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Projeto Pedagogico - Apostilas - Engenharia da Computação Part1, Notas de estudo de Informática

Apostilas de Engenharia da Computação sobre o estudo do Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação, Caracterização Institucional, Específicas da habilitação de Engenharia de Software e Tecnologia da Informação, Desenvolvimento dos Conteúdos Programáticos.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 31/05/2013

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Baixe Projeto Pedagogico - Apostilas - Engenharia da Computação Part1 e outras Notas de estudo em PDF para Informática, somente na Docsity! UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 1 de 89 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Coordenador: M.Sc. Henrique Mariano Costa do Amaral São Luís – MA 2008 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 2 de 89 PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico apresentado a Pró- Reitoria de Graduação da Universidade Estadual do Maranhão para criação do Curso de Engenharia de Computação. Comissão Organizadora Henrique Mariano Costa do Amaral (M.Sc. em Ciência da Computação) Denivaldo Cicero Pavão Lopes (Dr. em Informática) Cícero Costa Quarto (M.Sc. em Ciência da Computação) Zair Abdelouahab (Ph.D. em Ciência da Computação) Sofiane Labidi (Dr. em Informática) Manira Abud Santos (Dr. em Pedagogia) Sebastian Yuri Catunda (Dr. em Engenharia de Eletricidade) João Viana da Fonseca Neto (Dr. em Engenharia de Eletricidade) Manuel Leonel da Costa Neto (Dr. em Engenharia de Eletricidade) São Luís - MA 2008 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 5 de 89 • currículo do curso de: − Ciências da Computação das seguintes instituições: Universidade Federal de São Carlos; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Universidade Federal de Pernambuco; Universidade Federal de Santa Catarina; Universidade Federal do Paraná; Universidade de Boston; Universidade de Berkeley; Universidade de Harvard; Universidade de Caltech; Universidade de Winconsin; Universidade de Illinois. − Engenharia de Computação das seguintes instituições: Universidade Federal de Santa Catarina; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); Universidade Federal do Pará; Universidade Federal do Espírito Santo; PUC-Campinas; PUC-Rio de Janeiro; USP-São Carlos; Universidade Estadual de Feira de Santana; Universidade Federal de Goiás; Universidade Estadual de Campinas; Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Universidade Federal de Pernambuco. Outros documentos que ajudaram a nortear a concepção deste projeto estão listados na seção de referências bibliográficas. Por outro lado, também se estabeleceu que o projeto pedagógico devesse atender os preceitos de avaliação de curso estabelecidos pela Portaria INEP nº179 de 24/08/2005, bem como pelo documento “Avaliação de Cursos de Graduação”, instrumento publicado em maio de 2006 pelo INEP/MEC. Esses documentos foram estudados e as suas características primordiais foram incorporadas a este projeto pedagógico. Uma das características deste projeto pedagógico é que se procurou adotar o que há de mais moderno para educação em Engenharia de Computação, tomando o que há de melhor nas instituições pesquisadas e consultadas ao mesmo tempo em que se leva também em consideração as nuances do ambiente institucional da UEMA, de modo a se formar um profissional altamente qualificado para atuar, individualmente ou em equipe, em soluções computacionais para problemas que impliquem o envolvimento do profissional com as características físicas do ambiente ou do objeto de trabalho. O Engenheiro de Computação formado pela UEMA será um profissional preparado para aplicar a matemática, a ciência e as tecnologias modernas em soluções computacionais importantes para o bem estar e a segurança da sociedade. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 6 de 89 Para isso, foi importante o que está definido no documento intitulado “Grandes Desafios da Pesquisa em Computação no Brasil” fruto do Seminário realizado em 8 e 9 de maio de 2006 e promovido pela SBC, que permitiu o delineamento das habilitações aqui estabelecidas, face o que se espera da Universidade diante do Plano de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PDCT) do Estado do Maranhão. Este projeto pedagógico atende a demanda existente por profissionais em Engenharia de Computação no Estado do Maranhão e na região Nordeste. Este documento favorece uma cooperação multidisciplinar entre os diversos cursos do CCT/UEMA, fortalecendo a formação de um engenheiro de computação e dando a seus egressos condições de generalidade e especificidades desejadas pelo mercado. Assim, neste projeto pedagógico, propomos um curso de Engenharia de Computação com três habilitações: • Engenharia de Software e Tecnologia da Informação; • Automação e Controle; • Telemática e Telecomunicações. A opção por um curso com três diferentes habilitações possibilita a oferta de certificações capazes de dar uma formação diferenciada e contínua a profissionais já egressos do próprio curso ou de outros cursos tais como de Ciências da Computação, Tecnológicos nas áreas de Informática, Engenharia, etc. Além disto, estas três habilitações podem ser combinadas para proporcionar uma formação profissional múltipla através de oferta de cursos de educação continuada. Independentemente da opção que o aluno fizer, o elenco de componentes curriculares obrigatórios é suficiente para promover a formação básica e essencial do engenheiro, principalmente nos aspectos referentes aos conhecimentos físicos e às tecnologias computacionais necessárias à sua atuação profissional. Portanto, considerando-se essas três habilitações, este projeto pedagógico foi desenvolvido para que o Curso de Engenharia de Computação possibilite uma formação fortemente fundamentada e mais completa possível que dê aos egressos a aptidão de resolver as classes de problemas de sua área, a possibilidade de desempenhar bem as funções que poderão vir a exercer e a capacidade de adaptação à evolução tecnológica. Por fim, apresenta-se a infra-estrutura material, humana, computacional, laboratorial, espacial, didático-pedagógica e procedural necessária, que possibilite a implantação do curso e suas habilitações. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 7 de 89 Lista de Figuras Figura 1. Estrutura em Camadas do Projeto Pedagógico de Engenharia de Computação ........................................................................................................................................ 15 Figura 2. Planta baixa e fachada do prédio de Engenharia de Computação................... 41 Figura 3. Estrutura dos componentes curriculares do curso de Engenharia de Computação.................................................................................................................... 42 Figura 4. Pré-requisitos e co-requisitos dos componentes curriculares: núcleo comum 61 Figura 5. Pré-requisitos e co-requisitos dos componentes curriculares: núcleo específico da habilitação Engenharia de Software e Tecnologia da Informação ............................ 62 Figura 6. Pré-requisitos e co-requisitos dos componentes curriculares: núcleo livre da habilitação Engenharia de Software e Tecnologia da Informação ................................. 63 Figura 7. Pré-requisitos e co-requisitos dos componentes curriculares: núcleo específico da habilitação Telemática e Telecomunicações.............................................................. 64 Figura 8. Pré-requisitos e co-requisitos dos componentes curriculares: núcleo livre da habilitação Telemática e Telecomunicações .................................................................. 65 Figura 9. Pré-requisitos e co-requisitos dos componentes curriculares: núcleo específico da habilitação Automação e Controle............................................................................. 66 Figura 10. Pré-requisitos e co-requisitos dos componentes curriculares: núcleo livre da habilitação Automação e Controle ................................................................................. 67 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 10 de 89 4.6.2. Componentes Curriculares do Núcleo Específico e Núcleo Livre ......... 45 4.6.2.1. Habilitação em Engenharia de Software e Tecnologia da Informação45 4.6.2.2. Habilitação em Telemática e Telecomunicações................................ 47 4.6.2.3. Habilitação em Automação e Controle............................................... 49 4.6.3. Atividades Complementares................................................................... 51 4.7. Estrutura Curricular ........................................................................................ 51 4.7.1. Núcleo Comum a Todas as Habilitações................................................ 51 4.7.2. Núcleo Específico................................................................................... 53 4.7.2.1. Habilitação Engenharia de Software e Tecnologia da Informação .... 53 4.7.2.2. Habilitação: Telemática e Telecomunicações .................................... 56 4.7.2.3. Habilitação: Automação e Controle ................................................... 58 4.8. Pré-requisitos e Co-requisitos......................................................................... 60 4.9. Da Inscrição em Disciplinas ........................................................................... 68 4.10. Responsável pela Implantação ................................................................... 68 4.11. Características de Funcionamento do Curso .............................................. 68 4.12. Progressão e Itinerários Curriculares.......................................................... 69 5. Bases e Modelos de Avaliação ............................................................................... 69 5.1. Geral ............................................................................................................... 69 5.2. Critérios de Avaliação .................................................................................... 70 5.2.1. Certificação de Aquisição de Competência e Habilidades..................... 72 5.2.2. Assiduidade ............................................................................................ 73 5.2.3. Recuperação ........................................................................................... 73 6. Docentes e outros Recursos Humanos ................................................................... 74 6.1. Qualificação dos Docentes Existentes............................................................ 75 6.2. Docentes a Contratar ...................................................................................... 76 6.3. Outros Recursos Humanos ............................................................................. 78 7. Outros Recursos...................................................................................................... 79 7.1. Geral ............................................................................................................... 79 7.2. Laboratórios.................................................................................................... 79 8. Metodologia............................................................................................................ 80 9. Acesso..................................................................................................................... 82 10. Bibliografia......................................................................................................... 82 Anexos ............................................................................................................................ 86 Anexo I – Docentes da UEMA que irão ministrar disciplinas no curso de Engenharia de Computação da UEMA .................................................................................................. 87 Anexo II – Ementário do curso de Engenharia de Computação da UEMA................... 89 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 11 de 89 1. Introdução Para a elaboração deste projeto pedagógico, teve-se que fazer um levantamento de necessidades e demandas de profissionais nas áreas de Computação, incluindo todas as denominações conhecidas, nos diversos setores da economia regional, com influência substancial da economia nacional. Nesse levantamento, ficou evidenciada, com maior freqüência, a necessidade de um profissional que conseguisse gerir e produzir projetos de automação em geral, resolver problemas pertinentes às áreas de telemática e telecomunicações que envolvam tecnologias de automação, ferramentas de projeto, software e integração de todas elas, ter conhecimentos de computação e novas tecnologias que permitam aperfeiçoar os recursos corporativos e principalmente, tenham conhecimento de procedimentos de produção em todos os níveis para projetarem sistemas de automação. Essa base de conhecimento empírico nos levou a formar grupos de discussão dentro do CCT/UEMA de forma a identificar que substrato de inteligência nos permitiria um projeto de um curso que viesse a atender a essa demanda. Por outro lado, a administração superior da UEMA já nos havia determinado o estudo de abertura de um curso na área de Computação movida pelos apelos, a ela feitos, pela área industrial e de serviços do Estado do Maranhão. Assim, a reivindicação da sociedade foi completamente averiguada no levantamento de suas necessidades. Dessa forma, procurou-se estabelecer um conjunto de estudos e relações com outras instituições e profissionais que pudessem nos dar o suporte necessário à feição de um projeto pedagógico capaz de: • responder a uma solicitação formal (Resoluções 261/2001 e 276/2001 CEPE/UEMA; Resolução 298/2006 do CEE-MA e Instrução Normativa 01/2001-PROGAE/UEMA) com a autonomia que nos é assegurado pela LDB em seu art.53; • atender as diretrizes estabelecidas pelo Plano de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PDCT) do Estado do Maranhão; • atender às diretrizes curriculares emanadas pelo CNE, as recomendações da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Associação Brasileira de Ensino de Engenharia (ABENGE), e de outros foros nacionais e internacionais preocupados com o ensino da Computação como a Association of Computing Machinery (ACM), Institute of Electrical & Electronics Engineers-Computer Society (IEEE-CS), dentre outros; • atender à demanda com a formação de profissionais com conhecimentos, habilidades e competências capazes de suprir o mercado; • construir e organizar um currículo capaz de ser flexível na forma, mas extremamente baseado no conhecimento, levando em consideração as novas tecnologias pedagógicas de ensino baseadas em competências e habilidades, sem perder de vista a organização modular do curso que permita a oferta futura de certificações por meio do ensino continuado e de cursos seqüenciais; • otimizar os recursos disponíveis na UEMA, de modo a minimizar os custos da implantação do curso e suas habilitações. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 12 de 89 O próximo passo foi o de projetar uma estrutura acadêmico-pedagógica capaz de acompanhar o progresso dos alunos, de avaliar continuamente o processo de ensino-aprendizagem, o processo de avaliação adotada, permitir uma formação continuada dos docentes e possibilitar o gerenciamento adequado dos resultados de forma a possibilitar a correção dos fatores que possam gerar desempenho abaixo do desejado nos docentes e discentes. Essa estrutura deve estar tecnologicamente atualizada, não só nos aspectos das tecnologias fim do curso, como também naquelas tecnologias meios, como instrumentos de avaliação docente, avaliação discente, técnicas pedagógicas modernas, dentre outras. O mais interessante de tudo é que se encontra terreno fértil para a aceitação da implantação desses novos conceitos, não só na administração superior como na administração intermediária e nos docentes. Para a apresentação deste projeto pedagógico, vamos seguir os itens solicitados na Resolução Nº 298/2006-CEE, art. 23º, na parte “II - Do curso proposto”, sem deixar de atender os tópicos exigidos pela IN 01/2001-PROGRAE/UEMA. 2. Caracterização Institucional 2.1. Histórico A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) teve sua origem na Federação das Escolas Superiores do Maranhão (FESM), que fora criada pela Lei Estadual nº 3.260 de 22 de agosto de 1972, para coordenar e integrar os estabelecimentos isolados do Sistema Educacional Superior do Maranhão. Constituída inicialmente de quatro unidades de ensino superior: Escola de Administração, Escola de Agronomia, Escola de Engenharia e Faculdade de Educação de Caxias. Posteriormente, a Escola de Medicina Veterinária (1975) e a Faculdade de Educação de Imperatriz (1979) foram incorporadas. Esta Federação foi transformada em Universidade Estadual do Maranhão pela Lei nº 4.400 de 30 de dezembro de 1981. A UEMA é uma autarquia de natureza especial, vinculada à Secretária de Ciências e Tecnologia. Goza de autonomia didática, científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, de acordo com o que preceitua o art.272 da Constituição Estadual. A UEMA teve seu funcionamento autorizado pelo Decreto Federal nº 94.143 de 25 de março de 1987. 2.2. Finalidade De acordo com a Lei de sua criação, a UEMA tem as seguintes finalidades: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 15 de 89 Figura 1. Estrutura em Camadas do Projeto Pedagógico de Engenharia de Computação 3.1. Denominação do Curso Primeiramente, é preciso esclarecer que a dualidade de denominações hoje existente na área de computação com relação a seus cursos – Ciências da Computação e Engenharia de Computação – não é apenas semântica. O documento desenvolvido pela força-tarefa para o “Computing Curricula 2004” entre ACM-IEEE-CS conceitua a Engenharia de Computação como RECURSOS DENOMINAÇÃO COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DOCENTES EXTENSÃO, PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO BASES AVALIATIVAS PROJETO CURRICULAR MODULARIZAÇÃO BASES TECNOLÓGICAS PERFÍS DOS EGRESSOS G E S T Ã O A D M I N I S T R A T I V A UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 16 de 89 um ramo ou uma especialização da Ciência da Computação, embora em alguns momentos pareçam que coincidem. O documento “Perfis de Profissionais e Denominação de Cursos” publicado no site da Coordenação da Comissão de Especialistas do Ensino em Informática (MEC-SESu) afirma também: “Não há consenso quanto à diferença de perfil entre os cursos denominados de Ciência da Computação e Engenharia de Computação. Normalmente, a diferença está na aplicação da ciência da computação e no uso da tecnologia da computação: os cursos de Engenharia de Computação visam a aplicação e o uso de tecnologia da computação, especificamente, na solução dos problemas ligados a automação industrial e a redes e telecomunicações. Muitos cursos de Engenharia de Computação visam, também a aplicação da física e eletricidade na solução de problemas de automação industrial. Esses cursos incluem, portanto, nos seus currículos, uma nova base científica, a física e a eletricidade, que se introduzida de forma abrangente e profunda estendem demasiadamente os currículos dos cursos, além de invadir a área de competência da engenharia elétrica. Os cursos de Ciência da Computação se possuírem uma formação complementar em automação industrial não diferem muito dos cursos de Engenharia de Computação”. O artigo “Software Engineering Programmers are not Computer Science Programmers” de David Lorge Parnas (In Annals of Software Engineering 6(1;4):19- 37, 1998. Kluwer Academic Publisher) nos diz que “... a ciência da computação pode ser vista para o engenheiro de computação assim como a física é vista para o engenheiro eletricista”. Assim, o Engenheiro de Computação deve ser um profissional preparado para aplicar a matemática, a ciência da computação e as tecnologias modernas em soluções computacionais, eficientes, seguras e confiáveis, que assegurem o bem estar da sociedade e em particular das corporações. No Maranhão, existe um curso de Ciências da Computação na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e diversos cursos de tecnólogos na área oferecidos pelo UniCEUMA e CEFET, que suprem, em parte, a necessidade do mercado do tecnólogo. Porém, no Estado do Maranhão, existe uma demanda por profissionais qualificados com formação em Engenharia de Computação que é o objeto deste projeto pedagógico proposto pela UEMA. Como na UEMA existe um curso de Engenharia Mecânica, que também tem interesse na área de Automação – na automação industrial que se refere aos tipos de processo contínuos (ex. produção em fluxo contínuo) quanto a processos discretos (ex. processos de manufatura em geral) – e na Instrumentação, áreas que um curso de Engenharia de Computação poderá colaborar na formação de docentes e discentes como também no sentido da sinergia necessária para otimizar recursos. Nesse mesmo sentido, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 17 de 89 a UEMA conta com cursos de Engenharia Civil, Administração e Arquitetura, cursos que hoje demandam um substrato de conhecimentos em computação capaz de produzirem construções mais inteligentes, seguras e econômicas. Por tudo isso, além das características de demanda local e de preparação de profissionais para o processo de industrialização do Estado do Maranhão – processo em expansão – é que se optou por um curso de Engenharia de Computação. Segundo o documento “Indicadores e Padrões de Qualidade para Cursos de Graduação da área de COMPUTAÇÃO”, os Cursos de Ciência da Computação e de Engenharia de Computação possuem as seguintes características: • cursos cujos currículos possuem uma base teórica profunda em computação; • cursos nos quais os alunos têm uma intensa atividade de estudos e exercícios extra-classe; • cursos de formação tecnológica que visam o desenvolvimento tecnológico e, portanto, pretendem ou devem estar cercados por um ambiente industrial/empresarial de computação; • cursos em que a formação complementar visa conhecer um domínio de aplicação, fora da área de computação, com vistas ao desenvolvimento de tecnologias (ferramentas) para a solução dos problemas do domínio; • cursos voltados não apenas para o mercado de trabalho imediato, mas, principalmente, para alavancar/transformar o mercado de trabalho, através da produção/geração de novas tecnologias; • cursos em que os alunos são instados a participar dos projetos de pesquisas dos professores na qualidade de alunos de iniciação científica; • cursos em que seus professores estão engajados efetivamente na pesquisa científico-tecnológica sendo, portanto, recomendável à inserção desses cursos em um ambiente de pós-graduação e/ou de pesquisa na área; • cursos recomendados para incluírem nos seus currículos um Trabalho de Diplomação (Trabalho de Conclusão de Curso); • cursos recomendados para serem oferecidos no turno diurno; • cursos de mercado de trabalho restrito; • cursos em que os melhores alunos devem ser estimulados a prosseguir estudos em nível de mestrado e doutorado. Tudo isso vem ao encontro desta proposta Pedagógica para o curso de Engenharia de Computação da UEMA. 3.2. Áreas de Concentração Quanto às áreas de concentração ou habilitações, já se tinha um perfil preliminar, quando se optou por dar suporte à Engenharia Mecânica: automação e controle industrial – área que requer conhecimentos tecnológicos em Física e controle de sistemas, arquitetura de computadores, sistemas de tempo real, redes de UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 20 de 89 3.3.2. De um Engenheiro da Computação As competências e habilidades (aptidões) específicas da profissão de Engenheiro da Computação estão intimamente ligadas às habilitações estabelecidas. Dessa forma, pode-se acrescentar àquelas supra citadas, as seguintes: • utilizar a matemática, a ciência da computação, conhecimentos de física e tecnologias modernas no apoio à construção de produtos ou serviços seguros, confiáveis e de relevância à sociedade; • projetar, construir, testar e manter software no apoio à construção ou incorporado a produtos ou serviços, principalmente nos produtos e serviços que requeiram a interação com o ambiente e ou dispositivos físicos, além do próprio sistema computacional utilizado para o processamento de dados; • tirar proveito das tecnologias já estabelecidas e desenvolver novas técnicas, no sentido de gerar produtos e serviços como mencionados nos itens anteriores; • entender e interagir com o ambiente em que os produtos e serviços, por ele projetado ou construído, irão operar; • conhecer a ciência da computação e os métodos necessários para aplicá-la; • conhecer suficientemente outras áreas (física, eletricidade, administração, etc.), além da computação, que lhe permita assumir a responsabilidade completa de produtos e serviços até um determinado nível de especificidade; • interagir e se comunicar com profissionais da área de computação e profissionais de outras áreas no desenvolvimento de projetos em equipe; • interagir e se comunicar com clientes, fornecedores e com o público em geral; • supervisionar, coordenar, orientar, planejar, especificar, projetar e implementar ações pertinentes à engenharia de computação e analisar os resultados; • realizar estudos de viabilidade técnico-econômica e orçamentos de ações pertinentes à engenharia de computação; • ter atitude e postura de permanente busca da atualização profissional; • ter atitude de aceitar a responsabilidade pela correção, precisão, confiabilidade, qualidade e segurança de seus projetos e implementações; • demonstrar conhecimento e aplicar as teorias, modelos e técnicas atuais que provêm base para a identificação de problema, sua análise, projeto de software, desenvolvimento, implementação, verificação e documentação; • compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissional e avaliar o impacto de suas atividades no contexto social e ambiental; • ter capacidade de projetar, construir, testar e manter software e sistema computacional no apoio à construção ou incorporado a produtos ou serviços que requeiram uma interação com o ambiente; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 21 de 89 • ter conhecimento da ciência da computação e de métodos necessários para aplicá-la; • ter capacidade de projetar e configurar sistemas computacionais em que sejam exigidas definições de funções a serem implementadas em software e/ou hardware, selecionando seus componentes básicos; • desenvolver softwares que resolvam problemas complexos, empregando conhecimentos instrumentais às áreas da Engenharia de Computação; • compreender as diferentes atividades envolvidas no desenvolvimento de um software; • solucionar problemas que requeiram o uso de técnicas formais no desenvolvimento de software e de sistemas de engenharia da computação; • solucionar problemas que exijam a gerência de desenvolvimento de software, de sistemas, com aplicação de modelos de qualidade; • desenvolver novas aplicações, produtos, serviços e sistemas nas habilitações estabelecidas; • analisar desempenho de projetos e sistemas, propostos ou implementados, através de modelos analíticos, simulações ou de experimentos; • analisar e determinar requisitos que um projeto ou sistema deve atender, documentando os requisitos de forma clara, concisa, precisa, organizada e de fácil uso; • conceber sistemas e softwares para funcionar conforme projetado através da combinação de codificação, validação e teste de unidades ou de módulos; • conceber projeto, implementação e teste de comportamento dinâmico de software e sistemas de automação e controle; • aprender novos modelos, técnicas e tecnologias tão logo surjam, e manter sempre presente a necessidade de seu desenvolvimento profissional contínuo. 3.3.3. Específicas da habilitação de Engenharia de Software e Tecnologia da Informação As habilidades e competências específicas da habilitação em Engenharia de Software e Tecnologia da Informação são as seguintes: • consultoria e integração de sistemas; • desenvolvimento de software; • desenvolvimento Web e comércio eletrônico; • desenvolvimento de produtos e serviços à sociedade; • análise e projeto de sistemas; • gerenciamento de sistemas e tecnologias; • integração de tecnologias de TI e ES; • familiaridade com as tecnologias e ferramentas de análise e projeto de software, sendo capaz de discernir como, quando e quanto utilizar tais ferramentas. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 22 de 89 3.3.4. Específicas da Habilitação de Automação e Controle As habilidades e competências específicas da habilitação em Automação e Controle são as seguintes: • consultoria e integração de sistemas de automação industrial; • desenvolvimento de produtos e serviços para automação e controles industriais, comerciais e serviços; • análise e projeto de sistemas de automação e controle; • gerência de sistemas de controle industrial e comportamento organizacional; • integração de tecnologias para controle e automação; • desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica; • familiaridade com as tecnologias de automação e controle e com ferramentas de projeto, sendo capaz de discernir como, quando e quanto utilizar tais ferramentas. 3.3.5. Específicas da Habilitação de Telemática e Telecomunicações As habilidades e competências específicas da habilitação em Telemática e Telecomunicações são as seguintes: • consultoria e integração de sistemas de telecomunicações e rede de computadores; • desenvolvimento de produtos e serviços em telemática; • análise e projeto de sistemas de redes e comunicação; • gestão de tecnologias; • projeto de modelos de gestão de redes de comunicação de dados; • ter familiaridade com as tecnologias de redes e de sistemas de telecomunicações, sendo capaz de discernir como, quando e quanto utilizar tais ferramentas. 3.4. Perfil do Egresso As aptidões, classes de problemas e funções que os egressos poderão exercer no mercado de trabalho são pertinentes a uma formação que inclui o cumprimento integral das três habilitações sugeridas neste projeto pedagógico, o que certamente não seria a prática para a maioria dos alunos. Assim, essas características e habilidades dos egressos deverão variar significativamente em função da habilitação cursada. Além disso, deve-se considerar que o curso de Engenharia de Computação, como qualquer outro curso de graduação, propicia a formação básica do aluno. Outras aptidões e funções possíveis que os egressos venham a exercer, aqui não listadas, podem se tornar pertinentes apenas ao longo de sua carreira profissional, em UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 25 de 89 • problemas de projeto e estruturação do software para uma plataforma determinada, de forma a atender os requisitos do sistema, documentando as decisões tomadas; • problemas que impliquem a decisão sobre a estrutura e a arquitetura do software e o uso de padrões de projeto, frameworks e componentes; • problemas que impliquem o tratamento da concorrência, paralelismo, controle e manuseio de eventos, distribuição, manuseio de exceções e erros, sistemas interativos e persistência; • problemas de concepção do software para funcionar conforme projetado, através da combinação da codificação, validação e teste das unidades; • problemas de teste do comportamento dinâmico do software, contra o comportamento esperado especificado, para um conjunto finito de casos de testes (selecionados criteriosamente do domínio de execuções, normalmente infinito); • problemas que requeiram conhecimentos e habilidades para: gerenciar configurações de software; desenvolver e praticar diferentes processos de engenharia de software; desenvolver e utilizar métodos e ferramentas de engenharia de software; utilização de técnicas de controle de qualidade de software; desenvolver métodos e técnicas de automação e controle. 3.4.2. Funções que os Egressos Poderão Exercer no Mercado de Trabalho No progresso de sua carreira profissional, agregando experiência prática e aperfeiçoamentos realizados, os egressos deverão estar capacitados a assumir funções em diferentes níveis dentro das organizações, seja de execução, gerenciamento ou de direção, para as quais seguem algumas atividades e responsabilidades técnicas inerentes à função (diretor, administrador, gerente, projetista, coordenador, engenheiro, pesquisador, professor/educador, dentre outras) como: • desenvolvimento de sistemas de software, sistemas de informações, softwares básicos e aplicativos; • planejamento de capacidade e projeto de automação industrial, redes e/ou sistemas de telecomunicações; • pesquisa e desenvolvimento de novas aplicações, produtos e serviços em automação industrial, instrumentação, redes e telecomunicações; • projeto, desenvolvimento e implantação de sistemas integrados de automação industrial, redes e/ou telecomunicações (sistemas convergentes) e engenharia de software; • manutenção de software; • desenvolvimento de interfaces homem-máquina para facilitar a operação de sistemas; • gerenciamento de configuração e engenharia de software; • gerência, operação e manutenção de sistemas de automação industrial, instrumentação, de redes e/ou telecomunicações; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 26 de 89 • desenvolvimento de métodos e ferramentas da engenharia de software, para automação industrial e para redes de computadores e telecomunicações; • desenvolvimento e gerenciamento de banco de dados; • desenvolvimento e análise de algoritmos para modelagem de problemas e suas soluções; • planejamento e controle de qualidade de software, de sistemas de automação e de redes e telecomunicações; • desenvolvimento e manutenção de métodos e técnicas de automação e controle; • ensino e pesquisa; • desenvolvimento de tecnologia aplicada às indústrias aeroespacial, siderúrgica, metalúrgica, financeira, hidrológica, meio ambiente, automobilística, naval, médica e biológica, agronômica, climatológica, oceanográfica, energia, educação, mecânica, e muitas outras. 3.5. Capacidade de Adaptação do Egresso à Evolução da Computação e de suas Tecnologias A estrutura curricular do curso inclui componentes curriculares básicos e tecnológicos clássicos abordados de maneira a desenvolver nos alunos os conceitos essenciais da Computação de maneira sólida e propiciar-lhes facilidades para o acompanhamento futuro da evolução da Computação, seja através de auto-estudo ou através de cursos de pós-graduação. Deve-se ressaltar o caráter essencialmente formativo, em contraposição ao informativo, adotado no curso. As atividades práticas e as aulas demonstrativas devem reforçar o aprendizado e solidificar o conhecimento necessário para a evolução do egresso. As ações especificadas no item metodologia, destinadas a promover a aptidão “disposição e postura de permanente busca da atualização profissional”, devem contribuir com a capacidade de adaptação do egresso, perseguindo sempre a educação continuada. 3.6. Descrição da Metodologia do Curso em Função do Perfil dos Egressos e do seu Papel na Sociedade O curso de Engenharia de Computação fornecerá ao aluno o conhecimento das mais diversas áreas da computação, desde seus conceitos básicos (incluindo uma larga base matemática), até tópicos avançados em arquiteturas de computadores, linguagens de programação, estruturas de dados, sistemas operacionais, compiladores, banco de dados, redes de computadores, segurança e computação gráfica, passando pelos conhecimentos de engenharia de software, automação industrial, instrumentação, teleprocessamento e redes de computadores. O currículo do curso de Engenharia de Computação permitirá que o aluno adquira conhecimentos de áreas técnicas que possuem a computação como atividade meio, como administração (inclusive administração de recursos humanos e administração de empresas de informática) e empreendedorismo. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 27 de 89 O referido curso conciliará teoria e prática, o que permitirá ao aluno o contato com ferramentas para desenvolvimento de sistemas, assim como o convívio do mesmo com a realidade da informática no Estado do Maranhão, bem como procurará formar profissionais que possuam uma autonomia e criatividade, fornecendo o ferramental teórico e prático necessários à resolução de problemas computacionais. 3.6.1. Como Formar Profissionais Capazes de Serem Agentes Transformadores da Realidade Regional Uma das finalidades do curso de Engenharia de Computação é o de formar profissionais capacitados a serem agentes transformadores da realidade regional, através da geração e exploração de novas tecnologias, e capazes de satisfazer as reais necessidades do mercado de trabalho atual. A natureza do currículo proposto fará com que o aluno, em conjunto com o Colegiado de Curso sob supervisão direta da diretoria do curso, decida o seu perfil de formação profissional. Isto será feito mediante entrevistas realizadas pelo Colegiado de Curso com cada aluno, na hora da realização da sua matrícula no núcleo específico (através de uma equipe de orientadores acadêmicos, membros do colegiado do curso ou por este indicado). Nestas entrevistas, o orientador acadêmico e o aluno decidirão em qual habilitação o estudante deverá ser matriculado. O aluno terá a oportunidade de se integrar em grupos de pesquisa, seja mediante a sua inclusão nos programas auxiliares de pesquisa do CCT/UEMA, ou seja, mediante os programas de bolsas de iniciação científica do CNPq, FAPEMA e da UEMA/Tesouro Estadual, ou mesmo mediante o seu engajamento em projetos de pesquisa associados à pós-graduação “latu sensu” (a ser implantado). Existirá, também, um programa de monitoria, o qual permitirá ao aluno participar nas atividades de docência do departamento. Finalmente, a previsão de que o trabalho de conclusão de curso possa ser feito no decorrer de seu último ano, permitirá ao aluno integrar os conhecimentos adquiridos no curso, mediante a proposta e/ou implementação de projetos relacionados com a sua área de interesse. A elaboração destes trabalhos é feita sob a supervisão de um orientador. A avaliação deste trabalho é feita sempre mediante uma apresentação pública, na qual uma banca formada por três professores decide sobre a aprovação ou não do trabalho. Esta diversidade de oportunidades a serem oferecidas ao aluno no decorrer do curso deverá ser acompanhada de um tratamento ético e formal da coordenação, no sentido de propiciar um relacionamento profissional com cada aluno, evitando atitudes paternalistas. O curso, através da sua coordenação de estágios, manterá contato constante com empresas de tecnologia de informática, automação industrial, telecomunicações, redes e do setor produtivo em geral, de forma a trocar idéias para o aprimoramento do relacionamento do curso com o mercado de trabalho e a melhor adaptação dos egressos ao mesmo. Os professores serão incentivados a se organizarem para o desenvolvimento de estudos e pesquisas e a participarem de eventos educacionais e tecnológicos. Estas ações em conjunto com uma agressiva política de qualificação docente ajudarão a incentivar o espírito criativo e de questionamento constante por parte dos alunos. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 30 de 89 tipo de formação como preceitua o documento do CEEInf combinado com o que recomenda a Resolução CNE/CES 11/2002. Baseado nestas considerações, os tipos de formação são listados a seguir: • formação básica: − Metodologia Científica e Tecnológica; − Comunicação e Expressão; − Matemática; − Administração; − Economia; − Ciência da Computação; − Programação; − Computação e Algoritmos; − Arquitetura de Computadores; − Física e Eletricidade. • formação humanística − Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania; − Ética Profissional; − Filosofia; − Empreendedorismo; − Sociologia; − Filosofia e a História das Ciências. • formação tecnológica: − Algoritmos e Estruturas de Dados; − Circuitos Elétricos; − Circuitos Lógicos; − Compiladores; − Controle de Sistemas Dinâmicos; − Conversão de Energia; − Eletromagnetismo; − Eletrônica Analógica e Digital; − Engenharia do Produto; − Ergonomia e Segurança do Trabalho; − Estratégia e Organização; − Gerência de Produção; − Gestão Econômica; − Gestão de Tecnologia; − Instrumentação; − Matemática Discreta; − Métodos Numéricos; − Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; − Organização de Computadores; − Paradigmas de Programação; − Pesquisa Operacional, Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 31 de 89 − Processos de Fabricação; − Sistemas de Informação; − Sistemas Operacionais; − Telecomunicações; − Banco de Dados; − Engenharia de Software; − Sistemas Multimídia, Interface Homem-Máquina e Realidade Virtual; − Inteligência Artificial; − Computação Gráfica e Processamento de Imagens; − Microprocessadores e Microcontroladores; − Sistemas de Tempo Real e Tolerantes a Falhas; − Tecnologia WEB; − Robótica Industrial. • formação complementar: − monitoria de disciplinas de computação; − participação em eventos científicos como seminários e conferências; − cursos profissionalizantes ligados à área de Computação; − atividades de extensão. 3.8. Considerações para a Elaboração da Estrutura Curricular Dentro dos limites estabelecidos pela legislação vigente, uma forma de estruturar o curso foi estudada, de maneira a criar itinerários lógicos que levem o aluno a formação da habilitação desejada e possibilite a abertura de um programa de educação continuada consistente. Essa estrutura curricular se inicia com um núcleo dito “básico”, onde é colocado as competências e habilidades necessárias para o núcleo de formação básica e formação tecnológica comum, compreendendo 6 (seis) períodos letivos. A esse núcleo segue os núcleos de formação específica de cada habilitação, incluindo os trabalhos de conclusão de curso e estágio supervisionado de 180 horas (conforme preceitua o art. 7º da Resolução CNE/CES nº11/2002, o estágio supervisionado deve ter um mínimo de 160 horas, e conforme as normas da UEMA – Resolução 423/2003-CONSUN deve ter 180 horas). Essa estruturação é genérica e não pretende esgotar outras formas de estruturar o curso. O certo é que o processo de estruturação através de períodos letivos deverá ser implementada como forma de estabelecer uma relação de oferta de conhecimento particionado que possibilite a um conjunto de regras avaliativas estabelecer o grau de absorção, por parte dos discentes, das habilidades e competências estabelecidas nos diversos componentes curriculares. É importante afirmar que o processo de estruturação curricular adotado atende ao que estabelece a Resolução 423/2003-CONSUN. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 32 de 89 Assim, definindo um processo de estruturação adequada, pode-se estabelecer a estrutura curricular mais condizente ou compatível com aquelas adotadas atualmente pela UEMA. A seguir, mostra-se a forma de estruturação curricular que serviu de base para a discussão deste projeto pedagógico, de acordo com os objetivos desejados e que permitiu uma divisão do curso em uma estrutura curricular aderente ao modelo adotado na UEMA: • básico e profissional comum a todas as habilitações: 6 (seis) períodos letivos; • específico a cada habilitação: 3 (três) períodos letivos; • conclusão de curso: 1 (um) período letivo. 4. Projeto Curricular 4.1. Geral O projeto curricular para o curso de Engenharia de Computação passa primeiro pelo perfil do profissional a ser formado e depois por uma organização tal que possibilite um ordenamento da oferta do conhecimento de forma natural que facilite o aprendizado e a multidisciplinariedade. No processo de construção do projeto curricular, seguimos algumas orientações pertinentes à legislação e às recomendações, procuramos nos assessorar com informações de cursos nacionais nota 5 (cinco), na avaliação do ENADE, como o da UFRGS, UFES, UFSCar, ITA e UFPE e outros recém implantados no país, como o da UFPA. Além disso, procuramos nos informar dos currículos modelos recomendados pela ACM-IEEE-CS, pela SBC e de currículos implantados em universidades americanas com reconhecimento mundial, como a de Berkeley, Princenton, Boston, Havard, Illinois e Stanford dentre outras. Essa quantidade de informação foi toda comparada e ponderada em função do perfil desejado, ajustando-a na medida necessária para dar uma universalidade ao conhecimento a ser difundido e possibilitar ao curso ter em seu núcleo, condições de estar no estado-da-arte da computação. 4.2. Desenvolvimento dos Conteúdos Programáticos A aprendizagem significativa somente pode ocorrer quando os conteúdos ministrados em um componente curricular se aproximam de alguma forma da realidade vivida pelo aluno, realidade essa que pode ser expandida a partir de situações-problema e atividades práticas desenvolvidas pelos alunos em laboratório, projeto integrado, no âmbito do próprio curso, e participação em atividades de Extensão e/ou de Iniciação Científica, com a realização de projetos demandados pela sociedade e/ou pela comunidade científica. Os conceitos vistos em sala de aula devem ser entendidos pelo aluno como um conhecimento relevante para a sua atuação profissional. “Muitas vezes ouve-se a queixa de que a Universidade não consegue formar profissionais aptos a ingressar no mercado de trabalho, por falta UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 35 de 89 utilizadas. Desta forma, cria-se uma dupla vantagem: o aluno torna-se capaz de aprender sozinho qualquer novo recurso e o curso fica mais flexível, no sentido de que desta maneira, a troca das ferramentas utilizadas no mercado não tem impacto nos conteúdos ministrados no curso, apenas na sua implementação. No Projeto de Conclusão de Curso, por exemplo, deve-se deixar ao próprio aluno a tarefa de buscar e descobrir por conta própria as ferramentas a serem utilizadas, fazendo-o exercitar ainda mais o seu espírito empreendedor e a sua capacidade de análise crítica. 4.3.6. Tecnologia na Aprendizagem A Informática encontra um solo fértil na área de educação. Novas tecnologias estão sendo correntemente aplicadas no ensino dos mais variados componentes curriculares. No ensino da Engenharia e da Ciência da Computação, o emprego dessas tecnologias é particularmente importante, uma vez que suas características de uso encorajam o aprendizado ativo, onde a iniciativa da busca pelo conhecimento parte do aluno e é ele o guia de seu aprendizado. A facilidade de disponibilização de conteúdos por meio eletrônico (textos, programas, vídeos, simulações, etc.) existente nos dias de hoje permite que o aluno possa dirigir melhor seu processo de aprendizado, tanto no que se refere ao conteúdo quanto ao tempo disponibilizado para aprender. “A habilidade do trabalho colaborativo de produzir resultados em grupo, mesmo que os indivíduos estejam separados por uma enorme distância geográfica é essencial a um profissional que pretenda ser bem sucedido em um mundo sem fronteiras físicas. A utilização das novas tecnologias estimula a curiosidade, o interesse e a capacidade de organização dos estudantes, fazendo com que os ideais de atitudes expressos no perfil do egresso sejam efetivamente atingidos” [47]. 4.3.7. Motivação para Aprender A motivação do aluno para aprender está freqüentemente relacionada com a utilidade aparente das competências e habilidades a serem adquiridas nos diversos componentes curriculares disponibilizados na estrutura curricular do curso. Entretanto, apesar de que muitas competências e habilidades tenham aplicação óbvia, muitas outras são obscuras para o aluno no que se refere à sua utilidade prática. A matemática e os aspectos teóricos da Ciência da Computação são os conteúdos mais óbvios nesse critério, mas surpreendentemente, assuntos como estruturas de dados, comunicação e sincronização entre processos e outros igualmente importantes podem não ser vistos por muitos alunos como tendo aplicações práticas além dos trabalhados nos componentes curriculares. Por esta razão, será imprescindível que se estabeleçam os relacionamentos existentes entre as competências e habilidades transferidas com aplicações da vida real, e da forma mais completa e abrangente UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 36 de 89 possível. Este será uma marca a ser fixada pelo Curso de Engenharia de Computação, e sabe-se, será preciso fazer com que os docentes aprenderem essa nova forma de transferência de conhecimento, pois se distingue frontalmente daquelas formas utilizadas atualmente. Componentes curriculares mais avançados serão alocadas preferencialmente a professores que realizam pesquisa sobre os assuntos abordados, possibilitando que estes desenvolvam os conteúdos sobre a perspectiva holística desejada para a estrutura curricular a ser implantada. 4.3.8. Comunicação Oral e Escrita O desenvolvimento das habilidades de comunicação oral e escrita dos alunos também deve ser um objetivo comum de todos os componentes curriculares. Essas habilidades serão desenvolvidas a partir de projetos sobre assuntos relacionados a cada componente curricular na forma de seminários que envolvam a criação de documentos escritos e apresentações orais. É importante que todos os alunos sejam submetidos a avaliações deste tipo, uma vez que tal habilidade, independente das condições técnicas do aluno, pode determinar o seu futuro profissional. Escrever e apresentar trabalhos devem ser atividades tão naturais quanto implementar um algoritmo, e assegurando que os alunos precisarão realizá-las, e ao longo de todo o curso, garante-se que estas habilidades sejam efetivamente desenvolvidas no egresso. Nos seus componentes curriculares, os professores serão orientados a trabalharem intensamente as habilidades de comunicação oral e escrita para documentação do projeto e do produto, para sínteses das pesquisas bibliográficas, para redação das monografias, para elaboração e realização das apresentações. 4.3.9. Multidisciplinaridade “A aplicação da Informática nos dias de hoje estendeu-se muito além das fronteiras da Ciência da Computação propriamente dita” [24]. A ubiqüidade de sistemas computacionais em praticamente todas as áreas de conhecimento deve levar a que os egressos do curso de Engenharia de Computação do CCT/UEMA necessitem interagir com pessoas provindas dos mais diferentes campos do conhecimento. A diferença de métodos e linguagens entre áreas de conhecimento distintas causa problemas de comunicação entre grupos multidisciplinares. Sendo assim, é importante que os estudantes tomem contato com os trabalhos realizados em outras áreas no que diz respeito à utilização de recursos computacionais. Sempre existirão mais áreas de conhecimento do que componentes curriculares que o aluno terá oportunidade de cursar. E novas áreas de conhecimento multidisciplinares estarão também sempre em formação. Uma das maneiras de se conseguir essa interação durante o curso é a criação de projetos multidisciplinares, de iniciação científica e tecnológica, que envolvam estudantes de diversos cursos de graduação, de áreas correlatas ou radicalmente diferentes. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 37 de 89 A experiência de trabalho com outros grupos (no caso da UEMA, pode- se envolver pessoal de engenharia mecânica, engenharia de produção, engenharia de segurança, engenharia de pesca, medicina, biologia, etc) não só desenvolve conhecimentos nos alunos, como também os faz entrar em contato com diferentes formas de pensar e agir, preparando-os de maneira adequada para os problemas de comunicação que certamente acabarão aparecendo na vida profissional. Os projetos de iniciação científica e tecnológica serão grandes catalisadores de trabalhos multidisciplinares, que também serão desenvolvidos a partir de projetos de grupos de pesquisa e de ações de extensão. A transferência de conhecimento e tecnologias desenvolvidas no âmbito de pesquisa e promovidas pela extensão deve se dar não somente para o mercado de trabalho em Computação e Informática, mas também para outros segmentos da sociedade, inclusive para outras áreas da UEMA. Nesse contexto, o curso de Engenharia de Computação poderá ser elemento catalisador de desenvolvimento dentro da UEMA, pois poderão ser desenvolvidos projetos multidisciplinares com a Engenharia Civil (projetos de softwares para as áreas específicas de estrutura, hidráulica, saneamento, mecânica dos solos, materiais de construção, métodos construtivos, gestão de empreendimentos, etc.), com a Engenharia Mecânica (projetos nas áreas de térmica, máquinas térmicas e operatrizes, mecatrônica, controles industriais, maquinas ferramentas, mecânica computacional, etc.) com a Arquitetura (projeto de automação para confortos ambientais – iluminação, conforto térmico, ... – segurança predial, etc.), com a Administração (projetos de sistemas de informações gerenciais em geral, etc.), com a Pedagogia (projetos de educação a distancia, métodos avaliativos, etc.), dentre outros. 4.3.10. Métodos Formais A formalização dos conceitos e técnicas da área é condição necessária não só para a futura atuação profissional do aluno, mas também como parte de seu desenvolvimento científico. O estudo dos conteúdos sob o ponto de vista operacional, da aquisição de competências e de habilidades práticas específicas, pode ser interessante até certo aspecto, mas não pode existir de forma exclusiva. A exatidão de todos os conceitos vistos durante o curso precisa ser expressa de maneira formal, e o aluno deve habituar-se a entender e a se comunicar em linguagem matemática. A formalização de conceitos garante que se possa verificar propriedades de sistemas, estruturas, algoritmos, etc, além de permitir o desenvolvimento e prova de teorias a respeitos dos mesmos. Uma gama enorme de métodos formais existe para representar os mais diversos conteúdos: sistemas lógicos, programas imperativos, orientados a objeto, concorrentes, funcionais e lógicos, protocolos de redes de computadores, especificação de sistemas nos mais diferentes níveis de abstração, comunicação em sistemas distribuídos, sintaxe e semântica de linguagens, sistemas de tipos, e assim sucessivamente. Estes métodos devem ser trabalhados junto aos componentes curriculares que deles necessitam. Desta forma, cria-se no aluno a expectativa de definições sem ambigüidade, de uma maneira natural, contribuindo para o UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 40 de 89 4.4. Estrutura de Funcionamento O curso de Engenharia de Computação funcionará em período integral (como preceitua as Diretrizes Curriculares para Cursos na Área de Computação e Informática), com entradas de 33 (trinta e três) alunos por ano em turnos alternados, nos primeiros 5 (cinco) anos de implantação do curso (de 2008 a 2012). A partir de 2013, as entradas serão alteradas para 33 (trinta e três) alunos por semestre. O turno dos períodos letivos ímpares será preferencialmente matutino, e o turno dos períodos pares será preferencialmente vespertino. 4.5. Estrutura Física em Construção Encontra-se em fase final de construção um módulo de salas destinado ao funcionamento do curso de Engenharia de Computação composto de 2 (duas) salas de aula, 2 (duas) salas para laboratório e 1 (um) salão para abrigar professores, direção de curso, secretaria e atendimento de alunos. A Figura 2 apresenta a planta baixa e fachada do prédio de Engenharia de Computação. Cada sala de aula deste prédio tem capacidade para acomodar confortavelmente 30 (trinta) alunos, podendo receber no máximo 45 (quarenta e cinco) alunos. Cada laboratório tem capacidade para instalação de 30 (trinta) computadores conectados a Internet, 1 (um) projetor e 2 (duas) impressoras. Além disto, as salas de aula, os laboratórios e o salão de professores devem ser climatizados. Alguns destes equipamentos foram recentemente adquiridos tais como: • 35 (trinta e cinco) computadores da marca Itautec; • 2 (dois) projetores; • 10 (dez) ar-condicionados do tipo split. Outros laboratórios adicionais serão alocados no prédio do Núcleo de Tecnologia de Engenharia (NUTENGE) do CCT, que deve passar por reforma (projeto em execução) para ampliar os espaços disponíveis para laboratórios. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 41 de 89 Figura 2. Planta baixa e fachada do prédio de Engenharia de Computação UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 42 de 89 4.6. Organização Curricular Como foi discutido no tópico 3.10, todas as formas de estruturar o curso esbarram na forma estabelecida na legislação (conforme Resolução nº423/2003- CONSUN/UEMA) que exige que os componentes curriculares (disciplinas) sejam apresentados conforme a seguinte estrutura: • Núcleo Comum (NC); • Núcleo Específico (NE); • Núcleo Livre (NL); • Atividades Complementares (AC). A Figura 3 ilustra a estrutura dos componentes curriculares (disciplinas) do curso de Engenharia de Computação. Os alunos podem escolher uma das três habilitações do Núcleo Específico e consequentemente darem prosseguimento ao Núcleo Livre correspondente. Figura 3. Estrutura dos componentes curriculares do curso de Engenharia de Computação Observa-se que algumas disciplinas com carga horária de 30 horas-aula práticas foram introduzidas na estrutura curricular como: Tópicos Especiais em Programação (2º período letivo); Tópicos Especiais em Banco de Dados (3º Período Letivo), Tópicos Especiais em Engenharia da Computação (8º Período Letivo); Atividades de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Rede de Computadores e Comunicação de Dados (5º período letivo); Atividades de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Sistemas de Informação (7º período letivo) e Atividades de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Engenharia de Software (9º período letivo). Tais disciplinas têm caráter de iteração dos docentes e profissionais da área com os discentes, de forma a colocá-los em contato com o mundo real e com o mundo das pesquisas científicas e tecnológicas, respectivamente. Núcleo Comum Núcleo Específico Engenharia de Software e Tecnologia da Informação Núcleo Específico Controle e Automação Núcleo Específico Telemática e Telecomunicações Atividades Complementares Núcleo Livre Engenharia de Software e Tecnologia da Informação Núcleo Livre Controle e Automação Núcleo Livre Telemática e Telecomunicações UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 45 de 89 CT - Créditos Teóricos CP - Créditos Práticos CE - Créditos Estágio PL - Período Letivo 4.6.2. Componentes Curriculares do Núcleo Específico e Núcleo Livre Apresentar-se-á a seguir os componentes curriculares participantes do Núcleo Específico e do Núcleo Livre das três habilitações a serem ofertadas pelo curso de Engenharia de Computação. É importante frisar que o Núcleo Livre de cada habilitação será formado pelos componentes curriculares dos Núcleos Profissionais Específicos das demais habilitações e que não fazem parte nem do Núcleo Comum nem do Núcleo Específico da habilitação em foco. Desses componentes curriculares, que perfazem um total aproximado de 1000 horas-aula, o aluno deve escolher um mínimo de 360 horas-aula de forma optativa, para perfazer a carga horária mínima do curso. 4.6.2.1. Habilitação em Engenharia de Software e Tecnologia da Informação A Tabela 2 apresenta os componentes curriculares do núcleo específico da habilitação em Engenharia de Software e Tecnologia da Informação. Tabela 2. Componentes curriculares do núcleo específico da habilitação em Engenharia de Software e Tecnologia da Informação ND NOME DA DISCIPLINA CT CP CE CH PL 701 Sistemas Distribuídos 4 0 0 60 7 702 Processamento de Sinais 4 0 0 60 7 703 Laboratório de Processamento de Sinais 0 1 0 30 7 704 Projeto e Atividades de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Sistemas de Informação 0 1 0 30 7 721 Gerenciamento da Informação e de Sistemas de Software 4 0 0 60 7 722 Sistemas Computacionais para Telemedicina e Telesaúde 4 0 0 60 7 723 Programação Concorrente 2 1 0 60 7 724 Projeto e Análise de Algoritmos 4 0 0 60 7 801 Processamento de Imagens e Reconhecimento de Padrões 4 0 0 60 8 802 Laboratório de Processamento de Imagens e Reconhecimento de Padrões 0 1 0 30 8 803 Tópicos Especiais em Engenharia de Computação 0 1 0 30 8 821 Sistemas Multimídias e Hipermídias 2 1 0 60 8 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 46 de 89 823 Desenvolvimento para Web e Comércio Eletrônico 4 0 0 60 8 824 Verificação, Validação e Testes de Softwares 4 0 0 60 8 825 Engenharia de Software Assistida por Computador 4 0 0 60 8 901 Visão Computacional 4 0 0 60 9 902 Projeto e Atividades de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Engenharia de Software 0 1 0 30 9 921 Computação Pervasiva 4 0 0 60 9 922 Interface entre Usuários e Sistemas Computacionais 2 1 0 60 9 923 Qualidade de Engenharia de Software 2 1 0 60 9 1003 Data Mining 4 0 0 60 10 1021 Tópicos Emergentes em Engenharia de Software 4 0 0 60 10 Carga Horária do Núcleo Específico 60 9 0 1.170 LEGENDA: ND - Número da Disciplina CH - Carga Horária CT - Créditos Teóricos CP - Créditos Práticos CE - Créditos Estágio PL - Período Letivo A Tabela 3 apresenta os componentes curriculares do núcleo livre da habilitação Engenharia de Software e Tecnologia da Informação. Tabela 3. Componentes curriculares do núcleo livre da habilitação Engenharia de Software e Tecnologia da Informação ND NOME DA DISCIPLINA CT CP CE CH PL 814 Planejamento e Avaliação de Projetos 4 0 0 60 8 815 Planejamento e Análise de Sistemas de Produção 4 0 0 60 8 822 Computação Evolutiva 4 0 0 60 8 833 Computação de Objetos Distribuídos 4 0 0 60 8 841 Redes Neurais e Lógica Fuzzy 4 0 0 60 8 915 Custos Industriais e Contabilidade de Custos 4 0 0 60 9 924 Desenvolvimento de Sistemas de Informações Inteligentes 2 1 0 60 9 925 Planos de Contingência 4 0 0 60 9 928 Desenvolvimento de Sistemas Dirigido a Modelos 4 0 0 60 9 931 Redes de Computadores Corporativas WAN 4 0 0 60 9 934 Avaliação de Desempenho de Sistemas e Redes 4 0 0 60 9 1052 Economia e Responsabilidade Social 4 0 0 60 10 1053 Programação Científica 4 0 0 60 10 1061 Princípios de Bioinformática 4 0 0 60 10 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 47 de 89 1062 Tópicos Avançados em Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados 4 0 0 60 10 1063 Segurança e Auditoria de Sistemas 4 0 0 60 10 1064 Gerência de Configuração e de Engenharia de Software 4 0 0 60 10 LEGENDA: ND - Número da Disciplina CH - Carga Horária CT - Créditos Teóricos CP - Créditos Práticos CE - Créditos Estágio PL - Período Letivo 4.6.2.2. Habilitação em Telemática e Telecomunicações A Tabela 4 apresenta os componentes curriculares do núcleo específico da habilitação telemática e telecomunicações. Tabela 4. Componentes curriculares do núcleo específico da habilitação Telemática e Telecomunicações ND NOME DA DISCIPLINA CT CP CE CH P L 701 Sistemas Distribuídos 4 0 0 60 7 702 Processamento de Sinais 4 0 0 60 7 703 Laboratório de Processamento de Sinais 0 1 0 30 7 704 Projeto e Atividades de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Sistemas de Informação 0 1 0 30 7 723 Programação Concorrente 2 1 0 60 7 731 Princípios de Comunicações 4 0 0 60 7 732 Arquitetura TCP/IP e Protocolos Internet 4 0 0 60 7 734 Antenas 2 1 0 60 7 803 Tópicos Especiais em Engenharia de Computação 0 1 0 30 8 831 Cabeamento Estruturado e Planejamento de Redes 4 0 0 60 8 832 Comunicações Digitais 4 0 0 60 8 833 Computação de Objetos Distribuídos 4 0 0 60 8 834 Engenharia de Protocolos de Informação 4 0 0 60 8 835 Redes e Sistemas de Comunicações Móveis 4 0 0 60 8 836 Laboratório de Redes e Comunicações Móveis 0 1 0 30 8 902 Projeto e Atividades de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Engenharia de Software 0 1 0 30 9 931 Redes de Computadores Corporativas WAN 4 0 0 60 9 932 Redes de Alto Desempenho 2 1 0 60 9 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 50 de 89 CT - Créditos Teóricos CP - Créditos Práticos CE - Créditos Estágio PL - Período Letivo A Tabela 7 apresenta os componentes curriculares do núcleo livre da habilitação Automação e Controle. Tabela 7. Componentes curriculares do núcleo livre da habilitação Automação e Controle ND NOME DA DISCIPLINA CT CP CE CH PL 814 Planejamento e Avaliação de Projetos 4 0 0 60 8 822 Computação Evolutiva 4 0 0 60 8 831 Cabeamento Estruturado e Planejamento de Redes 4 0 0 60 8 833 Computação de Objetos Distribuídos 4 0 0 60 8 834 Engenharia de Protocolos de Informação 4 0 0 60 8 841 Redes Neurais e Lógica Fuzzy 4 0 0 60 8 912 Métodos e Técnicas para Análise e Projetos de Sistemas Reativos 4 0 0 60 9 914 Modelagem e Simulação de Sistemas Produtivos 4 0 0 60 9 915 Custos Industriais e Contabilidade de Custos 4 0 0 60 9 921 Computação Pervasiva 4 0 0 60 9 925 Planos de Contingência 4 0 0 60 9 933 Comunicações Ópticas 2 1 0 60 9 1052 Economia e Responsabilidade Social 4 0 0 60 10 1053 Programação Científica 4 0 0 60 10 1054 Automação Predial e Corporativa 4 0 0 60 10 1055 Introdução a Ciências do Ambiente 4 0 0 60 10 1056 Automação de Processos Contínuos Industriais 4 0 0 60 10 LEGENDA: ND - Número da Disciplina CH - Carga Horária CT - Créditos Teóricos CP - Créditos Práticos CE - Créditos Estágio PL - Período Letivo UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 51 de 89 4.6.3. Atividades Complementares Como estabelecido no §7º do art.7º da Resolução nº423/2003- CONSUN/UEMA, atividades complementares “é o conjunto das atividades acadêmicas, não só em disciplinas, escolhidas e desenvolvidas por professores e alunos durante o período disponível para a integralização curricular, a critério dos colegiados de curso”. Essa mesma resolução no inciso I do §8 do art. 7º, sem querer esgotar o assunto, define atividades complementares como a participação do aluno “em extensão, pesquisa, ensino, conferências, seminários, palestras, congressos, debates e em outras atividades científicas, artísticas e culturais”. A essas atividades acrescenta-se “as disciplinas cursadas pelo aluno em outra IES, que não forem aproveitadas para a integralização curricular”. No curso de Engenharia de Computação, 240 horas de atividades complementares serão necessárias e deverão ser desenvolvidas pelos alunos no decorrer do período de integralização. Para isso, o curso incentivará a participação dos alunos em programas de iniciação científica institucional e voluntária, em cursos de curta duração de cunho tecnológico, participação em seminários, congressos, workshops, palestras e atividades de extensão, dentre outras. A validação e os critérios de registro de carga-horária serão de competência do diretor do curso, na forma estabelecida no inciso II do §8º do art.7º da resolução supra referida. 4.7. Estrutura Curricular A seguir, mostra-se a estrutura Curricular estabelecida para o curso de Engenharia de Computação, de acordo com os princípios estabelecidos anteriormente. Como exigido na Resolução CEE 298/2006 em seu art. 23, informa-se que o número de dias letivos é de 100 (cem) por semestre, correspondente a 20 (vinte) semanas letivas. 4.7.1. Núcleo Comum a Todas as Habilitações A Tabela 8 apresenta os componentes do núcleo comum organizadas em períodos. Tabela 8. Componentes do núcleo comum ND Semestre CT CP CE CH Semestre 1 30 0 0 450 101 Matemática Discreta Básica 4 0 0 60 102 Cálculo Vetorial e Cálculo Diferencial e Integral Univariável 6 0 0 90 103 Inglês Instrumental para Computação 4 0 0 60 104 Introdução à Engenharia da Computação 2 0 0 30 105 Comunicação e Expressão Oral e Escrita 4 0 0 60 106 Geometria Analítica e Álgebra Linear 6 0 0 90 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de Computação Página 52 de 89 107 Algoritmos Básicos e Programação 4 0 0 60 Semestre 2 30 1 0 480 201 Estruturas de Dados 4 0 0 60 202 Matemática Discreta Avançada 4 0 0 60 203 Cálculo Diferencial e Integral Multivariáveis 6 0 0 90 204 Filosofia e a História das Ciências 4 0 0 60 205 Administração e Organização de Empresas 4 0 0 60 206 Mecânica Newtoniana 4 0 0 60 207 Paradigmas de Programação 4 0 0 60 208 Tópicos Especiais em Programação 0 1 0 30 Semestre 3 30 1 0 480 301 Métodos Numéricos Básicos 4 0 0 60 302 Modelagem de Dados e Banco de Dados 4 0 0 60 303 Equações Diferenciais 6 0 0 90 304 Probabilidade e Estatística 4 0 0 60 305 Eletricidade e Eletromagnetismo 4 0 0 60 306 Programação Orientada a Objetos 4 0 0 60 307 Arquitetura e Organização de Computadores 4 0 0 60 308 Laboratório de Programação Orientada a Objetos 0 1 0 30 Semestre 4 24 3 0 450 401 Laboratório de Modelagem e Banco de Dados 0 1 0 30 402 Pesquisa, Ordenação e Recuperação de Dados 4 0 0 60 403 Metodologia Científica e Tecnológica 4 0 0 60 404 Teoria da Computação e Compilação 4 0 0 60 405 Redes de Computadores e Comunicação de Dados 2 1 0 60 406 Sistemas Operacionais 4 0 0 60 407 Análise de Circuitos Elétricos – Básico 2 1 0 60 408 Métodos Numéricos Avançados 4 0 0 60 Semestre 5 26 2 0 450 501 Direito e Legislação para Engenharia 4 0 0 60 502 Análise de Circuitos Elétricos – Avançado 2 1 0 60 503 Engenharia de Software 4 0 0 60 504 Computação Gráfica 4 0 0 60 505 Técnicas Digitais para Computação 4 0 0 60
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