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Sig e geografia, Notas de estudo de Geografia

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 29/11/2009

charlessa-sa-5
charlessa-sa-5 🇧🇷

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Baixe Sig e geografia e outras Notas de estudo em PDF para Geografia, somente na Docsity! Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm PROPOSTA METODOLÓGICA PARA CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS GEO- REFERENCIADO, COM BASE NO ESTUDO DE CASO DO CENTRO DA CIDADE DE POÇOS DE CALDAS-MG José Adilson Dias Cavalcanti 1 Cenira Maria Lupinacci Cunha 2 Ana Maria Brochado Mendonça Chaves 3 Gabriel Elias do Nascimento 4 Resumo O sistema de informações turísticas geo-referenciado (SISTURGEO) incorpora a oferta turística da região central da cidade de Poços de Caldas e possibilita realizar consultas espaciais e alfa-numéricas envolvendo todos os níveis de informação ou atributos do banco de dados. O SITURGEO foi construído em uma plataforma SIG utilizando o programa SPRING. A arquitetura do sistema foi elaborada com base nos dados de campo e bibliográficos e ficou assim estruturada: mapa urbano, oferta turística e mapa de símbolos. O mapa urbano é temático, constituído pelos seguintes planos de informação: as quadras, as ruas, a rede de drenagem e as principais edificações que são referência no centro de Poços de Caldas. A categoria oferta turística é cadastral e contém os atrativos turísticos, a infra-estrutura de apoio, os serviços turísticos e outros serviços. Já o mapa de símbolos é cadastral e possui os ícones adequados para a representação dos atrativos turísticos e estão agrupados como objetos por temas. Palavras-chave: cartografia, SIG, SPRING, turismo, Poços de Caldas. Abstract The touristic GIS (SISTURGEO) includes the tourist supply from the central region of the Poços de Caldas city, and it allows alpha numerical and space consulting involving all levels of information or attributes of a database. The outline of the touristic supply has been developed based on the bibliographic analyzes, from that moment on, it has been elaborated the databases on the Access Software for the collecting field data. The SISTURGEO was built 1 Prof. Dr. - PUC-Minas – Campus de Poços de Caldas - Av. Padre Francis Cletus Cox, 1661, Cep: 37701-355 - Jardim Country Club, Poços de Caldas – MG. adilson@pucpcaldas.br. 2 Profa. Dra. - PUC-Minas – Campus de Poços de Caldas - Av. Padre Francis Cletus Cox, 1661, Cep: 37701-355 - Jardim Country Club, Poços de Caldas – MG. cenira@pucpcaldas.br 3 Profa. Msc. - PUC-Minas – Campus de Poços de Caldas - Av. Padre Francis Cletus Cox, 1661, Cep: 37701-355 - Jardim Country Club, Poços de Caldas – MG. amchaves@pucpcaldas.br 4 Bolsista PIBIC – CNPq - PUC-Minas – Campus de Poços de Caldas - Av. Padre Francis Cletus Cox, 1661, Cep: 37701-355 - Jardim Country Club, Poços de Caldas – MG. Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 32 on a GIS platform using the SPRING software. The system architecture was elaborated based on the field and bibliographic data and it came up like this: urban maps, touristic supply and a map of symbols. The urban map is a themed one, constituted on the following information plans: squares, streets, draining net, and the main buildings which are reference in the central area of Poços de Caldas. The touristic supply category is cadastral and contains the touristic attractions, the support infra-structure, the touristic services and another services. The map of symbols is also cadastral and it has icons for the representation of the touristic attractions gathered as objects by themes. Key words: cartography, GIS, tourism, tourist suplly, Poços de Caldas. INTRODUÇÃO O sistema de informações geo-referenciadas (SIG) é qualquer sistema de gerenciamento de informações capaz de coletar, armazenar e recuperar informações tendo como base as suas localizações espaciais; identificar locais dentro de um ambiente que tenha sido selecionado a partir de determinados critérios; explorar relações entre os dados de um ambiente; analisar dados espaciais para subsidiar os critérios de formulação de decisões; facilitar a exportação de modelos analíticos capazes de avaliar alternativas de impactos no meio ambiente; exibir e selecionar áreas, tanto geograficamente quanto numericamente antes e/ou depois das análises (HANIGAN, 1988). O SIG necessita usar o meio digital, deve existir uma base de dados integrada, estes dados precisam ser geo-referenciados, devem conter funções de análises que variem de álgebra cumulativa até álgebra não cumulativa (BARROS, 1999). A partir das definições apresentadas acima se nota a importância de utilizar um SIG para manipular dados, independente da área de atuação científica ou profissional. Para o gerenciamento de dados turístico de uma cidade ou região é imprescindível o seu uso devido à quantidade de informações para serem trabalhados no planejamento ou monitoramento de áreas turísticas. As informações turísticas de uma localidade constituem nos recursos da oferta diferencial, e estas, podem ser classificadas em atrativos, infra-estrutura (básica e de apoio) e serviços, que são entendidos como valores agregados. A organização e manipulação destas informações são vitais para o planejamento turístico, seja ele local ou regional. O SIG vem preencher uma lacuna existente na formação do turísmologo no que diz respeito à análise e reconhecimento do espaço em meio digital. O projeto utiliza o SPRING (Sistema de Processamento de Informações Geo- referenciadas) que é um programa de geoprocessamento de domínio público e de tecnologia nacional, para a criação de um sistema de informações turísticas geo-referenciado, que ficou assim estruturado: a) Categoria Temática Urbano: que compreende o mapa urbano contendo as seguintes classes temáticas (ruas, quadras, lotes, drenagem e edificações principais); b) Categoria Cadastral Oferta: apresenta a oferta turística propriamente dita, constituída pelos seguintes planos de informação: i) atrativos turísticos, ii) serviços turísticos, iii) infra-estrutura turística e iv) outros serviços. c) Categoria Temática Símbolos Turísticos: formada por símbolos para representar as tipologias de atrativos turísticos encontrados na área estudada. Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 35 Fig. 1 - Fluxograma da oferta turística. As definições de Cooper (2001) com relação aos atrativos naturais deixam alguns aspectos a desejar, não fazendo menção a pontos importantes diante da atividade turística tais como, as relações “artesanato x comunidade local”, deixando de valorizar a cultura das localidades. Ruschmann (1997) não relaciona os recursos naturais como um atrativo turístico, mas como parte integrante do meio ambiente utilizando parâmetros, tais como: condição do solo, geologia, geomorfologia e outros. Mesmo sendo um recurso natural, nada impede que este possa também ser turístico. Estes aspectos não são considerados interessantes à atividade, Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 36 pois têm um olhar muito científico e não turístico, o qual é deixado de lado, não sendo evidenciada sua devida importância (RUSCHMANN, 1997). Assim, adotou-se a teoria de Beni (2003) que abrange a atividade como um todo, correlacionando os fatores empíricos com a atividade turística, a qual é a verdadeira razão deste estudo. O autor supra citado foi muito descritivo e se utilizou de uma gama de detalhes necessários à compreensão dos itens a serem trabalhados, principalmente em se tratando das “manifestações populares” e dos “atrativos histórico-culturais”. Naturais – o atrativo natural compreende todos os “elementos do espaço geográfico que constituem a paisagem, sendo esta um recurso turístico importante” (BENI, 2003). Cooper et. al (2001) deixa bem claro que os recursos turísticos naturais incluem parques nacionais, vidas selvagens, locais com visita e fenômenos naturais de destaque, como por exemplo, as Cataratas do Iguaçu (PR) ou mesmo o Pão-de-Açúcar (RJ). Particularmente, na área de estudo, temos somente as fontes de águas minerais como atrativo natural. De acordo com o “Código das Águas Minerais”, as águas minerais são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa. Desta forma, temos dois tipos de classificação. Uma da água, mesmo distante da fonte, que é relacionada com a composição química e suas características medicamentosas e outra que é dada pelas propriedades da água na fonte, ou seja, através das características da água que normalmente não se mantém até a casa do consumidor final, como os gases e a temperatura. Na área em estudo há grande incidência das águas termais e sulfurosas. No inventário devem-se levar em consideração suas características físico-quimicas, a possibilidade de banhos (piscinas, duchas naturais, balnearioterapia) e a qualidade dos salutres na água (BENI, 2003, p. 307). Histórico-Culturais - Este tipo de atrativo diz respeito às manifestações sustentadas por elementos materiais que se apresentam sob a forma de bens imóveis ou móveis. Para os bens imóveis deverão ser considerados apenas aqueles ditos fixos, entendendo-se por bens fixos aqueles pertencentes ou não a coleções ou acervos, que estejam em exposições permanentes no mesmo local (BENI, 2003, p. 308). De acordo com Pellegrini Filho (1993, p. 42), este tipo de atrativo estaria ligado diretamente à noção de cultura, sendo este “um conjunto de atividades, modos de agir, costumes e instruções de um povo. E o meio pelo qual o homem se adapta às condições de existência, podendo transformar a realidade. O processo cultural está em permanente mudança (...)”. Assim, devem ser consideradas todas as obras (bens imóveis e moveis) produzidas pelo homem, desde que sejam testemunhos culturais e apresentados como obras arquitetônicas de escultura, pintura e outros legados, que permitam a visitação publica e / ou sejam componentes da paisagem e do ambiente interno dos roteiros turísticos. Os quais englobam (Fig. 1): A arquitetura civil é representada por edificações públicas ou privadas, urbanas ou rurais, com função de residência, ou para ensino e pesquisa, serviço e comércio (BENI, 2003, p. 308). Na área estudada, aparecem edificações culturais (museu, teatro, cinema e complexo cultural); edificações de lazer (hotel, cassino e parque); edificações públicas (praça, ponte, prédio público, coreto e fonte ornamental); edificações de transporte (teleférico e um antigo terminal ferroviário); e edificações comerciais (mercado). A arquitetura religiosa manifesta-se através de edificações construídas para abrigar funções de cultos, atividades assistenciais de proteção, amparo, serviço médico e outros (BENI, 2003 p. 309). Exemplos na área estudada são capelas, igrejas e santuários. As esculturas são obras de arte trabalhada em relevo com três dimensões, segundo técnicas Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 37 especiais para cada tipo de material (BENI, 2003, p. 309). Exemplos: escultura, estátua, imagem, busto e inscrições. Manifestações Populares - São todas as práticas culturais que são tidas como específicas do próprio local que estariam estabelecidas, tais como: atividades cotidianas e festivas de caráter sacro ou profano, seja ela popular e/ou folclórico, consideradas objeto de apreciação e/ ou participação turística. Sendo assim, as festas e as comemorações englobariam todas as manifestações tradicionais e/ ou populares, que ocorrem em datas fixas ou móveis, caracterizadas por atos e/ ou comemorações religiosas, populares, folclóricas ou cívicas (BENI, 2003, p. 311). SERVIÇOS TURÍSTICOS Os serviços turísticos representam o conjunto de edificações, serviços e instalações à disposição dos turistas, sendo por sua vez indispensáveis ao fomento da atividade (BENI, 2003, p. 331) (Fig. 1). Para Cooper et. al (2001), este campo é denominado “amenidades”, compreendendo a hospedagem, serviços relacionadas aos alimentos e bebidas, diversão e entretenimento, comércio varejista e outros tipos de serviços. Estas “amenidades” são o apoio necessário a um turista em qualquer destinação. Sendo assim, podemos classificar este setor como possuidor de um baixo nível de concentração de propriedade – na verdade, estes empreendimentos são muitas vezes operados por pequenas e médias empresas (PMEs). Por um lado, isto é uma vantagem, pois significa que as despesas dos turistas fluem rapidamente para dentro da economia local. Por outro lado, as PMEs são fragmentadas e carecem de um lobby consistente. Neste caso, lobby significa um grupo de pessoas com o mesmo interesse, administrativamente falando (Webster’s Dicionário Inglês-Português, Folha de São Paulo, 1996). Neste caso, Cooper et. al (2001) dá uma grande noção do que são os “serviços turísticos”. No entanto, não há uma visão clara da definição de produtos e serviços. Muitas vezes, há uma junção entre alguns setores, como por exemplo, “meios de hospedagem” e “alimentos e bebidas”, quando, na verdade, estes se fazem diferentes, mesmo estando no mesmo ponto de venda (hotel, por exemplo, que além de hospedagem possui um restaurante). Beni (2003) divide os setores com uma visível diferenciação de produtos e serviços, o que acaba por facilitar a compreensão do conteúdo, sendo o mais completo. Em se tratando da “infra-estrutura turística”, Ruschmann (1997) não se encontra atualizada frente aos outros autores. Hospedagem – É um dos setores mais importantes da destinação de um turista, pois é aí que este poderá descansar e repor suas energias durante os dias de estada ou toda a viagem propriamente dita. Há uma integração entre hospedagem e o setor de alimentos e bebidas. Na hospedagem existi um sentimento de aconchego e boas vindas, já nos alimentos a boa e duradoura impressão deixada pela cozinha e pelos produtos do local (COOPER et. Al, 2001). Mesmo assim o autor supracitado classifica o setor em: hospedagem com serviços parciais ou completos (hotéis, rhyokan – casa estilo japonês – aparthotéis, casa de hóspedes, pousadas e hospedarias); hospedagem por conta própria (apartamentos, casa de campo e etc); hospedagem em campus universitário; time-share; hospedagem de jovens (Youth Hostel Association); camping e locais para trailers e outros. As categorias dos meios de hospedagem podem se basear em diferentes parâmetros: preço (estes variam entre hotéis econômicos, preço médio e hotéis de luxo); função (convenções e os comerciais); localização (áreas centrais, suburbanas, rodovias interestaduais e aeroportos); segmento de mercado específico (centros de conferência executiva, resorts, hotéis-cassinos, spas de saúde e times-shares) e grau de destinação do estilo ou das ofertas Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 40 propiciou um importante passo na elaboração do sistema de informações turísticas geo- referenciado. A categoria “Mapa Urbano” é temática e possui as seguintes classes temáticas: ruas, quadras, edificações principais e rede de drenagem (Fig. 2). A categoria do modelo temático refere-se a dados que classificam uma posição geográfica quanto a um determinado tema. Esta corresponde ao mapa base sobre o qual estão localizados todos os pontos de interesse relacionados com as ofertas turísticas da área de estudo. A categoria “oferta turística” é cadastral. As categorias do modelo cadastral referem-se aos mapas que contêm a representação dos diversos tipos de objetos que compõe a oferta turística, dessa forma, incorporando os atrativos, os serviços e a infra-estrutura. Os planos de informação dessa categoria estão desdobrados em: atrativos turísticos, serviços turísticos, infra-estrutura e outros serviços (Fig. 2b). Os “planos de informação” são formados por polígonos aos quais estão associados os dados do tipo “Objeto” que corresponde aos atributos do banco de dados (Fig. 2c). A categoria de dados do “modelo objeto” refere-se à especialização dos objetos geográficos, por exemplo, museu, cinema, centro cultural, restaurante, hotel, etc. Fig. 2a – Porção do mapa base da área de estudo contendo as ruas, quadras, edificações e rede de drenagem Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 41 Fig. 2b - Mapa da área de estudo contendo as categorias “mapa urbano” e “ofertas turísticas”. Fig. 2c – Porção da tabela de atributos da categoria de objetos “fontes”, pertencente ao plano de informação “atrativos turísticos”. A categoria “oferta turística” possui vários planos de informação e categorias de objetos, como pode ser visto na tabela abaixo (tabela 01). A categoria “símbolos turísticos” é do tipo cadastral e foi criada com o intuito de associar a cada tipo de atrativo um símbolo, a fim de facilitar a visualização das categorias de objetos pertencentes ao plano de informação “atrativos turísticos”. Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 42 TABELA 01: Planos de informação e respectivas categorias da oferta turística. PLANOS DE INFORMAÇÃO CATEGORIAS DE OBJETOS Atrativos Turísticos Balneário, centro cultural, cinema, clube esportivo, estação ferroviária, fontes de águas minerais, fonte ornamental, hotel, igreja, mercado, museu, parque, praça, teleférico. Serviços Turísticos Alimentação, hospedagem, recreação. Outros Serviços Agências de viagem, apoio ao transporte, instituições bancárias e compras. Infra-estrutura de Apoio Comunicação, médico-hospitalar, saneamento, segurança, transporte. CONSULTAS AO SITGEO O sistema de informações turísticas geo-referenciado (SITGEO) é bastante importante quando a pergunta é: onde se localiza. Além disso, o sistema permite classificar os seus componentes de maneira fácil, além de exibir mapas com localização dos elementos da oferta turística, tabelas de dados, textos e fotos. Inicialmente o sistema exibe o mapa urbano do centro de Poços de Caldas-MG, contendo as quadras com os nomes das ruas, os prédios principais e também a rede de drenagem. A partir daí pode-se localizar todos os atrativos presentes nesta área a partir da categoria “símbolos turísticos” e marcando todos os planos de informação dessa categoria do tipo “ponto” (fig. 3) ou exibir os locais demarcados no mapa com a localização dos mesmos, a partir da categoria “oferta turística” e o plano de informação “atrativos turísticos” selecionando linhas e objetos (fig. 4). O mesmo pode ser feito com os outros planos de informação (serviços, infra-estrutura e outros serviços). Todos os planos de informação podem ser exibidos concomitante ou isoladamente. Fig. 3 - Detalhe do mapa da área de estudo mostrando a categoria “mapa urbano” ao fundo, sobreposta a categoria “símbolos turísticos”. Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 45 SERVIÇOS TURÍSTICOS - a consulta dos serviços turísticos é acessada selecionando, a partir do painel de controle, o respectivo plano de informação. Ao marcar linhas e objetos neste plano de informação, todos os serviços turísticos serão vistos no mapa. Usando o cursor de informações e clicando sobre qualquer um dos objetos aparecerá o relatório de dados (fig. 7). Este relatório poderá ser salvo no formato “txt”. Fig. 7 - Tela exibindo o plano de informação “serviços” e o relatório de dados de um dos objetos selecionado. Ao clicar sobre o botão “consultar” aparecerá a janela “geração e seleção de coleção” que promove o acesso às categorias de serviços disponibilizadas (alimentação, hospedagem e recreação). Nesta janela é realizada a consulta através das categorias de objetos que poderão ser exibidas separadamente (por exemplo, alimentação) ou poderá ser criada uma coleção particularmente através da escolha de um atributo (por exemplo, restaurante). Selecionando o atributo designação da categoria de objetos “alimentação”, este dará acesso à lista de categorias destes objetos (bar, lanchonete, café, cervejaria, choperia, pizzaria e restaurante). Ao escolhermos a categoria restaurante, aparecerá a tabela dos restaurantes presentes na área e também no mapa serão destacados todos os restaurantes (fig. 8a). Ao selecionar um dos restaurantes, este aparecerá luminoso no mapa. A partir da tabela podem ser exibidos os atributos do restaurante selecionado (fig. 8b). INFRA-ESTRUTURA - ao selecionar a categoria “oferta turística”, o plano de informação “infra-estrutura” e marcar linhas e objetos, o mapa exibirá todos os itens mapeados sobre o tema. Utilizando o cursor de informações e clicando sobre os objetos, será exibido relatório de dados contendo todas as informações do objeto selecionado na tela. Estes dados poderão ser salvos no formato “txt”, se o usuário desejar. Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 46 Fig. 8a – Tela de consulta para geração e seleção de coleção. 8b Fig. 8b - Tela exibindo a tabela de restaurantes encontrados na área, a seleção de um dos restaurantes na tabela (em destaque) que também aparece no mapa (em destaque) e o quadro de atributos do restaurante selecionado. Ao selecionar o botão “consultar”, será exibido a tela de geração e seleção de coleção. Nesta é possível escolher entre as categorias de objetos disponíveis (comunicação, medico- hospitalar, saneamento, segurança e transporte urbano). Ainda nesta tela, o usuário pode escolher entre uma coleção do objeto selecionado ou criar uma coleção particular, com base na escolha de um objeto e de um atributo do mesmo. Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 47 Para exemplificar, vamos criar uma coleção de pontos de táxi. Dessa forma, deverá ser escolhida a categoria de objeto “transporte urbano”, deverá ser criada a coleção “táxi” e em seguida deve-se escolher o atributo do objeto, no caso “INFRA_E” (infra-estrutura) e clicar no valor “T” (serão exibidos as categorias de objetos: transporte urbano, ponto de táxi e ponto de charrete). Seguindo, seleciona-se a categoria “ponto de táxi”, “gerar”, “aplicar” e então será exibida a tabela com os dados dos pontos de táxi encontrados (fig. 9a). Na tabela, ao selecionar um dos objetos, o mesmo aparece luminoso na tela e também é possível exibir os atributos do mesmo (fig.9b). Fig. 9a - Tela de geração e seleção de coleção. A categoria “transporte urbano” foi selecionada, a coleção “táxi” foi criada, o atributo INFRA_E foi selecionado e o valor T” foi marcado. Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 50 serviços turísticos, 22 itens de infra-estrutura e 56 itens pertencentes a categoria outros serviços. Totalizando 164 itens pesquisados ou objetos que aparecem no mapa em uma área de 1km2. Este fato mostra a importância de se utilizar o SIG para o processamento de dados de interesse turístico de uma cidade ou do município, seja com o objetivo de monitorar a área de interesse ou para o planejamento turístico. O banco de dados montado no Microsoft Access revela a estruturação da oferta turista na área de estudo. Foram montadas diversas tabelas, o que pode ter simplificado um pouco as consultas no sistema. É interessante testar um banco de dados no sistema contendo apenas uma tabela (oferta turística) ou as quatro tabelas que definem a oferta turística (atrativos, serviços, infra-estrutura e outros serviços). O programa SPRING exige um conhecimento profundo de geoprocessamento para ser operado com eficiência. Inicialmente foi difícil operá-lo, mas com o tempo, nos familiarizamos com o mesmo e, dessa forma, o programa tem si revelado muito completo, apresentando diversas formas ou alternativas para a representação dos dados e ferramentas que possibilitam diversos tipos de análises. Este projeto possui um caráter qualitativo, não envolve números, assim as consultas são bastante simples e atendem plenamente o objetivo da pesquisa.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENI, M. C. Análise estrutural do turismo. 8.ed. São Paulo - SP: Senac, 2003. BORGES, R.A.M. Poços de Caldas: informações turísticas. 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Acesso em março de 2004b. 5 Agradecemos à PUC-Minas que financiou esta pesquisa através do Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIP), processo FIP 2004/69-P. Ao CNPq, pela concessão de uma bolsa de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq). Estudos Geográficos, Rio Claro, 4(2): 31-51 dezembro - 2006 (ISSN 1678—698X) - www.rc.unesp.br/igce/grad/geografia/revista.htm 51 INPE. Tutorial do SPRING. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/manuais.html. Acesso em março de 2004c. LIMA, L. O. C. de. Educação para o lazer. São Paulo - SP: Moderna, 1998 (Coleção Polêmica). MICROSOFT Corporation. Microsoft Access, versão 2000. 1999. 1 CD_ROM. OMT. Sinais e símbolos turísticos. Trad. Gabriele Scuta Fagliari. Editora ROCA. São Paulo- SP. 2003. POWERS,T.; BARROWS, C. W. Administração no setor de hospitalidade: turismo, hotelaria, restaurante. São Paulo - SP: Atlas, 2004. RUSCHMANN, D. Turismo e planejamento sustentável. Campinas - SP: Papirus, 1997. SET-SP. Manual de sinalização turística. 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