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Hist da Igreja 2010 (1), Notas de estudo de Teologia

História da Igreja

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 17/11/2010

dom-gabriel-amaral-8
dom-gabriel-amaral-8 🇧🇷

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Baixe Hist da Igreja 2010 (1) e outras Notas de estudo em PDF para Teologia, somente na Docsity! INTRODUÇÃO Recuando no tempo, podemos perceber o quanto os movimentos protestantes que surgiram no contexto sócio-politico-religioso do século XVI foram marcantes e decidíveis para a História da Igreja. De um lado a religião com suas burocracias predominava e sentia dona da fé de seu povo. Do outro mentes que questionavam o papel da religião frente ao poder que exercia e frente ao que ensinava na sociedade. Assim, o mundo abria as portas para um novo pensamento que protestasse a concepção de uma doutrina que em vez de ensinar o verdadeiro caminho para Verdade, se perdia não só pelo desregrado caminho da concupiscência como também pela falta de preparação doutrinal . No entanto, nosso objetivo, não é escrever especificamente sobre o Luteranismo, Calvinismo, Aglicanismo e contra Reforma, mas apresentar estas no contexto histórico do século XVI, destacando sua preparação e suas conferencias. Para tal, usamos como base os texto de Guido Zagheni – A IDADE MODERNA – Giacomo Martina – HISTÓRIA DA IGREJA DE LUTERO A NOSSOS DIAS e do mesmo autor no mesmo livro: Teses sobre as causas da Revolução Protestantes. Contexto histórico do século XVI: Reformas: Luterana, Calvinista e Anglicana. Desde a Idade Média a Igreja Católica tinha total predomínio sobre a Europa ocidental. Apesar de ter surgidos várias heresias, ela ainda era quem regia a doutrina, os costumes, a moral e os problemas sócio-econômico da sociedade. Com o surgimento dos Estados modernos no contexto politico da Europa do século XVI, príncipes, papas, imperadores e reis são personagens principais para surgimento dos protestos contra a Igreja católica. Dentro deste mesmo quadro, se damos conta também do movimento renascentista que vinha desde o século XIV e que no século XVI se tornava universal valorizando as artes, a cultura, a Filosofia e a Ciência e reagindo contra “à fuga do mundo” e tudo que era subordinado a religião. Neste sentido, a Igreja frente aos problemas que surgia no seu interior encontrava meios para se firmar com o renascimento moderno. O antropocentrismo que era um dos ideais do renascimento tomava frente em muitos assuntos que discutiam sobre a sociedade e a religiosidade. O homem agora seria o centro de tudo. O teocentrismo perdia espaço nesse contexto. No século XVI também por querer salvaguardar a fé e ensinar o verdadeiro caminho que leva à Verdade, iniciou-se a reforma com Martin Lutero. Para ele, a Igreja com o seu clero não sabia transmitir a doutrina e nem facilitava o fiel a encontrar a Verdade. O Sacro Império estende- se principalmente os Estados Germânicos, onde são divididos em vários principados. No seu interior predominava o trabalho escravo ao passo que em algumas cidades o comércio crescia. No entanto, o título de “imperador” já desaparecera com a queda do Império Romano, mas o Papa Leão III recriou com “Imperator Augustus” para Carlos Magno, Rei do Francos. Contudo, esse título passou a vigorar nos reinos germânicos onde depois lhes é conferido o título de Sacro. No ano de 1519, Carlos V assume o trono sendo rei dos países baixos desde 1515 e rei da Espanha desde 1516, tem o ideal de unificar seus vastos domínios e estabelecer uma monarquia universal católica, nisso, o imperador foi obrigado a lutar contra os príncipes germânicos, que não apoiava a idéia dele e eram contra a centralização do seu poder. Entretanto, com os confrontos envolvendo a idéia de centralização do poder imperial e os anseios dos principados germânicos foi uma luta constante desde a formação do Sacro Império Germânico. No meio de todas essas guerras territoriais e politicas, aparece a figura de Martin Lutero, segundo a História, um monge agostiniano alemão, professor de teologia e responsável por dá inicio e desencadear a reforma protestante. Lutero, ganhava a simpatia de uns e antipatias de outros. Os príncipes alemães o apoiava na idéia reformista da Igreja Católica porque via no imperador o interesse de reforçar seu poder através da Igreja e do clero. Por sua vez, os camponeses também apoiavam Lutero porque a Igreja já não lhes ofereciam uma espiritualidade autentica e consistente diante da realidade da vida. Martin Lutero acreditava na doutrina da justificação, ou seja, o homem terá a salvação mediante só a fé e não as obras. Assim, muitos foram teve grande importância na consolidação da reforma religiosa. Henrique VIII e a Igreja já tinham uma relação pouco amistosa quando, no ano de 1527, ele exigiu que o papa anulasse seu matrimonio com a rainha espanhola Catarina de Aragão. Henrique VIII alegava que sua esposa não teve condições para lhe oferecer um herdeiro forte e saudável que o sucedesse. Mas, o papa Clemente VII, não atendeu a solicitação rei inglês, porque o tio de Catarina de Aragão, Carlos V estava prestando favor a Igreja Católica contra os avanços dos luteranos no Sacro Império Germânico. Por sua vez, Henrique VIII, inconformado com a decisão do papa, resolve obrigar o parlamento britanico a votar uma série de leis onde a Igreja ficasse submissa ao Estado, com isso, cria o ato de supremacia declarando oficialmente seu rompimento com a Igreja Católica, e criando a Igreja Anglicana. Segundo as regras da nova Igreja, o rei da Inglaterra teria o poder de nomear os cargos eclesiásticos e seria considerado o principal mandatário religioso. A partir dessa nova medida, Henrique VIII casou-se com Ana Bolena. Além disso, realizou a expropriação e a venda dos feudos pertencentes aos clérigos católicos. Essa atitude por parte do rei inglês fez com que os nobres, fazendeiros e a burguesia mercantil passassem a exercer maior influência política. Contudo, os anglicanos se consideravam cristãos mas não sob o controle papal. No governo de Elizabeth I, novas medidas foram tomadas para reafirmar o poder da Igreja Anglicana. Alguns dos traços do protestantismo foram incorporados a uma hierarquia e uma tradição litúrgica ainda muito próximas às do catolicismo. Essa medida tinha como objetivo minimizar a possibilidade de um conflito religioso que desestabilizasse a sociedade britânica. No seu governo foi assinado o Segundo Ato de Supremacia, que reafirmou a autonomia religiosa da Inglaterra frente à Igreja Católica. Portanto, assim como os outro reformadores, Henrique VIII, não teve a intenção de fundar uma nova Igreja, mas separar a Igreja da tutela do poder papal por motivos por motivos políticos, econômicos, religiosos e até pessoais. CONCLUSÃO O século XVI como é percebido é marcante para a História universal e da Igreja, até hoje sentimos as consequencia que essas reformas tiveram para História no todo. Nota-se um enfraquecimento da Igreja Católica frente o pensamento moderno da época. Houveram também muitas matanças, tanto do lado protestante como dos católicos, estavam realmente em Guerra pelo poder da “fé”. A burguesia também se fortaleceu com a idéia renascentista e principalmente com difusão do pensamento calvinista que visava o lucro. A Sagrada Escritura com a ajuda da imprensa era difundida pelos protestantes para que lessem e dessem testemunho do reino de Deus e com isso o estimulo de novos fiéis aos cultos religiosos. No entanto não pode-se negar que a Reforma protestante teve seu lado positivo e negativo. Negativo por ter havido muitos conflitos sangrentos, onde pessoas inocentes foram vítimas. Positivo pelo fato de alertar a Igreja sobre seus próprios ensinamentos, é tanto que se houve a necessidade de estabelecer uma contra reforma onde houvesse derramamento de sangue. O concilio de Trento convocado pelo papa Paulo III marca o inicio dessa contra reforma. Nele a Igreja se organizou mais internamente. No campo doutrinal o Concílio reafirmou, sem exceção, os dogmas atacados pela reforma, tratando de outros temas sobre a questão da "justificação" e, contra as teologias luterana e calvinista, ensinou e declarou que a Salvação vem pelas Obras e o perdão pelas penitências, definiu-se ser verdade também a doutrina dos sete sacramentos próprias de cada um deles. Neste concilio, confirmou como verdades absolutas a questão da transubstanciação, a sucessão apostólica, a crença no purgatório, a comunhão de todos os santos, declarou e reafirmou autoridade máxima do papa como sucessor de São Pedro. No ponto de vista disciplinar procurou-se com empenho acabar com os abusos por parte do clero, reafirmou o celibato tanto do clero como do religioso, e melhorou a sua formação intelectual e cultura. Contudo, o que houve no século XVI algumas coisas se faz presente em nosso século, a Igreja ainda não conseguiu harmonizar-se totalmente com as outras, o poder de unificar a fé talvez ainda demore por muitos século ou talvez não passe de uma utopia onde continuaremos estimulados a querer viver em Paz, com sua uma só fé e só Batismo e um só Senhor.
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