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Evolução das doenças transmissíveis no brasil, Notas de estudo de Enfermagem

As ações sobre as doenças transmissíveis em nosso meio, datam do tempo do Brasil Colonial, quando os serviços de saúde se preocupavam com as doenças pestilenciais. Estratégia de controle= AFASTAMENTO OU CONFINAMENTO dos doentes nas santas casas, com ações voltadas para o indivíduo doente e não para a prevenção. Fins do século XVII = ação contra a febre amarela em Pernambuco, inaugura uma nova prática, em decorrência das epidemias. Ações: aterro de águas paradas, limpeza de ruas e casas, criação

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 09/05/2010

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Baixe Evolução das doenças transmissíveis no brasil e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL As ações sobre as doenças transmissíveis em nosso meio, datam do tempo do Brasil Colonial, quando os serviços de saúde se preocupavam com as doenças pestilenciais. Estratégia de controle= AFASTAMENTO OU CONFINAMENTO dos doentes nas santas casas, com ações voltadas para o indivíduo doente e não para a prevenção. Fins do século XVII = ação contra a febre amarela em Pernambuco, inaugura uma nova prática, em decorrência das epidemias. Ações: aterro de águas paradas, limpeza de ruas e casas, criação de cemitérios( ações pontuais). A partir do século XIX são estruturadas ações de promoção da saúde. Século XVIII- com a chegada da família real ao Brasil = surge a denominação POLÍCIA MÉDICA , onde era proposto uma intervenção nas condições de vida e saúde da população, com o objetivo de vigiar e controlar as epidemias – controle profilaxia para vigiar a cidade e controlar as instalações de minas e cemitérios , o comércio do pão , vinho e carne. 1815 = o Brasil passa a condição de Reino Unido a Portugal , traz uma nova organização para o governo, buscando o controle das epidemias e do meio ambiente devido as preocupações com a saúde da população e corte e a necessidade de saneamento dos portos, como estratégia para o desenvolvimento. 1808= Concepção sobre as causas das doenças baseava-se na teoria miasmática.Desta forma os serviços de saúde tinham sua atenção voltada para a profilaxia das moléstas epidêmicas baseadas no saneamento do meio. Tinham como propostas para as causas ligadas ao meio Urbanização da cidadade com aterros de pântanos Demarcação de lugares de construção Organização de uma rede de água e esgoto Organização dos cemitérios com criação de normas higiênicas para o enterro PAGE \* MERGEFORMAT 16 Popostas para as causas ligadas á alimentação Controlar o comércio , os matadouros, os açougues Criar curral para o gado que era abatido na cidade Proposta para as causas ligadas aos portos ( vigilância sanitária dos portos) – mostra preocupação com o indivíduo, esboçando noção de caso. Criação de lazaretos para quarentena dos escravos portadores de doenças epidêmicas e cutâneas Fiscalização das embarcações que poderiam trazer pestes ou outras moléstias. Era da bacteriologia = surgiu a noção do agente etiológico, possibilitando o combate destes agentes através da soroterapia e quimioterapia), propiciou a execução da vacina anti variólica, repercutindo na forma de organizar os serviços de saúde coletiva. As ações de vacina e isolamento são ações restritas ao indivíduo, e para cumprir estes objetivos , os indivíduos poderiam ser controlados, manipulados e punido. Preocupações do Poder Público: Endemias Saneamento dos núcleos urbanos e dos portos Necessidades: Criar condições sanitárias mínimas indispensáveis, sendo São Paulo, Santos e Rio de Janeiro os primeiros municípios contemplados com o saneamento urbano. As doenças pestilenciais como a cólera, peste bubônica, febre amarela, varíola, tuberculose, hanseníase, febre tifóide requeriam maior atenção. A estratégia adotada para o controle, obedecia à necessidade de atração e retenção da mão de obra, e dava condições mínimas de combate à febre amarela, e vacinação contra a varíola. As campanhas e as medidas gerais de promoção de higiene se caracterizavam pela utilização de medidas jurídicas impositivas, no que dizia respeito a notificação de casos, vacinação obrigatória, e vigilância sanitária, ou as medidas representavam tentativas de respostas aos quadros epidêmicos que ameaçavam a população e eram motivos de pressão política. Década de 20 = Crescimento da saúde pública como questão social, com o auge da economia cafeeira, com tentativa de extenção das ações de saúde para o país. 1923= Foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública com função de cuidar da higiene industrial, da saúde dos portos e combate das endemias rurais Década de 30= Processo de industrialização, onde o Estado tem alto grau de autonomia e centralização. A autonomia forneceu condições para que o Estado pudesse dar respostas baseadas em um conjunto de medidas integradas, elaborando o que chamamos hoje de políticas sociais. As campanhas sanitárias foram elementos importantes no processo de centralização da política de saúde, e foram motivadas pelas crises sanitárias. Os recursos envolvidos nas campanhas fazem com que estas instituições de cristalizem em serviços de combate às doenças por tempo indefinido, aparecendo os serviços de combate á febre amarela, tuberculose e outras. 1941= O Departamento Nacional de Saúde incorpora vários serviços de combate às endemias e assume o controle técnico em saúde pública institucionalizando as campanhas sanitárias. 1953 = Criado o Ministério da Saúde 1956 = Criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais ( DNERu), com sistemas de informação PAGE \* MERGEFORMAT 16 1929 – Crise econômica e crise da medicina científica na década seguinte e uma incapacidade do sistema econômico de prover condições mínimas de vida e de saúde para a população, neste cenário redescobre-se o caráter social e cultural das doenças e da medicina, graças a epidemiologia que buscava retomar a tradição médico – social de privilegiar o coletivo Destinada ao estudo dos processos patológicos na sociedade, a Epidemiologia passa a ser tomada como uma patologia social,como proposto por Ryle em 1948. A disciplina epidemiologia se define pelo seu caráter social ,buscava retomar o trabalho médico social de privilegiar o coletivo ( resgatar Higéia), visto como algo mais do que um conjunto de indivíduos, ao tempo que ampliava seu objeto de intervenção para além das enfermidades transmissíveis. ATUALIDADE DA EPIDEMIOLOGIA Década de 50, programas de investigação e departamentos de epidemiologia criam ou aperfeiçoam novos desenhos de investigação, como os estudos de coorte , e os ensaios clínicos. Estabelecem-se as regras básicas da análise epidemiológica , sobretudo pela fixação de indicadores típicos da área ( incidência a prevalência) e pela delimitação do conceito de risco, fundamental para a adoção da bioestatística como instrumental analítico. Nos anos 60 ocorreu uma verdadeira revolução na epidemiologia: a introdução da computação eletrônica, onde a investigação epidemiológica obteve como resultado, a matematização da área. A ampliação dos bancos de dados, criação de técnicas analíticas Décadas de 70 e 80, podemos considerar que a epidemiologia caracteriza-se por três tendências: *Aprofundamento das bases matemáticas da disciplina; *Proposta de uma Epidemiologia clínica, favorecendo a identificação de casos e na avaliação da eficácia da terapêutica ; *Reafirma a história saúde-enfermidade-atenção e a raiz econômica, e política de seus determinantes. EPIDEMIOLOGIA MODERNA CAUSALIDADE EM EPIDEMIOLOGIA O conceito de causa e as origens da epidemiologia A epidemiologia constitui-se como ciência apenas no século XIX. Entretanto, desde o século XVII, é possível identificar um conjunto de saberes ou — para utilizar a expressão de Michel Foucault (1987) — uma positividade discursiva aplicada ao processo saúde-doença na dimensão coletiva. John Graunt (apud Rosen, 1980) utiliza listas de mortalidade para detectar diferenças entre campo e cidade, entre sexos, bem como alterações das causas ao longo do tempo, visando identificar situações de risco distintas que remetessem, por conseqüência, a distintas ‘causas’. No século seguinte, aprofundam-se os estudos dos fatos vitais e das doenças, lançando-se mão da quantificação, classificação e descrição detalhada de sintomas, procurando-se estabelecer vínculos causais No século XIX, quatro acontecimentos influenciam fortemente a constituição da epidemiologia como disciplina científica: o nascimento da clínica; o desenvolvimento da bioestatística; a filosofia positivista; e a medicina social. A ciência epidemiológica no século XX PAGE \* MERGEFORMAT 16 Do ponto de vista da causalidade, observa-se um novo momento de inflexão no final do século XIX. As descobertas da bacteriologia abrem a possibilidade de identificação de causas únicas, necessárias e suficientes para muitas doenças. A existência de microrganismos associados à produção das doenças reaviva a concepção mecanicista de causalidade. Os agentes etiológicos, entretanto, apesar de serem causas necessárias não são suficientes, no sentido de que dependem de outros fatores para produzir alterações morfológicas funcionais e doença. Desde as primeiras descobertas de Pasteur, evidencia-se a importância da resposta imune do homem na produção dessas alterações. Novamente a epidemiologia tem de lançar mão da idéia de multicausalidade para melhor apreender os fenômenos no âmbito populacional. Novamente a determinação probabilística se ajusta aos fatos melhor do que a explicação causal mecânica. A euforia dos primeiros descobrimentos exige algum nível de formalização para que seja estabelecido o nexo causal entre doenças e microrganismos, o que resulta na elaboração dos postulados de Koch.As regras propostas pelo bacteriologista alemão tentam eliminar das considerações causais a possibilidade de simples coincidências. Exigem que o microrganismo suspeito seja isolado em todos os casos conhecidos da doença, não seja encontrado em pacientes com outras doenças, seja capaz de infectar animais de laboratório e reproduzir neles os mesmos processos patológicos e possa, finalmente, ser recuperado nos tecidos e secreções desses animais . Hoje sabemos que poucos agentes etiológicos resistiriam a essa prova. Alguns são de difícil isolamento, outros provocam uma série de doenças e não apenas um quadro clínico, e para outros, ainda, inexistem modelos animais satisfatórios. Os vínculos entre epidemiologia, bacteriologia, parasitologia, virologia e imunologia se estreitam bastante durante a última década do século XIX e as três primeiras décadas do século XX, produzindo inúmeros avanços no conhecimento e controle das doenças transmissíveis. Este acúmulo permitiu o desenvolvimento da metodologia de análise da chamada epidemiologia descritiva, e embasou os inquéritos epidemiológicos e as investigações de surtos e epidemias.A abordagem causal caracteriza-se, nessa fase, pela procura de múltiplos fatores e o estabelecimento de relações funcionais entre eles e o comportamento das doenças. Em meados do século XX, as transformações ocorridas no perfil epidemiológico das populações, decorrentes das mudanças na estrutura social e das políticas de controle de doenças, deslocaram o interesse dos epidemiologistas das transmissíveis para as crônico- degenerativas. O mesmo modelo de multicausalidade foi ajustado a esse conjunto de problemas, visto que faltavam, aqui, os agentes etiológicos específicos, havendo, em compensação, um conjunto relativamente amplo de fatores comportamentais, ambientais e de herança familiar envolvidos. No modelo multicausal, a realidade é fragmentada em um conjunto de fatores, reduzindo-se o social e o biológico a ‘fatores de risco’ em uma rede destituída de hierarquia. A abordagem epidemiológica tradicional isola os fatores, transforma os aspectos da vida social em fatos observáveis ,os reduz à condição de variáveis que podem assumir o estatuto de causas, enquanto as relações probabilísticas que vinculam essas ‘causas’ à doença assumem o estatuto de leis científicas. Explicações para as causas das doenças variam conforme cultura e momento histórico Antiguidade concepção religiosa desequilíbrio entre elementos PAGE \* MERGEFORMAT 16 Idade média teoria dos miasmas final séc. XVIII causa social metade do séc. XIX bacteriologia POSTULADOS DE HENLE-KOCH (1882) 1- O agente tem que ocorrer em todos os casos da doença em questão e sob circunstâncias que podem dar uma explicação satisfatória para as alterações patológicas no hospedeiro. 2- O agente não deve estar presente em outras doenças, não podendo ser isolado 3- Após ter sido isolado do organismo e crescido em meio de cultura, ele é capaz de induzir a doença novamente. EXERCÍCIO -1- 1- A frase promoção á saúde refere-se : ( ) medicina preventiva voltada para o coletivo ( ) medicina preventiva voltada para o indivíduo ( ) medicina curativa voltada para o coletivo ( ) medicina curativa voltada para o indivíduo 2- O que podemos identificar como importantes no século X , que contribuíram para a epidemiologia moderna? 3- Quais tendências caracterizaram a epidemiologia nas décadas de 70 e 80? 4- John Graunt trabalhou listas de mortalidade. Para você qual a importância desse indicador? 5- No século XIX, que acontecimentos influenciaram a constituição da epidemiologia como disciplina científica? 6- No que contribuiu a descoberta da bacteriologia, para a ciência epidemiológica ? 7- Como você explicaria esta frase: os agentes etiológicos são necessários, mas nem sempre suficientes na produção das doenças. 8- O que diz, o postulado de Koch? 9- No século XX, a abordagem causal caracteriza-se por: ( ) procura de múltiplos fatores ( ) estabelecimentos de relações funcionais entre fatores e comportamento das doenças ( ) pela determinação da unicausalidade 10- Porque podemos aplicar o conceito de multicausalidade ás doenças crônico- degenerativas? 13- Na explicação para as causas das doenças, relacione: ( ) Antiguidade ( ) Bacteriologia ( ) Idade média ( ) causa social ( ) Final do séc. XVIII ( ) teoria dos miasmas ( ) Metade do séc. XIX ( ) concepção religiosa, desequilíbrio entre fatores O PROCESSO SAÚDE DOENÇA As concepções na história... A doença acompanha a espécie humana desde os primórdios. Achados patológicos foram revelados através de pesquisas paleontológicas em antiquíssimos restos fósseis e nas múmias egípcias, identificando seqüelas traumáticas, sinais de doenças infecciosas e parasitárias. Privados de recursos da ciência e tecnologia, os povos antigos explicavam a PAGE \* MERGEFORMAT 16 MODELOS DE SAÚDE DOENÇA 1- MODELO BIOMÉDICO- O conceito de doença seria” O desajustamento ou falhas nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto, conduzindo a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, um sistema ou de todo o organismo, ou de suas funções vitais. As doenças sob o ponto de vista etiológico pertencem a duas categorias: doenças infecciosas e não infecciosas. O modelo Biomédico de patologia foi desenvolvido privilegiando as doenças infecciosas. As doenças não infecciosas são definidas por exclusão. Sob o ponto de vista de duração, as doenças são crônicas e agudas. As crônicas são as que se desenrolam a longo prazo, enquanto que as agudas são de curta duração. DOENÇAS INFECCIOSAS- Nas doenças infecciosas, o agente etiológico é um ser vivo ( patógeno. Dá se o nome de infecção à penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um patógeno no organismo de uma pessoa ou animal. No modelo biomédico de doença infecciosa, as propriedades dos patógenos que mais importam são aqueles que regem sua relação com o hospedeiro e as que contribuem para o aparecimento da doença como produto dessa relação(OPS |OMS 1992), como infectividade, patogenicidade, virulência e poder imunogênico. • Infectividade = Capacidade que certos organismos tem de penetrar e se desenvolver ou se multiplicar no novo hospedeiro causando infecção. Há agentes com alta infectividade que facilmente se transmite às pessoas susceptíveis ( ex: vírus) e outros com baixa infectividade ( ex: fungos) • Patogenicidade= É a capacidade que o agente infeccioso,após instalado no organismo, produzir sintomas em maior ou menor proporção entre os hospedeiros infectados • Virulência = É a capacidade de um agente infeccioso produzir casos graves ou fatais ( poder agressor do agente) Alta virulência indica grandes proporções de casos fatais ou graves (Ex: raiva ) • Imunogenicidade= (Poder imunogênico) é a capacidade de um agente produzir imunidade no hospedeiro. Agentes com alto poder imunogênico produzem imunidade duradoura ( Ex: vírus do sarampo) e outros que possuem baixo poder imunogênico ( Ex: vírus da gripe) 2- MODELO PROCESSUAL – HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA É o nome dado ao conjunto de processos compreendendo “as inter-relações do agente, do susceptível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente , ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte.”( Leavell & Clark, 1976.) A história natural da doença tem desenvolvimento em dois períodos seqüenciados: Período epidemiológico (ou período pré patológico) o interesse é dirigido ás relações susceptível - ambiente Período patológico o interesse são as modificações que ocorrem no organismo 1- Período Epidemiológico : São anteriores ao adoecimento, é a fase inicial, quando a doença propriamente dita ainda não se instalou no organismo, apesar de existir condições favoráveis ao seu aparecimento. A falta de saneamento básico, a poluição atmosférica , a PAGE \* MERGEFORMAT 16 contaminação de produtos, a ingestão de alimentos contaminados, a exposição a altas doses de radiação, são alguns estímulos capazes de desencadear doenças. Na interação entre indivíduo susceptível (Tendência a contrair enfermidades), e o estímulo ao adoecimento, ainda existem alguns fatores. PERÍODO DE PRÉ PATOGÊNESE É a própria evolução das inter relações Dinâmicas condicionantes sociais e ambientais fatores do susceptível agentes etiológicos Tempo tempo tempo tempo MODELO DE HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Podem ocorrer situações que vão desde um mínimo risco até risco máximo dependendo dos fatores presentes. Ex: Mínimo risco = cólera em países desenvolvidos Ex :Risco Máximo = usuários de drogas usando mesma agulha e seringa Esta inter relação é conhecida como estrutura Epidemiológica = conjunto formado pelos fatores vinculados ao susceptível e ao ambiente, incluindo agente etiológico que também é responsável pela produção da doença. Toda vez que um dos Componentes sofrer alguma PAGE \* MERGEFORMAT 16 alteração, esta repercutirá e atingirá os demais, onde o sistema busca novo equilíbrio, que trará uma maior ou menor Incidência de doenças, variando no seu caráter epidêmico ou endêmico. 2- PERÍODO DE PATOGÊNESE Implantação e evolução da doença no homem. Inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado, seguindo as perturbações bioquímicas, fisiológicas e histológicas evoluindo para defeitos, cronicidade, morte ou cura FASES E NÍVEIS DE PREVENÇÃO NA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA ( Leavell e Clark 1965) PERIODO PRÉ PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO PRECOCE AVANÇADA DEFEITO Educação em geral E em saúde Imunizações específicas Exames médicos periódicos Tratamento adequado Recursos hospitalares e comunitários para aproveitar capacidades remanescentes Padrões de nutrição nas fases da vida Profilaxia medicamentosa Busca e exames de comunicantes Busca de casos Educação social Para reintegração Habitação e vestuário adequados Higiene pessoal Saneamento ambiental Levantamentos ocasionais Educação para redução de preconceitos Condições de trabalho e recreação Proteção contra riscos ocupacionais Tratamento adequado Ocupação seletiva Educação sexual Reduzir exposições a fatores de risco Importância do diagnóstico precoce Meios de proteção individual 1º Nível 2º Nível 3 Nível 4º Nível 5º Nível Promoção á saúde Proteção Específica Diagnóstico e tratamento precoce Limitação da incapacidade Reabilitação Promoção Primária Promoção secundária Promoção terciária DETERMINANTES NO PROCESSO SAÚDE DOENÇA 1- Fatores Sociais Conjunto de todos os fatores que não podem ser classificados como componentes genéticos ou agressores físicos ou químicos ou biológicos. Podem ser divididos em : PAGE \* MERGEFORMAT 16 ( ) Na Grécia , a saúde significava a harmonia entre elementos que compõem o corpo humano ( ) Hipócrates fala da importância do ambiente físico na causalidade da doença ( ) Para os hindus e chineses, a doença era causada pelo desequilíbrio dos elementos do organismo humano. 02- A História Natural da Doença caracteriza-se por dois períodos, fale sobre a importância do período Epidemiológico ou pré patológico . 03- O que são doenças infecciosas 04- Defina os termos, infectividade e virulência 05- Como estão divididos os determinantes no processo saúde doença.? 06- Quais as 2 formas de intervenção no componente sócio econômico para redução das da ocorrência das doenças? 07- O que são agressores ambientais e como podem podem surgir? 06- Como você explicaria a multifatorialidade 08- Como é caracterizado o período de Patogênese? 09- O que são agentes patogêncicos? 10- Quais os níveis de promoção á saúde? Dê um exemplo de cada um EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA AS VARIÁVEIS DE TEMPO, ESPAÇO E PESSOA INTRODUÇÃO: A abordagem geral sobre os problemas de saúde em nível coletivo consiste na distribuição das ocorrências segundo valores assumidos por uma ou mais de uma variável. Estas ligam –se a fatos ou medidas de tempo, lugar ou pessoa. A eleição de tais variáveis, depende de algum conhecimento prévio das peculiaridades do processo saúde –doença que se busca descrever , de uma indagação formulada em tempo pela equipe de saúde, de uma intervenção em nível técnico, ou de uma decisão conjunta em nível coletivo. EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA É portanto o estudo da distribuição de freqüência das doenças e dos agravos á saúde coletiva, em função de variáveis ligadas ao tempo, espaço – ambientais e populacionais , e à pessoa, possibilitando o detalhamento do perfil epidemiológico, com vistas a promoção da saúde. Na ciência epidemiológica, é importante o conhecimento das circunstâncias sob as quais de desenvolve o processo saúde doença na população: Questões que podem ser respondidas pela Epidemiologia descritiva, e que possibilitam hipóteses geradoras de novos conhecimentos: • Onde, quando e sobre quem ocorre determinada doença? • Há grupos especiais mais vulneráveis? • Existe alguma época do ano em que aumenta o número de casos? • Em que áreas do município ou regiões do país a doença é mais freqüente? Há disparidades regionais ou locais? Estas e outras questões podem ser respondidas, pela epidemiologia descritiva, que possibilita de hipóteses geradoras de novos conhecimentos :EX Maxcy em 1926 ao pontilhar o mapa da área com casos como tifo, segundo o tipo e local de trabalho dos doentes, notou- se concentração nas zonas urbanas de distribuição ou estocagem de alimentos, o que derivou a hipótese, de que a doença teria como vetor a pulga do rato, e não o piolho do homem. Este novo conhecimento teve repercussão positiva nos modos de prevenção e controle daquela endemia. PAGE \* MERGEFORMAT 16 A epidemiologia portanto, na sua fase descritiva, abre caminhos ao surgimento de novos conhecimentos acerca da distribuição das doenças, e dos fatores que as determinam. É importante também, ao conhecimento das circunstâncias sob as quais ocorrem os estados de “ Não doença” , ou seja de saúde na comunidade. Toda ciência epidemiológica tem por objeto o processo saúde doença.Tem por objetivo desvelar os problemas de saúde – doença em nível coletivo. A epidemiologia ao buscar informar situações de saúde-doença, trata de fazê-lo tendo por base, dentre outras as seguintes diretrizes: 1-Descrição do estado atual : trata de captar e registrar a situação média num determinado intervalo cronológico ( anos, meses, grupos de meses, semanas epidemiológicas, ou dias.) É como se uma fotografia num determinado estado de coisas, num determinado momento. 2-Descrição da tendência histórica: Através de justaposição de uma série de descrições momentâneas, colhidas em tempos consecutivos, visa mostrar a dinâmica do processo e sua tendência no tempo. AS VARIÁVEIS RELACIONADAS AO TEMPO A organização adequada dos dados, em forma de série temporal, fornece um diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, informando a evolução dos riscos, a que as pessoas estão ou estiveram sujeitas: UTILIZAÇÃO DESTAS VARIÁVEIS - Indicar os riscos a que as pessoas estão sujeitas: O conhecimento de épocas de maior ou menor incidência de agravos à saúde informa sobre os riscos diferenciados a que as pessoas estão expostas, de modo que possam tomar as providências cabíveis, de acordo com este conhecimento. - Monitorizar a saúde da população: As notificações de determinadas doenças, desde que adequadamente classificadas e analisadas em tempo hábil, permitem detectar precocemente elevações inusitadas da freqüência; em conseqüência, instituem-se ações imediatas, visando a evitar outros casos ou danos maiores à população. Isto é particularmente útil na vigilância das doenças transmissíveis, de evolução aguda e de caráter sazonal, para as quais existam medidas eficazes de prevenção e controle. - Prever a ocorrência de eventos: O conhecimento do que acontecerá no futuro é uma das principais preocupações do homem, qualquer que seja sua atividade. A área da saúde não é exceção, como atestam estudos sobre a tendência da mortalidade, da natalidade, da morbidade e da demanda por atendimento médico. O melhor indicador do que pode acontecer no futuro é a análise cuidadosa do passado e do presente. Sabendo como dois eventos se relacionam entre si, pode-se prever a ocorrência de um deles, pelo conhecimento da presença do outro. A previsão funciona bem quando as condições que determinam o evento mantêm-se inalteradas. -Fornecer subsídios para explicações causais: As variações temporais de incidência de danos à saúde refletem o efeito de fatores causais. Conhecidos os fatores causais, pode-se definir medidas apropriadas de controle e melhor intervir para neutralizá-los e assim reduzir a morbidade e a mortalidade. Em epidemiologia, a variável relacionada ao tempo, trabalha-se com no mínimo 3 conceitos distintos: PAGE \* MERGEFORMAT 16 a-Intervalo de tempo: Quantidade de tempo transcorrido entre dois eventos sucessivos. Esta variável é medida em número de horas, dias, semanas, meses ou anos. Exemplo : termo usado “ tempo de incubação” que mede o tempo decorrido entre a exposição ao fator e a eclosão dos primeiros sintomas. b-Intervalo Cronológico: É uma referência a uma seqüência de alguns anos, especificados do calendário oficial. Esta progressão de anos numerados seqüencialmente, pode ser desdobrados em meses ou semanas. Denomina-se intervalo cronológico, o intervalo de tempo datado e definido por marcos cronológicos, tirados do calendário oficial.) ( o dado é marcado ano a ano) Exemplo: Distribuição da incidência de poliomielite no intervalo cronológico de 1979 a 1989. c-Período: Denominação de ordem geral que se dá a partes de tempo delimitadas, marcadas cronologicamente e especificadas. Exemplo: O mês de janeiro é uma fração delimitada, marcada e especificada do ano, assim como todos os outros meses, assim quando se fizer uma referência ao mês de janeiro ou a outros meses, será designado como período do ano, e a semana epidemiológica como período do mês. Distribuição cronológica: Na maioria dos estudos epidemiológicos, tomam-se como marcos cronológicos os anos do calendário. Podem ser tomados grupos de dois, três, cinco, ou mais anos, ou outras variações. A distribuição anual, pode também ,ser feita mês a mês. Para construção de distribuição cronológica, levantam-se dados de morbidade e mortalidade, a partir de registros de óbitos, registros de casos, dados de notificação, inquéritos e investigação epidemiológica. A variável de freqüência pode ser expressa em número absoluto de casos, valores proporcionais a 100, e coeficientes relativos a 1.000, 10.000, ou 100.000 Em epidemiologia, as distribuições cronológicas são elaboradas para atender aos seguintes objetivos: • Exibir a ação da doença ou o agravo a saúde coletiva, desde a atualidade, regredindo a um tempo passado.Isto significa , registrar a história do evento, tendo como instrumento a variação da freqüência dos casos em um dado intervalo ( intervalo cronológico); • Mostrar o tipo de variação que caracteriza o processo estudado, se cíclico ou errático, se sazonal ou não; • Revelar a tendência secular do processo sob consideração; • Manifestar o caráter endêmico ou epidêmico da doença. Importância da distribuição cronológica.: 1-Na avaliação das medidas de controle: É imprescindível saber até que ponto fatores como medidas de saneamento, atendimento médico, suplementação alimentar, campanhas de vacinação e outras ações, estão influindo no declínio da freqüência de casos ao longo do tempo. Ex:Incidência de poliomielite e Cobertura Vacinal no Brasil , 1979 a 1991 ( gráfico 4-1 PAGE \* MERGEFORMAT 16 Tendência: A incidência de doenças, a mortalidade por causas, ou qualquer outro evento de importância epidemiológica, quando acompanhados por anos consecutivos, caracterizam por uma certa estabilidade, intensificação ou decréscimo de valores, dependendo do fenômeno considerado. Qualquer evento epidemiológico sob observação, nesta variável tempo, terá uma tendência a aumento, diminuição ou constância. São usadas para avaliação das medidas de controle das doenças, ou para detecção das mudanças na estrutura epidemiológica da doença considerada. A tendência pode ser expressa pelo coeficiente de inclinação de uma reta, onde os coeficientes de inclinação positivos mostram tendência para o crescimento, e os negativos para o declínio, o coeficiente zero, indica constância do processo. Dentre as doenças e agravos à saúde de interesse universal, podem-se apontar para três tendências atuais: 1- Aumento do número de casos de AIDS nos EUA 1981 a 1991 2- Diminuição da morbimortalidade por doenças imunoproveníveis: A popliomielite, ao tétano, a difteria, a coqueluche, e o sarampo, estão com a tendência decrescente, paralelamente ao aumento da taxa de cobertura vacinal em diversos países do mundo. 3- Permanência e até agravamento dos níveis de pobreza em algumas regiões do mundo. Observa-se que a desnutrição está associada às principais causas de mortes de crianças no Terceiro Mundo AS VARIÁVEIS RELACIONADAS AO ESPAÇO Espaço denota-se a totalidade das coisas materiais, vivas e inanimadas, que pode ser organizado e subdivididos em lugares delimitados e definidos. Os diferentes critérios adotados para a organização e subdivisão do espaço, constituem as variáveis de lugar. Utilizações destas variáveis: PAGE \* MERGEFORMAT 16 - Indicar os riscos que a população está exposta: Apontar os riscos a que o indivíduo está sujeito, por viver em certas regiões ou por visitá-las, é uma das utilizações mais comuns da informação sobre a distribuição geográfica dos agravos à saúde. EXEMPLO: Risco de infecção de malária na Amazônia e as epidemias de dengue em várias regiões do Brasil. - Acompanhar a disseminação dos agravos à saúde: Detectada a presença de um evento, em uma localidade, a comparação com as áreas vizinhas, em diferentes momentos, informa a evolução espacial do processo. EXEMPLO: A cólera na América Latina - A década de 1990 testemunhou a re introdução e a propagação do vibrião colérico no continente. Os primeiros casos foram detectados no Peru, a partir do qual a doença alastrou-se rapidamente para outros países. -Fornecer subsídios para explicações causais: Por si só, a análise exaustiva das características fisiográficas, sociais e econômicas de uma região possibilita o entendimento de numerosos aspectos relacionados ao comportamento de uma doença: caso da relação entre classe social, ocupação e hábitos de vida, com a ocorrência de danos à saúde. Mas a comparação de áreas ou comunidades, em que o evento mostra diferentes incidências, é uma alternativa para sugerir idéias, identificar possíveis etiológicos, em geral, do meio ambiente, ou confirmar as associações causais suspeitadas. Este é o caminho também para definir as medidas de controle a serem aplicadas ou recomendadas à população. EXEMPLO: Consumo de pescado e doença coronariana: Estudos realizados na década de 60 indicaram que os esquimós apresentavam menor incidência de doenças coronarianas, em comparação às taxas existentes em numerosos países, embora consumissem dietas ricas em gordura, à base de peixes. -Definir as prioridades de intervenção: A comparação geográfica permite um ordenamento das regiões, segundo a magnitude dos respectivos indicadores de saúde, assim como a análise comparativa entre um coeficiente e um padrão mostra a distância que os separa e aponta para o caminho que ainda precisa ser percorrido. EXEMPLO: Em alguns países, como a Holanda, Suécia e o Japão, na década de 1990, apresentavam uma mortalidade infantil de 5 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. Se um outro país, estiver apresentando um número maior do que isso, por exemplo, 55 óbitos por mil, conclui-se que há 50 óbitos potencialmente evitáveis, no decurso do primeiro ano de vida, em cada mil nascidos vivos. -Avaliar o impacto das intervenções: Na mesma linha de raciocínio, delineado anteriormente, busca-se interpretar a relação causal entre determinadas ações e o nível de morbimortalidade em, pelo menos, duas regiões. São portanto, pesquisas comparativas, entre o que ocorre "aqui e lá", nas quais uma das regiões sofre uma intervenção e a outra, não. EXEMPLO: Controle da esquistossomose - A aplicação de moluscida (veneno para caramujos) para controle da doença, levada a efeito em uma área, e não em outra, permite inferir os seus reflexos na redução da população de caramujos e na diminuição da incidência de esquistossomose. As variáveis de lugar podem ser agrupadas em : 1- Variáveis geopolíticas – As enunciadas as seguir são algumas das muitas variáveis geopolíticas possíveis: “Países da América”, “países do Terceiro Mundo”, “países da ONU”.Quando o espaço é recortado segundo uma destas variáveis, diz-se que o estudo do evento saúde-doença, é feito comparativamente em nível internacional.São importantes os PAGE \* MERGEFORMAT 16 estudos comparativos de incidência envolvendo nações, e os resultados dessas comparações tornam possível o monitoramento do estado de saúde da nação e a avaliação do progresso no controle das doenças e na melhoria da qualidade de vida.. Para consecução de análises comparativas, podem ser tomados países de um mesmo continente, países de um mesmo continente, países em igual nível de desenvolvimento econômico, países com problemas sanitários semelhantes, ou com clima semelhante. 2-Variáveis geográficas –O conceito de espaço geográfico nos ajudará na compreensão e na delimitação do que sejam as variáveis geográficas e naquilo que constitui a materialização destas na realidade empírica: os fatores geográficos. O Espaço Geográfico, é uma determinada porção localizada da superfície terrestre, constituída pelas rugosidades, água corrente e estanques, fauna, clima, flora, ocupada, modificada e organizada por uma população socialmente estruturada, acrescida dos resultados da intervenção do homem no decurso da história. Os elementos do espaço geográfico, constituem a paisagem ( reflexo do espaço). Seu aspecto, a um dado momento, é resultante de três contribuições essenciais: • dos condicionantes básicos, físicos, químicos, e morfológicos, formadores do substrato abiótico; • da existência e dinamismo do componente biótico, formado pela flora e pela fauna; • da atuação do homem em decorrência de suas necessidades sociais e econômicas O homem existe em um ambiente dotado de prioridades morfológicas, físicas e biológicas próprias; pertencente a uma população cujos hábitos, valores e crenças o condicionam. 3- Fatores ambientais: Fator é um elemento estrutural que, interagindo com os demais, contribui, à sua maneira e medidas próprias, para a manutenção ou progresso de uma doença. São aqueles que contribuem na construção do ambiente físico-biológico, no qual o homem está inserido. Estão incluídos aí fatores de natureza física, química e biológica, naturais e artificiais (como poluentes, contaminações, aditivos, destruição da paisagem natural). a- Fatores ambientais naturais: É usual na epidemiologia a busca pela relação entre incidência e prevalência destacando-se as seguintes variáveis ( localização, relevo, hidrografia, solo, clima, vegetação, fauna) Relevo: a configuração do relevo deve constituir parte integrante do lugar epidemiológico, identificação de situações específicas podem ser significativas Ex: Incidência de raiva em regiões acidentadas, onde existam cavernas naturais, usadas como morada por morcegos hematófagos. Hidrografia: Descrição do componente hídrico do lugar. Papéis do coeficiente hídrico na difusão das doenças transmissíveis: • Habitat de moluscos de água doce – caramujos intermediários na transmissão da esquistossomose • Veículo suporte na comunicação da leptospirose • Criadouro de insetos vetores • Veículo na transmissão de doenças entéricas Clima: Os aspectos do clima implicados no processo de transmissão de doenças são: temperatura do ar, umidade relativa e a precipitação pluviométrica. PAGE \* MERGEFORMAT 16 8-Hábitos e atividades Atividades ocupacionais, medicamentos usados com uma certa constância, uso/abuso de inseticidas domésticos e agrícolas, abuso de drogas permitidas, uso de drogas ilícitas, comportamento alimentar, atividade física, repouso. EXERCÍCIO – 3- 01- Como podemos definir Epidemiologia descritiva? 02- Qual a importância das variáveis relacionadas ao tempo? 03- O que é um intervalo de tempo e intervalo cronológico? 04- Qual a importância da distribuição cronológica dos casos de doenças? 05- Como se caracteriza uma variação Cíclica? 06- Na avaliação da tendência que informações podemos obter? 07- Quais as utilizações das variáveis relacionadas ao espaço? 08- Como estão agrupadas as variáveis relacionadas ao espaço ( lugar)? 09- Como podemos definir grupo etário? 10- Para o estudo da distribuição da mortalidade específica, que intervalos etários utilizamos? 11- Nas variáveis relacionadas á pessoa, quais escalonamentos de idade podemos encontrar Segundo a OMS? 12- O gráfico abaixo mostra números de casos de conjuntivite no período de 2002 a 2007. Que informação a linha da tendência nos dá? Fonte : Fichas de notificação 2002 a 2007 A MEDIDA DA SAÚDE COLETIVA- INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS Mensurar o estado de saúde e bem estar de uma população, é necessária para que sejam feitos diagnósticos e realizadas intervenções, assim como avaliar o impacto produzido nesta população. Perguntas necessárias: 1-O que medimos? 2-Para que medimos? 3-Como medimos ? 4-Quando medimos? 5-Onde medimos? A quantificação de variáveis populacionais é parte importante da metodologia, para conhecer as principais doenças e agravos à saúde que atingem uma determinada comunidade, os grupos mais susceptíveis, as faixas etárias mais atingidas, os riscos mais relevantes e os mecanismos mais efetivos de controle. Lidar com variáveis populacionais implica trabalhar com dados já disponíveis, sobre eventos diversos que ocorrem. A qualidade dos dados, registrados ou não de forma sistemática, é uma preocupação, assim como, a escolha do instrumento que vai captar as variáveis que envolvem o homem, requer alguns cuidados ,como a observação de características essenciais deste instrumento de medida ( Estabilidade, fidelidade, sensibilidade e especificidade) ,e conceituação de PAGE \* MERGEFORMAT 16 variáveis, que podem depender de fatores culturais, como sentir-se ou não doente, conhecer ou não determinadas expressões utilizadas na área da saúde. PRINCIPAIS MEDIDAS UTILIZADAS noite 1-VALORES ABSOLUTOS –São dados não trabalhados e colhidos diretamente de fontes de informação, ou gerados através de observações controladas, e quando relacionados á variáveis independentes, passam a ser denominados frequências absolutas. Sua utilidade na investigação e na descrição epidemiológica, se restringe a eventos localizados no tempo e espaço, não havendo possibilidade de comparações temporais ou geográficas. São utilizados para estimativas de leitos necessários para algumas patologias, e previsão de medicamentos Tabela 3-1 Frequências absolutas de suicídios Suicídios por Unidades de Federação Brasil 1996 ESTADOS SUICÍDIO Rodônia 37 Sergipe 45 Acre 10 Bahia 182 Minas G. 596 Pará 158 Rio J. 134 S.Paulo 1732 TOTAL 2894 Fonte: Ministério da Saúde www.datasus.gov.br Tabela 3-2 Lâminas positivas para malária por Unidades de Federação, Brasil 1995 ESTADOS CASOS Brasil 564.570 Norte 469.117 Nordeste 33.516 Sudeste 1.127 Sul 683 Centro Oeste 60.127 Fonte: Informe Epidemiológico do SUS PAGE \* MERGEFORMAT 16 Para se comparar as frequências de mortalidade e morbidade, é necessário transformá-las em valores relativos, ou seja em numeradores de frações com denominadores fidedignos, Daí surgem os conceitos de mortalidade e morbidade relativas. As variáveis não são mais freqüências absolutas e passam a ser coeficientes e índices. Coeficientes – Relações entre o número de eventos reais e o que poderiam acontecer, é portanto uma medida de risco de adoecer ou morrer de determinada doença. No cálculo dos coeficientes, deve-se tomar o cuidado de excluir no denominador as pessoas não expostas ao risco. Exemplo: excluir mulheres na determinação do câncer de próstata. Índices – Relações entre frequências atribuídas da mesma unidade. Os índices são apresentados sob forma percentual. Coeficientes e índices, são valores geralmente menores do que a unidade, devido ao fato de serem as frequências dos eventos registrados no numerador, muito menor do que aqueles do denominador. Os coeficientes mais utilizados em saúde pública são os de mortalidade, prevalência e incidência. Os índices mais utilizados são os de Swaroop & Uemura, a mortalidade infantil proporcional e o percentual de casos de óbitos . COEFICIENTES DE MORTALIDADE São definidos como quocientes entre as frequências absolutas de óbitos e o número dos expostos ao risco de morrer. Podem ser categorizados segundo ao mais variados critérios, como idade, sexo, estado civil. Podem ser classificados segundo a causa, ou lugar. Ao se considerar com expostos ao risco,as crianças menores de 1 ano, o coeficiente passa a denominar-se coeficiente de mortalidade infantil, quando os expostos ao risco for toda a população, o coeficiente denomina-se coeficiente de mortalidade geral. Nos coeficientes de mortalidade por idades, a população exposta ao risco é caracterizada por idade ou grupos etários. Os coeficientes de mortalidade por causa, são os que faleceram que serão categorizados pela causa da ocorrência. 1-COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL Calcula-se o coeficiente de mortalidade geral, dividindo-se o número de óbitos de todas as causas, em um determinado ano, pela população naquele ano multiplicando-se por 1000 (base referencial para a população exposta). Em Saúde Pública, é utilizado para avaliação do estado Sanitário de áreas determinadas. Ë um dos indicadores mais utilizados. Problemas encontrados que afetam a comparação dos dados de mortalidade: a- Diversas competências entre os serviços de saúde; b- Subnotificação de óbitos c- Invasão de óbitos nos centros mais avançados do país; d- Estrutura etária da população . PAGE \* MERGEFORMAT 16 medidas de caráter abrangente como saneamento básico, por exemplo. Sua utilização abrange a medicina clínica, a prevenção de agravos, e planejamentos onde a variável saúde, for o foco de interesse. Para garantir a correção das decisões, ou apoiar as ações específicas, necessárias ao controle de determinada doença consulta-se os coeficientes de morbidade, discriminados em coeficientes de incidência e prevalência. Além de sua importância no controle de doenças, são também essenciais aos estudos de análise do tipo causa/efeito. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. A morbidade sempre está referente a uma população predefinida Exemplo: Numa morbidade por silicose, entende-se por população o conjunto dos que estão expostos a contrair a doença, em um espaço e tempo determinado. Os coeficientes são definidos como quocientes entre números de casos de uma doença e a população. Coef. de morbidade= Nº de casos de uma doença X 100.000 População Os coeficientes que medem a morbidade específica são discriminados em coeficientes que enfocam a incidência de doenças e coeficientes que descrevem sua prevalência. PREVALÊNCIA Ë um termo que descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades. O coeficiente pode ser definido como a relação entre o número de casos conhecidos de uma dada doença e a população, multiplicando-se o resultado pela base referencial da população ( 1000, 10.000, 100.000) Coef. Prevalência= Nº de casos conhecidos de uma doença X 10.000 População A variação da frequência de pessoas doentes depende de um lado, das pessoas que são excluídos dos registros ,e por outro lado, do quantitativo dos que são incorporados nos registros. A prevalência é medida pela freqüência da doença em um ponto definido no tempo, seja o dia da semana, mês ou ano. O coeficiente de prevalência é proporcional ao tempo de duração da doença. Supondo o surgimento periódico de casos de doenças agudas e crônicas, a tendência é para o acúmulo de casos de doenças crônicas, aumentando a sua prevalência. PAGE \* MERGEFORMAT 16 As drogas que aumentam a sobrevida, sem evitar a morte, altera o coeficiente de prevalência para mais, e as drogas que diminuem a duração da doença, fazem com que a prevalência seja reduzida. Doentes Doentes que imigram ou já existentes Novos prevalência casos Curas óbitos Doentes que emigram INCIDÊNCIA Traduz a idéia de intensidade com que acontece a morbidade em uma população ( intensidade com que estão surgindo novos casos ). É medida pela freqüência absoluta de casos novos, num intervalo de tempo, dia, semana, ou mês, ou ano. O coeficiente de incidência é definido como a razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo, e a população exposta ao risco de adoecer no mesmo período multiplicado por potência 10 ( base da população) CI = Nº de casos novos de uma doença em um período X 10.000 ou ( 100.000) População exposta ao risco EXERCÍCIO – 4 – 1- Qual o objetivo em medir saúde coletiva de uma localidade? 2- Porque a qualidade dos dados interfere no processo de medida? 3- Além da qualidade dos dados, quais outros fatores constituem –se como preocupantes neste processo? 4- Que são valores absolutos? 5- Cite as situações em que são utilizados os valores absolutos 6- Qual a diferença entre valores absolutos e coeficientes? 7- O que são índices? 8- Qual a fórmula de cálculo dos seguintes coeficientes: • Mortalidade geral • Mortalidade infantil • Mortalidade por causas • Letalidade 9- Para que serve o coeficiente de mortalidade geral? 10- Porque o grupo etário prioritário na mortalidade infantil, é o menor de 1 ano? 11- Qual a diferença entre prevalência e incidência? 12- Como podemos definir epidemiologia descritiva? 13- Quais as variáveis trabalhadas em epidemiologia descritiva? 14- Intervalo de tempo, intervalo cronológico e período, referem-se a que tipo de variável? 15- Por que é importante um serviço conhecer a distribuição cronológica de seus eventos? 16- Quando observamos a ocorrência de doenças sempre no mesmo período, nos referimos a que tipo de variação? 17- Quais as variáveis relacionadas ao espaço? 18- Qual a diferença entre as variáveis populacionais e variáveis relacionadas a pessoa? PAGE \* MERGEFORMAT 16 METODOLOGIA PARA A PESQUISA ESPIDEMIOLÓGICA O que significa metodologia No intuito de melhor conhecer a saúde da população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso, os homens da ciência desenvolveram numerosas maneiras (métodos) de abordagem e investigação (estudo). Como conseqüência, no momento presente, há muitos métodos a nossa disposição. O método é um procedimento para resolver em certa ordem uma determinada tarefa teórica e prática, para se obter conhecimentos verdadeiros. A primeira fase do método consiste na coleta de dados, visando descrever as características epidemiológicas do processo saúde doença, é a chamada Epidemiologia descritiva. A partir dos dados epidemiológicos existentes podem ser formuladas algumas hipóteses, constituindo a segunda parte do método. Em toda a investigação utiliza-se técnicas e procedimentos específicos que permitam realizar o controle e o tratamento das variáveis. Em, 1980 o físico e filósofo argentino Mario Bunge, propõe, que uma investigação terá alcançado seus objetivos científicos, ao cumprir , ou se propor a cumprir, as seguintes etapas: 1- Descobrimento do problema –ou lacunas num conjunto de conhecimentos 2- Colocação do problema com precisão, dentro do possível, em termos matemáticos, ainda que não necessariamente quantitativos. Ou ainda, recolocação de um velho problema, á luz de novos conhecimentos 3- Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema, (por exemplo, dados empíricos teóricos, aparelhos de medição, técnicas de cálculos, ou de medição. Ou seja , exame do conhecimento para resolver o problema. 4- Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados 5- Invento de novas idéias ( hipóteses, teorias ou técnicas) que prometam resolver o problema. 6- Obtenção de uma solução ( exata ou aproximada) do problema 7- Investigação das consequências da solução obtida ( em se tratando de uma teoria, procura de prognósticos que possam ser feitos. Em se tratando de novos dados, exame das consequências que possam ter para as teorias relevantes . 8- Prova (comprovação) da solução Se o resultado é satisfatório, a pesquisa é dada por concluída. 9- Correção das hipóteses teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta. Trata-se do começo de uma nova investigação. O sucesso da pesquisa, dependerá muitas vezes, do sucesso com que se formule um “bom PAGE \* MERGEFORMAT 16 Problemas: -Pouco desenvolvimento das técnicas de análise de dados ( não tem dados sobre o indivíduo) Forma de análise: -Análise gráfica; evolução de indicadores Estudos de caso- controle de agregados e Estudos de coorte de agregados, são definidos como estudos baseados na observação de algum processo de massa, de caráter patogênico ( ex inundação) ou de melhoria de condições de vida ( ex nova política social) afetando certos grupos e deixando outros ilesos. O grupo afetado seria tomado como grupo experimental e o outro grupo como controleEx; hipótese fluor como protetor do esmalte dental. Estudo agregado - intervenção- longitudinal = ensaios comunitários : São investigações que tomam como unidade de observação e análise, os grupos agregados e que incorporam alguma intervenção de alcance coletivo Ex: fechamento de um poço por Snow, ou a fluoretação da água em alguns condados da Flórida. ESTUDOS SECCIONAIS - são individuados Investigações que produzem “instantâneos” da situação de saúde de uma população ou comunidade, com base na avaliação individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo, e daí produzindo indicadores globais de saúde para o grupo investigado. Utilizam amostras representativas da população, pois os grupos são numerosos. As amostras representativas são de caráter aleatório, que implica algum tipo de sorteio que concede a cada membro do grupo a mesma chance de integrar a amostra, é recomendável que seja definido claramente os limites da população, pois será necessário o cálculo da prevalência ( indicador de escolha para este tipo de estudo), por isso pode ser denominado como estudo de prevalência. É chamado de transversal, porque evidencia as características e correlações naquele momento ( trata-se de um estudo epidemiológico no qual o fator e o efeito são observados num mesmo momento histórico) . Estudos individuados -observacionais – longitudinais. Podem ser: prospectivo (ESTUDO DE COORTE) e Retrospectivo ( CASO CONTROLE) Estudo de Coorte = são os únicos capazes de abordar hipóteses etiológicas produzindo medidas de incidência, e medidas diretas de risco. São chamados de prospectivos, pois partem da observação de grupos comprovadamente expostos a um fator de risco suposto como causa da doença a ser detectada no futuro.O estudo de coortes tem início ao se colocar em foco uma variável cuja contribuição como fator de risco para determinada doença deseja-se conhecer, avaliar ou confirmar. A etapa inicial deste estudo consiste em selecionar um grupo de pessoas consideradas sadias quanto a doença em investigação, este grupo deverá ser o mais homogênio possível.Em relação ao fator de risco, o grupo deve ser heterogênio (expostos e não expostos ao fator de risco). Esta coorte deve ser acompanhada ( observada) ,desde o momento da exposição, monitorando o registro dos casos ou óbitos na medida em que ocorrem, até a data prevista para encerramento das observações. Este estudo permite calcular a incidência em expostos e não expostos. O instrumento usado é a tabela 2X2 PAGE \* MERGEFORMAT 16 Doença Presente ausente presente a b a+b Exposição Ausente c d c+d Ex associação entre exercício físico e óbitos por problemas coronarianos em adultos Atividade física óbitos total cof mortalidade Sim não Sedentária 400 4600 5000 80 Não sedentária 80 1920 2000 40 Risco relativo= 80 dividido 40 = 2 Cálculo da incidência entre expostos = a / a+b Cálculo da incidência entre não expostos c/ c+d A medida de associação = risco relativo Cálculo do risco relativo= incidência entre expostos / incidência entre não expostos RR = a/ a+b / c/c+d A análise de dados destes estudos baseia-se na comparação das proporções de indivíduos que desenvolvem a doença no período (casos novos entre os expostos e os não expostos). O problema com estes estudos é a dinâmica da população, que na maioria dos casos impossibilita a observação e a perda dos participantes por mortes ou migrações. Vantagens: -Produz medidas diretas de risco; alto poder analítico; facilidade de análise Desvantagens: - Vulnerável às perdas; inadequado para doenças de baixa freqüência; alto custo relativo Formas de análise: Cálculo do risco relativo; risco atribuível ESTUDO DE CASO CONTROLE – Utilizado para investigar associações etiológicas em doenças de baixa incidência ou condições com períodos de latência prolongados. São classificados como longitudinais porque a análise da causalidade assumem registro de causa e efeito, realizados em momentos sucessivos. Deve –se considerar grupos de casos seguramente diagnosticados e controles comparáveis aos casos retroagindo-se na história de ambos os grupos para investigar possíveis exposições a fatores de risco no passado que possam ser imputados como causais. No início da pesquisa, obtém-se o levantamento dos casos de uma dada doença, em uma população onde através de uma seleção recruta-se um grupo de casos e um grupo de controles sem a doença. A partir da doença olha-se em direção ao passado para buscar fatores de risco suspeitos ( da doença para a causa), definindo-se os sujeitos expostos e os não expostos, tanto entre os casos quanto nos controles. A medida de associação é o OR Fórmula de cálculo axd / cxb PAGE \* MERGEFORMAT 16 Vantagens: -Baixo custo relativo; alto potencial analítico; adequado para doenças raras Desvantagens: -Incapaz de estimar risco; complexidade analítica Formas de análise: -Estimativas de risco relativo – Odds Ratio; risco atribuível Exercício -5- A- Estudo de Franco et al.( 1988) Nessa pesquisa, dados do Registro Nacional de Patologia Tumoral foram coletados para a consolidação das variáveis dependentes ( câncer por localização anatômica), enquanto que informações sobre 12 variáveis demográficas e sócio econômicas foram compiladas do Censo 1980 do IBGE. A unidade agregada de observação foi a Unidade Federativa ( 23 dos 26 Estados brasileiros). A análise de dados revelou, por um lado, uma alta correlação positiva de renda per capta e desenvolvimento econômico com câncer de pulmão , laringe e cólon. Por outro lado, encontrou-se uma correlação negativa entre esses indicadores e a ocorrência de câncer de pênis e de cérvice uterina. Perguntas: 1-Qual o tipo de estudo utilizado nesta pesquisa? 2- Quais as vantagens e desvantagens deste tipo de estudo? B- Estudo de Torres, Sato & Queiroz ( 1994) Os autores estudaram uma amostra aleatória de 2.992 crianças, entre 6 e 23 meses de idade que procuraram atendimento médico em 160 postos de saúde no estado de São Paulo. Foi aplicado às mães um questionário com informações demográficas, biométricas e dados sobre condições de nascimento, amamentação , além de coleta de sangue para dosagem de hemoglobina. No resultado foi encontrado uma prevalência de anemia 59% maior em crianças do sexo masculino, que nasceram com baixo peso e naqueles que foram amamentados por menos de dois meses. Perguntas: 1- Qual o tipo de estudo utilizado? 2- Porque este tipo de estudo utiliza amostra representativa da população? C- Estudo de Coorte 1-Quais as características desse tipo de estudo? 2-Porque são chamados de estudos prospectivos? 3-Qual instrumento utilizado nesse estudo? 4-Qual a etapa inicial dessa modalidade de estudo epidemiológico? EPIDEMIOLOGIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam atualmente um importante problema de saúde pública, um quadro sanitário em que se combinam as doenças ligadas à pobreza típicas dos países em desenvolvimento e as doenças não PAGE \* MERGEFORMAT 16 A disponibilidade quantitativa e qualitativa e a abrangência da medicina preventiva, curativa e de reabilitação para toda a população, dependem da organização do sistema de atenção à saúde. Neste modelo, a organização dos serviços de saúde é co-responsável pela determinação das DCNT e, sobretudo, co-participante na determinação de complicações e de mortes evitáveis. Por conseguinte, contribui para um impacto social e econômico negativo para a sociedade. De modo simplificado, esta contribuição do setor saúde decorre, entre outros, das políticas de saúde vigentes no país, das decisões governamentais para o cumprimento das leis/normas constitucionais referentes à saúde do cidadão; da má administração/planejamento da gestão do setor de saúde; da irresponsabilidade, omissão, negligência e discriminação social da assistência médica à população. FATORES DE RISCOS As DCNT mais freqüentes estão associadas estatisticamente a certos eventos comuns, conhecidos como fatores de riscos. Os mais comuns são os seguintes: F 0 F 0Hipertensão arterial F 0 F 0 Obesidade F 0 F 0 Hábito de fumar F 0 F 0 Estresse F 0 F 0 Diabetes melitus F 0 F 0 Sedentarismo F 0 F 0 Nutrição inadequada F 0 F 0 Colesterol elevado F 0 F 0 Alta ingestão de gorduras F 0 F 0 Alto consumo de álcool F 0 F 0 Alto consumo de sal TABELA I - Algumas DCNT e os fatores de riscos associados. DCNT FATORES DE RISCOS Hipertensão arterial Obesidade, sedentarismo, hábito de fumar, consumo de sal. Doenças do coração Hipertensão arterial, stress, diabetes, obesidade, sedentarismo, colesterol elevado. Acidente vascular cerebral Colesterol elevado, hábito de fumar, diabetes, stress, obesidade. Câncer Hábito de fumar, álcool, nutrição inadequada, vida sexual inadequada, exposição solar. Asma Problemas genéticos e psicológicos, poluição atmosférica, hábito de fumar. Cirrose hepática Álcool, nutrição inadequada. Diabetes Obesidade, alto consumo de açúcar,. PAGE \* MERGEFORMAT 16 Qualidade de Vida Viver com saúde e saber aproveitá-la é o que todos desejam. Muitas vezes mesmo na presença de alguma doença é possível buscar uma forma mais saudável de viver A qualidade de vida está associada ao atendimento das necessidades básicas de sobrevivência do homem em sociedade. Você já ouviu dizer, que nos dias de hoje as pessoas vivem mais e ás vezes em melhores condições? Um exemplo: * Aumento da expectativa de vida – 70 anos ( Inglaterra) O que poderia ter propiciado esta condição? 1- Agricultura – uso de novas máquinas no trabalho rural, aumentando a produção. 2- Descobertas científicas – invenção das vacinas evitando doenças e complicações. 3- Ações voltadas a saúde ambiental – saneamento básico, embora no Brasil a cobertura não seja de 100%. 4-Relação existente entre educação e qualidade de vida Nos países onde é garantido á todos o direito á educação, a expectativa de vida é maior: A educação constitui um importante recurso para formar o cidadão consciente e reivindicador de seus direitos, entre eles a saúde; Quanto maior a informação conhecimento, maiores condições as pessoas terão em zelar pela sua própria saúde Situações que deterioram a qualidade de vida, podendo causar distúrbios emocionais em pessoas diretamente atingidas: Devastação ambiental; violência crescente nos centros urbanos; aumento da taxa de desemprego; empobrecimento da sociedade. NECESSIDADES DE SAÚDE Visão holística da Saúde: Defende a idéia de organismo integrado, composto de mente, corpo e alma, em interação com o meio externo. São necessários portanto, condições de moradia, trabalho e educação, lazer para manter o equilíbrio, e o estado de saúde. Para manter o equilíbrio e o estado de saúde é necessário que sejam atendidas as necessidades, que se relacionam com o bem estar físico, mental e social dos indivíduos: Segundo Abraham H. Maslow: Necessidades fisiológicas; Necessidades de segurança; Necessidade de amor; Necessidade de estima; Necessidade de auto realização Segundo João Mohana Necessidades de nível psicobiológico; Necessidades de nível psicossocial; Necessidades de nível psico – espiritual. O homem deve ser visto como um ser indivisível integrado no processo saúde – doença, não sendo suficiente adotar Apenas uma ação parcial (sobre um único aspecto relacionado a Saúde), mas atender o conjunto de necessidades de forma integral. NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA Procura por atendimento demanda reprimida PAGE \* MERGEFORMAT 16 Gera a utilização do serviço insatisfação do cliente agravamento das doenças satisfação ou não do cliente sobrecarga nos serviços de emergência transferência para unidades + equipadas O atendimento desse conjunto de necessidades do ser humano, é um desafio para profissionais da saúde e outros seguimentos da sociedade FATORES RESPONSÁVEIS PELA DEMANDA REPRIMIDA Dentre os principais fatores estão a carência de ofertas de serviços de Assistência. 1- No Brasil é comum encontrar clientes necessitados de Cuidados e não consegue uma vaga no serviço público; 2- Faltam profissionais de nível superior e médio , prejudicando assim a Qualidade da assistência; 3- Distância que separa o cliente dos postos de atendimento; 4- Jornada diária insuficiente para o pleno funcionamento da unidade; 5- Baixo poder aquisitivo da população , precária escolaridade dos clientes , interfere no acesso aos serviços de saúde. Para minimizar esse problema, vem sendo adotados estratégias de Formação de grupos de indivíduos ou situações onde a assistência seja Garantida ( grupos de risco) SAÚDE E AMBIENTE DE TRABALHO Além das questões ambientais, precisamos nos preocupar com ambientes criados pelo próprio homem , a fim de satisfazer muitas de suas necessidades, como o ambiente de trabalho,e que também interfere na Saúde, e portanto, na qualidade de vida. A preocupação com o ambiente em que a pessoa realiza seus ofícios, surgiu nos séculos XVII e XVIII, quando os trabalhadores começaram a manifestar seu Descontentamento com as condições precárias que eram obrigados a Enfrentar. No sec XVIII, houve a Revolução Industrial, onde as máquinas Trouxeram muitas mudanças nas técnicas de produção, mas também nas relações entre empregados e patrões, aumentando a produtividade e mantendo precárias as condições de trabalho, aumentando o número de doenças e morte entre os trabalhadores. Esta situação só incomodava os trabalhadores, e foram eles mesmos que deram o alerta de que deveria existir um cuidado maior com o ambiente de trabalho, para manter a saúde dos operários. Ao longo da história, vem se tomando medidas necessárias á saúde do trabalhador. A primeira delas, e de grande importância foi A MEDICINA DO TRABALHO, onde procurou-se juntar as Metas da empresa, a capacidade de produção, aos objetivos dos PAGE \* MERGEFORMAT 16
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