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solda oxiacetilenica, Notas de estudo de Engenharia Civil

apostila solda oxiacetilenica

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 29/03/2007

valmir-florio-10
valmir-florio-10 🇧🇷

4.3

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Baixe solda oxiacetilenica e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Engenharia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Processo de Soldagem com Chama Oxi-gás - OFW. Disciplina: Processo de Soldagem. Professor: Alexandre Queiroz Bracarense, PhD. Belo Horizonte Maio de 2000. PROCESSO DE SOLDAGEM COM CHAMA OXÍ-GÁS - OFW 1. Fundamentos do Processo A Soldagem Oxigás (OFW) inclui qualquer operação que usa a combustão de um gás combustível com oxigênio como meio de calor. O processo envolve a fusão do metal base e normalmente de um metal de enchimento, usando uma chama produzida na ponta de um maçgarico. O gás combustível e o oxigênio são combinados em proporções adequadas dentro de uma câmara de mistura. O metal fundido e o metal de enchimento, se usado, se misturam numa poça comum e se solidificam ao se resfriar. Uma vantagem deste processo é o controle que o soldador exerce sobre o calor e a temperatura, independente da adição de metal. O tamanho do cordão, a forma e a viscosidade da poça são também controlados no processo. OFW é adequado para operações de conserto, para soldagem de tiras finas, tubos e tubos de pequeno diâmetro. Soldar seções espessas, exceto para trabalho de conserto, não é economicamente viável quando comparada com outros processos disponíveis. O equipamento usado em OFW tem um custo baixo, é normalmente portátil e versátil o bastante para ser usado para uma variedade de operações, tais como dobramento, retificação, pré-aquecimento, pós-aquecimento, deposição superficial, brazagem e soldabrazagem (estes dois últimos serão discutidos em detalhes posteriormente). Acessórios de corte, bicos para multichama e uma variedade de acessórios para aplicações especiais aumentam a versatilidade do equipamento. Com mudanças relativamente simples, operações de corte manuais e mecânicas podem ser realizadas. Aços carbono e de baixa liga e muitos metais não ferrosos (não refratários ou reativos) são normalmente soldados. Gases comerciais têm uma propriedade em comum, ou seja, requerem sempre oxigênio para sustentar a combustão. Um gás, para ser conveniente às operações de soldagem, deve apresentar as seguintes propriedades quando queimado: Alta temperatura de chama. Alta taxa de propagação de chama. Conteúdo de calor suficiente. Mínimo de reação química da chama com os metais base e de enchimento. PORN Dentre os gases comercialmente disponíveis, o acetileno é o que mais se aproxima destes requisitos. Outros gases como propano, gás natural, propileno e gases baseados nestes, oferecem temperaturas de chama suficientemente altas, mas exibem baixas taxas de propagação de chama. Neste caso as chamas finais são excessivamente oxidantes pelas proporções de oxigênio/gás combustível que são altas o suficiente para gerar taxas de transferência de calor utilizáveis. Razão Oxigênio! Gás Combustivel 105 3 2 1.75 .50 .25 TT TI T Hidrogênio A, , An o = x = Mistura Iistequiométrica “10 o o=Mistura Neutra e » 4º wo » a = x 418 o o / . ly a a « dg E e Metano x. a = 45 a a = da & , : ) 43 5 Propano N - A 42 Acetíleno 41 LLjqALssrLa o 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Combustivel na Mistura, % por Volume Figura 1 — Velocidade normal de combustão da mistura de vários gases com oxigênio. 2.7. Intensidade de Combustão Temperaturas de chama e os valores de aquecimento de combustíveis têm sido usados quase exclusivamente como critério para avaliação dos gases. Estes dois fatores sozinhos, entretanto, não fornecem informação suficiente para uma completa avaliação dos gases para fins de aquecimento. Um conceito conhecido como intensidade de combustão é usado para avaliar diferentes combinações Oxigênio/gás combustível. A intensidade de combustão considera a velocidade de queima da chama, o valor de aquecimento da mistura de Oxigênio e gás combustível e a área do cone da chama fluindo pelo bico. A intensidade de combustão pode ser expressa como segue: G=Cy. Ch (1) G; = intensidade de combustão em Btu/pés?.s (J/ mis) C, = velocidade normal de combustão da chama em pés/s (m/s) a a C, = valor de aquecimento do gás de mistura em consideração em Btu/pés' (J/m”) A intensidade de combustão (C;), portanto, é máxima quando o produto da velocidade normal de combustão da chama (C,) e o valor de aquecimento do gás de mistura (Ch) é máximo. Como o calor de combustão, a intensidade de combustão de um gás pode ser expressa como a soma das intensidades de combustão das reações primária e secundária. Entretanto, a intensidade de combustão da chama primária, localizada próxima do bico do maçarico, é da maior importância na soldagem. A intensidade de combustão secundária influencia o gradiente térmico nas proximidades da solda. A Figura 2 mostra a intensidade de combustão total para os mesmos gases. Esta curva mostra que, para os gases em questão, o Acetileno produz a maior intensidade de combustão. Razão Oxigênio! Gás Combustivel 10 5 3 2 1 075 0.50 0.25 F T T 1 1 , ! I E — 150 E x =Mistura Estequiométrica - o=Mistura Neutra = E o E x . - i Acetileno + 100 « A É sx Jo: Sa -" 50 " Metano Hidrogênio q L Propano E l L ! 1 L l l 1 l o O 10 20 30 40 50 6 70 80 90 100 Combustível na Mistura, %o por Volume Figura 2 - Intensidade Total de Combustão. 3. O gás combustível acetileno Acetileno é o combustível escolhido para a soldagem por causa da sua alta intensidade de combustão, enquanto os outros gases são raramente usados para soldagem. Acetileno é um hidrocarboneto composto, C2H>, que contém maior porcentagem de Carbono ne gana do mea muntasno dan ituna biduaandannntaa É tanntas a manta asia mui a au a tam Pp um cheiro parecido com alho. Acetileno contido em cilindros é dissolvido em acetona e portanto tem um cheiro levemente diferente daquele Acetileno puro. Para temperaturas acima de 780º C ou pressões acima de 30 psig, Acetileno gasoso é instável e pode se decompor até mesmo na ausência de Oxigênio. Esta característica tem sido levada em consideração na preparação de um código de práticas de segurança para geração, distribuição e uso de gás de acetileno. A prática de segurança aceitável é nunca usar Acetileno em pressões que excedam 15 psig (103 kPa) em geradores, tubulações ou mangueiras. 3.1. A Chama Oxiacetilênica Teoricamente, a combustão completa do Acetileno é representada pela equação química: CoH, + 2.502» 2C0, + Ho0 (2) Esta equação indica que um volume de Acetileno e 2.5 volumes de Oxigênio reagem para produzir 2 volumes de gás carbônico e 1 volume de vapor d'água. A razão volumétrica de Oxigênio para Acetileno é 2.5/ 1. Como observado mais cedo, a reação da equação (2) não se processa diretamente para os produtos finais mostrados. A combustão acontece em dois estágios. A reação primária acontece na zona interna da chama (chamada de cone interno) e é representada pela equação química: CoHo + 0252 C0 + H> (3) Aqui, 1 volume de Acetileno e 1 volume de Oxigênio reagem para formar 2 volumes de Monóxido de Carbono e 1 volume de Hidrogênio. O conteúdo de calor e a alta temperatura (ver tabela 1) desta reação resultam na decomposição do Acetileno e na oxidação parcial do Carbono resultante daquela decomposição. Quando os gases que escoam do bico estão na proporção 1 para 1 indicada na equação (3), a reação produz o típico cone interno azul brilhante. Esta chama relativamente pequena gera a intensidade de combustão necessária para a soldagem. A chama é dita neutra porque não há excesso de Carbono ou Oxigênio para carburizar ou oxidar o metal. Na parte externa que envolve a chama, o Monóxido de Carbono e o Hidrogênio produzidos pela reação primária queimam com o Oxigênio do ar da vizinhança. Isto forma Dióxido de Carbono e vapor d'água respectivamente, como mostra a reação secundária seguinte: 2CO + Ho+ 1.502» 2C02+ HO (4) Embora o calor de combustão desta chama externa seja maior que o da interna, sua intensidade de combustão e temperatura são mais baixas por causa que a área da seção é maior. Os produtos finais são produzidos na chama externa porque não podem existir nas altas temperaturas do cone interno. A chama oxiacetilênica é facilmente controlada por válvulas sobre o maçarico. Por uma leve mudança nas proporções de Oxigênio e Acetileno escoando através do maçarico, as características da zona interna da chama e a ação resultante do cone interno sobre o metal fundido pode ser variada em uma larga faixa. Assim, ajustando as válvulas do maçgarico, é possível produzir uma chama neutra, oxidante ou carburizante. (A) Bico de Soldagem (B) Acessório de Corte (€) Bico de Aquecimento Figura 5 — Acessórios utilizados para operações OFW. 4.3. Tipos de Misturadores Há basicamente dois tipos gerais de misturadores. Os mais comumente utilizados são os de pressão positiva (também chamados de média pressão) e os injetores ( chamados de baixa pressão ). Os misturadores de pressão positiva requerem que os gases sejam liberados para o maçarico em pressões acima de 2 psig (14 kPa). No caso de Acetileno, a pressão deve estar entre 2 e 15 psig (14 e 103 kPa). O Oxigênio é fornecido aproximadamente na mesma pressão. Não há, entretanto, limite restrito sobre a pressão de Oxigênio. Ela pode, e algumas vezes varia, até 25 psig (172 kPa) com os bicos maiores. O objetivo do misturador do tipo injetor é aumentar a utilização efetiva dos gases fornecidos a pressões de 2 psig (14 kPa) ou menos. Neste maçgarico, o Oxigênio é fornecido para pressões variando de 10 a 40 psig (70 a 275 kPa), o aumento da pressão combina com o tamanho do bico. A velocidade relativamente alta do fluxo de Oxigênio é usada para aspirar ou puxar mais gás que fluiria normalmente em baixas pressões. Misturadores de gás vêm em vários estilos e tamanhos, de acordo com o projeto do fabricante. A função principal destas unidades é misturar o gás e o Oxigênio completamente para assegurar uma combustão suave. O engolimento da chama ( flashback ) é o recuo da chama para dentro ou de volta para a câmara de mistura do maçarico. Em alguns casos, o engolimento viaja pela mangueira Um misturador típico para um maçarico de pressão positiva é mostrado na Figura 6A. O Oxigênio entra por um canal central e o gás por diversos canais angulares para efetuar a mistura. A turbulência da mistura se reduz para um escoamento laminar quando o gás passa pelo bico. Misturadores projetados para maçaricos injetores empregam o princípio do tubo de Venturi para aumentar o escoamento do gás. Neste caso (ver figura 6B), Oxigênio a alta pressão passa através de um pequeno canal central criando um jato de alta velocidade. O jato de Oxigênio cruza as aberturas dos canais angulares no ponto onde o tubo de venturi é restrito. Esta ação produz uma queda de pressão nas aberturas do gás combustível, fazendo com que a baixa pressão do fluxo de gás aumente com a passagem dos gases pela porção mais larga do venturi. EEE RAEEIRSS ce! Na (ho Tino Pesssão Positiva [E te q Ss rem o a d. ETEGRES ESSES a e ar A NA X 22 DA iabeça do Maçarico to io Inseto Figura 6 - Tipos de maçaricos e seus detalhes. 4.4. Bicos de Soldagem O bico de soldagem é aquela porção do maçarico através da qual os gases passam antes da ignição e queima. O bico habilita o soldador a guiar a chama e dirigi-la para a peça com a máxima facilidade e eficiência. Bicos são feitos de metais não-ferrosos, tais como ligas de cobre, com alta condutividade térmica para reduzir o perigo de superaquecimento. O furo em ambos os tipos deve ser suave a fim de produzir o cone de chama requerido. A extremidade frontal do bico deve ser também modelada para permitir um uso fácil e proporcionar uma visão clara da operação. Bicos são disponíveis em uma grande variedade de tamanhos, formas e construções. Dois métodos de combinação bico-misturador são empregados. Um bico especial pode ser usado para cada tamanho de misturador, ou um ou mais misturadores podem cobrir uma faixa intaira da tamanhne da hione Ma última mátada a hinn dacatarrava dn eau mieturadar a nada tamanho de misturador tem uma medida de rosca particular para prevenir acoplamento impróprio. Um misturador individual é usado para algumas classes de soldagem. Ele tem um “pescoço de ganso” no qual vários tipos de bicos podem ser enroscados. Desde que os bicos são feitos de ligas leves de Cobre, deve-se tomar cuidado para não danificá-los. As seguintes precauções devem ser observadas: 1. Os bicos devem ser limpos usando um limpador projetado para este fim. 2. Eles nunca devem ser usados para mover ou segurar a peça. 3. Os bicos, os misturadores e todas as superfícies vedantes devem ser mantidas limpas e em boas condições. Uma vedação pobre pode resultar em vazamentos, podendo ocorrer engolimento. Quando uma série de bicos for selecionada para uma variedade de espessuras de metais, esta faixa coberta por um bico deve sobrepor levemente aquela coberta pelo próximo bico. 4.4.1. Taxa de Fluxo Volumétrico O fator mais importante na determinação da utilidade de um bico é a ação da chama no metal. Se ela é muito violenta, ela pode soprar o metal para fora da poça de fusão. Sob tais condições, as taxas de fluxo volumétrico de Acetileno e Oxigênio devem ser reduzidas para uma velocidade na qual o metal possa ser soldado. Bicos tendo uma extremidade encapada ou em forma de taça são disponíveis para gases com baixas velocidades de combustão, tais como propano. Estes tipos são usados normalmente para aquecimento, brazagem e solda branda. 4.4.2. Cones de Chama O objetivo da chama é elevar a temperatura do metal ao ponto de fusão. Isto pode ser melhor executado quando a chama (ou cone) permite que o calor seja direcionado mais facilmente. Consequentemente, as características do cone tornam-se importantes. O fluxo laminar por linhas de corrente do gás através do comprimento do bico torna-se de extrema importância, especialmente durante a passagem pela porção frontal. A alta velocidade que a chama do cone apresenta é uma prova real do gradiente de velocidades estendendo-se através do orifício circular quando o fluxo existente é laminar (Figura 7). Uma vez que a maior velocidade existe no centro da corrente, a chama no centro é mais longa. Similarmente, desde que a velocidade da corrente de gás é mais baixa próximo à parede onde o atrito é maior, aquela porção da chama é mais curta. Da análise dos princípios que fundamentam a formação do cone de chama, é possível entender as condições do fluxo que existem ao longo da última porção de gás no corredor do bico. Um regulador pode ser descrito como um aparelho mecânico para manter o recalque de um gás em uma pressão substancialmente constante e reduzida mesmo que a pressão na fonte seja mudada. Reguladores usados em OFW e aplicações afins são redutores de pressão ajustáveis, projetados para operar automaticamente depois de um ajuste inicial. Exceto por pequenas diferenças, todos os reguladores operam sobre um mesmo princípio básico. Eles se encaixam em diferentes categorias de aplicação de acordo com suas capacidades de projeto para gases específicos, faixas diferentes de pressão e taxas de fluxo volumétrico diferentes. Reguladores são classificados geralmente como de único estágio ou como sendo de dois estágios, dependendo se a pressão é reduzida em um ou dois passos. A pressão de saída do regulador de único estágio exibe uma característica conhecida como elevação ou flutuação. Isto é uma leve elevação ou queda na pressão de recalque que ocorre quando a pressão do cilindro é esgotada. Esta característica é normalmente prejudicial apenas quando uma grande quantidade de gás é removida de um cilindro de alta pressão para um único uso. Periódicos reajustamentos do regulador corrigirão quaisquer efeitos prejudiciais. Reguladores de dois estágios são essencialmente dois reguladores de um único estágio operando em série dentro de um alojamento. Eles fornecem pressão de recalque constante quando a pressão do cilindro é esgotada. 4.6.1. Princípio de Operação Os componentes de um regulador de pressão são mostrados esquematicamente na figura 9. Os elementos principais de operação são os seguintes: Um parafuso regulador que controla o impulso de uma mola. Uma mola que transmite este impulso para um diafragma. Um diafragma em contato com uma haste sobre uma válvula de sede móvel. Uma válvula consistindo de um bocal e uma sede móvel. Uma pequena mola localizada sob a válvula de sede móvel. NRON= Parafuso Regulador Tampa Diafragma Bocal Haste Corpo Gude Descarga, a É E Admissão Nela Figura 9 - Regulador de 1 Estágio A Envan dn mala tando q mantas a nada abava anmanta na Envana anhen n Inda dn descarga, a pressão sob o diafragma é reduzida, abrindo ainda mais a sede e admitindo mais gás até as forças em ambos os lados do diafragma serem iguais. Um dado conjunto de condições, tais como pressão de admissão, fluxo volumétrico e pressão de descarga constantes produzirão uma condição balanceada tal que o bocal e seu conjunto de sede mantenham uma relação fixa. 4.6.2. Aplicações de Reguladores Reguladores são produzidos com diferentes capacidades para pressões e fluxos volumétricos, dependendo da aplicação e da fonte de energia. Eles devem, portanto, ser usados apenas para os objetivos pretendidos. Em OFW, as exigências para reguladores de cilindro são consideravelmente diferentes daquelas dos reguladores de estação. No arranjo comumente usado de um maçarico mostrado na Figura 4, Oxigênio e Acetileno são fornecidos cada um por um único cilindro; cada um é conectado em um regulador, que pode ser de um ou dois estágios. Cada regulador é equipado com dois manômetros, um indicando a pressão de admissão ou pressão do cilindro e o outro indicando a pressão de descarga ou pressão do maçarico. Reguladores e manômetros são construídos para resistir a altas pressões com uma margem segura de sobrecarga. Pressões na tubulação raramente excedem 200 psig para o Oxigênio; para o Acetileno não devem exceder 15 psig. Reguladores de estação são, portanto, construídos para baixas pressões de operação, embora eles possam ter uma alta capacidade de fluxo volumétrico. As exigências destes reguladores são satisfeitas adequadamente pelos tipos de um único estágio. Devido a suas limitações de capacidade, os reguladores de estação nunca devem ser substituídos por reguladores de cilindro por causa da possibilidade de ocorrer um sério acidente. 4.6.3. Conexões de Admissão e Descarga dos Reguladores As conexões de descarga do cilindro são de tamanhos e formas diferentes para impedir a possibilidade de conectar um regulador no cilindro errado. Reguladores devem, portanto, ser feitos com conexões de admissão diferentes para encaixar os vários cilindros. O encaixe da descarga do regulador também difere no tamanho e rosca, dependendo do gás e da capacidade do regulador. O encaixe da descarga de Oxigênio tem roscas direitas; o encaixe para os outros gases tem roscas esquerdas com porcas chanfradas. 5. Armazenagem e distribuição A facilidade da distribuição de gases para a peça é dependente da localização, tamanho, exigências de consumo e aplicação dos vários processos a oxigás. Métodos de distribuição podem ser por cilindros simples, cilindros derivados portáteis ou estacionários, sistemas de grande porte e tubulações. Cilindros individuais de Oxigênio e Acetileno fornecem uma fonte adequada de gás para soldagem e maçaricos de corte que consomem uma quantidade limitada de gás. Carrinhos são usados extensivamente para fornecer um suporte conveniente e seguro para os cilindros. Os gases são transportados facilmente por este meio. Oxigênio pode ser trazido ao usuário em cilindros individuais como gás comprimido ou como líquido; existem também diversos métodos de distribuição de grande porte. Oxigênio gasoso em cilindros está normalmente sob uma pressão de 15.170 kPa. Cilindros de várias capacidades são usados contendo aproximadamente 2. 2.3. 3.5. 69 e 8.5 m? de Oxiaênio. Oxigênio gasoso. Neste caso, também, os cilindros são equipados com conversores líquido- gás, ou podem usar vaporizadores externos. Deve-se tomar cuidado de não se exceder uma certa taxa de fluxo de Acetileno para um dado tamanho de cilindro. Se a demanda volumétrica for muito alta, a Acetona pode ser arrancada junto com o Acetileno. Dois ou mais cilindros podem ser derivados juntos para fornecer altas taxas de fluxo. 8.1. Cilindros Derivados Cilindros individuais não podem fornecer altas taxas de fluxo de gás, particularmente para operações contínuas em longos períodos de tempo. A derivação de cilindros é uma resposta para este problema. Um volume razoavelmente grande de gás é fornecido por este meio e ele pode ser descarregado a uma taxa moderadamente rápida. Derivações são de dois tipos, portáteis ou estacionárias. Derivações portáteis podem ser instaladas com um mínimo de esforço e são úteis onde volumes moderados de gases são requeridos para trabalhos de natureza não repetitiva, também na oficina ou no “campo”. Já derivações estacionárias são instaladas em oficinas onde grandes volumes de gás são requeridos. Tal derivação alimenta um sistema de tubulação distribuindo o gás para várias estações por toda a planta. Este arranjo habilita muitos operadores a trabalhar em um sistema de tubulações comum sem interrupção. 5.2. Sistemas de Grande Porte Para satisfazer um grande consumo de algumas indústrias, Oxigênio gasoso pode ser transportado de uma usina produtora ao usuário em uma série de múltiplos cilindros portáteis ou em longos tubos de alta pressão montados sobre caminhões de reboque. Os reboques podem conter de 850 a 1420 m? em grandes unidades e 285 mº em pequenas unidades. Um grande volume de Oxigênio pode também ser distribuído como um líquido em grandes reservatórios separados, montados em caminhões de reboque ou vagões de trem. O Oxigênio líquido é transferido para tanques de armazenamento na propriedade do consumidor. O Oxigênio é retirado, convertido em gás e passa em tubulações de distribuição, quando necessário, por meio de equipamentos reguladores. 6. Metais soldáveis pelo processo OFW pode ser usado para uma larga faixa de metais e ligas ferrosas e não ferrosas. Como em qualquer processo de soldagem, entretanto, as dimensões físicas e a composição química podem afetar a soldabilidade de certos materiais e peças. Durante a soldagem, o metal é levado a uma faixa de temperatura quase igual àquela do procedimento de fundição. O metal base na área da solda perde aquelas propriedades que lhe são dadas por tratamentos térmicos anteriores ou conformação a frio. A capacidade de soldar materiais como aços de alto carbono e alta liga é limitada pelo equipamento disponível para tratamento térmico após a soldagem. Estes metais são soldados com sucesso quando o tamanho ou natureza da peça permite operações de pós-tratamento térmico. 6.1. Aços e Ferro Fundido Aços de baixo carbono, baixa liga e fundidos são os materiais mais fáceis de soldar por OFW. Normalmente são necessários fluxos na soldagem destes materiais. Em OFW, aços contendo mais de 0.35% de Carbono são considerados de alto carbono e exigem cuidado especial para manter suas propriedades particulares. Acos liaa temperáveis ao ar requerem engolimento ( backfiring ). Um fluxo muito alto resultará numa alta velocidade da chama que é difícil de manusear e soprará o metal fundido da poça. 10. Ajuste da chama Existem 3 tipos de ajuste da chama oxiacetilênica, mostrados na Figura 10. A chama neutra é obtida mais facilmente pelo ajuste da chama com excesso de Acetileno que é reconhecida pela extensão do cone interno (“aleta”). A aleta irá diminuir quando o fluxo de Acetileno decrescer ou o fluxo de Oxigênio aumentar. Um método prático para se determinar o excesso de Acetileno numa chama é comparar o comprimento da aleta com o comprimento do cone interno, medindo ambos no bico. Uma chama com excesso de 2 vezes a mais de Acetileno terá uma aleta com 2 vezes o comprimento do cone interno. O ajuste da chama oxidante é dado algumas vezes como a quantidade pela qual o comprimento do cone interno neutro pode ser reduzido - por exemplo, um décimo. 11. Qualidade da solda A aparência de uma solda não necessariamente indica sua qualidade. Se existem descontinuidades na solda, elas podem ser agrupadas em duas classificações gerais: aquelas que são aparentes à inspeção visual e aquelas que não são. O exame visual da parte de baixo da solda determinará se há penetração completa e se existem glóbulos excessivos de metal. Penetração inadequada pode ser causada pelo chanframento insuficiente das bordas do metal, raiz muito espessa, alta velocidade de soldagem, maçarico inadequado e manipulação incorreta da vareta. Mordedura e sobreposição das laterais das soldas podem ser detectadas pelo exame visual. Embora outras descontinuidades como fusão incompleta, porosidade e ruptura possam ou não aparecer externamente, excessivo crescimento de grão e caroços não podem ser determinados visualmente. Fusão incompleta pode ser causada por aquecimento insuficiente do metal base, alta velocidade, inclusões de gás e sujeira. Porosidade é resultado da penetração de gases, normalmente Monóxido de Carbono. Caroços e ruptura são resultados das características metalúrgicas da soldagem. 12. PRÁTICAS DE SEGURANÇA Ninguém deve tentar operar qualquer aparato de OFW antes de ser treinado ou trabalhar sem uma supervisão competente. E importante que as recomendações do fabricante sejam seguidas. Algumas práticas de segurança podem ser citadas como: 1. Oxigênio sob alta pressão pode reagir violentamente com óleo, graxas ou outros materiais combustíveis. Portanto, eles devem ser mantidos afastados dos cilindros e de todo o equipamento a ser usado com Oxigênio. 2. Acetileno é um gás que queima facilmente. Logo ele deve ser mantido afastado de fontes de calor. Em altas pressões, torna-se explosivo. Os cilindros devem, portanto, ser manuseados com cuidado e a instalação deve possuir válvulas de segurança e reguladores de pressão. Devem também ser armazenados em locais bem ventilados, limpos, secos e livres de outros combustíveis. 3. Manter o Acetileno livre de Cobre, Mercúrio ou Prata, pois a combinação destes com o gás gera compostos altamente explosivos. (A) Chama de Acetileno Puro Cone Aleta de Acetileno Claro muito Clara (B) Chama Carburizante Sem Aleta de Acetileno Azulada a Laranja (C) Chama Neutra Cone Branco Cone Dois Décimos mais Quase Curto Incolor (D) Chama Oxidante Figura 10 - Ajuste da Chama Oxiacetilênica.
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