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Guias e Dicas
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Educação em Saúde e Comunicação, Notas de estudo de Enfermagem

Educação em Saúde e Comunicação

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 10/11/2010

gerson-souza-santos-7
gerson-souza-santos-7 🇧🇷

4.8

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Baixe Educação em Saúde e Comunicação e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! FU N A S A EDUCAÇÃO EM SAÚDE Oficinas de Educação em Saúde e Comunicação Vamos fazer juntos Oficinas de Educação em Saúde e Comunicação Vamos fazer juntos Brasília, setembro de 2001 Dedicatória Dedicamos este trabalho às comunidades da Amazônia Legal para que ampliem sua qualidade de vida e visão de mundo. Apresentação Os altos índices das doenças transmissíveis na Amazônia Legal – febre amarela, hepatite B, leishmaniose tegumentar americana, leishmaniose visceral, malária, hanseníase, tuberculose, levam ao necessário desenvolvimento de ações eficazes para a sua prevenção, controle e eliminação. Nestas circunstân- cias, cada vez mais vêm sendo incorporadas estratégias de educação em saúde e comunicação, que têm como sujeitos e parceiros tanto a população usuária quanto os técnicos dos serviços, organizações sociais, instituições. Esse fato ilustra como se faz oportuna a instrumentalização dos atores sociais envolvi- dos no uso dessas estratégias, não só no campo da produção das ações como também seu planejamento, desenvolvimento e recepção. Soma-se a essa questão a observação de que, apesar da reconhecida importância da educação em saúde e da comunicação, as experiências neste setor encontram-se dispersas, necessitando de aglutinação, planejamento, ava- liação e difusão. Em conseqüência, a educação em saúde e a comunicação são chamadas a intervir de maneira pontual, tendo como expectativa a resolutividade instantânea e como prática as estratégias massivas. Para que essas ações tenham o cunho estratégico que lhes cabe dentro do mundo contemporâneo, é importante identificar que, para realizá-las, é necessário incorporá-las à agenda dos gestores e gerentes e nas estratégias dos diferentes atores sociais, percorrendo diversas fases que vão desde a pactuação de compromissos e responsabilidades, à análise de demandas, pro- dução, acompanhamento, avaliação, difusão das experiências. Este material construído pela ASCOM/ FUNASA com a participação dos Estados do Pará e do Amazonas e respectivos municípios de Afuá e de Manacapuru, mediante a realização de duas oficinas, vislumbra percursos subs- tanciais para um processo de educação em saúde e comunicação coerente com os princípios e diretrizes do SUS, de eqüidade, integralidade e controle social, dentro da perspectiva da realidade cotidianamente vivenciada pelas populações em seu território. Essas oficinas têm a finalidade de construir di- retrizes e não modelo para produção de estratégias e disponibilizar metodologia e tecnologias aos gestores estaduais e municipais. Todo percurso nele contido tem o caráter integrativo e processual, expresso no desenho de uma metodologia que permite um “espaço tempo” para a negociação das diferenças e dos distintos saberes técnico e popular e a partir dessa interação construir “sentidos coletivos” na resolução dos problemas. A expectativa é de que a incorporação dessa proposta metodológica ao planejamento das instituições, grupos e indivíduos, subsidie uma gestão cida- dã do Sistema Único de Saúde, diminuindo, assim, a distância “entre intenção e gesto”. FUNASA - setembro/2001 - pág. 12 Este processo educativo aqui proposto é desenvolvido via oficinas de educação em saúde e comunicação que reforçará a capacidade gerencial e técnica das Secretarias de Saúde na descentralização e reorganização de ações, na construção coletiva do conhecimento, na apropriação de metodologias e tecnologias que permitam o resgate da cultura local e estimule os produtores culturais da região e formadores de opinião, no seu agir coletivo, desempe- nharem o seu papel nas ações de prevenção, controle e vigilância de agravos preconizadas pelo projeto. Os técnicos e população são sujeitos (atores) que, debruçados sobre a realidade, procuram compreendê-la, desvendá-la e atuar sobre ela para transformá-la. E, à medida que vão transformando esta realida- de vão se transformando também. As oficinas assim pensadas e criadas pela ASCOM/ FUNASA junto com o VIGISUS/ Área Programática III, e amplamente discutidas e rediscutidas num processo de idas e vindas , desde 1998, com os setores e áreas técnicas que compõem o projeto, foram aperfeiçoadas e, agora, disponibilizadas aos gestores estaduais e municipais. A formulação destas oficinas no Estado inicia- se pela pactuação técnica e política da FUNASA com a Secretaria de Saúde do Estado e posteriormente deste com o município identificando interesse e firmando compromisso e apoio institucional à realização e manutenção do processo e o fomento de parcerias com a sociedade civil que facilitará a realização da oficina e a permanência de infra estrutura técnica para sua recriação e expansão aos demais municípios. Em seguida, é realizado o levantamento no município pelos técnicos consulto- res junto com os da Secretaria Estadual e Municipal de Saúde, onde se tem um retrato da situação, teia de relações, recursos locais e se delineia toda a oficina com seleção de participantes previstos com a garantia de pelo menos 50% da sociedade civil. Neste momento, com o trabalho compartilhado, es- pera-se que já se inicie um processo de aprendizado e organização coletiva. O segundo momento é o da oficina propriamente dita onde se espera que, além da visão global do SUS, do processo que fundamenta a prática de educação em saúde e comunicação e conteúdos específicos do agravo em questão, os participantes produzam suas peças de comunicação de apoio à prática educativa. FUNASA - setembro/2001 - pág. 13 O terceiro momento é a utilização do processo e dos instrumentos criados no controle da doença selecionada conforme indicadores epidemiológicos e acompanhamento da proposta via indicadores criados na própria oficina para tal fim e de um sistema de monitoramento e avaliação. As oficinas têm um efeito cumulativo e, a cada aplicação, a proposta deverá ser melhorada num processo constante de construção e reconstrução da metodologia. A educação continuada poderá ser feita através de supervisão e de monitoramento dos Estados e Municípios. Este material é composto desta introdução que define técnica e politi- camente a opção pelo tipo de educação e comunicação defendida , a oportu- nidade dessa discussão, a necessidade de desenvolver tecnologias de constru- ção coletiva e de estratégias de educação em saúde e comunicação contextualizadas, os caminhos a serem percorridos desde a preparação das oficinas, sua operacionalização composta por diversos momentos que se entrelaçam e se interrelacionam e descrevem o produto da vivência de duas oficinas utilizando a metodologia eleita. 2 - Passos para operacionalização das oficinas 2.1 - Pré-oficina A montagem de uma oficina requer negociações prévias para que o pessoal técnico/político manifeste seu interesse em realizar o evento, traba- lhando em parceria com os diversos atores sociais, disponibilizando recursos e estrutura. Os critérios de escolha do Município sede da oficina são de cunho epidemiológico e organizacional. Este momento é a base para a realização da oficina porque a negocia- ção prévia com as Secretarias e a visita de reconhecimento e diagnóstico local dão sustentabilidade ao processo. Pactuação é igual a compromisso no forta- lecimento de parcerias, antes, durante e depois. O levantamento de informa- ções nesta fase é feito junto a diferentes fontes: • informações já disponíveis como pesquisa bibliográfica, internet, do- cumental, dados do sistema de informação local , estadual e nacional; FUNASA - setembro/2001 - pág. 14 • informações elaboradas e sistematizadas pelo técnico como entre- vistas com diferentes segmentos da população, representações po- pulares, políticas, religiosas, ONG, observação participante, visita à instituições, reuniões; Ele é constituído das seguintes etapas: • pactuação técnico-política com o Secretário Estadual de Saúde para apoio à realização da oficina; • reunião técnica com os responsáveis das áreas de Vigilância em Saúde ou Vigilância Epidemiológica, Programa de Imunizações ou área técnica do agravo específico objeto da ação, Educação em Saúde e Comunicação Social e outros técnicos e instituições e organizações sociais convidadas pelo gestor estadual, para conhecimento e análi- se da proposta, análise dos indicadores epidemiológicos; • escolha do Município que sediará a realização da oficina segundo critérios epidemiológicos e de cunho operacional; • pactuação do Estado com o Município verificando interesse à rea- lização do evento; • visita ao Município para reconhecimento da realidade local com objetivo de: - apresentar a proposta aos gestores municipais (prefeito, secretá- rio de saúde, técnicos do nível central da Secretaria Municipal de Saúde e outros definidos pelo Município); - integrar com os técnicos do Estado e do Município para discutir a metodologia do trabalho de campo, analisar as informações dis- poníveis (documentos, dados do sistema de informação de saú- de); - caracterizar a população e seu território; traçar o perfil de saúde do Município;. - identificar os recursos estruturais existentes no Município, para realização da oficina; - identificar e contatar representações populares, instituições de influência no Município, organizações governamentais e não go- vernamentais, representantes de diversos segmentos da popula- ção; FUNASA - setembro/2001 - pág. 17 desenvolvido através de um painel que debate o SUS. No nível técnico através da descrição da situação epidemiológica dos agravos que estão em pauta, relacionando-os com as estratégias de educação em saúde e comunicação para o seu enfrentamento. Todos estes momentos são interativos, havendo dinâmica própria para cada um deles. 2o. Momento Como desenvolver ações de educação em saúde e comunicação. Faz-se aqui o levantamento do conceito de educação em saúde e comu- nicação para que os participantes analisem a educação e a comunicação que temos e a que queremos ter e identifiquem as diversas opções pedagógicas que orientam a prática educativa e as diferentes formas e processo de comu- nicação. Podem ser utilizadas as técnicas de dramatização, trabalho em pe- quenos grupos, dinâmica de construção do conhecimento, a estátua viva, as esculturas, a linha da vida, Júri simulado, entre outras . 3o. Momento Criação coletiva do texto: diferentes segmentos • Integração; • Sensibilização; • Produção. Divide-se a equipe em pelo menos três grupos para facilitar a interação e o trabalho de grupo, intercalando momentos em conjunto no grande grupo. Utiliza-se a dinâmica da fofoca e a dinâmica do desenho. Logo após, para a criação do tema central e o mote, trabalha-se no grande grupo resgatando o conhecimento popular e sistematizando o conhecimento do agravo sob o ponto de vista epidemiológico a partir do conhecimento de cada um, reconstruindo coletivamente o saber . Depois, subdividem-se novamente nos mesmos grupos formados anteriormente, para criação de textos e peças, culminando no mo- mento seguinte. FUNASA - setembro/2001 - pág. 18 4o. Momento • Criação das imagens e som: artistas locais; • Arte-finalização: artista gráfico local. Utiliza-se o trabalho em pequenos grupos de acordo com a escolha da peça a ser trabalhada tendo como eixo o tema central que foi escolhido em painel no momento anterior. 5o. Momento Reprodução: empresa de xerox local. Neste momento, enquanto se finalizam e se reproduzem as peças para apresentação, resgatam-se todos as situações e os momentos educativos em que elas podem ser utilizadas, de acordo com a opção feita pelos participantes para o tipo de educação e comunicação eleita. 6o. Momento Capacitação dos multiplicadores do Estado para a reprodução das ofi- cinas em outros Municípios e dos multiplicadores do Município para uso dos instrumentos nas ações planejadas de educação em saúde e comunicação no controle da malária ou febre amarela, ou outro agravo: diferentes segmentos como participantes na criação do texto coletivo. Planejamento das ações e elaboração dos indicadores e instrumentos de avaliação e monitoramento. Neste momento afina-se a capacitação dos monitores, confluindo para a escolha coletiva destes, levando em consideração critérios preestabelecidos: - facilidade de comunicação, - habilidade em ouvir opiniões e de estimular a sistematização do conhecimento e de propostas, - visão critica e criativa, - participação em todo o treinamento, - capacidade de monitoramento estimulando a livre manifestação de idéias sem atitudes preestabelecidas. FUNASA - setembro/2001 - pág. 19 Logo após, intercalando dinâmica de grupo com plenárias, planejam- se as ações e estratégias para a reedição das oficinas nos demais municípios e a utilização das peças produzidas como apoio à prática educativa no controle do agravo. Constroem-se aqui os indicadores para acompanhamento das ações. Momentos paralelos: Oficinas de artes, cultura, reciclagem, etc. Produtos esperados: Criação de um processo de educação em saúde e de comunicação para o controle de agravos (malária, ou febre amarela, ou outro) baseado na valo- rização da comunicação oral, predominante na região. Estratégia: O uso de história, para situar a comunicação no conto sociocultural da região - Palmiteiro, lenhador, caçador, mosquito, linguagem: música, teatro de bonecos, cartum. Peças: dramatização usando teatro de bonecos - para ser exibido nas reuniões de vacinação, ou outra ação de controle, em escolas; camiseta, para os participantes; “folder” com história infantil e cartaz para apoiar a comuni- cação interpessoal, nas reuniões, escolas, etc., “jingle” para veicular no rádio e no sistema de alto-falantes. Finalização das peças utilizando os meios de produção locais. • Camisetas e cartuns; • Bonecos; • Arte do cartaz e “folder”, no computador; • Musicalização do “jingle”; Público alvo: • 20 participantes - 10 do governo estadual e/ou municipal e 10 representantes da sociedade civil. FUNASA - setembro/2001 - pág. 22 Retornando aos grupos, cada um trabalhará num tipo de peça. Assim, haverá mensagens de rádio, cartaz, folhetos, teatro de bonecos. Cada grupo trabalhará em cima do tema central e dos textos, adequando-os a cada peça e criando imagens e sons para seu suporte audiovisual. Em relação às peças eleitas, sabe-se que a Amazônia é uma região com forte cultura oral, cujas formas mais eficientes são o rádio e a comunicação interpessoal. Dessa for- ma, sugere-se o rádio como grande difusor local; os folhetos e cartazes como material de fixação e imagético - ambos orientadores da comunicação interpessoal, além do teatro de bonecos como elemento sensibilizador, en- quanto potencial espaço de criatividade e adaptação. 2.3 - Pós-oficina Indicadores de acompanhamento e avaliação do uso das estratégias Os indicadores criados durante a oficina e outros já consagrados e escolhidos serão utilizados para avaliar e monitorar as ações educativas e de comunicação, bem como o material de apoio às estratégias planejadas e colo- cadas em prática. Eles poderão ser enriquecidos e até modificados conforme o agravo objeto de controle e a realidade a ser transformada. • Número de pessoas que procuram os serviços para diagnóstico e tratamento. • Número de pessoas com tratamento concluído. • Número de pessoas que procuram informações sobre a doença: - nos serviços de saúde (agentes comunitários de saúde, PSF, pos- tos de saúde) - junto às lideranças. • Aumento da demanda de diagnóstico e tratamento na unidade local de saúde. • Número de pessoas que procuraram os serviços para ser vacinadas. • Das pessoas que procuraram os serviços, de onde receberam a in- formação? FUNASA - setembro/2001 - pág. 23 • Aumento da notificação. • Cobertura vacinal. • Número de vezes que o material foi usado. - nas escolas (nas atividades transversais). - nas rádios (inserção das chamadas, programa, temática). - nas igrejas (inserção nos avisos, temática de sermões, cultos, reuniões, pastorais). • Número de pessoas presentes à amostragem do material. - nas escolas (número de alunos presentes em sala onde a temática foi abordada). - nas rádios (audiência). - nas igrejas e templos (número de pessoas presentes). • Conhecimento da população sobre a malária, febre amarela ou ou- tro agravo, ou ação de saúde. - aplicar questionário antes e depois do uso das estratégias. • Diminuição do número de casos de malária no município. • Aplicação de pesquisa de opinião pós desenvolvimento das ações. 3 - Relato de experiências 3.1 - Uma experiência de atuação em um agra- vo com mudança de foco do controle para diagnóstico precoce e tratamento - A ma- lária. Prefeitura Municipal de Manacapuru- Amazonas Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru Histórico Manacapuru está situada às margens do rio Solimões e dista de Manaus 84 km. Ligada por via terrestre e balsa. Tem uma população de 73.000 habitantes com 65% na área urbana e 35% na área rural. FUNASA - setembro/2001 - pág. 24 As atividades são de extração de madeira, produção de malva e hortifrutigrangeiros. As doenças mais prevalentes são a malária e a hanseníase. A oficina A Oficina de Educação em Saúde e Comunicação no controle da Malá- ria em Manacapuru, desde a sua fase preparatória, foi construída passo a passo com o município, com a participação dos comunitários. A sua metodologia demonstrou que é possível fazer as coisas sem obedecer a um pacote de idéias pré-elaborado, e todos, técnicos e comunidade, podem pro- duzir as suas próprias peças e traçar suas ações para atuar no controle de doenças, utilizando as suas expressões culturais e formas de organização para mobilizar pessoas e instituições. Nessa oficina, o tema básico foi o controle da malária. Houve ampla participação dos níveis federal e municipal. O objetivo para o tema base, de acordo com o diagnóstico realizado na pré-oficina, foi fixar na população a informação de que o carapanã, ao picar, transmite a malária; a importância do diagnóstico precoce e o não abandono ao tratamento para interrupção da cadeia epidemiológica. Trabalhou- se na mudança de paradigma do controle da malária cujo enfoque era o combate ao mosquito. Relacionou- se a prevenção da malária com os horários em que o mosquito mais ataca, de manhã e ao anoitecer. As peças produzidas para apoiar o trabalho do município foram: • Programa de rádio • Cartazes • Cartilha em desenho para escolares • Calendário • Peça de teatro de bonecos • Camisetas • “Jingles” • Textos foguetes. FUNASA - setembro/2001 - pág. 29 Programa de rádio Característica: Informativo especial Programa: “A Hora da Saúde” Duração: 15 minutos Apresentação: Héliton Nogueira e Larissa Ferreira Vinheta de Abertura : rap malária. Loc. 1: Bom dia! Estamos iniciando mais um programa “A HORA DA SAÚDE” /// Hoje 13 de dezembro de 1999 /// Apresentação é Larissa Ferreira e Héliton Nogueira. Loc. 2: Nosso programa de hoje é muito especial /// hoje falaremos sobre uma doença muito grave. Loc. 1: A malária. E para falar sobre esta doença, nós contamos, em nosso estúdio, com a presença da médica da Secretaria Municipal de Saúde, Edleusa Costa, o Inspetor de Endemias de malária da Fundação Nacional de Saúde, Augusto Carneiro e a Coorde- nadora dos Agentes de Saúde, da SEMSA, Enfermeira Nazaré Campos. Loc. 2: Vamos fazer a primeira pergunta. Dra. Edleuza Costa Perguntas à médica: 1) O que a pessoa sente quando está com malária? 2) E o que deve ser feito? 3) Por que as pessoas morrem de malária? Loc. 1: Agora, vamos ouvir uma música. Daqui a pouco, nós voltamos com mais informações sobre a Malária. FUNASA - setembro/2001 - pág. 30 Música: rap da malária Agora vou lhe falar Preste bastante atenção... Malária é problema Vamos encontrar a solução Para não ficar doente É melhor se cuidar Não deixando o carapanã te picar Refrão: Malária ê..ê..ê Malária ê..ê..ê. Malária não..não..não Então, é desta forma que vamos conseguir Tratando logo cedo E indo por aí Falando de casa em casa Vamos comunicar A doença tem cura e vamos acabar Refrão:... Loc. 2: Estamos de volta com nosso programa “A HORA DA SAÚDE” /// E agora vamos entre- vistar o Inspetor de Malária da FUNASA e a Enf. Coordenadora dos Agentes de Saúde. Inspetor Augusto Carneiro... Perguntas: 1) Como se pega malária? 2) Quantos casos nós temos de malária aqui em Manacapuru? 3) Quais são os problemas enfrentados pela saúde? Enfermeira Nazaré Campos... 1) Qual seria a participação dos Agentes de Saúde, no combate à malária? Loc. 1: Nosso programa fica por aqui. Bom dia!! FUNASA - setembro/2001 - pág. 31 Loc. 2: Bom dia!!! Mais para encerrar.. vamos deixar uma música. Vinheta de encerramento: Boi-Bumbá Música: boi-bumbá Refrão: Quero ver meu povo se cuidando pra valer e..e..ee..! Quero ver meu povo fazendo acontecer e..e..e..! Quanta emoção Bate coração Você vai se cuidar Preste atenção Malária é a doença Vamos acabar Tratando até o fim Sem se relaxar Refrão: Quero ver meu povo se cuidando pra valer e..e..e! Quero ver meu povo fazendo acontecer e..e..e..! FUNASA - setembro/2001 - pág. 34 Calendário Peça de teatro de bonecos Peça teatral Tema: Malária – uma estória real Narrador: Uma dia Pedro Pescador resolveu visitar seu compadre Zé da Canoa. Pedro Pescador: Oh de casa! Bom dia coma- dre! Cadê o compadre.. ta bem? Comadre Maria: Entre compadre. Olha! O meu velho não anda muito bem não, não sabe? FUNASA - setembro/2001 - pág. 35 Pedro Pescador: O que ele tem comadre? O compadre Zé da Canoa é tão macho e agora tá dando moleza. Comadre Maria: Não é isso não. Pra falar a verdade, eu acho que deve ser uma gripe ou é a malária. Vá lá com ele. Narrador: Pedro entrou e encontrou Zé da Canoa muito pálido e abatido. Esticado no fundo de uma rede, tremendo e com voz fraca. Pedro Pescador: Olá Zé da Canoa! Como vai meu compadre? Não to nem te reconhecendo. Tu tá parecido com uma alma penada. Zé da Canoa: Ah compadre! Eu nem vou e nem venho, eu só tô nessa: bem mal, com febre alta e vômitos, acho que estou com malária. Narrador: Pedro fica preocupado e logo, comenta: Pedro Pescador: É mesmo. Essa deve ser essa tal de malária. Zé da Canoa: É isso mesmo. É a malária Pedro Pescador: Isto é uma doença. Um dia, numa dessas reuniões da nossa comunidade, dona Josefina, que é agente comunitária de saúde, falou sobre esse assun- to e deu alguns exemplos pra nós. Ela disse que a malária é parecida com isso aí que você está sentido. É uma tal de malária, maleita, sezão, impalu- dismo, tremedeira, é tudo uma coisa só. Tem tanto do nome que eu nem sei todos. Agora o senhor me deculpa, mas a culpa é sua, pois tá aí todo molengão. Quem é sábio não adoece. Comadre Maria: (Entra com cafezinho) E aí compadre, já conversou com meu velho. Eu trouxe um cafezinho aqui pra nós. Pedro Pescador: Puxa vida, que bom! Muito agradecido pelo neguinho. Comadre Maria: Não há de quê. Mas compadre e aí, o que será que meu velho tem? Pedro Pescador: Comadre, eu acho que é a malária. Eu não tenho certeza, mas vamos chamar a agente de saúde de nossa comunidade. Ela vai ter que resolver, pois, eu escutei no radinho lá de casa que o pessoal que trabalha furando dedo foram pegos por um temporal medonho – era água que não parava de cair – um forte banzeiro. E pra completar, o barco que eles vinham, foi atingindo por um raio. Foi gente caindo n’água e outros até parece que pegaram choque. Comadre Maria: Ave Maria! Minha Nossa Senhora! Será que morreu alguém? Pedro Pescador: Graças a Deus que não. Mas, a gente daqui da nossa comunidade já foi treinada para o serviço de combate a essa doença. Comadre Maria: Tomara que sim, pois eu não agüento mais ver meu velho sofrer. Mas, já é tarde compadre vamos dormir e amanhã, bem cedinho, vamos chamar a agente de saúde. Narrador: No dia seguinte, bem cedinho, quando o galo ainda cantava, eles foram chamar os agentes. Minutos depois... entram dois agentes de saúde na casa de Zé da Canoa. FUNASA - setembro/2001 - pág. 36 Agente: Bom dia! Viemos ver o seu Zé da Canoa, disseram que ele estava doente, com febre. É verdade? Comadre Maria: É sim, Graças a Deus que vocês chegaram. Meu marido está com muita febre e tremedeira. Vamos entrando. Agente: Oi, Seu Zé. Nós viemos lhe ver. É mesmo, o senhor está com febre alta. Dê licença, eu vou furar seu dedo para fazer o exame, só assim a gente pode saber se o senhor está com a malária. Narrador: O agente colhe o sangue e faz o exame na hora. Agente: É Seu Zé, o senhor está com malária mesmo. Zé da Canoa: E agora? Como eu faço para me curar? Agente: É facil. É só o senhor seguir a nossa orientação e fazer o tratamento todo, sem inter- romper, tomando todos os comprimidos que nós vamos lhe passar Zé da Canoa: Mas, como foi que eu peguei essa danada? Agente: Ah! Isso é uma doença transmitida por um carapanã prego, chamado Anophelino. Esse tal carapanã, depois de chupar o sangue de uma pessoa doente vai passando a doença para todos que for picando. Narrador: Depois de medicado Zé da Canoa agradeceu à agente de saúde. Elas se despedem, orientando o paciente. Agente: Seu Zé, lembre que é importante que o senhor não pare de tomar o remédio. Mesmo depois que a febre passar o senhor tem que continuar tomando os comprimidos até o final. Não esqueça, para o senhor se curar definitivamente, terá que tomar todo o remédio. Zé da Canoa: Vou seguir seu conselho, não quero passar por uma dessas de novo. Obrigado, os senhores salvaram a minha vida. Todos os atores: Malária – Trate cedo e vá até o fim Elaborado na Oficina de Malária Autor: Francely Sales dos Santos (França) Período: Dia 05 a 13 de dezembro de 1999 Local: Manacapuru – Amazonas. FUNASA - setembro/2001 - pág. 39 O Município apresenta peculiaridades, possuindo um extenso volume de água, banhado pela baía do Vieira, que ocupa grande parte do Município e o divide praticamente ao meio, justificando a baixa densidade demográfica. Em virtude dessas peculiaridades e população do distrito da Ilha do Pará, encontra- se mais próxima do Estado do Amapá em relação à sede de Afuá, utilizando-se dos recursos do recursos deste Estado. Em contrapartida, os moradores dos Municípios vizinhos (Chaves e Anajás), demandam para a sede de Afuá. Afuá é construída sobre palafitas interligadas por pontes. O terreno é influenciado pela dinâmica das enchentes das águas barrentas, o que dá as- pecto peculiar ao solo de várzea (igarapés) igapós. A atividade mais expansiva na estrutura produtiva está no setor primá- rio: no extrativismo animal, destaca-se a pesca do camarão, no vegetal, a ex- tração de madeira em toras e a industrialização do palmito de açaí. Apresenta 216 escolas, uma unidade mista, 23 postos de saúde e 36 agentes comunitários de saúde (A. C. S.) com seis na sede e 30 na zona rural. Ficha de situação vacinal contra febre amarela Vacinação de bloqueio Número de doses Ano 2.361 1999 Município Números de casos Óbitos Ano 17 16 03 04 1998 1999 Afuá FUNASA - setembro/2001 - pág. 40 A oficina Em agosto de 1999, de 23 a 30, Afuá contou com a presença de uma equipe de profissionais da Secretaria de Saúde e Assessores da Fundação Na- cional de Saúde - Projeto VIGISUS, que tiveram por objetivo o estudo e levan- tamento local para realização de uma oficina de educação em saúde e comu- nicação em febre amarela e, através de entrevistas individuais e coletivas, pes- quisas relatórios, obtiveram conteúdos e estratégias metodológicas coerentes com o perfil encontrado na comunidade afuaense. Em outubro de 1999, os referidos técnicos retornaram para a realiza- ção da oficina, no período de 09 a 13 de outubro. Foram convidadas 20 pes- soas representantes do governo municipal, estadual e membros da comunida- de. O objetivo da oficina seria a construção de estratégias de educação em saúde e comunicação para prevenção da febre amarela com a coordenação da Fundação e monitoria de Darlan Manoel Rosa e Terezinha Marques da Silva, consultores do projeto. A oficina foi repassada em cinco dias. A cada, dia tendo de início uma recreação, para descontrair, foi obedecida toda a programação, que apresen- tava horários estabelecidos e intervalos. O conteúdo programático, apresentação teórica pelos técnicos e metodologia empregada corresponderam ao esperado. Os trabalhos em grupo com os participantes divididos por temática escolhida, com posterior apresentação em plenária e avaliação obtiveram bons resultados. Ao término da oficina, com a presença da comunidade e autoridades locais, foi apresentado o produto, constando de uma peça de teatro sobre febre amarela, um programa de rádio ao vivo falando sobre a doença referida. No período pós-oficina, foi realizado pela secretaria de saúde um plano de ação para prevenção de febre amarela e neste consta: • Camiseta • Cartaz • Música da febre amarela a ser tocada nas zonas urbana e rural. FUNASA - setembro/2001 - pág. 41 • Posto de vacinação fixa na orla da cidade. • Vacinação de bloqueio na área de risco. • Programa de rádio com mensagens foguetes. • Jingle. • Montagem de peças teatrais na sede do município e na zona rural (através das escolas). • Formulário a ser preenchido nos hotéis para cadastramento dos hóspedes. O mote escolhido para a produção das peças foi baseado no levanta- mento de onde havia mais resistência para vacinar, os mais velhos, com gran- de influência sobre a população. Slogan: Já viveu muito? viva mais! vacine-se contra a febre amarela A montagem de peças teatrais com escolas e professores é um trabalho conjunto com a Secretaria Municipal de Educação como estratégia de integração de políticas, para atingir as 127 localidades nos furos e por entender que saúde e educação são responsabilidades compartilhadas e extrapolam os li- mites da Secretaria. Um grupo apenas na sede do município não cobriria as localidades distantes. Portanto, cada escola terá o seu grupo cobrindo as es- colas e localidades. A música composta para tocar nos barcos foi gravada e distribuídas 70 fitas para os barcos que percorrem toda a região do município. A inserção dos programas e mensagens foguetes na Rádio Comunitária FM de Afuá, Rádio Difusora de Macapá, em todas as ações para o controle de febre amarela (oferta da vacina, bloqueio) tem um alcance mais extenso atin- gindo, também, as populações distantes da sede. O formulário para hotéis, para cadastro de hóspedes, é utilizado para verificação do estado vacinal dos clientes. O posto de vacinação na orla, com seu funcionamento permanente em local de maior afluxo da população, passa a cobrir melhor as necessidades da população e é um resultado concreto no redirecioamento do serviço. Ressal- ta-se, também, como positiva a elaboração do planejamento estratégico, pós- Camiseta JAVIVEU MUITO? VIVA MAIS! — -— MD — — VACINE- CONTRA FEBRE AMARELA Cartaz JÁ VIVEU MUITO? VIVA MAIS! 2 A oo Z RR VACINE-SE CONTRA A LOCAL; DATA: FUNASA - setembro/200] - pág. 45 FUNASA - setembro/2001 - pág. 46 Pagode da vacina Autor: Piska Olha a baranda chegando pra vacinar esse povão chama Rosinha e Maria o Mané, o Tonico e o João Porque a Febre Amarela está aí minha gente aproveita prá se vacinar quero ver esse povo sorrindo, feliz numa boa de papo por ar Se você já viveu muito viva mais que não é nada mal vamos juntos para esse combate e a Amazônia vai ficar mais legal Música da febre amarela a ser tocada na zona urbana e rural Programa de rádio: “O Minuto da Saúde” Locutor: Bom dia, estamos iniciando... Vinheta: Sarito tocando improviso da 9ª Sinfonia de Bethoven Slogan: Você já viveu muito? Viva mais! Música: É o bicho, é o bicho, mosquitinho eu sou, vim prá te picar Locutor: O mosquito está rondando Afuá. Está rondando os açaizeiros, está na copa das árvoes, nos troncos e beira dos rios. Este mosquito é o transmissor da Febre Amarela. Você sabe o que é Febre Amarela? É uma doença febril aguda causada por um vírus que compromete vários órgãos, sendo os rins e o fígado os mais atingidos. Slogan: Você já viveu muito? Viva mais! Música: É o bicho, é o bicho, mosquitinho eu sou, vim prá te pegar. Locutor: Você sabe como a Febre Amarela se manifesta? Primeiro – o doente apresenta dor de cabeça acompanhada de febre alta, vômitos e icterícia (pele amarelada). Os casos graves apresentam hemorragia, que é o sangramento pelo nariz, boca, ouvido e ainda convulsões, delírios que levam à morte. Se você apresentar alguns destes sintomas, procure a unidade de saúde ou posto de saúde mais próximo de sua residência. FUNASA - setembro/2001 - pág. 47 Slogan: Você já viveu muito? Viva mais! Música: É o bicho, é o bicho, mosquitinho eu sou, vim prá te pegar Locutor: Você sabe como se transmite a Febre Amarela? A Febre Amarela é transmitida pelo mosquito que mora nas matas, bem pertinho de nós. Este mosquito pega a Febre Amarela do macaco doente. Você sabe quem pode se vacinar? Todas as pessoas, desde o bebê de seis meses de idade até o vovô e a vovó. E para você meu amigo papudinho que adora uma caipirinha, não se assuste. A vacina não tem contra-indicação, ou seja, pode tomar vacina e saborear a sua caipirinha. Slogan: Você já viveu muito? Viva mais! Música: É o bicho, é o bicho, mosquitinho eu sou, vim prá te pegar Locutor: Você sabe se prevenir contra a Febre Amarela? Tomando uma dose da vacina que protege você contra a febre amarela por um período de dez anos. Devemos eliminar criadouros de mosquito, que gostam de água limpa e parada, como: garrafas, pneus, pratos de plantas, latas, caixas d´água sem tampa. Slogan: Você já viveu muito? Viva mais! Música: É o bicho, é o bicho, mosquitinho eu sou, vim prá te pegar Locutor: Apresentando a cantora Selma Nobre e a música Doutor (versão, da música Garçon, nessa mesa de bar... de Reginaldo Rossi). Locutor: Apresentando a repórter Selma Nobre Repórter Selma Nobre, entrevista D. Verônica sobre a dificuldade dela para levar o marido para se vacinar. Locutor: Mensagem para o Rio Piraiauara Vovô Joel, Ficamos felizes porque o Senhor tomou a vacina contra a Febre Amarela. Atenciosamente, seus filhos, genros, noras, netos e bisnetos. Locutor: Encerrando o programa Slogan: É o bicho, é o bicho, mosquitinho eu sou, vim prá te pegar FUNASA - setembro/2001 - pág. 50 Maneco: - Ih! Pessoal escutem... É o barulho de motor. João: É mesmo! E é a baranda. É a tal da vacinação. Eles vêm vacinar a gente! Maneco: É, cara, mas eu é que não vou ficar aqui pra isso. Vou é me mandar. Esse negócio de furada não é comigo. Vamos embora João João: É melhor a gente se mandar. Vamos correr para o mato que eu quero ver se eles vão achar a gente. (Os dois saem correndo) Raimundo: Ei, gente, peraí! Égua dos cara froxo! (Ouve-se voz de fora) (cachoro late) Enfermeiro: O de casa! Dá licença? (A avó aparece) Avó: Pode vir que os cachorro já caiu os dentes! (O enfermeiro aparece juntamente com os ACS) Enfermeiro: Bom dia pessoal! (Dirigindo-se a Avó) Dona Quita, estamos trazendo a vacina contra a Febre Amarela, que é uma doença transmitida pelo carapanã que mata as pessoas picadas por ele. E nós viemos justamente para prevenir contra essa terrível doença. Nessa região já está fazendo muitas vítimas e vocês, se não forem vacinados, também podem ser atingidos por ela. Onde estão os outros moradores? Avó: Peraí que eu vou chamar. - Maneco! João! Cadê essas pestes que não aparecem? Neta: Ih vó, pois num é que os dois correram para o mato. Eles disseram que não vão vacinar não! Avó: (DIRIGINDO-SE AO ENFERMEIRO) - Pois então, nem tem jeito! Eles não querem né? Pode vacinar esses outros aí. Enfermeiro: Então, vamos lá pessoal! (A ACS vacina os dois netos) ACS: E a senhora, dona Quita, não vai vacinar? Avó: Eu? Eu não! Num é preciso não. Já vivi muito e até agora nunca precisei disso. Num quero não! Enfermeiro: Pois é Dona Quita os seus netos não estão fica para outra vez. Até outro dia! Todos: Até FUNASA - setembro/2001 - pág. 51 (Os personagens saem de cena, ouve-se o barulho do motor ) (Aparecem os dois rapazes) Maneco: Cadê o pessoal? Eles já foram? Já era tempo. Esse negócio de furada não é coisa pra macho! João: Ainda bem que nós corremos para o mato. Eles é que vão furar os bestas lá da cidade. Ah, Ah, Ah...! 2º Ato (Ambiente de trabalho dos dois rapazes: no meio da mata os dois cercados por mosquitos, tentando cortar as árvores) Maneco: Caramba! Esses diabos de Carapanã não deixam a gente trabalhar. Égua macho! João: E nós precisa de levar esses parmitos pra vender que a farinha tá acabando! Maneco: É, mas desse jeito num dá. Olha, como eu já tou todo ferrado! É melhor a gente ir pra casa! Já é a boca da noite. João: É macho, é melho mêmo! 3º Ato (Casa onde mora) (Tempos depois) Maneco: Aí meu Deus! Que dor! Não aguento mais! Vó! Essa dor no figo está demais. Ai! Ui! João: Estou morrendo de febre e dor no corpo! Ai! Vó vem cá. Avó: Meu Deus, o que eu faço? O Maneco e o João estão cada vez pior! É febre, dor no figo, no corpo, é tanta coisa que nem dá pra entender! Já dei todo o tipo de remédio e nada! Tomara que o compadre Didi não demore pra levá eles pra Macapá. É o jeito. Meu Deus! Que castigo! 4º ATO (A avó está desesperada) Avó: Meu Deus! Meus netos morreram! Ai, meu Deus, essa marditá da Febre Amarela. Quando que nós pensava que isso mata. Os meus meninos se foram. Eles que trabalham pra nos dar o que comer. O que vai ser de nós agora? FUNASA - setembro/2001 - pág. 52 (Ouve-se o barulho do motor) Menina - Vó é a baranda! (De fora ouve-se a voz) Enfermeiro: O de casa! Dá licença? Avó: (Chorando) - Pode subir. (Eles aparecem) Avó: Ah! Seu doto essa amardiçoada da Febre Amarela matou os meus netos. Eu criei eles desde gitinhos, quando a mãe morreu. Eles trabalhavam para nós sustentá! Ai meu Deus... Enfermeiro: Calma Dona Quita, nós entendemos. Voltamos aqui para lhe vacinar. A senhora não pode correr o risco de ser atingida pela Febre Amarela. Vamos vacinar? Avó: Eu? Eu não! Pra quê? Ja estou no fim da vida! Quem precisava era os meus netos! ASC: É dona Quita! Eles se foram, mas a senhora ainda tem duas crianças para cuidar! Eles precisam da senhora. Avó: Isso é verdade. Seu eu faltar o que vai ser deles? (CHORA) ACS: Então, vamos vacinar? Neta: É sim vovó! Deixa vacinar! Avó: Tá bom! Então pode fura! Mas devagar heim! ACS: Pode deixar, não vai doer nadinha! TODOS: VIVA! Enfermeiro: É isso aí! Você já viveu muito? Viva mais! Vacine-se contra a Febre Amarela. A febre é Amarela, mas a vida é cheia de outras cores, e a vacina é vida! FUNASA - setembro/2001 - pág. 56 2o. Dia (público específico) 8h00 : Exercício de Integração 9h00 : Trabalho em grupo: Identificação dos problemas de saúde do muni- cípio 10h00 : Intervalo 10:15 : As doenças da Amazônia Legal - técnico da FNS nível regional 12:00 : Almoço 15h00 : Exercício de sensibilização temática 16h00 : Mostra de estratégias de educação em saúde e comunicação 16h45 : Intervalo 17h00 : Análise crítica das estratégias de educação em saúde e de comunica- ção 19h00 : Encerramento das atividades 3o. Dia 8h00 : Exercício de integração 8h30 : A educação que temos e a educação que queremos ter. Princípios que orientam a prática de educação e de comunicação 9h30 : Trabalho em grupos para criação da idéia central 10h00 : Intervalo FUNASA - setembro/2001 - pág. 57 10h15 : Apresentação e consensualização da idéia central 12h00 : Almoço 15h00 : Trabalho em grupos para a criação dos textos 16h00 : Apresentação comentada dos produtos dos grupos 17h00 : Trabalho em grupo para qualificação dos produtos 19h00 : Encerramento 4o. Dia 8h00 às 12h00: Oficinas de criação de imagens e sons 12h00 : almoço 15h00 às 19h00 : Oficinas de criação de imagens e sons 5o. Dia 8h00 às 12h00 : Arte-final dos materiais 12h00 : almoço 15h00 às 19h00 : Arte-final dos materiais 6o. Dia 8h00 : Capacitação dos multiplicadores para uso dos instrumentos 11h00 : Capacitação dos monitores para reprodução da oficina em outros municípios FUNASA - setembro/2001 - pág. 58 12h00 : Almoço 15h00 : Continuação da capacitação 16h00 : Intervalo 16h15 : Planejamento das próximas oficinas e das ações de educação em saúde e comunicação; definição de indicadores de monitoramento e avaliação das ações 18h00 : Avaliação escrita e oral dos trabalhos 19h00 : Encerramento com confraternização e apresentação dos produtos a comunidade FUNASA - setembro/2001 - pág. 61 Anexo 3 Oficina de trabalho: ficha de cadastro 01. Nome completo: ________________________________________________ 02. Apelido: ______________________________________________________ 03. Data de Nascimento: ____/____/____ Idade: ___________________________ 04 . Local de Nascimento: Cidade _____________________ Estado: ____________ 05. Local de Residência: _________________ Tempo de Moradia: ______________ 06. Você Trabalha? Sim ! Não ! 07. Em que atividade você trabalha?______________________________________ 08. Há quando tempo você trabalha nesta atividade? __________________________ 09. Até que ano você estudou ou que ano está cursando? a) 1º Grau 1ª ! 2ª ! 3ª ! 4ª ! série 5ª ! 6ª ! 7ª ! 8ª ! b) 2º Grau 1ª ! 2ª ! 3ª o ano profissionalizando-se _________________________ c) Universidade: Sim o oNão Curso de: ___________________________________ 11. O que você espera dessa oficina de trabalho? _____________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ Muito obrigada por sua atenção!!! FUNASA - setembro/2001 - pág. 62 Anexo 4 Oficina de trabalho: ficha de avaliação 1. Assinale qual a sua opinião sobre a organização da oficina a) Excelente b) Muito Boa c) Boa d) Regular e) Ruim Por quê? ________________________________________________________ 2. Assinale qual a sua opinião sobre o local da oficina. a) Excelente b) Muito Bom c) Bom d) Regular e) Ruim Por quê? ______________________________________________________ 3. Os temas abordados foram adequados aos objetivos estabelecidos? ____________ Sim ! Não ! Por quê _____________________________________ ____________________________________________________________ 4. As atividades realizadas foram adequadas aos objetivos estabelecidos Sim ! Não ! Por quê _____________________________________ ____________________________________________________________ 5. Cite três palavras que, na sua opinião, definem esta oficina. __________________ ____________________________________________________________ 6. Assinale qual a sua opinião sobre cada um dos monitores. Por quê? ______________________________________________________ Nome do monitor a) Excelente b) Muito Bom c) Bom d) Regular e) Ruim FUNASA - setembro/2001 - pág. 63 Nome do monitor a) Excelente b) Muito Bom c) Bom d) Regular e) Ruim Por quê? ________________________________________________________ 7. Assinale a sua opinião sobre a sua participação nas discussões durante a oficina. a) Excelente b) Muito Bom c) Bom d) Regular e) Ruim Por quê? ________________________________________________________ 8. Assinale a sua opinião sobre a sua aprendizagem na oficina. a) Excelente b) Muito Bom c) Bom d) Regular e) Ruim Por quê? ________________________________________________________ 9. Sugestões: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ FUNASA - setembro/2001 - pág. 66 Anexo 6 - Textos básicos 1. As dinâmicas de construção do conhecimento Ao contrário da comunicação de massa, onde o público é alvo, nos processos educativos o público é parceiro nessa construção. Assim, o primei- ro passo é resgatar junto aos autores/atores sociais o conhecimento que eles têm sobre o tema. Para este objetivo, foram sistematizadas as duas dinâmicas que seguem. Dinâmica da fofoca Com o objetivo de conhecer a percepção que os participantes têm so- bre os agravos à saúde, morte, prevenção e tratamento, e de como eles os relacionam com os determinantes sociais, econômicos, culturais, é feita uma dinâmica em forma de dramatização. Nela, o monitor procura, durante 30 minutos, discutir com o grupo como é a vida no município, quais são as prin- cipais dificuldades, doenças que mais preocupam, quais as soluções necessá- rias e a quem cabe adotar. Depois desse mapeamento são formados cinco subgrupos e cada um deles estará encarregado de escrever uma dramatização onde duas vizinhas ou vizinhos discutem na porta de casa, em forma de fofoca, os assuntos esco- lhidos pelo grupo tais como doenças, acidentes, atendimento hospitalar, etc. Enquanto cada grupo apresenta a dramatização produzida, os outros fazem anotações para depois comentarem e, assim, sucessivamente, até o últi- mo grupo se apresentar. Esse olhar deve ser o mais livre possível pois é ele que irá dar subsídios à sistematização dos elementos de comunicação lançando-se mão para o desenvolvimento, de estratégias e de práticas pedagógicas embu- tidas nos discursos e na própria condução do exercício. Porém, deve haver uma pergunta geradora que estimule a expressão do sentido. Depois, é feito um painel, onde os grupos comentam e, com a ajuda de um relator, os monitores fazem um mapa da realidade do município, de acor- do com a ótica dos participantes. FUNASA - setembro/2001 - pág. 67 Dinâmica do desenho O grupo é dividido em três subgrupos, com cada um de seus partici- pantes representando um dos três personagens principais da doença: no caso da Febre Amarela fica assim: Grupo A – mosquito; Grupo B – população; e Grupo C – Agentes de Saúde. Cada grupo tem 15 minutos para elaborar situações de seu conheci- mento popular sob a ótica do seu personagem. Assim, o grupo dos mosquitos tenta imaginar quais as necessidades, estratégias e dificuldades que os mos- quitos teriam para picar, a população constrói situações de como evitar o contato com o mosquito e o grupo dos agentes cria situações do ponto de vista de sua intervenção, em especial a vacinação. Na etapa seguinte, os representantes dos subgrupos têm três minutos para desenhar numa folha de papel de metro a situação imaginada. A medida que o desenho vai se desenvolvendo, os subgrupos que representam os outros personagens vão tentando adivinhar a cena construída. À medida que o jogo se desenrola, os participantes, no afã de decifrar o desenho, verbalizam todo o conhecimento sobre a doença, independente do certo e do errado. Esses dados serão trabalhados mais adiante, por um relator, que, durante todo o processo, anotou os pontos tecnicamente relevantes sob o aspecto epidemiológico. A partir destes, expostos através de um painel, faz-se a sistematização das questões que surgiram no exercício anterior, tais como: mitos e crendices, formas de transmissão, vacina, etc. Ao final do jogo, com ajuda do monitor, as situações a serem utilizadas para a construção de um processo de educação em saúde e comunicação continuada, bem como a linguagem e conexões com o meio sociocultural comporão essa construção do processo. A criação do tema central Com o resgate do conhecimento popular do grupo, a sistematização deste conhecimento do ponto de vista epidemiológico, o mapeamento de situa- ções de resistência e público definido, passa-se à criação do mote ou tema FUNASA - setembro/2001 - pág. 68 central, ou ainda slogan que irá unir todas as peças de comunicação a serem criadas. Os mesmos subgrupos se reúnem e cada um cria várias frases que mais tarde serão discutidas em grupo. A exemplo de Afuá/Pará, analisando a frase de resistência do público sujeito da ação que é “se vivi até agora sem vacina, prá que vou vacinar ago- ra?”- fica claro que existe uma incerteza: “Prá que vacinar agora?”- Para viver mais – foi a resposta criada pelo grupo. Assim, a frase escolhida foi: “Já viveu muito? Então viva mais! – Vacine-se contra a febre amarela.” É importante ressaltar que todas as peças criadas devem ter o mesmo tema central. Assim, quando o agente de saúde chegar numa residência no interior do município estará usando o mesmo tema veiculado pelo rádio e demais peças criadas, tornando, assim, o processo de educação /comunica- ção interativo. 2. Os meios de comunicação eleitos Em relação às peças eleitas, sabemos que a Amazônia é uma região com forte cultura oral, sendo o rádio e a comunicação interpessoal as formas mais eficientes de comunicar. Dessa forma sugere-se o rádio como difusor local; os folhetos e cartazes como material de fixação e imagético – ambos orientadores da comunicação interpessoal, além do teatro de bonecos como elemento sensibilizador, enquanto potencial espaço de criatividade e adapta- ção. Quanto à reprodução de material, a idéia é trazer os microempresários comunitários e privados para dentro da oficina e buscar parcerias, para que possa haver um produto final bem realizado. Além disso, estariam sendo ca- pacitados a produzirem novos materiais dentro do projeto concebido pela oficina, aprofundando a compreensão do processo de trabalho. Quando se fala em educação em saúde e comunicação como processo continuado, pressupõe-se que as ações desencadeadas não sofram hiatos no acompanhamento, avaliação e retroalimentação das atividades inerentes à saú- de. Na área da comunicação, especificamente, esse processo se dá inclusive FUNASA - setembro/2001 - pág. 71 entre o locutor/apresentador e o ouvinte e este se transforma em um membro da família que todos os dias adentra sua casa trazendo entretenimento, orientações e conselhos. Assim, uma mensagem dita por um apresentador de um programa preferido pela população local é mais eficiente que textos lidos por locutores desconhecidos ou mensagens em forma de comercial. Uma das formas de se utilizar o rádio, que tem sido feito pelo UNICEF com grande sucesso, é a edição de um boletim mensal, onde é disponibilizada uma série de pequenos textos para serem lidos pelo locutor/apresentador. Desta forma, o UNICEF fornece o conteúdo e o locutor usa seu carisma para passar a mensagem. Teatro de bonecos O teatro de bonecos vem sendo utilizado com grande sucesso na mobilização comunitária, pois ele é capaz de reunir o som e a imagem a servi- ço das mensagens e é capaz de encantar adultos e crianças. Escola Outro canal importante para se chegar a esta população é através da escola. Tudo que acontece na escola as crianças partilham com os pais em casa. Assim, além de formar novas gerações, a escola tem esta função impor- tante de ser espaço de interlocução. 2.2. A comunicação visual Nem sempre foi assim, é claro. Mas, até mesmo na idade primitiva do mundo, o homem das cavernas, ainda sem o poder da palavra, ou seja, da comunicação oral, já insinuava um maneira de entender-se com seu seme- lhante, utilizando-se, para isso, de gestos e associando os fatos de sua vida diária aos desenhos que fazia nas paredes das cavernas. Raríssimas destas pinturas rudimentares, reflexos de uma época longínqua, ainda existem e mostram, em sua maioria, cenas de caçadas, a luta pela sobrevivência, o sol, a lua, o fogo. De uma maneira ou de outra, o nosso ancestral já se comunicava, tomando conhecimento do seu meio ambiente e mostrando-o através de sua rústica pintura. FUNASA - setembro/2001 - pág. 72 Foi exatamente esta forma de se expressar que deu origem a todo o sistema de comunicação visual conhecido hoje em dia. Seja um desenho, uma cor, uma letra, ou uma forma qualquer em destaque, em algum lugar, a comu- nicação visual tem, no próprio conceito do termo, um único e fundamental objetivo: dizer alguma coisa, silenciosamente. Expressar um significado. Defi- nir um local, uma situação, dar uma orientação a quem olha. 2.2.1. O mergulho nas cores Junte o azul do céu, o verde das plantas, o colorido das flores, enfim, a natureza, e verá que diariamente você está participando intensamente de um mundo colorido. Apesar do cinza do mundo moderno – visualizado na esma- gadora e poderosa presença do concreto – vivemos mergulhados dentro de um cromatismo intenso: não podemos nos separar dele porque ele já faz parte de nós, dando-nos satisfação e amor. Atualmente, vivemos perfeitamente integrados numa civilização visual, proporcionada pela tecnologia que avança mais e mais. A eletrônica tem pa- pel importante neste estágio de civilização: afirma-se que o homem passa, anualmente, mais de mil horas diante de imagens eletrônicas. Isso tende a aumentar, com a utilização dos novos recursos que invadem nossa casa, como o vídeo-game, os microcomputadores, etc. Na força comunicativa da imagem, o que predomina é o impacto da cor: é ela que envolve, prende a atenção, emociona, cria sensações. Devemos, portanto, ter consciência da importância da cor nos proces- sos de comunicação visual e utilizá-la se os orçamentos permitirem. Estudos mostram que o uso de cores em peças gráficas aumenta em até 50% a percep- ção da mensagem. Cartazes Um cartaz divide-se em quatro partes a) Título ou chamada; b) Ilustra- ção; c) Texto; d) Assinatura. O primeiro cuidado que devemos ter ao planejar um cartaz é estabelecer uma hierarquia entre as partes, de forma a criar uma prioridade e um roteiro de leitura. Isto quer dizer que uma das partes do FUNASA - setembro/2001 - pág. 73 cartaz deve ter maior destaque que a outra e as outras partes numa ordem decrescente de tamanho. Para o público de baixa instrução, o mais indicado seria que a ilustração fosse a parte com maior destaque, seguida pelo título, texto e assinatura. Título: O título de um cartaz deve ser muito conciso, mas dar uma idéia ao leitor do que se trata; no caso de uma campanha para a febre amarela, deve-se, obrigatoriamente, fazer referência à doença. Nunca usar trocadilhos ou fazer humor, pois este tipo de comunicação pode causar viés. Ilustração: A imagem deve ser fiel ao objeto representado e deve-se ater à escala. É muito comum ver cartazes com o mosquito da febre amarela ocupando todo o cartaz, o que pode dificultar o seu reconhecimento, pois o tamanho é uma referência importante. O ideal é agregar à imagem do mosquito algum outro elemento identificador, como o ambiente. Texto: Como vimos antes, o título deve dar uma idéia do assunto e, assim, o texto só terá informações complementares como locais de vacinação, horários, etc. Assinatura: A assinatura deve vir no rodapé do cartaz em letras miúdas, pois a sua função é tão-somente informar o órgão responsável. Folhetos Ao escrever um folheto para uma população do Amazonas é preciso levar em conta que esta peça de comunicação servirá de apoio para o Agente de Saúde passar as mensagens para a população adulta e, na maioria das vezes, analfabeta, ou servirá para as crianças na escola, que por sua vez, ao chegarem em casa, repassarão a informação para os pais. Assim sendo imagi- ne-se um agente de saúde na casa de um habitante da região passando essas informações. Uma das características da oralidade é a história e os exemplos que são desenvolvidos com o auxílio dos mitos e crenças locais. Ao escrever este texto, escreva uma história, como se fosse uma história infantil. E uma boa história tem que ter uma boa idéia, uma narrativa simples e sobretudo ter emoção. Uma história sem emoção é como comida sem tempero, a gente come e nunca mais lembra. Outro ponto importante, é que a história deve ser FUNASA - setembro/2001 - pág. 77 Referência bibliográfica DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. São Paulo, Moderna, 1998. Cap. 3 (págs. 14-16); Cap. 12 (págs. 47-51, Cap. 13 (págs. 52-55) e Anexo (págs. 72-77). DOURADO, Paulo & MILET, Maria Eugênia. Manual de Criatividades. 4 ª. Ed. Salvador: EGBA,1998. P. 16 a 32. FREIRE, Paulo. O último fragmento. In.: Folha de São Pau- lo, maio/97. MINISTÉRIO DA SAÚDE. O SUS e o controle social: guia de referência para conselheiros municipais. Brasília. Mi- nistério da Saúde. 1998. P. 07-17. SOUZA, Herbert José de. Informação pela informação não basta. In.:Saúde e imprensa: o público que se dane. p. 21-23. ______________________. O impossível na política. Folha de São Paulo. SP Cad. Opinião 1, p. 3. 17/nov/96. FUNASA - setembro/2001 - pág. 79 Coordenação e organização Darcy de Valadares Rodrigues Ventura - Coordenação de Educação em Saúde/Coesa/Ascom/FUNASA Flávia Tavares Silva Elias - Projeto VIGISUS/Área Programática III/ Cenepi/FUNASA Equipe elaboradora Darcy de Valadares Rodrigues Ventura - Coordenação de Educação em Saúde/Ascom/Pre/FUNASA Darlan Manoel Rosa- Consultor Flávia Tavares Silva Elias - Projeto VIGISUS/Área Programática III/ Cenepi/FUNASA José Itturri- Projeto VIGISUS/ Área Programática III/Cenepi/FUNASA Maria de Lourdes Oliveira - Consultora Terezinha Marques da Silva - Consultora Diagramação, normalização bibliográfica, revisão ortográfica e capa: Ascom/Pre/FUNASA Copidesque Waldir Rodrigues Pereira - Vigisus/Cenepi/FUNASA
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