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Portugues, Notas de estudo de Enfermagem

PORTUGUES - PORTUGUES

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 15/10/2010

4337-9829-951-953-8467-953-8467-110
4337-9829-951-953-8467-953-8467-110 🇧🇷

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Portugues e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! 1_1 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem LÍNGUA - FALA - NÍVEIS DE FALA - LINGUAGEM Língua é o sistema de signos vocais de uma comunidade. Signo é o complexo sonoro (por exemplo, "casa") e o significado que esse complexo comunica (a idéia de casa). Assim, o signo jato,385 tem duas partes que formam um todo, como as duas páginas de uma folha: o significante (na palavra, a imagem acústica) e o significado (o conceito). Os signos de uma língua substituem os objetos e os representam. O conjunto dos signos, organizados em sistema, forma a língua -um verdadeiro código social à disposição dos indivíduos da comunidade, para a comunicação. Um código criado pela própria comunidade e que espelha a sua cultura e se transforma num importante fator de unidade nacional. Cada indivíduo seleciona, no código da língua, os elementos que lhe convêm, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sócio-cultural em que vive, etc. Dessa maneira, dentro da unidade da língua, encontramos uma expressiva diversificação, nos mais variados níveis de fala: infantil ou adulta, coloquial ou formal, comum ou literária, etc. E cada um de nós também conhece não apenas o que fala, como também muita coisa do que os outros falam; esse é o motivo por que podemos participar do diálogo com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas confira exatamente com a nossa. De todas as falas a língua recebe sugestivas criações que, gradativamente assimiladas pela comunidade, a vão vitalizando e enriquecendo. Linguagem é a utilização oral (fala) ou escrita da língua. Em tal sentido é que empregamos a palavra nas expressõeses linguagem oral e linguagem escrita. Trata-se de uma acepção estrita. Num sentido mais genérico, linguagem seria qualquer sistema de sinais de que se valem os indivíduos para comunicar-se. Autor: Hildebrando A. de André. 2_11 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (1 of 68) [05/10/2001 23:38:11] FUNÇÕES DE LINGUAGEM / FIGURAS DA LINGUAGEM Chamamos linguagem verbal à possibilidade que tem o Homem de processar comunicação através do uso de signos lingüísticos. É por meio de tais signos que remete a outrem uma mensagem, a qual, por sua vez, é portadora daquilo que ele (o emissor) pretende. Na dependência dessa intenção ou pretensão é que se conforma a linguagem que, ora enfatiza o assunto, ora destaca o próprio emissor ou se volta para o receptor; expressa interesse no canal de comunicação, centraliza-se no próprio código ou vislumbra a possibilidade do jogo artístico. Desta forma, é possível destacar 6 (seis) funções da linguagem no texto. Essas funções praticamente não ocorrem individualizadas, mas mesclam-se no conteúdo do texto. Vejamos: 1) FUNÇÃO REFERENCIAL A mensagem é de natureza informativa, centrada no objeto ou no assunto de que trata. Procura deixar o receptor informado, ciente de fatos e ocorrências. EXEMPLO: “O Iraque prometeu ontem que vai revidar o bombardeio dos EUA e do Reino Unido, ocorridos próximo a Bagdá anteontem, que teriam matado dois civis e ferido mais de 20, de acordo com o Ministério de Saúde do país.” Folha de S.Paulo, 18/02/01 2) FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA A mensagem fica centrada no próprio emissor, expressando suas particularidades, paixões, sentimentos e pontos de vista. EXEMPLOS: “Oh! Que saudades que tenho/Da aurora da minha vida,/Da minha infância querida/Que os anos não trazem mais!” (...) Meus oito anos, Casimiro de Abreu “Quando eu nasci/um anjo louco muito louco/veio ler a minha mão/não era um anjo barroco/era um anjo muito louco, torto...” Let’s play that. Torquato Neto. Página 2 Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (2 of 68) [05/10/2001 23:38:11] 1. FIGURAS DE PALAVRAS OU TROPOS Consiste na alteração semântica, no desvio do sentido peculiar da palavra ou expressão, como se pode ver no seguinte exemplo: “As nuvens são cabelos/crescendo como rios.” João Cabral de Melo Neto. Aqui, o poeta atribui às nuvens um sentido que extrapola o fenômeno meteorológico. Ele as vê como “cabelos crescendo...” De acordo com a expressividade as figuras de palavras denominam-se: a) Metáfora: Processo em que o usuário, baseado numa comparação implícita, subjetiva, emocional transfere o sentido de um termo para outro. Alguns exemplos: Disse o poeta: — Sou de ferro. O chão era um braseiro. Que flor é essa menina! b) Metonímia: Ocorre ao se efetuar a substituição de um termo por outro, tendo em vista uma relação interna, de pertinência ou de contigüidade entre eles. Neste caso, alguns preferem chamar sinédoque. Assim, é possível empregar-se: O autor em lugar de sua obra: Conhecer Machado de Assis renova o intelecto.1. A região por aquilo que lá se produz: Um havana é caríssimo!2. O objeto por seu usuário: Nunca param as foices no campo.3. A causa em lugar do efeito: Mantém-se de trabalhos esporádicos.4. O abstrato em lugar do concreto: Era maravilhoso conviver com aquela bondade.5. O efeito em lugar da causa: O inverno matara a plantação.6. O continente pelo conteúdo: Você já bebeu seis copos?7. O símbolo por aquilo que representa: Muitos infiéis aceitaram a cruz.8. Página 5 Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (5 of 68) [05/10/2001 23:38:11] c) Perífrase ou antonomásia: Expressão que substitui o nome real, dando idéia de uma característica marcante. Exemplos: O Cisne negro compôs belos poemas simbolistas. Pelé, o Rei do Futebol, fez muitíssimo pelo esporte. A Cidade Luz encantou gerações. O rei dos animais já perdeu muito de sua fama. c) Catacrese: A rigor é uma metáfora que perdeu o caráter expressivo, vulgarizou-se, tornando-se praticamente linguagem denotativa. Exemplos: Um dente de alho; o céu da boca; este braço de mar etc. Página 6 Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem 2. FIGURAS DE PENSAMENTO A alteração de significado ocorre num plano que envolve o raciocínio, o pensamento e não, necessariamente, o conteúdo semântico do vocábulo empregado. As principais figuras de pensamento são: a) Antítese: Expressa uma oposição de significados, de conceitos. Exemplo: “Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público.” Carlos Drummond de Andrade Ouro, gado, fazendas = vida abastada/ Funcionário público = vida modesta. Nota: Quando a oposição se dá entre significados de palavras, chamamos antonímia. Exemplo: A vida e a morte fazem o homem. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (6 of 68) [05/10/2001 23:38:11] b) Paradoxo ou oxímoro: Expressão que reúne idéias absolutamente incompatíveis, logicamente impossíveis. Exemplo: Um fogo gélido cortava-lhe a medula. c) Ironia: Figura que sugere desagrado: um termo quer dizer exatamente o contrário do que expressa. Exemplo: Menina, você é um primor; não arruma nem sua própria cama! Página 7 Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem d) Eufemismo: É o mesmo que suavização ou abrandamento. Trata-se do uso de uma expressão menos áspera, menos chocante com relação a uma realidade. Exemplo: Minha mãe descansou da luta diária. e) Hipérbole: Ocorre nas expressões entusiásticas, exageradas. Exemplo: Já te avisei milhões de vezes. f) Gradação: Disposição de termos em ordem crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax) de intensidade. Exemplos: A chuva, o vento, a tempestade, a tormenta a tudo destruiu. (clímax). A tormenta, a tempestade, o vento, a chuva deixaram sua marca de devastação. g) Prosopopéia: O mesmo que personificação. Trata de atribuir fala ou atitudes humanas a outros elementos. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (7 of 68) [05/10/2001 23:38:11] Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem g) Hipérbato: O mesmo que inversão. Trata da inversão da ordem direta dos termos constituintes de uma oração. Se a inversão for muito acentuada, chama-se sínquise. Exemplo de hipérbato: Água não bebo, nem vinho provo. Exemplo de sínquise: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/De um povo heróico o brado retumbante...”. Nesse caso, a ordem direta seria a que segue: As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. Ufa! E para entender o Hino de nossa Pátria! h) Aliteração: Consiste na repetição de fonemas consoantes, a fim de que seja construído um resultado sonoro específico. Exemplo: “Velho vento vagabundo...” Cruz e Souza. i) Assonância: Agora, o que se repete são fonemas vogais. Exemplo: “Raia sangüínea e fresca a madrugada. (...)” Raimundo Correia. Página 11 Matérias > Português > Gramática > Figuras de Linguagem / Funções de Linguagem Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (10 of 68) [05/10/2001 23:38:11] j) Anacoluto: Figura em que se faz a quebra, a desconcatenação da estrutura da oração ou do período. Um dos termos fica sintaticamente desligado, assim, meio desconexo e sua validade só se efetiva no contexto. Exemplo: Ela, já nem ligo para o que ouço! k) Anáfora: É a repetição de uma palavra no início, em geral, de cada verso de uma estrofe. Exemplo: Olho a cidade que amanhece. Olho o homem que dorme. Olho a criança que nasce. Olho a luz que se acende. Olho, na esperança de esperança. 3_12 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia TONICIDADE DAS PALAVRAS, REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRAFIA I. TONICIDADE Chama-se tonicidade o grau de força dispensado na pronúncia das sílabas do vocábulo; assim, existem sílabas tônicas e sílabas átonas. São tônicas as que recebem maior intensidade na pronúncia; as átonas se pronunciam com menos intensidade. A prosódia é parte da Fonética que determina a posição da sílaba tônica em um vocábulo. Desta forma, de acordo com a quantidade de sílabas de um vocábulo, é possível haver a seguinte distribuição: 1. Monossílabos: Têm uma única sílaba e dividem-se em: a) Tônicos: Têm autonomia de pronúncia, a intensidade é de sílaba tônica. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (11 of 68) [05/10/2001 23:38:11] Exemplos: pé, não, teu, pneu, nó, tu, ti, mim, bis etc. b) Átonos: Sem autonomia de pronúncia, a intensidade é de sílaba átona. Exemplos: me, te, se, lhe, o, a, de, com etc. Página 2 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia 2. Polissílabas: Têm mais de uma sílaba e alguns gramáticos os selecionam em dissílabos, trissílabos, chamando apenas os demais de polissílabos. Para esse caso, preferimos agrupá-los, todos, como polissílabos, a fim de facilitar a compreensão. Os polissílabos podem, de acordo com a posição da sílaba tônica, classificar-se como: a) Oxítonas: A sílaba tônica é a última. Exemplos: a-ca-ra-jé, u-ru-bu, ci-po-al, de-ci-são, con-dor, No-bel etc. b) Paroxítonas: A sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: ca-mi-sei-ro, re-cor-de, me-tro, cãi-bra, pu-di-co, fi-lan-tro-po, for-tui-to, gra-tui-to etc. c) Proparoxítonas: A sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: É-clo-ga, a-e-ró-li-to, e-sô-fa-go etc. Nota: Há vocábulos que admitem dupla prosódia: Oceânia/Oceania; hieróglifo/hieroglifo etc. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (12 of 68) [05/10/2001 23:38:11] ACENTOS DIFERENCIAIS Atualmente, vigora o acento diferencial de intensidade nas palavras homógrafas e homófonas, cuja única diferença seja a da intensidade, isto é, uma tônica outra átona. São tônicos os verbos e os substantivos. São átonas as preposições e as conjunções. Assim, veja o quadro seguinte: VERBO/SUBSTANTIVO FORMAS PREPOSICIONAIS pôr por pára para eu pélo pelo o pêlo pelo o pólo polo o pôlo polo tu côas coa ele côa coa Foi abolido o acento diferencial de timbre nas palavras homógrafas e heterófonas, excetuando-se a forma pôde — pretérito —, em oposição a pode — presente. Exemplos: Ontem ele não pôde comparecer ao escritório. Hoje ele pode comparecer ao escritório. Página 6 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia FONÉTICA: FONEMAS E LETRAS Um idioma pode manifestar-se de duas maneiras: falado ou escrito. O processo da fala utiliza determinados sons a que chamamos fonemas. Já o processo escrito serve-se das letras. Assim, a fala é um processo oral-auditivo e a escrita é um processo visual (ou táctil). Não se podem confundir os dois casos! Fonema Técnicamente, fonemas são sinais sonoros, mínimos, distintivos entre dois vocábulos como se observa na pronúncia de pata, bata e lata, em que ocorrem os fonemas [p], [b] e [l], respectivamente. A língua portuguesa tem, aproximadamente 33 fonemas. De uma forma menos teórica, é possível dizer que um fonema é um som mínimo que se agrega a outros para produzir uma palavra falada. Letra O alfabeto da língua portuguesa reúne 23 letras, maiúsculas e minúsculas, podendo ser cursivas ou de Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (15 of 68) [05/10/2001 23:38:11] imprensa. As letras são sinais gráficos, portanto não audíveis, que servem para representar os fonemas — sinais audíveis; uma vez que a escrita substitui a fala, embora com algumas desvantagens. É importante que se note a diferença entre o número de fonemas (33) e o de letras (23). Esse fenômeno é um dos fatores de dificuldades da grafia das palavras. Página 7 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia Classificação dos fonemas 1. Vogais: são pronunciados livremente, ou seja, não há interferência de nenhum órgão da cavidade bucal (dentes, lingua, lábios). São naturais, da voz, propriamente dita, por isto vocais ou vocálicos. Exemplos: /a/ = América; /e/ = elétrica. 2. Consoantes: só podem ser emitidos quando há a interferência de algum elemento da boca (dentes, língua, lábios), ao serem pronunciados, somam-se aos fonemas /a/ ou /e/, por isto ditos consoantes (com + soantes). Exemplos: /b/ = beleza; /t/ = Teresa. 3. Semivogais: são fonemas intermediários, nem totalmente livres como os vogais), nem totalmente obstruídos (como os consonantais). Geralmente são o /w/ e o /y/, quando formam sílaba com os fonemas vogais. O fonema semivogal é sempre átono, quer dizer, pronunciado com menos intensidade que o vogal com o qual forma a sílaba. Exemplos: cau-te-la = /kaw/; rui-vo = /ruy/. Nota: Não há letra vogal, essa classificação pertence ao fonema! A letra simplesmente representa um fonema que seja vogal, consoante ou semivogal. A representação universal do fonema utiliza o chamado alfabeto fonético internacional e sempre marca os elementos entre duas barras. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (16 of 68) [05/10/2001 23:38:11] Página 8 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia Encontros vocálicos a) ditongo: Uma sílaba em que ocorre encontro de vogal com semivogal e vice-versa. Por isto o ditongo pode ser crescente (semivogal + vogal) ou decrescente (vogal + semivogal). Exemplos: á-gua; he-rói, en-can-tam. Nota: Nunca se diz que haja “duas vogais na mesma sílaba”. O fonema vogal é o centro de toda sílaba. Os ditongos, assim como os tritongos, são inseparáveis na divisão silábica. b) tritongo: É a ocorrência em que uma sílaba apresenta um fonema vogal ladeado por dois fonemas semivogais. Exemplos: Pa-ra-guai; en-xá-guam. c) Hiato: Neste caso há duas sílabas contíguas, formadas, logicamente, por vogais. Exemplos: Ce-a-rá, co-o-pe-rar. Página 9 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (17 of 68) [05/10/2001 23:38:11] Página 11 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia Emprego da letra J a) Em verbos com infinitivo em –jar. Exemplos: enferrujar, viajar etc. b) Em palavras que derivem de outras que usem j. Exemplos: cerejeira, laranjeira etc. c) Na grafia de palavras em o original g não confere com a pronúncia. Exemplos: anjo, frijo etc. Emprego da letra G a) Na grafia de angélico, angelical, frigir, fugir. b) Nas palavras que usem as terminações: –ágio, -égio, -ígio, -ógio e –úgio Exemplos: pedágio, colégio, litígio, relógio, refúgio. Página 12 Matérias > Português > Gramática > Tonicidade das Palavras, Regras de Acentuação e Ortografia Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (20 of 68) [05/10/2001 23:38:11] Alguns empregos da letra X a) Nas palavras iniciadas por en, exceto quando derivadas de outra que comece por ch. Exemplos: enxoval, enxurrada, enxovia etc. encher, enchente etc. b) Nas palavras que começam com me, exceto mecha e mechoação. Exemplos: mexer, México etc. c) Após ditongos: caixa, caixote, frouxo etc. É muito importante ressaltar que a verdadeira prática ortográfica depende de intenso convívio com as palavras, através de leitura e escrita constantes. Pratique! 4_9 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Significação das Palavras SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS O significado de uma palavra está sempre relacionado ao contexto em que se insere. Palavras isoladas são meros vocábulos e não prendem a si um sentido específico — talvez genéricos. Por isto é que se deve dar muita atenção ao estudo da denotação e da conotação. No âmbito do significado é importante verificar-se o que segue: 1. Palavras homônimas. Apresentam coincidência na grafia, na pronúncia ou em ambas. Observe: a) coincidência na grafia (homógrafas): Tragam-me uma colher. Vou colher bons frutos. O substantivo e o verbo apresentam a mesma grafia, embora se pronunciem de forma diferente. b) coincidência na pronúncia (homófonas): Quero o conserto do carro imediatamente! Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (21 of 68) [05/10/2001 23:38:11] O Brasil fez um concerto com o FMI. O substantivo conserto (= reforma) tem a mesma pronúncia do substantivo concerto (= acordo), embora sejam grafados diferentemente. Nota: A palavra concerto também pode significar espetáculo musical. a)coincidência de grafia e de pronúncia (homônimas perfeitas): Ele vende mangas e laranjas. A costureira vai reformas as mangas da camisa. Página 2 Matérias > Português > Gramática > Significação das Palavras 2. Palavras parônimas. Nunca apresentam coincidência gráfica ou fonética; apenas são semelhantes. Confira! Palavra Significado Palavra Significado absorver perdoar absorver reter acender pôr fogo ascender elevar-se acento sinal gráfico assento lugar acurado feito com esmero apurado fino aferir conferir auferir obter lucro amoral indiferente à moral imoral devasso comprimento extensão cumprimento saudação conjetura hipótese conjuntura situação deferir atender diferir diferenciar Nota: Convém que o interessado consulte vasta relação dessas palavras nas boas gramáticas de que dispõe. Página 3 Matérias > Português > Gramática > Significação das Palavras Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (22 of 68) [05/10/2001 23:38:11] CLASSIFICAÇÃO E USOS DA PALAVRA “QUE”. a) Substantivo: desde que haja determinante (artigo, numeral ou pronome adjetivo). Aparece sempre com acento circunflexo. Exemplos: Ela sempre tem um quê de felicidade nos olhos. Naquela prova, dois quês salvaram a minha pele. Este quê sempre causa algum problema. b) Interjeição: seguido de ponto de exclamação. Exprime emoção ou admiração. Também acentuado. Exemplo: Quê! Você por aqui?! c) Advérbio: denota intensidade. Equivale a quão. Precede um adjetivo em frases exclamativas. Exemplo: Que lindo está o dia! d) Pronome adjetivo: em orações interrogativas (pronome interrogativo) e exclamativas (pronome indefinido). Exemplos: Que horas são? Que trabalho espetacular! Página 6 Matérias > Português > Gramática > Significação das Palavras Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (25 of 68) [05/10/2001 23:38:12] e) Pronome substantivo: em orações interrogativas (interrogativo) e em orações exclamativas (indefinido). Exemplos: Que disseste? Que preguiça! f) Pronome relativo: inicia orações subordinadas adjetivas; sempre retoma o termo antecedente posto na oração principal. Exemplo: Nunca comprei o livro que eu quero. (= eu quero o livro). Neste caso a palavra “que” refere-se ao antecedente o livro. g) Conjunção: pode ser coordenativa (aditiva: = e), (adversativa: = mas) (explicativa: = pois). Exemplos: Fala que fala e não o entendemos. Outro que não eu irá ao escritório. Volte rápido que tenho pressa. Pode ser subordinativa. Vejam-se as orações subordinadas substantivas e as subordinadas adverbiais. h) Preposição: Equivale a de. Exemplo: Tenho que sair mais cedo. (= Tenho de sair mais cedo.). Notas: Na expressão é que, funciona como partícula de realce (expletiva). Exemplo: Isto é que é trabalho!1. Em final de frase sempre se acentua a palavra “que”.2. Página 7 Matérias > Português > Gramática > Significação das Palavras Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (26 of 68) [05/10/2001 23:38:12] CLASSIFICAÇÃO E USOS DA PALAVRA “SE” a) Conjunção: pode ser integrante, quando introduz as orações subordinadas substantivas, ou subordinativa, caso em que introduz orações subordinadas adverbiais. Para melhores esclarecimentos é bom estudar o período composto por subordinação. b) Pronome apassivador: É também chamado de partícula apassivadora. Emprega-se com verbos transitivos diretos e seu papel é transformar o objeto direto em sujeito paciente. Exemplo: VENDER CASA (v.t.d.) (o.d.) (SE) (pronome apassivador) VENDE – SE CASA (v.t.d.) (suj. paciente) c) Indice de indeterminação do sujeito: Ocorre nos casos em que o sujeito da oração deve estar indeterminado, ou seja, o processo faz alusão a um fato genérico, sem que se esclareça o agente. O indice de indeterminação do sujeito não ocorre com verbos transitivos diretos, exceto quando o objeto direto estiver preposicionado. Exemplos: Vive-se bem aqui em São Paulo. Necessita-se de bons políticos. Era-se muito feliz na infância. Admira-se a Vieira. Nota: Havendo índice de indeterminação do sujeito, o verbo permanece na terceira pessoa do singular. d) Pronome reflexivo e recíproco: Casos em que a partícula se denota um processo reflexivo, isto é, a ação indicada pelo verbo recai no próprio sujeito (= a si mesmo). Será recíproco sempre que o verbo denotar reciprocidade de ação. Denota a expressão um ao outro. Exemplos: O rapaz considerou-se ( = a si mesmo) ótimo aluno. Os jogadores agrediram-se (= uns aos outros) durante a partida de futebol. e) Partícula de realce: Em desuso na linguagem atual, serve para enfatizar o processo verbal. Exemplo: Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (27 of 68) [05/10/2001 23:38:12] salvaram-me da reprovação no exame. 5_3 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Estrutura e Formação das Palavras MORFOLOGIA I - ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Os vocábulos da língua portuguesa são, normalmente, constituídos de um elemento fundamental, básico para a significação ao qual se dá o nome de radical ou semantema. Esse elemento é portador do sentido primeiro da palavra, desprovido de elementos flexionais, indicadores de gênero e número nos nomes e de conjugação, tempo, modo e pessoa nos verbos. A estes estes elementos chamamos desinências ou morfemas. Há, também as vogais temáticas. Observe os exemplos seguintes: Menin + a o s radical desinências ama + a + sse + mos radical vogal temática desinência desinência Existem, ainda, elementos que servem para formar novas palavras, a partir do radical: são os afixos (prefixos, quando postos antes do radical e sufixos, quando postos depois do radical. Exemplos: infeliz; felizmente. A partir da análise desses elementos designam-se os processos de formação das palavras. Basicamente são dois os processos: derivação e composição. Página 2 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Estrutura e Formação das Palavras Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (30 of 68) [05/10/2001 23:38:12] Processos de derivação a) prefixal ou prefixação: Adição de um prefixo ao radical. Exemplo: desleal. b)sufixal ou sufixação: Adição de um sufixo ao radical. Exemplo: lealdade. c) prefixal e sufixal: Adição de um prefixo e de um sufixo ao radical. Exemplo: deslealdade. Nota: Nos casos de derivação prefixal e sufixal sempre se formará uma palavra com qualquer dos afixos. Verifique: desleal/lealdade. d) derivação parassintética: Na parassíntese ocorrem dois afixos simultaneamente. Assim, não se pode usá-los separadamente. Exemplo: envelhecer. Note que não é possível formar envelh nem velhecer. e) derivação regressiva ou deverbal: Geralmente forma substantivos abstratos indicadores de ação. Consiste no aproveitamento do radical de um verbo ao qual se acrescenta uma vogal temática de nomes: a, e ou o . Exemplos: a luta (de lutar + a); o combate (de combater + e); o choro (de chorar + o). f) derivação imprópria: Caso em que se faz a mudança de classe da palavra: verbos passam a substantivos, adjetivos passam a substantivos, nomes comuns passam a próprios e assim por diante. Exemplos: “O fumar prejudica a saúde.” “Não conhecíamos o falecido.” (particípio do verbo falecer passou a substantivo). “Procure o Sr. Leitão.” (substantivo comum passou a substantivo próprio). Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (31 of 68) [05/10/2001 23:38:12] Página 3 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Estrutura e Formação das Palavras Processos de composição a) justaposição: forma palavras por meio da junção de radicais, sem que haja neles alteração morfológica. Alguns desses nomes têm seus núcleos separados por hífen, outros não. Exemplos: couve-flor; passatempo, girassol. b) aglutinação: forma palavras por meio da junção de radicais que sofrem alteração morfológica. Exemplos: fidalgo (filho+de+algo); vinagre (vinho+acre); petróleo (pedra+óleo). Nota: Chama-se hibridismo o processo que reúne elementos mórficos de origens diferentes. Exemplo: televisão (tele = grego + visão + latim) Outros processos de formação de palavras a) onomatopéia: formação de palavras que sugerem ruídos, barulhos, sons de animais. Exemplos: reco-reco; teco-teco; chibum!, tilintar, farfalhar, urrar, arrulhar, berrar. b) Sigla ou siglonimização: Muito freqüentes em nossa língua, principalmente na esfera governamental. Exemplos: INSS, IPVA, IPTU. c) Redução ou abreviação: Consiste em utilizar apenas parte da palavra. Exemplos: Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (32 of 68) [05/10/2001 23:38:12] Exemplos: jacaré macho; jacaré fêmea. Comuns-de-dois-gêneros: Caso em que o gênero é indicado pelo artigo ou pronome que o determinem. Exemplos: O/A estudante; O/A motorista etc. Sobrecomuns: O gênero só se revela no contexto, independentemente do artigo que os precede. Exemplos: O cônjuge (marido ou mulher); o carrasco (homem ou mulher); o caixa (homem ou mulher). Existem substantivos que, sendo masculinos têm um significado, sendo femininos, têm outro. Alguns exemplos: O águia (indivíduo esperto) A águia (ave de rapina) O cabra (homem valente, rude) A cabra (animal) O caixa (tesoureiro/tesoureira) A caixa (recipiente) O moral (o ânimo) A moral (ética, dignidade) O rádio (aparelho receptor) A rádio (estação transmissora) Página 3 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (35 of 68) [05/10/2001 23:38:12] b) número: Trata de singular ou plural. A flexão de número não causa problema a usuários da língua com preparo mediano, entretanto, sempre convém observar certas particularidades. Há, por exemplo, substantivos que só se empregam na forma de plural; chama-se pluralia tantum: os afazeres; as algemas; os anais; as bodas; as condolências; as custas (de um evento judicial); Os Estados Unidos; os idos; os parabéns etc. É conveniente observar o plural dos substantivos compostos, embora haja discordância teórica entre muitos gramáticos. 1.Nos compostos sempre variam os elementos substantivos, adjetivos e numerais ordinais. Exemplos: couves-flores; amores-perfeitos; segundas-feiras. Notas: 1. Se os compostos têm os núcleos unidos por preposição, apenas o primeiro elemento irá para o plural. Exemplos: pés-de-moleque; águas-de-colônia; marias-sem-vergonha. Muitas vezes a preposição está implícita: cavalos-vapor ( = cavalos-de-vapor) 2. Se o segundo elemento do composto indicar espécie ou semelhança, apenas o primeiro elemento irá para o plural. Exemplos: navios-escola; licenças-prêmio; cafés-concerto; canetas-tinteiro; macacos-prego, peixes-boi. 2. Nunca variam compostos formados por verbos, advérbios e preposições. Exemplos: Os quero-quero; os leva-e-traz. Os abixo-assinados; os sem-terra. b) grau: Quanto ao grau, os substantivos podem se flexionar no aumentativo ou diminutivo, para expressar idéia de grandeza, afeto ou menosprezo. Exemplos: casarão, casinha, casebre, pobretão, menininha. Deve-se observar que, apesar da forma aumentativa ou diminutiva, muitas palavras perderam a noção de grandeza. Exemplos: portão; cartão; flautim; caderneta e outros. Página 4 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (36 of 68) [05/10/2001 23:38:12] ADJETIVO: Classe de palavras que servem para caracterizar um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, um estado, uma condição ou uma origem. Exemplos: homem honesto; moça triste; mulher pobre; cidadão coreano. Flexões dos adjetivos Os adjetivos se flexionam em gênero, número e grau. Quanto ao gênero e número, concordam com o substantivo a que se referem. Relativamente ao grau, é necessário algum cuidado. Grau comparativo: a) igualdade: Esta cidade é tão importante quanto aquela. b) Inferioridade: Esta cidade é menos importante que (do que) aquela. c) Superioridade: Esta cidade é mais importante que (do que) aquela. Grau superlativo: Trata de atribuir ao substantivo uma característica elevada ao grau máximo. Pode ser: - superlativo absoluto analítico: quando se acrescenta um advérbio de intensidade ao adjetivo, sem flexioná-lo. Exemplo: Esta garota é muito linda. - superlativo absoluto sintético: Forma-se com o emprego dos sufixos superlativos. Exemplo: Esta garota é lindíssima. - superlativo relativo de superioridade: Destaca as característica de um ente em relação a um grupo. Exemplo: Esta garota é a mais bela da classe. Note-se, ele é a mais bela dentro do grupo: a classe. - Superlativo relativo de inferioridade: Destaca a inferioridade do ente no conjunto em que se insere. Exemplo: Esta garota é a menos bela da classe. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (37 of 68) [05/10/2001 23:38:12] suco do pâncreas = s. pancreático plantas de pântano = p. palustres bula do Papa = b. papal produto do paraíso = p. paradisíaco festa da Páscoa = f. pascal sindicato dos patrões = s. patronal gente sem pavor = g. impávida escamas de peixe = e. písceas manchas da pele = m, epidérmicas tecido da pele = t. epitelial ave sem penas = a. impene veias do pênis = v. penianas região do pescoço = r. cervical depilação das pestanas = d. ciliar atos de pirata = a. predatórios filosofia de Platão = f. platônica arrulhos de pombo = a. columbinos peste de porco = p. Suína solidariedade de abade = s. abacial distância de abismo = d. abissal plantação de abóboras = p. cucurbitácea sentença de absolvição = s. absolutória voracidade de abutre = v. vulturina área de acampamento militar = a. castrense teor de açúcar = t. sacarino tempos de Adão = t. adâmicos honorários de advogado = h. advocatícios planta da água = p. aquática garra de águia = g. aquilina objeto semelhante a agulha = o. acicular arroubos da alma = a. anímiços horizonte do alto mar = h. equáreo reivindicação de aluno = r. discente grão semelhante a ameixa = g. pruniforme inflamação das amídalas = i. tonsilar Página 8 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais cenas de amor = c. eróticas pedra semelhante a amora = p. rubiforme hábitos de andorinha = h. hirundinos plantações semelhantes a anel = p. anelares doçura de anjo = d. angelical poder de aquisição = p. aquisitivo poder de arcebispo = p. arquiepiscopal soldados sem armas = s. inermes grão semelhante a arroz = g. orizóideo praga de árvore = p. arbórea animal de asas = a. alado concha semelhante a asa = c. ansiforme teimosia de asno = t. asinina brilho dos astros = b. sideral hábitos de ave de rapina = h. acipitrinos tônico do cabelo = t. capilar leite de cabra = l. caprino apetrechos de caça = a. venatórios arte da caça com cães = a. cinegética objeto semelhante a cacho = o. racemiforme produtos de cal = p. calcários fratura de calcanhar = f. talar vida no campo = v. agreste ou campestre ou campesina ou rural plantação de cana = p. arundinácea fúria de cão = f. canina folha semelhante a capuz = f. cuculiforme época de Carlos Magno = e. carolíngia pele de carneiro = p. arietina prisão em casa = p. domiciliar festas de casamento = f. conjugais estátua de cavalo = e. eqüestre gripe de cavalo = g. eqüina Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (40 of 68) [05/10/2001 23:38:12] tradição dos avós = t. avoenga dor no baço = d. esplênica homem sem barba = h. imberbe mal da bexiga = m. vesical dor no baixo-ventre = d. alvina paço do bispo = p. episcopal papel de bobo = p. truanesco barba de bode = b. hircina força de boi = f. bovina asas de borboleta = a. papilionáceas osso do braço = o. braquial estátua de bronze = e. brônzea ou ênea massa da cabeça = m. cefálica hábitos de cegonha = h. ciconídeos olhos em chamas = o. flamejantes líquido sem cheiro = I. inodoro estatueta de chumbo = e. plúmbea águas da chuva = á. pluviais perímetro da cidade = p. urbano material de cobre = m. cúprico agilidade de coelho = a. cunicular nuvem semelhante a cogumelo = n. fungiforme paz de convento = p. monástica ou monacal ataque do coração = a. cardíaco amigo do coração (fig.) = a. cordial caixa do Correio = c. postal pios de coruja = p. estrigídeos região da costa = r. costeiro dores nas costas = d. lombares Página 9 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais Direito findado nos costumes = D. consuetudinário arte de cozinha = a. culinária osso da coxa = o. aurol homem sem crença = h. incrédulo atitudes de criança = a. infantis ou pueris terra sem culturo = t. árida ou inculta ou estéril espetáculo de dança = e. coreográfico impressões de dedo = i. digitais teorema de Descartes = t. cartesiano atitudes do diabo = a. diabólicas brilho de diamante = b. adamantino bens em dinheiro = b. pecuniários obra de Direito = o. jurídica trabalho de escravo = t. servil ruptura do eixo = r. axial ácido de enxofre = á. sulfúrico água de enxofre = á. sulfurosa espasmos do esôfago = e. esofágicos fragmento de espelho = f. especular planta de muitos espinhos = p. poliacanta região da sobrancelha = r. superciliar característica do som = c. fonética lembranças de sonhos = I. oníricas noites sem sono = n. insones região do Sul = r. austral ou meridional prazeres da terra = p. terrestres ou terrenos seres da Terra (planeta) = s. terráqueos força da terra (solo) = f. telúrica osso da testa = o. frontal caixa do tórax = c. torácica força de touro = f. taurina conselho de tio ou de tia = c. avuncular de cobra = viperino de cinza = cinéreo de abelha = apícola de abdômen = abdominal de abutre = vulturino de águia = aquilino de aluno = discente de andorinha = hirundino Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (41 of 68) [05/10/2001 23:38:12] responsabilidade de esposa = r. uxoriana responsabilidade de esposo = r. esponsal hábitos de esquilo = h. ciurídeos suco do estômago = s. gástrico ou estomacal brilho das estrelas = b. estelar zona de fábrica = z. fabril região da face = r. facial ou genal varinha de fada = v. feérica Direito de Falência = D. falimentar aspecto de fantasma = a. espectral ou lemural mistura de farelo = m. furfúrea massa de farinha = m. farinácea homem sem fé = h. incrédulo ou descrente cálculo semelhante a feijão = c. fasecolar mudança de sentido = m. semântica de asno = asinino de boca = bucal de baço = esplênico massa de trigo = m. tritícea cordão do umbigo = c. umbilical manchas da unha = m. ungueais ligeireza de veado = I. cervina ou elafiana sangue da veia = s. venoso força do vento = f. eólia ventos de verão = v. estivais língua de víbora = I. viperina brilho de vidro = b. vítreo ou hialino dor na virilha = d. inguinal anomalia da visão = a. óptica cordas da voz = c. vocais Página 10 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais Concordância dos adjetivos compostos Os adjetivos compostos flexionam normalmente o último elemento do composto, concordando com o substantivo a que se referem. Exemplos: Clínicas médico-cirúrgicas; Projetos médico-cirúrgicos. Quando se referem a cores, sendo formado de palavra que indica cor + substantivo, ficará invariável. Exemplo: Vestidos amarelo-ouro; blusas amarelo-ouro. Entretanto se se forma com adjetivo, este faz a concordância: Vestidos amarelo-claros; blusas amarelo-claras. Nota: Azul-marinho e azul-celeste são formas invariáveis. ARTIGO É o determinante de um substantivo, já que este, isolado, tem apenas uma idéia genérica. Desta forma, o artigo serve para selecionar um referente entre outros da espécie, particularizando-o, tornando-o específico, conhecido, determinado. Pode também o artigo fazer referência a um ente qualquer, não específico no conjunto. Por isto é que se dividem os artigos em definidos (o, a) e indefinidos (um, uma). Exemplos: Empreste-me a caneta! (trata-se de uma caneta já conhecida do emissor e do receptor). Empreste-me uma caneta. (trata-se de qualquer caneta de que o receptor disponha. Além desses papéis, o artigo pode: a) determinar o gênero do substantivo. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (42 of 68) [05/10/2001 23:38:12] A seguir, observe a lista dos pronomes chamados pessoais. Nº Pessoa Retos Oblíquos átonos(usados sem preposição) Oblíquos tônicos (usados com preposição) S I N G U L A R 1º Eu Devolveram-me à vida Ela quer falar contra mim Ela fala com todos exceto comigo 2º Tu Tu te feres ? Junto a Ti ela é feliz Contigo há Alegria e emoção 3º Ele/Ela Eu o vi semana passada Eles falam sempre de si Ele a ajudou muito Vá até ele e faça-o saber a verdade Eu disse-lhe um segredo A ela deram tudo: amor, saúde e proteção Carla e Cristina Enganaram-se Consigo há paz e plenitude P L U R A L 1º Nós Pões-nos ali Perante nós a vida desenrolou -se calmamente Até conosco eles foram rudes 2º Vós podeis confiar em mim Vós vos queríeis muito Estava com vós outros 3º Eles/Elas Soube inspirar-lhes fé Em respeito a eles mantive-me quieto Eu avisei-os Elas Antonio dominava-as a todas vencia-as Ele critica todo mundo exceto si mesmo Se Consigo Página 13 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (45 of 68) [05/10/2001 23:38:12] VERBO O verbo é palavra que expressa fatos, ações, fenômenos e estados, relativamente às pessoas gramaticais, no tempo e de algum modo (indicativo, subjuntivo, imperativo). Normalmente os verbos têm um sujeito (agente de um processo), mas há verbos que nâo têm sujeito. Classificação dos verbos: a) Conjugação: Depende da terminação do infinitivo: os que terminam em –AR, -ER/-OR e IR são, respectivamente, da 1ª, 2ª e 3ª conjugações. Exemplos: amar; vender e pôr, partir. b) Regulares: Nunca alteram o radical e usam as mesmas “terminações” dos paradigmas (= modelos) de sua conjugação. Normalmente são paradigmas de conjugações: amar, vender, partir. c) Irregulares: Podem alterar a forma do radical. Veja o presente do indicativo de fazer: faço, fazes etc. Notou a alteração no radical? Podem, também alterar a “terminação”, não coincidindo com o verbo paradigma. Exemplo: Estou. Verifique que o verbo estar, mesmo sendo da primeira conjugação, termina diferente do verbo amar, que é modelo da primeira conjugação. d) Defectivos: São verbos aos quais faltam formas em alguns modos e/ou pessoas. Exemplos: chover, precaver-se, reaver etc. e) Anômalos: Apenas os verbos ser e ir. Sâo assim chamados devido às profundas alterações de formas. Eles são mais “deformados” que os verbos irregulares. f) Abundantes: Esses verbos possuem mais de uma forma para a mesma flexão. Em Português, a abundância é muito importante nas formas de particípio. g) Auxiliares: Ajudam os verbos principais, quanto à conjugação. Exemplo: Estávamos falando muito! Página 14 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (46 of 68) [05/10/2001 23:38:12] Flexões dos verbos. Verbos flexionam-se em: 1. tempo: presente; pretérito perfeito, imperfeito ou mais-que-perfeito e futuro do presente e do pretérito. Presente: Expressa o momento em que se enuncia o fato. Exemplo: Eu continuo aqui na sala. Nota: O uso da língua inúmeras vezes utiliza um tempo verbal para enunciar fatos que não se inserem naquilo que a flexão ordinariamente impõe. Sâo variações que trazem novo colorido à expressão ou servem para denotar um falar coloquial, informal. Entenda-se que nisto não há erro! Exemplo: Amanhã eu vou... A forma vou, embora expressa no tempo presente, alude a um processo no futuro; equivale a irei. Pretérito perfeito: Normalmente expressa um processo já realizado, concluído. Exemplo: Eu já estudei toda a lição. Página 15 Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (47 of 68) [05/10/2001 23:38:12] Matérias > Português > Gramática > Morfologia > Classes Gramaticais ADVÉRBIO. Classe de palavra, dada como invariável, que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Com modificar quer-se dizer que o advérbio sempre acrescenta um “dado novo”, no dizer de Celso Cunha. O advérbio expressa uma circunstância em que se dá o processo verbal, intensifica um adjetivo ou outro advérbio. São várias as circunstâncias expressas pelo advérbio: tempo, modo, lugar, causa, condição, concessão, finalidade etc., compreendidas no contexto em que estiver o advérbio. Exemplo: A estátua foi feita em bronze. O termo em bronze, nesse contexto expressa idéia de matéria. Trata-se, assim, de adjunto adverbial de matéria. INSTRUMENTOS RELACIONAIS: PREPOSIÇÕES E CONJUNÇÕES. Chamamos preposição à palavra que estabelece uma relação de subordinação entre dois termos e uma oração. Enfim, a preposição serve para “fechar” o sentido entre dois termos. Se observarmos dois vocábulos: casa e pães, notaremos que não há qualquer relação de significado entre eles. Vejamos, agora, a seqüência: casa de pães. É preciso dizer mais? As preposições dividem-se em essenciais (sempre são preposições) e acidentais (palavras e expressões que podem funcionar, eventualmente, como preposições. Há, também expressões que se chamam locuções prepositivas: duas ou mais palavras com valor de preposição. Observe os quadros seguintes: Preposições Simples Formada por uma só palavra. A Com Em Por (Per) Ante Contra Entre Sem Após De Para Sob Até Desde Perante Sobre Trás Locuções Prepositivas A cerca de Abaixo de Ao lado de Perto de A Respeito de Embaixo de Ao lado de Por trás de De acordo com Acima de Em frente a Junto a Graças a Em cima de Em redor de Junto de Para com Por cima de Por causa de Conjunções, também chamadas conectivos, servem para relacionar dois termos, numa relação de adição: José e Antônio saíram cedo. Relacionam também as orações coordenadas (sindéticas) e as orações Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (50 of 68) [05/10/2001 23:38:13] subordinadas (substantivas e adverbiais). Exemplos: Ela estuda muito mas não progride. (conjunção coordenativa sindética adversativa). Disse-nos que não tinha interesse na compra do carro. (conjunção subordinativa integrante). Fico feliz com o resultado, embora esperasse coisa melhor. (conjunção subordinativa adverbial concessiva). A identificação e a classificação das conjunções é assunto que se esclarece melhor no estudo do período composto. 7_8 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Períodos Simples e Composto SINTAXE I - PERÍODO SIMPLES Frase ou sentença: Qualquer expressão falada ou escrita que estabeleça comunicação completa entre duas pessoas. As frases sem verbo chamam-se frases nominais. Há diferença entre frase e oração: uma oração pode ser frase, desde que preencha tal requisito: estabelecer comunicação completa entre duas pessoas. Período: Segmento do texto que inicia com letra maiúscula, tem processo verbal (um ou mais de um) e termina com ponto final, ponto de interrogação, ponto de exclamação e, às vezes, com reticências. Exemplos: Chove.; Chove?; Chove!; Chove... Quando o período tem apenas um verbo, diz-se período simples ou oração absoluta. Com mais de um verbo, o período será composto (por subordinação ou por coordenação). Período simples (oração). Daqui para a frente preferimos chamar o período simples apenas de oração. Isto deve facilitar a compreensão. ORAÇÃO É UMA ESTRUTURA QUE APRESENTA, NORMAMLMENTE, DUAS PARTES: SUJEITO E PREDICADO. Nota: Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (51 of 68) [05/10/2001 23:38:13] Existem orações sem sujeito, pois seus verbos são impessoais. O verbo sempre compõe o predicado da oração. Oração Sujeito Gato Gatos + Predicado mia miam Note-se que o verbo concorda com o sujeito, em número e pessoa. Isto é sujeito singular tem verbo no singular; sujeito plural tem verbo no plural. Esta observação é a única segura para se identificar o termo sujeito de uma oração. Página 2 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Períodos Simples e Composto Estudo e classificação do sujeito Determinado Simples: apenas um núcleo Composto: mais de um núcleo Oculto/elíptico: Há um sujeito inexpresso, mas identificável. Exemplos: “Raia sangüínea e fresca a madrugada.” Sujeito simples: a madrugada. Raimundo Correia. “Com isso Pai e Mãe davam de zangar-se.” Sujeito composto: Pai e Mãe. Guimarães Rosa. “Zé Boné, com efeito, regulava de papalvo./ Sem fazer conta de companhia ou conversas, varava...” Na oração que aparece depois da barra, o sujeito (Zé Boné) está oculto, por vir expresso na oração precedente. Indeterminado - ocorre com verbos na terceira pessoa do plural, sem referência a um agente. Importa apenas o fato em si. "Assaltaram o banco." - ocorre com os verbos na terceira pessoa do singular, acompanhados de "se", a que chamamos índice de indeterminação do sujeito. Neste caso os verbos não têm objeto direto; exceto preposicionado. Exemplos: Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (52 of 68) [05/10/2001 23:38:13] desde que remetam sempre a um substantivo. Exemplo: Os meus dois belos cães de caça comeram muita carne ontem. b) predicativo: É uma informação não-verbal, constituinte do predicado, atribuída ao sujeito da oração (independentemente de ser núcleo substantivo) ou ao objeto. Exemplos: Os marinheiros estão cansados. (= Eles estão cansados.) Não gosto de ver Camila triste. Não gosto de vê-la triste. Nota: Observe que o predicativo não desaparece, mesmo que se substitua o núcleo substantivo por um pronome. Página 5 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Períodos Simples e Composto c) complementos nominais: são termos regidos de preposição, ligados a um adjetivo, a um advérbio ou a um substantivo que não seja concreto. Os substantivos abstratos derivados de verbos podem ter nesse termo preposicionado um complemento nominal (noção passiva) ou um adjunto adnominal (noção ativa). Os substantivos concretos só podem Ter adjuntos adnominais. Exemplos: A resposta ao aluno enfureceu a classe. (ao aluno: noção passiva). A resposta do aluno enfureceu a classe. (do aluno: noção ativa). d) Aposto: termo que, equivalendo a um antecedente, explica-o, enumera-o, resume-o, especifica-o. Exemplo: Rui Barbosa, o Águia de Haia, foi brasileiro eminente. Nota: Há um termo que se anexa à oração, com a finalidade de convocar a atenção do receptor para uma melhor recepção da mensagem. Chama-se vocativo. Exemplo: Brasileiros, pretendo dizer-lhes a verdade. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (55 of 68) [05/10/2001 23:38:13] Página 6 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Períodos Simples e Composto SINTAXE II - PERÍODO COMPOSTO Chama-se composto o período que apresenta mais de uma oração, isto é, há nele mais de um processo verbal. O periodo pode se composto por subordinação, por coordenação e misto. Período composto por subordinação Apresenta o que se chama de oração subordinada: aquela que exerce função sintática em relação a outra dita oração principal. As orações subordinadas, dependendo da função sintática que exercem, podem ser: Substantivas: Mostram-se como “ um pedaço” que falta à oração principal. Têm valor sintático de um substantivo, por isto podem ser: Subjetivas: Funcionam como sujeito da oração principal. Exemplos: É bom/vires à aula hoje. Espera-se/que haja aula hoje. Objetivas diretas: Funcionam como objeto direto do verbo da oração principal. Exemplo: Os alunos sabem/que houve aula. Objetivas indiretas: Funcionam como objeto indireto do verbo da oração principal. Exemplo: Necessitamos/de que voltes hoje. Completivas nominais: Funcionam como complementos nominais, presas por preposição a um nome constituinte da oração principal. Exemplos: Temos certeza/de que haverá aula hoje. Nota: Não há possibilidade de confusão entre as orações objetivas indiretas e as completivas nominais. Estas têm a preposição regida por um nome (substantivo, adjetivo, advérbio), aquelas têm a preposição regida por um verbo. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (56 of 68) [05/10/2001 23:38:13] Página 7 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Períodos Simples e Composto Predicativas: Funcionam como predicativo do sujeito da oração principal. Sucedem, normalmente, ao verbo de ligação ser, quando o sujeito a ele estiver anteposto. Exemplo: A miséria é/que existem pobres no mundo. Nota: Há grande problema na decisão da oração predicativa, já que se pode confundir com uma subjetiva. Preferimos achar que o antecedente do verbo ser lhe seja o sujeito; conseqüentemente, o termo seguinte é predicativo do sujeito. Apositivas: Funcionam como aposto enumerativo, relativamente à oração principal. Exemplo: A única verdade é esta:/que todos morreremos. Adjetivas: Orações caracterizadoras, introduzidas por um pronome relativo — ou por um advérbio relativo: como, onde, quando — através de que fazem referência ao termo antecedente na oração principal. As orações adjetivas evitam a repetição do antecedente na nova oração. Exemplo: Não encontramos a mulher. A mulher havia fugido da sala. = Não encontramos a mulher/que havia fugido da sala. As orações adjetivas podem ser explicativas — quando dispensáveis ao sentido total do período — ou restritivas — quando indispensáveis à razão do período. Nota: O pronome relativo sempre exerce uma função sintática na oração subordinada adjetiva. Página 8 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Períodos Simples e Composto Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (57 of 68) [05/10/2001 23:38:13] Abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, estimar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Nota: Nunca esquecer que a regência verbal determina uma predicação adequada ao contexto em que se emprega o verbo. 2. São transitivos indiretos, se empregados em construções mais usuais de nossa língua, os verbos seguintes: Simpatizar/antipatizar (com alguém); consistir (em alguma coisa); obedecer/desobedecer (a alguém/algo); responder (a alguém/algo). Página 3 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Regência Nominal, Verbal e Crase 3. Verbos que mudam o significado, dependendo do processo de regência a que se submetem no contexto: Agradar: acariciar: transitivo direto. causar satisfação, contentar: transitivo indireto (a). Aspirar: Ter aspiração, vontade: transitivo indireto (a). inalar, cheirar: transitivo direto. Assistir: ver: transitivo indireto (a). ajudar: transitivo direto ou indireto (a). caber, pertencer: transitivo indireto (a) residir: intransitivo com adjunto adverbial de lugar (em). Chamar: convocar, intimar, convidar: transitivo direto. apelidar, xingar, elogiar: transitivo direto ou indireto (a). Tem predicativo do objeto direto ou indireto. rezar: transitivo indireto (por). Custar: idéia de preço: intransitivo. Acompanha adjunto adverbial de preço ou de valor. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (60 of 68) [05/10/2001 23:38:13] ser trabalhoso, difícil: transitivo indireto. O sujeito é oracional. Proceder: agir: intransitivo. ter origem: intransitivo (adjunto adverbial introduzido por de). dar início, providenciar: transitivo indireto (a). Querer: estimar, gostar, amar: transitivo indireto (a). pretender, cobiçar: transitivo direto. Visar: pretender: transitivo indireto (a). Nas demais acepções é transitivo direto. Página 4 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Regência Nominal, Verbal e Crase 4. São transitivos diretos e indiretos os seguintes verbos, desde que usados nas construções mais usuais de nossa língua: Pagar, perdoar e agradecer: esses verbos têm objeto direto de coisa e objeto indireto de pessoa. Informar, avisar, prevenir, certificar: tais verbos podem inverter os objetos; o direto pode passar a indireto e vice versa. Preferir: (uma coisa a outra) Nunca aceita mais, menos, que ou do que. 5. Os verbos esquecer e lembrar serão transitivos indiretos, se usados pronominalmente. Caso contrário, serão transitivos diretos. Página 5 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Regência Nominal, Verbal e Crase Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (61 of 68) [05/10/2001 23:38:13] Crase Palavra de origem grega. Significa fusão ou contração e é processo indicado com o acento grave sobre a letra a, A crase é resultado das seguintes fusões: 1. preposição “a” + artigo feminino “a”: Referir-se à (= a + a) grande platéia. 2. preposição “a” + pronome demonstrativo “a”: ...uma camisa igual à (= a + a = aquela) que vimos na loja. 3. Preposição “a” + “a”, inicial dos pronomes demonstrativos: Referir-se àquele (a + aquele) homem. Falar àquela (= a + aquela) mulher. Aludir àquilo (= a + aquilo). A ocorrência do acento grave indicador da crase segue a princípios lógicos, a saber: Emprego opcional: Depois da preposição até; antes de antropônimos femininos não especificados ou adjetivados e antes de pronomes adjetivos possessivos no feminino singular. Exemplos: Ir até à/até a esquina. Escrever uma carta à/a Januária. Dar uma presente à/a nossa mãe. Emprego proibido a) antes de verbo: Ficar a ver navios. b) antes de formas masculinas: Andar a cavalo. c) antes de pronomes em geral: Dar nada a ninguém. d) antes das palavras casa, terra, distância e hora não especificadas: Voltei tarde a casa. Os marinheiros não estão no navio, vieram a terra. Fique a distância. Chegarei a hora que der certo. e) entre palavras repetidas: Encontraram-se cara a cara. f) “a” no singular que anteceda substantivo no plural: Refiro-me a alunas estudiosas. Emprego necessário: Em todos os casos em que ocorre regência da preposição a, precedendo outro a, como já se viu acima. 9_6 Página 1 Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (62 of 68) [05/10/2001 23:38:13] 6. concordância de possível. A palavra possível concorda com a expressão intensificadora: o mais, a mais; os mais as mais. Exemplos: Vi casas o mais luxuosas possível Vi casas as mais luxuosas possíveis. 7. expressões é pouco, é bom, é necessário Essas expressões permanecem invariáveis, quando o sujeito não estiver determinado por artigo ou demonstrativo. Exemplos: Água é bom. Cerveja é necessário. Mas: A/Esta água é boa. A/Esta cerveja é necessária. 8. concordância de um e outro, nem um nem outro Com essas expressões mantém-se o substantivo no singular e o adjetivo no plura. Exemplos: Chegaram um e outro aluno dedicados. Nem uma nem outra mulher bonitas aproximou-se de nós. 9 concordância por silepse a) de pessoa: Os brasileiros ficamos (em lugar de ficaram) boquiabertos. b) de número: O povo choravam (em lugar de chorava) na praça. c) de gênero: Vossa Excelência é atencioso. (em lugar de atenciosa) Nota: Nas concordâncias por silepse o processo se faz com a idéia que o termo represente e não expressamente com ele. A silepse é uma licença literária; portanto, salvo com os pronomes de tratamento, não devemos praticá-la. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (65 of 68) [05/10/2001 23:38:13] Página 4 Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Concordância Nominal e Verbal Concordância verbal É regra geral que o verbo sempre concorde com o sujeito da oração. Entretanto, há casos especiais, além de orações que não apresentam sujeito — orações sem sujeito. Casos especiais 1. Havendo índice de indeterminação do sujeito o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular, sem exceção. Exemplos: Vive-se bem. Precisa-se de bons políticos. Era-se feliz na Grécia. Ama-se a bons autores. 2. Quando a partícula se é apassivadora, o verbo concorda necessariamente com o sujeito paciente. Exemplos: Vende-se uma casa. Vendem-se duas casas. 3. Havendo pronome relativo que, o verbo concorda com o termo que o antecede; com o pronome quem, o verbo deverá, de preferência, manter-se na terceira pessoa do singular. Exemplos: Não fui eu que falei isto. Não fui eu quem falou isto. 4. Quando ocorre a expressão um (uma) das que, o verbo poderá ficar no singular ou no plural Exemplos: Ele é um dos que artribui/atribuem culpa ao colega. Página 5 Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (66 of 68) [05/10/2001 23:38:13] Matérias > Português > Gramática > Sintaxe > Concordância Nominal e Verbal 5. Quando o verbo está anteposto ao sujeito composto, pode concordar com o núcleo mais próximo. Exemplo: Chegaram/Chegou o mapa e os dicionários. Nota: Caso o verbo esteja posposto ao sujeito composto, deverá ir para o plural, incondicionalmente. 6. Quando o sujeito é composto de pessoas gramaticais diferentes, irá para a primeira pessoa do plural, se entre elas houver eu. Se houver tu, o verbo irá para a Segunda pessoa do plural. Exemplos: Ela, teu irmão e eu falaremos com o bispo. Teu irmão, tu e ela falareis com o bispo. 7. Com o verbo parecer, seguido de infinitivo, havendo sujeito plural pode-se construir como segue: As estrelas parece brilharem. As estrelas parecem brilhar. 8. Concordância especial do verbo ser. a) pessoa prevalece sobre coisa. Exemplos: Suas esperanças é o filho. O filho é suas esperanças. b) plural prevalece sobre o singular. Exemplo: A cama são folhas de jornal velho. c) pronome reto sempre prevalece. Exemplo: Aqui o chefe somos nós. d) Nas expressões indicativas de insuficiência, suficiência ou excesso, o verbo ser fica no singular. Exemplos: Um é pouco. Dois é bom. Três é demais. Matérias > Português > Gramática > Língua, fala e linguagem file:///C|/html_10emtudo/Portugues/1_lingua_fala_niveis_de_linguagem_1-1.htm (67 of 68) [05/10/2001 23:38:13]
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