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Joinville dados da cidade 2010, Notas de estudo de Direito

Joinville dados da cidade 2010

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 21/06/2010

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Baixe Joinville dados da cidade 2010 e outras Notas de estudo em PDF para Direito, somente na Docsity! a QE cidade em dados DT Eu SSI NT [TUNA UE TU NE NS 2009 La PREFEITURA DE JOINVILLE JOINVILLE CIDADE EM DADOS 2009 FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE JOINVILLE Edição 2009 Agradecimentos A Fundação IPPUJ agradece a todas as pessoas, órgãos públicos, empresas e entidades que, de uma forma ou de outra, colaboraram com a execução deste trabalho nos enviando informações que foram de suma importância para a construção e publicação desta obra. Sem esta parceria não seria possível a realização do Joinville Cidade em Dados 2009. É um privilégio tê-los ao nosso lado. Obrigado! Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Apresentação Colonizar uma região é um ato de heroísmo de um povo, e assim o foi com as terras de Dona Francisca. O processo de construção da cidade de Joinville iniciou muito antes de sua colonização oficial em 9 de março de 1851. Começou com a ocupação luso-brasileira, sesmarias, no Cubatão, “Caxoeira”, Boa Vista, Itaum, Bucarein, Paranaguamirim, Rio Velho, Morro do Amaral, Cubatão Pequeno, Caminho das Três Barras, “Kiriri”, Iririú-Mirim, Itinga, “Guaxamduva” e outros e foi consolidada pela iniciativa mercantilista da Sociedade Colonizadora de Hamburgo de 1849, ao promover a imigração dos colonos da Europa Central para uma região de mangue na encosta da Serra do Mar, iniciativa esta apoiada pelo Governo Imperial do Brasil. 159 anos de história oficial reproduzem um ambiente construído modelado pela dinâmica populacional, (imigração, cultura, apropriação do espaço e dos meios de produção, todos movidos pela economia mundial dos séculos XVIII, XIX e XX. Construir uma cidade não é tarefa fácil, é preciso dar a vida. Isto é Joinville! A publicação Joinville Cidade em Dados 2009 é um diagnóstico ambiental, físico-territorial, social, político e econômico daquela que é a maior cidade do Estado de Santa Catarina. Poderá subsidiar consultorias, pesquisas acadêmicas, a população local e todos aqueles que pretendem conhecer um pouco mais do berço do Rio Cachoeira, das belezas da Serra do Mar e da Baía da Babitonga, do patrimônio arqueológico da região e principalmente dos joinvilenses, nascidos aqui ou não, além de contribuir para a preservação da memória cultural da cidade. Todo município catarinense deveria ter uma publicação similar. O capítulo 1 trata dos elementos que caracterizam a cidade, tais como os símbolos, a localização geográfica e um pouco de sua história. No capítulo 2 é abordada a estruturação territorial e integração regional de Joinville no contexto da região norte/nordeste catarinense, as unidades de gestão política e administrativa do município e a origem dos bairros. A descrição do meio ambiente está no capítulo 3, sendo caracterizado através do clima, relevo, flora, unidades de planejamento e gestão dos recursos hídricos (bacias hidrográficas), unidades de planejamento e gestão do meio ambiente (unidades de conservação da natureza), os remanescentes de manguezais da região leste de Joinville (berçários da vida marinha), o marco regulatório ambiental: o Código Municipal do Meio Ambiente, a educação ambiental formal e não formal e Agenda 21 Municipal. A fauna da região não está incluída nesta caracterização. Como resultado da apropriação do ambiente natural surge o ambiente construído, o qual é sintetizado no capítulo 4. Apresenta-se uma breve história do planejamento urbano, a evolução urbana e demográfica da cidade, os serviços da rede de infra-estrutura urbana, tais como abastecimento de água e de rede coletora de esgotos, fornecimento de energia elétrica e de gás natural, as diversas modalidades de comunicação, os serviços de limpeza pública de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos gerados pela população, programas habitacionais (políticas públicas), o patrimônio histórico, artístico, arqueológico e natural e o marco regulatório de uso e ocupação do solo no município: zoneamento de uso e ocupação do solo, código de posturas e o plano diretor de desenvolvimento sustentável de Joinville. Por outro lado, o capítulo 5 aborda a mobilidade e acessibilidade do cidadão por intermédio do sistema viário e de trânsito locais (rede viária, frota de veículos automotores e instrumentos de educação do trânsito e de exercício da cidadania), a intermodalidade dos transportes e seus terminais mais próximos à sede administrativa (de passageiros e de cargas, rodoviário, ferroviário, aeroviário e marítimo). A modalidade de transporte fluvial não é praticada na região, embora com iniciativas isoladas de reativação da navegação fluvio-lacustre de passageiros na Baía da Babitonga, além da pesca artesanal praticada pela população nativa. A promoção econômica é abordada no capítulo 6 dado, com enfoque na geração de renda, indicadores econômicos, rede de hotelaria, turismo e atividades agro-silvo-pastoris. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ O leitor encontrará no capítulo 7 as estatísticas relativas à promoção social. São priorizadas as unidades escolares nos diferentes níveis de formação científica e técnico- profissionalizante da rede pública e particular de ensino, a inclusão social e bibliotecas de acesso à população. São disponibilizados indicadores no âmbito da saúde pública, tais como: profissionais, atendimento público e privado, unidades hospitalares e cobertura vacinal, políticas públicas de assistência social e parecerias com ONG(s). A questão cultural é herança dos “Pioneiros”, sendo um elemento muito forte na cidade, manifestado desde o os primórdios através da criação das sociedades culturais, clubes de tiro, grupos teatrais e corais. Manifestações culturais, pontos turísticos, atividades de esporte e lazer, parques, centros de convenções, eventos e atividades esportivas e indicadores da cidade estão todos listados. A Festa das Flores, por exemplo, tem sua gênese na “Exposição de Flores e Artes de Joinville”, numa época em que as pessoas, por livre iniciativa, se reuniam para organizar o evento. A segurança pública é competência da União, dos Estado e dos Municípios conforme Constituição Federal de 1988, e estão relacionadas de acordo com as diferentes esferas do poder e representação da sociedade civil. Cabe mencionar uma das mais antigas corporações de combate ao incêndio no país, a SCBVJ — Sociedade de Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, criada oficialmente em 1892. Os 3 setores de representação da sociedade civil organizada estão no capítulo 8. Por último, apresenta-se mapas e figuras ilustrativas que favorecem a compreensão dos assuntos abordados, além de quadros e tabelas que podem auxiliar na pesquisa de fenômenos comportamentais da população. A Fundação IPPUJ pretende desta forma contribuir para a disseminação do conhecimento e, principalmente, preservar a memória cultural de Joinville. Permitido o uso das informações desde que citada a fonte. vi Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 7.3.1 - Programas Mantidos pela Prefeitura Municipal de Joinville/Secretaria de Assistência Social 7.3.2 - Programas de Autoria do Município em Gestão Compartilhada com Organizações Não Governamentais 7.3.3 - Conselhos Setoriais, Vinculados a Secretaria de Assistência Social 7.3.4 - Entidades Conveniadas com a Prefeitura Municipal de Joinville/Secretaria de Assistência Social 7.4 CULTURA 7.5 - TURISMO, EVENTOS, LAZER E ESPORTE 7.5.1 - Turismo Eco-Rural 7.5.2 - Turismo Industrial 7.5.3 - Turismo Infantil 7.5.4 - Parques 7.5.5 - Programas Desenvolvidos pela Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville - CONURB 7.5.6 — Locais para Eventos 7.5.7 - Esporte , 7.6 - SEGURANÇA PUBLICA 7.6.1 - Polícia Civil 7.6.1.1 - Endereços das Unidades da Polícia Civil na Comarca de Joinville 7.6.2 - Polícia Militar 7.6.3 - Comando Regional de Policiamento do Norte (CPNorte) 7.6.4 - Exército 7.6.5 - Sociedade Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville — SCBVJ 7.6.6 - Agentes de Trânsito 7.6.7 - Polícia Federal 7.6.8 - Defesa Civil 7.6.9 - Conselhos Comunitários de Segurança — Conseg 7.6.10 - Serviço de Emergência 190 7.6.11 - Disque 7.7 - INDICADORES DA CIDADE 8.GESTÃO INSTITUCIONAL 8.1 - PRIMEIRO SETOR 8.1.1 - Organizações Empresariais 8.1.2 - Organizações Sindicais 8.1.3 - Entidades de Classe Profissional 8.1.4 - Associações de Criadores 8.1.5 - Núcleos Setoriais da Acij 8.2 - SEGUNDO SETOR 8.2.1 - Evolução Histórica da Administração Pública Municipal em Joinville 8.2.2 - Ex-Prefeitos de Joinville 8.2.2.1 - Monarquia 8.2.2.2 - República 8.2.3 - Sedes da Prefeitura Municipal de Joinville 8.2.4- Estrutura Organizacional da Prefeitura Municipal de Joinville 8.2.5 - Finanças Municipais 8.2.6 - Câmara de Vereadores 8.3 - TERCEIRO SETOR 8.3.1 - Associações de Moradores 8.3.2 - Organizações de Apoio Comunitário 8.3.3 - Instituições Religiosas 8.3.4 - Associações de Cultura e Imigração 8.3.5 - Organizações Não-Governamentais REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS DE INTERNET FONTES DIRETAS DE INFORMAÇÃO Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 119 124 124 125 127 132 135 135 136 136 137 140 143 146 146 146 147 147 148 148 149 149 150 150 151 151 151 147 149 149 149 149 149 150 150 150 150 150 151 152 153 154 155 155 155 156 157 157 157 164 165 166 1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS 1.1 - SÍMBOLOS DA CIDADE 1.141 O Brasão de Joinville foi criado pela resolução nº 443 de 27 de maio de 1929, restaurado pela Lei Municipal n — Brasão de Joinville o 71 de 16 de agosto de 1948 ,retificado pela Lei Municipal nº 1.173 de 12 de dezembro de 1971, e em 1998 foi restaurado digitalmente pela Fundação IPPUJ. COROAMURAL Com escudete em formato português simbolizando a Sagrada Escritura e o bordão de peregrino de São Francisco Xavier lembrando a ação evangelizadora desse santo missionário escolhido para pároco da cidade de Ji Aesse conjunto sobrepõe-se a maiúscula romana “|” que traduz o i” com que Santo Inácio de Loyola mandou que São Francisco Xavier fosse servir nas missões do Oriente. 1º QUARTEL Estão gravadas as armas do Brasil Império, criadas em 18 de setembro de ç 1822 por Dom Pedro | com destaque para E esfera armilar atravessada por uma cruz 5 da ordem de Cristo, circundada por e dezenove estrelas, lembrando a origem da Princesa Dona Francisca, da coroa Imperial Brasileira, que em 1843 contraiu núpcias com o Príncipe de Joinville, da s casa Real Francesa, de cujo consórcio resultou a fundação da cidade de Joinvile. 3º QUARTEL Cruz Helvética e o Leão Norueguês, simbolos extraídos das Armas da Suíça é Noruega. BASE DO ESCUDO PRINCIPAL Elementos laterais de suporte do escudo simbolizando a cana-de-açúcar e o arroz, recordando as principais lavouras do município, tendo ao centro a roda dentada simbolizando que a Cidade de Joinvile, fundada como centro agrícola, transformou-se em centro industrial. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ ed 2º QUARTEL om Emblema usado pelo Príncipe de Joinvile, membro destacado da família “Orleans, compondo-se de três fores de Lisemposição triangular eo lambe. ESCUDETE CENTRAI Representa a constelação do Cruzeiro do Sul, lembrando que todos os povoados das mais diversas origens que aqui se fixaram, se amalgamaram à sombra deste augusto simbolo nacional brasileiro. 4º QUARTEL Cruz de Oldenburgo e a Águia da Prússia recordando como no 3º Quartel a procedência dos fundadores e povoadores da antiga Colônia Dona Francisca. LISTEL DA BASE DO ESCUDO PRINCIPAL Em tradução livre significa: “A MINHA GRANDEZA SE IDENTIFICA COM A GRANDEZADO BRASIL". 1.1.2 Hino de Joinville O Hino de Joinville, intitulado “Joinville, Cidade das Flores”, tem composição de Cláudio Alvim Barbosa — Zininho, e arranjo do Maestro Moacir Porto. Foi oficializado como Hino do Município de Joinville pela Lei Municipal nº 1.527, em primeiro de julho de 1977. JOINVILLE, CIDADE DAS FLORES Tu és a glória dos teus fundadores Es monumento aos teus colonizadores Oh Joinville Cidade dos Príncipes Oh Joinville Cidade das Flores Às margens do rio Cachoeira Um dia o audaz pioneiro Plantou do trabalho a Bandeira e se deu corpo e alma ao torrão brasileiro. Depois foram lutas e penas Mas nunca o herói fraquejou Com sangue, suor e com lágrimas Do seu próprio corpo teu solo irrigou. Estribilho: Tu és a Glória... E se hoje o bravo imigrante que tua semente plantou com a força e o vigor de um gigante nas mãos com que em preces aos céus suplicou Te visse radiosa e pujante Nascida da mata hostil A imagem da pátria distante Veria grandiosa exaltando o Brasil. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 1.3 — HISTÓRIA DE JOINVILLE Habitualmente remonta-se o surgimento da Colonia Dona Francisca, atual cidade de Joinville, ao contrato assinado em 1849 entre a Sociedade Colonizadora de Hamburgo e o príncipe e a princesa de Joinville (ele, filho do rei da França e ela, irmã do imperador D. Pedro Il), mediante o qual estes cediam 8 léguas quadradas à dita Sociedade para que fossem colonizadas. Assim, oficialmente a história de Joinville começa com a chegada da primeira leva de imigrantes europeus e a “fundação” da cidade em 9 de março de 1851. Sabe-se, no entanto, que há cerca de cinco mil anos comunidades de caçadores já ocupavam a região, deixando vestígios (sambaquis, artefatos, oficinas líticas). Índios ainda habitavam as cercanias quando aqui chegaram os primeiros imigrantes. Por fim, no século XVIII estabeleceram-se na região famílias de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da capitania de São Vicente (hoje Estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Essas famílias adquiriram grandes lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista e Itaum, e aí passaram a cultivar mandioca, cana-de-açúcar, arroz, milho entre outros. Por volta da década de 1840, uma grave crise econômica, social e política assolou a Europa. Fugindo da miséria, do desemprego, de perseguições políticas, milhares de pessoas resolveram imigrar. Um dos destinos era a Colonia Dona Francisca, para onde vieram cerca de 17 mil pessoas entre 1850 e 1888. Em sua maioria protestantes, luteranos, agricultores sem recursos, estimulados pela propaganda, que apresentava o lugar como se fosse um verdadeiro paraíso terrestre. A intenção da Sociedade Colonizadora, formada por banqueiros, empresários e comerciantes era, entretanto, auferir grandes lucros com a “exportação” dessa “carga humana” e estabelecer uma Colonia “alemã”, vinculada aos interesses comerciais alemães, como por exemplo, a especulação imobiliária. O Rua - : ai : - TAPAS Fonte: Arquivo Histórico de Joinville governo imperial brasileiro por sua vez incentivava a imigração visando substituir a mão-de-obra escrava por colonos “livres”, ocupar os vazios demográficos e também “branquear” a população brasileira. A diversidade étnica foi uma característica do processo colonizador em Joinville. À população luso-brasileira e negra, juntaram-se, sobretudo os germânicos (alemães, suíços (que eram maioria no início), noruegueses, austríacos, suecos, dinamarqueses, belgas, holandeses), franceses e italianos. Os primeiros tempos na Colonia foram dificílimos para os imigrantes. Enfrentaram a natureza, a mata fechada, o solo pantanoso, o clima úmido e as doenças tropicais, responsáveis por inúmeras mortes. Superadas as dificuldades iniciais, a situação dos colonos melhorava sensivelmente. Em 1877, Dona Francisca já contava com cerca de 12 mil habitantes, a maioria vivendo na área rural. A indústria e o comércio, porém, começavam a se destacar. Havia 4 engenhos de erva-mate, 200 moinhos e 11 olarias. Exportava-se madeira, couro, louça, sapatos, móveis, cigarros e mate; importava-se ferro, artigos de porcelana e pedra, instrumentos musicais, máquinas e instrumentos agrícolas, sal, medicamentos, trigo, vinho, cerveja, carne seca e sardinha. Em 1866 Joinville foi elevada à categoria de vila, desmembrando-se politicamente de São Francisco do Sul, em 1877 foi elevada à categoria de cidade. Na década de 1880 surgiram as primeiras indústrias têxteis e metalúrgicas. O mate transformou-se no principal produto de exportação da Colonia Dona Francisca; o seu comércio, iniciado por industriais vindos do Paraná, deu origem às primeiras fortunas locais. Nesse período, Joinville já contava com inúmeras associações culturais (ginástica, tiro, canto, teatro), escola, igrejas, hospital, loja maçônica, corpo de bombeiros entre outros, cujo modelo de organização era o existente nos países de origem dos colonos de origem germânica. 14 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ No início do século XX, uma série de fatos acelerou o desenvolvimento da cidade. Foi inaugurada a Estrada de Ferro São Paulo — Rio Grande, que passava por Joinville, rumo a São Francisco do Sul; surgia a energia elétrica, o primeiro automóvel, o primeiro telefone e o sistema de transporte coletivo. Na área educacional, o professor paulista Orestes Guimarães promoveu a reforma no ensino em Joinville. Em 1926, a cidade tinha 46 mil habitantes. O chefe do executivo era o superintendente (depois prefeito), auxiliado por quatro intendentes por ele escolhidos; e o poder legislativo era formado por nove conselheiros (depois vereadores). Na economia percebia-se o fortalecimento do setor metal-mecânico; entra aqui o capital acumulado durante décadas pelos imigrantes germânicos e seus descendentes. A partir de 1938 a cidade passou a sofrer os efeitos da “Campanha de Nacionalização” promovida pelo governo Vargas. A língua alemã foi proibida, as associações alemãs foram extintas, alemães e descendentes foram perseguidos e presos. Essas ações intensificaram-se ainda mais com a entrada do Brasil na 2º Guerra Mundial. Foi o período mais triste da história da cidade. Entre as décadas de 50 e 80, Joinville viveu outro surto de crescimento. Com o fim do conflito mundial, o Brasil deixou de receber os produtos industrializados da Europa. Isso fez com que a cidade se transformasse em pouco tempo um dos principais pólos industriais do país, recebendo por isso a denominação de “Manchester Catarinense” (referência à cidade inglesa de mesmo nome). O perfil da população modificou-se radicalmente com a chegada de imigrantes vindos de várias partes do país, em busca de melhores condições de vida. Aos descendentes dos imigrantes que colonizaram a região, somam- se hoje pessoas das mais diferentes origens étnicas, formando uma população de cerca de 500 mil habitantes. Joinville vive o dilema de uma cidade que pretende preservar sua história e inserir-se na “modemidade”. Fontes: Adaptado de Texto de Dilney Fermino Cunha (Professor e Historiador); SOCIEDADE AMIGOS DE JOINVILLE (Org,). Álbum do Centenário de Joinville: 1851 — 9 de março — 1951. Gráfica Mundial Limitada. Curitiba, PR. 322 p. pp. 19 - 20. il. 1.4 —- FUNDAÇÃO E COLONIZAÇÃO DE JOINVILLE A Colonia D. Francisca foi instalada a 9 de março de 1851 em terras tiradas do dote da princesa D. Francisca, filha do nosso 1º. Imperador, irmã de D. Pedro Il e esposa de Francisco Felipe Luis Maria de Orleans, Príncipe de Joinville, terceiro filho do rei francês Louis Felipe. Estabeleceram-se os primeiros colonos, chegados pela barca “Colon”, em terras onde hoje está situada a nossa progressista cidade de Joinville. A Colonia compreendia uma área total de 46.582 hectares, cedidos à Sociedade Colonizadora constituída em Hamburgo em 1849, por contrato firmado em 5 de maio do mesmo ano, subscrito por seu presidente, senador Christiano Mathias Schoroeder e pelo Príncipe de Joinville, aprovado pelo Governo Imperial do Brasil em 15 de maio de 1850 (Decreto n. 537). Esse contrato, entre outros favores, concedia aos colonos, pelo tempo de dez anos, a isenção de serviço militar e de direitos alfandegários; por outro lado impunha à Companhia Colonizadora a obrigação de “zelar com mais cuidado para que os doentes não morressem por falta de recursos; que as crianças não 15 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ avançassem em idade sem educação e sem disciplina; que especuladores sem coração não enviassem indivíduos saídos das prisões da Europa e fossem prejudiciais à Colonia.” Foram 191 os primeiros povoadores da nova Colonia, dos quais 117 alemães e suíços, vindos diretamente de Hamburgo, e os outros, noruegueses que se achavam em trânsito pela capital do Império. Como representante do príncipe de Joinville veio para a Colonia o vice-consul francês Leone Aubé, que aqui permaneceu até 1869, quando foi substituído por John Otto Luiz Niemeyer. O primeiro diretor da Colonia D. Francisca foi Eduardo Schroeder, filho do presidente da Companhia Hamburguesa, senador Christiano Mathias Schroeder. Em julho de 1851, isto é, quatro meses após a fundação, a Colonia possuía dez casas de pau a pique, cobertas de palha, algumas com acomodações para vinte famílias, estando a da Direção da Colonia localizada em sítio fronteiro ao extremo norte da nossa atual rua do príncipe, onde hoje está edificado o palacete do saudoso Sr. Louis Niemeyer. Edificada a Colonia sobre terreno extremamente alagadiço, cuidou logo a primeira administração da drenagem das águas, providenciando a abertura de valetas a céu aberto. Em 11 e 17 de julho de 1851 chegaram, pela barca hamburguesa “Emma Louise" 115 colonos que se localizaram próximo ao rio Motucas, a poucos quilômetros da sede (Joinville), no local onde hoje se encontra a estrada Anaburgo. Em setembro e outubro do mesmo ano chegaram, respectivamente, 77 e 88 imigrantes alemães e suíços que, somados aos das levas anteriores, dão um total de 471 entrados no primeiro ano da nova Colonia, assim distribuídos por nacionalidades daquele tempo: Suíça 190; Noruega 61; Oldenburgo 44; Holstein 20; Hannover 19; Schleswig 17; Hamburgo 16; Saxônia 8; Polônia 5; Luebeck 4; Mecklenburgo 4; Lauenburg 3; Suécia 3; Wuertenberg 1; Brunswick; Schwartzburg 1; outras 4. Nem todos os imigrantes aqui permaneceram. Entre os que abandonaram a Colonia estão muitos dos noruegueses vindos na primeira leva. Além disso a malária é responsável pelo elevado índice de mortalidade dos primeiros anos da D. Francisca. Não podemos esquecer da primeira lei vigente em Joinville. De acordo com a cláusula terceira do contrato de 5 de maio de 1849, celebrado entre o Príncipe de Joinville e a Sociedade Colonizadora de Hamburgo, foi, em 13 de julho de 1852, estabelecida a comuna da Colonia D. Francisca, harmonizada e submissa às leis do Império do Brasil. O original desse documento está datado de 30 de janeiro de 1852. São seus signatários: Meyer, Fluegge, Bikin, Bernhardt, Woschau e Wkribs. E dividido em 34 parágrafos, subordinados a diversos títulos. Encontra-se no arquivo do Estado. Fonte: Adaptado de SOCIEDADE AMIGOS DE JOINVILLE (Org,). Álbum do Centenário de Joinville: 1851 - 9 de março — 1951. In: LOBO, Marinho de Souza. Colonia D*. Francisca. Fundação e Desenvolvimento nos Primeiros Anos. Confeccionado na Gráfica Mundial Limitada. Curitiba, PR. 322 p. pp. 25-30. il. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 2.4 — PRINCIPAIS ACESSOS A JOINVILLE Joinville é ligada a outros pontos do Estado e do País através das rodovias: e BR- 101 - tangência a oeste à área urbana da sede municipal, direcionando-se ao norte para Curitiba e São Paulo, e ao sul para Itajaí, Florianópolis e Porto Alegre. e SC - 301 (norte) - tendo como origem o trevo de acesso ao Distrito de Pirabeiraba junto à BR-101, faz a ligação entre Joinville e o Planalto Norte Catarinense através dos municípios de Campo Alegre, São Bento do Sul, Mafra e Rio Negrinho. e SC-301 (sul) - tendo origem nos limites ao sul da área urbana do município, estende-se até o entroncamento da BR - 280, ligando Joinville aos municípios de Araquari, Barra do Sul e São Francisco do Sul. e SC — 413 Liga o município de Joinville, a partir do bairro Vila Nova, ao município de Guaramirim no encontro com a BR 280. e Eixo de Acesso Sul — tendo origem nos limites ao sul da área urbana do município, estende-se até o entroncamento da BR-101. Figura : Principais acessos a Joinville ITAPOÁ VILA DA GLÓRIA. BAÍA DA BABITONGA (Es) SÃO FRANCISCO DO SUL aaa ATLÂNTICO LUTA E, BARRA DO SUL FONTE: IPPUU 2008 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 2.5 - DISTÂNCIAS DE JOINVILLE TABELA 2- DISTÂNCIAS RODOVIÁRIAS DE JOINVILLE PRINCIPAIS CIDADES DE SANTA CATARINA RODOVIÁRIA km AÉREA (horas) Araquari 20 Blumenau 93 Bombinhas 116 Brusque 105 Camboriú 97 Campo Alegre 45 Chapecó 535 35 min Criciúma 355 Florianópolis. 188 25 min Garuva 40 Guaramirim 48 Itajaí 87 15min Jaraguá do Sul 46 Lages 310 Matra 126 Nova Trento 117 Pomerode 118 Rio Negrinho 72 São Bento do Sul es São Francisco do Sul 45 São José 183 Schroeder 32 São Joaquim 353 Tubarão 312 PRINCIPAIS CAPITAIS Aracaju - SE 2725 Belém - PA 3.326 Belo Horizonte - MG 1134 2n Boa Vista - RR 4.901 Brasília - DF 1.548 2h25min Campo Grande - MS 1121 1h 10 min Cuiabá - MT 1.809 1h 35 min Curitiba - PR 125 25 min Fortaleza - CE 3.671 4h 20 min Goiânia - GO 1.393 João Pessoa - PB 3.318 Macapá - AP 2924 Maceió - AL 3.001 Manaus - AM 3.728 Natal - RN 3.495 Palmas - TO 2166 Porto Alegre - RS 635 50 min Porto Velho - RO 3.265 Recife - PE 3.208 3h 50 min Rio Branco - AC 3.819 Rio de Janeiro - RJ 982 1h 40 min Salvador - BA 2515 2h 50 min São Luiz - MA 3.360 São Paulo - SP 533 50 min Teresina - PI 3.273 Vitória - ES 1.430 CAPITAIS ESTRANGEIRAS PRÓXIMAS Asunción (PAR) 1.085 1h 50 min Buenos Aires (ARG) 1.938 3h 40 min Montevidéu (URU) 1.530 3h 20 min Santiago (CHI) 3.362 PORTOS Imbituba (SG) 284 Itajaí (SC) 87 Paranaguá (PR) 134 Santos (SP) 607 São Francisco do Sul (SC) 45 Laguna (SC) 298 FONTE: Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional/Guia Quatro Rodas 2009. 20 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 2.6 - DIVISÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DO MUNICIPIO A divisão política e administrativa do município foi estabelecida conforme os seguintes parâmetros: e Os limites da área urbana e rural da sede constam na Lei 27/96 na descrição do perímetro urbano e na Lei Estadual nº11.340, de 08 de janeiro de 2000 - os limites do município. A Lei nº 13.993, de 20 de março de 2007 consolida as alterações. O Distrito de Pirabeiraba tem seus limites definidos na Lei Municipal nº 1.526, de 5 de julho de 1977, e na Lei nº1.681, de 10/09/1979, que define a porção urbana e rural. e Leide criação do município nº 566 - 15.03.1866. Figura: Mapa da divisão político administrativa de Joinville. [EBD AREA RURAL DA SEDE = 516,48 km? [7] AREA URBANA DA SEDE = 197,59 km? BE ÁreaRuRAa. piraBEiRASA = 398,70 km” TD] AREA URBANA PIRABEIRABA = 21,26 km? ÁREA TOTAL DO MUNICÍPIO DE JOINVILLE = 1.134,03 km? FONTE: IPPUJ 2009 21 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Bairro Bom Retiro (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.618, de 10/09/1979. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97; Lei nº 2.376, de 12 de janeiro de 1990). Dona Francisca ou Estrada da Serra (Serrastrasse) foi à primeira denominação deste bairro. Sua atual denominação surgiu em decorrência da fundação de um time de futebol conhecido pelo nome de Bom Retiro. Bairro Bucarein (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/1979. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997, , Lei nº 2.376, de 12/01/1990). De importância fundamental para o desenvolvimento do município, o porto do Rio Bucarein representou, até a inauguração da via férrea, o único meio de embarque e desembarque de mercadorias. A região do porto, que se localizava na confluência do Rio Bucarein com o rio Cachoeira, foi o local onde, em 22 de maio de 1850, chegaram os membros da expedição pioneira que tinha como missão estruturar a nova Colonia para a chegada dos imigrantes europeus. O bairro deve seu nome a este rio e , principalmente, ao seu porto. O singnificado de Burarein é, possivelmente, nascente de água torta, pela hipótese de que seja derivado de “bú”, corruptela de “ibú” (nascente de água) e “caré” (torta), pois aí as águas do Rio fazem uma curva brusca. Bairro Centro (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/79. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997; Leinº 2.376, de 12/01/1990). Como toda cidade, Joinville teve um ponto de partida para o seu desenvolvimento. Este ponto de partida com passar do tempo se torna o ponto central de qualquer cidade. Como nos informa o livro História dos Bairros de Joinville, “Era no centro da cidade que se tomavam as mais importantes decisões com relação a Joinville”. Eis, então, a origem do nome deste bairro, criado em 10 de setembro de 1979. Bairro Comasa (Lei Complementar nº 54, de 18/12/97). A origem do nome deste bairro deve-se à implantação do Conjunto Habitacional COMASA do Boa Vista no ano de 1972, foi transformado em bairro em 18 de dezembro de 1997. Bairro Costa e Silva (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/1979. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997). A empresa responsável pela infra-estrutura do primeiro loteamento da região, inaugurado em 1969, emprestou seu nome ao bairro por algum tempo, era conhecido como Vila Comasa. Em 28 de Março de 1969 recebeu a visita do então Presidente da República Marechal Arthur da Costa e Silva, e passou a ser denominado de Vila Costa e Silva, e posteriormente em 1977 recebeu a denominação de Bairro Costa e Silva. Curiosidade: neste bairro encontra-se a nascente do Rio Cachoeira. Bairro Espinheiros (Lei nº 3.219, de 27 de outubro de 1995. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997). Criado em 18 de dezembro de 1997, o Bairro Espinheiros deve o seu nome a uma planta conhecida como “Tarjuva que é grossa, com muitos espinhos e que proliferava na região”. Bairro Fátima (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/79. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97. Lei Complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004). A região era conhecida como Itaum-guaçú e, a partir da doação de uma imagem da Senhora de Fátima a uma capela em construção, o bairro, assim como a capela, ficou conhecido como Fátima. 24 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Bairro Floresta (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/79. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97. Lei Complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004). Em 1943 foi fundado o time Floresta Futebol Clube, levando em seu uniforme a cor verde e branca, uma homenagem à densa mata que cobria a região. Bairro Glória (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/79. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997, Leinº 2.376, de 12/01/1990). O bairro Glória, assim como outros bairros de Joinville, tem a origem de seu nome intimamente relacionado a um time de futebol. A partir da fundação do time Glória Futebol Clube, a região ficou conhecida como Bairro Glória. Bairro Guanabara (Lei nº 1.526, de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/79. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97. Lei complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004). Etimologicamente, a palavra “Guanabara” vem de gua — enseada, una — semelhante e Bará” — mar. Portanto a tradução do nome é “Enseada semelhante ao mar”. O nome do bairro, porém deve-se à fundação do “Guanabara Futebol Clube”, que emprestou seu nome à principal via de acesso ao Bairro, a rua Guanabara. Bairro Iririú (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/1979. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97). A região era conhecida como “Guaxanduva”, em função de uma planta rica em fibras têxteis chamada guaxuma, que proliferava na região. Etimologicamente, iririu provém de riri irir — ostra e “u” — rio, ou seja, “rio da ostra”. O bairro deve seu nome ao Rio Iririú-mirim, que nasce perto do morro do Cubatão e deságua na Baía da Babitonga. Bairro Itaum (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/79. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997. Lei Complementar nº 2.376, de 12 de janeiro de 1990. Lei Complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004). A região era conhecida como Bupeva, e sua existência remonta à época da Colonia Dona Francisca, pois nas cercanias das terras do Príncipe de Joinville já existiam famílias instaladas em sesmarias, sítios e fazendas. O nome Itaum vem de ita — una — pedra preta ou ferro, denominação do rio, afluente do Rio Cachoeira, que corta a região e empresta o nome ao bairro. Bairro Itinga (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/1979. Lei nº 2.376, de 12/01/1990, Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997. Lei Complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004). O nome do bairro vem do guarani Ytinga, que significa água branca, devido à cor leitosa que muitos rios apresentam na região por conta da dissolução da argila branca ou caulin nas suas águas. Bairro Jardim Iririu (Lei nº 3.219, de 27/10/1995. Lei complementar nº 54, de 18/12/1997). O nome do bairro provém de um loteamento implantado na região do bairro Iririú na década de 1970, e que era denominado Loteamento Jardim Iririu |. 25 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Bairro Jardim Paraíso (Lei nº 3.508, de 25/06/1997). Os loteamentos Jardim Paraíso |, |I, Ill e IV, até 6 de abril de 1992, pertenciam ao município de São Francisco do Sul, sendo anexados a Joinville pela Lei Estadual nº 8.563. A origem do nome deriva-se da denominação dada pela imobiliária responsável pelos loteamentos. Bairro Jardim Sofia (Lei nº 2.376, de 12/01/90. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97). Criado oficialmente em 1990, o Jardim Sofia, que até então fazia parte da zona industrial, recebeu o nome em homenagem à Dona Sophia Nass, esposa de Affonso Nass, proprietário de grande parte das terras que forma o Bairro. Bairro Jarivatuba (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/1979. Lei nº 2.815 de 30 de abril de 1998. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997. Lei Complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004, Lei nº 2.376, de 12/01/1990). O nome provém de Jarivá — palmeira, e Tuba — abundância. A região era coberta por uma árvore nativa, o jarivá, que por sua altura destacava-se nas florestas, dominando-as com sua copa altaneira. Bairro João Costa (Lei nº 3.237, de 11/12/95. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997. Lei Complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004). O bairro, criado em 11 de dezembro de 1995, recebeu este nome como forma de homenagem à família Costa, proprietária de grande parte das terras do bairro, e que as doou para a construção de escola, igreja e cemitério local. Bairro Morro do Meio (Lei nº 2.376, de 12 de janeiro de 1990. Lei Complementar nº 54, de 18/12/1997). O bairro é assim denominado por estar situado numa região alta e plana, em relação ao nível dos rios Lagoinha e Piraí, que o cercam e pelo fato do núcleo populacional original localizar-se em uma estrada cujo fim se dá em um morro ladeado por outros dois. Bairro Nova Brasília (Lei nº 1.526, de 5 de julho de 1977. Lei nº 1.681, de 10/09/1979. Lei nº 2.376, de 12/01/1990. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97). O primeiro loteamento da região, conhecido como “Galho da Sorte”, foi implantado nos anos 50. Com o crescimento da região e várias transformações em todo o Brasil, bem como o importante acontecimento nacional da construção de Brasília, o bairro acabou recebendo o nome como homenagem à nova capital brasileira. Bairro Paranaguamirim (Lei nº 3.436, de 17/03/97. Lei Complementar nº 54, de 18/12/97. Lei Complementar nº 11.717, de 10 de maio de 2001 (anexo Loteamento Estevão de Matos — Araquari). Lei Complementar nº 173, de 29 de dezembro de 2004). O bairro recebeu o nome devido ao Rio Paranaguamirim, que corta a região. A palavra paranaguá-mirim vem do Tupi, e significa “a ilha da enseada do pequeno rio caudaloso”. 26 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 2.9 - SECRETARIAS REGIONAIS TABELA 3 - EXTENSÃO DAS SECRETARIAS REGIONAIS Joinville possui 14 Secretarias Regionais, que são órgãos de descentralização administrativa, aos quais compete dar cumprimento às ações previstas pela Administração Municipal através da coordenação, fiscalização e execução dos serviços e obras regionais. Secretaria Regional Área (km2) Endereço CEP Telefone 1 Secretaria Distrital de Pirabeiraba 2122 — Rua Joinville, 13.500 89.239-220 | 3424-1011 2 Secretaria Regional do Aventureiro 10,77 — Rua Santa Luzia, 639 89.226-300 | 3427 6609 3 Secretaria Regional do Boa Vista 1337 — RuaAlbano Schmidt - 2116 89.206-000 | 3432-1489 4 Secretaria Regional do Boehmerwald 22,56 — Rua Universidade - 355 89235-400 | 3465-0168 5 Secretaria Regional do Centro 1367 — Rua Inácio Bastos, 1139 89000-000 | 3434-4388 6 Secretaria Regional do Comasa 828 Rua Albano Schmidt - 4932 89227-702 | 3437-5802 7 Secretaria Regional do Costa e Silva 2806 — Rua Guilherme -604 89218-500 | 3425-3508 8 Secretaria Regional do Fátima 9,97 — Rua Amandus G. Tank sin 89.230-781 | 3436.5104 9 Secretaria Regional do Iririú 1264 — Rua Iririú - 2060 89.224-000 | 3425-8116 10 Secretaria Regional do ltaum 1426 — RuaPresidente Gaspar Dutra-sin | 89.210-310 | 3436-0291 1 Secretaria Regional do Jardim Paraíso 10,64 — Estrada Teme , 6990 89226-500 | 3467-4901 12 Secretaria Regional do Nova Brasília 1804 — Rua Minas Gerais - 1303 89213-300 | 3426-6239 13 Secretaria Regional do Paranaguamirim 2043 — Rua Ana Rocalho de Souza, 58 89231-420 | 3463-5836 14 “Secretaria Regional do Vila Nova 1719 — RuaSão Braz-sin 89.237-000 | 3439-0318 Fonte: IPPUJ 2009 . As áreas rurais da região do Distrito de Pirabeiraba são administradas pela Secretaria Distrital de Pirabeiraba. As áreas rurais que estão inseridas na Sede são administradas pelas Secretarias Regionais vizinhas: Nova Brasília, Jardim Paraíso, Vila Nova, Paranaguamirim. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 29 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS BAIRROS DE JOINVILLE NOROESTE BOM RETIRO NORDESTE SANTO ANTÔNIO IRIRIÚ BOA VISTA ZITUPY COSTAE SILVA GLÓRIA ADHEMAR GARCIA FÁTIMA. VILA NOVA PETRÓPOLIS NOVA BRASÍLIA. SUDOESTE SUDESTE PROFIPO Fonte: Fundação IPPUJ - Jan/2009 30 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 3 — AMBIENTE NATURAL Relato do Clima nos primeiros anos da Colonia Nas primeiras décadas de ocupação da Colonia Dona Francisca, a precipitação das chuvas era bastante elevada, conforme consta nas anotações feitas por Johann Paul Schmalz. Essa situação climática original pode ser entendida levando-se em conta a abundância da vegetação natural. E lícito supor que o aumento gradativo da devastação das matas primárias, à medida que novas levas de imigrantes eram introduzidas na Colonia, tenha diminuído a precipitação pluviométrica e elevado a temperatura. O militar prussiano Theodor Rodowicz-Oswiecimsky, que chegou a Joinville em setembro de 1851, sete meses depois de iniciada a colonização das terras de Dona Francisca, permanecendo até 7 de junho de 1852, relata a realidade dos 15 meses iniciais da Colonia: “Quanto às temperaturas na Colonia, pode-se dizer que, de fato, eram excelentes (...). O verão em dezembro, janeiro e fevereiro traz dias muito mais quentes. O termômetro não baixa nem mesmo à noite, dos 19 a 20º ,e sobe de dia, à sombra, até 26º. Alguém diz ter registrado 28º, mas creio que tais termômetros estavam expostos a reflexos do sol. Em dias de chuva, registra-se 18º. No outono, março, abril e maio a temperatura baixa um pouco, enquanto no inverno, dizem, desce tanto que nas primeiras horas do dia, às vezes, se podem observar fracas geadas. Já em maio, pretende o Sr. Schrôder ter constatado, bem cedinho, 4º. Eu mesmo registrei, no mesmo dia, às 9 horas da manhã 10º”. Em suma, são ótimas estas diferenças noturnas de temperatura que representam as diversas estações, enquanto que as temperaturas durante o dia variam relativamente pouco, durante o ano todo. Uma mudança rápida de temperatura que pusesse em perigo a saúde nunca se registrou, dando a impressão de que se vive numa constante primavera. O mais provável é que a brisa que sopra do mar trará sempre uma porcentagem de umidade, que se comprimirá de encontro às montanhas, enquanto, por outro lado, os ventos de terra, trazendo nuvens, produzirão idênticas consequências. Ao roçarem os picos das serras desencadearão então, as suas acumuladas cargas. Será preciso procurar o verdadeiro motivo de tantas chuvas. Se é evaporação vinda da Colonia e indo de encontro à umidade vinda do mar, ou as vindas da terra? Só então o avanço das culturas poderá trazer mudança acentuada nas condições meteorológicas, se não houver ainda outras causas que ignoramos. Qual a influência que tal quantidade de umidade poderá exercer sobre o estado de saúde na Colonia seria difícil dizer, porquanto esse estado não é satisfatório, podendo-se atribuir uma parte a esses fenômenos, pois as temperaturas parecem satisfatórias. Também não se poderá estabelecer o grau de aclimatação, bem como erros dietéticos para avaliarem-se as causas do insatisfatório estado geral. E difícil crer que as condições climáticas e meteorológicas da Colonia sejam tão diferentes quanto se poderia deduzir, confrontando-as com as observadas pelo Dr. Blumenau no seu “Sudbrasilien” e as observadas na Colonia Dona Francisca. Creio que as observações do Dr. Blumenau sobre as condições climatéricas sul-brasileiras, sejam um pouco otimistas. FONTE: SILVEIRA, W. N. Análise histórica de inundação no município de Joinville - SC, dissertação de mestrado com enfoque na bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte. UFSC: Florianópolis. 2008. 184 p. CORREIO DA TUPY (1961) apresentou um gráfico das precipitações médias anuais no Município de Joinville, por meio de uso das anotações do Sr. João Paulo Schmalz e de seu filho, Sr. Adalberto Schmalz. O autor desta apresentação foi Senhor Egon Beckert. 3.1 - CLIMA Classificação O clima da região é do tipo úmido a superúmido, mesotérmico, com curtos períodos de estiagem, apresentando três subclasses de micro clima diferentes, devido às características do relevo. Segundo a classificação de Thornthwaite, as três subclasses da região são: AB'4 ra” (superúmido) na planície costeira; B4 B'3 ra' (úmido) nas regiões mais altas; e B3 B'1 ra' (úmido) no planalto ocidental. De acordo com a classificação de Kôppen, o clima predominante na região é do tipo “mesotérmico, úmido, sem estação seca”. A umidade relativa média anual do ar é de 76,04%. Fontes: Atlas Ambiental de Santa Catarina (GAPLAN, 1986): COMISSÃO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; AGENDA 21 MUNICIPAL. Agenda 21 Municipal: compromisso com o futuro. Joinville, SG: Prefeitura Municipal de Joinvile, 28. Ed. Rev., 1998. 143 p., pp. 13-14. 31 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 3.2 - RELEVO O relevo do município se desenvolve sobre terrenos cristalinos da Serra do Mar e uma área de sedimentação costeira. Na região de transição entre o Planalto Ocidental e as Planícies Costeiras encontram-se as escarpas da serra, com vertentes inclinadas (mais de 50º) e vales profundos e encaixados. A parte oeste do território do município estende-se até os contrafortes da Serra do Mar, cujas escarpas se estendem desde o Estado do Rio de Janeiro, marginados em sentido leste por planícies deposicionais. Destaca-se a Serra Queimada, atingindo o ponto de 1.325 metros de altitude; na parte leste ocorre uma região de planícies, resultado de processos sedimentares aluvionais nas partes mais interioranas e marinhas na linha da costa, onde ocorrem os mangues. Justamente nesta unidade se desenvolve a ocupação humana (área agricultável e urbana), com altitude que varia de O a 20 metros. Inseridos na região da planície ocorrem morros isolados, constituídos de formas de relevo arredondadas, conhecidas como “Mar de Morros” sendo o morro da Boa Vista o mais alto da área urbana, com 220 metros. A associação dos fatores — clima e vegetação — define a predominância dos processos químicos de intemperismo, que resulta em solos de matriz Silto-argilosa bastante instáveis e sujeitos à erosão. Fonte: COMISSÃO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DA AGENDA 21 MUNICIPAL. Agenda 21 Municipal: compromisso com o futuro. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville, 2º Ed. Rev., 1998. 143 p., pp. 13-14. 3.3 - VEGETAÇÃO A região apresenta alguns patrimônios ambientais, cujos ecossistemas expressam uma forte característica tropical, consequência da ação combinada de diversos processos genéticos que atuam sobre elementos estruturais, tais como o embasamento geológico, o clima, a cobertura vegetal e a hidrografia. Dentre os ecossistemas que ocorrem na região destacam-se a Floresta Atlântica e os manguezais, com mais de 60% de seu território coberto pela Floresta Ombrófila Densa (cerca de 680Km?) e seus ecossistemas associados, destacando-se os manguezais, com 36 Km? (Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro — proposta técnica, 2007). A importância desses biomas revela-se pela área de cobertura do território. Nos primórdios da colonização da região, a extração seletiva da madeira de qualidade foi intensa e as florestas foram derrubadas para dar lugar a áreas de cultivo e pastagens, principalmente na planície costeira e posteriormente no planalto. Por questões de relevo muito íngreme, a cobertura florestal das encostas da serra ainda está preservada. A biodiversidade da região é representada, por um lado, pelas diferentes tipologias da Floresta Atlântica, cuja diversidade, no complexo da Floresta Ombrófila Densa, chega a alcançar mais de 600 espécies vegetais, o que favorece a distribuição espacial vertical e horizontal das diversas populações de animais, cada uma delas podendo explorar a floresta de acordo com seus hábitos e adaptações. A Floresta Ombrófila Densa assume características diferenciadas conforme a altitude, o clima e tipo de solo da região. Este tipo de vegetação cobria originalmente quase toda a extensão do município. Atualmente, está restrita aos morros, montanhas e serras, e em alguns remanescentes de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, em altitudes de até 30 metros. Esta floresta caracteriza-se pela grande variedade de espécies da fauna e flora, formando vegetações densas e exuberantes, podendo atingir altura superior a 30 metros. As copas das árvores (dossel) maiores ficam próximas, formando um ambiente mais úmido e com pouca luminosidade, favorecendo a reprodução e vivência da fauna e flora. Nas camadas intermediárias, aparece o palmito juçara (Euterpe eduques), espécie muito comum, sendo uma característica marcante desse ecossistema, juntamente com o grande número de plantas epífitas, como as bromélias e orquídeas. Fonte: COMISSÃO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DA AGENDA 21 MUNICIPAL. Agenda 21 Municipal: compromisso com o futuro. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville, 2º. Ed. Rev., 1998. 143 p., pp. 13-14. 34 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 3.3.1 - Manguezal O manguezal é um sistema ecológico costeiro tropical, de transição entre a terra e o mar, dominado por espécies vegetais típicas, às quais se associam outros componentes da flora e da fauna, microscópicos e macroscópicos, adaptados a um substrato periodicamente inundado pelas marés, com grandes variações de salinidade. E um ecossistema que apresenta uma alta especialização adaptativa, em razão de um solo periodicamente inundado pela ação das marés e consequente variabilidade de salinidade. Esse ecossistema é considerado “berçário da vida marinha”, caracterizando-se por abrigar diversas espécies em estágio inicial de desenvolvimento. Estima-se que 70% das espécies relacionadas à pesca costeira comercial ou recreativa são dependentes do manguezal em alguma etapa de seu ciclo de vida. Apesar da ocorrência de manguezais até o município catarinense de Laguna, é na Baia da Babitonga que ocorre a maior concentração no litoral sul do Brasil, com uma área de 62 km2. Em Joinville os manguezais ocorrem nas margens da lagoa do Saguaçu e da Baia da Babitonga, com cerca de 36,54 km2, mais de 50% da área total da baia. A vegetação arbórea do manguezal é composta por três espécies: Laguncularia racemosa (mangue-branco), Rhizophora mangle (mangue-vermelho) e Avicenia schaueriana (siriúba). O sistema redicular do mangue é adaptado para permitir a fixação dos vegetais e as trocas gasosas fora do substrato. A planície costeira de Joinville caracteriza-se como uma costa sedimentar de interior de estuários, com amplo desenvolvimento de manguezais e intensa ocupação antrópica nas planícies aluviais e flúvio-marinhas. Com histórico uso pelas comunidades tradicionais ribeirinhas, o manguezal desempenha relevante função econômica face aos recursos pesqueiros que propicia. Sua ocupação em Joinville teve início na década de 70, associada a uma demanda por terrenos de baixo custo que propiciassem o assentamento de uma população trabalhadora migrante, atraída à cidade pela ampliação do parque industrial metalúrgico e metal-mecânico, carente de mão-de-obra barata. No que se refere aos manguezais, algumas áreas próximas à zona urbana de Joinville foram suprimidas pelos processos de urbanização. Atualmente, as áreas remanescentes encontram-se protegidas por canais que as separam das áreas ocupadas. FONTE: FUNDEMA. Fundação Municipal do Meio Ambiente. Proposta Técnica para o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro —- PMGC. Prefeitura Municipal de Joinville: Joinville. Novembro. 2007. 1 vol Não paginado. Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Municipal. Agenda 21 Municipal: compromisso com o futuro. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville, 2º. Ed. Rev., 1998. 143 p. p. 13-14. Fundema 2009. 3.3.2 - Distribuição dos manguezais segundo os bairros Adhemar Garcia: ao longo das margens do ribeirão Santinho; ao longo das margens do rio Velho; braço do rio Cachoeira; rio Cachoeira; no entorno da Lagoa do Saguaçu e onde não há a ocupação humana no manguezais. Estão localizado fora do perímetro urbano da cidade. Aventureiro: ao longo das margens do rio do Ferro; ao longo das margens do rio Iririú-mirim; ao longo do rio Iririú-guaçú; no entorno da Ilha da Vaca e da Lagoa do Varadouro e onde não há ocupação humana. Parte está localizada fora do perímetro urbano da cidade. Boa Vista: ao longo das margens do rio Cachoeira e do braço do rio Cachoeira; no entorno da Lagoa do Saguaçu e onde não se há ocupação humana. Parte está localizada fora do perímetro urbano da cidade. Bucarein: localizado junto à foz do rio Bucarein; ao longo das margens do rio Cachoeira e onde não há ocupação humana. Comasa: localizado no entorno da Ilha dos Espinheiros; foz do rio Fortuna/Guaxanduva; margem esquerda do canal de contenção de invasão dos mangues; no limite deste bairro com a Lagoa do Saguaçu e onde não há ocupação humana. Espinheiros: localizados no entorno da Ilha dos Espinheiros e da Lagoa do Saguaçu as quais compõem o Complexo Lagunar-Estuarino da Baía da Babitonga e onde não há ocupação humana. 35 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Fátima: localizados junto às margens do rio Itaum-açú e Itaum-mirim; junto às margens do riacho Bupeva; ao longo das margens do rio Cachoeira e do braço do rio Cachoeira e onde não há ocupação humana. Guanabara: os remanescentes de manguezais da região leste de Joinville estão localizados junto às margens do rio Itaum-açú; junto à foz do rio Bucarein no rio Cachoeira e onde não há ocupação humana. Jardim Iririú: localizado junto às margens do rio Iririú-mirim; junto às margens do canal de contenção de invasão dos mangues e onde não se faz presente a ocupação humana. Paranaguamirim: localizado junto às margens do rio Velho; junto às margens do ribeirão Santinho; junto às margens do rio Riacho ou rio Buguaçú; no entorno da Lagoa do Saguaçu e da Ilha do Morro do Amaral e onde não se há ocupação humana. Pirabeiraba: localizado junto às margens do rio Cubatão Velho, na foz deste junto ao rio Palmital; ao longo das margens do rio Palmital; junto às margens do rio Cubatãozinho e localidade de Vigorelli; fora do perímetro urbano da cidade e onde não há ocupação humana. Rio Bonito: os remanescentes de manguezais da região leste de Joinville estão localizados ao longo das margens do rio Palmital; rio Canela; rio Pirabeiraba; rio do Saco; fora do perímetro urbano da cidade e onde não há ocupação humana. Ulysses Guimarães: localizado junto às margens do rio Velho; junto às margens do ribeirão Santinho; junto às margens do rio Riacho ou rio Buguaçú; no entorno da Lagoa do Saguaçu e da Ilha do Morro do Amaral; onde não se faz presente a ocupação humana. Vila Cubatão: localizado junto às margens do rio Cubatão Velho, na foz deste junto ao rio Palmital; ao longo das margens do rio Palmital; junto às margens do rio Cubatãozinho e localidade de Vigorelli; fora do perímetro urbano da cidade e onde não há ocupação humana. Fonte: SECRETARIA DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE. Programa de proteção dos remanescentes de manguezais da baía da Babitonga. Joinvile, PMJ, Jan. 2002. v. 1 e v. 2. Não paginado. 3.4 - FAUNA A fauna em Joinville é muito rica. Segundo estudos realizados, o Estado de Santa Catarina conta com 169 espécies de mamíferos, preliminarmente catalogadas. Já no que diz respeito a avifauna, a mesma é extremamente dependente das formações florestais e, em Santa Catarina, ocorrem 337 espécies de aves na Floresta Atlântica. Com esses dados genéricos de Santa Catarina podemos verificar que, apesar da degradação geral, ainda existe uma fauna razoável que merece ser conservada. Fonte: Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Municipal. Agenda 21 Municipal: compromisso com o futuro. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville, 2%. Ed. Rev., 1998. 143 p. pp. 13-14. 3.5 — HIDROGRAFIA A região de Joinville apresenta um grande potencial em recursos hídricos, proporcionado pela combinação das chuvas intensas com a densa cobertura florestal remanescente. Quando, em 1851, os primeiros imigrantes de língua alemã chegaram a Joinville, alguns rios já tinham nome, como o Cubatão, o Cachoeira, o Quiriri, o Pirabeiraba, o Seco, o da Prata, o Três Barras e o Bucarein. Alguns 36 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 3.5.5 - Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira A bacia hidrográfica do rio Cachoeira está totalmente inserida na área urbana de Joinville. Drena uma área de 83,12 km?, que representa 7,3% da área do município. Ao longo de seu curso, de 14,9 km de extensão, tem como afluentes principais: rio Alto Cachoeira, canal do rio Cachoeira, rio Morro Alto (ribeirão Ghifforn), riacho da rua Fernando Machado, nascentes de rio no Morro da Antarctica, rio Princesinha ou riacho do Bela Vista, rio Bom Retiro, rio Mirandinha, riacho Saguaçu ou riacho do Moinho, ribeirão Mathias, rio Jaguarão, rio Elling, rio Bucarein, riacho Curtume, rio Itaum-açú, rio Itaum-mirim e riacho Bupeva ou rio do Fátima. Suas nascentes estão localizadas no bairro Costa e Silva, nas proximidades da rua Rui Barbosa e Estrada dos Suíços, no entroncamento com a BR-101. A bacia hidrográfica do Rio Cachoeira ocupa uma região relativamente plana. As nascentes encontram-se numa altitude de 40 metros. No entanto, a maior parte de seu curso, o canal principal, situa-se entre 5 e 15 metros de altitude. A foz encontra-se numa região estuarina sob a influência das marés, onde se encontram remanescentes de manguezais. Durante os períodos de amplitude da maré, pode-se verificar a inversão do fluxo da água do rio (remanso) até quase a metade de seu percurso (próximo à travessia da rua General Polidoro, segundo relato de moradores da região) causado pelo ingresso de água salgada através canal. As baixas altitudes junto à foz, associadas ao efeito das marés astronômicas e meteorológicas, e das precipitações pluviométricas, causam frequentes problemas de inundações na região central, atingindo também alguns afluentes, principalmente os rios Itaum-açú, Bucarein, Jaguarão e Mathias. O processo de ocupação da cidade se deu ao longo do rio Cachoeira e seus afluentes, e hoje comporta 49 % da população do município (242.575 hab.). A área verde da bacia soma 13 km?, concentrando-se nos Morros do Boa Vista e Iririú, e nas nascentes de seus afluentes, onde a legislação federal restringe a ocupação populacional. Devido à sua alta ocupação, apresenta índices de área verde por habitante de 55 m?/hab. Fonte: FUNDEMA 2009 3.5.6 - Bacias Hidrográficas Independentes da Vertente Leste As Bacias Hidrográficas Independentes da Vertente Leste caracterizam-se pelo fato de que os seus cursos d'água têm suas nascentes localizadas junto aos Morros da Boa Vista e Iririú, e escoam diretamente na Baía da Babitonga. Os principais rios que formam esta unidade de planejamento e gestão dos recursos hídricos são: rio do Ferro, rio Iririú-mirim (próximo à rua Guairá), rio Fortuna e/ou rio Guaxanduva, rio Comprido (rua Ponte Serrada), rio Iririú-guaçú e rio Cubatãozinho. A área das bacias é de 94,9 km?, e possui uma população de 106.931 habitantes (2006). Os bairros que compõem a bacia são: Aventureiro, Comasa, Espinheiros, Iririú, Boa Vista, Jardim Iririú e Zona Industrial Tupy. A área verde existente na bacia é de 25,3 km?, e a área verde por habitante é de 241 m?/hab. A proximidade com a Lagoa de Saguaçu fez dessa região, no passado, uma das mais ricas na presença de manguezais. A ocupação humana gerou a degradação de seus ecossistemas. FONTES: FUNDEMA 2009; SILVEIRA, W. N. Análise histórica de inundação no município de Joinville - SC, com enfoque na bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte. UFSC: Florianópolis. 2008. 184 p. 3.5.7 - Bacias Hidrográficas Independentes da Vertente Sul As Bacias Hidrográficas Independentes da Vertente Sul tem como característica escoarem diretamente na Lagoa de Saguaçu. Formadas pelos rios: ribeirão Santinho, rio Velho, rio Buguaçú (ou rio Riacho ou córrego Varador) e rio Paranaguamirim, tem uma área de 15,0 km? com uma população de 32.227 habitantes. Possui área verde de 5 km?, e contém os seguintes bairros: Adhemar Garcia, Ulisses Guimarães, Jarivatuba e Paranaguamirim. A área verde por habitante é de 158 m?2. FONTE: FUNDEMA 2009 39 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Figura: Mapa das Bacias Hidrográficas BH Rio Palmital BH Rio Cubatão BH Rio [ic] fetos r Ata lool) [ER (4) Leste BH Rio “ CESTA BH Vertente ET FONTE: FUNDEMA/2008 40 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 3.6 — MEIO AMBIENTE 3.6.1 - Unidades de Conservação da Natureza Em termos legais, unidade de conservação é espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídas pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regimes especiais de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Conservação da natureza é o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral. As unidades de conservação podem ser públicas ou privadas. O estabelecimento de unidades de conservação foi o primeiro passo concreto em direção à preservação ambiental. A Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, SNUC. Essas áreas protegidas são criadas por decreto municipal, estadual ou federal. A sua gestão é de responsabilidade do ente federativo que a criou, governo municipal, estadual ou federal. A exceção é para a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), cuja gestão é de responsabilidade do proprietário. As unidades de conservação dividem-se em dois grandes grupos: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. As unidades de proteção integral tem por objetivo básico a preservação da natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na própria Lei que estabeleceu o SNUC. As Unidades de Uso Sustentável destinam-se à compatibilização entre a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. O direito brasileiro reconhece a existência, no interior do grupo de unidades de proteção integral, das seguintes unidades de conservação no município (Joinville possui seis Unidades de Conservação (UCs) municipais, uma estadual e uma particular (Fundema, 2009)). a) Estação Ecológica: são áreas representativas de ecossistemas brasileiros, destinadas à realização de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação conservacionista. O objetivo das Estações Ecológicas é a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos ecossistemas no caso de: e medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados; * manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade biológica; e coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades científicas; e pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma área correspondente a no máximo três por cento da extensão total da unidade e até o limite de um mil e quinhentos hectares. b) Reserva Biológica; c) Parque Nacional; d) Monumento Natural; e) Refúgio da Vida Silvestre. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável; Área de Proteção Ambiental: É uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Nas Áreas de Proteção Ambiental, as seguintes atividades estão limitadas ou proibidas: 41 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 7 —- CARACTERÍSTICAS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE Unidade de Decreto de Categoria de educação ambiental. Conservação Criação Area Importância Manejo o Decreto = ami a Parque Ecológico Municipal 16,30 kme Preservação da Floresta Atlântica | PI (Proteção Prefeito Rolf Colin ” e da fauna. Beleza paisagística. Integral) nº 6.959/92 ici Decreto Parque Municipa da Municipal 270 kmê Turística. Histórica. Proteção do PI (Proteção . manguezal e sítios arqueológicos. Integral Amaral nº 6.182/89 9 ques ral) Decreto Proteção à fauna e flora. Estação Ecológica do Estadual nº 46,10 kmê Manutenção do regime hidrológico | PI (Proteção Bracinho 22 768/84 . para garantir o abastecimento Integral) . público de água. Á ã Decreto Preservação dos recursos hídricos Paio de Proteção Municipal 2 de forma a garantir o US (Uso iental da Serra p: 408,42 km bastecimento público de á sustentável Dona Francisca e 8.055/97 abastecimento público de água ustentável) ne. potável. Turismo rural. Área de Relevante Decreto Lazer e Educação Ambiental. US (Uso Interesse Ecológico do Municipal 3,90 km? Valorização da Mata Atlântica e da Sustentável) Morro do Boa Vista nº 11.005/03 sua fauna. i Portaria do Reserva Particular do IBAMA > Preservação dos recursos hídricos US (Uso Patrimônio Natural do 48,13 km e proteção da fauna e flora. Sustentável) Caetezal-RPPN nº 168/01. proteçi : o Decreto - - - Parque Municipal do Municipal 0,50 kmê Preservação e conservação dos PI (Proteção Morro do Finder " recursos naturais. Integral) nº 7.056/93 Preservação de ecossistemas Decreto naturais de grande relevância Parque Natural Municipal 1,27 km? ecológica e beleza paisagística, PI (Proteção Municipal da Caieira o ” possibilitar pesquisa científica e o Integral) nº 11.734/04 desenvolvimento de atividades de Fonte: OAP — CONSULTORES ASSOCIADOS LTDA. Zoneamento ecológico-econômico das áreas de proteção ambiental Serra Dona Francisca e Quiriri. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville/SAMA - Secretaria de Saneamento, Águas, Meio Ambiente e Agricultura, jul. 2004. v. Ie ll. 1 CD-ROM. Textos / 1- Apresentação a Meio Físico. Fundema 2009. 3.7 - CÓDIGO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE O marco de referência legal do meio ambiente no Município de Joinville é representado pelo Código Municipal do Meio Ambiente, aprovado em 14 de junho de 1996 através da Lei Complementar nº 29. O Código regula os direitos e as obrigações concernentes à proteção, controle, conservação e recuperação do Meio Ambiente no Município de Joinville, integrando-o ao Sistema Nacional do Meio Ambiente — SISNAMA. Fonte: Código Municipal do Meio Ambiente. Lei complementar nº 29, de 14 de junho de 1996. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville, 1996. 53 p. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 3.8 -- EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL E NÃO FORMAL Há alguns anos o Município de Joinville plantou a semente da Educação Ambiental no ensino formal e está colhendo os frutos esperados graças à seriedade com que a questão ambiental é tratada. As escolas promovem uma série de atividades ao longo de todo o ano, para que crianças e jovens se aproximem mais do conhecimento de tudo o que se refere ao meio ambiente e, com isso, se tornem corresponsáveis pela manutenção da sua qualidade de vida e a de todos que os rodeiam. Neste sentido, a FUNDEMA realiza ações de educação ambiental não-formal e apóia as atividades desenvolvidas na educação formal pelas instituições de ensino de Joinville. Entre essas atividades destacam-se exposições, palestras, monitoria ambiental nos parques, feiras e trabalhos de orientação à comunidade. FONTE: FUNDEMA — Fundação Municipal do Meio Ambiente. Serviços. Educação Ambiental. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville. Disponível em: http://www. fundema.sc.gov.br'. Acesso em: 22 abr. 2009, 15:00:00. 3.9 - AGENDA 21 MUNICIPAL: COMPROMISSO COM O FUTURO A Agenda 21 do município de Joinville visa atender às diretrizes da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a “Rio 92”. E um compromisso político assumido para promover a melhoria do nível de qualidade de vida das populações através do desenvolvimento econômico, mantendo o equilíbrio ambiental da região onde vivem. Fonte: Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Municipal. Agenda 21 Municipal: compromisso com o futuro. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville, 2º. Ed. Rev., 1998. 143 p. p. 13-14. 45 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 4 — AMBIENTE CONSTRUÍDO 4.1 — JOINVILLE NA ARQUITETURA: 1851-1951 Joinville. Atraído pela sua proeminência industrial-econômica, fica o forasteiro desde logo surpreso em deparar- se com uma cidade de formação, aspecto e estética completamente diferente entre si. Surpreso porque poderia esperar ver-se diante de uma urbe comum, igual a tantas outras, desenvolvida de um conglomerado colonial, um enxerto de edifícios de indústria, com um urbanismo central mais ou menos imponente, ou então aquilo que, ainda há pouco, se convencionava chamar comumente de cidade industrial, conjunto delimitado, entulhado, abafado. Nada disso, porém, se encontra em Joinville. Encontra-se, ao contrário, uma cidade ampla, larga, arejada, como se houvesse sido criada segundo um plano pré-elaborado, obedecendo a modernos preceitos urbanísticos, uma cidade, enfim, cidade-jardim, epíteto que, devido justamente ao seu aspecto e estética característicos, lhe fora dado graciosamente, mui acertadamente. Cidade de grande periferia, ruas amplas e confortáveis, onde a nota predominante são as casas individuais, ajardinadas, distanciadas das vizinhanças e da rua, dando-lhe peculiaridade nítida — eis Joinville. Tais características constituem, sem dúvida, um desenvolvimento feliz, que preenche e satisfaz também as exigências higiênicas e sociológicas. Em tal ambiente é difícil criarem os exageros e desatinos das grandes cidades: palácios de um lado, favelas de outro, num contraste flagrante que choca e perturba. Interessante, porque dedutivo, salientar a razão desse desenvolvimento típico. Não é, absoluto, ocasional, mas consequente unicamente da previsão e da formação espiritual dos primeiros colonizadores, cujos princípios, aliás, ficaram claramente expressos na elaboração das primeiras posturas municipais, ainda hoje em vigor, com poucas modificações. E por que? Elucidemos: entre os primeiros imigrantes houve elementos de elevada classe social e cultural, intelectuais, representantes do então nascente individualismo e, d'outro, grandes liberais, avessos ao feudalismo e arcaísmo medieval. Em aqui chegando, transpostas as iniciais dificuldades, tratam esses elementos, desde logo, de traduzir, em suas novas moradias, as suas percepções éticas. Não pleiteavam grandes glebas; bastava-lhes o chão suficiente para satisfação das suas necessidades reais, do sustento de suas famílias, a fim de que, sem maiores cuidados, pudessem se entregar às suas profissões ou misteres intelectuais, propriamente ditos. Existe, ainda hoje, em Joinville (à rua 15 de novembro, esquina com a rua Jaraguá — um exemplo típico da moradia joinvilense, — a casa de um dos seus mais ilustres imigrantes, o dr. Ottokar Doerffel, construída logo após o primeiro decênio de fundação. Reúne esse edifício todos os requisitos: situação isolada, sossegada, moradia ampla, cercada de ajardinagem, traduzindo em si o espírito de liberdade e o individualismo que a inspiraram. Essa casa influiu decididamente na formação concepcional do joinvilense em geral, frente ao problema da residência propriamente dito, das suas relações com a coletividade. Esse acentuado espírito predomina ainda em nossos dias: prossegue o joinvilense animado pelo idealismo da moradia independente, preferindo-a mesmo em sítios afastados, com sacrifício de longas distâncias a serem percorridas. Resulta daí serem os edifícios nas próprias vias principais, residências na realidade, ocupadas, apenas parcialmente, por estabelecimentos comerciais. Excepção feita, é claro, somente com alguns hotéis e clubes, algumas casas e apartamentos, de construção recente. Essa pouca propensão do joinvilense para a aglomeração residencial, explica a existência também de tantos terrenos baldios no centro da cidade. Interessante mencionar, por outro lado, o tipo predominante nas construções joinvilenses, tipo esse que nos vem desde os primeiros tempos de fundação da cidade: a casa de “enxaimel”. Quase que desconhecida no resto do Brasil, aqui introduzida pelos primeiros saxões, fora, sem dúvida, uma solução ideal para a concretização do problema da moradia decente e expressiva. A excessiva umidade do ambiente desaconselhava a construção de rústicas casas de ripas, com chão de terra batida. Houve assim, de início, a necessidade de criar moradias secas, de piso elevado, cujas paredes constituíssem, de fato, uma defesa contra as intempéries e, também, contra os animais e insetos. Nessa empresa, dependia o colono unicamente do seu trabalho próprio e o de sua família, não dispondo, da mão de obra 'gratuita” dos escravos. Forçavam-nos, outrossim, as circunstâncias, a reduzir ao mínimo os dispêndios em moeda e o tempo de serviço, obrigando-os a procurar um método condizente com tais exigências naturais e compreensíveis. Fóra de cogitação já estava o emprego de pedras, as quais, eram de difícil obtenção; difícil porque o granito local duro só se extrai com emprego de explosivos, além das dificuldades de transporte, pela falta de estradas. Estava limitada, portanto, a construção, ao emprego de madeira, aliás abundante, e a argila ou barro da terra virgem e pródiga. As regras do aproveitamento da madeira e da arte da carpintaria elementar, conduziram ao emprego da construção de “enxaimel” que, em sua forma simples, clara e expressiva, sua estrutura sólida e boa, sua modicidade de custo, representava a solução ideal, de imediato aproveitamento. 46 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Figura 1 - Mapa da Colonia N a f DESIRCIO Fraco ro e Es : O Cusp É e "e 4º & 9 “us o ILHA DE SÃO Ê FRANCISCO Ja * T su 9 > a E e O Ê h o ey 4 LEGENDA Elementos Limite das Terras Dotais da - á El Hidrográficos Princesa Dona Francisca R$ Elevações A ocupação do território se deu em caráter disperso, e ao longo de caminhos que partiam do núcleo inicial (Fig.2), rumo ao traçado das atuais vias Nove de Março, XV de Novembro, Dr. João Colin e Visconde de Taunay. O sítio, adverso e desconhecido aos padrões de colonização da Europa, fez surgir minifúndios de culturas variadas, lotes grandes e esparsa da malha. "residências misturadas com indústrias", numa densidade baixa e configuração 49 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Segundo análise do PEU - Plano de Estruturação Urbana, a expansão urbana seguiu a orientação Norte-Sul, linearmente, condicionada à existência de fortes bloqueios: a BR-101 e a Baía da Babitonga. Nos primeiros 50 anos do século XX, a malha urbana apresentava-se bastante concentrada, apoiada em um pequeno centro, em torno do qual se instalavam o comércio e a indústria. Desse centro partiam as vias arteriais em direção aos bairros residenciais, cujos traçados remontam aos momentos iniciais do assentamento da Colonia, consolidando- se assim uma configuração urbana radial. O PBU - Plano Básico de Urbanismo, através de dados censitários do IBGE, informa que, em 1950, a cidade constituía-se basicamente da Zona Central e do bairro Bucarein. No início da década de 60, a tendência já identificada de alongamento da mancha urbana para o Sul, concretiza-se com a formação do bairro taum. Em seguida, a Sudoeste, surge o bairro Nova Brasília, e no final dessa década já acenavam duas novas zonas de ocupação, Glória e Boa Vista (PBU/65). No início da década de 70, a Secretaria de Planejamento, baseada em informações de mapas de época e fotografias aéreas, levanta novos núcleos de ocupação mais expressivos nos bairros Costa e Silva, Santo Antônio, América, Saguaçu, Iririú e adjacências, Anita Garibaldi, Floresta e Santa Catarina, dentre outros pequenos assentamentos no Vila Nova e em Pirabeiraba. Esses, de acordo com a mesma fonte, na década de 90, figuram mais adensados junto as localidades Morro do Meio, São Marcos, Jardim Paraíso, Aventureiro, Fátima, Jarivatuba, Jardim Sofia, Espinheiros e também o Distrito Industrial, ao longo das Ruas Dona Francisca e Ruy Barbosa. Nos últimos anos, com base em imagens digitais (Satélite Quickbird, 2004) percebeu-se um grande avanço populacional no sentido Leste do município e a criação de outros núcleos de ocupação. Importante citar a conurbação que se deu com Araquari, resultando na ampliação do bairro Paranaguamirim e o surgimento da Vila Cubatão, oriunda de um núcleo urbano segregado pela barreira do aeroporto. Continua evidente a pressão da malha urbana no sentido norte, em direção ao Distrito Industrial assim como zoneamento exclusivo e a extensão territorial funcionam como barreira física à sua expansão. (Fig.3). TER] Figura 3 - Evolução Urbana de Joinville -IPPUJ 2009 50 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ O crescimento da cidade, em termos espaciais, em todo o tempo, está diretamente vinculado à expansão da base econômico-industrial, que trouxe consigo o crescimento populacional. Baseou-se na imigração oriunda principalmente do interior de Santa Catarina e do Sudoeste do Paraná. De acordo com o IBGE, na década de 50 rompeu-se o equilíbrio entre a população urbana e rural, observado desde a criação da Colonia. Nesse período intensifica-se o processo de industrialização da economia local, e a partir da década de 60, a taxa de crescimento demográfico supera, em mais do que o dobro, as taxas verificadas no estado e no país. Esse crescimento se mantém até os anos 80 quando se verifica uma queda que coincide exatamente com a retração da indústria, causada pela crise econômica que abala o país e o mundo. Na trajetória da indústria de Joinville como fator deflagrador da expansão urbana, dois casos de extrema importância ocorreram. A primeira referência se faz à Fundição Tupy, cuja transferência do seu parque industrial do núcleo central para o bairro Boa Vista, em 1954, contribuiu para o adensamento e cristalização de grande parte dos bairros da Zona Leste, na condição de fonte geradora de empregos (PEU/87). Como segunda referência, tem-se no Distrito Industrial, criado em 1973 pelos governos municipal e estadual, uma tentativa de organizar a expansão do setor industrial (HOENICKE, 2001). 4.4 - EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA DE JOINVILLE Em 1995, a Fundação Ippuj realizou a Pesquisa Domiciliar/95 (sócio-econômica e populacional), através de uma amostragem de 10% dos domicílios da área urbana da sede do município de Joinville, ficando excluída a área rural e a área urbana do Distrito de Pirabeiraba, ambas calculadas na época por projeção e depois atualizadas. Paralelamente, em 1996 o IBGE realizou a Contagem Populacional, e em termos numéricos ocorreu grande equivalência nas quantidades apuradas. Mudanças na delimitação do perímetro urbano do município (regressão), bem como a criação de novos bairros no período de 1996 a 2008, resultaram na alteração de áreas e, consequentemente da densidade demográfica. A figura ao lado caracteriza as diferentes taxas de densidade demográfica observadas no município em 2008. Em 2.000 foi anexada ao município de Joinville uma área de aproximadamente 25 km2 pertencente ao +, município de Araquari. Em 2007, após plebiscito realizado na comunidade, o bairro ltoupa-açu passou para a administração do Município de Schroeder. 0-870 habikm” 8711-2135 hablkm” 2136 - 3374 hablkm” 3375-5154 habikm” BE 5155-0074 habrem” Figura 3: Mapa de densidade demográfica 2008/2009 IPPUJ. 51 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 11 - POPULAÇÃO SEGUNDO O SEXO ANO HOMENS MULHERES TOTAL 2000 214.735 214.869 429.604 2003 228.480 233.096 454.559 2004 237.580 240.391 477.971 2005 241.802 245.243 487.045 2006 246.273 249.778, 496.051 2007 242.380 244.623 487.003 2008 244.917 247.184 492.101 2009 245.253 252.078 497.331 Fonte: IBGE - Censos Demográficos e Contagem Populacional; estimativas preliminares dos totais populacionais, estratificadas por idade e sexo Secretaria Municipal de Saúde/Cadastramento e acompanhamento do Usuário/SUS 2007. Datasus 2009. “Estimativa Ippuj 2009 2007-2009: IBGE Estimativas elaboradas no âmbito o Projeto UNFPA/IBGE (BRA/4/P31A)- População e Desenvolvimento. Coordenação de Indicadores Sociais. TABELA 12 - POPULAÇÃO POR ÁREA DE OCUPAÇÃO ANO URBANO RURAL TOTAL 2000 414.972 14.632 429.604 2001 430.871 15.193 446.064 2002 438.311 15.455 453.766, 2003 447.037 14.539 461.576, 2004 463.351 14.620 477971 2005 470.977 16.068 487.045 2006 479.740 16.311 496.051 2007 471.452 15.551 487.003 2008 476.388 15.713 492.101 2009 481.447 15.884 497.331 Fonte: Estimativa 2001 -2009, com base no Censo IBGE 2000. Secretaria Municipal de Saúde/Cadastramento e acompanhamento do Usuário/SUS 2007. Datasus 2009. Estimativa Ippuj 2009. TABELA 13 —- CRESCIMENTO POPULACIONAL EM JOINVILLE, ENTRE 1960 E 2009. A tabela apresenta o número da população no início e no final de cada década conforme resultado final dos Censos Demográficos mencionados. No período de 2000 a 2009 temos estimativas porque não houve contagem populacional em Joinville. No Censo de 2000 não está incluída a área de Araquari, que foi anexada a Joinville em 10/05/2001. Em 2009 a taxa de crescimento da população foi de 1,0626%. ANOS TAXAS MÉDIAS % INÍCIO DA DÉCADA FINAL DA DÉCADA 1950 a 1960 6,07 43.334 69.677 1960 a 1970 6,04 69.677 126.095 1970 a 1980 6,45 126.095 235.812 1980 a 1991 3,54 235.812 347.151 1991 a 2000 2,21 347.151 429.604 2000 a 2009 * 1,89 429.604 497.331 Fonte: IBGE Censo Demográfico 1960, 1970, 1980,1991, 2000 “Estimativas IBGE 2001 a 2009. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 14 — População por faixa etária e sexo 2009 Faixa Etária, % população Masculino Feminino Total Menor de 1 ano 1,3 3.194 3.054 6.248 ta4anos 5,7 13.849 13.335 27.184 5 a9anos 8,0 19.843 19.196 39.039 10a 14 anos 8,2 20.364 19.727 40.091 15a 19 anos 8,9 21.967 21.503 43.470 20 a 29 anos 18,7 46.821 46.060 92.881 30 a 39 anos 16,5 40.791 41.502 82.293 40 a 49 anos 14,5 35.482 37.134 72.616 50 a 59 anos 9,8 24.281 26.018 50.299 [60 a 69 anos 4,9 11.873 13.786 25.659 70 a 79 anos 24 5.064 7.373 12.437 80 e + 1,0 1.724 3.390 5.114 [Total 100,0 245.253 252.078, 497.331 Fonte: DataSUS-2008 (1980, 1991 e 2000: IBGE - Censos Demográficos /1996: IBGE - Contagem Populacional /1981-1990, 1992-1999, 2001-2006: IBGE - Estimativas preliminares para os anos intercensitários dos totais populacionais, estratificadas por idade e sexo pelo MS/SE/Datasus /2007-2009: IBGE - Estimativas elaboradas no âmbito do Projeto UNFPA/IBGE (BRA/4/P314) - População e Desenvolvimento. Coordenação de População e Indicadores Sociais.) Cadernos da Saúde SERVIÇOS ESSENCIAIS E BÁSICOS OFERECIDOS À POPULAÇÃO A seguir temos os dados referentes ao fornecimento de serviços de água e esgoto, energia elétrica, coleta de lixo e comunicação existentes em Joinville. Através dos números podemos perceber o crescimento da oferta de serviços na cidade e que estes buscam acompanhar a demanda trazida com o crescimento populacional. 4.5 — ÁGUA E ESGOTO TABELA 15 — CAPACIDADE INSTALADA DE REDE DE ABASTECIMENTO E QUALIDADE DA ÁGUA EM JOINVILLE ESPECIFICAÇÃO CAPACIDADE/QUALIDADE Capacidade instalada 1.757 litros / segundo Consumo atual 1.757 litros / segundo Extensão de rede 2.051 quilômetros Qualidade Potável FONTE: Companhia Águas de Joinville 2009/01 TABELA 16 — LIGAÇÕES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM JOINVILLE Setor 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Residencial 100.283 | 104.102 | 105.791 105.726 | 108.847 | 111.109 115.220 116.447 Comercial 6.595 6.767 6.682 6.628 6.654 6.920 7.630 8.609 Industrial 675 690 695 704 710 759 794 1.200 Poder Público 492 849 875 884 893 924 683 738 Total 106.045 | 112.408 | 114.043 | 113.942 | 117.104 | 119.712 124.327 126.994 FONTE: Companhia Catarinense de Água e Saneamento S.A - CASAN 2004 e Companhia Águas de Joinville 2009. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 55 TABELA 17 - ECONOMIAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM JOINVILLE Setor 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Residencial 121.806 126.060 | 127.831 | 128.094 | 131.994 | 135.925 | 141.958 | 153.194 Comercial 10.592 10.959 10.855 10.798 10.739 11.125 11.915 16.221 Industrial 719 727 749 745 758 797 868 1.500 Poder Público 914 942 969 968 977 1.011 792 921 Total 133.544 138.688 | 140.410] 140.605 | 144.468 | 148.858 | 155.533 | 171.836 FONTE: Companhia Catarinense de Água e Saneamento S.A - CASAN e Companhia Águas de Joinville 2009. TABELA 18 - POPULAÇÃO ATENDIDA PELO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM PERCENTUAL Setor 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Residencial 96,40% | 97,70% | 99,30% | 99,44% | 97,70% | 96,50% 98% 99,62% Total 405.288 | 428.031 | 434.916 | 435.520 | 465.384 | 478.848 | 477.310 | 490.221 FONTE: Companhia Catarinense de Água e Saneamento S.A - CASAN e Companhia Águas de Joinville 2009. TABELA 19 - LIGAÇÕES DA REDE DE ESGOTO EM JOINVILLE Setor 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Residencial 7.798 7.972 8.052 8.165 8.213 8.278 8.464 8.882 Comercial 1.684 1.820 1.848 1.850 1.880 2.024 2.229 2590 Industrial 126 136 134 138 126 121 127 165 Poder Público 72 147 151 152 161 169 168 178 Total 9.668 10.075 10.185 10.305 10.380 10.592 10.998 11.815 FONTE: Companhia Catarinense de Água e Saneamento S.A - CASAN e Companhia Águas de Joinville 2009. TABELA 20 — ECONOMIAS DA REDE DE ESGOTO EM JOINVILLE Setor 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Residencial 13.490 15.033 15.220 15.732 16.143 16.837 17.459 18.920 Comercial 3.688 4.624 4.691 4.839 4.808 4.916 5.175 6.073 Industrial 147 157 156 162 153 140 146 240 Poder Público 145 121 176 178 187 198 223 289 Total 16.952 19.985 20.243 20.911 21.291 22.091 23.003 25.522 FONTE: Companhia Catarinense de Água e Saneamento S.A - CASAN e Companhia Águas de Joinville 2009. TABELA 21 - POPULAÇÃO ATENDIDA PELO SISTEMA DE (COLETA) DE ESGOTO EM PERCENTUAL Setor 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Residencial 15,10% | 17,04% | 16,97% | 17,53% | 17,85% | 18.33% | 16.20% | 16,60% Total 67.353 77.342 78.340 80.925 82.396, 90.905 78.922 81.670 FONTE: Companhia Catarinense de Água e Saneamento S.A - CASAN e Companhia Águas de Joinville 2009. 56 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 4.8.3 — Jornais TABELA 25 - JORNAIS QUE CIRCULAM NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE, SEGUNDO CATEGORIA JORNAL CATEGORIA A Notícia Local Diário Catarinense Sucursal Indústria & Comércio Sucursal Folha de Joinville Local (semanal) Jornal dos Bairros Local (semanal) Notícias do Dia Local Jornal do Município Local (de circulação intema na CVJ e PMJ) O Joinvilense Local (semanal) O Vizinho. Local (semanal) Gazeta de Joinville Local (semanal) Ponto a Ponto Local (segmento comercial) O Independente Local (quinzenal) FONTE: Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão 2009. 4.8.4 — Telefonia TABELA 26 - NÚMERO DE LINHAS TELEFÔNICAS, POR CATEGORIA ANO Telefones fixos instalados Telefones fixos em serviço Telefones Públicos 2007 157.255 124.749 3.511 2008 158.781 126.769 3413 2009 155.482 130.638 3.312 Fonte: Anatel 2009/01. 4.9 — LIMPEZA PÚBLICA Os serviços de limpeza pública do município de Joinville compreendem coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos urbanos, e são executados através de contrato de concessão pela empresa Ambiental Saneamento e Concessões Ltda. Os serviços de coleta de resíduos domiciliares abrangem 100% da área urbana e, possui oito roteiros na área rural, com especial atenção para regiões de preservação ambiental e de nascentes. TABELA 27 - DEMONSTRATIVO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, SEGUNDO OS TIPOS, EM TONELADAS/ MES TIPO 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Coleta Domiciliar 8.970 | 9.220 9.370 9.021 7.489 7.959 8.184 10.108 Coleta Varredura 1.990 | 2.140 2.640 1.739 243 414 699 436 Coleta Hospitalar T/mês 17 21 25 25 28 31 27 31 Coletas Indústrias e 3.890 | 3.050 2.490 3.308 2.888 1.162 1.977 1.690 particulares* TOTAL 16.868 | 16.433 | 16.528 | 14.093 | 10.648 | 9.564 | 10.887 | 12.265 FONTE: Ambiental-2009. * Coleta indústrias e particulares - resíduos depositados por terceiros com características de resíduos domiciliares (Classe 11), provenientes de grandes geradores do comércio (supermercados e rede de lojas), de refeitórios industriais e do próprio município (podas de árvores, mutirões de limpeza). Resíduos da construção civil e entulho não são recebidos no aterro sanitário, sendo destinados a aterro específico. 59 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 4.9.1 Serviços de Coleta Existentes e Coleta de Resíduos Orgânicos; e Coleta Seletiva de Resíduos Domiciliares; e Coleta de Resíduos Sépticos dos Serviços de Saúde; e Coleta de Resíduos Domiciliares na Área Rural; e Coleta Especial de móveis e eletrodomésticos inservíveis. A coleta seletiva de materiais recicláveis atende a área central diariamente, e os demais bairros uma vez por semana, abrangendo 100% da área urbana do município. São coletadas, em média, 282 t/mês de materiais, os que são encaminhados para três centros de triagem: duas associações de catadores e uma cooperativa. FONTE: SEINFRA Coordenadoria de Limpeza Pública e Ambiental 2009 4.9.2 — Aterro Sanitário Descrição Área (m?) Capacidade (m?) Tempo de vida útil Área encerrada 184.737 mê 2.259.497,80 mê encerrado Área em uso atualmente 38.607 mê 349.729,01 mê Encerra em dezembro 2009 Área | 106.553m2 881.434,35 mê 8a 10 anos Área II 130.447 m? 1.256.033,47 mê 10a 12 anos Área para depósito 253.568 m? 2.296.995,86 18a 22 anos e Aterro Sanitário possui todos os licenciamentos ambientais exigidos. e Empresas que utilizam o Aterro Sanitário: Qualys, Brucaville, Wal Mart, Kavo do Brasil, Conurb, Fundema, Whirlpoll, Giassi, Angeloni, Bung Alimentos, Comlimpeza, Cia da Limpeza. e Empresa coletora de resíduos: Ambiental Saneamento e Concessões Lida. e Resíduos de serviços de saúde: média de 30 t/mês no ano 2008, com atendimento a 660 pontos geradores. FONTE: Ambiental-2009 4.10 — HABITAÇÃO A Secretaria da Habitação foi instituída em 10/02/1993, através da Lei Nº7.109/93, tendo como competência o desenvolvimento da política habitacional do município, adequando-a às necessidades da população, procurando implantar programas habitacionais que amenizem a evolução do déficit habitacional do município, atendendo prioritariamente a famílias carentes de baixa renda, cadastradas no Plano Habitacional, administrado pelo Fundo Municipal de Terras, Habitação Popular e Saneamento — FMTHPS . Compete à Secretaria da Habitação administrar o Fundo Municipal de Terras, Habitação Popular e Saneamento, e estabelecer as diretrizes para aplicação dos seus recursos em conjunto com o Conselho Municipal de Terras e Habitação Popular —- CMTHP — e em consonância com a política urbana e a lei de diretrizes orçamentárias do Município, com ética e respeito à sociedade. TABELA 28 - PADRÃO HABITACIONAL DOS DOMICÍLIOS Ano Casa Casa de Madeira | Casa Mista Apartamento Outro Total Alvenaria Tipo 2005 60.188 21.938 26.895 15.870 270 125.161 2006 61.998 21.538 26.667 17.097 258 127.548 2007 63.112 21.247 26.905 18.190 246 129.700 FONTE: Secretaria da Fazenda 1º semestre 2008 60 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 29 — UNIDADES DOMICILIARES URBANAS EM JOINVILLE DOMICÍLIOS QUANTIDADE / % Total de unidades domiciliares * 136.555 Próprio quitado/financiado 83,7% Alugado 10,5% Cedido 5,0% Ocupado 0,6% Outros 0,2% Total 100% Fonte: SEBRAE - SC / Secretaria da Fazenda / 2004 * Secretaria Municipal de Fazenda /Cadastro Técnico 2009 TABELA 30 — PROGRAMAS HABITACIONAIS E UNIDADES HABITACIONAIS 2003 - 2008 PROGRAMAS UNIDADE CASA LOTE APTO TOTAL Conj. Habitacional José Loureiro 632 = 632 Programa Habitar Brasil BID/Rio do Ferro 209 61 -—— 270 Residencial Constantino Caetano = ===, 112 112 Residencial João Medeiros = 92 = 92 Residencial Jardim das Oliveiras 48 48 Conj. Hab. D. Gregório Warmeling Il 116 298 414 Conj. Residencial Canela 12 12 Residencial Saguaçu = = 160 160 Loteamento Jardim do Êxodo 07 22 29 Parque Residencial Georgia u 8 19 Parque Residencial Lagoinha III 01 20 21 Desmembramento Júpiter 20 50 70 Conjunto Habitacional Ana Júlia 222 222 Residencial Alta da Colina 144 144 Residencial Ilha da Madeira 128 128 Conjunto Habitacional Severo Gomes 6 19 25 Residencial Ilha do Coral 32 32 Celestino Cândido de Oliveira 33 01 34 Total 415 1425 624 2456 FONTE: Secretaria de Habitação- 2009/01 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 61 Zona Central (ZC) Destinada principalmente às funções de administração pública, comércio e serviços de âmbito geral, subdividida em: I- Zona Central Tradicional (ZC T); I- Zona Central Expandida (ZCE). Zonas Corredor Diversificado (ZCD) Destinadas à concentração de usos residenciais, comerciais e de serviços, caracterizando-se como expansão da Zona Central ou como centros comerciais à escala de bairro, ou eixos comerciais ao longo de logradouros públicos, subdivididos em: I- Corredor Diversificado de expansão da Área Central (ZCD1); I- Corredor Diversificado de Centro de Bairros (ZCD2); m- Corredor Diversificado Principal (ZCD3); IV- Corredor Diversificado Secundário (ZCD4); V- Corredor Diversificado de Acesso Turístico (ZCD5). VI- Corredor Diversificado de Eixo Industrial (ZCD6) Zona Industrial (ZI) Destinada à localização de atividades industriais e complementares. Zona de Proteção de Áreas Rodoviárias (ZPR) Destinada à proteção das rodovias, contenção da ocupação intensiva de caráter residencial e à localização preferencial de usos compatíveis com as atividades rodoviárias, subdividida em: I. Zona de Proteção da Faixa Rodoviária da BR-101 (ZRP1) Il. Zona de Proteção da Faixa Rodoviária da SC- 301 (ZPR2A) HI. Zona de Proteção da Faixa Rodoviária da antiga SC- 415 (ZRP2B) IV. Zona de Proteção da Faixa Rodoviária do Eixo de Acesso Sul (ZPR2C). Setores Especiais (SE) São áreas que, em função de programas e/ou projetos de interesse público previsto, existência de características ambientais ou da sua posição na estrutura urbana, requeiram um tratamento de uso e ocupação específico, caso acaso, de maneira diferenciada das demais zonas. Classificam-se em: I- Setor Especial do Patrimônio Ambiental Urbano (SE1) - compreende as áreas que apresentam conjuntos arquitetônicos ou elementos naturais de interesse histórico, paisagístico ou cultural; H- Setor Especial de Urbanização Específica (SE2) - compreende as áreas destinadas ao desenvolvimento de assentamentos urbanos vinculados a programas de habitação popular ou programas de regularização fundiária; WI- Setor Especial Militar (SE3) - compreende as áreas destinadas às instalações militares e/ou segurança; IV- Setor Especial Educacional (SE4) - compreende a área destinada à implantação do complexo do “campus” universitário e demais equipamentos educacionais; V- Setor Especial de Áreas Verdes (SE5) - compreende as áreas que, pela sua situação e atributos naturais, devam ser preservados e/ou requeiram um regime de ocupação especialmente adaptado a Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ cada caso, podendo constituir reservas biológicas, áreas residenciais de ocupação restrita, áreas de lazer, complexos turísticos, recreação e turismo; VI- Setor Especial de Interesse Público (SE6) - destina-se à proteção do entorno de equipamentos urbanos existentes ou de locais onde devem ocorrer programas ou projetos de interesse público; VII- Setor Especial de Controle de Ocupação de Várzeas (SE7) - compreende as áreas sujeitas a inundações, onde devem ocorrer programas ou projetos governamentais que, por suas características, requeiram um regime de ocupação específico. FONTE:: Lei Complementar nº 27/96, em conjunto com as Leis Complementares nº 34/96 e 43/97, Zoneamento e Uso Solo. IPPUJ 2009 A Lei nº 27/96 deverá ser revisada conforme predispõe a Lei Complementar nº 261/08, intitulada Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Joinville. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 4.13 - CÓDIGO DE POSTURAS O Código de Posturas, Lei Complementar nº 84 de 12 de janeiro de 2000, contém medidas de política administrativa, a cargo do Município, em matéria de higiene, segurança, ordem e costumes públicos; institui normas disciplinadoras do funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de serviços; institui as necessárias relações jurídicas entre o poder público e os munícipes, visando disciplinar o uso e gozo dos direitos individuais e do bem-estar geral. O atual Plano Diretor, Lei Complementar nº 261/08, propõe a reformulação do Código de Posturas como um dos títulos da nova Lei Complementar da Qualificação do Ambiente Construído, que também versará sobre a comunicação visual e sobre o patrimônio cultural do município. Esta Lei será elaborada conforme cronograma constante na Lei do Plano Diretor. 4.14 — PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO, ARQUEOLÓGICO E NATURAL Preservar o Patrimônio Cultural é manter o testemunho das manifestações culturais de um povo, possibilitando à sociedade reconhecer sua identidade, valorizando-a e estabelecendo referências para a construção de seu futuro. Com este objetivo, a Prefeitura Municipal de Joinville, através da Fundação Cultural de Joinville, atua com a Comissão do Patrimônio e da Coordenadoria do Patrimônio Cultural. Compondo parceria com o IPPUJ, a SEINFRA, a FUNDEMA, a UNIVILLE e a CONURB, tem tomado uma série de medidas com o intuito de valorizar, preservar e revitalizar os bens históricos, arqueológicos, artísticos e naturais da nossa cidade. Da mesma maneira que o Código de Posturas e Comunicação Visual deverá a nova Lei Complementar da Qualificação do Ambiente Construído, proposta no atual Plano Diretor, abordar a questão da preservação do patrimônio cultural. Esta Lei será elaborada conforme cronograma constante na Lei do Plano Diretor. 66 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 15- Rua Nove de Março, 521 36- 16- Rua São Francisco, 110 37- 17- Rua Dr. João Colin, 349 38- 18- Rua Dr. João Colin, 376 39- 19- Rua Dr. João Colin, 404 40- 20- Rua Visconde de Taunay, 456/466 41- 21- Rua Araranguá, 53 Tombamentos e Processos de tombamento FCJ — Fundação Cultural de Joinville Rua do Príncipe, 600 Rua do Príncipe, 623 Rua do Príncipe, 764 Rua Princesa Isabel, 438 — Colégio Bom Jesus e Igreja da Paz. Rua Jerônimo Coelho, 233 Rua Jerônimo Coelho, 345 esquina c/ Rua do Príncipe - Rua Rio Branco, 105 esq. com rua Jerônimo Coelho 30- Rua XV de Novembro, 967 - Rua XV de Novembro, 158 31- Rua Ministro Calógeras, 157 - Rua Dona Francisca, 114 32- Servidão Fritz Alt / Rua Aubé — Museu Fritz Alt - Rua Dona Francisca, 122 33- Rua das Palmeiras - Rua Dona Francisca, 130 34- Rua Dr. João Colin, 550 - Rua Dona Francisca, 136 35- Rua Max Colin, 776 esq. com rua Blumenau - Rua Dona Francisca, 144 36- Rua Max Colin, 887 ITS JA TETO TN TE - Rua Dona Francisca, 150 37- Rua Max Colin, 888 9- Rua Dona Francisca, 156 38- Ponte coberta rio Piraí — ponte coberta estrada Blumenau 10- Estrada Caminho Curto — Usina de açúcar do Duque D'Aumale 39- Rua Duque de Caxias, 160 11- Bairro Adhemar Garcia — Parque Caieiras [40- Rua Senador Felipe Schmidt, 228 12- Avenida Getúlio Vargas, 695 |41- Travessa São José, 226 13- Rua do Príncipe, 685 [42- Rua Tijucas, 255 14- Rua Blumenau, 26 |43- Rua XV de Novembro, 1383 15- Rua Blumenau, 42 |44- Rua Dr. João Colin, 2275 16- Rua Blumenau, 52 /45- Rua Henrique Dias, 140 17- Rua General Valgas Neves, 182 |46- Rua XV de Novembro, 1860 18- Rua General Valgas Neves, 281 |47- Estrada do Sul, Km 13 Poste 76, 19- Rua General Valgas Neves, 347 |48- Avenida Getúlio Vargas, 743 20- Rua General Valgas Neves, 389 |49- Rua Criciúma, 309 21- Rua General Valgas Neves, 421 50- Rua Alagoas, 295 22- Rua General Valgas Neves, 449 51- Rua Conselheiro Arp, 194 23- Rua General Valgas Neves, 458 52- Avenida Getulio Vargas, 784 24- Rua General Valgas Neves, 489 53- Rua Jerônimo Coelho, 240 25- Rua Conselheiro Mafra, 70 |54- Estrada Dona Francisca, s/ nº - Restaurante Serra Verde 26- Rua Mário Lobo, 106 55- Avenida Getúlio Vargas, 1095 27- Rua Sete de Setembro, 178 esq. com rua Itajaí 56-Rua Itajaí, 265 28- Rua Orestes Guimarães, 406 |57 — Rua Conselheiro Arp, 62 |29- Avenida Procópio Gomes, 848 [58 - Rua Urussanga, 85 — Moinho Fonte: Fundação Cultural de Joinville 2009/01. 69 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Projeto Enxaimel Vivo Com base na Lei nº 1.774/80 de 1º de dezembro de 1980, e as alterações instituídas através da Lei Complementar nº 32/96 de 13 de dezembro de 1996, as edificações construídas através da técnica enxaimel, desde que aprovado por comissão específica, que analisa, dentre outros, seu estado de conservação, localização e originalidade, terão abatimento de 100% do IPTU devido. Projeto Cores de Joinville Instituído através da Lei nº 3.762/98, o Projeto Cores de Joinville objetivou estimular a manutenção e valorização do patrimônio arquitetônico da cidade, através de parceira com proprietários, nas ações de repintura das fachadas históricas. As edificações contempladas com o projeto foram: Hotel Anthurium, Lar Abdon Batista, Sociedade Harmonia-Lyra, Fininvest, Ipreville, Farmácia Minâncora, e Metalúrgica Weizel, entre outras. Outras ações promovidas pela Prefeitura - Restauração da Casa Krúger, em 2002/2008; - Reforma e projeto de ampliação do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville; - Projeto de ampliação do MAJ — Museu de Arte de Joinville, através da criação de uma área de reserva técnica; - Reciclagem da antiga fábrica da Antárctica, através da criação do Centro Cultural Antárctica; - Criação do Parque Ambiental Caieira; - | Recuperação do acervo do Arquivo Histórico de Joinville; - Projeto de revitalização do Centro Histórico da cidade, com destaque para a Rua das Palmeiras e Rua do Príncipe. O Patrimônio arqueológico em Joinville O patrimônio cultural em Joinville também é formado por sítios arqueológicos do período pré-colonial (sambaquis, oficinas líticas, estruturas subterrâneas) e histórico. Sítios arqueológicos são locais nos quais se encontram vestígios de interesse científico e cultural, que são parte fundamental da história da humanidade. Por estes motivos são considerados Patrimônio Cultural Brasileiro e protegidos por leis. O sambaqui - do Tupi tamba (marisco, concha) ki (monte) - é um sítio arqueológico, resultado da ação das antigas populações (até 5 mil anos atrás) que ocupavam as regiões mais secas junto aos manguezais, lagoas e rios, de onde captavam seus recursos alimentares. São constituídos por restos faunísticos, como conchas de moluscos e ossos de animais, principalmente peixes. Caracterizam-se por sua forma circular/ovalar, e dimensões muito variadas. Oficinas líticas são sítios em afloramentos de rocha localizados na beira de rios, lagoas e oceano. Resultam da ação de polimento de instrumentos de pedra de populações pretéritas e, em Joinville, estão associadas a sambaquis. As estruturas subterrâneas são sítios remanescentes da ocupação local por povos ceramistas. Caracterizavam- se por buracos abertos no solo, sobre os quais era construída uma cobertura. Serviam de abrigo a seus construtores, e são popularmente conhecidas como “buracos de bugre”. Os sítios arqueológicos históricos são todos os locais que reúnem vestígios significativos da cultura material, remanescente da passagem e/ou assentamento de populações imigrantes, a partir do século XVI, tais como engenhos, caieiras, residências, portos, igrejas, cemitérios e caminhos. O Museu Arqueológico de Sambaqui têm cadastrados 42 sambaquis, 2 oficinas líticas, 3 estruturas subterrâneas e 2 sítios históricos. Esses estão situados em área urbana (bairros Guanabara, Adhemar Garcia, Espinheiros, Paranaguamirim, Comasa e Aventureiro), na área rural (Morro do Amaral, Cubatão, Ribeirão do Cubatão, Ilha do Gado) e em manguezais. 70 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 32 - RELAÇÃO DOS SÍTIOS ARQUOLÓGICOS NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE SAMBAQUIS Cubatão | Fazenda Trevo, próximo à Marina das Garças Cubatão II Fazenda Trevo, próximo à Marina das Garças Cubatão III Fazenda Trevo, próximo à Marina das Garças Cubatão IV Fazenda Trevo, próximo à Marina das Garças Cubatãozinho Lateral da Estrada João de Souza Mello Alvim (Estrada do Vigorelli) Espinheiros II Entre as Ruas Baltazar Buschle e Antonio Mazolli, Bairro Espinheiros Fazendinha Nordeste da Ilha do Mel (fica na região próxima a Joinville) Gravatá Sudoeste da Ilha dos Espinheiros Guanabara | Rua Teresópolis, bairro Guanabara Guanabara Il Rua Japurá, esquina com Rua Araguaia, bairro Guanabara Ilha do Gado | Norte da Ilha do Gado Ilha do Gado Il Norte da Ilha do Gado Ilha do Gado ll Norte da Ilha do Gado Ilha do Gado IV Sudoeste da Ilha do Gado Ih ps Ilha dos Espinheiros, lateral da Rua Baltazar Buschle pouco após o trevo da Rua Severino a dos Espinheiros | Gretter Ilha dos Espinheiros Il Rua Baltazar Buschle, ao lado do late Clube de Joinville Ilha dos Espinheiros II Norte da Ilha dos Espinheiros, margem da Lagoa do Varador Ilha dos Espinheiros IV Final da Rua Severino Gretter, Ilha dos Espinheiros Lagoa do Saguaçu Parque Ambiental Caieiras Morro do Amaral | Margens do Rio Riacho (ou Biguaçu) Morro do Amaral II Sudeste do Morro do Amaral Morro do Amaral Il Noroeste da Ilha do Amaral (Parque Morro do Amaral) Morro do Amaral IV Noroeste do Parque Morro do Amaral Morro do Ouro Rua Graciosa, ao lado da Ponte do Trabalhador, bairro Guanabara Ponta das Palmas Canal do Palmital, ao norte da foz do Rio Cubatão Ribeirão do Cubatão Lateral da Estrada Ribeirão do Cubatão Rio Bucuriúma Margem direita do Rio Bucuriúma Rio Comprido Rua Ponte Serrada, Bairro Comasa Rio das Ostras Margem esquerda do Rio das Ostras Rio Fagundes Margem esquerda do Rio Fagundes Rio Ferreira Próximo à margem esquerda do Rio Ferreira Rio Pirabeiraba Margem direita do Rio Pirabeiraba Rio Riacho Bairro Paranaguamirim Rio Sambaqui Margem direita do Rio Sambaqui Rio Velho | Margem direita do Rio Velho, 350 m. da confluência com o Rio Santinho Rio Velho II Margem esquerda do Rio Velho, aprox. 950 m ao sul da confluência com o Rio Santinho Rua Guaíra Final da Rua Guaíra, bairro Aventureiro Tiburtius Margem direita do Rio Sambaqui Paranaguamirm | Na margem direita do rio Paranaguamirim, já no município de Araquari Paranaguamirim II No sul do município de Joinville, às margens da Rodovia Municipal do Paranaguamirim SAMBAQUI FLUVIAL ltacoara Rio Piraí OFICINAS LÍTICAS Caieira Parque Ambiental Caieira Lagoa do Saguaçu Parque Ambiental Caieira SAGUAÇU SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS Caieira Lagoa do Saguaçu Parque Ambiental Caieira Fonte: Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville/FCJ-PMU 2009 Fá! Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 34 - EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE PAVIMENTAÇÃO EM JOINVILLE ANO Exteneão Total | Extensão cito Extensão Saibro | "AVIMENTADO | samro % 2000 1.485.277 442.967 218.901 823.409 44,56 55,44 2001 1.496.487 455.732 226.795 813.960, 45,61 54,39 2002 1.533.150 478.133 233.943 821.074 46,45 53,55 2003 1.565.751 510.934 238.037 816.780 47,83 52,17 2004 1.583.851 568.826 226.931 788.094 50,24 49,76 2005 1.613.794 590.920 221.902 800.972 50,37 49,63 2006 1.644.661 632.955 218.305 793.401 51,76 48,24 2007 1.663.954 668.257 215.592 780.105 53,12 46,88 2008 1.675.843 719.034 208.169 748.641 55,33 44,67 FONTE: SEINFRA — 2009 5.1.3- Veículos Automotores TABELA 35 - FROTA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, POR TIPO TIPO 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 Motocicleta e motoneta | 16.794 | 18.137 | 22.462 | 26.224 | 29.751 | 35.032 | 39.988 | 45.418 | 49.710 | 52.575 Automóvel 96.456 | 101.278 | 105.387 | 113.896 | 121.739 | 130.000 | 138.463 | 148.761 | 159.545 | 170.978 Ônibus e micro ônibus 686 700 1.129 1.210 1.249 1.245 1.287 1.288 1.347 1.346 Caminhão, caminhão trator, caminhonete Outros * 16.368 | 18.823 | 15.527 | 16.515 | 17.417 | 18.202 | 18.918 | 20.142 | 21.378 | 22.397 TOTAL 136.989 | 144.957 | 152.546 | 166.723 | 180.096 | 195.371 | 210.654 | 228.951 | 246.906 | 263.667 FONTE: Detran SC/estatísticas - 2010 6.688 | 6.019 | 8041 | 8.878 | 9.940 | 10.892 | 11.998 | 13342 | 14.926 | 16.371 “Outros: Tratores, Camionetas, Ciclomotores, Motor-casa, Quadriciclos, Reboques, Semi-reboques, Trator, Utilitário, Triciclos, chassi etc. Para os anos de 2000 e 2001 não foi disponibilizado o mesmo detalhamento de informação referente a ônibus, caminhão e motocicletas. 5.1.4 - Comissão Comunitária de Humanização do Trânsito Criada em 1989 por voluntários representantes de vários segmentos ativos da comunidade, objetiva humanizar o trânsito através da conscientização da população. FONTE: Comissão Comunitária de Humanização do Trânsito-2009 74 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 5.2 - TRANSPORTES 5.2.1 - Transporte Coletivo TABELA 36 - SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO DE JOINVILLE (MÉDIA) DADOS DO SISTEMA Nº Nº de Vagas Frota | Frota | Frota- | Frota | Idade usuários Nº de Nºde | yotinhas Ano | empresas ljmpas) (dias |operante/reserva | fretamento escolar | Média dal (média |usuários/mês | VS9eM/ia | paga fácil operadoras ais frota | ia) (Pega fácil) 2000] 2 127 | 7.788 | 201 41 146 14 6 [139022] 4.170.671 487 22 2001 2 142 | 6557 | 269 | 37 149 12 | 636 [136339 | 4.090.184 425 18 2002] 2 162 | 7585 | 278 | 39 122 to | 592 [133914 | 4017416 430 18 203) 2 159 | 8697 | 288 | 45 96 649 [126988 | 3.809.633 413 18 2004] 2 173 | 8925 | 288 | 47 128 1 65 [134102] 4084773 385 7 2005) 2 170 | 8967 | 24 | 64 116 4 65 [131.271] 3992833 386 7 20066] 2 183 | 9.044 | 297 | 51 122 0 65 [131.550] 3.977.551 389 18 2007) 2 179 | 9669 | 332 | 45 128 0 63 [134.196 | 4.366.355 385 7 2008] 2 198 | 8897 | 307 | 27 0 59 [151.249] 4012980 0 0 FONTE: SEINFRA 2009 TABELA 37 - EVOLUÇÃO DA MÉDIA DE PASSAGEIROS, SEGUNDO A POPULAÇÃO E QUILOMETRAGEM PASSAGEIROS ANO TRANSPORTADOS QUILOMETRAGEM FROTA OPERANTE 2000 50.387.642 20.966.107 261 2001 49.082.260 20.811.519 268 2002 48.209.278 22.210.249 278 2003 47.715.725 21.622.975 288 2004 49.017.287 21.882.800 288 2005 47.974.009 22.552.818 294 2006 48.000.025 23.256.353 297 2007 48.700.916 22.815.322 348 2008 49.545.278 22.797.930 334 FONTE: SEINFRA 2009 TABELA 38 - PASSAGEIROS TRANSPORTADOS POR SISTEMA Quantidade de Passageiros por linha Ano Troncal Alimentadora | Convencional NI| Circular Centro Pega-fácil 2000 12.098.688 13.696.681 19.001.168 474.532 843.277 2001 11.053.957 17.032.282 11.543.051 5.935.282 801.923 2002 10.532.480 18.145.557 7.154.633 6.107.638 1.013.700 2003 11.077.609 17.872.130 3.259.413 7.270.025 883.868 2004 12.409.870 20.929.510 680.388 2.320.380 735.081 2005 12.098.605 20.754.035 442.232 2.258.422 613.580 2006 11.824.494 18.883.133 186.741 1.997.889 630.866, 2007 11.824.494 22.083.428 194.437 - 641.339 2008 17.277.610 32.267.668 - - - FONTE: SEINFRA 2009 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 75 TABELA 39 - FROTA TIPO DE ÔNIBUS Ano Padron Padron Convencional | Microônibus Rodoviário Articulado (13,20m) (12,00) 2000 40 120 131 51 158 nm 2001 80 40 77 41 77 “ 2002 91 40 73 42 51 nu 2003 110 40 148 45 126 2004 121 39 133 42 101 nu 2005 129 40 138 42 101 nu 2006 125 31 146 56 101 al 2007 102 0 197 62 146 13 2008 103 0 179 58 151 19 FONTE: SEINFRA / Transtusa / Gidion 2009 TABELA 40 - TRANSPORTE ESPECIAL Frota efetiva Frota efetiva Frota transporte Nº de escolar — Idade média da | nº de usuários Ano izacõ fretamento — fretamento - ani : adia Ari autorizações ônibus micro e vans ônibus, micro e frota (média diária) vans 2000 1 146 4 14 6,6 26.656 2001 2 146 3 12 6,07 25.394 2002 2 117 5 10 6,2 25.089 2003 2 93 3 - 6,45 25.466 2004 2 101 0 1 8,2 25.200 2005 2 101 0 4 78 27.100 2006 2 100 1 0 78 30.156 2007 2 125 3 0 7,9 29.870 2008 2 133 2 0 9,39 25.294 FONTE: SEINFRA / Transtusa / Gidion 2009 ESTAÇÕES DA CIDADANIA Estação da Cidadania Gustavo Vogelsanger Distrito de Pirabeiraba Lei nº 4001 de 04/10/1999 Estação da Cidadania Oswaldo Roberto Colin Bairro Iririú Lei nº 3910 de 30/04/1999 Estação da Cidadania Professor Benno Harger Bairro Vila Nova Lei nº 4001 de 04/10/1999 76 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 44 — MOVIMENTO NO AEROPORTO DE JOINVILLE Ano Passageiros Carga Aérea (Kg) Aeronaves Embarque Desembarque Embarque Desembarque Pousos Decolagem 1990 41.430 42.256 502.465, 1.404.278 4.102 4.103 1991 46.666 45.361 620.309 976.202 5.025 5.007 1992 39.745, 39.386, 553.501 827.101 5.091 5.032 1993 41.917 40.702 587.983 1.158.334 5.592 5.592 1994 50.075 49.020 376.194 1.294.074 5.954 5.953 1995 60.062 60.092 349.535 2.476.367 5.906 5.899 1996 68.882 66.495 471.566 2.333.174 6.791 6.777 1997 75.700 76.913 649.937 555.966 7.275 7.268 1998 91.341 96.043 747.982 515.994 7.181 7.150 1999 101.023 106.399 673.562, 439.977 7.108 7103 2000 113.792 118.031 567.227 439.848 7.433 7.429 2001 116.981 118.758 524.336, 356.750 7.587 7.614 2002 109.711 115.437 584.345, 270.521 6.344 6.352 2003 81.520 87.428 367.259 194.060 4.929 4.936 2004 96.830, 97.895 492.885 266.671 4330 4327 2005 144.675 141.349 380.858 250.466 4.757 4.752 2006 127.741 129.016 326.103 201.709 3.809 3.809 2007 116.759 116.463 334.202 189.337 3.368 3.361 2008 124.252 119.526 423.098 286.292 2.568 2.570 FONTE: INFRAERO - 2009/01 5.2.7 — Conexão Portuária Joinville está ligada ao transporte marítimo através do Porto de São Francisco do Sul, situado a 45 km, contando com um cais de atracação de 675 metros e calado entre seis e dez metros. Integrado ao Consórcio Atlântico do Mercosul e suas mesas de integração, o porto possui acesso através das rodovias SC-301 e BR-280 em percurso pavimentado, cuja interligação com a BR-101, em fase final de duplicação, possibilita acesso com o resto do País. O porto conta com um ramal ferroviário interligado à cidade de Mafra, e desta tem conexão com o sistema ferroviário nacional. A movimentação de carga no Porto destina-se predominantemente às exportações, que correspondem a 80% do total de cargas escoadas por este terminal. Porto de São Francisco do Sul - Foto: Thiago Araújo Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 79 6 - PROMOÇÃO ECONÔMICA Neste capítulo constam indicadores econômicos que permitem comparar a evolução da população economicamente ativa, dos empregos formais, das empresas, a arrecadação de impostos, do PIB, do potencial de consumo, dos principais produtos da indústria, dos números do turismo e da produção agro-silvo-pastoris do município. Estas informações, apresentadas no formato de tabelas, são importantes para verificar o crescimento econômico de Joinville. 6.1 —- RENDA TABELA 45 - POPULAÇÃO URBANA DE JOINVILLE POR CATEGORIA DE RENDA RENDA (em SM*) PARTICIPAÇÃO % PARTICIPAÇÃO % ACUMULADA Menos de 1 salário mínimo 3,9 3,9 1 Salário Mínimo 14,8 18,7 De 1 a3 Salários Mínimos 51,4 70,1 De 3 a 5 Salários Mínimos 17,3 87,4 De 5 a 10 Salários Mínimos 8,2 95,6 De 10 a 20 Salários Mínimos 18 97,3 De 20 a 30 Salários Mínimos 03 97,7 Mais de 30 Salários Mínimos 23 100,00 Fonte: Estimativas IBGE -2004 /SEBRAE - SC Censo Domiciliar - 2002/2003 - Com base no salário - Estimativa IPPUJ- 2008 - IDH RENDA — 2000 - 0,776 (MÉDIO * IDH) 6.2 - EMPREGO TABELA 46 — EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA EM JOINVILLE, POR SETOR DE ATIVIDADE SETORES 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Primário 439 470 442 469 536 940 321 329 5.205 Secundário 52.542 51.541 54.793 55.610 60.533 60.120 65.861 61.759 70.646 Terciário 50.788 54.435 58.779 62.162 69.126 69.874 76.481 85.303 100.584 Total 103.769 | 106.446 | 114.446 | 118.241 | 130.195 | 130.938 | 142.663 | 147.391 | 176.435 Fonte: M T E /CAGED/RAIS - 2009. Considerado apenas empregos formais declarados na RAIS. so Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 47 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA EM JOINVILLE, POR ATIVIDADE SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO DO IBGE. ANO |INDÚSTRIA| CONSTRUÇÃO CIVIL | COMÉRCIO | SERVICOS | AGROPECUARIA, OUTROS | Total Ano 2009* 26.954, 5.475 17.006 30.216 333 0 79.384 2008 61.919 9.327 35.585, 64.999 5.205 o 176.435 2007 54.089 7.670 31.142 54.161 329 0 147.391 2006 44.676 7.343 26.983, 41.315 265 o 120.582 2005 34.847 5.789 26.832 34.242 327 o 102.037 2004 32.530, 5.087 23.600, 31.590 364 0 93.171 2003 25.483, 4.875 18.974 28.552 307 o 78.191 2002 25.638 4.706 18.485 29.653 260 o 78.742 2001 26.906, 4.832 19.101 31.581 201 3 82.624 2000 29.260 5.092 16.991 26.563 214 184 78.304 1999 19.357 4.564 12.485 26.080 128 23 62.637 Fonte: MT E /CAGEDEST - 2009. Considerado apenas empregos formais declarados na RAIS. * Em 2009 dados até o mês de julho. O aumento dos empregados no setor agropecuário em 2008 deve-se ao fato de uma indústria que teve registro neste setor de atividade. TABELA 48 - COMPARATIVO DO EMPREGO EM JOINVILLE % EM RELAÇÃO A SANTA CATARINA E AO BRASIL EM 2008. 2008 Indústria | % Construção % |Comércio) % | Serviços | % [Agropecuária % Total % Joinville | 61.319 [100] 9.327 |100] 35.585 | 100 | 64.999 | 100| 5.205 |100| 176.435 | 100 Santa | 618281 | 9,9 13.564 |69 400696] 89 | 561.990 [11,6] 109473 |3,9|1.826.104| 5,7 Catarina Brasil |7.106.259] 0,9 | 3.535.206 |0,3 [7.167.558] 0,5 [11.265.159 0,6 | 2.792.006 | 0,2 |31.866.458 0,6 Fonte: MT E /CAGEDEST - 2009. Considerado apenas empregos formais. TABELA 49 - ECONOMIA E MERCADO DE TRABALHO EM JOINVILLE MOVIMENTAÇÃO | 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 MUNICÍPIO Qde | % | Qde | % | Qde | % | Qde | % | Qde | % | Qde | % | Qde | % Admissões 41.148 | 3,64] 41.427 | 7,77 | 50.879 | 7,45 | 63.963 | 4,50 | 53.673 | 6,80 | 78.854 | 8,1 |91.905 |9,67 Desligamentos 35.594 * 36.764 | 7,50 | 42292 | 7,20 | 56.619 | 4,50 | 48.131 | 6,20 | 68.537 | 8,45 | 84.530 | 9,65 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego 2009. Obs.:* TABELA 50 — EMPREGOS FORMAIS Percentual de desligamentos em 2002 não disponível. 2005 2006 2007 2008 2009 MOVIMENTAÇÃO atde % atde % atde % gtde % atde % Admissões 4.824 743 5.965) 68 5.956, 81 7.788] 911 6.994 8,69 Desligamentos. 3.806 7,73 4.154 62 4.999 845 6.278 9,31 7213 9,74 Variação Absoluta 1.018 1.811 957 1.460 -219 Variação Relativa 0,86 143 0.69 1,02 -0,14 Número de empregos formais -1º Janeirode | 117916 | 9,72 | 126711 | 6,196 | 137.788 | 10,06 | 143668 | 985 | 154972 | 995 2005 a 2009 Total de Estabelecimentos -em | 23.901 | 7,23 | 22694 | 6,131 | 24511 718 | 24205 | 712 | 26368 | 7,03 Janeiro Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego / Perfil do Município 2009 OBS.:Considerado mês de janeiro de cada ano. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 81 TABELA 56 - COMPOSIÇÃO DA ARRECADAÇÃO DE IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) EM JOINVILLE E SANTA CATARINA (REPASSE ESTADUAL) 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 COMPARATIVO | AtéDez. | AtéDez. | AtéDez. | AtéDez. | AtéDez. | AtéDez. | AtéDez. | Até Dez. Joinville 4.417.994 4.085.618 4.139.985 329.024 4.322.594 4.121.843 4.330.011 5.039.950 Santa Catarina 39.499.939 37.482.615 38.834.077 3.186.112 45.122.125 46.501.006 | 49.037.557 | 51.971.029 FONTE: Secretaria de Estado da Fazenda - Diretoria de Contabilidade Geral -2009 CATARINA (ICMS/IPIIPVA — REPASSE ESTADUAL) TABELA 57 - COMPOSIÇÃO GERAL DA ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS EM JOINVILLE E SANTA comparanvo | aibez | neto: | nele | nébsz | bb | nébe | mod | aéDe Joinville 104.540.049 | 119.847.003 | 140.593.502| 13.481.781 165.081.090 | 163.692.196 | 157.394.264 231.531.768 Santa Catarina | 952.634.220 | 1.119.565.094 | 1.340.964.103 | 132.692.366 | 1.744.498.120 | 1.852.171.323 | 2042.360.172] 2.394.408.207 FONTE: Secretaria de Estado da Fazenda — Diretoria de Contabilidade Geral - dez.2000/2009 TABELA 58 - PRODUTO INTERNO BRUTO - PER CAPITA EM JOINVILLE R$ Ano PIB PIB PER CAPITA 1998 3.704.381.383,24 8.850,11 1999 3.784.568.567,44 8.842,22 2000 4.687.416.445,61 10.911,02 2001 5.050.075.612,67 11.321,41 2002 5.261.140.317,12 11.594,39 2003 6.162.861.469,00 13.351,78 2004 6.617.500.000,00 13.959,00 2005 7.110.290.000,00 14.910,00 2006 7.337.060.150,00 15.390,00 2007 8.920.697.437,00 18.127,78 2008 10.282.096.000,00 20.688,00 FONTE: Amunesc 2009. Obs.: PIB referente ao movimento econômico das empresas de Joinvile por ano base. Pib 2007 foi revisado pela Amunesc por isto a alteração de valor publicado em 2008. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 59 - BALANÇA COMERCIAL DE SANTA CATARINA E JOINVILLE EM US$ FOB - VARIAÇÃO (%) EXPORTAÇÃO VAR. % IMPORTAÇÃO VAR. % Saldo 1999 Estado 2.567.418.000 -1,45 883.622.000 -30,46 1.683.796.000 Joinville 564.560.181 - 155.409.222 | 509,03 409.150.959 2000 Estado 2.712.493.000 5,65 957.170.000 832 1.755.323.000 Joinville 600.333.126 6,34 156.796.141 0,89 443.536.985 2001 Estado 3.031.172.000 11.75 860.394.000 -10,11 2.170.778.000 Joinville 563.286.207 6,17 172.105.820 9,76 391.180.387 2002 Estado 3.160.456.000 4,27 931.395 8,25 2.229.061.000 Joinville 550.497.592 «2,27 162.797.013 5,41 387.700.579 2003 Estado 3.701.854.000 17,13 993.810.000 6,70 2.708.044.000 Joinville 732.453.011 33,05 178.367.200 9,56 554.085.811 2004 Estado 4.862.608.000 31,36 1.508.950.000 51,83 3.353.658.000 Joinville 927.327.902 26,61 181.614.842 1,82 745.713.060 2005 Estado 5.594.239.000 15,05 2.188.540.000 45,04 3.405.699.000 Joinville 986.078.345 6,34 262.670.202 44,63 723.408.143 2006 Estado 5.982.112.000 6,93 3.468.768.000 58.50 2.513.344.000 Joinville 1.454.711.863 47,52 455.057.429 73,24 999.654.434 2007 Estado 7.381.839.000 23,40 5.000.221.000 44,15 2.381.618.000 Joinville 1.605.551.005 10,37 556.068.555 22,20 1.047.192.789 2008 Estado 9.256.219.000 11,85 7.969.306.000 59,38 286.913.000 Joinville 1.712.482.688 6,66 754.969.927 35,77 957.512.761 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secex-Secretaria de Comércio Exterior / Balança Comercial Brasileira por Unidade da Federação e por Município 2009. Obs.: VR % CRITERIO DE CÁLCULO: Anual = Sobre o ano anterior na mesma proporção mensal = Sobre o mês anterior. e Importação — base SISCOMEX — Dez 2008 - Dados Preliminares para os meses seguintes. e Exportação — base SISCOMEX — Dez 2008 e Os dados apresentados são retirados do SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior , onde os próprios exportadores / importadores fornecem as informações relativas às operações. Há, contudo, um prazo de 5 anos após cada período para eventuais ajustes e correções nos números. Como os relatórios constantes no sítio do MDIC são estáticos, relatórios antigos (por exemplo, o de 2005) são mantidos no ar, contendo os números do momento em que foram divulgados. TABELA 60 - AGÊNCIAS BANCÁRIAS INSTITUIÇÃO Nº DE AGÊNCIAS * PAB's Banco do Brasil 16 01 Casa do Empreendedor o Banco Santander Meridional S/A o - Banco do Estado de Santa Catarina — BESC 05 08 Banco Santander Banespa S/A o 01 Banco Rio Grande do Sul S/A — BANRISUL o - Caixa Econômica Federal - CEF 08 01 Banco Bradesco S/A 12 12 Banco ABN Real S/A 04 03 Banco Itaú S/A 08 02 Banco ABN AMRO Bank o Banco Mercantil do Brasil S/A — BANCANTIL o - Banco HSBC S/A 02 06 Banco Unibanco S/A 04 Banco Safra S/A o Itaubank Dist. Tit. Val. Mob. S/A ot Banco Comercial do Uruguai S/A o - Sicoob/Coopercred o 08 Votorantim S/A o Banco Renner S/A o - Total de Bancos Vá! 42 Fonte: Sindicato dos Bancários Região de Joinville 2009 - *PAB: Posto de Atendimento Bancário. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 85 TABELA 61 - ÍNDICES DO PREÇO AO CONSUMIDOR (IPC, IPCA, IGP-M e INPC) - EM PERCENTUAL Joinville 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 IPC 431 6,91 9,53 79 6,38 4,44 2,58 4,34 6,16 3,65 IPCA 5,83 7,42 11,9 8,95 7,35 5,55 3,14 4,46 5,90 4,31 IGP-M 9,55 9,92 22,92 8,42 11,77 1,89 3,79 7,75 9,81 -1,72 INPC 5,16 9,06 13,88 9,95 5,97 4,99 2,78 5,16 6,48 411 FONTE: IBGEFIPE/ACIJ / Indicadores Econômicos de Joinville 2009 * ACUMULADO DE JANEIRO/NOVEMBRO IPG-- Índice de Preço Ao Consumidor (FIPE) IPCA - Índice de Preço Nacional ao Consumidor Amplo IGP-M - Índice Geral de Preço de Mercado. INPC — Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo TABELA 62 — POTENCIAL DE CONSUMO EM JOINVILLE POR CLASSE 2007 2008 CLASSE VALOR EM R$ VALOR EM R$ Ai 373.936.692 346.956.871 AZ 1.155.522.019 1.017.560.833 B1 1.345.537.411 1.358.668.904 B2 1.256.517.740 1.672.032.637 Cc 1.194.588.224 1.456.312.483 D 230.051.230 287.362.691 E 9.133.277 11.117.899 RURAL 22.167.886 28.769.491 TOTAL 5.587.454.479 6.178.781.809 FONTE: Brasil em Foco Target Marketing Ltda — 2009 TABELA 63 - CONSUMO PER CAPITA | ANO 2007 2008 CONSUMO VALOR EM R$ VALOR EM R$ URBANO 11.092,92 12.436,75 RURAL 4.534,24 5.970,01 FONTE: Brasil em Foco Target Marketing Ltda — 2009 TABELA 64 — SHOPPING CENTER EM JOINVILLE SHOPPING ENDEREÇO Shopping Center Cidade das Flores Rua Mário Lobo, 10 - Centro Shopping Center Americanas Avenida Getúlio Vargas, 1446 - Anita Garibaldi Shopping Direto da Fábrica Rua do Príncipe, 315 - Centro Shopping Center Floral Rua XV de Novembro 527 - Centro Shopping Bavária BR 101, Km 29 - Pirabeiraba Centro Comercial Expoville Rua XV de novembro 4.305 - Glória Shopping Muller Joinville Rua Senador Felipe Schmidt esq. Rua Pedro Lobo - Centro Fonte: Promotur 2008 86 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 71 - NÚMERO DE TURISTAS E RECEITA ANUAL DO TURISMO EM JOINVLLE — US$ Turista Nacional Estrangeiro Total por ano Ano Nº Receita Nº Receita Nº Receita 2003 94.789 5.599.707,40 1.823 171.531,79 96.612 5.942.761,19 2004 85.029 6.476.645,94 2216 217.005,22 87.245 6.693.651,16 2005 128.803 10.644.358,13 3.238 403.268,53 132.041 11.047.626,66 2006 152.023 15.817.740,90 2088 743.981,42 154111 16.561.722, 82 2007 166.123 19.312.992,60 1.999 472.368,50 168.122 19.785.361,10 2008 165.999 21.362.001,41 739 306.687.95 166.738 21.668.689,36 2009" 138.448 15.055.476,48 2085 608.079,00 140.533 15.663.555,49 FONTE: Promotur - Santur 2009 Obs.: 'dados da pesquisa realizada no primeiro bimestre de 2009. TABELA 72 - PROCURA POR ATRATIVOS TURÍSTICOS DE JOINVILLE - EM PERCENTUAL ATRATIVOS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Naturais 2341 28,41 25,95 26,56 16,59 26,20 23,44 21,01 Históricos, Culturais 10,60 15,01 16,13 10,58 8,88 14,55 14,06 17,75 Manifestações Populares 0,72 0,80 - - 0,23 - 1,12 0,72 Eventos 1,93 1,36 6,68 1,66 1,40 1,03 0,67 1,45 Outros 63,62 54,42 51,84 61,20 72,90 58,22 60,71 59,07 TOTAL 100 100 100 100 100 100 100 100 FONTE: Promotur - Santur 2009 Obs.: Outros = visita a amigos/parentes, compras, tratamento de saúde. Dados das pesquisas realizadas no mês de janeiro de cada ano. 6.5 - AGRICULTURA A base do setor primário do município de Joinville é a agricultura familiar, onde cerca de 97% das propriedades tem menos que 50 hectares. Destaca-se o cultivo de arroz irrigado, de banana e de hortaliças. A bovinocultura leiteira, presente em 68% das propriedades, proporciona liquidez a alguns estabelecimentos. Por tratar-se da maior cidade do estado, Joinville proporciona um grande mercado consumidor, mas também atrai a força de trabalho do jovem da área rural para a indústria, o que tem refletido no aumento da idade média do agricultor na região. A globalização da economia tem exigido a profissionalização e a diversificação desta exploração familiar. A piscicultura é uma atividade em franco desenvolvimento, e o município é o maior produtor estadual de pescado de água doce, oferecendo uma nova fonte de renda aos agricultores, que contam com 2 estações de produção de alevinos, além de outra em implantação. Beneficiados pela beleza natural da Encosta da Serra do Mar, da Floresta Tropical Atlântica e seus rios encachoeirados, os agricultores têm no Turismo Rural outro potencial de renda que vem sendo aproveitado em projetos como da Estrada Bonita e da Região do Piraí. Junto ao turismo rural vem se desenvolvendo também a indústria artesanal de alimentos, que agrega valor ao produto da agricultura. Novas técnicas agrícolas também têm proporcionado aumento de eficiência no meio rural, tais como o cultivo protegido de olerícolas e a rizipiscicultura. 89 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ O agricultor conta também com uma estrutura municipal de apoio. Trata-se da Fundação Municipal 25 de Julho, que tem a função de desenvolver o serviço de treinamento e assistência técnica, além do apoio nas áreas de mecanização pesada e controle de simulídeos (borrachudo). Foto: Secom A zona rural de Joinville possui área de 89.549 ha, que são utilizados como lavouras, reflorestamentos, pastagens e florestas. Veja distribuição na tabela abaixo TABELA 73 - COMPOSIÇÃO DA ÁREA RURAL DE JOINVILLE, POR HECTARE -2008 DESCRIÇÃO ÁREA EM ha Lavouras Temporárias 4.865 Lavouras Permanentes 2.938 Lavouras em Descanso 279 Pastagens Nativas 14.381 Pastagens Cultivadas 7.578 Capoeira 1.622 Matas Cultivadas 1.103 Mata Nativa 63.069 Área Rural 89.549 Área Agricultável 26.480 Outras 1.459 FONTE: Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho / Levantamento Agropecuário de Santa Catarina - 2009 Considerando que a base do setor primário do município de Joinville, é a pequena propriedade familiar, a estrutura fundiária está baseada predominante em pequenas propriedades. 90 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 74 - ESTRUTURA FUNDIÁRIA, POR HECTARE GRUPO Nº DE ESTABELECIMENTOS ÁREA (ha) % lenos de 01 ha 242 90 14,0 D1a02ha 133 174 8,0 DS a 05 ha 166 532 10,0 D6 a 10 ha 220 1.565 13,0 tt a 20 ha 445 6.124 26,0 p1a50ha 418 11.872 24,0 Bia 100 ha 52 3.405 3,0 101 a 200 ha 19 2.568 1,0 p01 a 500 ha 13 3.741 1,0 601 a 1000 ha 04 3.108 0,2 [1001 a 5000 ha 03 7.724 0,1 TOTAL 1.715 40.903 100,0 FONTE: Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho / Levantamento Agropecuário de Santa Catarina - 2009 Por conta da origem européia, principalmente dos imigrantes alemães, o meio rural traz consigo uma tradição na pecuária leiteira, caracterizado por pequenas propriedades rurais, nas quais o leite está diretamente ligado à alimentação e à renda familiar. Com o passar dos anos, a atividade leiteira tem sofrido, em nível regional, um desgaste decorrente de vários fatores sócioeconômicos, ocasionando dispersão tanto em termos de produção como de comercialização deste produto. A pecuária de corte está representada por algumas iniciativas de produtores detentores de áreas maiores, e por algumas empresas privadas. Fonte: COMISSÃO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DA AGENDA 21 MUNICIPAL. Agenda 21 Municipal: compromisso com o futuro. Joinville, SC: Prefeitura Municipal de Joinville, 2º Ed. Rev., 1998. 143 p., pp. 18-19. BOVINOCULTURA DE LEITE O município de Joinville já foi uma das maiores bacias leiteiras do estado de santa Catarina. Da produção atual uma parte é destinada as agroindústrias da região. Outra parte é transformada, pelos próprios produtores, em queijos e derivados e comercializada diretamente com o consumidor final. TABELA 75 - PRODUÇÃO DE LEITE EM JOINVILLE: 2008 Leite Quantidade Unidade Matrizes 1520 Cab. Produção 1.825.000,00 Litros (1) Produtores 250 Número (nº) Fonte: Idaptado de EPAGRI - EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA E EXTENSÃO RURAL DE SANTA CATARINA S.A. Gerência Regional de Joinville. Relatório Anual: 2008. Joinville, SC: Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional - Joinville. Governo do Estado de Santa Catarina. Dez. 2008. 28 p., p.15. Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ 9 TABELA 81 AGROINDÚSTRIA ARTESANAL DE ALIMENTOS comercializado ÁREAS UNIDADES | furRESoS PRE Panificação (pães, bolachas, cucas, bolos) Massas “ 40 225,9 compolas, pré processamento de aipim) " 3 218,70 Derivados de cana-de-açúcar (melado e muss) 10 40 241,83 Derivados de leite (iogurte, queijo, nata, manteiga e kochkáse) 2 1º 3.6 TOTAL 34 115 690,03 FONTE: Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho — 2008 TABELA 82 — QUANTIDADE DE PRODUTOS COMERCIALIZADOS NO CEASA (EM KG) MESES 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Janeiro 2.156.075 | 1.828.434 | 2.590.540 | 2.685.874 | 2.597.381 | 3.840.467 | 2.986.381 | 2.820.622 Fevereiro 2.131.609 | 2.122.926 | 2.088.680 | 2.478.711 | 2.279.031 | 2.637.967 | 2.878.945 | 2.750.830 Março 1.914.200 | 1.957.464 | 1.750.590 | 1.879.647 | 2.272.266 | 2.405.206 | 2.625.432 | 2.720.680 Abril 1.548.978 | 2.058.671 | 2.129.120 | 1.719.055 | 2.308.225 | 2.234.076 | 2.403.090 | 2.842.750 Maio 1.723.690 | 2.012.501 | 2.040.540 | 2.074.231 | 2.332.985 | 2.286.417 | 2.289.500 | 2.908.450 Junho 1.617.498 | 1.828.004 | 2.057.800 | 1.963.397 | 2.367.422 | 2.308.066 | 2.317.500 | 2.917.755 Julho 1.525.930 | 1.819.040 | 2.155.130 | 1.993.837 | 2.425.022 | 2.325.254 | 2.385.594 | 2.978.650 Agosto 1.566.918 | 1.905.062 | 1.918.470 | 1.877.676 | 2.506.359 | 2.378.526 | 2.595.956 | 3.010.250 Setembro 1.607.160 | 1.912.859 | 2.172.440 | 1.659.580 | 2.502.054 | 2.397.880 | 2.678.468 | 3.010.845 Outubro 1.806.625 | 2.036.011 | 2.598.320 | 1.677.901 | 2.530.063 | 2.556.045 | 2.798.945 | 2.975.135 Novembro 2.061.774 | 2.053.174 | 2.273.420 | 1.193.044 | 2.581.050 | 2.854.098 | 2.860.534 | 2.945.180 Dezembro 2.192.697 | 2.641.464 | 2.924.430 | 2.384.569 | 2.538.060 | 2.822.038 | 3.050.495 | 3.062.878 Média anual 1.824.096 | 2.014.801 | 2.225.123 | 2.048.960 | 2.436.660 | 2.587.170 | 2.655.903 | 2.820.622 Volume 21.889.157 | 24.175.614 | 26.699.480 | 24.587.527 | 29.239.921 | 31.046.046 | 31.870.843 | 34.944.025 FONTE: Administração CEASA / Unidade Joinville 2009 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ TABELA 83 - PRODUTORES RURAIS COMPROMETIDOS COM O TURISMO RURAL PRODUTORES ATIVIDADES PRODUTOS Turismo Rural Estrada Bonita Passeio de trator, prod. de melado, caldo-de-cana, - Ango Kersten Comércio e Lazer museu agricola - Reinaldo e Anita Hattenhauer Comércio e Lazer Pesque-pague, produtos coloniais, pousada, quiosques - Edeltraud Retzlaff Comércio Produtos coloniais - pães, cucas e biscoitos - Olinda Kersten Produção e comercialização Produtos coloniais - pães, cucas, biscoitos e geléias - Pousada Vale Verde Comércio e Lazer Chalés, piscinas e esporte - Recanto Estrada Bonita Caminho Natural, Alimentação e Lazer Comércio e Lazer Pousada, restaurante, trilha ecológica, piscina - Griinwald Restaurante/Pousada Comércio Alimentação e hospedagem - Restaurante Gehrmann Comércio e Lazer Café rural e almoço caseiro em panela de barro, piscina - Restaurante Tia Marta Ltda - ME Comércio Alimentação e hospedagem - Vivian Bruske Comércio Artesanato indígena e produtos próprios - Pesque- Pague Debatin Lazer Pesque-pague Turismo Rural Piraí - Acácio Shroeder Salônia Produção e comercialização - Família Jacobi Produção e comercialização - Pesque-Pague Piraí Lazer - Sítio Hemerocalis Produção e comercialização - Rubens Pogan Ines Comércio - Café Rural Família Ross Produção e comercialização - Recanto Adrimar Lazer - Floricultura Possamai Produção e Comercialização - Levino e Sofia Polzin Produção e comercialização - Recanto Beninca Lazer - Núcleo Ecológico Mutucas Educação Ambiental - Recanto das Arrozeiras Lazer - Parque Aquático Cascata do Piraí Lazer - Parque Ecológico Caminho das Águas Lazer - Chácara de Oma Palm Park Lazer - Recanto das Cachoeiras do Piraí Lazer - Parque Aquático Water Valley Lazer - Wasser Park Lazer Frango orgânico, pescaria, trilha Produção de melado, muss e trilhas Pescaria Hemerocalis Produção e venda de queijo, nata e leite. Trilha ecológica Café rural, produção e venda de pão caseiro, geléias e bolachas Piscina, pesque-pague, trilha Plantas Ornamentais Produção de leite, queijo, geléia, banana e galinha caipira Piscina e camping Educação Ambiental Quiosques e camping Piscinas Piscinas Pescaria Chalés, quiosques, trilhas e restaurante Piscinas Piscinas Turismo Rural Quiriri - Cabanas de Aleixo e Diva Waltmann Produção e comercialização - Flores Neitzel Produção e comercialização - Golden Fish Park Lazer - Pesque- pague Lagoa Corimba Lazer - Sítio Vale das Nacentes Lazer Produção. de banana orgânica, pousada, espaço para eventos, trilha Verduras e fores Pesque-pague, chalés, alimentação Pesque-pague Salão, piscina e campo de futebol Turismo Rural Dona Francisca - Hotel Hubener Ltda - ME Comércio - Fábrica de brinquedos Schulze Produção e comercialização - Mercaflor Comercialização - Edite Piske Produção e comercialização - Alsina M. Kunde Lutke (Cabana Max Moppi) Comércio - Recanto da Sera Lazer Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ Hospedagem e alimentação Produção de brinquedos de madeira Flores e plantas ornamentais Produção de raiz forte, chucrute e geléias Alimentação e produção de cachaça Pesque-pague 95 - Lanchonete Rio da Prata Ltda Comércio Lanches e produtos coloniais - Fins Com. de Alimentos Ltda (Hotel Fazenda Dona Francisca) Comércio e Lazer Hospecagem, passeio a cavalo, charrete, carroça, tlhas, - Cerâmica João de Barro Comércio Cerâmica - Hotel Angler Hoff Comércio Hospedagem - Birh Haus - Lanches e Petiscos Comércio Alimentação - Garten Haus Comércio Plantas omamentais - Restaurante Serra Verde Ltda Comércio Alimentação Turismo Rural Estrada do Pico - Pesque-Pague Q Lagoa Lazer Pesque-pague - Amaldo Janing - Família Fleith - Chácara Xanadú Produção e comercialização Produção e comercialização Lazer e comercialização Produção de processamento de aipim descascado Produção de cachaça Pesque-pague, alimentação - Chácara do Francisco Lazer Restaurante, pesque-pague - Recanto Davet Lazer Restaurante, quiosques, tobo-água e rio para banho Turismo Rural Estrada Rio da Prata - Pesque-pague 7 Lagoas Lazer Pesque-pague - lise Pabst Produção e Comercialização Mel Turismo Rural Estrada Izaack - Recanto Isaack - Sítio da Vó Bia Lazer Lazer Pesque-pague e quiosques Quiosques, trilha, quadra poliesportiva Turismo Rural Estrada Rio do Júlio - Hotel Vale das Hortências. Lazer e Hospedagem Piscina, trilha, passeio a cavalo Turismo Rural Estrada Mildau - Sítio do Jacob Produção, comércio e lazer Produção de frango orgânico, trilha, alimentação - Eva Wiezbicki! Clair Produção e Comercialização Pães, cucas, biscoito, frango orgânico Fonte: Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho — 2009 96 Joinville Cidade em Dados 2009 Fundação IPPUJ
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