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Amostragem de sementes, Notas de estudo de Agronomia

No laboratório a quantidade de sementes analisadas é muito pequena em relação ao tamanho do lote o qual representa. Se o lote não for homogêneo ou se houver erro na amostragem, ocorrem informações incorretas e comprometedoras que poderão beneficiar ou prejudicar os interessados. Dessa forma, é necessário proceder de acordo com métodos pré-estabelecidos e, rigorosamente seguidos, para a coleta de amostra. A amostragem deve ser representativa e ao acaso e tem como objetivo obter uma amostra de t

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 08/08/2010

josilaine-goncalves-7
josilaine-goncalves-7 🇧🇷

4.4

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Baixe Amostragem de sementes e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! AMOSTRAGEM No laboratório a quantidade de sementes analisadas é muito pequena em relação ao tamanho do lote o qual representa. Se o lote não for homogêneo ou se houver erro na amostragem, ocorrem informações incorretas e comprometedoras que poderão beneficiar ou prejudicar os interessados. Dessa forma, é necessário proceder de acordo com métodos pré-estabelecidos e, rigorosamente seguidos, para a coleta de amostra. A amostragem deve ser representativa e ao acaso e tem como objetivo obter uma amostra de tamanho suficiente que permita a realização dos diferentes testes e que tenha na mesma proporção os componentes do lote. DEFINIÇÕES AMOSTRAGEM - ato ou processo de obtenção de porção de sementes ou de mudas, para constituir amostra representativa de campo ou de lote definido. AMOSTRA – porção representativa de um lote de sementes ou de mudas, suficientemente homogênea e corretamente identificada, obtida por método indicado pelo MAPA. AMOSTRA OFICIAL – amostra retirada por fiscal, para fins de fiscalização. AMOSTRA DE IDENTIFICAÇÃO – amostra com a finalidade de identificação do lote de sementes ou de mudas. AMOSTRA SIMPLES – pequena porção de sementes retirada de um ponto do lote. AMOSTRA COMPOSTA – formada pela combinação e mistura de todas as amostras simples retiradas do lote. AMOSTRA MÉDIA ou SUBMETIDA – amostra recebida no laboratório, que possua, no mínimo, o tamanho especificado nas regras para análise, constituindo-se da própria amostra composta ou subamostra desta. AMOSTRA DE TRABALHO – é uma subamostra obtida por homogeneização e redução da amostra média (ou submetida) no laboratório, para a execução dos testes de qualidade. SUBAMOSTRA – é uma parte de amostra obtida pela redução da amostra de trabalho. PAGE 3 AMOSTRADOR Pessoa física credenciada pelo MAPA para execução da amostragem. PRINCÍPIOS GERAIS Uma amostra é obtida de um lote de sementes, pela tomada aleatória de pequenas porções (amostras simples), em diferentes pontos. Dessa amostra, forma-se a amostra composta que é reduzida a amostras menores (amostra média ou submetida) que são retiradas e enviadas ao laboratório para verificação da qualidade das sementes. LOTE DE SEMENTES Quantidade definida de sementes, identificada por letra, número ou combinação dos dois, da qual cada porção é, dentro de tolerâncias permitidas, homogênea e uniforme para as informações contidas na identificação. TAMANHO DO LOTE (peso máximo do lote) - o lote não deve exceder a quantidade indicada nas RAS, sujeito a uma tolerância de 5%. As RAS limitam o tamanho dos lotes de acordo com a espécie e tamanho das sementes (exemplos na Tabela 1). O limite de peso é estabelecido para obter lotes mais homogêneos. HOMOGENEIZAÇÃO DO LOTE – a homogeneidade de um lote de sementes é, principalmente, determinada pelos cuidados com que os produtores separam as sementes com características diferentes e na maneira como são manejados os equipamentos de limpeza, classificação e secagem. Não deve haver evidência de heterogeneidade. RECIPIENTES – o lote de sementes deve estar acondicionado em recipientes (sacos de papel, polipropileno, latas), selados e etiquetados ou marcados para sua identificação. PAGE 3 Amostragem Manual – método mais adequado para espécies de sementes que não deslizam com facilidade, a exemplo de gramíneas palhentas, algodão com linter, amendoim com casca, lomentos de Stylosantes e algumas espécies arbóreas. É difícil pelo método manual obter amostras representativas a mais de 40 cm de profundidade. Nesse caso, o amostrador deve solicitar que alguns sacos ou embalagens sejam total ou parcialmente esvaziados para facilitar a amostragem, em seguida, reensacar as sementes. Nesse sistema deve se tomar o cuidado de manter as sementes bem apertadas entre os dedos para não deixá-las escapar. INTENSIDADE DE AMOSTRAGEM Para lotes de sementes são consideradas como exigência mínima as seguintes intensidades de amostragem: A Granel ou Fluxo • lotes de até 500 quilos de sementes, pelo menos 5 amostras simples; • lotes de 501 a 3.000 quilos de sementes, uma amostra simples de cada 300 quilos, porém não menos de 5 amostras simples; • lotes de 3.001 a 20.000 quilos de sementes, uma amostra simples de cada 500 quilos, porém não menos de 10 amostras simples; • lotes acima de 20.001 quilos de sementes, uma amostra simples para cada 700 quilos, mas não menos que 40 amostras simples. Em sacos, Tambores ou Outros Recipientes • lotes de até 5 recipientes: cada recipiente deve ser amostrado, coletando-se no mínimo, 5 amostras simples; • lotes de 6 a 30 recipientes: retirar uma amostra de cada 3 recipientes, e não menos de 5 amostras simples, tomando sempre o número que for maior; • lotes de 31 a 400 recipientes: retirar uma amostra de cada 5 recipientes, e não menos de 10 amostras simples, tomando-se sempre o número que for maior; • lotes de 401 ou mais recipientes: retirar uma amostra a cada 7 recipientes, e não menos de 80 amostras simples, tomando-se sempre o número que for maior. Em pequenos recipientes PAGE 3 Latas, envelopes e pacotes usados no comércio varejista, recomenda- se que o peso máximo de 100 quilos seja tomado como unidade básica e os pequenos recipientes combinados, de maneira a formar essas unidades de amostragem, assim como: • 20 recipientes de 5 quilos; • 33 recipientes de 3 quilos; • 100 recipientes de 1 quilo; • 1000 recipientes de 100 gramas; • 10000 recipientes de 10 gramas. Para o propósito de amostragem, cada unidade é considerada como um recipiente e a intensidade de amostragem segue conforme descrito no subitem, em sacos, tambores e outros recipientes. A amostragem realizada nas unidades básicas deve ser feita tomando-se recipientes inteiros e fechados. O conteúdo combinado dos diversos recipientes deve suprir as quantidades mínimas exigidas para a amostra média ou submetida. PESOS MÍNIMOS DAS AMOSTRAS MÉDIAS OU SUBMETIDAS Os pesos mínimos das amostras médias ou submetidas de cada espécie de semente necessários para as diversas determinações encontram-se especificadas nas RAS, e para exemplificação encontram-se algumas espécies na Tabela 1. No caso de amostra recebida no laboratório ser menor do que as especificadas nas RAS, o remetente deve ser notificado e a análise suspensa até que, nova amostra com quantidade suficiente, seja recebida; Em caso de lotes pequenos de sementes muito caras é permitido enviar amostras médias menores, tendo no mínimo o peso suficiente para a realização dos testes solicitados. EMBALAGEM, IDENTIFICAÇÃO, SELAGEM E REMESSA DA AMOSTRA Para a remessa das amostras médias ou submetidas ao laboratório os tipos de embalagens exigidos nas RAS devem ser de material resistente para que não ocorra rompimento durante o deslocamento (transporte) de deve proteger as sementes do excesso de calor, umidade ou contaminação. PAGE 3 Embalagens de papel Kraft multifoliado, papelão, algodão podem ser utilizadas. Cada amostra deve ser devidamente identificada para que se estabeleça conexidade com o respectivo lote. Para a emissão de Boletins de Análises, as embalagens devem ser seladas. Para teste de germinação as amostra devem ser acondicionadas em embalagens permeáveis, enquanto que para a determinação do grau de umidade as sementes devem estar em embalagens impermeáveis e hermeticamente fechadas. Sementes tratadas quimicamente (fungicidas e/ou inseticidas), o nome do produto, do ingrediente ativo e a dosagem utilizada devem ser informados junto com a amostra. O amostrador oficial ou órgão responsável pela coleta das amostras devem remetê-las, sem demora, ao laboratório e, em se tratando de amostras oficiais, jamais devem ser deixadas aos cuidados de pessoas não autorizadas. PROCEDIMENTOS NO LABORATÓRIO No laboratório, imediatamente após o recebimento da amostra média ou submetida, seus dados devem ser devidamente conferidos e após conferência a amostra deve ser protocolada. A partir de então, a amostra vai ser homogeneizada, através de instrumentos e métodos adequados, prescritos nas RAS, para se obter a amostra de trabalho por divisões sucessivas (separação e subseqüente combinação, ao acaso, de pequenas porções). A representatividade do lote depende dos cuidados especiais no momento do processo de homogeneização das amostras médias ou submetidas. Depois de retirada a primeira amostra de trabalho, o remanescente da amostra média ou submetida deve ser novamente homogeneizado, antes que uma segunda amostra seja retirada. As sementes restantes constituirão a amostra de arquivo e deverão ser armazenadas imediatamente em câmaras/arquivos adequadas com controle de temperatura (10 a 150C) e umidade relativa do ar (50 a 60%). EQUIPAMENTOS DE DIVISÃO E SEU USO PAGE 3 uniformemente sobre a bandeja e as sementes que caírem dentro dos copos são tomadas como amostra de trabalho. Para cada espécie, ou grupo de espécies similares, um tamanho de copo é necessário. Cada tamanho se baseia de modo que a amostra de trabalho da espécie a ser analisada pode ser obtida em seis, sete ou oito copos; amostras que diferem em densidade, um ajustamento deve ser feito para tal. Um quadrado de área 10 a 12 vezes a soma das áreas dos oito copos é requerida, marcada na bandeja ou folha de papel parafinado para ser usado para a espécie em teste. O procedimento é o seguinte: Colocar oito copos ao acaso dentro do quadrado. Após uma mistura preliminar da amostra média ou submetida, despeje as sementes uniformemente sobre o quadrado com um movimento de um lado para o outro, de forma alternada em direção e em ângulos retos a esta. O quadrado deve ficar coberto ao invés de encher os copos; existirá um derramamento pelas bordas do quadrado, porém, deve ser desconsiderado. Pesar o conteúdo de seis copos e se o peso for suficiente, este forma a amostra de trabalho. Caso o peso não seja suficiente, adicionar o conteúdo do sétimo copo e, se necessário, o oitavo. Se os copos não estiverem cheios, repita usando um quadrado menor ou maior caso os copos estejam cheios. Método modificado da separação ao meio – o aparelho consiste de uma bandeja, na qual se encaixa um reticulado de células cúbicas de igual tamanho, abertas na parte superior, e cada célula alternadamente sem o fundo. Após a mistura preliminar, as sementes são despejadas uniformemente sobre o reticulado da mesma maneira como é despejada no método dos copos aleatórios. Quando o reticulado é levantado, aproximadamente metade da amostra permanece na bandeja. A amostra média ou submetida é de forma sucessiva separada ao meio até que a amostra de trabalho seja obtida. Método da colher – utilizado somente para sementes pequenas. As sementes são colocadas em uma bandeja e misturadas. Com o auxílio de uma colher especial (com beirada reta) e de uma espátula, remover pequenas porções de sementes de pelo menos cinco lugares aleatórios da bandeja.Porções suficientes devem ser tomadas até obter a amostra de trabalho. PAGE 3 Método manual de separação ao meio – é realizado com sementes palhentas, com ganchos, espinhos ou alas (ex. Andropogon, Arrhenatherum, Brachiaria, Oryza, Echinochloa etc) e para alguns gêneros de árvores e arbustos. A amostra é despejada uniformemente sobre uma superfície limpa e lisa, e homogeneizada com uma espátula. Em seguida, o amontoado é dividido ao meio e, cada metade é novamente dividida ao meio, originando quatro porções. Cada uma dessas quatro porções é de novo dividida ao meio originando oito porções, as quais devem ser dispostas em duas fileiras com quatro. Combinar e reter porções alternadas, isto é, combinar a primeira e a terceira porção da primeira fileira com a segunda e a quarta porção da segunda fileira. Remover as quatro porções remanescentes. Repetir até que o peso requerido da amostra seja obtido. ARMAZENAGEM DAS AMOSTRAS O laboratório de análise de sementes não pode ser responsável pela deterioração da amostra durante o armazenamento, portanto todo esforço deve ser feito para iniciar a análise da amostra tão logo de seu recebimento ou reduzir ao mínimo o tempo de espera. Se for necessário conservar a amostra média ou submetida durante algum tempo, antes de sua análise, é essencial que esta esteja armazenada em ambiente fresco e bem ventilado, de tal maneira que as alterações na qualidade das sementes como dormência, grau de umidade e porcentagem de germinação sejam as mínimas possíveis. O armazenamento, após o teste por um longo período, deve ser efetuado em ambientes controlados de temperatura e umidade relativa do ar e protegido contra a ação de insetos e roedores. PAGE 3
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