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Sociologia - Marx, Weber E Durkheim, Notas de estudo de Engenharia de Produção

Conteudo que relata sobre a sociologia, a partir dos 3 maiores pensadores deste ramo.

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 28/02/2008

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Baixe Sociologia - Marx, Weber E Durkheim e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! KARL MARX Karl Heinrich Marx, economista e filósofo alemão. Nasceu em Tréves a 5 de maio de 1818. Filho de um advogado judeu conver�do ao protestan�smo. Cursou as universidades de Bonn e Berlim, onde estudou direito, dedicando-se especialmente à história e à filosofia. Em Berlim, ingressou no grupo dos chamados “Jovens Hegelianos”, que interpretavam as idéias de Hegel do ponto de vista revolucionário. Não se limitou aos estudos teóricos. Desenvolveu intensa a�vidade polí�ca, no decorrer da qual foi elaborando a doutrina do socialismo proletário revolucionário. O caráter de suas idéias e a�vidades polí�cas valeu-lhe perseguições ; foi várias vezes exilado, enfrentando ao lado de sua esposa, Jenny Von Westphalen, uma vida de grandes privações. Iniciou a obra de difusão de sua ideologia evolucionária colaborando na Gazeta Renana que, ao ficar sob sua orientação (1842), teve a sua publicação proibida pelo governo. Mudando-se para Paris em 1843, conheceu Friedrich Engels, desde então seu amigo fiel e colaborador. Juntos elaboraram a doutrina do “comunismo cien�fico”. Expulso da capital francesa, Marx passou a residir em Bruxelas, onde entrou para uma sociedade decreta, a liga dos Justos, cujo o nome mudou para a Liga dos Comunistas. Após o 2º congresso desta organização, redigiu o famoso “Manifesto Comunista: publicado em 1848. Nesta obra encontram-se já esboçadas suas principais idéias filosóficas e polí�cas: o materialismo histórico e a teoria da luta de classes”. Desterrado da Bélgica depois da revolução de fevereiro de 1848, voltou a residir em Paris, de onde teve que par�r após a revolução de março, fixando-se em Colônia, Alemanha, sendo deportado no ano seguinte. Regressou a Paris de onde foi novamente expulso, assando a residir defini�vamente em Londres. Atormentado pelas dificuldades financeiras, somente graças à ajuda de Engels pode levar a cabo a elaboração de sua principal obra: “O Capital”. Em prosseguimento a sua luta para estruturar o movimento do proletariado, tomou parte na organização da I Internacional, em Londres (28/09/1864), batendo-se pela união das diversas correntes socialistas. As privações e o intenso trabalho que desenvolveu minaram-lhe a saúde, impedindo-o de concluir O Capital, concluído por Engels. Várias de suas idéias correram proveitosamente para o aprimoramento das ciências sociais ditas burguesas, atuando de modo posi�vo sobre a Economia Social, a Sociologia, a História. Mas segundo escreve Ossip K. Flechthem, “com seu determinismo fatalista e mal compreendido transformou-se num tacão opressor de toda ação socialista criadora”. Vasta é a produção de Karl Marx, quer no campo da ciência histórico-sociais, quer no campo da economia polí�ca e da filosofia. Dentre suas principais obas, além das já referidas, merecem destaque: Manuscritos de 1843, A Questão Judaica, A sagrada Família, com Engels, Teses sobre Feuerbach, ideologia Alemã, com Engels, Miséria da Filosofia, Manifesto do par�do Comunista, as lutas de Classe na França, O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. Morreu em Londres a 14 de março de1883. O Marxismo O marxismo são o conjunto de teorias filosóficas, econômicas e polí�cas de Karl marcx, filósofo social alemão, exposta no livro : O capital”(1867). Concepção materialista da História, o marxismo é o resultado a fusão de várias correntes de pensamento, entre as quais diversos sistemas filosóficos alemães, em especial o de Friedrich Hegel, assim como da economia polí�ca inglesa e do socialismo francês. O conteúdo fundamental do marxismo – a doutrina econômica – não pode ser compreendido sem o conhecimento de sua fundamentação filosófica. Adepto do materialismo filosófico, adotou a princípio as concepções de Feuerbach, passando depois a cri�cá-las por defenderem um materialismo mecanicista que não aplicava o método dialé�co e concebia o ser humano de modo abstrato, e não como “conjunto das relações sociais”. A crí�ca que Marx Formulou a essa a�tude contempla�va dos filósofos está sinte�zada na sua célebre afirmação: “Os filósofos não fizeram senão interpretar o mundo de diversas maneiras: trata-se agora de transforma-lo”. Atribui o conjunto das condições de produção econômica uma fundamental influência sobre o desenvolvimento das culturas e estabelece a primazia da infra-estrutura social (conjunto das forças produ�vas materiais, ou forças econômicas)sobre o que se denominou surperestrutura social (as idéias, ou conjunto dos dados da cultura não material). Prega a revolução do proletariado e sua conseqüente ascensão a uma posição de mando, e a ins�tuição de uma sociedade sem classes. Considerando a dialé�ca de Hegel como a maior descoberta da filosofia clássica alemã, aplicou-a na sua interpretação materialista da natureza e da história, e nisso se opõe a Hegel, que era idealista. Enquanto para este úl�mo o processo do pensamento era o criador do real, para Mar, o pensamento não passava de reflexo do mundo real na consciência do homem. A aplicação do materialismo dialé�co ao estudo dos fenômenos sociais deu origem à concepção materialista da história. Assim, segundo a doutrina marxista, não são as idéias (superestrutura) que governam o mundo, mas ao lado contrário é o conjunto das forças produ�vas materialistas (infra-estrutura) que determina todas as idéias e tendências. Ao se aprofundar no estudo da história, Marx elaborou a teoria da luta de classes, pela qual explica a evolução das ins�tuições sociais. “A história de toda a sociedade humana até nossos dias é uma história de lutas de classes. Senhores e escravos, patrícios e plebeus, barões e servos da gleba, mestres e aprendizes: numa palavra, opressores e oprimidos, frente a frente, sempre empenhados em uma luta initerrupta, ora velada, ora ostensiva; em uma luta que conduz em cada etapa à transformação revolucionária de todo o regime social ou ao extermínio de ambas as classes beligerantes”. Assim como na filosofia e na história, também na economia polí�ca Marx não se limitou à elaboração de uma nova teoria, mas fez a crí�ca de toda a economia polí�ca burguesa e de seus métodos. A economia polí�ca burguesa procura interpretar os fatos por suas aparências. Preço, lucro e capital, ara o marxismo, não passam de mera dissimulação do valor, da mais-valia e da propriedade capitalista dos meios de produção. Na produção capitalista, embora cada um pareça produzir o que quer e como pode, existem leis, como a lei do valor, o qual é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mercadoria. Assim, o valor resulta diretamente das relações entre as pessoas e não entre as coisas. Ao formular a teoria da mais-valia, Marx observou que na circulação capitalista o dinheiro aumenta, sendo este acúmulo que se transforma em capital. A mais-valia não é produzida pela troca de Essas maneiras de agir e pensar são, além de externas, capazes, pelo seu poder coercivo, de obrigar um indivíduo a adotar um comportamento qualquer. A coerção pode se manifestar direta ou indiretamente. A coerção pode também ser formal ou informal. É formal, como o próprio nome já diz, quando a obrigação e a punição pela transgressão estão estabelecidas formalmente. O Código Penal, por exemplo, apresenta um grande número coerções formais para diversos atos predefinidos. É informal quando é exercida espontaneamente pelas pessoas no seu dia a dia. Finalmente, a coerção pode estar oculta. A pessoa que cumpre de bom grado e com sa�sfação as suas obrigações sociais não sente o peso da coerção sobre o seu comportamento. Uma pessoa que gosta de sua profissão, por exemplo, geralmente cumpre seus deveres com prazer, sem a necessidade de imposições. Mas a coerção nunca deixa de exis�r. Está sempre à espreita. Fatos sociais: fixos e não fixos Quando se diz que são fatos sociais fixos ou não fixos significa que podem se apresentar de duas maneiras diferentes: como maneiras de agir ou como maneira de ser. As maneiras de agir são formas de agir e pensar cole�vas, que determinam o comportamento dos indivíduos, que os obrigam de uma determinada forma, mas não tem uma longa duração de tempo, ou seja, são efêmeras e instáveis. As maneiras de ser também são fenômenos de ordem cole�va que determinam o comportamento indivíduo, mas nesse caso há uma durabilidade no tempo, uma permanência ou estabilidade. Há uma relação importante entre esses dois fenômenos. Muitas vezes um movimento social se inicia como maneira de agir e pode vir a se fixar e estabelecer (se ins�tucionalizar) e daí se tornar uma maneira de ser. A dualidade dos fatos morais. Fatos morais ou sociais são externos em relação aos indivíduos e portanto são estranhos a eles em alguma medida. No mínimo são coisas que não foram criadas pela pessoa e assim pode diferir mais ou menos de seu pensamento. Além disso, esses fatos externos e “estranhos” em a capacidade de exercer coerção, podem se impor aos indivíduos como uma obrigação. Desse ponto de vista a sociedade, as regras e a moral aparecem como realidade que constrangem o indivíduo, que limitam a sua ação e a possibilidade de realização de suas vontades. Viver em sociedade representaria, assim, um sacri�cio ou, no mínimo, um incômodo. Mas esse é apenas um dos lados dessa questão. Se a sociedade e a moral só �vessem esse lado nega�vo e coerci�vo, seria muito di�cil explicar a existência da ordem social. É sabido que nenhum grupo ou sociedade pode sobreviver por muito tempo com base apenas na coerção. Pessoas muito insa�sfeitas são capazes de enfrentar qualquer �po de perigo para encontrarem uma saída. Basta observar que mesmo nos regimes polí�cos muito fechados, man�dos pela violência, a residência não deixa de exis�r e, na maioria das vezes, leva o sistema à ruína. Os fatos sociais ou morais não são apenas obrigações desagradáveis que temos que seguir independentemente de nossa vontade. São também coisas que queremos e necessitamos. Nesse caso, a coerção deixa de se fazer sen�r, se transforma em um dever. Algo que poderia ser visto como um sacri�cio passa a ser visto como um prazer. Isso acontece porque o indivíduo não se realiza fora da sociedade ou do grupo. Só entre outras pessoas, num meio onde exista ordem e um conjunto de ins�tuições morais reguladoras do comportamento cole�vo, o indivíduo pode encontrar segurança (tanto �sica como psicológica) e tranqüilidade para levar a sua vida. Por isso, ou seja, em retribuição a essa segurança, o indivíduo passa a ver a sociedade não como um conjunto de obrigações estranhas a ele, mas como um conjunto de direitos e deveres que ele precisa e, acima de tudo, quer respeitar. Coesão, solidariedade e os dois �pos de consciência A solidariedade social, para Durkheim, é formada pelos laços que ligam os indivíduos, membros de uma sociedade, uns aos outros formando a coesão social. Há dois �pos deferentes de solidariedade social. Esses �pos tem relação com o espaço ocupado na mentalidade dos membros da sociedade pela consciência cole�va e pela consciência individual. A consciência cole�va é apresentada pelo conjunto das crenças e dos sen�mentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado que tem vida própria. São as crenças, os costumes, as idéias que todos que vivem em um mesmo grupo compar�lham uns com os outros. A consciência individual é aquilo que é próprio do indivíduo, que o faz deferente dos demais. São crenças, hábitos, pensamentos, vontades que não são compar�lhados pela cole�vidade, mas que são especificamente individuais. Solidariedade mecânica ou por semelhanças – A consciência cole�va recobre “espaços” de dis�ntos tamanhos na consciência total das pessoas de acordo com o �po de sociedade onde elas vivem. Assim, quanto maior for o “espaço” ocupado pela consciência cole�va em relação à consciência total das pessoas em uma sociedade, mais a coerção, nessa mesma sociedade, origina-se da conformidade e da semelhança existentes entre seus membros. Nesse caso, segundo Durkheim, a ordem social se fundamenta na “solidariedade mecânica”. Isto é, quanto maior a consciência cole�va, mais os indivíduos se parecem uns com os outros e portanto se ligam, se aproximam pelo que tem em comum. Pelo fato de terem os mesmos pensamentos, os mesmos costumes, acreditarem nas mesmas coisas, etc. A coesão, ou a solidariedade, resulta das semelhanças. Solidariedade orgânica ou por diferenças – Quanto menor for o “espaço” ocupado pela consciência cole�va em relação à consciência total das pessoas em uma sociedade, ou quanto maior for a “área” ocupada pela consciência individual, mais a coesão se fundamenta nas diferenças existentes entre os indivíduos. Se a consciência individual é maior numa sociedade, os indivíduos são diferentes uns dos outros e a solidariedade só pode surgir da percepção geral de que cada um, com suas especialidades, contribui de uma maneira diferente, e importante, para a sobrevivência de todo, ao mesmo tempo que depende dos demais membros, especialistas em outras funções. É essa rede de funções interdependentes que promove a solidariedade orgânica. Os indicadores dos �pos de solidariedade – Durkheim não poderia visualizar “a olho nu” qual �po de solidariedade seria predominante em uma sociedade dada. A solidariedade, como um fenômeno moral, só seria iden�ficada a par�r de algum indicador que a fizesse visível. Os �pos de normas do direito indicam, para Durkheim, o �po de solidariedade que predomina em uma sociedade. Direito Repressivo – A preocupação principal desse �po de direito é punir aquele que não cumpre determinada norma social através da imposição de dor, humilhação ou privação de liberdade. O ponto é que o criminoso agride uma regra social importante para a cole�vidade e, portanto, merece um cas�go de intensidade equivalente a seu erro. Direito Res�tu�vo – A preocupação principal nesse �po de direito é fazer com qe as situações perturbadas sejam restabelecidas e retornem a seu estado original. Ao infrator cabe, simplesmente, reparar o dano causado. Isso acontece porque o dano causado não afeta a sociedade como um todo , mas apenas uma função específica desempenhada nela. Quanto maior é a par�cipação do direito res�tu�vo em uma sociedade, menor é a força e a abrangência da consciência cole�va, maior é a diferenciação individual. Portanto ao iden�ficar o �po de direito que predomina em uma sociedade, estamos iden�ficando o �po de solidariedade existente. Se predomina o direito repressivo, uma maior quan�dade de normas é man�da pela consciência cole�va (solidariedade mecânica). Se predomina o direito res�tu�vo uma menor quan�dade de normas diz respeito à sociedade como um todo (solidariedade orgânica).
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