Baixe fratura de tornozelo e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! Fraturas do tornozelo Maira Melisse Introdução • O tornozelo é uma estrutura formada pela união de três ossos: tíbia, fíbula e tálus. • Sabemos também que existem inúmeras articulações e apenas três apresentam um papel importante na função biomecânica, que são: talocrural, subtalar e tibiofibular. Mecanismo de lesão • As fraturas do tornozelo, são geralmente provocadas pelo deslocamento do tálus, e é ele que se inclina e desenvolve as fraturas dos maléolos e lesões ligamentares, assim como o deslocamento da fíbula, dando instabilidade a articulação.
hot
Ei
fibula
medial
malleolus lateral
of tibia Eu TE
of fibula
Fraturas maleolares • Podem ocorrer por trauma direto, porém à maioria das fraturas e lesões ligamentares do tornozelo são causadas por forças indiretas que luxam ou subluxam o tálus de sua posição normal na pinça articular tíbio-fibular distal. Fraturas em adução e abdução do tornozelo, que determina fratura maleolar Classificação • As fraturas do tornozelo, foram classificadas por Weber em tipo A , tipo B e tipo C, e atualmente são classificadas pela AO de acordo com a fixação cirúrgica. • As fraturas do tipo A são fraturas infra-sindesmais, ou seja, existe uma fratura da fíbula, com fratura do maléolo tibial ou lesão do ligamento deltóide, porém a fratura é abaixo da sindesmose, o que não lesa a pinça articular, onde a articulação tem estabilidade pela lesão não ter atingido a sindesmose. Pela classificação da AO: • A1 – lesão isolada do maléolo ou ligamentos fibulares; • A2 – Com fratura do maléolo tibial; • A3 – Com fratura póstero-lateral da tíbia. • As fraturas do tipo C, são fraturas chamadas de supra- sindesmais, nestes casos existe lesão da sindesmose, pois a pinça articular é atingida. A articulação se encontra totalmente instável, e existe a necessidade de se estabilizar cirurgicamente a articulação. Apresenta as mesmas caracterizações das outras duas, ou seja, fratura da fíbula com lesão do ligamento deltóide ou fratura do maléolo tibial. Pela classificação da AO: • C1 – Fratura diafisária da fíbula simples; • C2 – Fratura diafisária da fíbula complexa; • C3 - Com lesão medial e fratura póstero-lateral da tíbia. Tratamento • Cirúrgico ( quando as fraturas são instáveis pela configuração dos fragmentos e pelas lesões capsulo ligamentares associadas. • Não cirúrgico Fratura bimaleolar intra-articular
com deslocamento lateral do tálus
à
n
Ro Ed
Redução aberta para restaurar a
congruidade das superfícies articu-
lares e fixação com parafusos e
placa intramedular
Redução fechada inadequada
de fratura bimaleolar resulta
em perda de congruidade das
superfícies articulares e conse-
quente osteoartrose
pós-traumática
• Podem estar associadas a fraturas do, calcâneo, planalto tibial, bacia, acetábulo e coluna. Classificação • Classificação mais utilizada é a da AO-ASIF, segundo Ruedi & Allgower(8) e Muller et al.(5): • Tipo A: fratura da metáfise distal da tíbia, não desalinhada, com traço de fratura que atinge a superfície articular. • Tipo B: cominuição moderada e moderada incongruência articular. • Tipo C: grande cominuição e grande incongruência articular. Tratamento • Atualmente, a tendência é de conseguir- se redução aberta e aplicação de fixação interna estável com placa e parafusos, reconstruindo a superfície articular da tíbia e aplicando enxerto ósseo de sustentação na metáfise tibial. • Muitos autores têm apresentado bons resultados com a aplicação da fixação interna, com boa redução óssea, reconstrução da superfície articular, estabilização interna e movimentação precoce. Tratamento Fisioterapêutico • O paciente ao chegar para tratamento, estará liberado para movimentar o tornozelo, mas não para colocar o peso corporal sobre o segmento. Esse procedimento pode demorar de 30 à 60 dias para a colocação do peso corporal sobre o segmento. A colocação do peso de forma precoce, pode vir a deslocar os maléolos.