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Psicopedagogia hospitalar 2013 o vinculo afetivo da criança hospitalizada com a aprendizagem, Notas de estudo de Psicopedagogia

A proposta da Psicopedagogia hospitalar é ser o interlocutor de todos os que passam por internações

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 02/11/2010

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Baixe Psicopedagogia hospitalar 2013 o vinculo afetivo da criança hospitalizada com a aprendizagem e outras Notas de estudo em PDF para Psicopedagogia, somente na Docsity! PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR – O VINCULO AFETIVO DA CRIANÇA HOSPITALIZADA COM A APRENDIZAGEM Maria do Carmo Abreu Silva Amambahy - Pedagoga e Psicopedagoga Clínica Institucional. A proposta da Psicopedagogia hospitalar é ser o interlocutor de todos os que passam por internações. Embasados na técnica e na pratica utilizando todo o seu conhecimento para criar um mundo onde as pessoas se preocupam umas com as outras. Promovendo a integração entre a criança, a família, a escola e o hospital, amenizando os traumas da internação e contribuindo para a interação social em busca da qualidade de vida intelectiva e sociointerativa. A Psicopedagogia hospitalar contribui para a melhoria da qualidade de saúde e auto-estima dos pacientes internados proporcionando uma intervenção com ludicidade, humanização e aprendizagem, onde o psicopedagogo atuará de forma coesa, afetiva e humanizadora conectando-se com toda equipe multidisciplinar, criando um elo entre as especialidades, integrando novas ideias e ressignificando. No processo de hospitalização se faz necessário a atuação do psicopedagogo que, devido sua formação interdisciplinar é um dos profissionais mais aptos a esta modalidade, para realizar diversas atividades, levantar a auto-estima e direcionar caminhos para que o paciente aprenda a conviver com as diversas dificuldades que irá ter que passar, por conseqüência de sua doença. Toda esta equipe acompanha, direta ou indiretamente, todas as etapas de uma internação, que em geral são enfrentadas de forma diferente por cada indivíduo hospitalizado. A sensação de dor, por exemplo, é sentida diferentemente de acordo com a idade do paciente e de acordo com diferenças individuais. Nessa hora, nossa intervenção ganha uma razão de ser, mas não é ainda, necessariamente aquilo que traz a cura, logo, não é essencial. Ainda não é fácil de distinguir entre a dor e outras agressões de que a criança é a vítima separação da mãe, mudança de quadro, rostos e procedimentos desconhecidos. Diante de um sujeito doente grave, as ações devem ser precisas e rápidas para que a relação de ajuda seja eficaz e útil. Não sugerimos trazer tarefas de longo desenrolar Os professores são preparados para enfrentar certas surpresas, mas não para evitá-las ou fugir delas. Nossa intervenção leva em conta o estado emocional da criança que pede socorro quando se nega a uma atividade ou quando é agressiva. Em nossa escuta de Psicopedagogo, devemos agir por uma atividade que possa transpor o sofrimento de angústia, de solidão - Vasconcelos (2000). Mesmo assim, muitas vezes as crianças não são capazes de expressar nem de reproduzir o que as faz temer, desenvolvendo angústias, fazendo surgir depressão, revolta ou desespero, ou ainda a possibilidade de regressão no nível de desenvolvimento. Mais uma vez, o psicopedagogo é aquele que faz diferença, trazendo o sentimento de valorização da vida, amor próprio, auto-estima, aceitação e segurança, é função do trabalho psicopedagógico que se insere na esfera hospitalar. Afinal, a aprendizagem é um processo tão amplo e grandioso que ocorre através de interações, em qualquer lugar. Segundo (PORTO, 2008, P. 48): A Psicopedagogia Hospitalar surge como uma terceira força da Psicopedagogia que se organiza a partir de varias áreas de Educação saúde. Não vai ficar apenas em crianças e adolescente, que podem passar por longo período de internação. Se a vida é uma constante aprendizagem, ela não pode ser exclusiva da infância. O adulto, o idoso, todos nós estamos passando por círculos de novas aprendizagens, e este capitulo é subdividido em intervenções que possam ser usados em todos os seres humanos, que passam por período de internações, sejam breves ou longos. plenas oportunidades que possibilita desenvolver novas competências e aprender sobre o mundo, sobre as pessoas, e sobre si mesma. A brinquedoteca socializa o brinquedo, resgata brincadeiras tradicionais, e é o espaço onde está assegurado á criança o direito de brincar. A brinquedoteca hospitalar é de extrema importância para a aceitação da doença e para a boa evolução do tratamento além de tornar este ambiente mais acolhedor, também oportuniza situações de socialização e desenvolvimento das habilidades dos pacientes como: atenção, concentração, afetividade, cognição, dentre outras. É um espaço ideal para a criança esvaziar os sentimentos mobilizados pela hospitalização e encontrar mecanismos para enfrentar seus medos e angústias. Configura-se como um espaço de humanização, é uma alternativa para diminuir o trauma pelo qual a criança esta passando. Neste ambiente o psicopedagogo será um mediador entre o brinquedo e o individuo, proporcionando assim o brincar e vários outros aspectos positivos. Por isso, a brinquedoteca está longe de ser um amontoado de brinquedos, pois, nas mãos das crianças esses objetos adquirem vida, transformam-se, vão além do real. É um mundo de trocas, onde a criança percebe o outro e percebe que não está sozinha, que é preciso cooperar, compartilhar e, algumas vezes competir, atitudes que ocorrem durante a atividade lúdica. A brinquedoteca além da função terapêutica que exerce, é de suma importância que haja compromisso de favorecer a aprendizagem da criança hospitalizada, possibilitando a continuidade de seu desenvolvimento escolar. Não se trata de transformar o hospital em uma escola, mas de proporcionar um ambiente no qual a criança possa, por meio do brincar, também aprender. Portanto, o lúdico tem fundamental importância durante a infância, ainda mais quando parte dessa etapa da vida transcorre no hospital. Que quando a criança está internada fica longe de seus pertences favoritos, família, amigos, escola e sua rotina, isso gera uma tristeza e uma resistência para aceitar o tratamento que ela tem que se submeter. Temos que enfrentar as situações com controle emocional, exercitando o sentimento de amor, como toque carinhoso, abraço, sorriso ou ate mesmo um sofrer junto. Pois a hospitalização tem um impacto na vida da criança, levando a uma visível mudança de comportamento, tornando-se mais quieta e carente que o comum. Neste momento, não é apenas o cuidado clínico que se faz necessário para o processo de cura. Carinho e atenção são fatores relevantes para a recuperação do paciente. Uma relevante experiência positiva do brincar no hospital é através de filme “Patch Adams. O amor é contagiante”. Transformando o ambiente hospitalar, local de dores e angústias, em um ambiente cheio de alegria e sorrisos em um público que muitas vezes não tinha nenhum motivo para sorrir. A experiência da alegria como fator potencializador de relações saudáveis junto a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde. Gerava um clima de descontração e felicidade e ao mesmo tempo, ajudava a criança a compreender o mundo do hospital, brincando. Ajudando-as a reagir e interagir para que o mundo de fora continuasse dentro do hospital. Todo momento trabalhando afeto e cognição em mútua relação. As emoções são indispensáveis para a nossa vida racional, ela nos faz únicos, e é justamente o nosso comportamento emocional que nos diferencia uns dos outros. Cada profissional ao se comprometer com sua atuação e ao aceitar do outro estará contribuindo para um amanhã melhor, celebrando a vida com menos patologias e mais saúde. Em todos os hospitais como em qualquer instituição, existem regras e normas, que devem ser cumpridas para o bom andamento da instituição. Portanto não interfira no trabalho do outro profissional, pode ate discordar, e expor sua opinião, mas tudo feito com embasamento teórico que o psicopedagogo deve ter e não em achismo. Ser sutil e fazer vínculos afetivos com todos os setores é preciso mostrar que não somos espiões da direção do hospital. Estudar sobre as doenças ali encontradas para nosso aperfeiçoamento profissional. Ser sempre amiga compartilhando com as equipes vitoria e dores. Distribuir energia positiva com sorrisos e clima amigável. É importante que o psicopedagogo tenha clareza de sua função no hospital, evitando assim, interferência no trabalho dos profissionais da saúde; deverá utilizar sua competência e suas habilidades para trabalhar em conjunto com esses profissionais. Percebe-se que os desafios são muitos, dentre eles a valorização da importância do psicopedagogo em ambientes que não são a escola. É um campo de atuação que, aos poucos, vem conquistando seu espaço. Para isso tem que ser um profissional competente, ter engajamento e estar sempre se atualizando com os cursos que necessita para ser capaz de exercer bem a sua função contribuindo de forma eficaz para que o paciente sofra o mínimo possível. Poderá resgatar vários sentimentos como aceitação, autoestima, segurança e uma melhor qualidade de vida. Com ética, profissionalismo, sensibilidade e amor ao que se faz é possível realizar um bom trabalho psicopedagogico hospitalar.
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