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Guias e Dicas
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Apostila de anatomia na Enfermagem , Notas de estudo de Anatomia

anatomia em Enfermagem

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 16/11/2009

gi-da-silva-3
gi-da-silva-3 🇧🇷

4.7

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Baixe Apostila de anatomia na Enfermagem e outras Notas de estudo em PDF para Anatomia, somente na Docsity! Conteúdo desta Apostila 1. CABEÇA E PESCOÇO 1.1 Cavidade Craniana. 1.2. Face e Couro Cabeludo. 1.3. Órbita e Olhos. 1.4. Estrutura do Pescoço. 1.5. Cavidade Nasal. 1.6. Cavidade Oral. 1.7. Laringe e Faringe. 2. TÓRAX 2.1. Cavidades Pleurais. 2.2. Pulmões. 2.3. Traquéia. 2.4. Brônquios. 2.5. Coração. 2.6. Vasos Sangüíneos. 2.7. Mediastino Anterior, Médio e Posterior. 3. ABDOME 3.1. Cavidade Abdominal. 3.2. Estômago e Intestinos. 3.3. Fígado. 3.4. Pâncreas. 3.5. Baço. 3.6. Rins. 3.7. Adrenal e Retroperitônio. 3.8. Vísceras Pélvicas. 3.9. Períneo. 0 0 0 1 1. CABEÇA E PESCOÇO 1.1 Cavidade Craniana. Cavidade Craniana. O crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face. Ele é formado por 22 ossos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da sua forma. Esses ossos se encontram ao longo de linhas chamadas suturas, que podem ser vistas no crânio de um bebê ou de uma pessoa jovem, mas que desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos. A maioria dos ossos cranianos formam pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais, occipitais e esfenóides, fundem-se num osso único. Os pares de ossos cranianos mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáticos, nasais e palatinos. Os ossos cranianos são finos mas, devido a seu formato curvo, são muito fortes em relação a seu peso - como ocorre com a casca de um ovo ou o capacete de um motociclista. Crânio Função: elevar a mandíbula as fibras posteriores fazem a retração - Músculo Masseter Origem: zigomático Inserção: na face lateral do ramo da mandíbula Função: elevar a mandíbula Trismo - quando o Masseter se contrai violentamente. Por exemplo devido ao tétano (fica contraído) Reflexo Mentual É o reflexo de ficar com a boca fechada (quando morremos o perdemos). Fuso neuro muscular, fibras que estão envoltas por uma cápsula fibrosa o estímulo vai pelo nervo mandibular até a ponte o estimulo eferente e aferente vai pelo mandibular Reflexo - ato involuntário devido ao estímulo de uma estrutura músculos - Músculo Pterigoideo Interno Origem: Processo pterigoideo interno do esfenoide Inserção: Face medial do ramo da mandíbula Função: elevar a mandíbula - Músculo Pterigoideo Externo Origem: Processo pterigoideo externo do esfenoide Inserção: Colo da mandíbula Função: mastigação Inervação São inervados pelo trigêmeo, através da raiz mandibular, que é principalmente sensitiva, mas para os músculos que movimentam a mandíbula é motor. - Movimento de Didução (ruminar) - quando apenas um pterigoideo se contrai - Movimento de Protuzão (mandíbula pra frente) - quando os dois se contraem Couro cabeludo O couro cabeludo é, grosso modo, a pele que reveste o crânio do ser humano e que possui cabelo. É diferente das demais peles por dois motivos: o primeiro é que abaixo desta pele existe uma armação muito vascularizada, formada por uma ramificação enorme de vasos sanguíneos e que é a responsável pelos grandes sangramentos ocorridos em ferimentos neste local. Este tecido fino, friável e altamente vascularizado é chamado de Gálea. Os ferimentos neste local devem necessariamente ser suturados para evitar a formação de hematomas. Os ferimentos contusos apresentam grandes hematomas, e muitos recém-nascidos nascem com bossa, ou seja, hematomas abaixo do couro cabeludo e acima da calota craniana que dão ao recém nascido a aparência de um projétil, com a cabeça pontuda. A segunda diferença é que apresenta cabelos mesmo nos calvos, apesar de ser chamado de couro cabeludo. 0 0 0 1 1.3. Órbita e Olhos. O olho humano é o órgão responsável pela visão nos Seres Humanos. Tem diâmetro antero- posterior de aproximadamente 24,15 milímetros, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador de 75 milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5cc. Figura mostrando o olho humano em sua órbita. O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para proteção. A camada média ou vascular é formada pela íris, a coróide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa. Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho. Figura mostrando os músculos da órbita, que movimentam o olho. O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é composta de células nervosas que leva a imagem através do nervo óptico para que o cérebro as interprete. Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direção da mancha amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação visual. O olho ainda apresenta as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos. Anatomia do olho humano. Membrana conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos e para espalhar o líquido que conhecemos como lágrima. O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidas nas glândulas lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das pálpebras lavando e lubrificando o olho. O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 - 1684). 0 0 0 1 1.4. Estrutura do Pescoço. O pescoço encontra-se dividido pelo músculo esternocleidomastoideu e pelo feixe vasculo-nervoso do pescoço, em dois espaços. Estes espaços, embora sejam de forma piramidal, são designados por triângulos posterior e anterior do pescoço. O triângulo anterior é limitado pela linha média anterior do pescoço (linea alba), pelo bordo inferior da mandíbula e pelo bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu. O triângulo anterior é ainda subdividido em triângulos mais pequenos, pelo ventre posterior do músculo digástrico e pelo ventre superior do músculo omohioideu. Assim, é possível descrever os triângulos sub-mentoniano, submandibular, carotídeo e muscular. O triângulo submentoniano é limitado lateralmente pelo ventre anterior do músculo digástrico, pelo bordo inferior da mandíbula e pelo corpo do osso hióide. O pavimento deste triângulo é formado pelo músculo milohióideu. Este espaço é preenchido essencialmente com gordura e gânglios linfáticos. O triângulo submandibular é limitado pelo bordo inferior da mandíbula e pelos dois ventres do músculo digástrico. O pavimento deste espaço é formado pelo músculo milohióideu, o músculo hioglosso e o músculo constritor médio da faringe. Este espaço é ainda subdividido pelo músculo milohióideu no espaço supramilohióideu, que contém a glândula sublingual, e no espaço infra-milohióideu que contém a glândula submandibular e gânglios linfáticos. Outras estruturas, tais como o nervo lingual, o nervo hipoglosso, a artéria facial e a veia facial atravessam este triângulo. O triângulo carotídeo é limitado pelo ventre posterior do músculo digástrico, pelo bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu e pelo ventre superior do músculo omohióideu. A artéria carótida comum, a veia jugular interna, o nervo vago, o tronco simpático, a ansa cervicalis e gânglios linfáticos da cadeia jugular, localizam-se neste espaço. O triângulo muscular é limitado pelo ventre superior do músculo omohióideu, pelo bordo anterior do músculo esternocleidomastoideu e pela linha cervical média (linea alba). A glândula tiroide, as glândulas paratioroides, a traqueia, o esófago e os músculos infrahióideos estão contidos neste espaço. O triângulo posterior é limitado pelo bordo posterior do músculo esternocleidomastoideu, pelo bordo superior da clavícula e pelo bordo anterior do músculo trapézio. Veia jugular externa Esta veia tem origem na confluência das veias retromandibular e auricular posterior. Inicia-se no interior da glândula parótida, próximo do ângulo da mandíbula. Após a sua origem dirige-se obliquamente cruzando a superfície externa do músculo esternocleidomastoideu. É acompanhada na porção superior do seu trajecto pelo nervo grande auricular. Repousa superficialmente no pescoço, na camada superficial da fascia cervical e profundamente relativamente ao músculo platisma. A veia jugular externa termina na veia subclávia ou raramente na veia jugular interna. Veia jugular posterior Esta veia tem origem na região occipital. Drena a região da nuca e termina a meia altura da veia jugular externa. Veia jugular interna A veia jugular interna é a maior veia do pescoço. Tem origem na base do crânio, na fossa jugular, sendo a continuação do seio sigmóide. Após a sua origem, a veia jugular interna desce no pescoço recebendo várias veias tributárias. Na sua porção superior, localiza-se em posição postero-lateral relativamente à carótida interna, da qual está separada pelo plexo carotídeo do tronco simpático. À medida que desce no pescoço, passa gradualmente para a face lateral da carótida interna. Ao nível do bordo superior da cartilagem tiroideia, a veia jugular interna coloca-se lateralmente à artéria carótida comum, no interior do feixe vasculo-nervoso do pescoço, conjuntamente com a artéria e com o nervo vago. No interior do feixe vasculo-nervoso do pescoço, cada estrutura está separada da adjacente por um septo fibroso. Na base do pescoço a veia coloca-se anteriormente à artéria. 0 0 0 1 1.5. Cavidade Nasal. É dividida pelo septo nasal em duas camaras simétricas, as fossas nasais que são limitadas anteriormente pelas narinas e posteriormente pela nasofarínge através das Coanas. Existe uma dilatação, internamente ao orifício das narinas denominada Vestíbulo Nasal, que é limitado anterior e lateralmente pela cartilagem alar maior e é revestido por uma mucosa que contém pelos e glândulas sebáceas. Cada fossa nasal pode ser dividida em duas regiões: - a região olfatória: (concha superior) - a região respiratória: (restante da cavidade) Na parede lateral estão as conchas superior, média, inferior e os meatos correspondentes. Acima da concha superior existe um região contendo um pequeno recesso, o recesso esfenoetmoidal onde ocorre a abertura do seio esfenoidal. O meato superior, localizado na metade da borda superior da concha média, possui na porção anterior aberturas das células etmoidais posteriores. O meato médio, que se continua anteriormente numa região (que é a continuação do Vestíbulo nasal) denominada átrio do meato médio. Na parede lateral, coberto pela concha média, existe uma elevação arredondada denominada Bula Etmoidal que é determinada pela projeção das células etmoidais médias, e antero-inferiormente a ela existe uma fenda em curva fechada denominada Hiato Semilunar que se abre em uma bolsa profunda, o infundíbulo. Este é limitado inferiormente pela borda côncava do processo uncinado do etmóide e superiormente pela bula etmoidal. Na poção anterior do infundíbulo se abrem as céluals etmoidais anteriores e como continuação do dele ocorre a abertura do ducto frontonasal, principal passagem de ar do seio frontal. No fundo do infundíbulo, escondido pelo extremo inferior do processo uncinado está o óstio maxilar, ou abertura do seio maxilar, que está situada no tecto do seio. O meato inferior possui a abertura do conduto nasolacrimal. O teto da cavidade nasal é formado pelos ossos: frontal, etmóide e esfenóide. O soalho é formado nos 3/4 anteriores pela processo palatino da maxila e nos 1/4 posteriores pelo processo horizontal do osso palatino. Os seios acessórios do nariz ou sinus paranasales são o frontal, esfenoidal, etmoidal(células aéreas etmoidais) e o esfenoidal. As fossas nasais são duas cavidades paralelas que vão das narinas até à faringe e estão separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa, terminando na faringe. Em seu interior existem dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. As fossas nasais têm a função de filtrar, umedecer e aquecer o ar que é inspirado. As fossas nasais são duas cavidades localizadas na base do nariz. Elas são revestidas internamente pela mucosa nasal, que possui um grande número de vasos sanguíneos. O calor do sangue nesses vasos aquece o ar e, assim, as demais vias respiratórias e os pulmões recebem ar aquecido. A mucosa tem, também, pequenos pêlos e produz uma substância viscosa, levemente amarelada, denominada muco. Além de lubrificar a mucosa, junto com os pêlos, retêm micróbios e partículas de poeira do ar, funcionando como um filtro; serve também para umedecer o ar. 0 0 0 1 1.6. Cavidade Oral. É freqüentemente usado o termo adjetivo oral ou histopatológico. O termo latim oris é um prefixo que indica algo relativo a boca (borda, limite) στομα; estoma, que em grego significa boca ou orifício, refere-se à entrada. De fato a boca é simplesmente um cavidade, a cavidade oral, porém essa cavidade está rodeada de estruturas dinâmicas que lhe conferem propriedades distintas de outras estruturas do corpo, mais ainda, quando a boca está situada na face, integrando a unidade crânio-facial, que caracteriza um indivíduo, especialmente no relativo a suas funções de relacionamento com o ambiente, constituído, principalmente, por outros indivíduos da mesma espécie humana. Isso significa que a boca cumpre um importante papel na vida de relacionamento, servindo como "posto de fronteira" do organismo em contato com ambientes que sejam capazes de julgar a esse organismo como uma entidade peculiar, que pode representar uma variação do ambiente ecotópico. Características gerais Nos animais com sistema digestivo completo, a boca forma a abertura de entrada do referido sistema, e o ânus forma a outra abertura. No desenvolvimento embrionário, tanto o ânus como a boca podem se formar a partir do blastóporo — a abertura inicial da blástula. Caso a boca se forme primeiro e a partir do blastóporo e o ânus se desenvolva mais tarde, temos o grupo de animais protóstomos. Caso o ânus se desenvolva a partir da blástula temos os animais deuteróstomos. Em muitos animais de sistema digestivo incompleto, como os cnidários, a boca atua tanto como orifício de entrada de alimentos como orifício de saída de excreções. A boca humana é constituída pelos dentes e pela língua, que misturam e transformam os alimentos em bolo alimentar, ao envolvê-los em saliva. Os dentes não são todos iguais. Conforme a sua função cada dente tem uma forma diferente. Podemos distinguir os incisivos, cuja missão é cortar os alimentos; os caninos, encarregados de rasgar os alimentos, e os pré-molares e molares, que servem a trituração dos mesmos. Os dentes encontram-se situados nos dois maxilares, constando a dentição permanente de 4 incisivos. 2 caninos. 4 pré-molares e 6 molares em cada maxilar. Vale observar que evolucionariamente esses números vem diminuindo. Ex: A falta cada vez mais freqüente do terceiro molar na dentição do homem moderno. A língua é o órgão que recebe os estímulos responsáveis pela sensação do sabor dos alimentos. É na língua que se situam a maioria das papilas gustativas. Ao redor da boca humana existem as glândulas salivares que produzem a saliva. A sua função é de transformar o amido em produtos mais simples. Depois de formado, o bolo alimentar passa para a Mucosa oral A mucosa da boca ou oral possui algumas funções: Protege devidamente contra forças abrasivas. Oferece uma barreira contra microorganismos, toxinas e antígenos através da saliva. As menores glândulas da mucosa oral oferecem lubrificação e seleção de alguns anticorpos. A mucosa é ricamente enervada fornecendo sensação de tato, dor, e paladar. A mucosa bucal pode ser mastigatória, de revestimento ou mucosa especializada. A mucosa da boca é dividida em três tipos de mucosa: a mucosa envolvida no processo de mastigação, a mucosa que reveste a boca e uma mucosa especializada. Deve-se destacar que os elementos ativos, em particular músculos e nervos, exibem a propriedades da excitabilidade, gerando potenciais de ação que podem ser propagados para outras estruturas. Elementos passivos Os elementos orais de caráter passivo, não requerem a liberação de energia para a realização imediata da sua função: contudo estas estruturas como qualquer orgânica, precisam de metabolismo energético para manter suas características biológicas. Entre os elementos passivos devem ser considerados: os dentes, os ossos maxilo-mandíbulares e faciais, os tendões e ligamentos, a articulação têmporo-mandibular, a mucosa ou epitélio de revestimento da cavidade bucal, como também os vasos sangüíneos que irrigam os elementos bucais. Deve-se agregar aos elementos mencionados, as estruturas correspondentes ao sistema imune. Não há diferença quanto à relevância, porque um grupo pode ser tão importante quanto o outro, porque eles trabalham de forma conjunta e estruturais. 0 0 0 1 1.7. Laringe e Faringe. Laringe A laringe é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas. É uma câmara oca onde a voz é produzida. Encontra-se na parte superior da traquéia, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, que aparece como uma saliência na parte anterior do pescoço, logo abaixo do queixo, é uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe é chamada glote. Acima dela existe uma espécie de "lingüeta" de cartilagem, denominada epiglote, que funciona como uma válvula. Quando engolimos, a laringe sobe, e sua entrada é fechada pela epiglote de modo a impedir que o alimento engolido penetre nas vias respiratórias. A laringe é unida por meio de ligamentos ao osso hióide, situado na base da língua. O revestimento interno da laringe apresenta pregas, denominadas cordas vocais. A laringe tem um par de cordas vocais, formadas por tecido conjuntivo elástico, coberto por pregas de membrana mucosa. A vibração que o ar procedente dos pulmões provoca neste par de cordas a formação de sons, amplificados pela natureza ressonante da laringe. Os sons produzidos na laringe são modificados pela ação da faringe, da boca, da língua e do nariz, o que nos permite articular palavras e diversos outros sons. Esquema da Laringe Faringe A faringe é um canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório e se comunica com a boca e com as fossas nasais. Se estende da base do crânio à borda inferior da cartilagem cricóide, continuando pelo esôfago. A faringe (ou garganta) é ladeada pelos grandes vasos sanguíneos do pescoço e pelos nervos glossofaríngeos, pneumogástrico ou vago, e hipoglosso. Divide-se em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe); faringe bucal (orofaringe); faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana). O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, que o conduz até a laringe. Constitui a passagem dos alimentos em direção ao esôfago. Esquema da Faringe (ou Garganta) 0 0 0 1 2. TÓRAX 2.1. Cavidades Pleurais. Cavidade Torácica Formada por 12 vértebras torácicas , 12 pares de costelas e suas cartilagens costais e o esterno . As costelas se dirigem para baixo e para frente , e formam um ângulo posterior que diminui conforme for mais baixa a costela , sendo a sétima costela a mais longa . A cabeça das costelas articulam-se posteriormente com as hemifacetas dos corpos vertebrais torácicos numericamente igual e daquela uma acima e disco intervertebral interposto , formando uma articulação sinovial plana . A primeira , a décima ,a décima primeira e a décima segunda costelas são atípicas , e articulam-se com apenas um corpo vertebral . Anteriormente as primeiras sete costelas articulam-se com o esterno através de cartilagens costais , sendo chamadas de costelas verdadeiras. A cartilagem costal da primeira costela esta unida diretamente ao esterno, formando uma sincondrose , enquanto que as outra seis costelas formam articulações sinoviais com o esterno . A oitava , nona e décima costelas articulam-se a cartilagem costal da costela superior , e são chamadas de costelas falsas . As duas últimas costelas são livres e cobertos por cartilagem costal , e são denominadas costelas flutuantes . O esterno apresenta três partes: o manúbrio , corpo do esterno e processo xifóide , a primeira cartilagem costal articula-se com o manúbrio , a segunda cartilagem costal articula-se no ângulo esternal que é facilmente palpável na pele , como se fosse uma crista , sendo ponto de referência para contagem das costelas . Entre as costelas existem os espaços intercostais , que são preenchidos pelos músculos intercostais , que estão dispostos em três camadas , a contração desses músculos realiza movimento nas costelas e previne aspiração do espaço intercostal. A cavidade torácica esta separada da cavidade abdominal pelo músculo diafragma .Quando o diafragma esta relaxado o seu ponto mais alto se eleva ao nível de quinta e sexta costela , sendo mais alto a direita do que na esquerda . A cavidade torácica esta dividida em três partes : cavidade pleural direita cavidade pleural esquerda e mediastino . Vias respiratórias Fazem parte das vias respiratórias , segundo a Nomina Anatômica do comitê internacional de nomenclatura anatômica , os seguintes órgãos : nariz , cavidade nasal , faringe , laringe , traquéia e brônquios com suas divisões . Nariz e cavidade nasal O nariz esta dividido em 2 partes pelo septo nasal , formado por osso(vômer e etmóide) e cartilagem , o assoalho é formado pelo palato duro e o teto pela lâmina crivosa do osso etmóide , as paredes laterais são formadas por 3 conchas. As cavidades nasais e os seios nasais são forrados de epitélio colunar ciliado. Posteriormente cada cavidade nasal abre-se para a faringe , a essa abertura se dá o nome de coana e mede aproximadamente 2,5 cm por 1,25. A pleura é uma fina capa membranosa formada por dois folhetos: Pleura parietal que recobre internamente a parede costal da cavidade, sendo subdividida em quatro partes: A pleura costal que cobre as faces internas da parede torácica. A pleura mediastinal que cobre as faces laterais do mediastino. A pleura diafragmática que cobre a face superior do diafragma. Os brônquios, por sua vez, se ramificam várias vezes até se transformarem em bronquíolos, um para cada alvéolo pulmonar. Os brônquios têm a parede revestida internamente por um epitélio ciliado e externamente encontra-se reforçada por anéis de cartilagem, irregulares que, nas ramificações se manifestam como pequenas placas ou ilhas. A parede dos brônquios e bronquíolos é formada por músculo liso. 0 0 0 1 2.5. Coração. No homem, a circulação é feita através de um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. O coração é um órgão musculoso oco, o miocárdio, com fibras estriadas, revestido externamente pelo pericárdio (serosa). O coração é do tamanho aproximado de um punho fechado e com peso em média de 400 g, tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura. O coração quase sempre continua a crescer em massa e tamanho até um período avançado da vida; este aumento pode ser patológico. Localização e funcionamento O coração se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Ocupa no tórax, a região conhecida como mediastino médio. O coração funciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para as artérias. Divisão do coração O coração é dividido por um septo vertical em duas metades. Cada metade é formada de duas câmaras; uma aurícula superior e um ventrículo inferior. Entre cada câmara há uma válvula, a tricúspide do lado direito, e a bicúspide do lado esquerdo. Estas válvulas abrem-se em direção dos ventrículos, durante a contração das aurículas. Na aurícula direita chegam as veias cava superior e inferior, e na aurícula esquerda, as quatro veias pulmonares. Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar e do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta. Estrutura e funções A atividade do coração consiste na alternância da contração (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos. A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole auricular. A contração ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A freqüência cardíaca normal é de 72 batimentos por minuto, em situação de repouso. Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo. A freqüência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o simpático acelera e o sistema parassimpático a retarda. 0 0 0 1 2.6. Vasos Sangüíneos. Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula. Há três tipos principais: as artérias, que levam sangue do coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam artérias e veias. Num circulo completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo; depois rumo aos pulmões. Coração (o centro funcional) O aparelho circulatório é formado por um sistema fechado de vasos sanguíneos, cujo centro funcional é o coração. O coração bombeia sangue para todo o corpo através de uma rede de vasos. O sangue transporta oxigênio e substâncias essenciais para todos os tecidos e remove produtos residuais desses tecidos. O coração é formado por quatro cavidades; as aurículas direita e esquerda e os ventrículos direito e esquerdo. O lado direito do coração bombeia sangue carente de oxigênio, procedente dos tecidos, para os pulmões, onde este é oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões, impulsionando-os, através das artérias, para todos os tecidos do organismo. Circulação pulmonar O sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orifício até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e dali, para a aorta, graças à contração ventricular. Sistema Circulatório Ramificações As artérias menores dividem-se em uma fina rede de vasos ainda menores, os chamados capilares. Deste modo, o sangue entra em contato estreito com os líquidos e os tecidos do organismo. Nos vasos capilares, o sangue desempenha três funções; libera o oxigênio para os tecidos, proporciona os nutrientes às células do organismo, e capta os produtos residuais dos tecidos. Depois, os capilares se unem para formar veias pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar veias maiores, até que por último, o sangue se reúne na veia cava superior e inferior e conflui para o coração, completando o circuito. Circulação portal A circulação portal é um sistema auxiliar do sistema nervoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita. 0 0 0 1 2.7. Mediastino Anterior, Médio e Posterior. Na cavidade torácica, as duas regiões pleuropulmonares são divididas pelo mediastino. O mediastino estende-se do esterno e cartilagens costais à coluna vertebral (faces anteriores das vértebras torácicas), e da raiz do pescoço ao diafragma. Abrange todas as vísceras torácicas, exceto pulmões e pleuras que estão alojadas em uma expansão da fáscia serosa do tórax. No cadáver, o mediastino, devido ao efeito de endurecimento dos líquidos de preservação é uma estrutura fixa e inflexível. No indivíduo vivo é muito móvel, os pulmões, o coração e grandes artérias estão em pulsação rítmica, e o esôfago distende-se na medida em que o bolo alimentar passa através dele. Relaciona-se com o arco da aorta e ainda dom o tronco braquiocefálico arterial, carótida comum esquerda estes 2 últimos vasos separam no do veia braquiocefálica esquerda. Relaciona-se também com nervos recorrentes laríngeos que enviam ramos para a traquéia e esôfago. Esôfago - O esôfago se estende da extremidade inferior da cartilagem cricóide (7 vértebra cervical) até o óstio cárdico do estômago ( 11 vértebra torácica). O esôfago ganha o mediastino superior entre a traquéia e a coluna vertebral, passando atrás do brônquio principal esquerdo. No mediastino superior relaciona-se anteriormente com a traquéia e nervo recorrente laríngeo esquerdo, posteriormente com os corpos vertebrais de T1 a T4, o ducto torácico, a veia ázigos em pequena porção e algumas intercostais direitas. O lado direito do esôfago está próximo à pleura mediastinal exceto onde é cruzado pela veia ázigos. O lado esquerdo do esôfago está próxima à pleura mediastinal esquerdo acima do arco da aorta ( mediastino superior) exceto quando interposto pelo ducto torácico. Ducto torácico - Atravessa o mediastino superior atrás do esôfago deslocado para a esquerda e segue em direção à junção da veia jugular interna esquerda e subclávia esquerda onde desemboca. Ainda atravessam esta região os nervos vago, laríngeo recorrente e frênico. MEDIASTINO ANTERIOR É a menor das divisões do mediastino. Ele contém poucas estruturas. é, sua maior parte é constituído de tecido areolar frouxo, aliás é a parte do mediastino mais rica nesse tipo de tecido. Ele também contém: gordura pré-pericárdia, vasos linfáticos, 2 ou 3 linfonodos, ligamentos esterno- pericárdicos, as artérias e veias torácicas internas juntamente com seus ramos e a lingula do pulmão esquerdo. Em casos de lactentes e crianças, pode ter a parte inferior do timo, que em casos incomuns pode ir até a altura das quartas cartilagens costais. Nesse período, a imagem radiográfica do timo tem uma largura igual ou maior que a do coração. As patologia do mediastino anterior são muitas, porém as mais importantes são as chamadas de 4 Ts. Elas estão diretamente ligadas ao mediastino anterior (pois os órgãos afetados não se encontram nesta divisão do mediastino) mas refletem alargamento tanto do mediastino superior como o anterior. OS 4 Ts são: Timoma - já explicado quando se tratou de mediastino superior. Bócio da Tireóide - causado pelo aumento do tecido tireoidiano. Não é de origem inflamatória nem neoplásica. O bócio pode causar sintomas de compressão dos órgãos do mediastino superior tais como dispnéia, disfagia ou rouquidão. Teratoma - é uma neoplasia composta de múltiplos tecidos estranhos à região na qual ele se encontra. Os predominantemente sólidos possuem uma estrutura complexa e podem conter elementos de dentes, ossos, cartilagem, músculo, timo etc... Terrível Linfoma - é um tumor dos linfonodos. Apenas 5% dos tumores dos pacientes que tem linfoma estão no mediastino. Nesses casos, geralmente o linfoma está no mediastino anterior mas pode estar no médio ou no posterior. MEDIASTINO MÉDIO O mediastino médio é caracterizado pelo saco fibroso do pericárdio e o coração, com os nervos frênicos e seus vasos associados (este nervo com origem no ;plexo cervical C3 - C4 -C5 desce em direção ao diafragma). Além do coração e pericárdio no mediastino médio encontramos a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar. Tronco Pulmonar - estende-se do cone arterial do ventrículo direito cavidade do arco da aorta ascendente. Após um trajeto de 5 cm ele se divide em artérias pulmonares direita e esquerda O trajeto do tronco pulmonar pode ser indicado por uma linha traçada a partir do centro do porção cranial da silhueta cardíaca até o extremo do ângulo esternal logo atrás da 2 cartilagem costal esquerda. O tronco forma a margem esquerda da imagem vascular visualizada nas radiografias anteriores abaixo do botão aórtico. Aorta Ascendente - estende-se da raiz da aorta para cima e ligeiramente para direita até a altura do ângulo esternal. É revestida pelo pericárdio fibroso e compartilha de uma reflexão serosa com o tronco pulmonar. Tem cerca de 3 cm de diâmetro e 5 cm de comprimento. Em sua origem a aorta ascendente está relacionada ventralmente com o tronco pulmonar e o cone arterial, enquanto que o átrio esquerdo e o seio transverso do pericárdio situam-se dorsalmentre. Seu segmento mais cranial é recoberto pelo pulmão direito e pela pleura direita, situando-se na frente da artéria pulmonar direita e do brônquio principal direito. Os ramos da aorta ascendente são as artérias coronárias direita e esquerda. São as únicas artérias do corpo humano que recebem sangue na fase de relaxamento do coração ( diástole ). 0 0 0 1 3. ABDOME 3.1. Cavidade Abdominal. Cavidade Abdominal. Como no pulmão, temos a pleura, no coração temos o pericárdio, que são membranas que protegem estas vísceras, no abdômen temos também uma membrana que vai revestir e proteger as vísceras abdominais e a parede abdominal, que é o peritôneo. O peritôneo vai revestir os músculos da parede ântero-lateral, que são os vastos do abdômen, vai revestir a parede superior, o diafragma, desce também e vai até a pelve. Ele também vai revestir superiormente todos os órgãos da parede pélvica. Ele é chamado ai de peritôneo parietal, pois está revestindo a parede desta cavidade toda abdômen e pelve. Este mesmo peritôneo vai internamente se refletir e revestir também os órgãos peritoniais do abdômen o tubo digestivo, intestino grosso delgado e também os rins, os vasos, a aorta, todas as estruturas que estão na cavidade abdominal. O peritôneo apresenta um delimite, pois temos a cavidade abdominal e a cavidade peritoneal. Na realidade a cavidade abdominal como um todo está revestida pelo peritôneo, então vamos chamar esse espaço interno de cavidade peritoneal. Na realidade, não existe porque a cavidade peritoneal é virtual. O peritôneo parietal está em íntimo contato com o peritôneo visceral, que reveste as vísceras. Por isso todas as vísceras ai localizadas são revestidas pelo peritôneo. Na cavidade peritoneal possui uma pequena película líquida que faz com que o atrito que faz com que o atrito entre essas estruturas intra-abdominais seja mínimo. O atrito de dentro. O peritôneo tem algumas funções, não só de revestir, mas também diminuir o atrito dos órgãos intra-abdominais, como também defesa, pois o peritôneo também produz anticorpos que auxiliam na defesa orgânica. Em algumas regiões o peritôneo tem como função o acúmulo de gordura, como no omento maior. O mento nada mais é do que uma dupla prega de peritôneo. O peritôneo que passa anteriormente vai descer e vai passar voltando e revestindo o próprio perit6oneo anterior, entre essas duas camadas peritoneais, acumula-se gordura, que é a chamada gordura amarela. Então , o peritôneo tem também a função de armazenar gordura. O peritôneo tem também a função de se deslocar em determinadas vezes e ir de encontro a uma infecção. Por exemplo quando se tem um apêndice inflamado, o omento maior que está cobrindo todo o intestino delgado e também o grosso, esse omento maior vai acompanhar a infecção, no caso apendicite, sofre um deslocamento e vai envelopar, protegendo o restante da cavidade abdominal do apêndice inflamado. Impede que o apêndice elimine pus para dentro da cavidade abdominal. Para visualizarmos o abdômen temos de rebater o omento maior, levantá-lo. A origem e inserção do omento maior é a curvatura maior do estômago e cólon transverso. Ele é preso inferiormente tanto na parte anterior do cólon transverso e na curvatura maior do estômago. O intestino delgado é representado pelas alças intestinais e possui uma posição central dentro do abdômen. Ele está localizado numa região mediana, enquanto que o intestino grosso forma um arco ao intestino delgado. A princípio o intestino grosso se localiza perifericamente ao intestino delgado, que está centralmente localizado no abdômen. O peritôneo que vai revestir os órgãos acaba dividindo os órgão em três tipos em relação à localização do peritôneo, pois este vai revestir as vísceras de maneira diferente. Alguns órgãos abdominais são revestidos apenas em uma das suas superfícies, por exemplo, a bexiga, que fica abaixo da cavidade revestida pelo peritôneo, ela só é coberta pelo peritôneo na sua superfície no peritôneo, ela fica jogada então, para baixo desta cavidade como um todo que é a cavidade peritoneal. O pâncreas também só tem um revestimento anterior feito pelo peritôneo. Esses órgãos são chamados de órgãos retro-peritoneais: pâncreas, duodeno, o reto, a bexiga. A bexiga não seria retro, porque na verdade ela está abaixo, mas como um todo nós chamamos estes órgãos que são jogados contra a parede de retro-peritoneais. A veia cava inferior também está incluída nesta lista de órgãos. Outro tipo de revestimento feito pelo peritôneo é aquele em que o peritôneo reveste quase que completamente o órgão envolvido. É o caso de uma alça intestinal, uma alça ileal por exemplo, onde o peritôneo veio revestindo através de uma artéria chamada de mesentérica, ele começa a envolver a alça, envolve-a quase que completamente e volta na forma de ligamento. Se observássemos essa alça diríamos que esta era uma alça intra-peritoneal, pois está envolvida completamente pelo peritôneo, diferentemente destas outras partes dos órgãos abdominais citadas acima. Na verdade, existe uma pequena parte da alça que não é revestida pelo peritôneo, justamente onde o peritôneo faz a inserção na alça, esses órgãos não são considerados intra-peritoneais, são órgãos peritonizados. O esst6omago também é peritonizado. Ele tem um revestimento na parede anterior e um revestimento na parede posterior, não é completamente revestido pelo peritôneo, vai existir um par de linhas sem peritôneo O fígado é um órgão peritonizado. Intra-peritoneal nós consideramos o ovário, na mulher, que é IP principalmente peo seu desenvolvimento embriológico. O omento que se forma entre o fígado e o estômago, e também entre o fígado e o duodeno um pouco adiante é chamado omento menor. A cavidade peritoneal é dividida em duas porções. Uma cavidade peritoneal maior e uma cavidade peritoneal menor, através da divisão feita pelo omento menor. Atrás do omento menor e também do estômago encontramos um recesso que é a chamada bolsa omental, ou cavidade peritoneal menor. Ela é separada do restante da cavidade peritoneal, que é a cavidade peritoneal maior, pelo forame Segmento superior O segmento superior é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este, compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade. Segmento inferior O segmento inferior é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia. As túnicas do estômago O estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização. Suco gástrico O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco e várias enzimas, como a pepsina, a renina e a lipase. A pepsina, na presença de ácido clorídrico, quebra as moléculas de proteínas em moléculas menores. A renina coagula o leite, e a lipase age sobre alguns tipos de gordura. A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12. Doenças do estômago As doenças e problemas gástricos do estômago são numerosos: úlcera, câncer, a dispepsia (indigestão gástrica), tumores malignos e benignos (raros), gastrite, afecções decorrentes das cicatrizes das úlceras curadas, etc. O Intestinos Os intestinos formam o órgão de maior comprimento do corpo humano. Pertencentes ao sistema digestivo, anatomicamente eles são decomponíveis em duas zonas que, embora contíguas, apresentam funções distintas: o intestino delgado e o intestino grosso. O intestino delgado situa-se entre o estômago e o intestino grosso, desempenhando funções digestivas, de absorção de nutrientes e de condução de material não digerido para o intestino grosso. A sua porção inicial é denominada de duodeno, sendo este o local que recebe o quimo, proveniente do estômago e onde o canal colédoco liberta o seu conteúdo - suco pancreático e bílis -, importante na simplificação molecular dos alimentos. Ao duodeno segue-se o jejuno-íleo, onde continuam os processos de absorção e de digestão química e mecânica dos alimentos. A parede interna do intestino delgado apresenta um aspecto ondulado, com várias pregas, denominadas de válvulas coniventes. Cada uma destas válvulas apresenta-se recoberta por inúmeras projecções em forma de dedos de luva, as vilosidades intestinais, as quais permitem aumentar enormemente a superfície total do intestino delgado (cerca de 300 m2), facilitando e acelerando a absorção dos nutrientes. No interior de cada vilosidade, existe um vaso linfático - o vaso quilífero - e vasos capilares sanguíneos, para o interior dos quais são absorvidos os nutrientes. Por acção do suco intestinal, o quimo é transformado em quilo, completando-se a digestão química por acção das enzimas nele contidas. O intestino grosso situa-se entre o intestino delgado e o ânus, tendo um diâmetro médio superior à porção anterior do intestino. As suas funções estão relacionadas com a absorção de água e sais minerais, bem como com a preparação e armazenamento das fezes antes da defecação. O intestino grosso inicia-se pelo cego - zona de ligação à porção delgada -, onde se situa o apêndice, seguindo- se o cólon (porção ascendente, transversa e descendente), que termina no recto, abrindo este no exterior através do ânus. A flora intestinal, formada por bactérias que vivem, normalmente, em simbiose com o organismo, é de grande importância para o Homem, já que sintetiza algumas vitaminas essenciais, como a K e algumas do complexo B. 0 0 0 1 3.3. Fígado. Características O fígado é o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as víceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto e na mulher adulta, entre 1,2 e 1,4 kg, tem a cor vermelha-amarronzada, é friável e frágil, tem a superfície lisa, recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal. Fígado e Vesícula Biliar Funções do Fígado Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase; Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo; Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile. Tecido Hepático É possível perder cerca de 75% deste tecido (por doença ou intervenção cirúrgica), sem que ele pare de funcionar. O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bílis segregada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bílis, que descarrega seu conteúdo no duodeno. As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias, como as enzimas. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. Esquema do Fígado As doenças do fígado consistem em: Afecções inflamatórias agudas: difusas (hepatite) ou circunscritas (abscesso); Afecções caracterizadas principalmente por esclerose (cirroses); Afecções tumoriais (câncer do fígado, primitivo ou secundário); Comprometimentos hepáticos no decorrer de afecções cardiovasculares (fígado cardíaco); Localizações hepáticas de diversas doenças gerais (cisto hidático). 0 0 0 1 3.4. Pâncreas. Características gordura. Cada rim tem cerca de 11,25 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm de largura e um pouco mais de 2,5 cm de espessura. A massa do rim no homem adulto varia entre 125 e 170 g; na mulher adulta, entre 115 e 155 g. Tem cor vermelho-escuro e a forma de um grão de feijão enorme. São órgãos excretores. Possui uma cápsula fibrosa, que protege o córtex (cor amarelada) mais externo, e a medula (avermelhada) mais interna. O ureter é um tubo que conduz a urina até a bexiga. Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal. Néfrons O néfrom é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo tubo contornado distal, este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções. Em cada rim, a borda interna côncava constitui o hilo renal. Pelo hilo renal passam a artéria renal, a veia renal e o início do ureter, canal de escoamento da urina. Na porção renal mais interna localizam-se tubos coletores de urina. O tipo de néfrom e a localização dos rins variam. Função A função dos rins é filtrar o sangue, removendo os resíduos nitrogenados produzidos pelas células, sais e outras substâncias em excesso. Além dessa função excretora, os rins também são responsáveis pela osmorregulação em nosso organismo. Controlando a eliminação de água e sais da urina, esses órgãos mantêm a tonicidade do sangue adequada às necessidades de nossas células. Funcionamento O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfrom, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi. Os capilares do glomérulo deixam extravasar diversas substâncias presentes no sangue (água, uréia, glicose, aminoácidos, sais e diversas moléculas de tamanho pequeno), através de suas finas paredes. Essas substâncias extravasadas passam entre as células da parede da cápsula de Bowman e atingem o túbulo contorcido proximal, onde constituem o filtrado glomerular (urina inicial). O filtrado glomerular é semelhente, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares. Urina Diariamente passam pelos rins, quase 2 mil litros de filtrado glomerular. A urina inicial caminha sucessivamente pelo túbulo contorcido proximal, pela alça de Henle e pelo túbulo contornado distal, de onde é lançada em duto coletor. Durante o percurso, as paredes dos túbulos renais reabsorvem glicose, vitaminas, hormônios, parte dos sais e a maior parte da água que compunham a urina inicial. As substâncias reabsorvidas passam para o sangue dos capilares que envolvem o néfrom. Esses capilares originam-se da ramificação da arteríola eferente, pela qual o sangue deixa a cápsula de Bowman. A uréia, por não ser reabsorvida pelas paredes do néfrom, é a principal constituinte da urina. 0 0 0 1 3.7. Adrenal e Retroperitônio. Nos mamíferos, a glândula supra-renal ou adrenal é uma glândula endócrina com formato triangular, envolvida por uma cápsula fibrosa e localizada acima do rim. A sua principal função é estimular a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras, e consiste na síntese e libertação de hormonas corticosteróides e de catecolaminas, como o cortisol e a adrenalina. Anatomia e histologia As glândulas supra-renais, que têm um comprimento de cerca de 5 centímetros, estão localizadas na cavidade abdominal, Antero superiormente aos rins. Encontram-se ao nível da 12ª vértebra torácica, e são irrigadas pelas artérias supra-renais. Cada glândula é composta por duas regiões histologicamente distintas, que recebem aferências moduladoras do sistema nervoso. Córtex - Parte externa da glândula, com cor amarelada devido a grande quantidade de colesterol aí encontrada. Tem origem embrionária na mesoderme. Subdivide-se em três regiões, devido à diferença de aspecto histológico: Zona glomerulosa, mais exterior. Apresenta cordões celulares dispostos em arcos. Zona fasciculada, de localização intermédia. As células dispõem-se em cordões paralelos entre si, e perpendiculares à cápsula da glândula. Zona reticulada, mais interna. Apresenta cordões de células arranjadas em forma de rede, e é ricamente vascularizada. Medula - Parte interna, de cor vermelho escuro ou cinza. Deriva da crista neural. As suas células secretoras são poliédricas e dispostas em rede. Funções das glândulas supra-renais A glândula supra-renal é essencial à vida humana, um fato constatado por Thomas Addison em 1855, tendo descrito um síndrome que atualmente tem o seu nome: Síndrome de Addison. Córtex adrenal As várias zonas do córtex diferem nas substâncias que sintetizam. Assim: Zona glomerulosa: sintetiza mineralocorticóides (aldosterona). Zona fasciculada e zona reticulada: secretam glicocorticóides, sendo o mais importante o cortisol. Secretam igualmente esteróides sexuais, dos quais o principal é a testosterona. Medula A crista neural está intimamente relacionada com o desenvolvimento do sistema nervoso, assim como da medula supra-renal. Esta origem semelhante explica a função da medula, que consiste na síntese e libertação de neuromediadores, sobretudo a adrenalina e noradrenalina. O retroperitônio (adj. retroperitonial) é um espaço anatômico atrás (retro) da cavidade abdominal. Ele não possui estruturas anatômicas específicas delimitando-o. 0 0 0 1 3.8. Vísceras Pélvicas. A anatomia pélvica pode ser compreendida pelo conjunto de ossos, músculos, ligamentos que formam o assoalho pélvico e seus órgãos, a bexiga, vagina e útero e o reto, determinam a função normal do assoalho pélvico. Ao redor da uretra e do reto, existem bandas circulares de músculos especializados, os chamados esfíncteres. Estes funcionam como válvulas, que permanecem fechadas na maioria do tempo. Ao urinar ou defecar, a musculatura momentaneamente relaxa, e os esfíncteres abrem. Logo após, eles novamente se contraem, fechando novamente os canais. A musculatura do assoalho pélvico (MAP) auxilia na função dos esfínteres, de manter estes canais fechados evitando a perda indesejável de urina, fezes flatos. Além de serem responsáveis pela função sexual e por regular a excreção de fezes e urina, a MAP é responsável por auxiliar os ligamentos pélvicos na sustenção das vísceras pélvicas. Como fortes elásticos, os ligamentos unem os órgãos aos ossos da pelve, sustentando-os como cordas em suas posições normais, especialmente quando a mulher está em pé (já que o fundo da pelve óssea é aberto - não é fechado por osso). Mas os ligamentos não podem resistir a muito tempo de sobrecarga. Assim, cada vez que algo força os órgãos para baixo (ao tossir, rir ou fazer algum outro esforço físico), a MAP precisa contrair-se vigorosamente para empurrar os órgãos para cima e ajudar os ligamentos a sustentar as vísceras, evitando assim que estes "elásticos" sejam sobrecarregados e lesionados.
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