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Usinagem de Titânio, Notas de estudo de Engenharia de Produção

como torneado uma liga de titânio

Tipologia: Notas de estudo

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Compartilhado em 12/08/2009

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bruno-batista-de-abreu-2 🇧🇷

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Baixe Usinagem de Titânio e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! O Mundo da Usinagem16 Marcos Roberto Vargas Moreira Elias Alves da Cunha Hideyuki Okimura Marcos Valério Ribeiro Labora tó r io de Es tudos da Us inagem Departamento de Engenharia de Materiais – FAENQUIL Lorena - SP A usinagem de metal é um processo complexo devido aos vários parâmetros de corte envolvidos no processo. Além disso, as propriedades deste material têm grande influência na sua deformação. Ligas de titânio são classificadas como “ materiais de difícil usinagem”, devido a algumas propriedades tais como baixa condutividade térmica (7 W/m K) e alta reatividade química com a maioria dos materiais de ferramentas de corte. As ligas alfa-beta são amplamente usadas na fabricação de turbina de aeronave devido às excelentes propriedades mecânicas como resistência mecânica e a corrosão à altas temperaturas. Consideramos aqui a in- fluência dos parâmetros de corte (velocidade de corte e classes de ferramentas) em operações de aca- bamento, usando carbeto cemen- tado, estudando o desgaste da fer- ramenta, rugosidade da peça e morfologia do cavaco formado. O titânio apresenta duas for- mas alotrópicas, uma estrutura cristalina hexagonal compacta (HC) a temperatura ambiente, cha- mada fase alfa ( ), que se trans- forma alotropicamente para cúbi- ca de corpo centrado (CCC), cha- mando-se fase beta ( ), a 882 ºC . A presença de elementos de liga estabilizam uma ou outra dessas estruturas: elementos de liga que favorecem a fase (elementos alfagênicos) aumentam a tempe- ratura de transformação alotró- pica e incluem os metais do grupo III-A e IV-A (como o alumínio, gálio e estanho) e elementos intersticiais ou não-metais (como o boro, car- bono, oxigênio e nitrogênio). Ele- mentos de liga que favorecem a fase ( ) (elementos betagênicos) redu- zem a temperatura de transforma- ção alotrópica e incluem os metais de transição do grupo IV como vanádio, nióbio e tântalo. A usinagem da liga de titânio é muito dificultada pela sua alta reatividade quí- mica com os materiais da ferramenta e sua baixa condutividade térmica (aproximada- mente 7,3 W/m K) ge- rando alta temperatu- ra na interface cava- co / ferramenta/peça (Bhaumik, 1995), favo- recendo os mecanis- mos de difusão. Segun- do Ezugwo (1997), cerca de 80% do calor gerado fica retido na ferramen- ta e 20% no cavaco. Segundo Siemers (2001) e Komanduri (1983), o cavaco da liga Ti-6Al-4V é sempre do tipo seg- mentado, independente das con- dições de corte. Estas ligas se caracterizam por um grande custo na fabricação destas peças quando usinadas e um dos maiores motivos deste elevado custo é o custo hora/má- quina. Assim, é interessante dimi- nuir os tempos de usinagem das Figura 1 Sandvik Coromant do Brasil 17 peças pois os custos na indústria aeronáutica são mais elevados do que nas indústrias convencionais. A escolha da ferramenta adequa- da para uma determinada opera- ção e a determinação correta das condições de usinagem represen- tam um papel importante no tra- balho com metais. Isso se acentua na produção seriada, onde diver- gências na escolha da velocidade de corte e ferramenta podem acarretar variações notáveis nos custos de fabricação. A correlação entre vida e otimização do pro- cesso é muito importante, pois o fator custo adquire um caráter de extrema importância neste cená- rio de intensa competitividade no qual qualidade e produtividade são itens fundamentais. A liga Ti-6Al-4V é muito utili- zada na indústria aeronáutica, principalmente na fabricação de motores, devido a algumas pro- priedades como resistência/peso, resistência à fluência, resistência à fadiga, resistência à corrosão em altas temperaturas, etc. Os cálcu- los relativos ao comprimento de corte Lci, referente à velocidade de corte vci, aos coeficientes x e K de Taylor, vmxp e os custos foram realizados com o auxílio de softwares desenvolvidos no labora- tório de estudo da usinagem LEU. Foram investigados os efeitos da velocidade nos mecanismos de desgaste da ferramenta e no ca- vaco obtido. MATERIAIS E MÉTODOS Os testes de usinagem foram realizados em torneamento cilindrico externo da liga Ti-6Al- 4V utilizando ferramentas VBMT 110304 PF classe ISO P10 (Sandvik CT 5015), VBMT 110304 MF classe ISO M15 (Sandvik GC 1025) com cobertu- ra de TiAlN (PVD) e espessura de 4 e VBMT 110304 UF classe ISO S15 (Sandvik ). A velocidade de corte variou de 85 a120 m/min, fixando o avanço em 0,1 mm/vol- ta e profundidade de usinagem de 0,5 mm sem fluido de corte. As ferramentas apresentam ângulo de posição de 91º e raio de ponta de 0,4 mm. A temperatura na interface ferramenta/peça foi me- dida utilizando pirômetro de radição infra-vermelho modelo Cyclops-52 e a caracterização das ferramentas e dos cavacos foi rea- lizada utilizando microscópio eletrônico de varredura (MEV) LEO, modelo 1450-VP e micros- cópio ótico modelo DM com analizador de imagem Leica QWIN para análise de microes- trutura e morfologia. Todos os testes foram realizados em torno CNC Romi de rotação máxima de 4000 rpm e potência máxima de 10KW. A rugosidade foi medida utilizando um rugosímetro portátil acoplado ao torno, com medidas defasadas em intervalos de 60º com relação ao eixo da peça. A rugo- sidade máxima foi de 0,9 . RESULTADOS E DISCUSSÕES Dos três critérios normalmen- te usados para discutir usina- bilidade e fim de vida da ferra- menta: rugosidade da superfície, desgastes e potência exigida para o corte; utilizamos como critério de fim de vida, a rugosidade. Foram realizadas três séries de testes de usinagem da liga Ti-6Al- Rugosidade obtida: a) ISO S15, b) ISO P10, c) ISO M15
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