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Economia e Sociologia do trabalho - Apostilas - Farmacologia Parte1, Notas de estudo de Farmacologia

Apostilas de Farmacologia sobre o estudo da Economia e Sociologia do trabalho, Mercado de trabalho formal e informal, mercado de trabalho, Demanda por trabalho: o modelo competitivo e modelos não competitivos, as decisões de emprego das empresas, custos não salariais.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 04/04/2013

Aquarela
Aquarela 🇧🇷

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Baixe Economia e Sociologia do trabalho - Apostilas - Farmacologia Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Farmacologia, somente na Docsity! Economia e Sociologia do Trabalho Economia do Trabalho: Conceitos básicos e Definições.............................................02 Mercado de trabalho formal e informal...........................................................................08 O mercado de trabalho.....................................................................................................11 Demanda por trabalho: o modelo competitivo e modelos não competitivos.............12 as decisões de emprego das empresas.........................................................................18 custos não salariais..........................................................................................................22 elasticidades da demanda...............................................................................................23 Oferta de trabalho: a decisão de trabalhar e a opção renda x lazer............................24 a curva de oferta de trabalho...........................................................................................27 elasticidades da oferta.....................................................................................................28 O equilíbrio no mercado de trabalho..............................................................................29 Os diferenciais de salário................................................................................................30 Diferenciação compensatória.........................................................................................31 Capital Humano: educação e treinamento.....................................................................32 Segmentação no mercado de trabalho...........................................................................43 Desemprego. A taxa natural de desemprego. Tipos de desemprego e suas causas................................................................................................................................46 Salário eficiência e modelos de procura de emprego...................................................48 Instituições e mercado de trabalho. A intervenção governamental: política salarial e políticas de emprego........................................................................................................49 Assistência ao desemprego............................................................................................59 Sindicato: monopólio bilateral e monopsônio...............................................................59 O mercado de trabalho no Brasil....................................................................................61 Sociologia do Trabalho....................................................................................................70 O Conceito de Trabalho...................................................................................................70 Trabalho: ação, necessidade e coerção.........................................................................72 Exploração e alienação....................................................................................................71 Trabalho e remuneração. O sistema de assalariamento..............................................77 Valores e atitudes. Os valores do Trabalho...................................................................78 A divisão social do trabalho............................................................................................80 População e Emprego. População, população ativa e população ocupada...............83 Trabalho e Progresso Técnico........................................................................................85 Divisão do trabalho e distribuição de tarefas. Processo de trabalho e organização de trabalho........................................................................................................................85 Trabalho parcial e integral...............................................................................................87 Trabalho artesanal, manufatura e grande indústria......................................................89 A crise da sociedade do trabalho...................................................................................92 O determinismo tecnológico...........................................................................................93 Trabalho e empresa. Poder e decisão na empresa.......................................................95 Estrutura e organização da empresa..............................................................................97 A classe dirigente...........................................................................................................100 A ação sindical e sua tipologia.....................................................................................100 Greves e conflitos trabalhistas.....................................................................................112 4 Indicadores 1 – Taxa de participação na força de trabalho (tP) Reflete o nível de engajamento da população ativa nas atividades produtivas, pela mensuração do tamanho relativo da força de trabalho, fornecendo uma aproximação do volume de oferta de emprego imediatamente disponível na economia. Desde que o tamanho da população e da própria PEA tendem a diferir de país para país, ou entre regiões de um mesmo país, é necessário expressar percentualmente o volume de indivíduos em atividades voltadas para a produção social de bens e serviços em relação à População em Idade Ativa (PIA). Define- se, então, taxa de participação (tP) como: tP = PEA / PIA Regra geral, para qualquer país, observa-se que: a) a taxa de participação masculina é maior que a feminina, pois os afazeres domésticos não são considerados ocupações economicamente ativas e são exercidos majoritariamente pelas mulheres; b) a participação adulta é maior que a participação jovem ou idosa. A necessidade de educar e a aposentadoria são as explicações tradicionais para a menor participação desses dois últimos grupos; c) a participação feminina tende a crescer com o desenvolvimento econômico, seja porque aumentam as oportunidades de emprego para as mulheres, seja porque o próprio papel delas com relação ao trabalho é visto de forma diferente. Taxa de desemprego (tD) Figurando entre os mais conhecidos indicadores, esse índice tende a refletir desequilíbrios no mercado de trabalho. Representa a falta de capacidade do sistema econômico em prover ocupação produtiva para todos aqueles que a desejam. A taxa de desemprego contabiliza aqueles indivíduos que estão aptos, saudáveis e buscando trabalho, mas que não encontram ocupação à taxa de salários vigente no sistema econômico. Essa taxa inclui o que se denomina desemprego aberto, o qual expressa um patamar mínimo de subutilização de mão-de-obra, já que o subemprego existe no mercado de trabalho. Estatisticamente, a taxa de desemprego é a relação entre o número de desempregados (D) e o total da força de trabalho (PEA), ou seja: tD = D / PEA => tD = D / (E + D) Sua evolução demonstra as flutuações da atividade econômica, sendo extremamente útil ao governo como indicador do impacto das políticas econômicas de curto prazo. 5 Do ponto de vista social, é inegavelmente o principal indicador da ocorrência de recessão, pois incorpora tanto movimentos da força de trabalho quanto flutuações no plano das atividades produtivas. NOTA - A taxa de desemprego pode aumentar sem que tenha havido demissão. Exemplos: 1) Supondo que o número de desempregados de um país é de 20 (D=20) e que o número de empregados seja 60 (E= 60) . Neste caso, a taxa de desemprego será: tD = 20 / (20 + 60) = 0,25 ou 25 % 2) Se um inativo se incorpora à PEA, porém não obtém emprego (fica desempregado), temos a seguinte composição: tD = 21 / 81 = 0,259 Pode-se perceber que a taxa de desemprego aumentou, apesar de não ter havido novas demissões. A taxa de desemprego capta aqueles indivíduos classificados como desempregados por diversas razões, que vão desde a total involuntariedade do trabalhador em se colocar nessa situação até a incapacidade do sistema em absorver o contingente de indivíduos que afluem às forças de trabalho periodicamente. Em outras palavras, existem diversas classificações de desemprego, segundo sua origem, todas ocorrendo ao mesmo tempo e, dessa forma, captadas pela taxa de desemprego, tradicionalmente calculada por pesquisas primárias. As principais são: Desemprego involuntário Ocorre quando o indivíduo deseja trabalhar à taxa de salários vigentes no sistema econômico, mas não encontra colocação. É também denominado desemprego cíclico ou desemprego conjuntural. Ocorre devido à insuficiência de demanda agregada na economia (falaremos desse assunto mais adiante). Desde que Keynes se destacou como formalizador das idéias sobre o impacto da insuficiência de demanda sobre a economia e o mercado de trabalho, esse tipo de desemprego é também conhecido como Keynesiano. Representa, sem dúvida, aquele tipo de desocupação dos indivíduos que deve merecer maior atenção das autoridades governamentais. Desemprego estrutural Acontece quando o padrão de desenvolvimento econômico exclui uma parcela dos trabalhadores do mercado de trabalho. Denomina-se também desemprego tecnológico e ocorre devido ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda por mão-de-obra de determinada qualificação. Desemprego friccional 6 Surge em decorrência do processo dinâmico que caracteriza o mercado de trabalho, no qual o sistema de informações sobre a oferta de vagas disponíveis no sistema produtivo é imperfeito. Existe um lapso de tempo entre a saída do indivíduo de um emprego e a obtenção de uma nova ocupação de acordo com suas características. Nesse ínterim, ele é classificado como desempregado. Desemprego sazonal Ocorre devido à sazonalidade de determinados tipos de atividade econômica. Como é possível prever esse tipo de flutuações, pode-se atribuir uma dose de voluntariedade dos indivíduos engajados em ocupações dessa natureza. Índice de emprego (tE) É usado para medir a proporção da população economicamente ativa que, após certa idade, é empregada. Busca refletir aqueles indivíduos absorvidos no mercado de trabalho na condição de empregados. Em outras palavras, indica o contingente de trabalhadores disponíveis e utilizados pelas firmas. tE = E / PEA = E / (E + D) Em última instância, o índice de emprego busca refletir o número de indivíduos que estão realmente exercendo atividades econômicas, relativamente a todos aqueles que potencialmente poderiam exercê-la. Fornece também uma avaliação de capacidade da economia em absorver o crescimento da população, num ambiente de constantes transformações tecnológicas que afetam o comportamento das firmas quanto ao nível de emprego por elas desejado. RELAÇÃO IMPORTANTE ENTRE TAXA DE DESEMPREGO E DE EMPREGO Como tD = D / PEA e tE = E / PEA, temos que: tD + tE = D/PEA + E/PEA = (D + E) / PEA = PEA / PEA = 1 => tD + tE = 1 (ou 100%) Subemprego É a própria subutilização da mão-de-obra. As causas e os efeitos do subemprego são múltiplos, mas invariavelmente ele está relacionado com o desenvolvimento econômico insuficiente ou atrasado. De modo geral, tal conceito é associado à questão de emprego na América Latina, Ásia e África. Historicamente, o subemprego tende a representar a parcela da população subutilizada em decorrência do padrão de crescimento adotado, o qual exclui inúmeros segmentos da população de desempenho de atividades econômicas produtivas. Além disso, o subemprego tem grande aceitação como conceito referente ao problema ocupacional no meio rural, onde reflete a porcentagem de ocupados em atividades de baixa produtividade agrícola. Igual conceito também se aplica ao meio urbano, mas recentemente a definição de subemprego ganhou nova roupagem, sob o título de mercado ou setor informal de trabalho. Neste setor informal de trabalho, muito mais um problema conceitual ou de mensuração, se 9 Observe que muitos trabalhadores podem estar, em dado momento, no setor informal e, num momento posterior, podem retornar ao setor formal de trabalho. Atualmente, o setor informal funciona na linha limítrofe da economia formal. Eis algumas características do setor informal: - facilidades à entrada de novas empresas; - recursos de origem doméstica; - a propriedade é individual ou familiar; - operam em escala reduzida; - o processo produtivo é intensivo em trabalho e a eventual tecnologia é adaptada; - os mercados em que atuam são competitivos. SALÁRIO REAL E NOMINAL – CLÁSSICOS X KEYNESIANOS A economia chamada clássica, baseada nos postulados de Adam Smith, Ricardo, Malthus e outros pensadores econômicos dos séculos XVII, XVIII, XIX e parte do século XX acreditava que, se a economia de um país estivesse em equilíbrio, este se daria no denominado PLENO-EMPREGO. Ou seja, eles não admitiam a existência do desemprego como temos hoje. Para os clássicos, o equilíbrio se daria com pleno emprego (dos fatores de produção). Mas, mesmo no pleno emprego, eles admitiam um só tipo de desemprego: o chamado DESEMPREGO FRICCIONAL ou TAXA NATURAL DE DESEMPREGO, que é, antes de qualquer coisa, um tipo de desemprego nada preocupante em relação a uma economia. É aquele desemprego que ocorre em qualquer momento e em qualquer economia, mesmo nas mais desenvolvidas. A razão desta crença, ou seja, a de não haver desemprego em grande número, estava apoiada em algumas hipóteses. Vejamos algumas: - Num período de retração econômica (recessão), acreditavam os clássicos que os empresários, em vez de demitir, abaixariam os salários nominais dos trabalhadores, de forma que não fosse necessário demitir os empregados. E isso era um motivo para não haver demissões; - Era válida a chamada “Lei de Say”, economista de renome francês, que afirmava, em palavras resumidas, que: “A OFERTA CRIA A SUA PRÓPRIA DEMANDA”. Isto é, para os clássicos, os empresários ofertariam os diversos bens e estes seriam consumidos pelos empregados. Primeiro haveria a oferta dos bens e depois, acreditavam eles, os bens seriam consumidos. - Uma outra concepção clássica era a de que o governo não deveria interferir na economia. As forças do mercado seriam suficientes para tornar o mercado eficiente. Aos governos caberia a função de fornecer os bens públicos. Isto é, o governo forneceria para a sociedade os serviços de segurança, defesa nacional, justiça, saúde pública etc. E faria isso com recursos advindos da tributação. Em 1929 houve a quebra da bolsa de Nova York e a crise econômica nos EUA causou uma alta taxa de desemprego. A Inglaterra, e o mundo como um todo, passaram por um período de forte recessão. As teorias clássicas da economia não conseguiam explicar, a contento, o que estava realmente acontecendo. Neste período (de 1929 até 1936), John 10 M.Keynes, economista inglês, colocou o pensamento clássico em xeque. Aqueles três pilares do pensamento clássico foram reformulados por Keynes, que criou , com a edição de seu livro “A teoria do Emprego, dos Juros e da Moeda”, de 1936, as bases da moderna macroeconomia. Seu pensamento se chocava diretamente com os pensamentos clássicos no tocante ao papel do governo, da “Lei de Say” e da flexibilidade dos salários nominais. Basicamente, Keynes enunciou: - Ao contrário do que afirmavam os clássicos, para Keynes os salários eram rígidos, inflexíveis. Ou seja, o trabalhador não aceita corte no seu salário nominal (aquele que consta do nosso contra-cheque). Isso seria um dos motivos do desemprego. - Keynes inverteu os termos da “Lei de Say”, dizendo, em resumo, que “A DEMANDA AGREGADA CRIA A SUA OFERTA” . Esse é o princípio da demanda efetiva . Isto é, ao contrário do que acreditavam os clássicos, os empresários só ofertariam os bens se houvesse procura pelos mesmos. Demanda agregada é um termo que se usa para expressar a riqueza ou renda de um país. É a soma de todas as demandas da sociedade. Eis sua equação: Demanda Agregada (DA) = C + I + G + X – M, onde: C = consumo das famílias I = investimento privado (produtivo, em empresas) G = gastos do governo (gastos com funcionalismo, compra de bens para escolas públicas, saúde pública, estradas, hidrelétricas, indústrias de base etc) X = exportações do país M = importações do país Essa Demanda Agregada (DA) representou uma revolução no que se refere às funções do estado numa economia. Isto porque os termos da DA dependem do governo, senão vejamos: - o consumo de uma sociedade pode ser estimulado ou desestimulado (para conter a inflação, por exemplo) através de um instrumento que o governo tem em seu poder: A TRIBUTAÇÃO. Ou seja, se o governo pretende o crescimento econômico, ele deveria diminuir a carga tributária. Caso contrário, isto é, se o governo pretende diminuir o consumo das famílias, ele poderia aumentar a carga tributária (para conter um processo inflacionário, como aconteceu no passado recente no Brasil - Plano Real). - o termo investimento (I), que representa o investimento em empresas (não em títulos, no mercado financeiro), é o investimento que gera riqueza e emprego para o país. Um dos fatores determinantes do investimento é a taxa de juros. Se esta estiver alta, haverá um grande estímulo para os detentores de capital a aplicarem seu dinheiro no mercado financeiro e não em empresas, já que o risco de se abrir uma empresa é maior e os rendimentos das aplicações financeiras são maiores. Mas isso não gera renda para o país. Não gera emprego. Se as taxas de juros diminuírem o contrário acontecerá. Se o mercado financeiro não estiver remunerando bem, os detentores de capital irão aplicar seu dinheiro em empresas, gerando riquezas e um Produto Interno Bruto (PIB) maior. Isso vai 11 acarretar numa queda do desemprego. Finalmente, a taxa de juros básica de uma economia é estabelecida pelo governo. Daí a importância do mesmo na economia. - o termo G (gastos do governo) é uma variável que depende somente do próprio governo. É política econômica do governo. - os termos exportações (X) e importações (M) são variáveis que dependem, dentre outros fatores, da taxa de câmbio. Desta forma, se um país, em determinado momento, deseja estimular as exportações, ele deveria desvalorizar a taxa de câmbio. Assim, o preço da moeda estrangeira ficaria mais caro e exportar seria mais fácil do que importar. Exemplo: Dia 10/ 03/ 2006 – taxa de câmbio => 1 US$ = R$ 2,24 . Isso significa que, se um exportador brasileiro exportar uma mercadoria de 100.000 dólares, ele receberá o montante, em reais, de R$224.000,00. Supondo que no dia 10/04/2006, a taxa de câmbio seja: 1US$ = R$ 2,35; se o mesmo exportador exportasse a mesma mercadoria acima, ele receberia, em reais, R$235.000,00. Note que quando a taxa de câmbio é desvalorizada, há incentivo maior para se exportar. E quando acontecer uma valorização da taxa de câmbio acontecerá o contrário. Exportar não será mais tão estimulante como no caso acima e a valorização da taxa de câmbio estimulará as importações, pois a moeda estrangeira ficará mais barata em reais. Foi o que aconteceu em 1994/95, quando a taxa de câmbio estava valorizada na faixa de 1US$ = R$1,00. Isso favoreceu as importações, pois o dólar estava barato. Para comprar um carro americano de US$12.000,00 (doze mil dólares) seria preciso ter R$12.000,00 (doze mil reais). Daí o crescimento forte das importações naquele período em que a taxa de câmbio estava valorizada, ou seja, nossa moeda estava valorizada. Mas o regime cambial de um país é definido pela Autoridade Monetária do próprio país. Ou seja, é política cambial do governo. Essas variáveis da Demanda Agregada refletem as chamadas políticas fiscal, monetária e cambial, assunto dos domínios da Macroeconomia. 2. O mercado de trabalho Mercado de trabalho relaciona aqueles que procuram emprego e aqueles que oferecem emprego num sistema típico de mercado onde se negocia para determinar os preços e quantidades de um bem, o trabalho. O seu estudo procura perceber e prever os fenónemos de interação entre estes dois grupos tendo em conta a situação económica e social do país, região ou cidade. 14 Na estrutura de mercado de concorrência perfeita, o comportamento competitivo ocorre: Ø Pelo lado da demanda, quando cada comprador responde por uma parcela ínfima da demanda total de mercado; Ø Pela oferta, quando cada vendedor responde por uma parcela ínfima da oferta total de mercado. Modelo de concorrência perfeita Ø Cada vendedor individual enfrenta uma curva de demanda perfeitamente elástica para o bem que oferta; Ø Cada comprador individual enfrenta uma curva de oferta perfeitamente elástica para o bem que demanda; Ø Grande quantidade de compradores e vendedores; Ø São conhecidos os fatores de produção; Ø Os produtos são homogêneos, assim como a mão-de-obra; Ø A tecnologia é similar para os ofertantes; Ø Há simetria de informações entre ofertantes e compradores; Ø Os preços de mercado e quantidade de equilíbrio de mercado são determinados pela interação entre as curvas de oferta agregada e demanda agregada. Na ausência de externalidades, o mercado organizado competitivamente assegura alocação eficiente (no sentido de Pareto); Já o mercado não competitivo caracteriza-se pelo fato de que compradores e/ou vendedores têm poder de mercado e reconhecem este poder. Desta forma, não se comportam competitivamente (racionalidade econômica). Na linguagem econômica, são fixadores de preço (price-settles), em outras palavras, possuem poder de mercado. Poder de mercado é a capacidade de determinar o preço de compra, no caso do comprador (poder de monopsônio) ou capacidade de determinar o preço de venda, no caso do vendedor (poder de monopólio), portanto, poder de mercado = poder competitivo. O agente não competitivo tem apenas um grau de liberdade: fixa o preço ou quantidade. 15 O vendedor está restrito pela curva de demanda para o bem que oferta, cuja curva é negativamente inclinada. O comprador está restrito pela curva de oferta para o bem que demanda, cuja curva é positivamente inclinada. Para atender este mercado, ou seja, para obter os bens e serviços há a necessidade de recursos à disposição para conseguir produzí-los. Eles são chamados de fatores de produção. A designação fator se deve por se tratar de um elemento indispensável, onde os mais importantes são três: a terra, o trabalho e o capital. Ø A terra diz respeito à natureza. Envolve não somente a terra cultivável, quanto todos os recursos que ela pode oferecer, tais como os minérios: o ferro, o calcáreo, a argila; as matas; a água… Ø O trabalho aciona estes recursos, dando-lhes vida. Sua importância repousa sobre a capacidade das pessoas em se organizarem e agirem socialmente em cooperação com o objetivo de produzir sua existência. O trabalho funciona como mediador da ação do homem para transformar e dominar a natureza, através das máquinas, equipamentos e ferramentas. Quanto maior a aptidão, a habilidade e a capacidade de produção desse trabalho, dado o progresso da tecnologia e da ciência, mais eficientes são os resultados obtidos. O homem produz cada vez mais com esforço menor. Ø O capital, em um sentido físico estreito, compreende os elementos materiais criados pelo homem para agir sobre o objeto a ser trabalhado. Compõem as edificações, as instalações, os equipamentos, as máquinas, as ferramentas. Estes elementos, conforme sua grandeza, não constituem mais uma propriedade específica de alguém. Nesse caso, estamos lidando com o grande capital. A propriedade particular, no caso deste grande capital, pertence às lembranças do passado. Contabilmente, neste caso, o capital seria representado apenas pelo ativo permanente. O capital, em um sentido social amplo, trata-se de um relacionamento social. Existem os proprietários e administradores do capital de um lado, os empresários e executivos, e os proprietários da capacidade de trabalho de outro, os trabalhadores. Entre estes dois existem as máquinas, os equipamentos, as instalações, as ferramentas, as edificações. Estes elementos materiais constituem os meios, através dos quais, o homem obtém a produção de mercadorias e serviços. Assim exposto, podemos conceituar que a demanda por um fator de produção é uma demanda derivada, isto é, a demanda da empresa deriva de sua decisão de oferecer um bem em outro mercado. Por exemplo, a demanda de mão-de-obra, está intimamente ligada à oferta do bem que a empresa produz. 16 Portanto, a demanda por mão-de-obra que as firmas desejam comprar, encontra- se no mercado de fatores, cujo relacionamento está ligado à função decrescente do salário real. Isto é fácil compreender, pois se o salário real estiver alto, as firmas desejarão contratar pouca mão-de-obra, como com propriedade mais à frente. Analisando a oferta e demanda de trabalho no modelo neoclássico não- friccional do mercado de trabalho. Ø Demanda de trabalho: é o número de pessoas que estão dispostas a ser contratadas pelas empresas a cada nível de salário (QL = W/P). A partir de uma determinada situação, se os salários se reduzem, os empresários estarão dispostos a contratar uma quantidade maior de trabalho. Como vimos, é lógico pensar que a curva de demanda de trabalho tenha inclinação negativa (decrescente), como mostra a figura 2. O mercado de trabalho, como todo o mercado, alcança o equilíbrio no nível de preços, onde a quantidade oferecida é igual à quantidade demandada. A figura 2 mostra um equilíbrio (ponto E) a um salário de equilíbrio SE = R$ 4,00 e para uma oferta de trabalho de equilíbrio LE = 150.000 trabalhadores, que representa nível de emprego de pleno emprego. Utilizando a igualdade W.L = P.Q, temos a seguinte função: W.L = 4 x 150.000 = 600.00 Portanto, P.Q = 600.000 19 As transformações apontam para um redirecionamento dos objetivos da organização, antes voltados para o controle da produção de bens e serviços, para outra baseada na informação, na tecnologia e no consumo. Em conseqüência, a gerência praticada nas organizações se volta para a valorização da descentralização administrativa, da comunicação informal, da flexibilidade nos processos de produção, assim como para o estímulo à iniciativa e criatividade dos indivíduos e grupos. Nos ambientes empresariais, a automação tem ocupado papel fundamental, utilizando-se de seus recursos para o tratamento da informação necessária à tomada de decisão. A maneira como a informação é obtida, organizada, gravada, recuperada e posteriormente utilizada permite ao gerente atuar com mais segurança, aumentando a possibilidade de acerto na tomada de decisão. No processo de trabalho, a tomada de decisão é considerada a função que caracteriza o desempenho da gerência. Independentemente do aspecto da decisão, esta atitude deve ser fruto de um processo sistematizado, que envolve o estudo do problema a partir de um levantamento de dados, produção de informação, estabelecimento de propostas de soluções, escolha da decisão, viabilização e implementação da decisão e análise dos resultados obtidos. No contexto organizacional, Choo (1998) considera que a tomada de decisão formal é estruturada por regras e procedimentos que especificam papéis, métodos e normas que, por sua vez, estabelecem valores que influenciam como a organização enfrenta a escolha e a incerteza. A combinação esperada entre cultura, comunicação e consenso melhora a eficiência e ajuda a alcançar um nível mais elevado de comportamento de escolha racional. Nos vários modelos de decisão estudados, é possível reconhecer que a decisão nem sempre é resultado de um processo seqüencial, estruturado e dirigido para uma única solução. Mas é possível afirmar que a informação é um recurso primordial para a tomada de decisão e que, quanto mais estruturado for este processo, como no caso dos modelos racional e de processo, mais indicado se faz o uso de sistemas de informação que possam responder às demandas e necessidades informacionais do decisor. Da mesma forma, as informações requeridas para este tipo de decisão são mais objetivas e quantificáveis, tornando mais indicada a utilização de recursos informacionais que possam organizar, recuperar e disponibilizar as informações coletadas durante o processo de 20 trabalho. Para os modelos de decisão em que a solução é resultado de um processo mais qualitativo, influenciado pelo “olhar” do decisor e por situações contingenciais, os sistemas de informação podem contribuir com dados que serão analisados e modificados para utilização na tomada de decisão. O estudo da estrutura da organização permite conhecer o processo de comunicação formal e informal, reconhecendo-o como meio pelo qual os indivíduos se relacionam dentro da organização e como é empregado para apoiar as decisões, visando ao alcance dos objetivos institucionais. Nestes ambientes, valores são agregados à informação, transformando-a em matéria-prima para o desenvolvimento do produto da instituição. Seu objetivo principal é a busca da tomada de decisão certa, no momento oportuno, com as pessoas apropriadas, a partir da informação adequada, com o menor custo possível. No contexto da tomada de decisão e considerando seu valor, a informação tem sido empregada como mais um recurso para o desenvolvimento do processo de trabalho nas organizações. A produção interna da informação e a utilização de fontes externas à organização suscitam a criação de sistemas de informação para sua identificação e organização, propiciando condições mais adequadas para sua recuperação e utilização na tomada de decisão. No exercício da função gerencial, a ênfase deve ser dada à informação. Algumas estratégias são citadas por Davenport (1998) para o gerenciamento do comportamento informacional nos ambientes empresariais, dentre as quais se destacam tornar claros os objetivos e estratégias da organização, identificar competências informacionais, concentrar-se na administração de tipos específicos de conteúdos da informação, atribuir responsabilidades pelo comportamento informacional, criar uma rede de trabalho responsável pelo comportamento informacional e apresentar a todos os problemas do gerenciamento da informação. Diante destas estratégias, é possível constatar que a informação é mais um recurso para a gerência nos ambientes empresariais e que é de todos os atores envolvidos no processo de trabalho a responsabilidade pela sua coleta, organização, distribuição e disponibilização. Desta forma, um sistema de informação que sirva ao processo de trabalho deve responder às demandas e necessidades dos diversos serviços e unidades da instituição, resguardadas suas 21 características e especificidades, podendo ser únicos para a organização ou específicos para cada serviço. Para efeito deste estudo, entende-se por sistema de informação todo conjunto de dados e informações que são organizados de forma integrada, com o objetivo de atender à demanda e antecipar as necessidades dos usuários. Portanto, sistemas de informação para apoio à decisão são sistemas que coletam, organizam, distribuem e disponibilizam a informação utilizada nesse processo. Em geral, os sistemas de apoio à decisão obtêm dados do ambiente interno e externo à organização e processam estes dados, transformando-os em informações. O sistema opera por meio de softwares que permitem a disponibilização destas informações na forma de relatórios, de modelos matemáticos expressos em gráficos e tabelas e, ainda, permite que se instale um encontro virtual entre vários indivíduos trabalhando como um grupo dentro da organização. Além disso, como cita Richieri (2001), os softwares mais modernos permitem também a integração dos dados com resultados que refletem em maior rapidez na análise dos dados, transformando-os em informações essenciais para a tomada de decisão. Os sistemas de informação nos ambientes empresariais são constituídos do gerenciamento da informação, a partir do levantamento das necessidades informacionais dos decisores, da coleta e obtenção dos dados, na análise dos dados transformando-os em informação, na distribuição da informação de acordo com as necessidades do decisor, da utilização das informações pela sua incorporação no processo de trabalho e, finalmente, da avaliação constante dos resultados obtidos e de redirecionamentos no sistema para atender às demandas e antecipar as necessidades dos decisores. É importante ressaltar que esses sistemas têm contribuído para o desenvolvimento do processo de produção nas instituições e que, nos ambientes hospitalares, em especial, têm possibilitado maior segurança para a tomada de decisão, o que resulta em melhor atendimento aos pacientes. Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa é analisar a utilização de sistemas de informação, enquanto instrumento para a tomada de decisão no exercício da gerência de unidades funcionais do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. 24 Casos Extremos de Elasticidade • Demanda Perfeitamente Inelástica • Demanda Perfeitamente Elástica Elasticidade da Procura Cruzada No caso da Procura Cruzada, define-se Elasticidade o grau de reacção da Quantidade procurada do Bem X, perante a alteração do Preço de um Bem Y. Este tipo de estudo de Elasticidade premite sem estudo de resultados absolutos em que tipo de Bens estamos presentes: - Se a Elasticidade apresentar-se maior que 0, (a variação da Quantidade do Bem X varia no mesmo sentido do Preço do Bem Y) estamos presentes de Bens Substitutos - Se a Elasticidade apresentar-se menor que 0, (a variação da Quantidade do Bem X varia no sentido contrario do Preço do Bem Y) estamos presentes de Bens Complementares - Se a Elasticidade apresentar-se igual a 0, ( a Quantidade do Bem X mantem- se constante perante a variação do Preço do Bem Y), estamos presentes de Bens Independentes Oferta de trabalho: a decisão de trabalhar e a opção renda x lazer DECISÃO DE TRABALHAR - RENDA X LAZER A decisão de trabalhar constitui, em última instância, numa decisão sobre como passar o tempo. Uma forma de utilizar nosso tempo disponível é gastá-lo em atividades de lazer agradáveis. A outra grande forma utilizada pelas pessoas para passar o tempo é TRABALHAR. Podemos trabalhar em casa, na produção doméstica (ex: costura), plantar alimentos etc. Alternativamente, podemos trabalhar por REMUNERAÇÃO e utilizar nossos ganhos para adquirir comida, abrigo, roupa e cuidados infantis. Assim sendo, caracterizamos a decisão de trabalhar como uma escolha entre o LAZER e o TRABALHO REMUNERADO. Se considerarmos o tempo gasto comendo, dormindo ou realizando outras atividades que nos mantém fixadas mais ou menos pelas leis naturais, então o tempo de escolha que temos (16h, digamos) pode ser atribuído seja ao TRABALHO, seja ao LAZER. Já que o volume de tempo DISCRICIONÁRIO gasto em lazer é um tempo que não é gasto em trabalho e vice-versa, a DEMANDA PELO LAZER pode ser considerada o outro lado da moeda chamado OFERTA DA MÃO-DE-OBRA. É mais conveniente analisar os incentivos ao trabalho no contexto de DEMANDA POR LAZER, já que podemos 25 aplicar a análise padrão da demanda por qualquer produto à demanda pelo lazer e, então, simplesmente subtrair as horas de lazer das horas discricionárias disponíveis totais para obter os efeitos na OFERTA DE TRABALHO. Já que optamos pela DEMANDA POR LAZER, relembremos que qualquer demanda á função de 3 fatores: 1.CUSTO DE OPORTUNIDADE DO PRODUTO 2.NOSSO NÍVEL DE DISPONIBILIDADE FINANCEIRA( renda) 3.NOSSO CONJUNTO DE PREFERÊNCIAS Qual o CUSTO DE OPORTUNIDADE DO LAZER? O custo de oportunidade de passar uma hora assistindo TV é basicamente o que poderíamos ganhar se houvéssemos passado a hora trabalhando. Assim, o CUSTO DE OPORTUNIDADE de uma hora de lazer é IGUAL à nossa TAXA SALARIAL (salário por hora). A teoria sugere que, se a taxa salarial aumenta, enquanto as preferências são mantidas constantes, o número de horas de lazer aumentará. Dito de outra forma, se a TAXA SALARIAL (salário por hora) aumentar, as horas desejadas de trabalho se elevarão. Seria o caso de um indivíduo, professor, por exemplo, ter aumentado o valor do seu salário por hora ou taxa salarial. Se ele estiver num patamar suficientemente alto de salário por hora, um aumento neste salário–hora poderá induzi-lo a demandar mais horas de lazer, logicamente reduzindo as horas de trabalho. Os economistas classificam as respostas das horas de lazer desejadas às mudanças na taxa salarial como efeito-renda. O efeito-renda é baseado na simples idéia de que, à medida que as taxas salariais se elevam, mantendo-se o custo de oportunidade do lazer constante, as pessoas irão querer demandar ou consumir mais lazer (o que significa trabalhar menos) Em termos matemáticos temos: EFEITO-RENDA = variação nas horas de trabalho/variação na taxa salarial. EFEITO-RENDA = ∆H /∆Y ; onde ∆H é igual a variação das horas trabalhadas e ∆Y é igual à variação na taxa salarial. Note que o efeito-renda é sempre NEGATIVO, pois quando diminuem as horas de trabalho (∆H aumenta), a renda aumenta. E, o efeito-renda será negativo. Ao contrário, quando aumentam as horas de trabalho, a renda diminui, levando a um efeito-renda também negativo. Porém, a teoria econômica também diz que se a taxa salarial aumentar, isto servirá de estímulo ao trabalhador para ofertar mais horas de trabalho. Da mesma forma, um declínio na taxa salarial reduzirá o custo de oportunidade do lazer e os incentivos ao trabalho. É o efeito-substituição. 26 Isto quer dizer que, à medida que as taxas salariais sobem, mais horas de trabalho são ofertadas, como reação a este aumento na taxa salarial. Seria o indivíduo que, ainda jovem, sem estar em uma situação de equilíbrio, pague aluguel de sua moradia, por exemplo. Este indivíduo está mais propenso a ofertar mais trabalho quando o salário por hora aumentar. Em termos matemáticos, temos: EFEITO-SUBSTITUIÇÃO =variação nas horas de trabalho/variação na taxa salarial Como o trabalhador reage a um aumento na taxa de salário ofertando mais horas de trabalho (e menos horas de lazer), podemos afirmar que o efeito-substituição é sempre positivo (ao contrário do efeito-renda). Pelas hipóteses acima, concluímos que os dois efeitos - efeito-renda e efeito-substituição – são contrários, antagônicos, porém ocorrem simultaneamente. Se o efeito RENDA é dominante, a pessoa responderá a um aumento salarial reduzindo sua oferta na força de trabalho. Esse declínio será MENOR do que se alguma mudança na disponibilidade financeira fosse devida a um aumento na riqueza NÃO- TRABALHISTA, porque o efeito substituição está presente e atua como uma influência moderadora. Entretanto, quando o efeito RENDA domina, o EFEITO-SUBSTITUIÇÃO não é suficientemente grande para impedir que a força de trabalho DECLINE. É plausível, é claro, que o efeito-substuição venha a dominar. Se assim for, a resposta efetiva aos aumentos salariais será AUMENTAR a oferta da mão-de- obra. Se o efeito-substuição dominar, a curva de oferta de trabalho da pessoa (relativa, digamos, às horas desejadas) e aos salários será POSITIVAMENTE INCLINADA. Isto é, a oferte de trabalho aumentará com a taxa de salário. Se, por outro lado, o efeito renda dominar, a curva de oferta de trabalho será INCLINADA NEGATIVAMENTE. A teoria econômica não pode dizer que efeito dominará e ,na verdade, as curvas da oferta de trabalho individual poderiam inclinar-se positivamente em algumas faixas de variações do salário e inclinar-se negativamente em outras. No gráfico abaixo, por exemplo, as horas desejadas de aumento de trabalho da pessoa aumentam (domina o efeito-substituição) quando os salários aumentam desde que sejam baixos (abaixo de W*). A salários mais altos, no entanto, maiores aumentos resultam em horas reduzidas de trabalho (domina o efeito renda) . Em resumo, a partir de um nível suficientemente elevado de salário, as horas gastas em lazer aumentarão, reduzindo as horas de trabalho. É o efeito-renda dominando o efeito-substituição. Daí a curva de oferta de trabalho voltar-se para trás. Se o efeito-substituição 29 8. Que interesse terá para uma empresa monopolista conhecer a elasticidade procura-preço do seu mercado? 9. Distinga bens de luxo de artigos de primeira necessidade recorrendo à elasticidade procura-preço. 10. Define elasticidade procura-rendimento. 11. Distingue bens normais de bens inferiores utilizando a elasticidade procura- rendimento. 12. Interpreta o significado de a elasticidade procura-rendimento ser maior que zero e menor que um. 13. Apresenta a definição de elasticidade cruzada. 14. Recorrendo à elasticidade cruzada, caracteriza: a) bens substitutos (sucedâneos); b) bens complementares; c) bens independentes. O equilíbrio no mercado de trabalho Mercado de trabalho: Para uma dada tecnologia e um dado stock de capital, isto é, para uma dada função de produção, Y=F(N), a quantidade de trabalho que as empresas pretendem empregar é aquela para a qual a produtividade marginal do trabalho coincide com o salário real. A procura de trabalho é, portanto, a função inversa da produtividade marginal do trabalho. A oferta coletiva de trabalho, NC, resulta das escolhas individuais entre consumo e lazer, e também de fatores institucionais (influência dos sindicatos, das associações empresariais e do governo). O equilíbrio no mercado de trabalho determina imediatamente o salário real de equilíbrio, w*, o emprego de equilíbrio, N*, e o produto de equilíbrio ou produto natural, Y*=F(N*). No longo prazo, o produto depende apenas da tecnologia e da oferta de trabalho. Diz-se que depende apenas da oferta de bens e serviços (a curva AS de longo prazo é vertical). 30 Os diferenciais de salário e Discriminação no mercado de trabalho Um tema muito importante para quem está preocupado com a justiça social no Brasil é o que trata das diferenças de salário entre homens, mulheres, brancos e negros. Com a divulgação dos novos dados da PNAD 2007, podemos fazer uma atualização da situação dos diferentes grupos no mercado de trabalho e tentar entender melhor o que está por trás das diferenças de remuneração entre eles. A figura ao lado mostra a evolução do diferencial de cada grupo com relação aos homens brancos, que recebem o maior salário. Pode-se perceber que as mulheres brancas ganhavam o equivalente a 70% dos salários dos homens em 1987 e hoje ganham cerca de 84%. Interessante notar que houve uma piora da situação deste grupo entre 2002 e 2007. Já a situação dos homens negros e mulatos pouco evoluiu neste período. Eles ganhavam 58% do salário dos homens brancos em 1987 e hoje em dia ganham 62%. A pior situação, mas que mostra a maior evolução ao longo do tempo, é das mulheres negras e mulatas, que ganhavam apenas 38% do salário dos homens brancos e hoje ganham 56%. Mas o que poderia explicar diferenças tão grandes de remuneração no mercado de trabalho? Esta é uma questão sempre delicada de ser abordada, por tratar-se de tema controverso e que desperta muitas emoções. Mas vamos tentar analisá-la da forma mais objetiva possível, utilizando dados e estudos recentes. As duas explicações mais comuns para explicar estes diferenciais são: a existência de discriminação no mercado de trabalho e as diferenças de produtividade entre os grupos. As diferenças de produtividade, por sua vez, decorrem de diferenças nas oportunidades de desenvolvimento ao longo da vida. Possíveis diferenças de habilidade ao nascer foram sendo descartadas pelos estudos científicos mais recentes, que mostram que tanto as habilidades cognitivas como as não- cognitivas podem ser desenvolvidas ao longo da infância e que há mais diferenças genéticas entre pessoas de uma mesma raça do que entre diferentes raças. Mas é possível separar os efeitos da discriminação e das oportunidades? Sim, pelo menos em parte. Em termos educação, por exemplo, os dados de 2007 mostram que as mulheres brancas que estão no mercado de trabalho têm quase 1 ano e meio a mais de estudo dos que os homens brancos (9,7 vs 8,3). Portanto, se as diferenças de salário refletissem somente as diferenças de anos de estudo, as mulheres brancas deveriam ganhar mais do que os homens, e não menos! Assim, se levarmos em conta estas diferenças de escolaridade, as mulheres brancas estão na verdade ganhando somente 73% dos salários dos homens brancos. O que pode explicar esta diferença? Parte dela decorre de diferenças de experiência no mercado de trabalho e parte das ocupações exercidas. Nos Estados Unidos, após estas diferenças serem levadas em conta, sobra apenas 6% de diferença salarial que poderia ser atribuída à discriminação. Mas, em que medida é justo que as diferenças de experiência causem diferenças 31 salariais, uma vez que somente as mulheres podem ter filhos e que culturalmente são elas as responsáveis por tomar conta deles na primeira infância? E em que medida as diferenças de acesso às ocupações “nobres” também não refletem uma forma de discriminação? São questões ainda em aberto. Com relação às diferenças de salário entre brancos e negros, uma parcela substancial pode ser explicada por diferenças na escolaridade. Os homens negros ou pardos têm cerca de dois anos a menos de escolaridade que os homens brancos. Após levarmos em conta esta diferença, os homens negros deveriam ganhar cerca de 77% dos salários dos brancos, ao invés de 62%. Uma parcela adicional desta diferença pode ser explicada pela qualidade de educação recebida, uma vez que 80% das crianças negras e pardas estudam em escolas públicas na 4ª-série, que tem uma qualidade de ensino inferior à das escolas privadas. Somente 64% das crianças brancas estudam em escolas públicas. Mesmo após levarmos em conta as diferenças no acesso à educação, resta um componente importante de discriminação no mercado de trabalho, como mostram muitos estudos recentes, inclusive experimentais. O grupo mais penalizado no mercado de trabalho é sem dúvida o das mulheres negras ou mulatas, que sofre duplamente. Este grupo tem quase a mesma escolaridade que os homens brancos, mas recebe pouco mais da metade do salário daqueles. Grande parte da redução do diferencial de salários nos últimos 20 anos refletiu o avanço educacional das mulheres negras. Mas ainda resta muito a ser feito para melhorar as expectativas e as oportunidades dessas pessoas, se quisermos que a sociedade brasileira seja mais justa. Melhorar a qualidade da educação na escola pública, oferecer creche e pré-escola para as famílias menos favorecidas e conscientizar a sociedade contra a discriminação são passos importantes nesta direção. Diferenciação compensatória A política ou diferenciação compensatória, como diz o próprio nome, é uma política que compensa o efeito de alguma outra coisa. Então essa é uma política que atua sobre o efeito do problema e não sobre a causa. Eu não sou contra que se dê sopa para quem está com fome, sou a favor, desde que isso seja uma política temporária e não como a única política. Então quando você não ataca a causa e só tem a política compensatória, você está na verdade aceitando o sistema e se omitindo de quebrar, de resolver o problema da pessoa. Você está apenas compensando, atenuando, aliviando a pobreza. 34 Embora Shaffer seja claro ao reconhecer os efeitos positivos da educação sobre os futuros rendimentos dos estudantes, acredita que não existe motivação econômica dos estudantes e dos seus pais para investirem em educação. Estes, segundo Shaffer, são fortemente motivados como consumidores habituais da educação e não tem motivação alguma como investidores na educação. Mas será que não haverá motivações econômicas de nenhuma espécie no caso, por exemplo, de estudantes de medicina, direito, entre outros, para investirem em cada uma dessas capacitações particulares, com vistas aos incrementos nos seus rendimentos futuros? Para os seguidores da teoria do capital humano, a perspectiva de rendimentos futuros de maior escala desempenha uma forte motivação nessas situações. Ademais, Schultz afirma que a decisão de estudar, seja na perspectiva de consumo seja de investimento, é afetada pela quantia e natureza dos gastos públicos efetuados com a educação. Portanto, qualquer tentativa de explicar o comportamento dos agentes em relação a educação nos "leva para além da área convencional em que se realizam os cálculos econômicos privados por parte das pessoas". (Idem, p.57) . Outro ponto relevante formulado por Shaffer diz respeito à dificuldade de identificar e medir o aumento dos rendimentos que se associam com educação, posto que este é influenciado também pelas diferenças em capacidades inatas, raça, tipo de emprego e estrutura familiar. Outra crítica refere-se à utilização política da teoria do capital humano. Shaffer argumenta que o conhecimento acerca dos efeitos da educação sobre os rendimentos futuros seria mal utilizado uma vez que as decisões políticas acerca da educação privilegiariam o aspecto econômico, em detrimento de importantes contribuições culturais da educação. Especificamente, a apreensão dos críticos do capital humano é a de que a sociedade acabasse por negar educação àqueles grupos sociais cujo investimento educacional apresentasse menor taxa de retorno, como o caso de mulheres, negros, etc., quando a direção cor-reta seria a de aumentar os gastos de educação voltados para atender esses grupos. Esta apreensão é rebatida pelos adeptos da teoria do capital humano com os seguintes argumentos : em primeiro lugar, os estudos que mostram que o retorno da educação, em termos de rendimentos do trabalho, é maior para os brancos que para os negros, apresentam deficiências metodológicas - baseiam-se em médias nacionais, não fazem quaisquer ajustamentos para os efeitos do tamanho da cidade, para as diferentes taxas de desemprego, para a qualidade da educação, discriminação racial, entre outros. Em segundo lugar, os rendimentos futuros proporcionados pela educação não devem ser a base exclusiva para a alocação de recursos públicos. Por fim, é absolutamente adequado que as pessoas, ao tomar sua decisão de investir na educação, levem em consideração suas contribuições culturais e seu impacto sobre os rendimentos futuros. 35 As proposições em que Wiseman fundamenta sua critica baseiam- se no corpo teórico tradicional da ciência econômica e na concepção humanista de que a economia não pode repousar-se na visão em que a vida é considerada como um balanço comercial e, assim, ser valorada apenas a partir do binômio carência-satisfação, "porque nós, na verdade, não tomamos as nossas necessidades como algo final.... O homem, num sentido real, cria os valores" (1965, p.5). Wiseman também afirma que as capacitações técnicas adquiridas que aumentam os futuros rendimentos pessoais não têm quaisquer significações financeiras à medida em que a educação muda as atitudes, os padrões de expectativas e de preferências. Portanto, Wisemam se preocupa fundamentalmente com o problema da avaliação implícita da educação e de suas conseqüências, o que, certamente, está ausente no ambiente analítico dos teóricos do capital humano. O tratamento dado por Wiseman ao problema da avaliação da educação é falho e não fornece qualquer elemento que demonstre o impacto da mudança de atitudes e hábitos gerados pela educação no bem-estar dos indivíduos, por exemplo: qual a importância de se transformar beatlemaníacos em amantes da música de Bach? Além disso, a assertiva de que maior nível educacional não tem significação financeira, não se sustenta quando colocada sob uma prova empírica. Por exemplo, quando o mercado de capitais fornece empréstimos pessoais faz nitidamente a distinção entre médicos, advogados e engenheiros com boas situações de emprego, por um lado, e trabalhadores braçais, com baixa escolaridade, sem qualificações com os seus empregos, por outro. Michael Lynch (1967) mostrou que o quantitativo financeiro legalmente adjudicado nos seguros de vida é ordenado em função dos rendimentos atuais do segurado e da perspectiva de elevação dos rendimentos pessoais. II - CRÍTICA MARXISTA A teoria do capital humano incorporou fundamentais insights não aproveitados pelas versões iniciais da teoria neoclássica, afirmam os marxistas. Em primeiro lugar, retomou a tradição Ricardiana de tratar o trabalho como um produto do meio de produção. Em segundo lugar, rejeitou a simplista assunção de trabalho homogêneo e concentrou sua atenção na diferenciação da força de trabalho. Em terceiro lugar, trouxe para o interior da análise econômica as instituições sociais básicas (como a educação e a família), preliminarmente relegadas para a esfera cultural. Além disso, o trabalho desaparece como categoria analítica fundamental, e é absorvido no interior do conceito de capital, o qual vem adornar o título da especial característica do trabalhador. Assim, para os marxistas a teoria do capital humano é um passo certo para a eliminação de classe social como conceito econômico. 36 A teoria neoclássica tem-se movido no sentido de atribuir o controle dos fatores de produção para determinados grupos e de considerar a livre mobilidade dos fatores de produção e, que a remuneração é função da produtividade. Esses pressupostos neoclássicos, segundo Bowles e Gintis (1975), têm induzido a teoria do capital humano a erros substanciais, tanto no que diz respeito à pesquisa empírica quanto como guia para as políticas públicas. As credenciais educacionais têm uma importante função, mas o sistema escolar não pode ser reduzido a uma atividade economicamente relevante para seleção e qualificação de mão-de-obra, afirmam os marxistas. Para os marxistas, as habilidades estão relacionadas e são determinadas pelas condições de existência humana. Ademais, a teoria do capital humano, ao restringir sua análise em preferências individuais definidas exogenamente, em habilidades individuais e em alternativas de produção tecnológica, formalmente, excluiu a relevância do conceito de classe social e de conflito de classe para explicar o fenômeno do mercado de trabalho. O capitalismo é um sistema no qual o meio de produção é propriedade de uma pequena minoria. A massa de indivíduos que não detém o controle dos recursos produtivos, é forçada a vender sua força de trabalho para sobreviver. Educação, treinamento profissional, saúde, desempenham duas funções econômicas: têm um papel importante, ainda que indireto, na produção e são essenciais para a perpetuação da ordem econômica e social. Esse processo não pode ser compreendido sem a referência aos requerimentos sociais necessários para a reprodução da estrutura de classe vigente no capitalismo. Assim, uma adequada teoria de recursos humanos deveria abranger tanto a teoria de produção como a de reprodução social. A teoria do capital humano não contempla uma teoria de reprodução e grande parte da teoria da produção apresentada abstrai-se da relação social de produção em favor da relação tecnológica. A abordagem falha das relações sociais impede um aprofundamento da teoria da reprodução, resultando em um tratamento deficiente da demanda por capital humano pelas firmas, da oferta de capital humano, e da interpretação teórica das taxas de retorno do capital humano. Os marxistas rejeitam a noção neoclássica da firma como uma "caixa preta" em cujo interior o trabalho é o principal interesse. A firma tem uma dimensão sócio- política, posto que, por um lado temos a transformação de matérias primas em produtos e por outro a trans-missão de habilidades e tipos de conhecimento de um trabalhador para outro, alterando habilidades e conhecimentos. O tratamento neoclássico das alterações na remuneração do trabalho com base em mudanças no mercado, ou seja, exógenas à firma, conduz a um grave erro ao abstrair um elemento essencial da organização capitalista: o poder do capitalista sobre o trabalhador. 39 forte correlação positiva entre renda e educação independe do aumento de habilidade cognitiva dos estudantes, que, supostamente, é o que as escolas produzem. Assim, estaria quebrado o elo da cadeia de raciocínio da teoria do capital humano, e deflagrado o debate entre os pesquisadores acerca do que as escolas produzem (além de habilidade cognitiva) que tende a influir positivamente nos rendimentos futuros dos estudantes. Daí surgem teorias que afirmam que as escolas produzem ou credenciais, ou um certo tipo de socia- lização ou uma espécie de sinal (de persistência, determinação, etc.). Passamos, em seguida, a considerar rapidamente algumas dessas teorias. A teoria da socialização afirma que algumas pessoas são socializadas, sobretudo na escola, para virem a ser trabalhadores que se comportem com um alto grau de conformismo, que estejam dispostas a sempre aceitar e cumprir ordens, que cheguem com pontualidade ao trabalho, que saibam quando falar e quando calar, etc. Em contraste, outras pessoas são educadas para tomar decisões, ser bastante independentes e criativas, sempre ponderar diferentes alternativas quando diante de um problema, etc. Assim, as escolas seriam mais uma espécie de agência de socialização – preparando as pessoas de diferentes origens para o desempenho de distintos papéis na vida – do que um lugar onde se desenvolveriam as habilidades cognitivas dos estudantes. Isso leva os adeptos da teoria da socialização a concluir que as variáveis não cognitivas associadas à experiência escolar de cada um são mais importantes que os fatores cognitivos, ou ligados a " habilidade", que o sistema educacional supostamente teria a finalidade de produzir. Ainda, outro ponto de vista, defendido principalmente por sociólogos, afirma - na sua versão mais radical – que as escolas não servem para nada além de fornecer credenciais. Esta posição, rotulada de "credencialista", defende que as escolas oferecem credenciais que tornam mais simples a tarefa dos empregadores na seleção de seus empregados. Vale a pena distinguir dois grupos principais dentro dessa corrente: a. aqueles que dizem que a única função das escolas é "selecionar" estudantes de acordo com o background familiar, status sócio-econômico e outras características individuais, sem que nenhuma socialização ocorra. Além disso, o sistema educacional reforçaria as características originais dos estudantes, tornando a tarefa de estratificá- los por grupos ainda mais fácil. b. Outros afirmam que as escolas não só " selecionam" mas também socializam. O estudante seria escolhido de acordo com seu background, características familiares, etc., e na escola adquiriria alguma experiência e seria socializado para certo tipo de atividade futura. Experiência e socialização seriam determinadas em função das características 40 Os marxistas reconhecem que o aumento da escolarização da força de trabalho contribui para aumentar a sua produtividade, mas não pelo fato de proporcionar maior habilidade ao trabalhador, mas sim devido ao fato de: 1. fornecer credenciais que facilitam a supervisão autoritária, ou seja, a escola molda o indivíduo para a disciplina, perseverança, respeito à estrutura hierárquica, entre outros, que tornam o indivíduo que estudou preparado para se submeter às normas de conduta e comportamento exigidos pela empresa capitalista; 2. a escolarização aumenta o leque de opções do empregador para a escolha de seus empregados, oportunizando a este (empregador) adotar critérios de seleção que leve em conta o aspecto motivacional que mais se aproxima da estrutura e mecanismos de incentivo da empresa; 3. o indivíduo com maior grau de escolaridade, ao receber melhor nível de remuneração, acaba gerando uma segmentação de trabalhadores segundo renda e status, que impede a formação de coalizões de trabalhadores contra o poder do capitalista. Em resumo, as críticas dos marxistas à teoria do capital humano podem ser agrupadas em três áreas: contabilidade do desenvolvimento, distribuição de renda e políticas públicas. Em relação à contabilização do desenvolvimento, cabe destacar o seguinte argumento dos marxistas: para a teoria do capital humano todos os fatores podem contribuir para o crescimento econômico, e, uma vez superados os problemas tecnológicos, esta contribuição pode ser numericamente mensurada . Assim, as pesquisas baseadas na teoria do capital humano defendem que é possível determinar a contribuição exata dos investimentos em recursos humanos para o crescimento. Os marxistas questionam este procedimento argumentando que é mister explicitar como as variações no nível de investimento afetam o nível de outputs e as taxas de crescimento, mas também como a estrutura de formação do capital humano afeta a relação social de produção e a evolução das relações de classe. A educação pode contribuir positiva ou negativamente para o crescimento econômico, dependendo do que se considera como qualidade do trabalhador: se é uma função dependente da extensão e reprodução do sistema de remuneração do trabalho, isto é, função de sua produtividade; ou é a sua capacidade para alterar a taxa de acumulação de capital. A medida que o aumento da escolarização pode levar a maior consciência de classe e fortalecer a organização de trabalhadores, a sua contribuição para o crescimento capitalista pode resultar em balanço negativo.
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