo encontrado na gimnospermas (plantas com semente mas sem fruto, como o pinheiro) e nas angiospermas (plantas com flor e fruto) lenhosas (árvores e arbustos). O meristema secundário forma - se nas regiões laterais do caule e da raiz. Na parte externa ele é chamado felogênio; na parte mais interna, onde estão os vasos condutores, ele é chamado câmbio. Na realidade, uma parte desse câmbio já estava presente, na forma de um resíduo do procâmbio, entre os vasos condutores; mas ele é complementado por células adultas, que se desdiferenciam. Dessa forma, o câmbio tem origem dupla: parte é meristema primário e parte é meristema secundário. O felogênio e o câmbio produzem, por mitoses, células que se dirigem tanto para dentro da raiz e do caule, como para fora, em direção à superfície. Estas células se especializam em células adultas, promovendo o aumento da espessura do vegetal. Enquanto o câmbio produz o xilema e o floema, o felogênio produz células de preenchimento e reserva — o feloderma — e células de proteção — o súber (cortiça), que vai substituir a epiderme (figura 2). O conjunto formado pelo felogênio, feloderma e súber é chamado periderme. Figura 2: O meristema secundário: câmbio e felogênio. O Câmbio se multiplica e produz os vasos condutores de seiva para dentro e para fora da parte central do caule. O felogênio se multiplica e produz um tecido de revestimento chamado súber (do qual é feita a cortiça), para fora do córtex, e um tecido com células cheias de amido, o feloderma, para dentro do córtex.
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