Baixe Apostila Eletricidade e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! asuau
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Centro a ado da FEI
ELETRICIDADE
BÁSICA
NE9110 2007
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EE 311 - ELETRICIDADE - Tópico: Teoria de Corrente Contínua - Prof. Devair - FEI
=> Malha: Qualquer laço que não possui no seu interior outro laço, é definido
como malha. No circuito da FIG. - 1.1 podemos localizar duas malhas: (B1,
B2 e B3)e (B3 e B4), observe que o caminho formado pelos bipolos (B1, B2 e
B4) é laço porem não é malha, pois no seu interior existem dois laços
formados por, (B1, B2 e B3) e (B3 e B4).
> Gerador Ideal de Tensão. É um bipolo elétrico que mantém a tensão nos
seus terminais qualquer que seja a corrente elétrica solicitada. Na FIG. — 1.1
o bipolo B1 simboliza um gerador ideal de tensão. A tensão também é
denominada de diferença de potencial (DDP) sendo representada no circuito
por uma flecha, cuja seta indica sempre o potencial positivo do bipolo. A
unidade básica da tensão é o Volts (V) e os seus derivados mais comuns
estão na tabela abaixo:
Derivado MV KV mv uv
Valor 108 v 103 v 4073 y 108 v
=> Corrente Elétrica (Amperes): é um movimento ordenado de cargas
elétricas no interior de um condutor elétrico, provocada pela presença de um
gerador de tensão nos seus terminais. A corrente convencional sempre sai
do terminal de potencial positivo e entra pelo terminai de potencial negativo
do gerador de tensão. A unidade básica da corrente é o Ampere (A) e os
seus derivados mais comuns estão na tabela abaixo:
Derivado MA KA mA EA
Valor 108 A 403 A 103 A 108 A
Prof. Devais A. Arrabaça 2a
EE 311 - ELETRICIDADE — Tópico: Teoria de Corrente Contínua - Prof. Devair - FEI!
=> Característica Elétrica: Qualquer bipolo elétrico é caracterizado pela sua
função caracteristica dada por V = f(I), onde a variável “V” é a tensão e a
variável “[” é a corrente aplicadas nos seus terminais. Porisso analisar um
circuito elétrico corresponde à determinar as tensões e as correntes em
cada bipolo deste circuito. Por exemplo, analisar o circuito da FIG.-1.1 acima,
corresponde à encontrar os valores das correntes If, 12, 3 e 4 e das tensões
VI, V2, V3 e Va.
=> Potência Elétrica (Watts): Em qualquer bipolo elétrico o produto da tensão
pela corrente nos seus terminais, define a sua potência elétrica. A potência
será fornecida ou gerada quando o bipolo for gerador e recebida, dissipada
ou útil quando o bipolo for receptor. A unidade básica de potência é o Watts
(W)e os seus derivados mais comuns estão na tabela abaixo:
Derivado MW KW mw uwW
Valor 108 w 192 w 103 W 108 W
=> Convenção de Receptor: O bipolo será considerado um receptor se a
corrente entrar pelo seu terminal de potencial negativo, (Corrente e tensão
no mesmo sentido). Na FIG. — 1.1 apenas o bipoio “B1” é gerador ou fonte,
pois nele a corrente entra pelo potencial negativo.
= Convenção de Receptor: O bipolo será receptor se a corrente entrar pelo
seu terminal de potencial positivo, (Corrente e tensão em sentidos opostos).
Na FIG. — 1.1 os bipolos “Bz, B3 e B4” são receptores cu cargas, pois a
corrente entra pelo potencial positivo deles.
= Associação Série de Bipolos: Dois ou mais bipolos estão associados em
série quando forem atravessados pela mesma corrente elétrica. Na
associação série a tensão é dividida entre os bipolos, porisso é chamada de
divisor de tensão. Na FIG. — 1.1 os bipolos B1 e B2 estão associados em
série, pois são atravessados pela mesma corrente elétrica, (11 = 12).
Prof. Devair A. Arrabaça 21
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=> Associação Paralelo de Bipolos: Dois ou mais bipolos estão associados
em paralelo quando estão submetidos à mesma tensão. Na associação
paralelo a corrente se divide pelos bipolos, porisso também chamado de
divisor de corrente. Na FIG. - 1.1 os bipotos B3 e B4 estão associados em
paralelo, pois estão submetidos à mesma tensão, (V3 = V4).
1.2 + ANÁLISE DE CIRCUITOS E AS LEIS DE KIRCHHOFE
Analisar um circuito elétrico corresponde à determinar a potência em
cada bipolo do circuito. Sempre a soma das potências geradas ou fornecidas
é igual à soma das potências dissipadas ou recebidas.
Na teoria, a análise de circuitos é feita utilizando os conceitos básicos
das duas leis de Kirchhoff e da característica elétrica de bipolos, com estes
conceitos é possível analisar teoricamente qualquer circuito elétrico.
No laboratório um circuito elétrico é analisado com o auxílio de um
instrumento chamado “Multimetro”. O multimetro mede várias grandezas
elétricas, para nós interessa saber que ele mede:
a) Tensão continua: Nesta condição ele é chamado de “ Voltimetro ” e
deve ser ligado em paralelo com o bipolo no qual se deseja saber a
tensão, Na maioria das aplicações ele é considerado ideal, ou seja, o
voltimetro se comporta como um circuito aberto que corresponde à
corrente nula ou resistência intema infinita, (1 = 0 ou Rint= 0).
b) Corrente Contínua: Nesta condição ele é cnamado de “ Amperímetro ”
e deve ser ligado em série com o bipolo no qual se deseja saber a
corrente. Na maioria das aplicações ele é considerado ideal, ou seja, O
amperímetro se comporta como um curto-circuito que corresponde à
tensão nula ou resistência interna nula, (1= 0 ou Rint = 0).
Prof. Devair A. Arrabaça aiz1
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1.3 —» ANÁLISES DE MALHAS
Considere o circuito da FIG. — 1.3 abaixo:
10K 1K
PA a i AAA
4a tm Ib t 1
vt v3 +W ic
E v2 2K va $ AK
FIG. — 1.3 — Circuito com cinco bipolos, dois nós e 2duas malhas
Podemos escrever as equações
la=Ib+lc > lb=fa-le
E=M+V2 > E=10Kla+2KIb = 110=10Kla+2k(la-lc)
V2=V3+V4 > 2Klb=1klc+1kic > 2k(ia-lc)= 2Klc
De (5)> 2kla=4Klc => la=2 lc
(6) em (4) => 110=10K 2 Ic+ 2K(21c— lc) => 110 = 20K lc + 2KIc =>
10=22Kilc > lce=5 mA, la=10mAelb=5ma.
(4)
(5)
(6)
Notamos que tivemos que adotar três correntes e que porisso
resolvemos um sistema de três equações a três incógnitas. Se escrevermos
de forma adequada as equações (4) e (5), notaremos que é possivel montar
diretamente, sem escrever a equação la = Ib + lc, um sistema de duas
equações á duas incógnitas, obtido apartir das correntes das duas malhas,
Das equações (4) e (5) resulta:
iZKla-2K ec
-2K la + 4K lc
110
n
o
2
(8)
Este mesmo sistema de equações pode ser diretamente obtido do circuito,
levando em consideração as regras à seguir:
Prof. Devair A. Arrabaça UM
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« Dado o circuito, Identificar todas as Malhas. (No caso: duas malhas)
« Adotar as correntes de malhas todas no sentido horário. No caso:
resulta o circuito da FIG. 1.4 abaixo. -
10K 1K
AAA gm AA
+la +1b + ic
de
110v E h $ 2K > 3 1K
FIG. — 1.4 — Representação das Correntes de Malhas
« Montar o sistema de equações abaixo:
+Rad Razi = Vst
-Raiy +Roziz = Voz
onde:
he lz são as respectivas correntes de malhas. No caso lj = laelz=lIc.
R41 é sempre positivo e igual a SOMA das resistências que pertencem a
MALHA “1º. No caso: R11 = 10K + 2K = 12K
R52 é sempre positivo e igual a SOMA das resistências que pertencem a
MALHA “2º. No caso: R22=1K + 1K + 2K =4K
R42 =R24 são sempre negativas e iguais à resistência comum às MALHAS
“1e2".No caso Ri2=R21=2K
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Vs4 é sempre a soma algébrica das fontes de TENSÕES que pertencem à
malha “1”, sendo positivo se a corrente da malha entrar pelo NEGATIVO da
fonte e negativo caso contrário. No caso Vsq =+ 110V
Vez é sempre a soma algébrica das fontes de TENSÕES que pertencem à
malha “2º, sendo positivo se a corrente da malha entrar pelo NEGATIVO da
fonte e negativo caso contrário. No caso Vs2 =O0
Resulta o sistema abaixo, que é o obtido anteriormente.
+12K & —2K 12
— 2K 4 + 4K 2
110 -> igualaequação (7)
0 = igualaequação (8)
“
Conhecendo as correntes de malhas ( |, e lz ) podemos determinar as
correntes de ramos (la, Ib, Ic ), resulta:
la=H = lã=10mA
lb=hH -Iz > p=5mA
Ile=I2 > fe =5mA-
Podemos então determinar as potências:
No bipolo de 110V > P=110x10? =» P=1,1W (gerada)
No bipolo de i0k => P=10"x 10! >P=1,0W (recebida)
No bipola de 2k => P=2x10'x25x10º =» P = 0,05W (recebida)
No bipolo de 1k = P=10x25x10º => P=0,025W (recebida)
No bipolo de 1k =>P=10'x25x10º =>P=0,025W (recebida)
OBS: SEMPRE A POTÊNCIA TOTAL GERADA É IGUAL À TOTAL RECEBIDA.
Prof. Devair A. Arrabaça 9421
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CAP 02 > TEOREMA DE THÉVENIN
TEOREMA DE THEVENIN
2.1» INTRODUÇÃO
O teorema de Thévenin é uma ferramenta muito eficiente para a
análise de circuitos, pois permite simplificar circuitos mais complicados,
facilitando o entendimento e a análise do circuito equivalente final.
O teorema de Thévenin estabelece que qualquer circuito ou sistema
linear composto por resistores e fontes de tensão (ou de corrente), quando
olhado através dois pontos (A e B) diferentes, pode ser substituído por uma
fonte de tensão equivalente (Vth) ligada em série com um resistor (Rth)
equivalente.
A tensão Vth é a tensão Vas calculada entre os dois pontos Ae B. A
resistência Rth é a resistência equivalente calculada entre os pontos A e B,
eliminando-se todas as fontes do circuito (abrir fontes de corrente e curto
circultar fontes de tensão).
2.2-» Cágulo de Rth e Vth.
Considere o sistema abaixo desenhado.
Circuito
qualquer
contendo
resitores
e fontes
Prof. Devair A. Arrabaça 12/21
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« Retirar o ramo AB do circuito dado, deixando os pontos A e B em aberto.
A
e Hs
Circuito
qualquer
contendo
resitores
& rontes
os
B
» Calcular a tensão entre os pontos A e B.
VaB= VYrh
e CURTOCIRCUITAR as fontes de tensão e ABRIR as fontes de corrente e
calcular a resistência entre os ponto A e B.
Rag = Rrh-
e Montar o gerador equivalente de Thevenin, ligar como carga o ramo AB e
calcular V, | ou P desejado.
no A
A
Circuito A
qualquer T th
contendo R — R
resitores o
e fontes Rth
1
B
B
Prof. Devair A. Arrabaça 1321
EE 811 - ELETRICIDADE — Tópico: Teoria de Comente Contínua - Prof. Devair - FEI
2.3 - Exemplo: Aplique o Teorema de Thevenin no circuito abaixo
e determine a potência no resistor R, = 4,00.
200 50
MAN o A
+ d+
=40V R “= 90vy
Cálculo da resistência do Thévenin (Rth)
—APNAS AAA
20 dA 50
| | Rrn= 20/15 =40
Tt B
Cálculo da tensão de Thevenin (V,m)
NANA AAA
200 dA 59
+ +
> 140V Vm 904 —
lx B
Prof. Devair A, Arrabaça 14121
EE 311 - ELETRICIDADE - Tópico: Teoria de Corrente Contínua - Prof. Devair - FEI
Resposta
—— Eth=24,33 4
Rth=2064 Ohms
Mm À
1K
3 — Utilize o Thévenin e calcule a corrente no resistor de 1,2 KO
no circuito abaixo.
12K
12k 50%
RC Hi—s
1,5K
2,2k 1K
SAN ——
Resposta
42,52 WA,
DT Em-er,9a v
Rth=868 Ohms
Prof. Devair A, Arrabaça
17421
EE 311 - ELETRICIDADE — Tópico: Tearia de Corrente Contínua - Prof. Devair -
FEI
4 — Utilize o Thévenin e calcule a tensão no resistor de 2,2 KO no
circuito abaixo.
12K
APV
12K 59
+ Viv ——
120 v 1,5K
22H 4K
+ AAA —
Resposta
Et AV
Rth=1483 Ohms
Prof. Devair A. Arrabaça
15K
22K
18/21
EE 3t1 - ELETRICIDADE - Tópico: Teoria de Corrente Contínua - Prof. Devair - FEI
2.5 - EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 — Dado o circuito abaixo, utilize o Thévenin entre os pontos A e
B e calcule a tensão sobre o resistor de 4 Ohms.
8 Ohm
VAN A,
2 Ohm A 10 Ohm
e NA Ny o d
— 100Y 4 Ohm 3 Ohm
B
Resposta. V = 62,78 V
2 - Dado o circuito abaixo, utilize o Thévenin entre os pontos A e
B e calcule a corrente no resistor de 10 KOhms.
AA
10 k Ohm
4k Ohm 4k Ohm
Ao MAD VAN, B
— 100 Y 8k Ohm 5k Ohm
Í 100 Y
Hi
Resposta: |= 10 mA.
Prof. Devair A. Arrabaça 19/21
JUVCRECLCRAECAa MRS ENACDOOUA PRADA
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ELETRICIDADE
BÁSICA
NE9110 2007
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CANNDDRDnNNNanaRaa sa nnnansnannan anna sas
1. REGIME SENOIDAL MONOFÁSICO PERMANENTE
1.1 INTRODUÇÃO
O estudo do regime senoidal monofásico permanente será apresentado aqui
de umu maneira bem resumida, enfatizando os conceitos mais importantes, sem
entretanto entrar no rigor das definições ou demonstrações correspondentes. Além
dos exercícios resolvidos, os exercícios propostos se tornam obrigatórios para uma
real avaliação do aprendizado.
Lembramos que maiores detalhes sobre o assunto poderão ser encontrados na
bibliografia indicada pelo professor.
No nosso curso adotaremos unicamente as unidades do Sistema Intemacional,
ficando, portanto, subentendidas como tal se as mesmas não forem mencionadas.
1.2 FUNÇÕES SENOIDAIS
Ao observarmos, através de um osciloscópio, a forma de onda da tensão nos
terminais de uma tomada monofásica em nossa casa, poderemos, por exemplo, obter
a forma de onda mostrada na figura 1.1. Notamos tratar-se de uma função senvidal,
e, como tal, uma grandeza altemada e periódica.
KR
oscrroscório
EQ]
wmi(rd)
-nM4 O 2n
figura 1.1
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 11
deverão estar na cabeça;
c-) empregando fasores - é um método prático que passaremos a estudar no próximo
item.
12 FASORES
Se lembrarmos que todas as tensões e correntes num circuito possuem a
mesma fregiiência, podemos estudá-las num particular instante, t = 0, destacando de
.
cada uma delas apenas o valor eficaz e a fase inicial, dando origem a um fasor V
«
paraatensãoe | paraa corrente.
Exemplo 1.1 - Podemos associar o fasor V à tensão v da figura 1.1, como
segue:
v= 155,56 «sen (371 + E)
OL
y y y
n| o
Vy = 155,56 “esquece” 0=+—p V= Hof + 1/4
+ 4 DOI.
V=Ti0
.
O jeitão deste fasor V é o de um número complexo na forma polar, e, como
tal, será tratado e representado daqui prá frente.
Lembrando:
argumento
. f
V= to /+4 n/4
módulo
A representação deste fasor pode ser vista na figura 1.4
eixo imaginário
eixo real +
figura 1.4
Em alguns casos o procedimento inverso é desejável, ou seja, dado o fasor V,
desejamos escrever a função vt).
Há de se ressaltar que neste caso aquela fregiiência que “ esquecemos” deve
ser “ lembrada”, como mostra o próximo exemplo.
Exemplo 1.2- Dada V=380/n/6 ,com f=50Hz, escrever v(t).
Lembramos que:
v=Vy .sen( wm.t+ 6)
ese
4 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
V=380/n/6 > 8=n/6 rd
u
V=380 > Vy=380N2 = 53740
com f=50H: >w=2:n:f=2:n:50=34rd/s
dat:
v=537,40.sen(3idt+a/6)
Final da história: tratando as diversas funções senoidais envolvidas num
circuito como sendo fasores, podemos facilmente aplicar as leis dos circuitos, pois
estaremos diante de operações com números complexos, as quais relembramos no
próximo item,
1.4 OPERAÇÕES COM NÚMEROS COMPLEXOS
Relembraremos, através de exemplos, as quairo principais operações
envolvendo numeros complexos, salientando, entretanto, que sua calculadora sabe
fazer rapidinho as mesmas; não deixe de consultar o manual e treinar com os
exercícios propostos.
a-) soma e subtração - Preferencialmente usamos a forma retangular.
Exemplo 1.3 - Se
A=10+;20 | A+B=(10+5)+J(20-3)=15+j17
e e
B=5-j;3 A-B=(10-5)+j;j(20+3)=5+ 723
b- ) produto e divisão - Preferencialmente usamos a forma polar.
Exemplo 1.4 - Se
A=19/m/3 | A-B=10-5/ n/3+n/6 =50/n/2 .
e e
B=5/n/6 | AIB=10/5/n/3-n/6 =2 /n/6.
Atenção: conversão da forma retangular para a polar e vice-versa:
Exemplo 1.5 - Dado A =10+ jIO-43, queremos saber A= M/6 , como
mostrado na figura 1.5.
3
10,3 feseeremeeos o
figura 1.5
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 1-5
M= IO+(10/3P =20
A=20/ n/3
O=areig 10-3/10 = 1/3 |) [nã
Exemplo 1.6 - Dado A=103/ n/6 , queremossaber A=za+jb,
como mostrado na figu a 1.6.
Figura 1.6
15
5.3
q
a= 10:43 -costn/6)
= 15+5.
b = 103 sen(n/6) fa 545.5
Entre nós: o argumento utilizado nos exemplos anteriores foi dado sempre em
radianos, mas ele pode ser dado tanto em radianos como em graus. Achamos meio
chato trabalhar em radianos e daqui prá frente usaremos sempre graus que é mais
gostosinho. Por outro lado vamos tentar evitar confusão somando graus com
radianos quando precisar calcular valor instantâneo de uma função, o que vai ser
coisa meio rara em nosso curso.
1.5 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1.5.1 - Dadas as tensões v = 179,61. sen( 5004430) .. (V)
v> = 311,13. sen( 5004 - 60) ... (V)
Pede-se:
ajr+m
Os fasores correspondentes podem ser escritos como:
Vi=127/ 30º e Va2=220/-60º
Para somar, os números devem estar escritos na forma retangular, logo
Vy = posso 2
DEMO vs = 220-512705 =254/- 300
Vo = JO - j190,53
vptvo = 254.42. sen 5004- 30º) = 359,21. senf 500.1- 30º)... (V)
b-)v;-v>
Para subtrair, os números devem estar escritos na forma retangular, logo
.
Vi = 6 os
DO OMI py, = 04525403 =254/ 90º
Vaz = HO - j 190,53
= vr-vp= 254.42 sen( 500. + 90º ) = 359,2]. senf 5004 + 9) (v)
1.6 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
1.6.3 - Transformar os fasores dados para a forma polar
a) A = 63,50 - j 109,99 b-) B=10+j127 e) C= 127
d)D=10+j0 eJE=V2+n2
1.6.4 - Dados os números complexos A=1 10f P e B= 220/ 90º efetuar as
operações assinaladas, fornecendo seus resultados na forma polar.
ajJl=A+B b)D=A-B cJE=C-D
1.6.5 - Dados os números complexos A =190,53+j10 e B = 32909-;190
efetuar as operações assinaladas, fornecendo seus resultados na forma polar.
aJjC=A.B b-)D = A/B cJE=C.D
1.6.6 - Dada a corrente i = J0. sen( 204-45º) .. (A) pede-se:
.
a-jofasor [ ;
b-) a fregiiência da função i(t);
c-) o valor instantâneo da corrente para 1= 0,1 s.
16.7 -Dada a função v = 479,61. sen( 3771460) (V) e o mimero
complexo Z=1II 3 +jll.. (42), pede-seo quociente V/Z.
1.7 POTÊNCIA NOS CIRCUITOS DE TENSÃO E CORRENTE SENOIDAIS
Suponhamos aplicar a um circuito qualquer uma tensão senoidal v de fase
inicial nula que dá origem a uma corrente, também senoidal, i atrasada de um
ângulo O emrelaçãoa v, isto é:
v= Vy senfmt+0") > vV=v/0º
F=Iu.snmi-0) => I=1/-8.
Chamando q=fase da tensão - fase da corrente, temos: p=0-0=6
Definimos:
Potência ativa = P=V.I.cosp .. (W)
Potência aparente = S = V.I.. (VA)
Potência reativa = Q = V.i.senp ... ( VAR)
Fator de potência = FP = cosp ... ( adimensional )
Pelo exposto podemos construir o triângulo de potências, como mostrado na
figura 1.10.
> > sao
P
Edi,
figura 1.10
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 19
1.8 PARÂMETROS R-L-C
1.8.1 Circuito puramente resistivo
Apliquemos a um resistor de resistência pura R uma tensão alternada
senoidal v, como mostra afigura 111.
v
— R ds N7Z >
figura 1.11
Para o circuito apresentado podemos aplicar a lei de Olun, ou seja:
Notamos que a corrente resultante está em fase com a tensão, ou seju, P = º
e seu módulo vale (V/R).
Se observarmos que Vel resultam em fase, podemos dizer que no
.
quociente (V/R) o denominador pode ser visto como um número complexo com
a parte imaginária nula, da forma (R+j0) = R/ 2º.
Isto posto, para o cálculo da corrente podemos adotar o seguinte
procedimento de cálculo:
se v=Vusen(wi+0O) > V=v/ 8
e RO
pela lei de Ohm, temos:
Afigura 1.12 mostraosfasores Vel relativos ao circuito puramente
resistivo apresentado.
110 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
figura 1.12
O fator de porência e as potências envolvidas na circuito puramente resistivo
podem ser calculadas como:
FP = cosy = cof = 1
S=V.l=Vl=(V/R)j=RP
P=V.l.cosg =S.cosp =V.i=
D=V.l.seng =0
Exemplo 1.7 - Uma tensão v = 155,56. senf 3771 + so")
um resistor de 592, como mostrado na figura 1.13
R=350
AMAM
| &
(VêZR) = R.P
O
“
“a
Pede-se:
a-) a leitura do amperimetro
se v = 155,56. sen(3771+50) => V=H0/59º
se R=520 > R=5/0º
aplicando a lei de Ohm:
logo, a leitura do amperímetro é de 22 A.
b-) o fator de potência e as potências envolvidas no circuito
como é um circuito puramente resistivo => p= o
FP = cosy = cos =1
S=V.l = 110.22 = 2420VA
P=S.cosp = 2420.1 = 2420W
O =S.senp = 2420.0 = OVAR
c=bitt)
se l=22/50 = i=22./2.sen(3771+50), ouseja,
PF =ILM se 3774 +) a (A)
1.8.2 Circuito puramente indutivo
é aplicada a
figura 1.13
Apliguemos a um indutor de indutância pua L uma tensão alternada
senoidal v, como mostra a figura 1.14.
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03
b-) o fator de potência e as poiências envolvidas no circuito
como é um circuito puramente indutivo => p= 90
FP=cosp=cs9% -=0
S=V.l = 110.29,18 = 32098VA
P=S.cosg =3190.0=0
Q=S.seno = 3209,8.1 =
c-Jiti)
se 1 =29,18/-400 = 1=29,18.47. sen(3774-40), ou seja,
i =41,27.sen/3771-40) «. (4)
3209,8 VAR
1.8.3 Circuito puramente capacitivo
Apliguemos a um capacitor de capacitância pura C uma tensão alternada
senoidal v, como mostra afigura 1.17.
v
C
| at
H
|
O 4
NO?
vof .
v Perto
8
1 7
figura 1.17
A tensão v aplicada aos terminais do capacitor fará com que o mesmo
adquira uma carga q dada por:
g=C.rv .
Traiando-se de uma tensão senoidal, a polaridade das placas do capacitor,
devido à carga, trocará de sinal duas vezes em cada ciclo da tensão. Esta troca de
polaridade das placas do capacitor pode ser vista como um movimento de cargas
Extemamente ao capacitor, ou seja, como uma corrente elétrica i dada por:
i=dg/d=C.dv/dr
Se
v=Vy-sen(wt+0) > i=(0.CVyu).senfwr+(0+90")]
Chamando
(0.C Vu) = lu > i=lysenfos+(0+90)]
Concluímos que ao aplicarmos uma tensão V=V/9 a um circuito
.
puramente capacitivo, a corrente que o airavessa será 1=1, / 0+90º , ou seja,
90º adiantada em relação à tensão. O valor eficaz da corrente é obtido
multiplicando-se o valor eficaz da tensão por ( .C ). Os fasores tensão e corrente
acham-se ilustrados na figura 1.18.
1.14 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
figura 1.18
Otermo (i/m.C), que será representado por Xç, recebe o nome de
reatância capacitiva, isto é:
Xco=1/0.C=1I42Af.C).. (42)
De modo análogo ao que fizemos para o resistor e indutor, e, observando
que no caso do capacitor a corrente resulta adiantada de 9% em relação à tensão,
. V
podemos ver no quociente 1 = Xe o denominador Xc como sendo um número
c
complexo capaz de adiantar a corrente de 90º em relação à tensão e com módulo
(1/0.C).
Matematicamente:
Xc=0-HI/0.C)=(1I/wc)/-90
Isto posto, para o cálculo da corrente podemos adotar o seguinte
procedimento de cálculo:
se v=Vysen(wr+60) => V=v/0.
e Xe=(I/u-C)/-90º
pela lei de Ohm, temos:
.y v/8
L=— == = (wcv)/e+9 = 1/0+90º
O fator de porência e as potências envolvidas no circuito puramente
capacitivo podem ser calculadas como:
FP = cosp = cos(- 9º) =0
S=eVi=Vi=(tVi/kc) =X?
P=V.l.cosp 0
Q=V.I.seny =V.I.sen(-90)
O = (Vij=-(Vê/m) = -(X.1?)
“
Exemplo 1.9 - Uma tensão v = 155,56. sen( 377.1 + 50º) é aplicada a um
capacitor de capacitância pura 100 uF, como mostrado na figura 1.19.
C=i00uf
||
H
| d
O
“
a
Figura 1.19
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 1-15
Pede-se:
a-) a leitura do amperímetro
se v = 155,57. sen 3771450) > V=no/ 560
se(1/0.C)=(1/27.f.C)=(1/2.7.060.100. 100) = 26,532
então: Xr = 2653 /-90º
aplicando a lei de Ohm:
Xc 2653/90.
logo, a leitura do amperímetro é de 4,15 A.
b-) o fator de potência e as potências envolvidas no circuito
como é um circuito puramente capacitivo > p=- 90º
FP = cosp = cos(- 9” J=0
S=V.i = 10.415 =4565VA
P=S.cosp=456,5.0=0
O =S.seng= 4565/4-1) =-456,5 VAR
e-pitt)
se I=415/ 140º => i=4,15.N2.sen( 3774 + 140º), ou seja,
i=587.sen(3774-40") (A)
Resuminho da hora: a seguir a tabela 1.1 resume as principais características dos
circuitos contendo unicamente R ou L ou €, alimentados por um gerador de
tensão alternada senoidal.
A B
GERADOR »= Hp sent + 6) . > P= nro.
vos
1
k —E,
tr A + BIA 5
ELEMENTO PA ata B| Rã —S po
MA z a
R
ge dl
= 2myji |0co Z.agz.l
COMPLEXO [ir = R/ 0º. x, = x1/90º Xo = Xe/-90
CORRENTE |» y —Y - y
R=G li="—+8-99º Ic=-——/60+99º
Ras Ex | (CS E,
Ri o 99? -99
P=VI P=0 P=0
POTÊNCIA S=VvI s=vi S=vI
9=0 Q=VI Q=-VI
tabela 1.1
1-16 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
Notumos que o ângulo assinalado na figura 1.23 é o próprio q. pois se
multiplicarmos as partes real e imaginária do complexo Z por 1, obreremos
exatamente a figura 1.22.
Em resumo:
a-JZ representa a impedância do circuito;
b-) quando escrito na forma polar Z = Z / P 0 coseno de seu argumento é o
fator de potência do circuito.
Para o cálculo das potências envolvidas, temos:
S=V.i
P=V.I.cosy
Q= VI seng
Exemplo 1.10 - No circuito da figura 1.24 são dados:
v = 155,56. sen(3771-30º)
R=392
L=30mH
C=3004F
c
R L |
k A
»j
figura 1.24
Pede-se:
a-)a impedância do circuito
R=342
L=30mÃi > X=mwdlL=õ377.30.10=113102
C=I04E => Xco=(1/0.C)=[1/(377.300.10")] = 88482
Z=R+X Ne) =3+](11,31-8,84) = 3+72,47
Z=389/ 3947 6
b-Ja leitura do amperímetro
se v =155,56.sen(3774-30") > V=110/-30º
aplicando a lei de Ohm:
I=Lo AoA = 28,28 [-69,47º
Z 389/3947 E
logo, a leitura do amperímetro é de 28,28 A.
c-) a ddp nos terminais de cada elemento
VR = 1R=2828/-6947 3/09 = 84,84 [69470 (V)
h
VL= LX = 28,28 /-69,470 11,31 /90º = 319,85 [20,58 .. (V)
Vc =
mo
“Xe = 2828/6947. 8,84 [-90º = 25000 [15947 ... (V)
Cc AT te
HUGO BUTKERAITIS FEV 4 03 1-19
Observe que mesmo aplicando uma tensão total de 110 Volis na associação, a
tensão nos elementos pode atingir valores elevados ( superior a 300 V na
bobina e da ordem de 250 V no capacitor ). Nada estranho, pois estas tensões
Possuem argumentos que devem ser considerados quando se fizer a soma
a . . .
Vr+ Vi +Voc=V. Estes valores elevados nos elementos são
importantes e devem ser observados quando se pensar na tensão de iso!..ção
que os mesmos devem apresentar.
d-) o fator de potência e as potências envolvidas no circuito
se Z= 389/3947 Q
y
P=3947 = FP =cop=ã77
observe tambémi que q =( fase da tensão - fase da corrente )
S=V.l=110.28,28 = 3110,80VA
P=S8.cosy = 3110,80. cos39,47 = 240141 W
O =S.senp = 3110,80.5en39,47 = 1977,46 VAR
Observe também que S = VP? +92?
e-) qual o elemento e seu valor que colocado em série com o circuito torna unitário o
fator de potência
Para tornar unitário o fator de potência, devemos anular a purte imaginária
da impedância, isto &
original: Z = 3+2,47
final: 2º = 3+52,47 - j247 = ovalor da reatância capacitiva deve
ser 2,47 42
osinal “- “ indica que devemos
acrescentar um capacitor
Cs em série
logo: «
Xe s 1 > G=- DDS = 10735894F
Cs E Tafc, O 377247 5 MADE
o circuito fica com o aspecto:
g”
Cc Es
R L
voor sita]
|
>
NS
vf
JJ anova corrente na situação do item anterior
«
Covo Iof=30º
=== Hoj=s0 36,67 [30º (A)
120 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
note que o módulo da corrente aumentou com relação ao item b-), pois para
a mesma tensão aplicada, Z diminuiu.
8-) as novas potências envolvidas no circuito
S=V.i=110.36,67 =4033,70VA
P=S.cosp = 4033,67. cost? = 4033,70 W
Q=S.senp = 4033,67.senf = 0
note também que S e P aumentaram com relação ao circuito original
4.10 CIRCUITO R-L-C PARALELO
O nosso procedimento para a resolução de um circuito R-L-C paralelo é
bastante semelhante ao circuito série.
Observamos aqui que a tensão é a mesma em todos os elementos e, portanto,
podemos escolhe-la como referência, o que nos leva facilmente ao cálcido das
correntes parciais nos diversos elementos.
Isto posto, achamos conveniente apresentar o métado de resolução dent:o do
exemplo que se segue.
Exemplo 1.11 - No circuito da figura 1.25 são dados:
v = 155,56. sen( 3774- 30º)
R=382
L=30mH
C =3004r
= €
figura 1.25
Pede-se:
a-ja corrente que atravessa cada elemento
Aproveitando os cálculos feitos no exemplo anterior temos:
V=I10/-30º
R=I0> R=I/0 .. (9)
L=30mH > X1 = 1131/90º .. (2)
C=300uF > Xc= 884/-90 .. (2) , dai
“vo no o
IR= 7 3007 36,67/.30º (A)
re = 0/5 = 9,73/120º. .. (4)
XxX, H31/90º
“vo Hol-sf
Ic = xe É R89 90 À Dado (A)
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 1-21
1277,
60 we
figura 1.28
Nestas condições pede-se:
a-)as indicações dos amperímetros A,Aj,A2 e Ay;
b-) a impedância equivalense do circuito;
c-jas potências envolvidas no circuito;
d-) qual a nova indicação do umperimetro A sea fregiiência do alternador passasse
para 50 Hz?
111.7 -Nafigura 1.29 My e M; representam dois motores monofásicos de corrente
alternada com os seguintes dados de placa:
M,
V=220 Volts
Ma
V = 220 Volts
= 60 Hz
Proc =2CV
cosgyy = 0,72
= 60 Hz
Pree=1 CV
cosr = 0,67
Obs.: 1CV=736W
R/2
2
a o M) à desprestvei
R/2
LA
figura 1.29
R representa a resistência ôhmica da linha de alimentação dos motores, feita de fio
de cobre na bitola 4 mn + com 4,65 42/km. À tensão nos terminais dos motores é a
nominal ( 220 V je os mesmos estão trabalhando à Plena carga, situação em que o
rendimento de M, atinge 80% eode M; 78%. Calculara méxima distância que
os motores podem estar do alternador.
111.8 - Na figura 1.30 LF representa um conjunto de 48 lâmpadas fluorescentes
com os seus reatores, as quais podem ser consideradas uma carga R-L-série;
1-24 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
cada carga individual ( lâmpada + reator ) possui valores nominais 120 V/40 W/
cosp = 0,8. Na mesma figura F representa um forno elétrico ( carga resistiva )
com dados de placa 120 V/ 1200 W. Nas condições apresentadas o amperimetro
indica 10 A e a alimentação é feita a partir de um quadro de distribuição distante 25
metros da carga com a utilização de um condutor de cobre na bitola 2,5 mm”, que
apresenta 7,5 $2/ km. Calcular o fatar de potência visto a partir dos pontos A e B.
4 R/2 e
LF F
R/2
AM So ol IT
B D
— l=25m — 1º despresivel À
figura 1.30
1.11.9 - Um ramal de uma instalação elétrica monofásica é constituída de 6 motores
monofásicos de corrente alternada idênticos, com valores nominais à plena carga
220V/2CV/cosp=0,73/n= 85%. A alimentação deste ramal é feita em 220 V,
60 Hz; por se tratar de um ramal curto, pode-se desprezar a resistência ôhmica dos
condutores utilizados. A fim de deixar este ramal atendendo o faior de potência
de 0,92 pensou-se em colocar lâmpadas incandescentes de valores nominais 220 V /
200 W como mostra a figura 1.31. Calcular o número mínimo de lâmpadas para
atingir o fator de potência estabelecido.
2207, (00)
60 Hz
N lâmpadas
É moiores
figura 1.31
12.11.10 - Uma instalação elétrica residencial é atendida com duas fases e um neutro,
cujas tensões estão assinaladas na figura 1.32, que também mostra a distribuição de
cargas pelos circuitos parciais. Calcular as indicações dos amperímetro Ar, A>
€ As. São conhecidas:
Ri=21892 R=308 R$=350 R=25482 R5=55892
X=400 X=458
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 1.25
FASE A
a
NEUTRO
Van Vy E HIOLO?
o o
Pop = 110 (1800
B
figura 1.32
1.12 FATOR DE POTÊNCIA
Os circuitos elétricos residenciais são constituídos principalmente de cargas
resistivas destinadas à iluminação e ao aquecimento. Se considerados resistivos,
estes circuitos residenciais apresentam fator de potência próximo da unidade.
No circuito elétrico da figura 1.33 a potência elétrica ativa, ou potência útil
fornecida pelo gerador ( alternador ) à carga é dada por P=V.i.cosy
4
IL
Ei
z 4|.
Ev Pp Ri|Z=z4e
6
4 ,
p £ A
o
BR
figura 1.33
A tensão V fornecida pelo alternador deve permanecer aproximadamente
constante durante todo o tempo, pois visa atender os dados nominais da carga.
Notamos que para uma determinada potência P, a corrente 1 deve ser tanto
maior quanto menor for o fator de potência da carga.
Como o farurameno da concessionária de energia se baseia na potência P
entregue, concluímos que para transportar os mesmos quilowatts ao usuário ela
necessitará de uma corrente tanto maior quanto menor for o fator de potência da
carga. O próximo exemplo tenta esclarecer melhor tal fato.
Exemplo 1.11 - Um alternador fornece em seus terminais uma tensão de 220
Volts na fregiiência de 60 Hz em duas situações distintas:
4º situação - o alternador alimenta uma carga R-L como mostrado na figura 1.34
126 HUGO BUTKERAITIS FEV /03
Se fizermos X, = Xc, teremos a ressonância série + onde estaremos diante
da impedância minima, o que equivale dizer corrente máxima.
O fator de potência ficou jóia, mas aumentamos o valor da corrente pelo
circuito, ou seja, aumentamos a corrente na carga e a tensão nos seus
terminais, fato que poderá até prejudicá-la, quando levar a valores fora das
suas especificações.
Aumentar a corrente também significa que devemos observar as bitolas dos
condutores da rede, bem como de seus dispositivos de proteção.
Pelo exposto, resolvemos um problema, mas certamente criamos uma série
grande de outros. Não é difícil de concluir, então, que este 1º modo é
desuconselhável para a correção do fator de potência.
2º modo: os capacitores podem ser colocados em paralelo com o circuito original,
como visto na figura 1.36
&
É,
—, |
f Je +— carga criginal
R
vof O =. c
: L
|
para corrigir o FP
figura 1.36
Notamos que neste caso a corrente 14, bem como u tensão nos terminais da
carga permanecem inalierados após a colocação dos capacitores.
Como o único elemento responsável pelo consumo de potênciaativaéo R é
a corrente através do mesmo não se alterou após a colocação de €
concluímos que P é o mesmo, com ou sem C.
.
E o que acontece com a corrente total 1?
Admitindo V =V/ P e acorrente original T, atrasada de um ângulo q
em relação tensão, podemos construir o diagrama fasorial correspondente à
situação original, como mostrado na figura 1.37.
figura 1.37
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 1.29
1-30
A colocação do capacitor dará origem à corrente lc adiantada de 90º em
relação à V, coma mostra o diagrama fasorial da figura 1.38.
figura 1.38
A figura 1.39 mostra a corrente total 1 resultante da soma 1 L+IC
figura 1.39
Pela última figura notamos que podemos ajustar a corrente Ie, com q
colocação deum C adequado, de tal forma atermos tensão de entrada e
corrente total em fase. Nesta condição temos a ressonância paralelo, onde
observamos que a corrente total assume seu valor mínimo.
Resumindo: após a colocação dos capacitores, para a carga nada aconteceu,
a conta no final do mês será a mesma e os condutores de alimentação ficarão
mais aliviados. Estes fatos mostram a preferência por este 2º caso quando se
tratar da correção do fator de potência.
Esto posto, existe um valor adequado de C que leva o circuito à ressonância
paralelo, onde a potência ativa envolvida não se altera e a corrente atinge o
valor mínimo. Este valor é dado por:
L
C= 555
Rê + qr
Algumas vezes este valor mínimo de corrente para um determinado circuito
pode estur associado a um valor grande de € e consegiientemente um custo
alto.
Já que a concessionária permite valores entre 0,92 e 1, podemos calcular
um valor de C mais econômico, para o qual temos:
HUGO BUTKERAITIS FEV /03
cosp = FP da carga original
cos” = FP desejado
Q = potência reativa original
Oc = potência reativa do capacitor
Q' = potência reativa final
Afig.ra 1.40 mostra o triângulo de potências correspondente
Pe
Q
o
figura 1.40
Temos:
Qc=0-0"=P.igp- Prep =Pligp- ep)
Mas:
v2 ,
Oç = Xe = Vé.2.n.f-€
Daí:
C=
Vito UP 1890)
Exemplo 1.12 - Um motor elétrico monofásico pode ser visto como uma
associação R - L - série, como mostra a figura 1.41, onde o altemador o alimenta
cam tensão € fregiiência nominais,
—
f
R=208
2207
pda
NES
L=100mH
figura 1.41
Pede-se:
a-)qualo FP da instalação dada?
L=I00mi=0H> X=2anfL=2.7.60.01 = 37,708
Z=R+jX=20+3770 = 4268/6208... (82)
FPoriginal = cos( 62,05º ) = 0,47
HUGO BUTKERAITIS FEV 4 03 1-3]
2.2 LIGAÇÕES NO SISTEMA TRIFÁSICO
Conforme visto anteriormente, um sistema trifásico de tensões é obtido a
panir de três sistemas monofásicos, ou seja, as tensões nos terminais do altemador
provém de três bobinas idênticas, mas convenientemente ligadas, podendo ocorrer:
a-) ligação triângulo (A ) -asbobinas (1-4), (2'-5') e t3'-6')
pertencentes ao estator do alternador devem ser ligadas conforme figura 2.2.
F 2 3;
= 6º Fr 1
e
+ 4
é é Iê
Pes a
2” 2 A
24"
ALTERNADOR
figura 2.2
a-)ligação estrela (Y )-asbaobinas (1º -4),(2'-5') e (3-6) pertencentes
ao estator do alternador devem ser ligadas conforme figura 2.3.
a
r 2” 3
/ E 1
f r 4
&
de 5 8 ç
$=sEGEN] N Via
2 3 S
2º ZA 4 F SA
2 2
é
ALTERNADOR
2 5/6
figura 2.3
22 HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03
Da mesma forma que fizemos para as bobinas do estator do alternador,
podemos também ligar as cargas trifásicas em estrela ou triângulo, fato mostrado na
figura 2.4.
4] 97] 2 A g 97
L L
7 7
z E
R g Z OU jp I
N N
4 4 A E N
D|Í 5 D
o|Cp 3 LEIS o TT*3 2
R|Z R|Z]
CARGA TRIFÁSICA EM A CARGA TRIFÁSICA EM Y
figura 2.4
Chamaremos grandeza de fase ( tensão ou corrente ) aguela relacionada
com os terminais de uma bobina do alternador ou de uma das impedâncias da carga.
Exemplificando:
no O na O
Viz » V23 e V3j - tensõesde fase .. yin VoN é Van
no. 9 em correntes de fase ...
AN. fon € Ian
Chamaremos grandeza de linha ( tensão ou corrente ) aquela relacionada
com os condutores que interligam o alternador à carga, excluído o nentro.,
Exemplificando:
no A enay
« = .
Vo, Voe Vy tensões de linha
.
correntes de linha
Ir, Izz e 133
Atenção: observar que a ordem dos índices é muito importante na notação fasorial,
+ .
istoé, Vi é ofasoropostode V27; os dois fasores possuem o mesmo módulo,
mas são defasados de 180º.
2.3 RELAÇÕES ENTRE GRANDEZAS DE FASE E DE LINHA NUM A
Vamos considerar um alternador com suas bobinas do estator ligudas em
triângulo, alimentando uma carga irifásica equilibrada, também em triângulo, como
mostra a figura 2.5.
HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 23
Zz Z=ZIe.
—
SO, s AS
z
l
A Fo!
-— ALTERNADOR—» LINHA “ARGIA
figura 2.5
Pela definição de grandeza de fase apresentada no item anterior, vemos de
imediato que numa configuração 4 as tensões de linha se confundem com as tensões
de fase, isto é, vp , va e va são tensões de linha ou de fase.
Estas tensões, segundo a figura 2.1, possuem o mesmo valor eficaz V, porém
guardam entre si uma defasagem de 120" . Na realidade são duas as situações
possíveis para estas 3 tensões, conforme mostra a figura 2.6.
SEQUÊNCIA DE FASES 1.2-3
, Í
Va
io o Vrr = Vo =vVp
fe Voy = V/120º = Vos
7 Fr . .
J V3p = V/+ 120º = Var
. 220º
Poa
SEQUÊNCIA DE FASES 1-3-2
, Í
Va
Vry = VAO =vp
Voz = V/+120º = Vos
V3p = v/.120º =V3
Pg:
figura 2.6
24 HUGO BUTKERATTIS FEV/ 03
Se a indicação do voltimetro é de 220 Volts, calcular:
a-) as tensões de linha ou de fase na carga;
O voltimetro está indicando uma tensão de linha de 220 V, mas por se
tratar de carga em triângulo esta tensão será igual à de fase. O módulo da
tensão é conhecido; adoraremos o argumento da tensão Vj2 como sendo
zero; dai:
vp= D/P o tv)
Va = 20/20
Var = 220) 1207.
«
Observe que se fosse escolhida a fase de Vj2 iguala l0”,o procedimento
seria o mesmo, ou seja:
Vo = 220/1000 (UV)
220/-110º
“q
»
a
H
Va = 220/ 130º
Apenas por simplicidade consideraremos o primeiro caso.
b-) as correntes de fase na carga;
vp jo
In = = , logo:
cz "Gogo "8?
22/.80º = (A) analogamente
ta
3
H
123 = 22/-200º
22/ 40º
a
H
c-jas correntes de linha.
o = Ta (43/30) = 22/ -80º . S3/.30º , logo:
ly) = 22. 3/-110º - (A) analogamente
l22 = 22-03/-230º = 22. /3/ 130º
133 = 22.43/10º
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 27
24 RELAÇÕES ENTRE GRANDEZAS DE FASE E DE LINHA NUMA Y
A figura 2.10 representa um alternador com suas bobinas do estator iigadas
em Y alimentando uma carga trifásica equilibrada também em Y.
1
[ALTERNADOR A mg “ARGA
figura 2.10
Uma simples observação na figura 2.10 mostra que as correntes de linha se
confundem com as correntes de fase, isto é:
Tri = In
lo» = Ian correntes de linha ou de fase
ly3 = [sn
Se considerarmos que as tensões nos terminais das bobinas do alternador
seguem o aspecto da figure 2.1, e que, as mesmas representam as tensões de fase no
alternador ou na carga, podemos escrever:
Ven = Vi = Vin
Ven = Ve/d20º = Von
. .
Vono = Ve/ 420º = Van
As correntes de fase ou de linha podem ser calculadas como:
I =D" = & Ik/-
N Zz Zi? Ir/-9
oo Vw Velo?
lan = = zo Ir/-q- 120º
“oo Van = Vef 1200
In= “do = Ir/-q +20
2-8 HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03
Observamos que as três correntes resultam idênticas em módulo, porém
defasadas de POP. A figura 2.31 ilustra as três tensões de fase e as correntes
correspondentes, admitindo que a carga é induriva.
Figura 2.11
Qual a corrente que passa pelo fio neutro(N'N )?
Na figura 2.10 observamos que;
“ .
. .
Inn = Jin + Fox + Jay
Se na figura 2.11 fizermos esta soma encontraremos como resposta o valor
zero, ou seja, não passa corrente pelo fio neutro. Por este motivo o mesmo se torná
desnecessário.
As tensões de linha correspondentes poderão ser calculadas facilmente se
.
observarmos na figura 2.1) que Vj2 = Vin + Vy2
. .
Se observamos que Von e Vnz são fasores opostos, podemos fazer a
soma em pauta como indicado na figura 2.12
figura 2.12
Daí:
Vi = 3 vel 30º
. .
Obtivemos a tensão de linha Vj2, (3 vezes maior queadefase Vin,
mas adiantada de 30º em relação a esta.
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 29
c-) Resuminho da hora
crtriôngulo: Vi= Ve = 3
.
Ip = Ira e lIm=i/a-so
foz = tr/ mx - 120º o dos rf a- 150º
In = I/0+120 e ly5=1/a+9
FASE LINHA
c: Jestrela: = Ir Vs 3-Vr
Vin = Ve/8B o Vos vi/B+a?
Von = Ve BO es Voc vi/B- o”
u
Van = VE/ BAI e Vis Viff+ 150
FASE LINHA
2.6 EXERCÍCIOS
2.6.1 - Complete as expressões maiemáticas, construindo em seguida o diagrama
fasorial correspondente, indicando os respectivos fasores para os seguintes casos:
aJinti)=15. sent 3771410")
lat) =
irs(t)=
b-Jvo=
va = 155,57. sem 3774 - 90º)
va =
2.6.2 - A figura 2.14 representa uma carga trifásica equilibrada, e parte do diagrama
fasorial correspondente. Determinar à natureza da carga ( R,L ouC) bem como
seu valor.
figura 2.14
2-12 HUGO BUTKERAITIS FEV / 03
2.6.3 - Na figura 2.15 sabe-se que a indicação do voltimetro V; é de 440 Volts. Pede-
se as indicações dos seguintes instrumentos:
a) V; b-JAs CjAs
1
e A,
als 1;
L à;
L z z= 10450"
R
N ha
A ê Fu 3
D 3 z
o| 2
R|é
Figura 2.15
2.6.4 - Na figura 2.16 sabe-se que a indicação do voltímetro V, é de 440 Volts. Pede-
se as indicações dos seguintes instrumentos:
a) Vo b-JA; c-)As ... compare esta resposta com a do
item c-) do exercício anterior
ii
fm
»Obh mim gi
2”
a
figura 2.16
2.6.5 - Numa instalação elétrica comercial devem ser ligadas 300 lâmpadas
incandescentes de valores nominais 127 V/40 W. A tensão a ser utilizada provém de
um quadro de distribuição que apresenta um sistema trifásico de tensões em estrela
com neutro e tensão de linha 220 Volts. Mostrar um esquemático para tal
atendimento, bem como calcular a corrente de linha absorvida pelas lâmpadas.
2.6.6 - Pretende-se substituir as lâmpadas incandescentes do exercício anterior por
fluorescentes com reatores, tendo cada conjunto ( lâmpada + reator ) valores
o a =p. nai . ape
nominais 220 V/40 W/ cosp = 0,85. Pretende-se utilizar o mesmo sistema trifásico
HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 213
e a mesma fiação existente, a qual estava trabalhando no limite permitido de
corrente. Determinar o número máximo de lâmpadas a serem utilizadas neste caso,
indicando também o esquemático da ligação.
2.6.7 - Três lâmpadas incandescentes de valores nominais 220 V/200 W são tigadas
em triângulo e alimentadas po- um sistema trifásico de tensão de linha 220 Volts,
como mostra a figura 2.17.
figura 2.17
.
Adotando-se a tensão de linha V31 com argumento 109º » pede-se os
fasores:
a-) tensões de linha:
b-) correntes de fase:
c-) correntes de linha.
2.6.8 - Um motor de indução trifásico ( MIT ) tem suas três bobinas do estator
ligadas em estrela, numa linha trifásica de tensão de linha 220 Volts, apresentando
um FP = 0,82. O diagrama desta ligação é mostrado na figura 2.18.
U
A
L
7 z
E 220v
R
N
4 N
D 2
0º o 2
A 3
ê (A)
figura 2.18
.
A indicação do amperímetro é de 5 A. Adotando-se a tensão de fase V3n
com argumento zero, calcular:
214 HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03
Um 2º modo de calcular u mesma potência ativa é lembrar os circuitos
monojásicos do capítulo anterior, tratando o trifásico como 3 circuitos monofúsicos
idênticos, o que nos leva a:
P=3.Vr.lr. cosy
Nesta última expressão notamos que se empregam grandezas de fase que em
certas ocasiões não são práticas de serem medidas, comparadas com as de linha.
Deste último fato surge um 3º modo de calcular a mesma potência ativa;
observando a figura 2.21, podemos escrever:
v
Py = 3 lrrceso
=| P=3Vrlpcosp
t
tz
P, 3 Ve "cosp
A 1 8
É, a nosso ver, mais gostosinho calcular a potência ativa deste 3º modo, o
qual será usado preferencialmente em nosso curso.
Chamaremos cosp = fator de potência da carga trifásica equilibrada.
De uma maneira semelhante caiculamos também as demais potências
envolvidas, as quais resumimos:
S=V3.Vi.k
0O= NEN Vi.h.seny
É claro que o triângulo de potências pode ser desenhado também neste caso.
Exemplo 2.3 - Calcular as potências consumidas por uma carga trifásica em
triângulo que absorve 5 A de linha sob 220 V com um FP = 0,8.
Sa = V3.Vi.h = 03.220.5 = 1905,25 VA
Pa = V3.Ve.h.cosp= V3.220.5.08 = 152420W
O, = 3.Vi.k.senp= 43.220.5.0.6 = 1143,15 VAR
Verificação: JP? + Q? = [152420 + HAZIS = 1905,25 ... OK!
Observe que se uma dada carga trifásica for ligada a um sistema trifásico,
inicialmente em 4 e depoisem Y, as potências ativa, reativa e aparente diminuem 3
vezes, visto ser (Ir) = 3(Ir h - Então, podemos escrever:
Sa = 3:Sy Pa = 3-Py OQ = 3-0y
Um 4º modo de medirmos a potência ativa consumida por uma carga Irifásica
pode ser obtido do Teorema de Blondel, ou, como também chamaremos em nosso
curso, método dos dois wattímetros .
Nós utilizaremos este teorema sem a devida demonstração, além de adapiá-lo
à carga trifásica equilibrada, sem a utilização do fio neutro.
Segundo o teorema, a potência ativa pode ser medida como a soma algébrica
da leitura de dois wattímetros monofásicos ( que colocaremos sempre nas linhas 1
e 2 )ligados como na figura 2.22.
HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 217
2 et
. CARGA BÃ
SBB, —o
TRIRÁSICA o pena —o
EIA
3 EM WATTÍMETRO
o 3
A Ou Y BA .. bobina amperimétrica
2" po” O BV .. bobina voltimétrica
to o az
w,
2
figura 2.22
Au leituras individuais dos dois wartimetros, bem como P são dados por:
W=VY.h.co(30- q)
P=W+W
W=Vh.cost3Ê+q)
Observamos que as leituras W, e W> possuem sinais ( + ou-)Jos quais
devem ser considerados, pois para o cálculo da potência devemos providenciar a
soma algébrica.
Queremos destacar também que com os valores e sinais de W, e W> podemos
concluir sobre a natureza da carga, como
a-)jseacarga é resistiva, q = É es W = W
b-)se a carga é indutiva, PP < p< 9, temos:
biJP<p<6 e W>0,W>0e W>W
b2)p=6" o Wh>0,W=0e P=W -
o3p6f< p<9 o wW>0,W<o e lwl>Iw|
bijp=9" e wW>0,W<0e lwl=Iwml|l>P=0
c)seacarga é capacitiva .. dual do caso b-)
Para finalizar observamos que a partir das leituras individuais dos
waitímeiros W; e Wo podemos determinar o FP da carga, como dado a seguir, o
que também deixaremos sem demonstração.
Wi 1+
Sea= = cosp = Rs
2 2a -a+1
Um outro procedimento pode nos levar à 12, como:
Wj- W>
180 = É rms
218 HUGO BUTKERATTIS FEV / 03
Exemplo 2.4 - Uma carga trifásica induiva ligada em Y apresenta FP =
0,12 e solicita da rede uma corrente de 28 A, alimentada sob 220 V. Pede-se:
a-) mostrar um esquemático para a medida da potência utilizando o método dos dois
waitímeiros;
Nossa carga indutiva será representada por uma associação R - L - série,
cuja impedância chamamos de Z. A figura 2.23 mostra o esquema pedido.
má !
f'e io bp
to —+
=28A
é :
H=220W
N
3'od
8
o
2
To
to
Ro
figura 2.23
b-) as leituras individuais dos waztímetros;
Secosp=0I2> p=+831] —carga indutivo» q =+83,11º
Wr=Vi.h.cost30". q) = 220.28.co4 30. 83,11) = 3697,73 W
W=Vih.cost(30+q)=220.28.cos( 30 +83,11º)=-24]7,79W
c-)a potência ativa consumida pela carga.
P=W+W = 3697,,73-2417,79 = 1279,94 W
2.8 EXERCÍCIOS
2.8.1 - Calcular as potências S,P e Q envolvidas no circuito da figura 2.24,
2
z=10460º q
Figura 2.24
HUGO BUTKERAITIS FEV 4 03 2-19
a-jo fator de potência do consumidor;
b-Ja corrente na linha irifásica.
2.8.9 - A figura 2.29 mostra o diagrama de parte de uma instalação industrial
trifásica, onde foi necessária a instalação de um transformador trifásico para
alimentar as duas máquinas. Estas máquinas à plena carga possuem os seguintes
dados:
GRANDEZA Jo máouina: TO MÁQUINA 2
Potência mecânica (CV) 100 10
Rendimento (9%) 80 85
Tensão de linha (V) 440 440
Fator de potência 0,84 0,81
TRANSFORMADOR MÁQUINA
TRIFÁSICO TRIP. e Cá
MÁQUINA
TRIFÁSICA
2
figura 2.29
Com a finalidade de dimensionar o transformador, deseja-se saber qual a
potência aparente envolvida na instalação.
2.8.10 - Um quadro de distribuição fomece um sistema trifásico de tensões,
originárias de um alternador trifásico em Y com neutro, apresentando tensão de
linha de 220 V. Neste quadro está ligada uma carga constituída de:
+) | motor de indução trifásico de 19 CV, 220V e FP = 0,82;
H-) 3 motores monofásicos, cada um de 1 CV, 127 V e FP=0,75
Hl-) 45 lâmpadas incandescentes com valores nominais 220 V/ 100 W.
A carga total foi ligada de uma maneira conveniente a fim de torná-la
equilibrada. Nestas condições, pede-se:
a-) um diagrama mostrando a ligação efetuada;
b-) a potência ativa consumida;
c-) o módulo da corrente de linha consumida;
d-jo FP do conjunto.
222 HUGO BUTKERAITIS FEV / 03
3. TRANSFORMADORES
3.1 INTRODUÇÃO
A quase totalidade da energia elétrica de que dispomos provém de nossos
recursos hídricos, nem sempre próximos dos grandes centros consumidores. Há q
necessidade de um transporte adequado e econômico da energia produzida nas
estações geradoras até os pólos de consumo.
A transmissão econômica desta grande quantidade de energia elétrica é feita
com tensão elevada e corrente baixa, como mostra o próximo exemplo, onde por
simplicidade suporemos sistema monofásico de tensões.
Exemplo 3.1 - Deseja-se transmitir uma potência elétrica monofásico de 4,4
MW através de uma distância de 10 km com FP = 1, admitindo que a perda de
tensão na linha é de 10% . Se a linha de transmissão utiliza condutores de cobre com
pP=I8.10º2.mi/m » qual a seção necessária do condutor se a tensão
empregada for:
a-) 220 Volts;
A figura 3.1 ilustra o circuito a ser analisado.
R12
=
Ê CARGA
PI V ; RESESTIVA
Z=240º
R/2
H— 1=10%m —
figura 3.1
P=V-i-cosq
P= 44:10 W 44105
= LO o gia
V=220V 220-1
cosp = 1
Queda de tensão nalinha = AV =V-W = I0%deV=ã22Voks
Qual a resistência da linha?
AV 22
=. = Elo
1 2-0
Por outro lado, observando que 1 = 2.10'm .. ida e volta,
temos:
pel pol
R= s= É
so R
substituindo:
— 18:107.2-10%
mos — 327.10 mê db = 645 mm
HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 3-1
b-)220kV
Analogamente ao caso anterior:
r=20A
AV' = 22 000 Volts
R'= 11.10" 0
S'=327.10 mi. pr
=064Smm << & tt
É preciso, entretanto dizer que os geradores apresentam restrições técnicas
para a geração de altas tensões, estando estas limitadas a cerca de 20 kV.
É nesta hora gue encontramos uma importante aplicação para os
transformadores, colocando-os ao lado dos geradores, para elevarem as tensões
geradas à valores convenientes q fim de conseguirmos uma transmissão favorável de
energia.
Um processo inverso ocorre quando esta tensão é disponibilizada para os
consumidores, que requerem baixas tensões para seu manuseio sem risco.
Vemos. portanto, que um transformador pode ser usado para elevar ou
abaixar uma dada tensão, sendo daí chamados de transformadores elevadores ou
transformadores abaixadores de tensão, respectivamente,
Em determinadas aplicações o transformador pode não elevar nem abaixar
uma dada tensão; ele funciona como isolador. Este e outros empregos específicos são
vistos em cursos de eletricidade.
De um certo modo podemos comparar o transformador a duas engrenagens,
usadas na transmissão mecânica, onde um conjugado, numa determinado velocidade,
pode ser transformado num outro par ( conjugado X velocidade ), convenientes.
O transformador utilizado na transmissão elétrica recebe a energia elétrica,
isto é, o par ( tensão X corrente » numa determinada tensão e corrente, e fornece esta
mesma energia num outro par ( tensão X corrente ), convenientes.
3.2 FUNCIONAMENTO DO TRANSFORMADOR
Entendemos o transformador como um dispositivo eletromagnético constituído
de duas ou mais bobinas estacionárias capazes de transferir energia elétrica de um
circuito a ouro( s ) através de um acoplamento magnético existente entre ambos.
Podemos explicar o funcionamento de um transformador através da lei de
Faraday, que mostra o upurecimento de uma tensão induzida nos terminais de uma
bobina sempre que um fluxo variando no fempo enlaça suas N espiras, ou seja:
va né
“O a
Ressaltamos a importância do fluxo variável para o aparecimento da tensão,
fato que mostra um transformador não funcionar com tensões contínuas.
Como nas nossas aplicações práticas mais frequentes trabalhamos com
tensões e correntes senoidais na fregiiência de 60 Hz, esta será a base para tudo o
que segue. Complementamos nossa base de trabalho dizendo que o fluxo envolvido
nos diversos circuitos será também senoidal na fregiiência de 60 Hz.
Por simplicidade, também suporemos nosso transformador constituído por
apenas duas bobinas.
Mais uma vez frisamos que alterações nas hipóteses anteriores serão objeto
de cursos específicos.
32 HUGO BUTKERAITIS FEV / 03
uma relação característica do transformador que chamaremos relação de
transformação.
Podemos também considerar para este transformador ideal que:
Nh=N.b ou VWlb=Wh O
Isto quer dizer que as forças magnéio-motrizes no primário e secundário são
idênticas, pois trata-se do mesmo fluxo D em ambos os enrolamentos.
Juntando-se O e O, temos:
DM di 4 RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO
Vo CN OSS ç º ç &
Pela equação O notamos que o enrolamento de maior tensão é atravessado
pela menor corrente e vice-versa.
Notamos também pela equação O quese a > 1 o transformador é
abaixador de tensão, ese a < 1 será elevador de tensão. O transformador isolador
terãa = 1.
Finalmente a equação O mostra a igualdade entre as potências aparentes
nos dois lados do transformador. Este fato justifica o emprego da potência aparente
para especificar um transformador.
Dai, Vi e h são chamados valores nominais da tensão e corrente no
primário, assim como V2 e b são, respectivamente, os valores nominais da tensão e
corrente secundárias.
Exemplo 3.2 - Um transformador tem os seguintes dados de placa: HO kVA,
2200 4 10 V, 60 Hz. O enrolamento de baixa tensão (t BT ) funciona como
secundário e tem 200 espiras. Determinar:
a-) o número de espiras do primário;
Obs.: IIOKVA = Saominal
2200 V = (Vi mominal
HOV = (Vo nominal
60 Hz = fregiiênciade Vi, Vi.b,he & .
Pela expressão O:
Vi NI, 200 Ny
vo O No => no * 20 > N; = 4000 espiras
b-)a corrente secundária máxima que ele pode fornecer a uma carga;
$S=V.h => 10000 =10.h > h=IOO0A
Obs: bh = IO00A = (Lo Juomina = (To )plenacarga = (E Jmáximo
c-) nas condições do item anterior, a corrente primária;
S=Vi.i > 110000 = 2200.1h > = 504
Obs.:ly = S0A = (1 hominat = (1 plena carga = (Ts Jmáximo
d-) se ligarmos ao secundário uma impedância Z2 = 0,55 / 69º OQ e aplicamos
a tensão nominal ao primário, como indicado na figura 3.4, qual a leitura de um
amperímetro colocado no primário?
HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 3.5
——
1; o
É
V
2 q
A
figura 3.4
: = Ve MO oa I000A “2. OE!
2 = 7% — v35 = « menor que Ac OK!
Pela equação O :
N4 12 4000 200
—d 2 20 = —— = Ip = I0A
Non > 200 "1
“ aleitura do amperímetro é de 10 A
e-) se aplicarmos 2000 V ao enrolamento de alta tensão ( AT), qual a tensão no
enrolamento de BT ?
Se V;=2000V —s W=?
Vi Ni 2000 4000
2 > [= e oVãa=ií00Y
V2 NM Va 200 2
33 O TRANSFORMADOR REAL
Num transformador real nem todo o fluxo produzido pelo primário enlaçará
as espiras do secundário.
A existência de fluxo disperso num transformador levará a quedas de tensões
no interior do mesmo. Em nosso curso suporemos desprezíveis estas quedas, o que no
prática é conseguido através de uma montagem conveniente dos enrolamentos
primário e secundário.
Um transformador apresenta perdas de potência em seu interior, das quais
destacamos:
a-) perdas no núcleo de ferro ( Pre ): ocorrem quando uma estrutura de ferro está
imersa num campo magnético variável. Podem se apresentar como:
al-) Perdas por Histerese ( Py ): se o núcleo trabalha com tensão senoidal, a
curva (B)X(H) é vista como um laço, conhecido como ciclo de
histerese, cuja úrea é proporcional à perda de energia por ciclo e pode
ser duda por:
Py = ki f( Bm)"
onde x geralmente está compreendido entre 1,5 e 2,5 , dependendo
do material em estudo. Estas perdas podem ser diminuídas escolhendo-se
um material que apresenta um ciclo de histerese estreito.
3-6 HUGO BUTKERAITIS FEV / 03
a2-) Perdas por correntes de Foucault ( Pr ): representam perdas por efeito
Joule observadas em circuitos elementares pertencentes ao núcleo e
arravessados por fluxo senoidal. Podem ser dadas por:
Pr = do SÊ Boa)”
Estas perdas podem ser diminuídas laminando-se o núcleo no sentido do
fluxo.
As perdas totais no núcleo de ferro são dadas por:
Pre = Py+ Pr
b-) perdas nos enrolamentos de cobre ( Pey ) os enrolamentos construídos com fios
de cobre apresentam uma resistência ôhmica própria, que atravessadas por
correntes serão responsáveis por uma potência perdida por efeito Joule dada por:
Poy= Ri(h) + Ro(b)
onde Rj e R; representam, respectivamente, as resistências ôhmicas do primário e
secundário.
Podemos, pois, ver o transformador como representado na figura 3.5.
6 = Fina
figura 3.5
O rendimento m de um transformador pode ser dado por:
“100... (%)
Observamos, finalmente, que Pre e Pey podem ser determinadas através
dos ensaios em vazio e em curto circuito, respectivamente, mas também não serão
objeto deste curso.
Exemplo 3.3 - Calcular o rendimento de um transformador com dados de
placa JOKVA, 13 2004 220 V, quando está a plena carga e alimentando uma carga
de FP=0,8. Sabe-se que nas condições apresentadas são perdidos 50 W no ferro e
200 Wno cobre.
Se o transformador está a plena carga com FP = 0,8, podemos escrever:
Po =S.cosy = 10000.0,8 = 8000 W
Afigura 3.6 ilustra o transformador estudado:
HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 3-7
——s
figura 3.8
No secundário não foi ligada nenhuma carga, isto é, ficou em vazio. As
leituras observadas foram:
voltimetro: 220 V
amperímeiro: 0,38 A
wartimetro: 60 W
Explique quem deve ser o principal responsável pelo consumo dos 60 W.
3.5.10 - O esquema mostrado na figura 3.9 representa o ensaio de um transformador
que utiliza 3 lâmpadas incandescentes como carga. O ensaio foi feito inicialmente
com a chave CH aberta e em seguida fechada, com os resultados das medidas
apresentados na tabela 3.1. Pede-se, para a chave CH fechado:
a-) o rendimento do transformador;
b-) a potência perdida no cobre.
cH
MN (35 e
É So O O O
o y
figura 3.9
MEDIDA > Wi vo [os
CHAVE W (wW) (v) (A)
ABERTA 20 127 0
FECHADA 950 127 ZA
tabela 3.1
3-10 HUGO BUTKERAITIS FEV / 03
4, MÁQUINAS ELÉTRICAS
4.1 INTRODUÇÃO
A partir de estudos realizados por Michael Faraday em 1831 podemos hoje
entender com maior clareza as ações envolvendo forças elétricas e magnéticas
presentes em átomos com forças mecô cicas atuantes em partículas carregadas de
eletricidade.
Conseguiu-se a partir de então a conversão da energia mecânica em elétrica e
vice-versa através das chamadas múguinas elétricas, que aperfeiçoadas no decurso
do tempo, apresentam hoje um alto desempenho e confiabilidade.
Chamaremos de gerador elétrico a máquina elétrica responsável pela
transformação de energia mecânica em energia elétrica.
A energia elétrica assim produzida poderá ser reconvertida em diversas
outras formas, mas nos próximos itens trataremos da conversão da mesma em
energia mecânica através dos motores elétricos.
4.2 MOTORES ELÉTRICOS
A razão do grande emprego de motores elétricos está intimamente ligada à
utilização da energia elétrica que apresenta custo relativamente baixo, além de ser
uma forma de energia não poluente, facilmente transportável e de comando simples.
Aliado a este fator, atualmente os motores elétricos possuem uma construção
bastante simples, o que faz os custos diminuírem, além de apresentarem uma grande
versatilidade no atendimento de cargas dos muis variados tipos.
De uma maneira muito simples, classificaremos os motores elétricos nos
seguintes grandes grupos:
a-) motores de corrente contínua, que necessitam para seu funcionamento de uma
fonte de corrente contínua, são geralmente destinados a serviços onde um ajuste de
velocidade entre grandes limites é desejável. É um motor relativamente caro, e como
sal, empregado em situações especiais; não serão abordados no presente curso;
b-) motores de corrente alternada, que necessitam de corrente altemada para seu
funcionamento, aproveitam diretamente a forma de corrente fornecida pelas
concessionárias de energia. São motores amplamente utilizados e podemos encontrá-
tos em dois tipos principais:
b1-) motores síncronos, que apresentam velocidade constante, mas requerem
tratamentos especiais para utilização, além de uma construção nem sempre muito
simples. O custo relativamente alto faz diminuir seu emprego e consegiientemente
também não o abordaremos neste curso;
b2-) motores de indução, que apresentam uma velocidade variando pouco
com a variação da carga em seu eixo. Apresenta baixo custo e é, sem dúvida, o motor
elétrico mais empregado, estando presente na maioria das máquinas do nosso dia a
dia, razão para estudá-lo com mais detalhes. Abordaremos o motor de indução
trifásico, ficando o monofásico para um estudo particular do aluno.
c-) motores universais, que podem ser alimentados em corrente continua ou
alternada, tendo aplicação principalmente em pequenas potências, como nos
eletrodomésticos; também não abordaremos este tipo de máquina,
HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 4.1
4.3 MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
4.3.1 PARTES CONSTITUINTES
O moior de indução trifásico - MIT - é constituído basicamente de duas
partes: o estator e & rotor.
O estator compreende uma carcaça, suporte do conjunto, no interior da qual
encontramos um núcleo constituído pelo empilhamento de chapas magnéticas,
apresentando wn perfil capaz e alojar um enrolamento trifásico, isto é, três conjuntos
idênticos de bobinas convenientemente distribuídas e que serão submetidas à tensão
trifásica da rede.
O rotor, também chamado induzido, está assentado sobre um eixo, que
transmitirá a potência mecânica desenvolvida pelo motor , e, dependendo de sua
construção, poderá ser classificado em;
a-) rotor bobinado, que tem montado sobre o eixo um novo núcleo de chapas
magnéticas, onde está alojado um enrolamento trifásico em estrela. Este enrolamenito
poderá ser associado a um reostato trifásico externo, ligado em estrela, através de
três anéis existentes no eixo; o ajuste deste reostato permite uma partida do motor
com corrente conveniente, bem como um controle pequeno da velocidade.
b-) rotor em gaiola, que tem montado sobre o eixo um núcleo de chapas
magnéticas, nas quais estão alojadas barras condutoras dispostas paralelamente ao
eixo e ocupando toda a periferia do núcleo. As extremidades das barras são curto-
circuitadas com anéis condutores terminais, o que faz com que o conjunto barras-
anéis apresentem o aspecto de uma gaiola, como visto na figura 4.1, onde o núcleo foi
suprimido.
figura 4.1
O motor de indução trifásico com rotor em gaiola é o mais simples no aspecio
construtivo, apresentando também baixa manutenção e um custo favorável, motivos
que o tornam largamente empregado.
Nosso curso dará destaque apenas ao motor de indução trifásico de rotor em
gaiola. Neste tipo de motor o rotor nunca é acessível; somente as bobinas do estator
devem ser ligadas à rede trifásica de energia elétrica. As correntes circulantes no
rotor se devem à indução eletromagnética do campo produzido pelo estator, fato que
dá origem ao nome “motor de indução”.
42 HUGO BUTKERAITIS FEV/ 03
figura 4.3
A bobina ( 1-1 ) é atravessada pela corrente 1, a bobina (22') pela
corrente 2e( 3-3 ) pela corrente 3.
Para efeito de raciocínio assumiremos que os valores mávimos das correntes
atinjam o valor 4 (um ), o mesmo se dando com os campos produzidos.
No instante ty «q corrente pela bobina ( 1-1" ) é nula, portanto esta bobina
não produzirá campo em ty. Na bobina ( 2-2") a corrente é negativa, portanto
entrará pelo terminal 2' e sairá pelo 2 e terá módulo (34) + como o campo é
proporcional à corrente, este terá módulo (54) e sentido dado pela regra da mão
direita. Analogamente, para u bobina ( 3-3 ) que em tj é atravessada por uma
corrente positiva de módulo (34). seu campo também terá módulo (54) e
sentido dado pelu regra da mão direita.
A figura 5 também ilustra a composição destes wês campos para o
instante 1, tendo a resultante módulo iguala 15 e sentido da esquerda para a
direita, ou seja, wn campo equivalente ao produzido porum par de pólos ( N-S ) de
um imã permanente, com o pólo N colocado à esquerda eo S à direita, confurme
ilustração.
RUGO BUTKERAITIS FEV/ 03 45
Após um deslocamento de 90º nas correntes , isto é no instante 1»,
usando raciocínio análogo, nota-se que o campo resultante permaneceu com o mesmo
módulo, mas sua direção se deslocou de 90º no sentido horário, sendo agora seu
sentido apontado de cima para baixo.
Nos tempos subsegilentes, através da figura 4.3, notamos que o campo
sempre permanece constante em módulo, mas sua direção e sentido variam do mesmo
ângulo que a corrente, ou seja, quando à corrente completa um ciclo, o campo
completa uma volta.
Um campo cum módulo constante e direção variando senoidalmente com o
tempo recebe o nome de campo girante.
Somente para efeito de raciocínio, poderíamos também obter a campo girante
descrito anteriormente, entre os pólos N e S deum imã permanente, ou seja, de
um par de pólos, com o formato apresentado na figura 4.4, o qual gira em tomo
de um eixo com velocidade angular constante a.
red
cie
Figura 4.4
Aproveitando a idéia amerior, poderíamos imaginar o estator apresentado
na figura 4.3 com suas bobinas substituídas pelo par de pólos da figura 4.4. A figura
4.5 ilustra esta situação, onde o “ imã“ gira com velocidade angular constante w
em torno do eixo O-0O' . É esta figura 4.5 que teremos sempre em mente
quando nos referirmos ao campo produzido pelo estator.
figura 4.5
46 HUGO BUTKERATTIS FEV / 03
No interior deste estator colocaremos o rotor, que neste momento pode
ser visto como uma bobina contendo uma única espira retangular fechada ( curto-
circuitada ), capaz de girar livremente em torno do eixo 0-0".
Assim que O estator é encrgizado, começa a aparecer no imerior do mesmo
um campo girante que será “ visto” pelo rotor, o qual está inicialmente parado. Esta
bobina, isto é, o rotor, vendo o campo girar com velocidade w, terá induzida uma
fem, e, pelo fato de estar curto-circuitada, será percorrida por uma corrente.
Estando a corrente do rotor imersa num meio onde há um campo magnético,
aparecerão nos seus condutores ativos uma força, ou mais precisamente um
conjugado capaz de fazer o rotor girar em torno do eixo 0-0", no mesmo sentido do
campo magnético, tentando alcançá-lo, para tentar anular a ceusa da fe.m. induzida.
Esta última situação nunca será verificada, pois se o rotor tivesse a mesma
velocidade do campo o mesmo não enxergaria uma variação de fluxo, não haveria a
fem. induzida, não haveria corrente pelo rotor e consegiientemente não haveria
conjugado motor.
Desta forma, o rotor sempre apresentará uma velocidade abaixo da
velocidade do campo girante. A situação de equilíbrio será atingida quando houver a
igualdade entre o conjugado motor produzido e o conjugado resistente devido à
carga mecânica presente no eixo.
Do exposto, o rotor e o campo girante nunca terão a mesma velocidade,
isto é, nunca estarão em sincronismo, fato que faz com que o MIT também seja
conhecido como motor assincrono.
Na figura 4.3 notamos que a velocidade do rotor é no sentido horário, pois é
este o sentido do campo girante. Quando necessitamos inverter o sentido de giro do
rotor de um MIT, basta trocar entre si a alimentação de duas quaisquer das três
bobinas do estator. Este fato pode ser facilmente comprovado pela figura 43,
injetando a corrente 3 na bobina ( 2-2' Je a corrente 2 na ( 3-3" ), permanecendo a
corrente 1 injetada nú bovina (1-1')
4.3.3 VELOCIDADE SÍNCRONA OU DE SINCRONISMO
A velocidade do campo girante será chamada de velocidade síncrona ou
velocidade de sincronismo.
Conforme já vimos, esta velocidade é função da fregiiência das correntes
injetadas no estator. Pode-se mostrar, também, que esta velocidade depende da
distribuição das bobinas pelo estator, isto é, cada uma das bobinas do estator pode
estar subdividida em duas ou mais partes, que, através de um arranjo conveniente,
levam o estator a ser equivalente a dois ou mais pares de pólos. Não apresentaremos
neste curso as referidas distribuições, das quais poderiamos concluir que:
Ns = sor + onde:
Pp
Ns = velocidade síncrona, em rpm;
f=fregiiência da corrente ( ou tensão ) do estator, em Hz;
p = número de pares de pólos do estator ( sempre número inteiro ).
Considerando que a fregtiência da rede disponível no Brasil é de 60 Hz, e,
tendo em mente a máquina apresentada na figura 4.3, podemos escrever:
HUGO BUTKERAITIS FEV / 03 , 4.7